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Sessão 6 – Reflexão

O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares: metodologias de operacionalização (Parte II)

Em relação a esta sessão, devo dizer que foi para mim a sessão mais interessante por vários motivos, mas principalmente porque me possibilitou estudar de uma forma mais pormenorizada os instrumentos que ajudam a BE a obter evidências e situar-se face aos factores críticos. A forma como foi lançada a proposta de trabalho pareceu-me também muito mais atractiva e realmente fomentadora de aprendizagens para mim, pois possibilitou-me uma análise mais efectiva. Muitas das vezes a leitura de textos muito extensos (embora não sejam complexos), exige tempo e para a execução do trabalho verifica-se que, a precipitação é inimiga da perfeição.Era bom que esta formação possibilitasse o melhoramento dos trabalhos e que a metodologia de Portfólio em que o aluno vai melhorando o seu desempenho e em que a avaliação recai nessa mesma progressão.

Em relação, à temática da sessão, saliento que, “a auto-avaliação da BE é importante porque se constitui como instrumento de auto-regulação e de melhoria contínua (aferindo se as metas e objectivos das BE estão a ser alcançados, identificando pontos fortes e pontos fracos a melhorar,usando estrategicamente os resultados da avaliação no planeamento futuro (redefinição de prioridades, metas, objectivos, estratégias, etc.), melhorando progressivamente o nível de desempenho das BEfacilitando o benchmarking e apoiando a definição de políticas dirigidas às BE.Também se constitui como um poderoso factor de mudança de reforço do papel pedagógico das BE e dos seus potenciais impactos na aprendizagem, formação e sucesso dos aluno, de indução de uma prática baseada em evidências, capazes de sustentar e fundamentar a acção e tomada de decisão, de estímulo a uma prática reflexiva de investigação-acção, de sentido qualitativo, de carácter sistemático e continuado, consolidando uma cultura de avaliação. Finalmente, a auto-avaliação é importante porque se constitui como factor de credibilidade de afirmação e reconhecimento do valor das BE, face aos desafios que hoje se lhes colocam, de visibilidade e integração das BE na Escola e na Comunidade, de objectivação e validação interna e externa do trabalho que vai sendo realizado pelas BE, de envolvimento e responsabilização dos diferentes actores.” Este texto refere efectivamente o que mais significativo tem o papel do modelo de auto-avaliação da BE.Mas a implementação do MAABE exige procedimentos a reter:

“Diagnóstico/Escolha do Domínio a avaliar/Levantamento dos intervenientes a envolver/Apresentação no CP/Identificação e preparação dos instrumentos de recolha de evidências/Recolha, análise e interpretação da informação/Identificação dos pontos fortes e fracos/Atribuição de níveis de desempenho/Plano de melhoria/Elaboração e apresentação do relatório de auto-avaliação/Integração no relatório de avaliação interna da escola e nos tópicos de apresentação à IGE, responsável pela avaliação externa.”

E uma das actividades mais importantes da aplicação do MAABE consiste, deste modo, em saber identificar os instrumentos de recolha de evidências adequados e extrair desses instrumentos a informação (evidências) que melhor esclarece o trabalho e os resultados alcançados pela Biblioteca em relação com este ou aquele indicador ou conjunto de indicadores.

Parece fácil, mas a complexidade de documentos exigidos à BE será que simplifica?

Para tal, começamos por recordar as diferentes fontes de evidências recomendadas e passíveis de serem utilizadas, se destacam, pela sua importância, as fontes documentais resultantes da actividade da própria Escola/Agrupamento e respectiva/s BE:

Documentos de gestão da Escola/ Agrupamento

Projecto Educativo, Projecto Curricular, Plano de Acção, Regulamento Interno, Plano Anual de Actividades, Relatórios de avaliação, Currículos profissionais da equipa da BE, Outros.

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Documentos pedagógicos da Escola/Agrupamento

Planificações dos Departamentos, ACND, AEC, SAE, PTE-TIC, OTE, Projectos curriculares das turmas, Orientações/recomendações do CP, Trabalhos de alunos, Resultados de avaliação dos alunos, Outros.

Documentos de Gestão da BE

Plano de Acção, Plano Anual de Actividades, Acordos de parceria, Política de Desenvolvimento da Colecção, Manual de Procedimentos, Regimento, Horário, Relatórios, Plantas, Inventários, Outros.

