sescbrasil - sesc / serviço social do comércio · 2007-04-26 · um aluno da educação infantil...
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SESC BRASIL MAIO 2007 1
SESCBRASIL
J O R N A L I N T E R N O M E N S A L D O S E R V I Ç O S O C I A L D O C O M É R C I O
M A I O 2 0 0 7 - A n o 4 - n º 4 5 - D I S T R I B U I Ç Ã O N A C I O N A L
ESCOLA SESC DE ENSINO MÉDIO VAI REUNIR ALUNOS DE TODO O PAÍS
MODELO PIONEIRO
aconteceMOSTRA SOBRE BRAGUINHA ESTÁ EM CARTAZ NO SESC RIO leitor premiadoPRÓXIMO DESTINO: GUARAPARI
Representantes
dos Departamentos
Regionais na visita
às obras
Foto
: Gu
ari
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e Lo
ren
a
SESC BRASIL MAIO 2007 2
PONTO DE VISTA
EXPEDIENTE
Antonio Oliveira Santos
Presidente do
Conselho Nacional
Maron Emile Abi-Abib
Diretor-Geral
Coordenação editorial
SESC-DN / Assessoria de Divulgação e Promoção
Jornal SESC Brasil é editado pela Print Comunicação
Fotos - Banco de Imagem SESC Nacional
Jornalista responsável - Janice Caetano - MTB 13124JP
Projeto Gráfico e Edição de Arte - Print Comunicação
As histórias abaixo, com “h”,
são histórias do SESC
e validam o slogan:
“O Social Começa Aqui”.
A primeira aconteceu em Arcoverde, sertão
de Pernambuco. Um aluno da Educação Infantil
do SESC vai ao dentista. Em Arcoverde, não tem
atendimento odontológico. Ao entrar no con-
sultório se depara com um quadro e seguro de
si afirma: esse quadro é de Monnet. O dentista,
espantado com a desenvoltura da criança, con-
firmou a afirmação e perguntou onde a criança
estudava. Foi informado que era um aluno da
Educação Infantil. Daí por diante, a pedagogia,
a grade programática, o método e os conheci-
mentos gerais e universais que desenvolvemos
ganharam mais um fã, e o trabalho do SESC pas-
sou a ser mais respeitado ainda.
Outro fato similar se deu na Unidade de
Caruaru. Durante visita de supervisão técnica
a Unidade Executiva em Caruaru, no momento
em que fazíamos a visita à Galeria de Artes, fo-
mos surpreendidos por duas crianças, um meni-
no entre 10 e 12 anos e uma menina entre 4 e
6 anos. Os dois entraram na Galeria e o combi-
nado era que a supervisão técnica ficaria atenta
aos movimentos dos visitantes, uma vez que os
monitores ainda não estavam a postos. Ainda
bem que o grupo teve esse comportamento,
pois para nossa surpresa, o garoto estava con-
duzindo a menina à exposição e, de quadro em
quadro, informava sobre o autor de cada uma
das peças e as técnicas utilizadas por ele.
Mais uma vez fica a verdade: “O social
começa aqui”.
Célia Maria de Carvalho Borges Correia
DR/Pernambuco
Criamos aqui um espaço para publicar*
as estórias que constroem o universo SESC.
Se você tem uma passagem interessante
ou uma estória curiosa de sua vivência
no SESC para dividir com os leitores,
escreva para nós em até 20 linhas.
Estamos aguardando!
Envie por fax (21) 2136-5470 ou
e-mail [email protected]
* Todas as estórias serão analisadas pelo Conselho Editorial do Jornal SESC Brasil
COLUNA HISTÓRICA
Do tamanho do Brasil“Ser modelo para a sociedade é a forma viável de contribuir para transformá-la”.
