sessão plenária conselho europeu, formado pelos chefes de estado e de governo da ue, deve...

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1/21 Serviço de Imprensa Direcção da Comunicação Social Director - Porta-Voz : Jaume DUCH GUILLOT Referência n.°:20140304NEW37501 Número da central de imprensa (32-2) 28 33000 PT O Conselho Europeu, formado pelos chefes de Estado e de governo da UE, deve respeitar o resultado das eleições europeias e a escolha dos cidadãos ao propor um candidato a Presidente da Comissão, que será eleito pelo novo Parlamento Europeu de acordo com o Tratado de Lisboa, diz um relatório que vai ser votado em plenário na quarta-feira. O maior número possível de membros da próxima Comissão deve ser escolhido de entre os eurodeputados eleitos, defende o documento redigido por Paulo Rangel. 12 . . . . Eleições para o Parlamento Europeu e escolha do Presidente da Comissão Na quarta-feira, após o debate sobre a cimeira europeia, os eurodeputados vão pronunciar-se sobre a presença de tropas russas na península ucraniana da Crimeia e votar uma resolução sobre este assunto. Em 27 de fevereiro, o Parlamento Europeu instou todas as partes e os países terceiros a respeitarem a unidade e a integridade territorial da Ucrânia. 11 . . . . . . . . . . . . Debate e resolução sobre a presença de tropas russas na Ucrânia Na quarta-feira, às 8h30, os eurodeputados vão debater com o presidente da Comissão, José Manuel Durão Barroso, e a presidência grega do Conselho os assuntos na agenda da próxima cimeira europeia de 20 e 21 de março. O Semestre Europeu para a coordenação das políticas económicas, a competitividade industrial, o clima e energia e a preparação da cimeira UE-África vão ser alguns dos temas em análise. 10 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Debate sobre o Conselho Europeu de 20-21 de março A aprovação pelo Parlamento Europeu do acordo de comércio e investimento com os Estados Unidos "está comprometida" enquanto não cessarem por completo as atividades de vigilância em larga escala, diz o relatório que conclui seis meses de trabalho do PE sobre os programas de espionagem da Agência Nacional de Segurança norte-americana (NSA). Os deputados propõem a suspensão do acordo sobre a transferência de dados bancários com os EUA e a criação de um programa europeu de proteção dos denunciantes. 9 . . . . . . . . . Conclusões do inquérito sobre os programas de espionagem da NSA A reforma das regras europeias sobre a proteção dos dados pessoais, que ganhou ainda mais relevância após as revelações sobre os programas de vigilância dos Estados Unidos, vai ser votada na quarta-feira. Os eurodeputados querem garantir que os utilizadores da Internet tenham mais controlo sobre os seus dados e sujeitar as transferências para países fora da UE a requisitos mais apertados. As empresas que violem as regras poderão ter de pagar multas até 5% do seu volume de negócios anual. 7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Proteção dos dados pessoais dos cidadãos europeus O Parlamento Europeu vai votar a revisão da diretiva sobre o branqueamento de capitais. Os eurodeputados vão propor a criação de registos públicos que identifiquem os beneficiários efetivos de sociedades, trusts e fundações em todos os países da UE, com o objetivo de reforçar a luta contra a evasão fiscal. As regras propostas fortalecem também os deveres de vigilância de bancos, auditores, advogados, contabilistas, agentes imobiliários e casinos sobre as transações suspeitas dos clientes. 5 . . . . . . Regras mais duras contra o branqueamento de capitais e a evasão fiscal O Parlamento Europeu vai debater e votar as conclusões sobre o papel da troika em Portugal, Grécia, Irlanda e Chipre. Os eurodeputados dizem que as consequências económicas e sociais poderiam ter sido piores sem a assistência financeira da UE e do FMI, mas apontam várias falhas na estrutura, métodos de trabalho, controlo democrático e responsabilização. A criação de um Fundo Monetário Europeu e de um plano de recuperação social são algumas das recomendações que vão ser votadas na quinta-feira. 3 . . . . . . . . . . . . . . . . Parlamento Europeu avalia operações da troika em Portugal [06-03-2014 - 13:45] Destaques da sessão plenária de 10 a 13 de março de 2014, Estrasburgo Sessão plenária

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Serviço de Imprensa Direcção da Comunicação SocialDirector - Porta-Voz : Jaume DUCH GUILLOTReferência n.°:20140304NEW37501Número da central de imprensa (32-2) 28 33000

PT

O Conselho Europeu, formado pelos chefes de Estado e de governo da UE, deverespeitar o resultado das eleições europeias e a escolha dos cidadãos ao propor umcandidato a Presidente da Comissão, que será eleito pelo novo ParlamentoEuropeu de acordo com o Tratado de Lisboa, diz um relatório que vai ser votado emplenário na quarta-feira. O maior número possível de membros da próximaComissão deve ser escolhido de entre os eurodeputados eleitos, defende odocumento redigido por Paulo Rangel.

12. . . .Eleições para o Parlamento Europeu e escolha do Presidente da Comissão

Na quarta-feira, após o debate sobre a cimeira europeia, os eurodeputados vãopronunciar-se sobre a presença de tropas russas na península ucraniana daCrimeia e votar uma resolução sobre este assunto. Em 27 de fevereiro, oParlamento Europeu instou todas as partes e os países terceiros a respeitarem aunidade e a integridade territorial da Ucrânia.

11. . . . . . . . . . . .Debate e resolução sobre a presença de tropas russas na Ucrânia

Na quarta-feira, às 8h30, os eurodeputados vão debater com o presidente daComissão, José Manuel Durão Barroso, e a presidência grega do Conselho osassuntos na agenda da próxima cimeira europeia de 20 e 21 de março. O SemestreEuropeu para a coordenação das políticas económicas, a competitividade industrial,o clima e energia e a preparação da cimeira UE-África vão ser alguns dos temas emanálise.

10. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Debate sobre o Conselho Europeu de 20-21 de março

A aprovação pelo Parlamento Europeu do acordo de comércio e investimento comos Estados Unidos "está comprometida" enquanto não cessarem por completo asatividades de vigilância em larga escala, diz o relatório que conclui seis meses detrabalho do PE sobre os programas de espionagem da Agência Nacional deSegurança norte-americana (NSA). Os deputados propõem a suspensão do acordosobre a transferência de dados bancários com os EUA e a criação de um programaeuropeu de proteção dos denunciantes.

9. . . . . . . . .Conclusões do inquérito sobre os programas de espionagem da NSA

A reforma das regras europeias sobre a proteção dos dados pessoais, que ganhouainda mais relevância após as revelações sobre os programas de vigilância dosEstados Unidos, vai ser votada na quarta-feira. Os eurodeputados querem garantirque os utilizadores da Internet tenham mais controlo sobre os seus dados e sujeitaras transferências para países fora da UE a requisitos mais apertados. As empresasque violem as regras poderão ter de pagar multas até 5% do seu volume denegócios anual.

7. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Proteção dos dados pessoais dos cidadãos europeus

O Parlamento Europeu vai votar a revisão da diretiva sobre o branqueamento decapitais. Os eurodeputados vão propor a criação de registos públicos queidentifiquem os beneficiários efetivos de sociedades, trusts e fundações em todosos países da UE, com o objetivo de reforçar a luta contra a evasão fiscal. As regraspropostas fortalecem também os deveres de vigilância de bancos, auditores,advogados, contabilistas, agentes imobiliários e casinos sobre as transaçõessuspeitas dos clientes.

5. . . . . .Regras mais duras contra o branqueamento de capitais e a evasão fiscal

O Parlamento Europeu vai debater e votar as conclusões sobre o papel da troikaem Portugal, Grécia, Irlanda e Chipre. Os eurodeputados dizem que asconsequências económicas e sociais poderiam ter sido piores sem a assistênciafinanceira da UE e do FMI, mas apontam várias falhas na estrutura, métodos detrabalho, controlo democrático e responsabilização. A criação de um FundoMonetário Europeu e de um plano de recuperação social são algumas dasrecomendações que vão ser votadas na quinta-feira.

3. . . . . . . . . . . . . . . .Parlamento Europeu avalia operações da troika em Portugal

[06-03-2014 - 13:45]

Destaques da sessão plenária de 10 a 13 demarço de 2014, Estrasburgo

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EP Newshub• Material Audiovisual• EuroparlTV• Conferências de imprensa e outros eventos• Pode assistir em directo à sessão plenária através do EP Live• Agenda da sessão plenária•

Mais informação

http://www.europarl.europa.eu/news/pt/news-room/plenary

[email protected]: (+32) 498 98 33 36PORT:

(+33) 3 881 76758STR: (+32) 2 28 32198BXL: Isabel Teixeira NADKARNI

Na terça-feira, o Parlamento Europeu vai votar um relatório de Ana Gomes sobre aArábia Saudita, as relações deste país com a UE e o seu papel no Médio Oriente eno Norte de África. Na quarta-feira, vai também votar um relatório de Vital Moreiraque visa alinhar o regulamento relativo às estatísticas comunitárias do comércioexterno com países terceiros com as novas disposições do Tratado de Lisboa.

21. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Relações externas e comércio

O Parlamento Europeu vai votar propostas para acelerar a reforma do sistema decontrolo do tráfego aéreo na UE e combater o congestionamento. As regras emdiscussão visam reforçar a independência das autoridades supervisoras nacionais eseparar os serviços de apoio dos prestadores de serviços de navegação aérea. Oseurodeputados propõem que estes últimos tenham de considerar as ofertas deoutros prestadores para desempenhar os serviços de apoio, mas sem terem aobrigação de separá-los.

20. . . . . . . . .Céu Único Europeu: reforma do sistema de controlo do tráfego aéreo

Os eurodeputados vão votar a revisão da diretiva sobre as viagens organizadas,que data de 1990, uma altura em que a maior parte dos europeus reservava assuas férias numa agência de viagens e não pela Internet. Esta atualização visaadaptar a diretiva à era digital e garantir direitos mais claros para o consumidor,como o direito de ser repatriado para o seu país no caso de o operador turísticoabrir falência e de receber assistência se algo correr mal durante as férias.

19. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Viagens organizadas pela Internet

Os países da UE devem incluir na educação escolar "conhecimentos e experiênciassensoriais em matéria de alimentação, saúde nutricional e hábitos alimentares", dizum relatório não vinculativo que vai ser votado na quarta-feira. Os eurodeputadospropõem também programas de educação sobre as consequências do consumoinapropriado de bebidas alcoólicas, a proibição nas escolas de qualquer publicidadede alimentos não saudáveis e a promoção da dieta mediterrânica.

18. . . . . . . . . . . . . .Promover a gastronomia europeia e uma alimentação saudável

O Parlamento Europeu vai votar um relatório que propõe várias medidas parapromover o setor da horticultura na UE, viabilizar a sua competitividade no mercadoglobal e melhorar a comercialização dos produtos. O setor das frutas e produtoshortícolas representa 18% do valor total da produção agrícola na UE.

16. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Medidas para promover o setor da horticultura na UE

Na terça-feira, os eurodeputados vão decidir se rejeitam ou não a polémicaproposta do executivo comunitário sobre a produção e a disponibilização nomercado de material de reprodução vegetal. A comissão parlamentar da Agriculturarecomenda ao plenário que rejeite a chamada "lei das sementes", apontandodeficiências na avaliação de impacto da Comissão e a criação de encargosadministrativos desnecessários para os Estados-Membros e os agricultores.

15. .Sementes: Parlamento Europeu a um passo de rejeitar proposta da Comissão

A desigualdade salarial entre homens e mulheres na UE atinge ainda em média16,2%, nota um relatório da eurodeputada portuguesa Inês Zuber que vai servotado em plenário na terça-feira. O documento propõe uma série de medidas parareduzir as disparidades salariais, promover a participação das mulheres na tomadade decisão, melhorar a conciliação entre trabalho e família, erradicar osestereótipos sexistas e combater a violência contra as mulheres.

14. . . . . . . . .Persistência da desigualdade salarial entre homens e mulheres na UE

Sessão plenária

20140304NEW37501 - 3/21

O relatório salienta que "desde 2010 a Grécia, Irlanda e Portugal registaram as maioresdiminuições da despesa social na UE" e lamenta que os programas destes paísesincluam "prescrições detalhadas em matéria de reformas do sistema de saúde e cortes dadespesa que têm um impacto significativo na qualidade e no acesso universal aos

A comissão parlamentar "congratula-se com o facto de os dados recentes mostrarem umpequeno aumento nos números do emprego para a Irlanda, Chipre e Portugal", mas notaque, mesmo quando conseguem um emprego, muitos jovens (em média 43%, face a 13%no caso dos trabalhadores adultos) trabalham frequentemente em condições precárias oucom contratos a tempo parcial, tornando-se difícil viverem de forma independente dassuas famílias.

Os eurodeputados lamentam o facto de ser entre os jovens que se registam os níveis dedesemprego mais elevados, sendo a situação "particularmente grave" na Grécia (onde ataxa é superior a 50%), Portugal e Irlanda (superior a 30%) e Chipre (cerca de 26,4%).

