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Serviço Público Federal
MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR
INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TECNOLOGIA-INMETRO
Portaria n.º 224, de 16 de maio de 2016.
CONSULTA PÚBLICA
OBJETO: Proposta de Regulamento Técnico da Qualidade para Cadeiras Plásticas Monobloco de
Uso Infantil, estabelecendo os requisitos obrigatórios de segurança para disponibilização do produto
no mercado nacional.
ORIGEM: Inmetro / MDIC.
O PRESIDENTE DO INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E
TECNOLOGIA - INMETRO, no uso de suas atribuições, conferidas no § 3º do art. 4º da Lei n.º
5.966, de 11 de dezembro de 1973, nos incisos I e IV do art. 3º da Lei n.º 9.933, de 20 de dezembro
de 1999, e no inciso V do art. 18 da Estrutura Regimental da Autarquia, aprovada pelo Decreto n.º
6.275, de 28 de novembro de 2007, resolve:
Art. 1º Disponibilizar, no sítio www.inmetro.gov.br, a proposta de texto da Portaria
Definitiva e a do Regulamento Técnico da Qualidade para Cadeiras Plásticas Monobloco de Uso
Infantil.
Art. 2º Declarar aberto, a partir da data da publicação desta Portaria no Diário Oficial da
União, o prazo de 60 (sessenta) dias para a apresentação das sugestões e críticas relativas aos textos
propostos.
Art. 3º Informar que as críticas e sugestões deverão ser encaminhadas no formato da
planilha modelo, contida na página http://www.inmetro.gov.br/legislacao/, preferencialmente em
meio eletrônico, e para os seguintes endereços:
- Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia – Inmetro
Diretoria de Avaliação da Conformidade – Dconf
Divisão de Regulamentação Técnica e Programas de Avaliação da Conformidade – Dipac
Rua da Estrela n.º 67 - 3º andar – Rio Comprido
CEP 20.251-021 – Rio de Janeiro – RJ, ou
-E-mail: [email protected]
§ 1º As críticas e sugestões que não forem encaminhadas de acordo com o modelo citado no
caput serão consideradas inválidas para efeito da consulta pública e devolvidas ao demandante.
§ 2º O demandante que tiver dificuldade em obter a planilha no endereço eletrônico
mencionado acima, poderá solicitá-la no endereço físico ou no e-mail elencados no caput.
Art. 4º Estabelecer que, findo o prazo fixado no art. 2º desta Portaria, o Inmetro se articulará
com as entidades que tenham manifestado interesse na matéria, para que indiquem representantes
nas discussões posteriores, visando à consolidação do texto final.
Fl.2 da Portaria n°224/Presi, de 16/05/2016
Art. 5º Publicar esta Portaria de Consulta Pública no Diário Oficial da União, quando
iniciará a sua vigência.