Diretrizes para o Quinqüenio 2006-2010
Da Maternidade Carmela Dutra ao MESA
BRASIL SESC, pioneirismo e sintonia com as gran-
des demandas nacionais sempre foram marcas da
nossa atuação, nos últimos sessenta anos. Aí estão,
até hoje, as unidades móveis levando cultura e saú-
de, o trabalho social com idosos semeando novas
atitudes, o turismo social abrindo janelas de opor-
tunidade e a produção cultural transformando a
percepção do mundo.
Nos últimos tempos, fomos todos convocados
a atender um chamamento maior no campo da
educação, decorrente da “constatação de que o
acelerado processo de transformações que a sociedade brasileira e mundial têm
passado nos últimos anos exige dos indivíduos habilidades específicas que lhes
permitam agir de maneira mais eficaz , interpretando e reavaliando a todo o mo-
mento informações e conhecimentos, sob pena de serem alijados deste processo
de transformação social, tornando-se cidadãos de segunda classe, obstáculo à pas-
sagem do Brasil para os padrões de uma sociedade desenvolvida”.
Nossa resposta a esse chamamento veio de forma ampla e com cobertura na-
cional seja nos Centros Educacionais SESC LER, seja nas classes de educação infantil,
seja no viés educativo que permeia direta e/ou indiretamente todas as atividades
e serviços desenvolvidos, fazendo com que os mesmos ultrapassem seus objetivos
mais imediatos.
A resposta mais recente tem nome e endereço: ESEM - Escola SESC de Ensino
Médio, como demonstra a reportagem de capa (páginas 4 e 5). Na ESEM, pionei-
rismo, inovação e excelência são, mais uma vez, as palavras-chave. Ou, no dizer do
Presidente do Conselho Nacional, “para a equipe técnica que está implantando a
ESEM, é tarefa obrigatória antecipar o futuro”
“Criar, aperfeiçoar e estabelecer concepções e modelos de trabalho que pos-
sam ser replicados por outras organizações e pelo próprio Estado”, é a principal
contribuição que o SESC pode oferecer, segundo as “Diretrizes Para o Quinqüenio
2006-2010.
A ESEM é o modelo mais recente.
Maron Emile Abi-Abib
Diretor-Geral do Departamento Nacional
Importante: Neste mês de maio, nossa homenagem a todas as mães da fa-
milia sesquiana, observado o relevante lembrete (página 8) da nossa compa-
nheira de Goiás, Adelite Santos : “Filho não é gerado só na barriga, mas também
no coração”.
SESC BRASIL MAIO 2007 3
100 anos de Braguinha (RJ)
Uma exposição no Arte SESC, do SESC Rio, conta a his-
tória de João de Barro, o Braguinha, um dos mais versáteis
artistas do Brasil, patrimônio da cultura nacional. Autor de
clássicos da música popular brasileira como “Carinhoso” e
“Copacabana”; de marchinhas como “Chiquita Bacana”, “Ba-
lancê” e “Pirata da perna de pau” e de sucessos infantis como
“Capelinha de melão” e “Sobe balão”, Braguinha também foi
dublador, roteirista de cinema, autor de discos infantis e dire-
tor de gravadora. O artista completaria um século de vida no
dia 29 de março – ele faleceu no ano passado. A mostra ficará
em cartaz até dia 27 de maio.
CURTASACONTECE
Arte PostalA exposição II Arte Postal SESC/
PB, que reúne trabalhos de artistas
locais, ficará em cartaz de 8 e 18 de
maio, em João Pessoa. Depois da
capital, a mostra segue para circuito
itinerante pelo interior do estado.
Divino no MaranhãoDe 16 a 20 de maio, o SESC/MA
promove o evento “Divino ontem,
hoje e amanhã: dos Açores ao Mara-
nhão”. Será um intercâmbio cultural
entre as festas do Divino Espírito San-
to dos Açores, São Luís e Alcântara
uma expressão cultural-religiosa im-
portante para o Maranhão.
Terceira Idade O SESC/SC está apoiando a reali-
zação do IX Seminário Internacional
Sobre Atividades Físicas para a Tercei-
ra Idade (Siafti), de 21 a 23 de maio,
na Universidade Federal de Santa
Catarina. Outras informações no site
www.siafti2007.ufsc.br .