A subida das taxas de desemprego, especialmente entre os jovens, o aumento daemigração, a destruição de pequenas e médias empresas e os elevados níveis depobreza, incluindo na classe média, são algumas das consequências da crise económicae dos programas de ajustamento nos países sob assistência financeira, nota a comissãoparlamentar do Emprego.

Emprego e aspetos sociais

A atuação do Eurogrupo (ministros das Finanças da zona euro) também é alvo de críticas.O relatório deplora que as instituições europeias estejam a ser retratadas como o bodeexpiatório pelos efeitos adversos do ajustamento macroeconómico nosEstados-Membros, quando são os ministros das finanças que devem assumir a"responsabilidade política" pela troika e pelas suas operações.

Apesar de reconhecer que o desafio enfrentado pela troika no início da crise foi "imenso",devido ao estado das finanças públicas e à necessidade de reformas estruturais emalguns Estados-Membros, a comissão parlamentar dos Assuntos Económicos refere umasérie de deficiências nas operações da troika, como a falta de transparência, delegitimidade democrática e de responsabilização.

Os eurodeputados afirmam que as consequências económicas e sociais poderiam tersido piores sem a assistência financeira da UE e do FMI, mas apontam várias falhas naestrutura, métodos de trabalho, controlo democrático e responsabilização.

A criação de um Fundo Monetário Europeu, baseado e sujeito a regras europeias, e aaprovação de um "plano de recuperação social" são algumas das recomendações feitasnos documentos que vão ser votados em plenário na quinta-feira.

O relatório da comissão parlamentar dos Assuntos Económicos centra-se mais nasquestões macroeconómicas e institucionais, enquanto o relatório da comissãoparlamentar do Emprego, redigido por Alejandro Cercas (S&D, Espanha), analisa emdetalhe os aspetos sociais e de emprego.

O relatório de investigação sobre o papel e as operações da troika (BCE, ComissãoEuropeia e FMI) nos países sob assistência financeira, elaborado por Othmar Karas(PPE, Áustria) e Liem Hoang Ngoc (S&D, França) analisa a situação económica de cadaum dos países no início da crise, o conteúdo dos memorandos de entendimento e oimpacto das políticas prosseguidas na evolução económica e social. O documento avaliatambém os aspetos institucionais, considerando o mandato da troika pouco claro e poucotransparente e com falhas a nível do controlo democrático.

O Parlamento Europeu vai debater e votar as conclusões sobre o papel da troika emPortugal, Grécia, Irlanda e Chipre. Os eurodeputados dizem que as consequênciaseconómicas e sociais poderiam ter sido piores sem a assistência financeira da UE edo FMI, mas apontam várias falhas na estrutura, métodos de trabalho, controlodemocrático e responsabilização. A criação de um Fundo Monetário Europeu e deum plano de recuperação social são algumas das recomendações que vão servotadas na quinta-feira.

Parlamento Europeu avalia operações da troika emPortugal

Sessão plenária

20140304NEW37501 - 4/21

Relatório sobre os aspetos relativos ao emprego e sociais do papel e das operações da troika • Relatório de investigação sobre o papel e as operações da troika nos países do programa da zona euro•

Mais informação

Relatores: Othmar Karas (PPE, AT) e Liem Hoang Ngoc (S&D, FR), da comissãoparlamentar dos Assuntos Económicos, e Alejandro Cercas (S&D, ES), da comissãoparlamentar do Emprego

Processo: relatórios de iniciativa

Votação: 13/3/2014

Debate: 12/3/2014, às 15 horas

Uma delegação de eurodeputados visitou os quatro países, tendo passado por Portugal a6 e 7 de janeiro.

Em novembro, a comissão parlamentar dos Assuntos Económicos e Monetários foiautorizada a elaborar um relatório de investigação sobre o papel e as operações da troikanos quatro países que foram submetidos a programas de ajustamento económico: Grécia,Irlanda, Portugal e Chipre. A comissão parlamentar do Emprego e dos Assuntos Sociaisrequereu também a elaboração de um relatório sobre as consequências sociais e deemprego destes programas.

Contexto

Os eurodeputados recomendam um "plano de recuperação social" e exortam a troika e ospaíses em causa "a terminarem os programas o mais cedo possível e a criaremmecanismos de gestão em caso de crise" que tenham em conta objetivos e políticassociais.

serviços sociais, especialmente no caso dos cuidados de saúde e da proteção social".

Sessão plenária

20140304NEW37501 - 5/21

Relatores sobre o branqueamento de capitais: Krišjānis Kariņš (PPE, LV), da comissão

Processo: codecisão (processo legislativo ordinário), primeira leitura

Votação: 11/3/2014

Debate: 11/3/2014

Estima-se que o branqueamento de capitais atinga anualmente entre 2% a 5% do PIBmundial.

As propostas têm ainda de ser negociadas com o Conselho de Ministros da UE, o quedeverá acontecer depois das eleições europeias, durante a presidência italiana doConselho.

A proposta sobre as transferências de fundos impõe aos prestadores de serviços depagamento a obrigação de assegurarem que as transferências sejam acompanhadas deinformações quer sobre o ordenante quer sobre o beneficiário do pagamento, de forma aprevenir mais eficazmente o branqueamento de capitais e o financiamento do terrorismo.

Transferências de fundos

A proposta sobre o branqueamento de capitais clarifica também as regras que têm porobjeto "pessoas politicamente expostas", isto é, pessoas que podem representar um riscomais elevado pelo facto de serem titulares de cargos políticos. Com a revisão da diretiva,passam a ser também abrangidas as pessoas politicamente expostas "internamente"(residentes em países da UE), além das politicamente expostas "no estrangeiro" e as quetrabalham em organizações internacionais. Este universo inclui, entre outros, chefes deEstado, membros de governos, parlamentares e juízes de tribunais supremos.

Pessoas politicamente expostas

Os casinos e os serviços de jogo são também abrangidos pela proposta. No entanto, comexceção dos casinos, os Estados-Membros podem decidir isentar certos serviços de jogose comprovarem que estes apresentam um risco reduzido de branqueamento de capitais.

A revisão da diretiva reforça os deveres de vigilância dos bancos, instituições financeiras,advogados, contabilistas, auditores e agentes mobiliários, entre outros, sobre astransações suspeitas da respetiva clientela.

Dever de vigilância da clientela

Os eurodeputados propõem a criação de registos públicos sobre os beneficiários efetivosde sociedades, trusts, fundações e outras entidades em todos os países da UE, de modoa que seja possível identificar as pessoas que, na realidade, se encontram por trás dasempresas. Estes registos devem estar interligados e acessíveis ao público através daInternet. Os deputados inseriram também disposições sobre a informação que deve serincluída nos registos, de modo a garantir a proteção dos dados pessoais.