LUIS FERNANDO PANELLI CESAR
Serviço Público Federal
MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR
INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TECNOLOGIA-INMETRO
PROPOSTA DE TEXTO DE PORTARIA DEFINITIVA
O PRESIDENTE DO INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E
TECNOLOGIA - INMETRO, no uso de suas atribuições, conferidas no § 3º do art. 4º da Lei n.º
5.966, de 11 de dezembro de 1973, nos incisos I e IV do art. 3º da Lei n.º 9.933, de 20 de dezembro
de 1999, e no inciso V do art. 18 da Estrutura Regimental da Autarquia, aprovada pelo Decreto n.º
6.275, de 28 de novembro de 2007;
Considerando a alínea f do subitem 4.2 do Termo de Referência do Sistema Brasileiro de
Avaliação da Conformidade, aprovado pela Resolução Conmetro n.º 04, de 02 de dezembro de
2002, que outorga ao Inmetro competência para estabelecer diretrizes e critérios para a atividade de
avaliação da conformidade;
Considerando o art. 5º da Lei no.9.933/1999, que determina, às pessoas naturais e jurídicas
que atuem no mercado, a observância e o cumprimento dos atos normativos e Regulamentos
Técnicos expedidos pelo Conmetro e pelo Inmetro;
Considerando que é dever de todo fornecedor oferecer produtos seguros no mercado nacional,
cumprindo com o que determina a Lei no. 8.078, de 11 de setembro de 1990, independentemente do
atendimento integral aos requisitos mínimos estabelecidos pela autoridade regulamentadora, e que a
certificação, conduzida por um organismo acreditado pelo Inmetro, não afasta esta
responsabilidade;
Considerando a necessidade de zelar pela segurança de crianças, visando à prevenção de
acidentes;
Considerando que é dever do Estado prover a concorrência entre as empresas que trabalhem
com qualidade e com justeza para o país;
Considerando a necessidade de estabelecer os requisitos obrigatórios para cadeiras plásticas
monobloco de uso infantil;
Considerando a importância de as cadeiras plásticas monobloco de uso infantil,
comercializadas no país, atenderem a requisitos mínimos de segurança, resolve baixar as seguintes
disposições:
Art. 1º Aprovar o Regulamento Técnico da Qualidade para Cadeiras Plásticas Monobloco de
Uso Infantil, inserto no Anexo I desta Portaria, que estabelece os requisitos, de cumprimento
obrigatório, referentes à segurança do produto, disponível em http://www.inmetro.gov.br/legislacao.
Art. 2º Determinar que os fornecedores de cadeiras plásticas monobloco de uso infantil
deverão atender ao disposto no Regulamento ora aprovado.
Art. 3º Determinar que toda cadeira plástica monobloco de uso infantil, abrangido pelo
Regulamento ora aprovado, deverá ser fabricada, importada, distribuída e comercializada, de forma
a não oferecer riscos que comprometam a segurança da criança, independentemente do atendimento
integral aos requisitos estabelecidos neste Regulamento.
Fl.2 da Portaria n°224/Presi, de 16/05/2016
§ 1º O Regulamento ora aprovado aplicar-se-á às cadeiras plásticas monobloco de uso
infantil, produzidas pelo processo de injeção, em uma única etapa, contendo costas em posição fixa,
sem partes móveis, com ou sem braço, destinadas ao assentamento de uma pessoa independente de
seu desenho ou formato, de classe residencial ou de uso irrestrito.
§ 2º Excluir-se-ão do Regulamento ora aprovado as cadeiras plásticas monobloco de uso
adulto.
Art. 4º Determinar que as exigências do Regulamento ora aprovado não se aplicarão às
cadeiras plásticas monobloco de uso infantil que se destinem exclusivamente à exportação.
§ 1º Os produtos acabados, destinados exclusivamente à exportação, deverão estar embalados
e identificados inequivocamente, com documentação comprobatória da sua destinação.
§ 2º Os produtos referenciados no caput, quando para fins de divulgação para exportação, só
poderão ser colocados em exposição presencial ou por meio gráfico ou eletrônico quando
claramente for identificado como produto destinado exclusivamente à exportação.
Art. 5º Determinar que o Regulamento ora aprovado aplicar-se-á aos seguintes entes da
cadeia produtiva de cadeira plástica monobloco de uso infantil, com as seguintes obrigações e
responsabilidades:
§ 1º Caberá ao fabricante nacional, inclusive aquele que fabrica cadeiras plásticas monobloco
de uso infantil sob medida, somente fabricar e disponibilizar, a título gratuito ou oneroso, cadeiras
plásticas monobloco de uso infantil conforme os requisitos do Regulamento ora aprovado.
§ 2º Caberá ao importador, somente importar e disponibilizar, a título gratuito ou oneroso,
cadeira plástica monobloco de uso infantil conforme os requisitos do Regulamento ora aprovado.