Emiliano Queiroz é homenageado
O ator cearense Emiliano Queiroz
foi o grande homenageado durante o
7º aniversário do teatro do SESC que
leva seu nome, em Fortaleza. O evento
aconteceu em março e contou com
a presença do ator, que lançou sua
biografia.
Evento em Londrina O SESC londrina sediará, dia 23 de
maio, o 2º Congresso do Comerciário,
lançado no dia 3. O evento dará aces-
so a informações sobre motivação
para o trabalho, melhoria da quali-
dade de vida e valorização pessoal e
profissional. Outras informações pelo
telefone: (43) 3378-7803 ou no site:
www.sescpr.com.br .
Força Rio 2007O SESC é o patrocinador dos
voluntários dos Jogos Pan-America-
nos e Para-PAN-Americanos 2007, no
Rio, cedendo uniformes e promoven-
do capacitação.
“Jogos de Todo Mundo” em Itajaí (SC) Um espaço público que reúne diversão e a possibilida-
de de desenvolver habilidades como raciocínio, criatividade
e convivência. Assim é o projeto “Sala de Jogos de Todo o
Mundo”, no SESC Itajaí, que oferece uma diversidade de jo-
gos de tabuleiro e desafios para toda família. São 70 opções
de jogos originários de várias partes do mundo que fizeram
parte da exposição itinerante do SESC e que percorre diver-
sas cidades do estado durante o ano.
Projeto Musicar em Maiobão (MA)Crianças e adolescentes do bairro do Maiobão, em
São Luiz (MA), participam, desde o final do ano passa-
do, do Projeto Musicar. As oficinas de canto coral, flauta
doce, percussão e violão acontecem na Associação de
Moradores e atendem a 90 jovens. Além disso, são pro-
movidos encontros culturais e concertos didáticos.
OdontoSESC chega a cinco municípios
As cidades de Goiana (PE), Bragan-
ça (PA), Laranjal do Jarí (AP), São José
de Ribamar (MA) e Boa Saúde (RN)
receberam uma Unidade Móvel do
OdontoSESC. O serviço fica em cada
cidade, em média, por 90 dias úteis
para atender gratuitamente a popu-
lação local. Somente em Laranjal do
Jarí é que a unidade ficará por nove
meses. São realizadas desde restau-
rações até pequenas cirurgias e pro-
movidas ações educativas visando
reduzir os índices da cárie e gengivite.
Hoje, o projeto conta com mais de 40
unidades móveis circulando por todo
o Brasil.
Biblioteca na empresa (AP) Durante todo este ano, o SESC Amapá estará levando o
projeto Biblioteca em sua empresa para diversas empresas
no estado. O projeto é pioneiro no Amapá e começou em
março. A cada semana o SESC vai até as empresas e empres-
ta os livros por um período de 15 dias. Os títulos disponibili-
zados variam desde livros de auto-ajuda e romances até os
científicos, além de revistas e gibis.
SESC BRASIL MAIO 2007 4
Complexo educacional da ESEM vai receber 161 alunos de todo
o país no primeiro ano letivo
Escola ModeloMATÉRIA DE CAPA
Estrutura da EscolaA Escola –
localizada em uma
área de 131 mil m2
e 59 mil m2 de área
construída –
contará com
laboratórios e ateliê
de artes,
biblioteca com
acervo de
40 mil volumes,
complexo poliespor-
tivo e restaurante
com capacidade
para 600 pessoas. Os
estudantes habitarão
uma vila com quatro
prédios. Cada um
deles terá salas de
estudo, copa de
apoio e salas de
convivência,
equipadas com jogos,
aparelhos de som,
DVD e televisão. A
vila dos professores
contará com 56
apartamentos
Salas de aula
Laboratórios e
ateliê de artes
Espaço de liderançaBiblioteca
Restaurante
Coordenação
Vila dos professores
Teatro
Vila dos alunos
Complexo
poliesportivo
Mais uma vez o SESC sai na frente
e lança um conceito pioneiro
de educação para o Ensino
Médio. A Escola SESC de Ensi-
no Médio (ESEM), uma Escola-residência que
entrará em funcionamento em fevereiro de
2008, está sendo construída ao lado do Centro
Administrativo do Departamento Nacional no
Rio de Janeiro. O complexo educacional ocupa
uma área de 131 mil m2 e receberá 161 alunos
de todo o país no primeiro ano letivo, quando
vai operar apenas com a 1ª série do Ensino Mé-
dio. Em 2010 estará em pleno funcionamento
com as três séries. O modelo criado para a ESEM
foi adaptado de várias experiências visitadas pe-
los técnicos do projeto no Brasil e no exterior,
especialmente nos Estados Unidos e em Cuba.