Documentos de funcionamento e dinamização da BE

Actas/ Registos de reuniões/contactos, Registos de projectos/actividades realizados, Estatísticas da BE, Materiais de apoio produzidos e editados, Catálogo e outras ferramentas utilizadas, Resultados de avaliação da colecção, Outros.

Para além destas fontes documentais de carácter textual ou quantitativo, dispomos também de uma valiosa bateria de instrumentos de recolha de dados, propositadamente construídos para a avaliação das BE no contexto do MAABE:

Questionários a alunos, professores e encarregados de educação Grelhas de observação de competências Grelhas de análise de trabalhos escolares Listas de verificação

Daí que, ter exercitado através da tarefa proposta de “Localizar nos instrumentos propostos pelo MAABE para o Sub-Domínio A2, questões ou itens que vão ao encontro dos factores críticos definidos para cada um dos seus Indicadores” tornou-se muito agradável de realizar, na medida em que era muito objectiva e directa e ajudou-me a perceber o que se pretendia que fossemos capazes de realizar.

Em relação aos instrumentos do MAABE, parece haver um outro caso a redefinir nos questionários. Tendo considerado muito pertinentes as questões colocadas referentes a alguma fragilidade dos questionários dos alunos e professores. E, já que estamos na onda de propor melhorias, porque não modificar os questionários?!...

1. Questão “Questionário Alunos – domínio A –pergunta 6

Quanto à questão referente no Questionário Alunos – domínio A “6. Quando tens um trabalho de pesquisa para fazer, como costumas procurar a informação de que precisas? Indica as duas situações mais frequentes.”talvez a RBE devesse rever o texto, pela minha parte, sugeria tornar a frase mais curta: “Quando fazes uma pesquisa, como procuras a informação?...”e pedir que o aluno assinale com x o que faz mais frequentemente, sem imposição de número de respostas. Pois, o que verdadeiramente interessa é como o faz e o que utiliza!!!!!!!........deste modo o questionário também seria ao mesmo tempo melhor decifrável e compreensível para os alunos do 1º ciclo que também têm de o preencher.

Além disso, todas as situações podem já estar a ser dinamizadas e aplicadas pelos alunos na BE, mas cada aluno tem o seu modo próprio de aprender, e aprender a aprender é o mote da BE, não é o de forçar esta ou aquela estratégia só porque é moda ou convém, mas dar liberdade ao aluno de escolher a melhor estratégia. Facilitar o acesso a diferentes recursos e estratégias diferenciadas é o que a BE deve implementar! E, por tal, o que deveria ser avaliado é se na BE existem os meios facilitadores para o aluno e se o professor bibliotecário possibilitou o acesso de forma facilitadora e diversificada. Mas o ME

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deve ser responsabilizado pelo seu bom apetrechamento e por assegurar a sua organização e gestão por um professor bibliotecário pois esse irá promover o enriquecimento de todos.

2. Questão “Questionário aos Docentes – domínio A”

Relativamente ao Questionário aos Docentes – domínio A, penso que provavelmente o interesse deveria estar dirigido para se averiguar o nível de autonomia do professor na BE e não promover qualquer tipo de julgamento ao nível de competências dos professores como se pretendesse avaliar o seu grau de domínio, pois para isso já existe o CCAD!...senão vivemos numa politica de controle e não numa postura construtiva de evolução!...

Na minha experiência no contacto directo com professores, verifico que se torna muito mais útil promover o envolvimento dos professores na BE e aí medir o nível de frequência e regularidade da sua utilização autónoma, do que medir a sua capacidade ou domínio, porque senão vejamos: de que adianta passarmos o tempo sempre a querer avaliar todos e querer medir as competências “profissionais” do professor se o que verdadeiramente interessa é a promoção do uso autónomo da BE pelo professor e pelos seus alunos e saber se isso acontece!!!!!!!..........não se distraiam da linha orientadora, por favor!

Reparem, um professor até pode nem dominar bem as competências assinaladas, mas os seus alunos podem desenvolver um trabalho forte a esse nível desde que se promova a utilização da BE, porque para isso lá está a professora bibliotecária para dar o seu apoio e articular com a sala de aula. E é da cooperação que tudo se desenvolve. Verifico, muitas das vezes, na minha experiência profissional que vale mais o interesse do professor em participar do que o domínio que ele possa ter porque se o professor estiver motivado ele envolve os seus alunos, mas se for um prof. até muito avançado ao nível de domínio de competências, mas se achar que não precisa da BE, ele não leva os seus alunos nem os incentiva a lá irem.