§ 3º Caberá a todos os entes da cadeia produtiva e de fornecimento de cadeiras plásticas
monobloco de uso infantil, incluindo o comércio em estabelecimentos físicos ou virtuais, manter a
integridade do produto, das suas marcações obrigatórias, instruções de uso, advertências,
recomendações e embalagens, preservando o atendimento aos requisitos do Regulamento ora
aprovado.
§ 4º Caso um ente exerça mais de uma função na cadeia produtiva e de fornecimento, entre as
anteriormente listadas, suas responsabilidades serão acumuladas.
Art. 6º Determinar que as cadeiras plásticas monobloco de uso infantil fabricadas,
importadas e comercializadas, a título oneroso ou gratuito, em território nacional deverão submeter-
se, compulsoriamente, à avaliação da conformidade, por meio do mecanismo de certificação,
observado o prazo estabelecido no art. 15 desta Portaria, com exceção das explicitadas no art. 9º.
§ 1º Os Requisitos de Avaliação da Conformidade para Cadeiras Plásticas Monobloco de Uso
Infantil estão fixados no Anexo II desta Portaria, disponível em
http://www.inmetro.gov.br/legislacao.
§ 2º A certificação não exime o fornecedor da responsabilidade pela segurança do produto.
Art. 7º Determinar que, após a certificação, as cadeiras plásticas monobloco de uso infantil
fabricadas, importadas e comercializadas em território nacional, a título oneroso ou gratuito,
deverão ser registradas no Inmetro, considerando a Portaria Inmetro n.º 491, de 13 de dezembro de
2010, ou substitutivas, que aprova o procedimento para concessão, manutenção e renovação do
Fl.3 da Portaria n°224/Presi, de 16/05/2016
Registro de Objeto, publicada no Diário Oficial da União de 15 de dezembro de 2010, seção 01,
página 161, observado o prazo fixado no art. 15 desta Portaria.
§ 1º A obtenção do Registro é condicionante para a autorização do uso do Selo de
Identificação da Conformidade nos produtos certificados e para sua disponibilização no mercado
nacional.
§ 2º Os modelos de Selo de Identificação da Conformidade aplicáveis para cadeiras plásticas
monobloco de uso infantil encontram-se no Anexo III desta Portaria, disponível em
http://www.inmetro.gov.br/legislacao.
Art. 8º Determinar que as cadeiras plásticas monobloco de uso infantil importadas,
abrangidas pelo Regulamento ora aprovado, estarão sujeitas ao regime de licenciamento de
importação não automático, devendo o importador obter anuência junto ao Inmetro, considerando a
Portaria Inmetro nº. 18, de 14 de janeiro de 2016, ou substitutivas, observado o prazo fixado no art.
15 desta Portaria.
Art. 9º Determinar que as cadeiras plásticas monobloco de uso infantil, fabricadas sob
medida, estarão isentas da certificação e registro previstos nesta Portaria, devendo ser fabricadas
em atendimento integral ao Regulamento ora aprovado, observado o prazo fixado no art. 15 desta
Portaria.
§ 1º A isenção prevista no caput não elimina a possibilidade de certificação e registro das
cadeiras plásticas monobloco de uso infantil sob medida, quando assim requeridas pelo comprador
ou pelo próprio fabricante.
§ 2º As cadeiras plásticas monobloco de uso infantil fabricadas sob medida, sem certificação e
registro, não poderão ser disponibilizadas para venda direta em estabelecimentos comerciais virtuais
ou físicos, incluindo a venda por catálogo de produtos, em feiras ou em salas de exposição do tipo
showroom.
§ 3º As cadeiras plásticas monobloco de uso infantil fabricadas sob medida, sem certificação e
registro, não poderão utilizar ou fazer qualquer associação ao Selo de Identificação da
Conformidade ou à marca do Inmetro, na forma da Portaria Inmetro n.o274, de 13 de junho de 2014,
ou suas substitutivas.
