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SÃO PAULO, 19 DE FEVEREIRO DE 2016.

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SÃO PAULO, 19 DE FEVEREIRO DE 2016.

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Comunidade realiza manifestação pela reabertura do Parque Villas Bôas

Insatisfeitos, conselheiros e usuários do parque realizam neste sábado (20) uma

manifestação para exigir providências das autoridades (Sabesp e Secretaria Municipal

do Verde e Meio Ambiente) para reabertura do Parque Leopoldina Orlando Villas Bôas

– fechado pela Justiça em março de 2015 por suspeita de contaminação. O manifesto

começa as 11h na esquina da Rua Doze de Outubro com a John Harrison e conta com

o apoio do vereador Gilberto Natalini – autor da lei de criação do parque. “Estamos

indignados, a impressão que dá é que eles (Sabesp e Prefeitura) não estão fazendo o

necessário para reabrir o parque”, disse Natalini.

A decisão pela manifestação foi tomada após reunião com o secretário Municipal do

Verde e Meio Ambiente, Rodrigo Ravena, segunda-feira, 15, na sede da secretaria. O

encontro foi solicitado por Natalini. Além do secretário estava presente a

superintendente de Gestão Patrimonial da Sabesp, Ana Maria Malateaux, para discutir

providências para reabertura e manutenção do Parque Orlando Villas Bôas. “Quem

está prejudicado (com o fechamento) é o povo da Lapa, Leopoldina e de toda região

que usava o parque”, disse o vereador. A reunião foi uma nova tentativa de garantir a

emissão pela secretaria de um novo Decreto de Utilidade Pública (DUP) da área do

parque (pertencente a Sabesp e cedida para Secretaria Municipal do Verde e Meio

Ambiente). Em outro encontro, em 30 de junho de 2015 a secretaria acenou para

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emissão do documento (que caducou), mas a promessa não se concretizou. Sem o

DUP, o Termo de Permissão de Uso (TPU) – único documento de posse provisória da

Prefeitura – acabou prorrogado até 28 de fevereiro. O secretário disse que está

impedido de assinar um novo DUP por causa da determinação judicial e falta do laudo

(de análise de contaminação) contratado pela Sabesp.

A superintendente de gestão Patrimonial da Sabesp lembrou que a atribuição era da

Prefeitura (durante a vigência de cinco anos do DUP que caducou), mas a Sabesp (dona

da area) acabou contratando o serviço para não ser multada pela Cetesb. Ana explicou

que o laudo (que deveria ficar pronto em 2015) atrasou porque foi necessário rever

alguns pontos. “O laudo foi encaminhado à Cetesb no início de dezembro. A Sabesp

aguarda o parecer da Cetesb para conclusão dos detalhes e encaminhamento à

Justiça”, disse Ana. “Preciso do DUP e do acerto do IPTU (pendente de 2014 e 2015)

para levar até o conselho de acionista”, lembrou a superintendente. “O diretor (de

Gestão Corporativa da Sabesp, Manuelito Pereira Magalhães) disse (na reunião de

sexta-feira) que não vai renovar o TPU se não tiver um DUP”, afirmou Natalini.

Após protestos dos conselheiros presentes a reunião, Ravena se comprometeu a

enviar ofício a Sabesp manifestando interesse em manter o parque na área da Sabesp

da Leopoldina e informou que os impostos pendentes junto a companhia estão

encaminhados para acerto. Mesmo assim, a comunidade decidiu pela manifestação

em defesa do parque neste sábado.

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Confira o roteiro de exposições

A seguir, as principais mostras em cartaz entre os dias 19/2 e 25/2:

Em cartaz

Depero Futurista e Artista Global

Um dos principais nomes do futurismo na Itália, Fortunato Depero (1892-1960) levou

os preceitos desta vanguarda estética para além da pintura. Na mostra, estão reunidas

65 criações do modernista, incluindo seus trabalhos publicitários. MAC-USP

Ibirapuera. Av. Pedro Álvares Cabral, 1.301, 2648-0254. 10h/18h (fecha 2ª). Grátis. Até

27/3.

