sessão 4_m3
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Formao Pedaggica Inicial de
Formadores
Anysolutions, Formao Servios de Consultadoria e Networking, Lda.
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Formao Pedaggica Inicial de Formadores
Objetivos
No final deste sub-mdulo de aprendizagem, o formando dever ser capaz
de:
Identificar as tcnicas e estratgias de caracterizao do grupo de
formao;
Identificar mtodos de gesto da diversidade;
Definir processos de mediao
Identificar tcnicas de dinmicas de grupo e de gesto de conflito.
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Tcnicas e estratgias de caracterizao do grupo de
formao;
Mtodos de gesto da diversidade;
Processos de mediao
Tcnicas de dinmicas de grupo e de gesto de
conflito.
Contedos
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Um grupo : " uma entidade que
constituda por um determinado nmero
de membros que se propem atingir
determinado objectivo comum, inseridos
durante um perodo varivel de tempo
num processo de comunicao e
interao, desenvolvendo sentimentos
de solidariedade (Shafers, 1984 cit in
Segurado, 1993).
Tcnicas e estratgias de caracterizao do grupo de formao
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Para alm dos objectivos, os elementos do grupo partilham de interesses,
valores, razes tnicas ou lingusticas, graus de parentesco.
Deste modo, para que um conjunto de pessoas seja um grupo, necessrio
que os membros interajam com frequncia; partilhem um sistema de papis,
normas, valores, objetivos, e se reconheam e sejam reconhecidos como
parte integrante do grupo. Os grupos so distinguidos tendo em conta as
seguintes variveis:
a dimenso do grupo;
os objetivos do grupo;
as tarefas desempenhadas pelo grupo;
a sua funo social.
Tcnicas e estratgias de caracterizao do grupo de formao
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Podemos distinguir dois tipos de grupos:
os primrios e os secundrios
Primrios: caracterizam-se por ser de pequena dimenso; partilham motivaes
afetivas; a comunicao realizada face a face (direta); o relacionamento
informal e espontneo.
Secundrios: caracterizam-se por ter mais elementos do que os primrios; a
comunicao e a relao estabelecidas no so directas; o relacionamento
formal e impessoal, tendo em conta os papis que os elementos desempenham.
Tcnicas e estratgias de caracterizao do grupo de formao
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Every man takes the limits of his own field of vision for the limits of the world Arthur Schopenhauer (1851)
Os estudos no domnio da gesto intercultural, nomeadamente os estudos
comparados, tm-nos revelado que as sociedades humanas pensam, sentem e agem
de maneira diferente.
o estudo das diferenas culturais e das suas consequncias deve ser feito atravs de
uma atitude de relativismo cultual e, assim, culturamente neutro.
Mtodos de gesto da diversidade (gnero, etria, cognitiva, socioeconmica, tnico-cultural, deficincia, religio, focos de interesse)
Desta forma,
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Assim, devemos ser apologistas da ideias de
vrios antroplogos, socilogos e
psicopsiclogos que se tm debruado sobre
este tema, segundo a qual uma cultura no
tem critrios absolutos para julgar as
atividades de outra cultura como melhor ou
pior, superior ou inferior.
Mtodos de gesto da diversidade (gnero, etria, cognitiva, socioeconmica, tnico-cultural, deficincia, religio, focos de interesse)
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evidente que apesar das diferenas existem pontos em comum entre os pases, caso
contrrio, provavelmente no haveria vantagens a explorar para as empresas
mundiais, porque a virtude (e simultaneamente a dificuldade) do plano internacional
e intercultural precisamente a mistura das semelhanas e das diferenas.
Mtodos de gesto da diversidade (gnero, etria, cognitiva, socioeconmica, tnico-cultural, deficincia, religio, focos de interesse)
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Neste domnio, podemos considerar dois grandes
nveis de diferenas, historicamente ligadas e
interdependentes, que para serem analisadas
integralmente necessrio que sejam abordadas de
forma multidisciplinar. Esses (grandes nveis) so:
As diferenas de sistemas: geografia, clima,
demografia, organizao da sociedade, poltica,
economia e sistema legal;
As diferenas de valores culturais entre colunas
nacionais.