Art. 10.Determinar que todas as cadeiras plásticas monobloco de uso infantil, abrangidas pelo
Regulamento ora aprovado, estarão sujeitas, em todo o território nacional, às ações de
acompanhamento no mercado, executadas pelo Inmetro e entidades de direito público a ele
vinculadas por convênio de delegação.
Art. 11. Determinar que as infrações ao disposto nesta Portaria serão analisadas, podendo
ensejar as penalidades previstas na Lei n.o 9.933/1999.
Parágrafo único. A fiscalização observará os prazos fixados nos artigos 15 e 16 desta Portaria.
Art. 12.Determinar que as ações de acompanhamento no mercado poderão ser realizadas
através de metodologias e amostragens diferentes das utilizadas para a certificação do produto,
mantidas as possibilidades de defesa e recurso, previstas na legislação específica.
§ 1º Todas as unidades de cadeiras plásticas monobloco de uso infantil fabricadas,
importadas, distribuídas e comercializadas em território nacional deverão ser seguras e atender,
integralmente, ao Regulamento ora aprovado.
Fl.4 da Portaria n°224/Presi, de 16/05/2016
§ 2º O fornecedor detentor do registro será responsável por repor as amostras do produto,
eventualmente retiradas do mercado pelo Inmetro ou por seus órgãos delegados, para fins de
acompanhamento no mercado.
§ 3º O fornecedor detentor do registro que tiver amostras submetidas ao acompanhamento no
mercado deverá prestar ao Inmetro, quando solicitado ou notificado administrativamente, todas as
informações requeridas em um prazo máximo de 10 (dez) dias úteis.
Art. 13.Cientificar que, caso sejam identificadas não conformidades nos produtos durante as
ações de acompanhamento no mercado, o Inmetro notificará o fornecedor detentor do registro,
determinando providências e respectivos prazos.
Parágrafo único. O processamento da investigação decorrente da ação de acompanhamento no
mercado ocorre de forma independente do processo de aplicação de penalidades previstas na Lei.
Art. 14.Determinar que, caso as não conformidades identificadas durante acompanhamento no
mercado sejam consideradas sistêmicas e desencadeiem, ao longo de todo o ciclo de vida do objeto,
riscos potenciais ao meio ambiente ou à saúde ou à segurança do consumidor, o Inmetro obrigará o
fornecedor, detentor do registro, a retirada do produto do mercado.
Parágrafo único. O Inmetro informará o fato aos órgãos competentes de defesa do
consumidor.
Art. 15 Determinar que, a partir de 18 (dezoito) meses, contados da data de publicação desta
Portaria, os fabricantes nacionais e importadores deverão fabricar ou importar, para o mercado
nacional, somente cadeiras plásticas monobloco de uso infantil em conformidade com as
disposições contidas neste instrumento legal e em seus anexos.
Parágrafo único. A partir de 6 (seis) meses, contados do término do prazo fixado no caput, os
fabricantes e importadores deverão comercializar, no mercado nacional, somente cadeiras plásticas
monobloco de uso infantil em conformidade com as disposições contidas nesta Portaria e em seus
anexos.
Art. 16.Determinar que, a partir de 30 (trinta) meses, contados da data de publicação desta
Portaria, os estabelecimentos que exercerem atividade de distribuição ou de comércio deverão
vender, no mercado nacional, somente cadeiras plásticas monobloco de uso infantil em
conformidade com as disposições contidas nesta Portaria e em seus anexos.
Parágrafo único. A determinação contida no caput não deverá ser aplicável aos fabricantes e
importadores, que observarão os prazos fixados no artigo anterior.
Art. 17.Cientificar que, mesmo durante os prazos de adequação estabelecidos, os fabricantes
nacionais e importadores permanecerão responsáveis pela segurança das cadeiras plásticas
monobloco de uso infantil disponibilizadas no mercado nacional e responderão por qualquer
acidente ou incidente com a criança, em função dos riscos oferecidos pelo produto.