Registos públicos para identificar as pessoas por trás das empresas

O pacote que vai ser votado em plenário na terça-feira inclui uma proposta de revisão dadiretiva sobre o branqueamento de capitais e uma proposta de regulamento sobre astransferências de fundos. As comissões parlamentares dos Assuntos Económicos e dasLiberdades Cívicas aprovaram várias alterações às propostas da Comissão Europeia comvista a aumentar a transparência e reforçar a luta contra a evasão fiscal.

O Parlamento Europeu vai votar a revisão da diretiva sobre o branqueamento decapitais. Os eurodeputados vão propor a criação de registos públicos queidentifiquem os beneficiários efetivos de sociedades, trusts e fundações em todosos países da UE, com o objetivo de reforçar a luta contra a evasão fiscal. As regraspropostas fortalecem também os deveres de vigilância de bancos, auditores,advogados, contabilistas, agentes imobiliários e casinos sobre as transaçõessuspeitas dos clientes.

Regras mais duras contra o branqueamento decapitais e a evasão fiscal

Sessão plenária

20140304NEW37501 - 6/21

Relatório sobre a proposta de regulamento relativo às transferências de fundos• Relatório sobre a proposta de diretiva relativa ao branqueamento de capitias•

Mais informação

Relatores sobre as transferências de fundos: Mojca Kleva Kekuš (S&D, SL), da comissãoparlamentar dos Assuntos Económicos, e Timothy Kirkhope (ECR, UK), da comissãoparlamentar das Liberdades Cívicas

parlamentar dos Assuntos Económicos, e Judith Sargentini (Verdes/ALE, NL), dacomissão parlamentar das Liberdades Cívicas

Sessão plenária

20140304NEW37501 - 7/21

Debate: 11/3/2014

Os dados pessoais compreendem quaisquer informações respeitantes a uma pessoa,quer digam respeito à sua vida privada, profissional ou pública. Pode tratar-se de umnome, uma fotografia, um endereço de correio eletrónico, informações bancárias,mensagens publicadas em redes sociais, informações médicas ou do endereço IP do seucomputador.

As empresas terão de obter o consentimento da pessoa antes de proceder aoprocessamento dos seus dados e de fornecer-lhe informações sobre a sua política deprivacidade numa linguagem clara e simples. Os eurodeputados impõem também novoslimites ao "profiling" (definição de perfis, ou seja, tratamento automatizado de dadospessoais destinado, por exemplo, a analisar ou prever o desempenho profissional de umapessoa, a sua situação económica, localização, saúde, preferências pessoais, fiabilidadeou comportamento).

Consentimento do titular

Qualquer pessoa deverá ter o direito a que os dados que lhe digam respeito sejamretificados ou apagados. No entanto, deve ser permitido prolongar a conservação dosdados quando tal se revele necessário para efeitos de investigação histórica, estatísticaou científica, bem como por motivos de interesse público.

Direito de apagamento dos dados

Os eurodeputados querem que sejam aplicadas sanções mais duras às empresas queviolem as regras, propondo multas até 100 milhões de euros ou até 5% do seu volume denegócios mundial anual, consoante o montante mais elevado (a Comissão Europeiapropunha multas até um milhão de euros ou até 2% do volume de negócios da empresa).

Sanções avultadas para as empresas que violem as regras

As empresas estrangeiras terão de respeitar as regras da UE sobre a proteção de dadosse operarem no mercado da UE e oferecerem os seus serviços aos cidadãos europeus.

Se um país terceiro solicitar a uma empresa (por exemplo, a um motor de busca, a umarede social ou a um prestador de serviços na nuvem) que divulgue dados pessoaisprocessados na UE, essa empresa terá de pedir autorização à autoridade nacional deproteção de dados antes de proceder a qualquer transferência, dizem os eurodeputados.A empresa terá também de informar o titular dos dados sobre esse pedido, acrescentam.Esta alteração foi introduzida pelos parlamentares em resposta aos programas devigilância em larga escala dos Estados Unidos que foram revelados em junho do anopassado.

Transferência de dados para países fora da UE

A comissão parlamentar das Liberdades Cívicas aprovou uma série de alterações àspropostas do executivo comunitário com o objetivo de reforçar o controlo dos cidadãossobre os seus dados. Os eurodeputados querem também sujeitar as transferências dedados para países fora da UE a requisitos mais apertados.

As regras europeias sobre a proteção de dados pessoais - que datam de 1995, uma eraem que menos de 1% dos europeus utilizavam a Internet - têm de ser atualizadas pararesponder aos progressos tecnológicos, à globalização e aos novos métodos de recolha,acesso e utilização dos dados.

A reforma das regras europeias sobre a proteção dos dados pessoais, que ganhouainda mais relevância após as revelações sobre os programas de vigilância dosEstados Unidos, vai ser votada na quarta-feira. Os eurodeputados querem garantirque os utilizadores da Internet tenham mais controlo sobre os seus dados e sujeitaras transferências para países fora da UE a requisitos mais apertados. As empresasque violem as regras poderão ter de pagar multas até 5% do seu volume denegócios anual.

Proteção dos dados pessoais dos cidadãoseuropeus

Sessão plenária

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Relatório sobre a proposta de diretiva relativa ao tratamento de dados na área da investigação penal• Relatório sobre a proposta de regulamento geral de proteção de dados•

Mais informação

Relatores: Jan Albrecht (Verdes/ALE, DE) e Dimitrios Droutsas (S&D, GR)

Processo: codecisão (processo legislativo ordinário), primeira leitura

Votação: 12/3/2014

Sessão plenária

20140304NEW37501 - 9/21

Relatório sobre o programa de vigilância da NSA• Mais informação

Relator: Claude Moraes (S&D, UK)

Processo: relatório de iniciativa

Votação: 12/3/2014

Debate: 11/3/2014

O inquérito da comissão parlamentar das Liberdades Cívicas sobre os programas devigilância da NSA e de alguns países europeus teve início em setembro do ano passado,tendo sido realizadas 16 audições públicas desde então.

A nível da UE, os eurodeputados propõem, entre outras medidas, a criação de umprograma europeu para a proteção dos autores de denúncias e o desenvolvimento desistemas de computação em nuvem europeus para assegurar um elevado nível deproteção dos dados pessoais.

Medidas a tomar na UE

Os parlamentares propõem a suspensão do acordo sobre a transferência de dadosbancários com os EUA e do acordo "Porto Seguro", o instrumento jurídico utilizado para atransferência de dados pessoais da UE para empresas nos EUA (por exemplo, Google,Microsoft, Yahoo!, Facebook, Apple e LinkedIn). As lacunas e as deficiências na aplicaçãodeste acordo e "o acesso generalizado das agências de informação norte-americanas aosdados transferidos para os Estados Unidos por entidades que aderiram ao «PortoSeguro» coloca questões graves adicionais relativas à continuidade da proteção dosdados dos cidadãos da UE", explicam.