Mtodos de gesto da diversidade (gnero, etria, cognitiva, socioeconmica, tnico-cultural, deficincia, religio, focos de interesse)
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O que podemos fazer para criar sinergias interculturais? Requisitos individuais:
conhecer-se bem a si prprio e sua cultura de origem,
gostar de trabalhar e conviver com pessoas que so diferentes,
gosto pela diversidade,
capacidade de escuta ativa,
estar disposto e aberto aprendizagem de outras culturas,
Mtodos de gesto da diversidade (gnero, etria, cognitiva, socioeconmica, tnico-cultural, deficincia, religio, focos de interesse)
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O que podemos fazer para criar sinergias interculturais?
Requisitos individuais:
aceitar e respeitar as diferenas culturais e de valores (diversidade e centralidade),
abertura a diferentes formas de pensar, sentir e agir;
flexvel e paciente,
desenvolver a sua prpra sensibilidade cultural, criando a competncia de
orientao intercultural;
resilincia/adaptao;
capacidade de comunicao em diferentes contextos de informao e comunicao.
Mtodos de gesto da diversidade (gnero, etria, cognitiva, socioeconmica, tnico-cultural, deficincia, religio, focos de interesse)
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O que podemos fazer para criar sinergias interculturais?
Critrios de eficcia das equipas/grupos interculturais:
conhecer a cultura dos diversos membros da equipa;
entender a matriz de comportamento e comunicao dominante das culturas de
origem;
saber o que motiva os diferentes membros da equipa e analis-lo face aos nossos
prprios padres, as promoes neste domnio devem assentar nos seguintes
critrios fundamentais (experincia internacional e intercultural anterior,
capacidade para animar, dirigir e motivar equipas internacionais).
Mtodos de gesto da diversidade (gnero, etria, cognitiva, socioeconmica, tnico-cultural, deficincia, religio, focos de interesse)
Mtodos de gesto da diversidade
critrios de eficcia das
equipas/grupos culturais
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O que podemos fazer para criar sinergias interculturais?
Requisitos a nvel organizacional:
a organizao deve estar aberta ,
ningum deve ser excludo dos canais de comunicao e informao formais e
informais,
a organizao dever ser cosmopolita, possuir e fomentar um esprito aberto, voltada
para fora do ponto de vista profissional.
A organizao deve ser orientada para os resultados. A nfase deve ser colocada
nos resultados da equipa e no nos inputs.
Mtodos de gesto da diversidade (gnero, etria, cognitiva, socioeconmica, tnico-cultural, deficincia, religio, focos de interesse)
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Processo no qual um terceiro, sem poder para alm do que lhe reconhecem os
mediados, sem faculdades de deciso, neutro e independente, intervm com uma
misso especfica (Guillaume-Hofnung, 2000), nomeadamente de ajudar as partes a
resolver os seus conflitos (San Marin, 2003).
Vemos, assim, que o conflito no faz necessariamente parte do conceito de mediao,
podendo esta visar, to somente, o desenvolvimento de relaes, por um terceiro.
Processo de mediao
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Surgem perspetivas de mediao que alargam o conceito de mediao e que a
integram num processo cooperativo de gesto de conflitos entre diferentes atores de
uma comunidade educativa (Souquet, 1999:231), sendo muito mais do que uma
tcnica alternativa para resolver conflitos, enquadrando-se numa cultura de cidadania
ativa e de paz.
Estas dimenses podem ser enquadradas por uma viso mais ampla, que concetualiza
diversos paradigmas de mediao e que tem repercusses sobre a forma como outras
questes so consideradas.
Diversos so os modos de conceptualizar estes diferentes paradigmas mas de uma
forma geral os diversos autores, usando diversas terminologias, apontam para as
mesmas grandes perspectivas, pelas quais a mediao pode ser equacionada.