Parágrafo único. A responsabilidade descrita no caput não terminará e nem será transferida
para o Organismo de Avaliação da Conformidade ou para o Inmetro, em qualquer hipótese, com o
vencimento dos prazos fixados nos artigos 15 e 16 desta Portaria.
Art. 18. Cientificar que a Consulta Pública que colheu contribuições da sociedade em geral
para a elaboração do Regulamento ora aprovado foi divulgada pela Portaria Inmetro n.ºxx, de xx de
Fl.5 da Portaria n°224/Presi, de 16/05/2016
xxxxxx de 2016, publicada no Diário Oficial da União de xx de xxxxxx de 2016, seção xx, página
xx,.
Art. 19.Esta Portaria entrará em vigor na data de sua publicação no Diário Oficial da União.
LUIS FERNANDO PANELLI CESAR
ANEXO I DA PORTARIA INMETRO Nº XX/2016
ANEXO I
REGULAMENTO TÉCNICO DA QUALIDADE PARA
CADEIRAS PLÁSTICAS MONOBLOCO DE USO INFANTIL
1
1. OBJETIVO
Este Regulamento Técnico da Qualidade estabelece os requisitos obrigatórios para Cadeiras
Plásticas Monobloco de Uso Infantil a serem atendidos por toda cadeia fornecedora do produto no
mercado nacional.
Nota: Para a simplicidade do texto, as Cadeiras Plásticas Monobloco de Uso Infantil são
referenciadas neste Regulamento como “CPMI”.
2. DEFINIÇÕES
2.1 CPMI de classe residencial Cadeira para uso doméstico de uso infantil.
2.2 CPMI de classe de uso irrestrito
Cadeira para uso geral e irrestrito de uso infantil.
2.3 Deformação permanente
Deformação que a CPMI sofre durante a aplicação de carga realizada nos ensaios mecânicos que
não seja acomodação.
3. REQUISITOS TÉCNICOS
3.1 As CPMIs devem ser classificadas como de classe residencial ou de uso irrestrito.
3.2 As CPMIs devem ser fabricadas de material plástico, com ou sem incorporação de aditivos,
para serem utilizadas em qualquer tipo de piso, podendo ou não conter dispositivos antiderrapantes.
3.3 As CPMIs devem atender aos requisitos de migração máxima aceitável de elementos de
materiais da norma ABNT NBR 300-3:2004.
3.4 As CPMIs devem apresentar-se com aspecto uniforme e isentas de corpos estranhos, bolhas,
trincas, falhas, fraturas, rachaduras, evidências de degradações ou qualquer dano estrutural.
3.5 As CPMIs devem estar livres de bordas cortantes conforme estabelecido na norma ABNT NBR
300-1:2007.
3.6 As CPMIs não podem apresentar falhas, trincas, fraturas ou danos estruturais permanentes.
3.7 A dobra de pelo menos uma das pernas da CPMI, constitui dano estrutural permanente.
3.8 A acomodação natural das pernas da CPMI, não configura dano estrutural permanente.
3.9 As CPMI devem apresentar dimensões conforme Tabela 1 abaixo e Figura 2 da norma ABNT
NBR 16177:2013.
ANEXO I DA PORTARIA INMETRO Nº / 2016
2
Tabela 1 – Dimensões das CPMI.