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Lista com 20 shows nesta sexta

O repertório de shows nesta sexta-feira (19) tem 20 apresentações, como a dupla de sertanejo universitário Maria Cecília e Rodolfo, o rock dos gaúchos da banda Bidê ou Balde e as canções de Marcelo Jeneci.

Trovadores Urbanos

Na celebração de seu aniversário, o grupo faz o show "Trovadores Urbanos - 25 Anos" a fim de gravar um novo álbum e entoa canções como "Canta", "Sangrando", "Canário do Reino" e "Se Todos Fossem Iguais a Você". O quarteto vocal –Maida Novaes, Juca Novaes, Valeria Caram e Eduardo Santhana– é acompanhado por Pichu Borreli (piano acústico e baixo), Claudio Duarthe (violão), Pratinha (flauta e bandolim), Adriano Busko (percussão) e Thadeu Romano (acordeon).

Auditório Ibirapuera Oscar Niemeyer - Pq. Ibirapuera - av. Pedro Álvares Cabral, s/nº, portões 2 (pedestre) e 3 (veículos), Parque Ibirapuera, região sul, tel. 3629-1075. 800 lugares. 21h. 90 min. Livre. Retirar ingr. 90 min. antes. Estac. (sistema Zona Azul - portão 3). GRÁTIS.

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Mostra Internacional de Teatro tem ingressos à venda; veja

programação

A terceira edição da MITsp (Mostra Internacional de Teatro de São Paulo) chega com

programação mais enxuta em 2016, devido à alta do dólar: serão oito atrações internacionais e duas nacionais ocupando nove espaços em sessões de 4 a 13 de março —no ano passado, foram 12 peças.

Nestes dez dias vai dar para conhecer projetos de vários estilos vindos de diferentes partes do mundo, como França, África do Sul, Alemanha, Grécia, Congo, Polônia e Bélgica. No caso de "Congo", a entrada é grátis, mas os outros ingressos custam R$ 20 —a venda começou nesta quinta (18).

A mostra, que reúne trabalhos significativos do cenário mundial, também oferece outras atividades, como lançamento de livros, mesas redondas e a chamada crítica performativa —ação na qual, durante oito horas, o público poderá expor opiniões sobre a peça "Ça Ira", sob o comando de Ruy Filho e Ana Carolina Marinho (responsáveis pela escrita) e Patrícia Cividanes (que vai realizar intervenções gráficas). A atividade ocorre dia 11/3, das 9h30 às 17h30, no Itaú Cultural.

PROGRAMAÇÃO

Cinderela Bélgica/França. 100 min. 8 anos.

A produção do Teatro Nacional da Bélgica também é dirigida pelo francês Joël Pommerat -que reescreveu o texto baseado em um dos contos dos irmãos Grimm. Destinada ao público infantojuvenil, a peça aborda, a partir da morte da mãe da protagonista, temas como medo, solidão, pesadelos e esperança, instigando uma reflexão sobre dor e culpa e provocando risadas nervosas.

Auditório Ibirapuera Oscar Niemeyer - Pq. Ibirapuera - av. Pedro Álvares Cabral, s/nº, portões 2 (pedestre) e 3 (veículos), Parque Ibirapuera, região sul, tel. 3629-1075. Sex. (4): 21h. Sáb. (5): 16h. Ingr.: R$ 20

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Feiras orgânicas em São Paulo

Saiba onde encontrar alimentos sem aditivos químicos na capital.

Nunca se falou tanto na importância de consumir produtos orgânicos. Cada vez mais em busca de uma alimentação saudável e natural, as pessoas tem reconhecido e valorizado esses alimentos não-modificados. E você, sabe tudo sobre eles?