“Mas nada se compara à ESEM, na medida
em que vai oferecer uma educação de qualida-
de a partir da diversidade da entidade, presente
em todo o Brasil”, disse Pedro Capeto, integran-
te da equipe que coordena a implementação
da Escola. E para cumprir esta premissa, Capeto
explica que o apoio dos Departamentos Re-
gionais foi e tem sido fundamental. “Sem eles
seria impossível trazer meninos e meninas de
todos os estados e imprimir a diversidade que
marcará a Escola”, lembrou Capeto.
Encontro nacional - A parceria com os
Regionais foi reforçada pelo sucesso do en-
contro que reuniu, dias 29 e 30 de março,
representantes de todos os estados no Rio
de Janeiro, o Presidente da CNC, Antonio Oli-
veira Santos e o Diretor-Geral Maron Emile
Abi-Abib. Durante dois dias, os participantes
conheceram a concepção do projeto, as ca-
racterísticas do processo de admissão e visi-
taram às futuras instalações.
Jocélia Pereira Lisboa, Diretora de Pro-
gramas Sociais do SESC/RO, lembrou que
“grandes pretensões levam a grandes reali-
zações, quando essas são revertidas de um
propósito sério, como é o caso deste projeto”.
Segundo ela, o encontro foi extremante cla-
ro, objetivo e esclarecedor sobre a proposta.
Sua colega de Sergipe, Nancy Oliveira Silva,
Diretora da Escola SESC/SE, ficou impres-
sionada com a grandiosidade do projeto. “É
algo de primeiro mundo. E uma proposta
pedagógica e de vivência sem igual para os
jovens”, acrescentou.
SESC BRASIL MAIO 2007 5
Além da diversidade, duas característi-
cas se destacam na ESEM: o domínio dos
alunos no idioma inglês ao final do curso e
a qualificação profissional paralela à vida
acadêmica. Esta última não será uma for-
mação profissional, mas noções de cinco
ou seis profissões, em áreas que ainda estão
sendo definidas, para que o aluno tenha
opções ao final do Ensino Médio.
O Gerente de Educação e Cultura do
SESC/RS, Silvio Alves Bento, classificou o for-
mato adotado pelo SESC como uma inova-
ção “e uma valorização do Ensino Médio no
Brasil, além de ser uma integração cultural e
étnica muito rica para esses jovens”. A gerente
de Unidades do SESC/MG, Regina Ângela do
Amaral, concorda com o colega e acrescenta
que os jovens admitidos terão a oportuni-
dade de voltar para seus estados de origem
com uma bagagem importante para suas vi-
das. “Como disse o Diretor Maron, esta será a
Os representantes dos
Departamentos Regionais
em visita ao canteiro de obras
da ESEM durante o encontro nacional
Foto
s: G
ua
rim
de
Lore
na
Escola Brasil SESC, que vai agregar diferentes
tipos de cultura no mesmo lugar”.