Partes das cadeiras Dimensões (mm)
a: altura do assento 228 ≤ a˂ 380
b: largura do assento de uma cadeira com
braço 260 ≤ b ˂ 400
c: largura do assento de uma cadeira sem
braço 260 ≤ c ˂ 340
d: distância entre as pernas da cadeira 230 ≤ d ≤ 381
3.10 As CPMIs devem resistir ao peso de uma criança em superfície lisa, devendo suportar, no
mínimo, uma carga de 48 ± 0,5 kg, para as CPMI de classe residencial, e de 60 ±0,7 kg para as
CPMIs de classe de uso irrestrito.
a) As CPMIs devem apresentar resistência ao carregamento estático em superfície lisa.
b) As CPMIs devem apresentar resistência ao impacto em superfície lisa.
c) As CPMIs devem apresentar resistência das pernas traseiras em superfícies lisas.AsCPMIsnão
devem apresentar-se com dispositivo antiderrapante ou qualquer elemento afixado ao pé da cadeira,
que impeça o contato direto da cadeira com o piso.
3.12 AsCPMIsnão podem apresentar qualquer tipo de deformação, recuperável ou não.
3.13 AsCPMIsnão podem apresentar falha ou evidência visível de dano estrutural como quebra,
fratura, deformação permanente ou fissura nas CPMIs.
4. REQUISITOS DE MARCAÇÕES E INFORMAÇÕES OBRIGATÓRIAS NO
PRODUTO E NA EMBALAGEM
4.1 Todas as CPMIs disponibilizadas no mercado nacional devem ser permanentemente marcadas,
tanto no produto, como na embalagem (quando aplicável), com as seguintes informações mínimas,
em língua portuguesa:
a) Nome fantasia (se existente), razão social e identificação fiscal (CNPJ ou CPF) do fornecedor
detentor do Registro, quando diferente do fabricante nacional ou importador;
b) Número de Registro, tanto no produto, como na embalagem (se aplicável), exposto no Selo de
Identificação da Conformidade;
c) Designação comercial do produto;
d) Data de fabricação (dia, mês e ano, nesta ordem);
e) Tempo de vida útil do produto;
f) Identificação do lote ou outra identificação que permita a rastreabilidade do produto;
g) Classe da CPMI, residencial ou de uso irrestrito;
h) Carga máxima admissível;
i) País de origem, não sendo aceitas designações através de blocos econômicos, nem indicações por
bandeiras de países, somente na embalagem.
ANEXO II DA PORTARIA INMETRO Nº XX/2016
1
ANEXO II - REQUISITOS DE AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE PARA
CADEIRAS PLÁSTICAS MONOBLOCO DE USO INFANTIL
1. OBJETIVO Estabelecer critérios e procedimentos de avaliação da conformidade para cadeiras plásticas monobloco de uso infantil, com foco na segurança, por meio do mecanismo de certificação, visando à prevenção de acidentes no seu uso.
Nota: Para simplicidade do texto, as Cadeiras Plásticas Monobloco de Uso Infantil são
referenciadas nestes Requisitos como “CPMI”.
1.1 AGRUPAMENTO PARA EFEITOS DE CERTIFICAÇÃO
Para a certificação do objeto deste RAC, aplica-se o conceito de modelo.
2. SIGLAS Para fins deste RAC, são adotadas as siglas a seguir, complementadas pelas siglas contidas nos documentos complementares citados no item 3 desse RAC:
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas
NBR Norma Brasileira
NM Norma Mercosul
CNPJ Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica
CPMI Cadeiras Plásticas Monobloco de Uso Infantil
RAC Requisitos de Avaliação da Conformidade
RGCP Requisitos Gerais de Certificação de Produtos
RTQ Regulamento Técnico da Qualidade
3. DOCUMENTOS COMPLEMENTARES
Para fins deste RAC, são adotados os seguintes documentos complementares, além dos documentos
descritos no RGCP.
Portaria Inmetro nº. 118, de 6
de março de 2015 e suas
substitutivas
Aprova os Requisitos Gerais de Certificação de Produto – RGCP.
Portaria Inmetro nº. 248, de
25 de maio de 2015
Aprova o Vocabulário Inmetro de Avaliação da Conformidade.