Apesar de reconhecerem que as negociações sobre o acordo de comércio entre a UE eos EUA serem de grande importância estratégica para um maior crescimento económico,os deputados avisam que a aprovação pelo Parlamento Europeu do acordo final "estácomprometida enquanto não cessarem por completo as atividades de vigilância em largaescala, bem como a interceção de comunicações no seio das instituições e dasrepresentações diplomáticas da UE".

"A luta contra o terrorismo nunca pode constituir uma justificação para programas devigilância indiscriminada em larga escala, secretos ou mesmo ilegais", diz o relatório dacomissão parlamentar das Liberdades Cívicas.

O relatório com as conclusões dos eurodeputados sobre o programa de vigilância da NSAe o seu impacto nos direitos fundamentais dos cidadãos europeus e na cooperaçãotransatlântica vai ser debatido em plenário na terça-feira à tarde e votado no dia seguinte.

A aprovação pelo Parlamento Europeu do acordo de comércio e investimento comos Estados Unidos "está comprometida" enquanto não cessarem por completo asatividades de vigilância em larga escala, diz o relatório que conclui seis meses detrabalho do PE sobre os programas de espionagem da Agência Nacional deSegurança norte-americana (NSA). Os deputados propõem a suspensão do acordosobre a transferência de dados bancários com os EUA e a criação de um programaeuropeu de proteção dos denunciantes.

Conclusões do inquérito sobre os programas deespionagem da NSA

Sessão plenária

20140304NEW37501 - 10/21

Agenda provisória do Conselho Europeu de 20-21 de março• Mais informação

Debate: 12/3/2014

Na quarta-feira, às 8h30, os eurodeputados vão debater com o presidente daComissão, José Manuel Durão Barroso, e a presidência grega do Conselho osassuntos na agenda da próxima cimeira europeia de 20 e 21 de março. O SemestreEuropeu para a coordenação das políticas económicas, a competitividadeindustrial, o clima e energia e a preparação da cimeira UE-África vão ser alguns dostemas em análise.

Debate sobre o Conselho Europeu de 20-21 demarço

Sessão plenária

20140304NEW37501 - 11/21

Ucrânia: Parlamento Europeu apela a assistência financeira e ao respeito da unidade territorial• Resolução do Parlamento Europeu, de 27 de fevereiro de 2014, sobre a situação na Ucrânia•

Mais informação

Processo: resolução

Votação: 12/3/2014

Debate: 12/3/2014

Numa resolução aprovada na passada sessão plenária, o PE sublinhou que as atuaisfronteiras da Ucrânia foram garantidas pelos Estados Unidos, a Rússia e o Reino Unidono memorando de Budapeste sobre garantias em matéria de segurança, quando aUcrânia aderiu ao Tratado de Não Proliferação das Armas Nucleares. No memorando deBudapeste, a Rússia comprometeu-se também a não aplicar qualquer coerção económicadestinada a subordinar aos seus interesses o exercício pela Ucrânia dos direitos inerentesà sua soberania.

Na quarta-feira, após o debate sobre a cimeira europeia, os eurodeputados vãopronunciar-se sobre a presença de tropas russas na península ucraniana daCrimeia e votar uma resolução sobre este assunto. Em 27 de fevereiro, oParlamento Europeu instou todas as partes e os países terceiros a respeitarem aunidade e a integridade territorial da Ucrânia.

Debate e resolução sobre a presença de tropasrussas na Ucrânia

Sessão plenária

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Também numa futura revisão dos Tratados, a maioria atualmente exigida para uma

Os eurodeputados exortam a próxima Convenção para a revisão dos Tratados areexaminar a questão da dimensão da Comissão, assim como da sua organização e doseu funcionamento.

O relatório afirma que "devem ser previstas medidas adicionais, como a nomeação decomissários sem pasta ou a criação de um sistema de vice-presidentes da Comissão comresponsabilidades sobre os principais núcleos temáticos e com competências paracoordenar o trabalho da Comissão nas áreas correspondentes, tendo em vista umfuncionamento mais eficaz da Comissão, sem prejuízo do direito de nomeação de umcomissário por Estado-Membro e do direito de voto para todos os comissários".

A redução da dimensão da Comissão prevista no Tratado de Lisboa já não produziráefeitos este ano devido à decisão tomada pelo Conselho Europeu a pedido do governoirlandês.

Eficiência e dimensão da futura Comissão

A comissão parlamentar dos Assuntos Constitucionais solicita que "o maior númeropossível" de membros da próxima Comissão seja escolhido de entre os deputados eleitosao Parlamento Europeu.

Os parlamentares consideram que o Presidente eleito da Comissão deve atuar de formamais autónoma no processo de seleção dos demais comissários, exortando-o a insistirjunto dos governos nacionais no sentido de que as listas de candidatos ao cargo decomissário lhe permitam "assegurar uma composição do colégio equilibrada em termosde género" e "rejeitar qualquer candidato proposto que não possa demonstrarcompetência geral, empenho europeu ou independência inquestionável".

Comissários escolhidos de entre os eurodeputados

Após ser proposto pelo Conselho Europeu, o candidato ao lugar de Presidente daComissão deve apresentar ao PE as orientações políticas para o seu mandato, seguidasde uma extensa troca de pontos de vista, antes de o PE eleger o candidato proposto parao cargo, nota o relatório.

Os eurodeputados pedem ao Conselho Europeu, formado pelos chefes de Estado e degoverno da UE, que clarifique oportunamente antes das eleições "a forma como terá emconta as eleições para o Parlamento Europeu e como pretende respeitar a escolha doscidadãos europeus ao apresentar um candidato a Presidente da Comissão", no quadrodas consultas a realizar entre o Parlamento e o Conselho Europeu nos termos dadeclaração n.º 11 anexada ao Tratado de Lisboa (texto no final da página).

Conselho Europeu deve respeitar a escolha dos cidadãos

O novo procedimento previsto no Tratado de Lisboa pelo qual o Presidente da Comissãoé eleito pelo Parlamento Europeu "tornará as eleições europeias mais importantes,estabelecendo uma relação mais direta entre a escolha dos eleitores nas eleições para oParlamento Europeu e a eleição do Presidente da Comissão", salienta o relatório.

"As propostas que faço no meu relatório têm três objetivos em mente: reforçar alegitimidade democrática da Comissão Europeia, reforçar a implementação do princípioda separação de poderes na União e aumentar a capacidade de escrutínio do ParlamentoEuropeu", disse Paulo Rangel (PPE), relator da comissão parlamentar dos AssuntosConstitucionais.