Produto orgânico é todo produto, animal ou vegetal, obtido sem a utilização de

produtos químicos ou de hormônios sintéticos que favoreçam o seu crescimento de

forma não natural. O solo é a base do trabalho orgânico. No caso do vegetal, o solo

deixa de ser um mero suporte para a planta, tornando-se sua fonte de nutrição – livre

de produtos agrotóxicos, pesticidas, adubos químicos ou sementes transgênicas. No

caso dos animais, sua criação é feita sem o uso de hormônios de crescimento,

anabolizantes ou outras drogas como os antibióticos.

Por que consumir orgânicos?

De acordo com dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA),

os agrotóxicos encontrados nos alimentos inorgânicos podem causar

a deterioraçãodos recursos naturais (solo, água, flora), além de poderem

provocar intoxicação alimentar. Isso ocorre quando as substâncias são inseridas em

excesso nos alimentos. Por isso, quanto mais natural for o que você consumir, melhor.

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Onde encontrá-los em São Paulo?

O Guia da Semana listou feiras em São Paulo para encontrar produtos orgânicos, a

variedade é grande! Os preços dos orgânicos podem ser um pouco mais altos, mas

certamente compensam. Confira abaixo feiras onde encontrá-los:

Feira Orgânica no Parque Previdência

A Feira Orgânica Parque Previdência, localizada no Jardim Adhemar de Barros,

acontece todos os sábados. Entre os produtos da feira encontram-se bebidas, frutas,

ervas, temperos, grãos, hortaliças, laticínios, mel e pães. Os alimentos não possuem

adubos químicos, venenos, herbicidas, sementes transgênicas e antibióticos Horário de

funcionamento: sábado, o dia todo.

Parque da Previdência

Endereço: Rua Pedro Peccinini, 88 Telefone: (11) 3721- 8951

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Brasil e Alemanha ampliam debate sobre ODS

Aberta ao público, conferência sobre os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável será

realizada em Brasília no dia 24 de fevereiro.

Interessados nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e em governança

global têm uma ótima oportunidade para ampliar seu conhecimento sobre o tema. Na

próxima quarta-feira (24/02), acontece em Brasília a Conferência sobre os Objetivos de

Desenvolvimento Sustentável (ODS), no contexto do programa de gestão em

governança global, em inglês Managing Global Governance (MGG), promovido pelo

Ministério Federal de Cooperação Econômica e Desenvolvimento da Alemanha (BMZ)

e implementado pelo Instituto Alemão de Desenvolvimento (DIE).

O evento é uma realização do Ministério do Meio Ambiente (MMA) em parceria com o

DIE. Podem participar interessados em geral, além de ex-alunos do programa MGG. O

objetivo é trocar experiências sobre a implementação dos ODS no Brasil. Serão

debatidos assuntos como erradicação da pobreza e redução da desigualdade no Brasil;

promoção da dimensão ambiental do desenvolvimento sustentável; e o que a

experiência brasileira nos ensina.

Os 17 objetivos e 169 metas para o desenvolvimento sustentável foram acordados em

setembro de 2015 pelos países-membros da Organização das Nações Unidas (ONU),

para serem cumpridos até 2030. Têm abrangência mundial e buscam refletir todas as

grandes problemáticas sociais, como a erradicação da pobreza e da fome, a promoção

da educação de qualidade, o saneamento básico e a energia acessível e limpa. Os ODS

substituem os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM).

O programa MGG é um curso de formação avançada que reúne jovens profissionais de

diferentes países. Sua finalidade é apoiar o desenvolvimento de futuros líderes, a

partir do diálogo e colaboração sobre os desafios da governança global. Segundo a

analista ambiental da Secretaria de Biodiversidade e Florestas do MMA, Camila

Oliveira, que participou da 11ª edição em Bonn (Alemanha) em 2013, o curso

proporciona um aprendizado técnico, além de práticas de gestão e negociação, em um

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ambiente multicultural. “Aprendemos a lidar com problemas globais e a buscar

soluções comuns para contextos diferentes”, conta.