Em cada estado, os Departamentos Re-
gionais se preparam para o início das inscri-
ções, de 11 de junho a 6 de julho. Os interes-
sados, preferencialmente dependentes de
comerciários entre 14 e 17 anos, deverão se
inscrever gratuitamente nos Departamentos
Regionais de todo o país. As vagas foram di-
vididas em cotas pelos Regionais e o proces-
so inclui prova objetiva (com conteúdo pre-
viamente divulgado) e entrevista individual.
A Assessora da Área de Educação do
SESC/GO, Maria Angélica de Moraes e Silva,
considerou o projeto da ESEM ousado e que
certamente terá grande repercussão nacio-
nal. É um projeto que vai oferecer aos jovens
uma educação completa do ponto de vista
da formação de valores, de conhecimentos
formais e gerais, de convívio social e opções
de formação profissional”, acrescentou.
O SESC dará todo o suporte aos alunos
admitidos, que terão à disposição material didáti-
co, aulas complementares, atividades esportivas
e culturais, hospedagem e alimentação, além de
um acompanhamento permanente dos pro-
fessores que também vão morar no complexo.
Ficarão a cargo das famílias apenas as despesas
pessoais de cada aluno e o transporte de ida e
volta para casa. “O objetivo do SESC é oferecer
um ensino de ótima qualidade para que os alu-
nos saiam preparados para o curso superior e
para o mundo do trabalho. Além disso, vamos
proporcionar uma convivência sadia, onde eles
poderão experimentar um intercâmbio cultural
importante e consolidar valores como solida-
riedade e ética. Pretendemos que a passagem
pela ESEM seja uma experiência extraordinária
na vida deles, de modo que ao voltar para suas
cidades eles possam ser agentes de transfor-
mação em suas comunidades”, finalizou Cláudia
Fadel, Diretora da ESEM.
Foto: Marcus Vini
Quarto decorado da
escola-residência onde
os alunos ficarão hospedados
Vista aérea
da obra da Escola
em 19/04/2007
SESC BRASIL MAIO 2007 6
Diversão garantida nas areias do Espiríto Santo
VENCEDORES DA ENQUETE
PREMIADO
CONCORRA A UMA ESTADA NO SESC GUARAPARI (ES)
com direito a acompanhante, incluindo viagem aérea e
traslado. Preencha o cupom e envie até 4 de maio,
para a “Promoção SESC GUARAPARI” - Av. Ayrton Senna, 5.555, bl L, sala
301, Jaca repaguá, RJ - CEP: 22775-004.
Se preferir, pode enviar por fax (21) 2136-5470, e-mail jornal@sesc.
com.br ou pelo Cadastro Nacional de Recursos Humanos (CNRH).
Os caminhos são: http://intranet.sesc.com.br/ Sistemas Corpora-
tivos - selecionar -> Cadastro Nacional de Recursos Humanos ou
http://sistemas.sesc.com.br/cnrh - clicar em Enquete do mês e in-
formar Regional, matrícula e data de nascimento para validação da
informação.
Não é permitido participar mais de uma vez na mesma enquete!
A participação é exclusiva para servidores do SESC.
Nome:..............................................................................................
...........................................................................................................
Estado:.............................................................................................
Setor:................................................................................................
Cargo/função:...............................................................................
Endereço residencial:..................................................................
............................................................................................................
Telefone:............................................................................................
E-mail:.................................................................................................
Resposta na seção GENTE - Página 7
Quantos filhos Maria José, cozinheira do SESC Piatã
(BA), adotou?
( ) dois ( ) cinco ( ) dez
Paulo Cesar, do Departamento Nacio-
nal, e Bruna Zarnoviec, do SESC São Paulo,
foram os sorteados da enquete que pergun-
tou “Que projeto ensina crianças da Educa-
ção Infantil a preparar alimentos saudáveis no SESC Mato Grosso do Sul?” Eles
vão conhecer Garanhuns (PE). Participaram da promoção, 398 funcionários.
Uma saborosa viagem ao
litoral capixaba. Assim os
turistas descrevem sua
passagem por Guarapari,
nossa próxima parada. Além das belas
praias, a riqueza histórica e o artesa-
nato compõem o cenário deste pólo
turístico, que atrai cerca de 500 mil tu-
ristas na alta temporada.