O Conselho Europeu, formado pelos chefes de Estado e de governo da UE, deverespeitar o resultado das eleições europeias e a escolha dos cidadãos ao proporum candidato a Presidente da Comissão, que será eleito pelo novo ParlamentoEuropeu de acordo com o Tratado de Lisboa, diz um relatório que vai ser votado emplenário na quarta-feira. O maior número possível de membros da próximaComissão deve ser escolhido de entre os eurodeputados eleitos, defende odocumento redigido por Paulo Rangel.

Eleições para o Parlamento Europeu e escolha doPresidente da Comissão

Sessão plenária

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Relatório sobre a aplicação do Tratado de Lisboa no que respeita ao Parlamento Europeu• Mais informação

Relator: Paulo Rangel (PPE, PT)

Processo: relatório de iniciativa

Votação: 12/3/2014

Declaração n.º 11 anexada ao Tratado de Lisboa: "O Parlamento Europeu e o ConselhoEuropeu são conjuntamente responsáveis pelo bom desenrolar do processo conducente àeleição do Presidente da Comissão Europeia. Por conseguinte, os representantes doParlamento Europeu e do Conselho Europeu procederão, antes da decisão do ConselhoEuropeu, às consultas necessárias no quadro que se considere mais adequado. Emconformidade com o primeiro parágrafo do n.° 7 do artigo 17.°, essas consultas incidirãosobre o perfil dos candidatos às funções de Presidente da Comissão, tendo em conta aseleições para o Parlamento Europeu. As modalidades das consultas poderão serdefinidas, em tempo útil, de comum acordo entre o Parlamento Europeu e o ConselhoEuropeu".

Artigo 17.°, n.° 7 do Tratado da União Europeia: "Tendo em conta as eleições para oParlamento Europeu e depois de proceder às consultas adequadas, o Conselho Europeu,deliberando por maioria qualificada, propõe ao Parlamento Europeu um candidato aocargo de Presidente da Comissão. O candidato é eleito pelo Parlamento Europeu pormaioria dos membros que o compõem. Caso o candidato não obtenha a maioria dosvotos, o Conselho Europeu, deliberando por maioria qualificada, proporá no prazo de ummês um novo candidato, que é eleito pelo Parlamento Europeu de acordo com o mesmoprocesso".

O que diz o Tratado

moção de censura à Comissão deve ser reduzida, por forma a exigir apenas a maioriados membros que compõem o PE, sem colocar em risco o funcionamento dasinstituições, acrescenta o relatório.

Sessão plenária

20140304NEW37501 - 14/21

Relatório sobre a igualdade entre mulheres e homens na União Europeia – 2012• Mais informação

Relatora: Inês Zuber (CEUE/EVN, PT)

Processo: relatório de iniciativa

Votação: 11/3/2014

Debate: 10/3/2014

"A redução de apenas 1% nas disparidades salariais de género induzirá um aumento docrescimento económico de 0,1%, o que demonstra que a eliminação dessas disparidadesse reveste de crucial importância no atual contexto de desaceleração económica", diz orelatório.

Os eurodeputados instam a Comissão e os Estados-Membros a garantirem o respeito doprincípio fundamental de «salário igual por trabalho igual» e chamam a atenção para anecessidade de reforçar os mecanismos públicos de inspeção do trabalho para identificar,por exemplo, a criação de categorias profissionais com remunerações baixas para asquais são essencialmente contratadas mulheres, o que configura uma situação dediscriminação salarial indireta.

"Os rendimentos das mulheres sofreram uma redução significativa devido a vários fatores,incluindo a persistência da desigualdade salarial entre homens e mulheres e asconsequentes desigualdades nos respetivos níveis de subsídio de desemprego e depensões de reforma, o crescimento do trabalho a tempo parcial por imposição e oaumento do número de empregos temporários ou a termo certo, em detrimento deempregos mais estáveis", salienta o relatório.

A desigualdade salarial atinge em média 16,2% na UE, com fortes variações nosEstados-Membros, oscilando entre 10% e mais de 20% em alguns países.

O relatório analisa a (des)igualdade entre homens e mulheres na UE em 2012, "um anoem que as políticas de austeridade decididas pela UE - nomeadamente as políticas dagovernação económica - estão em prática e em que três países da UE estão sobintervenção da troika (Grécia, Irlanda, Portugal)", nota Inês Zuber (CEUE/EVN).

A desigualdade salarial entre homens e mulheres na UE atinge ainda em média16,2%, nota um relatório da eurodeputada portuguesa Inês Zuber que vai ser votadoem plenário na terça-feira. O documento propõe uma série de medidas para reduziras disparidades salariais, promover a participação das mulheres na tomada dedecisão, melhorar a conciliação entre trabalho e família, erradicar os estereótipossexistas e combater a violência contra as mulheres.

Persistência da desigualdade salarial entrehomens e mulheres na UE

Sessão plenária

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Pergunta oral sobre a proposta da Comissão• Relatório sobre a proposta relativa ao material de reprodução vegetal •

Mais informação

Relator: Sergio Silvestris (PPE, IT)

Processo: codecisão (processo legislativo ordinário), primeira leitura, e pergunta oral

Votação: 11/3/2014

Debate: 10/3/2014

No caso de devolução à comissão parlamentar da Agricultura, esta apenas deverá discutirde novo a proposta após as eleições europeias de maio.

Se a Comissão não retirar a proposta, o Parlamento devolverá a questão à comissãoparlamentar competente - neste caso, a comissão parlamentar da Agricultura - semproceder à votação do projeto de resolução legislativa (a menos que o presidente ou orelator da comissão parlamentar, um grupo político ou um mínimo de 40 deputadospeçam que este seja votado).

Se a Comissão retirar a proposta, o presidente do PE declarará encerrado o processo einformará do facto o Conselho de Ministros da UE.

De acordo com o artigo 56.º do Regimento do PE, se uma proposta da Comissão nãoobtiver a maioria dos votos expressos ou se tiver sido aprovada uma proposta de rejeiçãoda mesma, o presidente do PE solicitará à Comissão que a retire antes de o Parlamentovotar o projeto de resolução legislativa.

O que acontece se o Parlamento Europeu rejeitar a proposta da Comissão?

Os parlamentares consideram que a avaliação de impacto que acompanha a proposta daComissão está desatualizada e não trata devidamente a questão das suas repercussõesnas pequenas e microempresas da UE.

Os eurodeputados manifestam também preocupações em relação ao material depropagação vegetal destinado à venda a horticultores particulares e aos encargosadministrativos desnecessários impostos aos Estados-Membros e aos operadores(podendo conduzir à redução da escolha para os consumidores). Segundo eles, alegislação da UE sobre o material de reprodução vegetal deve facilitar e encorajar apreservação da biodiversidade na agricultura e na horticultura.