Processo de mediao
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Entendendo a mediao num quadro de resoluo de
conflitos, Fried Schnitman (1999) faz referncia a um
conjunto de paradigmas que so alternativos
confrontao, ao paradigma ganhar-perder, disputa e ao
litgio e que se direcionam para a coparticipao
responsvel. Admitem a considerao e o reconhecimento da
singularidade de cada participante no conflito, consideram a
possibilidade de ganhar conjuntamente, de construir o
comum, favorecendo o respeito s diferenas, a
coordenao na complexidade e a contradio, a
estruturao de acordos e a construo cultural de prticas
democrticas no restritas exclusivamente a experts.
Processo de mediao
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Afastando-se dos modelos tradicionais
de resoluo de problemas e de
conflitos, como a arbitragem, a
conciliao, a negociao ou a terapia,
propem o dilogo e a restituio
reflexiva do poder s pessoas, grupos e
comunidades, apoiando-se em
abordagens construtivistas e
construcionistas.
Processo de mediao
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Assim, aqui podem confluir diversas variedades de mediao, orientadas, quer para o
desenvolvimento da relao e a gesto das diferenas que cria ou recria os laos
existentes, quer para a gesto dos diferendos, numa perspetiva curativa ou preventiva
ou transformadora (Six, 2003, Jares, 2002, Guillaume-Hofnung, 2000).
Trata-se de uma multiplicidade de mediaes que se perspectivam num quadro que
aceita e promove as complementaridades contraditrias, ao invs de orientar para
escolhas dicotmicas, ou para uma lgica aditiva (Correia e Caramelo, 2003)
construcionistas.
Processo de mediao
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O conflito est inerente ao relacionamento existente entre duas pessoas,
independentemente do seu grau de aproximao. Este pode ser consequncia das
mais diversas situaes: choque de interesses, incompatibilidade de entendimentos
ou objetivos, divergncia na interpretao, problemas de comunicao ou
caractersticas da personalidade de cada um.
O conflito sempre de evitar, tal como evitvel. Embora seja normalmente
entendido de uma forma negativa, com efeitos destrutivos este tambm pode ter o
reverso da medalha, isto , diferentes entendimentos ou interpretaes podem
resultar em inovaes ou propostas alternativas. No entanto, preciso saber geri-lo da
melhor forma, retirando dele o mximo proveito, maximizando vantagens e
minimizando desvantagens.
Tcnicas de dinmicas de grupo e de gesto de conflitos
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Na formao, por vezes, o formador tambm
dever ser um gestor de conflitos de modo a
manter a coeso de grupo e o clima favorvel
aprendizagem. Dever dele conseguir retirar os
aspetos positivos, aproveitando o confronto de
ideias para a prossecuo de novos projetos e
novas ideias. No entanto, no dever ignorar ou
minimizar os conflitos existentes mas sim tentar
resolv-los, desenlaando o mau estar, pois um
conflito mal resolvido potenciador de outros
conflitos.
Tcnicas de dinmicas de grupo e de gesto de conflitos
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Tcnicas de dinmicas de grupo e de gesto de conflitos
EXPRESSO LATENTE
Neste tipo de conflito os seus
indcios so deliberadamente
expressos atravs de acesas
discusses, difamaes,
manipulaes, chantagem ou
distoro da informao.
O formador dever procurar
clarificar, equacionar e
resolver a situao.
Um conflito latente manifesta-
se atravs de comentrios
desagradveis e inoportunos,
pela apatia ou desmotivao
ou at mesmo pela
superficialidade ou ausncia
da comunicao.
O formador dever promover
a expresso do conflito para
que o possa equacionar e
resolver.
Segundo autores da especialidade, existem dois tipos de conflito:
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Tcnicas de dinmicas de grupo e de gesto de conflitos
Em contextos formativos o conflito tambm
existe e o formador no deve demitir-se do
papel de gestor. Deve adotar uma postura de
elemento neutro e adotar a sua postura de
lder clarificando as situaes, encontrando
pontos de concordncia e resolver o conflito.