A história do local começa por vol-
ta de 1580, com a passagem do padre
José de Anchieta e seus missionários.
Eles montaram uma aldeia no alto
de uma colina para catequizar os ín-
dios da região. O local prosperou e se
transformou na cidade. Até hoje a re-
gião ainda guarda tradições indígenas,
como o próprio nome Guarapari, que
na língua Tupy-Guarani significa garça
de coloração vermelha presa em ar-
madilha ou laço.
O turismo na cidade começou a
crescer após 1930, quando o médico
Silva Mello realizou estudos sobre as
propriedades radioativas das areias
monazíticas da região. Mas a fama de
Guarapari vai além de sua areia medi-
cinal. A agitada vida noturna, os bons
restaurantes, esportes radicais e as
belezas naturais garantem diversão o
ano inteiro. Entre as atrações da cidade
está o turismo submarino, com condi-
ções ideais para mergulho recreativo
nas ilhas próximas. Na culinária, o pirão
feito nas famosas panelas de barro dá
um tempero especial a esta viagem.
Neste cenário está localizado o
SESC Centro de Turismo de Guarapa-
ri, equipado com piscina, toboágua,
chafariz, correntezas e hidromassa-
gem, além de ginásio de esportes e
quadra poliesportiva coberta. Para in-
formações e reservas o telefone de
contato é o (27) 3361-9950. Visite a
página do SESC Espírito Santo no site
www.sesc.com.br .
LEITOR
SESC BRASIL MAIO 2007 7
Adoção e doação em dose tripla
Entre os sonhos da Gerente do SESC Campinas, em Goiânia, Adelite
Lemes Santos, estava o de ter muitos filhos. Mas as dificuldades de engra-
vidar e alguns tratamentos depois a levaram para o caminho da adoção.
“Filho não é gerado só na barriga, mas também no coração”, foi o pensa-
mento que a levou a adotar duas crianças e ajudar na criação do sobri-
nho. A primeira adoção aconteceu em 1997. Adelite acompanhou toda a
gestação da mãe biológica, que amamentou a pequena Marília, hoje com
9 anos. Logo depois, ela ganharia um irmãozinho. Durante viagens pelo
SESC no interior, Adelite contou sua história de vida e a disponibilidade
para adoção. Em Goianira, cidade com alto índice de prostituição e aban-
dono de recém-nascidos, ela conheceu a mãe biológica de seu futuro
filho, Murilo, hoje com 6 anos. “Marília participou de todo o processo de
adoção e sempre contamos a verdade para eles. A família nos dá todo o
apoio e não há distinção.” Para completar a turma, eles adotaram Vítor, de
13 anos, órfão de pai e filho da irmã de Adelite. “É preciso ter disposição.
Mas se me perguntassem se faria tudo de novo, responderia que sim.” Na
foto, Adelite, com o marido, e os filhos Vítor, Murilo e Marília.
NOSSA GENTE
Nesta edição, escolhemos quatro mães de coração. Isso mesmo, são mulheres que não geraram seus filhos (exceto Josefa, que tinha
dois meninos e queria muito uma menina), mas doam a cada dia um amor incondicional, que só mesmo as mães são capazes de expres-
sar. Que essas histórias inspirem outras tão belas quanto as de Denise, Adelite, Josefa e Maria José. Parabéns a todas as mães do SESC!
Cinco vezes amor
Quando o destino de uma mulher é ser mãe, não há nada que possa mudá-lo. Foi o que aconteceu
com Maria José Silva, a Zezé, cozinheira do SESC Piatã, na Bahia. Um problema de saúde a impediu de
gerar seus próprios filhos, mas o desejo de ser mãe foi tão forte que o destino colocou cinco crianças
em seu caminho. Na época, há mais de 20 anos, Zezé tinha acabado de ingressar no SESC como ca-
mareira, e soube de cinco irmãos, o mais novo ainda era um bebê, que tinham sido abandonados pela
mãe. Zezé, com pouco mais de 30 anos, solteira, e morando sozinha, não pensou duas vezes: levou
todos para casa e deu entrada no processo de adoção. “Minha vida mudou completamente”, lembra.