Entre os aspetos que suscitam maior apreensão para a comissão parlamentar daAgricultura, inclui-se a decisão de substituir as 12 diretivas atuais por um regulamentoúnico e o não cumprimento de uma série de objetivos em matéria de simplificação, deinovação e de resolução de questões relacionadas com os recursos fitogenéticos.

Devido à sua ampla variedade, o material de reprodução vegetal é atualmenteregulamentado por 12 diretivas que permitem adaptar as regras a cada caso específico.

Na terça-feira, os eurodeputados vão decidir se rejeitam ou não a polémicaproposta do executivo comunitário sobre a produção e a disponibilização nomercado de material de reprodução vegetal. A comissão parlamentar da Agriculturarecomenda ao plenário que rejeite a chamada "lei das sementes", apontandodeficiências na avaliação de impacto da Comissão e a criação de encargosadministrativos desnecessários para os Estados-Membros e os agricultores.

Sementes: Parlamento Europeu a um passo derejeitar proposta da Comissão

Sessão plenária

20140304NEW37501 - 16/21

A Comissão deve intensificar os seus esforços para apoiar os exportadores de frutas,produtos hortícolas, flores e plantas ornamentais, a fim de superar o número crescente de

Mercado de exportação

Atualmente, entre um terço e metade dos produtos comestíveis são desperdiçados devidoao seu aspeto. Os eurodeputados exortam a Comissão a prever, com caráter de urgência,possibilidades de comercialização de um leque mais vasto de produtos comespecificações de qualidade e instam os supermercados a terem em conta os estudosque demonstram que muitos consumidores não estão necessariamente preocupados coma aparência estética das frutas e dos produtos hortícolas.

Aparência estética não deve ser obstáculo à comercialização

Mais de metade dos produtores da UE ainda não pertence a uma OP, apesar do objetivoestabelecido pela Comissão de atingir uma taxa média de 60% de participação até 2013.

O relatório saúda o facto de a reforma da política agrícola comum (PAC) continuar abasear o sistema de apoio europeu às frutas e produtos hortícolas nas organizações deprodutores. O instrumento da União para a gestão das crises graves que afetam váriosEstados-Membros deve porém ser acessível a todos os produtores, façam ou não partede uma OP, sublinha.

No âmbito da revisão do regime do setor das frutas e produtos hortícolas, a Comissãodeve elaborar disposições claras sobre a conceção e os métodos de trabalho dasorganizações de produtores (OP) e adaptar o regime às estruturas de mercado jáexistentes nos Estados-Membros, para que estas possam cumprir o papel que lhescompete e os produtores sejam incentivados a aderir às mesmas, dizem oseurodeputados.

Organizações de produtores

O setor agroalimentar e a comunidade científica devem, por sua vez, cooperar de formasistemática para atrair e formar a próxima geração de investigadores nesta área emelhorar as competências da atual mão-de-obra.

Os eurodeputados instam a Comissão Europeia e os Estados-Membros a apoiar a criaçãode mercados locais de produtos frutícolas e hortícolas e circuitos de abastecimento curtospara assegurar a frescura dos produtos. Devem também facilitar o acesso afinanciamentos a longo prazo para investimento em tecnologias modernas de produçãohortícola, a fim de aumentar a competitividade destes produtos e serviços.

“Os esforços no sentido de encorajar os jovens a considerar a hipótese de trabalhar nosetor da horticultura e de lhes proporcionar formação devem ser apoiados através decampanhas de sensibilização e informação que melhorem a imagem do setor”, diz orelatório.

Os eurodeputados notam que, muitas vezes, os mercados locais e regionais sãodeficitários em produtos hortícolas aí produzidos, defendendo incentivos aoempreendedorismo jovem nestas regiões como oportunidade de emprego no setoragrícola e como garantia de abastecimento de produtos frescos de proximidade.

Encorajar os jovens a trabalhar no setor da horticultura

O relatório da comissão parlamentar da Agricultura realça a importância de promover osetor da horticultura na UE e de viabilizar a sua competitividade no mercado global,através da inovação, investigação e desenvolvimento, da eficiência e segurançaenergética, da adaptação às alterações climáticas e mitigação das mesmas e de medidaspara melhorar a comercialização.

O Parlamento Europeu vai votar um relatório que propõe várias medidas parapromover o setor da horticultura na UE, viabilizar a sua competitividade no mercadoglobal e melhorar a comercialização dos produtos. O setor das frutas e produtoshortícolas representa 18% do valor total da produção agrícola na UE.

Medidas para promover o setor da horticultura naUE

Sessão plenária

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Relatório sobre o futuro do setor da horticultura europeu – Estratégias de crescimento• Mais informação

Relatora: Anthea McIntyre (ECR, UK)

Processo: relatório de iniciativa

Votação: 11/3/2014

Apresentação: 10/3/2014

O setor das frutas e produtos hortícolas recebe cerca de 3% das subvenções da PAC e,no entanto, representa 18% do valor total da produção agrícola na UE e 3% da superfícieagrícola útil, tendo um valor superior a 50 mil milhões de euros. A horticultura inclui frutas,produtos hortícolas, batatas, saladas, ervas aromáticas e produtos ornamentais.

O relatório aborda ainda assuntos relacionados com a gestão das pragas, os resíduos depesticidas, a intensificação dos processos ecológicos, a utilização de técnicas dereprodução vegetal, entre outros.

obstáculos não pautais, tais como certas normas fitossanitárias de países terceiros quetornam a exportação da UE difícil, se não mesmo impossível.

Sessão plenária

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Relatório sobre o património gastronómico europeu: aspetos culturais e educativos• Mais informação

Relator: Santiago Fisas Ayxela (PPE, ES)

Processo: relatório de iniciativa

Votação: 12/3/2014

Os eurodeputados propõem ainda programas de educação e sensibilização sobre asconsequências do consumo inapropriado de bebidas alcoólicas e a proibição nas escolasde qualquer publicidade ou patrocínio de alimentos não saudáveis.

O documento sublinha também a importância de aliar a educação a hábitos alimentaressaudáveis e ao combate aos estereótipos que podem provocar distúrbios alimentares epsicológicos graves como a anorexia ou a bulimia.

"Os hábitos alimentares das populações europeias são uma rica herança socioculturalque nos cabe transmitir de geração em geração", diz o relatório, acrescentando que "asescolas, em conjunto com as famílias, constituem o lugar adequado para a aquisiçãodestes conhecimentos".