SERVIÇO:

Conferência sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)

No Ministério do Meio Ambiente - SEPN 505, Bloco B, W3 Norte, auditório do subsolo,

Brasília (DF). Dia 24 de fevereiro, das 10h30 às 17h. Entrada franca.

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Brasil tem 2 biomas na lista negra do clima

Caatinga e Amazônia estão entre os ecossistemas mais sensíveis à variabilidade

climática, segundo mapa global; além das condições naturais, pobreza aumenta riscos

no Semiárido.

A Caatinga e a Amazônia estão entre os biomas mais vulneráveis a variações climáticas no mundo, de acordo com um estudo publicado na quarta-feira (17). A pesquisa pode ajudar a prever o tamanho do impacto que a mudança climática deverá ter sobre ecossistemas no mundo inteiro e entender quais regiões podem sofrer extinções em massa e quais resistirão ao aquecimento. Também estão na lista dos vulneráveis a tundra, a floresta boreal, outras florestas tropicais e os campos temperados.

O mapa da vulnerabilidade dos ecossistemas à variabilidade climática foi realizado por um grupo de pesquisadores da Noruega e do Reino Unido e publicado no periódico Nature. Seus autores criaram um índice de sensibilidade da vegetação, baseado em séries de dados de satélites sobre cobertura vegetal durante 14 anos (de 2000 a 2013) e variáveis climáticas que influenciam na capacidade da vegetação de fazer fotossíntese: temperatura atmosférica, disponibilidade de água e cobertura de nuvens.

No período estudado, a Caatinga e a Amazônia responderam com maior sensibilidade à variabilidade climática em comparação com outras partes do mundo, apresentando, por exemplo, mudanças no aspecto da vegetação – menos verde, menos folhas novas e menos absorção de carbono do ar. É como se os dois biomas entrassem em depressão e suas plantas deixassem de funcionar direito.

O fator mais crítico para a Caatinga é a disponibilidade de água: apesar de ser adaptada à seca, a vegetação do Semiárido parece exagerar na resposta a crises hídricas prolongadas. A resposta pode ser consistente com a desertificação da região Nordeste num cenário de mudança climática e alto desmatamento, ou pode ser simplesmente a maneira como o bioma lida naturalmente com falta d’água. “Pode ser

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que as plantas na Caatinga sejam adaptadas à variabilidade do clima e tenham uma resposta grande, amplificada, que é própria da maneira daquele ecossistema de lidar com variabilidade”, disse ao OC Alistair Seddon, da Universidade de Bergen, Noruega, principal autor do estudo.

Seddon diz que o trabalho pode ser usado para orientar futuras pesquisas sobre as causas dessa sensibilidade, mas principalmente para melhorar futuras previsões dos efeitos da variabilidade nos ecossistemas, que impactam diretamente em biodiversidade, segurança alimentar e bem-estar da população que vive na região. Ele também afirma que é importante usar os resultados deste período para aprofundar estudos baseados em modelos climáticos, que dão a pista de como será o clima em médio e longo prazo. “Trata-se do próximo passo para compreender os mecanismos por trás desses padrões.”

Cada ecossistema responde às variações de forma diferente. Por exemplo, as florestas tropicais, como a Amazônia, apresentaram sensibilidade à combinação de nebulosidade e variações na temperatura, que juntas influenciam na taxa de crescimento da vegetação, provavelmente por causa de reduções de trocas gasosas sob temperaturas mais quentes – a floresta sufoca, mais ou menos literalmente. Os pesquisadores ressaltam que, apesar de não ser possível associar os dados de pouco mais de uma década diretamente às mudanças climáticas globais, causadas pela emissão de gases de efeito estufa, as descobertas podem ter implicações para o futuro dos ecossistemas.

“Dada a importância da identificação de áreas ecologicamente sensíveis para os serviços ecossistêmicos e redução da pobreza, há uma lacuna fundamental de conhecimento para identificar e, em seguida, priorizar as regiões que são mais sensíveis à variabilidade climática”, dizem os autores do estudo.