Deve sempre adotar pela estratgia ganhar-
ganhar, sendo a mais saudvel ao nvel do
relacionamento interpessoal. A negociao, a
abertura e a transparncia devem estar
presentes.
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Tcnicas de dinmicas de grupo e de gesto de conflitos
Na envolvncia de um conflito o formador deve:
Tentar extinguir o conflito;
Promover um clima propcio negociao e resoluo;
Fomentar a escuta ativa e emptica;
Gerir divergncias, contradies ou falsos
entendimentos.
De qualquer forma, entenda-se aqui a interveno do
formador sempre que necessria e desde que esteja
posto em causa o alcance dos objetivos do curso ou
aco de formao.
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Comportamentos para a gesto do conflito
A origem do conflito pode ser de ordem diversa, sendo tambm diferente o seu modo de
gesto e resoluo. Por exemplo, um conflito pode ser destacado:
Pela sua natureza - simples ou complexa;
Pelo seu interlocutor - personalidade, motivao, pertena social, entre outros;
Pelo poder das partes - equilibrado ou desequilibrado;
Pela competncia das partes - capacidades, conhecimentos, informaes;
Pelo tempo - disponvel sua resoluo.
Assim, para lidarmos com o problema necessrio perceb-lo e saber qual a sua origem
de modo a adoptarmos as estratgias mais adequadas s sua deliberao.
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Comportamentos para a gesto do conflito
De seguida descreveremos algumas das estratgias possveis, podendo estas ser
conjugadas na sua aplicao.
Competio
O lema desta estratgia o poder tudo.
A adoo deste tipo de estratgia para resolver os conflitos pode ser eficaz em
situaes que requeiram de uma soluo rpida. A gesto do conflito segundo esta
estratgia utilizada, principalmente, quando um dos elementos demasiado
afirmativo relativamente s suas ideias, tentando assegurar apenas os seus
interesses, sem qualquer preocupao com a outra parte. seguramente uma
estratgia de ganhar-perder, onde existe uma submisso de um elemento face a
outro.
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Comportamentos para a gesto do conflito
Colaborao
O lema desta estratgia vamos trabalhar em conjunto.
Esta estratgia a mais eficaz e aconselhada, pois qualquer que seja a origem do conflito, a
sua resoluo traz vantagens para ambas as partes. especialmente proveitosa na
resoluo de problemas complexos, exigindo tempo por parte de todos os intervenientes.
uma estratgia de ganhar-ganhar onde as partes entram em negociao, satisfazendo os
interesses mtuos.
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Comportamentos para a gesto do conflito
Compromisso
O lema desta estratgia dividir as divergncias.
A adoo desta estratgia implica a cedncia de determinados interesses em prol de um
resultado comum minimamente satisfatrio para ambas as partes.
Nesta estratgia ningum ganha, nem perde, sendo til para acordos temporrios.
Tambm poder ser uma alternativa quando a competio ou a colaborao falham.
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Comportamentos para a gesto do conflito
Fuga
O lema desta estratgia deixem-me em paz.
Nesta estratgia, uma das partes procura evitar o problema, ignorando-o e deixando que
as coisas fluam naturalmente na esperana que se resolvam por si s.
No entanto, esta estratgia no resolve nenhum problema, s o adia. Poder ser eficaz
quando o conflito profundo minimizando os resultados no sentido de dar tempo para
pensar em vez de se agravar.
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Comportamentos para a gesto do conflito
Acomodao
O lema desta estratgia no, depois de si.
A acomodao implica a cedncia dos seus interesses para a outra parte. uma estratgia
de perder-ganhar que poder ser til em determinadas situaes, como: numa descoberta
de que nos enganamos, quando queremos manter o bom relacionamento com a outra parte
ou mesmo quando desejamos alcanar uma posio melhor.
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Comportamentos para a gesto do conflito
A regra de ouro da conduta a tolerncia mtua, porque nunca pensamos todos da
mesma forma e sempre veremos s uma parte da verdade sob diferentes ngulos.
Ghandi