A comissão parlamentar solicita aos Estados-Membros que incluam na educação escolar,desde a primeira infância, "conhecimentos e experiências sensoriais em matéria dealimentação, saúde nutricional e hábitos alimentares", incluindo aspetos históricos,geográficos e culturais, o que contribuiria para melhorar o estado de saúde e debem-estar da população, a qualidade da alimentação e o respeito pelo ambiente.

Programas de educação gastronómica nas escolas

O relatório defende a preservação dos ritos e dos costumes relacionados com agastronomia local e regional e o desenvolvimento da gastronomia europeia.

Os eurodeputados congratulam-se com a inscrição da dieta mediterrânica na lista doPatrimónio Cultural Imaterial da Humanidade da UNESCO, relembrando que estainiciativa foi promovida por vários países europeus.

O relatório da comissão parlamentar da Cultura e da Educação salienta que a dietamediterrânica apresenta um padrão alimentar e um estilo de vida equilibrados esaudáveis, diretamente relacionados com a prevenção de doenças crónicas e a promoçãoda saúde.

Os países da UE devem incluir na educação escolar "conhecimentos e experiênciassensoriais em matéria de alimentação, saúde nutricional e hábitos alimentares", dizum relatório não vinculativo que vai ser votado na quarta-feira. Os eurodeputadospropõem também programas de educação sobre as consequências do consumoinapropriado de bebidas alcoólicas, a proibição nas escolas de qualquerpublicidade de alimentos não saudáveis e a promoção da dieta mediterrânica.

Promover a gastronomia europeia e umaalimentação saudável

Sessão plenária

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Relatório sobre a proposta relativa às viagens organizadas e aos serviços combinados de viagem • Mais informação

Relator: Hans-Peter Mayer (PPE, DE)

Processo: codecisão (processo legislativo ordinário), primeira leitura

Votação: 12/3/2014

Debate: 11/3/2014

O texto que for aprovado em plenário constituirá a primeira leitura do ParlamentoEuropeu, tendo depois de ser negociado com o Conselho de Ministros da UE após aseleições europeias de maio.

Se o viajante se encontrar em dificuldades durante a viagem ou as férias, o organizadordeverá também prestar-lhe assistência, podendo esta consistir "na prestação dasinformações necessárias sobre aspetos como os serviços de saúde, as autoridades locaise a assistência consular, bem como ajuda prática, nomeadamente em matéria decomunicações à distância e para encontrar soluções alternativas de viagem".

No caso de não ser possível repatriar atempadamente o viajante devido a circunstânciasinevitáveis e excecionais, os eurodeputados dizem que o organizador deverá encontrarum alojamento que corresponda à categoria do hotel inicialmente reservado até cinconoites, podendo limitar os custos a 125 euros por noite e por viajante.

De acordo com as regras propostas, os compradores de fórmulas de viagempersonalizadas terão direito a ser repatriados para o seu país no caso de o operadorturístico abrir falência durante as férias.

As viagens abrangidas são aquelas que consistem na combinação de diferenteselementos, como o voo, o alojamento e o aluguer de automóvel.

Esta atualização destina-se a adaptar a diretiva relativa às viagens organizadas à eradigital. Isto significa que passarão a estar também protegidos mais 120 milhões deconsumidores que compram estas fórmulas de viagem personalizadas, de acordo comdados da Comissão Europeia.

As viagens personalizadas não são abrangidas pelas normas em vigor ou são-no deforma ambígua, fazendo com que os consumidores não estejam seguros dos seusdireitos e os operadores não saibam quais são exatamente as suas obrigações.

Os cidadãos têm um papel cada vez mais ativo na adaptação das férias às suasnecessidades específicas, recorrendo à Internet para combinar vários elementos em vezde escolherem viagens previamente organizadas em brochuras, como era habitual nadécada de 90.

Os eurodeputados vão votar a revisão da diretiva sobre as viagens organizadas,que data de 1990, uma altura em que a maior parte dos europeus reservava as suasférias numa agência de viagens e não pela Internet. Esta atualização visa adaptar adiretiva à era digital e garantir direitos mais claros para o consumidor, como odireito de ser repatriado para o seu país no caso de o operador turístico abrirfalência e de receber assistência se algo correr mal durante as férias.

Viagens organizadas pela InternetSessão plenária

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Relatório sobre a proposta relativa a aeródromos, gestão do tráfego aéreo e serviços de navegação • Relatório sobre a proposta relativa à implementação do Céu Único Europeu •

Mais informação

Relatores: Marian-Jean Marinescu (PPE, RO) e David-Maria Sassoli (S&D, IT)

Processo: codecisão (processo legislativo ordinário), primeira leitura

Votação: 12/3/2014

Debate: 11/3/2014

Os prestadores de serviços de navegação aérea, ao elaborar os seus planos comerciais,deverão pedir propostas a diferentes fornecedores de serviços de apoio, com vista aescolher o mais vantajoso em termos financeiros e qualitativos. Os eurodeputadosquerem que a Comissão apresente um estudo pormenorizado sobre os impactosoperacionais, económicos, a nível da segurança e sociais da introdução de princípios demercado na prestação de serviços de apoio até 1 de janeiro de 2016.

A comissão parlamentar dos Transportes propõe, em alternativa, que os prestadores deserviços de navegação aérea tenham de considerar as ofertas de outros prestadores paradesempenhar estes serviços, mas sem terem a "obrigação" de separá-los.

O pacote sobre o Céu Único Europeu ("SES2+"), apresentado pela Comissão em junhodo ano passado, propunha a separação dos serviços de apoio (serviços de comunicação,navegação e vigilância, serviços meteorológicos e serviços de informação aeronáutica)dos prestadores de serviços de navegação aérea, o que foi amplamente contestado.

O Parlamento Europeu vai votar propostas para acelerar a reforma do sistema decontrolo do tráfego aéreo na UE e combater o congestionamento. As regras emdiscussão visam reforçar a independência das autoridades supervisoras nacionaise separar os serviços de apoio dos prestadores de serviços de navegação aérea.Os eurodeputados propõem que estes últimos tenham de considerar as ofertas deoutros prestadores para desempenhar os serviços de apoio, mas sem terem aobrigação de separá-los.

Céu Único Europeu: reforma do sistema decontrolo do tráfego aéreo

Sessão plenária

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Relatório sobre o regulamento relativo às estatísticas comunitárias do comércio externo• Relatório sobre a Arábia Saudita•

Mais informação

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Na terça-feira, o Parlamento Europeu vai votar um relatório de Ana Gomes sobre aArábia Saudita, as relações deste país com a UE e o seu papel no Médio Oriente eno Norte de África. Na quarta-feira, vai também votar um relatório de Vital Moreiraque visa alinhar o regulamento relativo às estatísticas comunitárias do comércioexterno com países terceiros com as novas disposições do Tratado de Lisboa.

Relações externas e comércioSessão plenária