Para o biólogo Fabio Scarano, diretor-executivo da Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável, o estudo revela a necessidade de mais projetos de restauração e atenção especial ao cumprimento do Código Florestal e efetividade do CAR (Cadastro Ambiental Rural) na região coberta pela Caatinga. “A aplicação da lei e a restauração nessa região devem ser prioritárias.” Um estudo de 2015 liderado pelo pesquisador do Inpe Gilberto Câmara mostra que, mesmo com o Código Florestal, o desmatamento na Caatinga pode continuar até depois de 2050 – seria o único bioma do Brasil no qual a devastação não se estabilizaria. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, a Caatinga já perdeu 46% de sua cobertura florestal original.

Scarano acredita que o plano climático apresentado pelo Brasil às Nações Unidas para o acordo do clima pode contribuir para políticas mais eficientes na região, embora só existam metas para restauração na Amazônia. O planejamento de restauração também não deve ser simples, uma vez que ainda não existem dados de monitoramento de desmatamento no bioma – que ocupa 11% do território nacional, mas só tem 7,5% de unidades de conservação, sendo que pouco mais de 1% delas são de proteção integral, de acordo com o Ministério do Meio Ambiente. Também de acordo com informações do ministério, as áreas de proteção ambiental têm baixo grau de implementação.

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Câmara mostra-se preocupado com o mal que a confluência entre desmatamento, mudança climática e séculos de agricultura insustentável podem fazer com a sociedade no Semiárido. Ele menciona uma série de dados da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), que mostra quebras de safra expressivas no Ceará após 2010: à exceção de 2011, todos os anos até 2014 tiveram quebras maiores que um terço da produção agrícola.

“Num clima mais ameno do que o atual a situação do Semiárido já era crítica. Qualquer mudança, mesmo moderada, no clima e na precipitação irá inviabilizar a agricultura da Caatinga.”

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Nível do Sistema Cantareira registra alta nesta sexta

Chuva em fevereiro é 54,4% do esperado para todo o mês. Veja o nível de todos os sistemas que abastecem a Grande SP.

O nível de água do Sistema Cantareira, que abastece a capital e outras cidades da Grande

São Paulo, subiram novamente nesta sexta-feira (19), após chover 2,4 mm no reservatório.

De acordo com o site da Companhia de Saneamento Básico (Sabesp), o índice registrado foi

de 48,8% do total da capacidade. O sistema operava com 48,6% na quinta-feira (18). O

acumulado de chuva em fevereiro é de 110,3 mm, 54,4% do esperado para o mês.

Segundo a Sabesp, o sistema Cantareira atende agora 5,7 milhões de pessoas na região

metropolitana. Já o Sistema Guarapiranga, que foi o maior produtor de março a dezembro

de 2015, atende 5,2 milhões, ou 500 mil a menos.

O Guarapiranga se tornou o maior fornecedor de água em março do ano passado para

"socorrer" o Sistema Cantareira, que na ocasião estava com 12,9% da capacidade. Antes da

crise hídrica em São Paulo, o sistema abastecia 8,8 milhões de pessoas.

Outros sistemas

Os sistemas Guarapiranga e Alto Cotia apresentaram queda em relação à quinta-feira,

enquanto os demais sistemas que abastecem a Grande São Paulo registraram alta nesta

sexta. Veja abaixo como estão os níveis:

- Cantareira: 982 bilhões de litros (sem o volume morto) e opera com 48,8% da capacidade / 1.289 bilhões de litros (com o volume morto) e opera com 37,7% (veja abaixo a explicação dos índices) - Alto Tietê: 573,8 bilhões de litros e está com 30,4% da capacidade - Guarapiranga: 171,2 bilhões de litros e está com 84,4% da capacidade - Alto Cotia: 16,5 bilhões de litros e está com 100,5% da capacidade - Rio Grande: 112,2 bilhões de litros e está com 89% da capacidade - Rio Claro: 13,7 bilhões de litros e está com 82,9% da capacidade