Recebeu a guarda dos meninos um ano depois. O pai apareceu nesta época a procura dos filhos e con-
cordou em deixar que ela os criasse. Mas nunca os abandonou. A história com final feliz poderia acabar
aqui. Mas, o destino mais uma vez surpreendeu: Zezé e Antonio Carlos, pai dos meninos, se apaixonaram.
“Hoje somos casados, felizes e com cinco filhos bem criados. Agora só falta uma menina, diz Zezé, que
junto com o marido pretende adotar uma menina de 5 anos que já passa os finais de semana em sua
casa. Os filhos do casal são Carlos Antonio (27), Fabiano (26), Cleberson (23), Lucas (19) e Alessandro (17),
os dois últimos com a mãe, ainda crianças, na foto.
Presente inesperado
Para a Gerente da Unidade do SESC
Fortaleza, Denise Abintes, a felicidade ba-
teu à sua porta e tem nome: Maria Luiza.
O que para ela só acontecia em nove-
las, ocorreu na vida real, quando uma
criança recém-nascida foi deixada em
sua casa. “Foi uma surpresa e ao mesmo
tempo amor à primeira vista”, conta. De-
nise ainda tentava engravidar quando
o bebê apareceu em sua vida. “Foi uma
correria porque eu não estava prepara-
da. Todos ajudaram com roupas e berço.”
Maria Luzia chegou em novembro do
ano passado e ainda passa pelo proces-
so de adoção. Mas para Denise, ela já é
sua filha e não há distinção por não ser
biológica. “Não a gerei, mas senti todas as
emoções e sentirei ainda mais acompa-
nhando seu crescimento”, diz.
Um sonho de menina
A história da telefonista do SESC Pernambuco, Josefa de Fáti-
ma Silva é marcada pela determinação de ter uma uma filha “Já
tinha dois meninos e não podia ter mais filhos por problemas de
saúde. Pensei em adotar, mas meu marido era contra”, relembra. A
oportunidade surgiu há 18 anos, quando a irmã de uma colega
teve uma menina e não tinha condições para criar a criança. “De-
cidi não contar para meu marido, pois pensei que depois que ele
conhecesse a criança iria se apegar e gostar da idéia.” A estratégia
deu certo e após um dia de convivência, a pequena Leila já era
chamada de filha. Denise nunca escondeu que ela foi adotada e
quando fez 15 anos conheceu a mãe biológica. Ela não impediu e
o encontro não a afastou da família. Muito estudiosa, Leila é o or-
gulho da família e se prepara para prestar o vestibular de Nutrição.
“Foi um sonho que deu certo.”
SESC BRASIL MAIO 2007 8
ENTREVISTA WESLEY PERES E NEREU AFONSO DA SILVA
JSB - Na edição passada do concur-
so, outro goiano, o André de Leones,
venceu o prêmio. Foi um estímulo à sua
participação?
Wesley Peres - Conheci o André por con-
ta do prêmio. Foi ele quem me incentivou.
Estava desanimado a inscrever o livro, pois
achava que um romance com uma estrutura
não convencional seria ignorado pela banca.
Na época da inscrição, o próprio André impri-
miu e levou até o SESC Goiânia. Inscreveu no
último dia, enquanto eu viajava em lua-de-
mel. Então, eu não estava estimulado, até por
conta de uma certa superstição estatística
“dois goianos vencerem dois anos seguidos?!”
Não acreditava.
JSB - A visibilidade desta premiação
já resultou em possibilidades de novos
trabalhos? Qual o seu próximo projeto
literário?
Wesley Peres - Ainda é cedo, mas veja: o
André está aí, participando do projeto “Amo-
res Expressos”, ao lado de Sérgio Sant’anna e
Cia. E isso é resultado da visibilidade que o
prêmio e a publicação pela Record deram ao
seu excelente “Hoje está um dia morto”. Já o
meu próximo projeto literário é o lançamento
do livro de poemas “Palimpsestos”, pela Edito-
ra da Universidade Federal de Goiás, previsto
para maio. Também continuo trabalhando, há
cerca de um ano, em outro romance.
JSB - Como foi o processo de criação
do seu romance “Casa entre vértebras”.
Quanto tempo levou? Fale um pouco
sobre o livro.
Wesley Peres - Em 2003 publiquei o “Rio
revoando” pela Editora da Escola de Comuni-
cação e Artes (ECA) da USP. É um conjunto de
poemas, mas que contém alguns prosemas
(textos-limite entre a prosa e a poesia). Um
desses é “Carta de um homem derivado de
suas águas”. A matriz do “Casa entre vértebras”
está lá. É narrado em primeira pessoa, por um
personagem que não é nomeado. O roman-
ce gira em torno das tentativas desse perso-
nagem-narrador de escrever uma carta para
uma certa Ana, a quem promete fazer uma
carta em que só falasse de si. São tentativas
fracassadas, pois ele fala de um turbilhão de
coisas: sobre a beleza e o horror da infância,
sobre a morte, sobre o seu amor estranho por
ela. Penso que o livro, que levei quase quatro
anos para escrever, é uma história de amor
narrada por um homem que tenta se enviar
para Ana em palavras.
Na expectativa para o lançamento de seus livros – previsto para o mês de julho
–, os vencedores do Prêmio SESC de Literatura 2006 falam de suas obras, da
exposição que o prêmio dá ao trabalho deles e de projetos futuros. Na ca-
tegoria romance, mais uma vez um goiano levou o 1º prêmio: Wesley Peres,
com “Casa entre vértebras”. Na categoria conto, Nereu Afonso da Silva levou a
melhor com o livro “Correio Litorâneo”. Ator e escritor nascido em São Paulo, atualmente está
na França onde escreve e atua para companhias de teatro. Ambos terão os livros publicados e
distribuídos pela editora Record e direito a 10% do valor de capa da obra.
Nesta edição, o Prêmio bateu um recorde: 601 inscritos em todo o país.
Um lugar ao sol no meio literário
JSB - Você acha que o prêmio cumpre o
seu papel de estimular autores iniciantes?
Nereu Afonso da Silva - Acredito que
sim. Pelo menos, eu me senti muito instigado
a enviar meus originais a uma instituição que
se compromete a receber, avaliar, selecionar
e, sobretudo, a divulgar trabalhos de autores
iniciantes do Brasil para o Brasil.
JSB - Faz diferença ter um livro publi-
cado e distribuído por uma editora como
a Record?
Nereu Afonso da Silva - Sim. Ser reco-
nhecido pelo Prêmio SESC e editado pela
Editora Record é uma oportunidade para
que um autor iniciante gere curiosidade em
um vasto número de leitores. Mas isso não re-
solve tudo. Porque a partir do momento em
que esse leitor virar a primeira página e ler a
primeira linha, ele precisará de outros motivos
para continuar interessado. E, nesse caso, é o
texto, que poderá capturá-lo e envolvê-lo, in-
telectualmente e emocionalmente.
JSB - Existe uma temática principal no
livro “Correio Litorâneo”?
Nereu Afonso da Silva - O que eles têm
em comum é a evocação, mais ou menos su-
til, de notícias publicadas nesse jornal fictício,
chamado “Correio Litorâneo”. Com relação aos
temas, costumo dizer que os contos de “Cor-
reio Litorâneo” fazem parte desse tipo de nar-
ração da vida cotidiana onde uma pincelada
de humor e uma pitada de drama dão voz à
sabedoria, ao crime, à solidão, ao amor, à falta
de amor... e à morte.
WESLEY PERES
NEREU AFONSO DA SILVA