ABNT NBR 5426:1985 Planos de Amostragem e Procedimentos na Inspeção por Atributos
ABNT NBR NM 300-1:2004 Segurança dos brinquedos. Parte 1: Propriedades gerais, mecânicas e
físicas
ABNT NBR NM 300-3:2004 Segurança dos brinquedos. Parte 3: Migração de certos elementos
ABNT NBR 16177:2013
Cadeira plástica monobloco de uso infantil – Requisitos e Métodos de
ensaio
ANEXO II DA PORTARIA INMETRO Nº XX/2016
2
4. DEFINIÇÕES
Para fins deste RAC, éadotada a definição a seguir, complementadas pelas definições contidas nos
documentos complementares citados no item 3 e no Regulamento Técnico da Qualidade para
Cadeiras Plásticas Monobloco de Uso Infantil.
4.1 Modelo
Conjunto de CPMIs com especificações próprias, estabelecidas pelas mesmas características
construtivas, ou seja, mesmo projeto, processo produtivo, estrutura, dimensões e material.
5. MECANISMO DE AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE
O mecanismo de avaliação da conformidade para CPMI é o da certificação.
6. ETAPAS DA AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE
Este RAC estabelece 2 (dois) modelos de certificação distintos, cabendo ao fornecedor optar por um
deles:
a) Modelo de Certificação 1b – Ensaio de Lote. b) Modelo de Certificação 5 – Avaliação inicial consistindo de ensaios em amostras retiradas no fabricante, incluindo auditoria do Sistema de Gestão da Qualidade - SGQ, seguida de avaliação de manutenção periódica através de coleta de amostra do produto no comércio, para realização das atividades de avaliação da conformidade e auditoria do SGQ. Nota: É facultado ao solicitante da certificação optar por um dos Modelos de Certificação para obter
o Certificado de Conformidade.
6.1 Modelo de Certificação 1b
6.1.1 Avaliação Inicial
6.1.1.1 Solicitação de Certificação O fornecedor deve encaminhar uma solicitação formal ao OCP, fornecendo a documentação
descrita no RGCP.
Nota: A solicitação da certificação deve ocorrer para cada lote de CPMI, sendo a certificação
concedida para cada lote aprovado.
6.1.1.2 Análise da Solicitação e da Conformidade da Documentação Os critérios de Análise da Solicitação e da Conformidade da Documentação devem seguir os
requisitos estabelecidos no RGCP.
6.1.1.3 Plano de Ensaios Os critérios do Plano de Ensaios devem seguir o estabelecido no RGCP.
6.1.1.3.1 Definição dos ensaios a serem realizados 6.1.1.3.1.1 A conformidade das CPMIs deve ser demonstrada por meio da realização dos ensaios
constantes da Tabela 1.
ANEXO II DA PORTARIA INMETRO Nº XX/2016
3
Tabela1: Ensaios a serem realizados.
Requisitos
do RTQ Ensaios Base Normativa Item
3.1 Classificação RTQ 3.1
3.2 Materiais ABNT NBR
16177:2013 4.2.1 e 5.1
3.3 Migração de certos elementos ABNT NBR
16177:2013 4.2.2
3.4,3.6, 3.7
e 3.8 Aspectos visuais – Inspeção visual
ABNT NBR
16177:2013 4.5 e 4.6
3.5 Bordas Cortantes
ABNT NBR
16177:2013 e
ABNT NBR NM
300-1
4.5
5.8
3.9 Dimensões RTQ Tabela 1 do
RTQ
3.10 a Carregamento estático em superfície lisa ABNT NBR
16177:2013 5.2.1
3.10 b Resistência ao impacto em superfície lisa ABNT NBR
16177:2013 5.2.2
3.10 c Resistência das pernas traseiras ABNT NBR
16177:2013 5.2.3
4. Marcações – Inspeção visual RTQ 4
Nota: Os ensaiosdas CPMIs devem ser realizados na seguinte sequência: inspeção visual,
carregamento estático, resistência ao impacto e resistência da perna da traseira.
6.1.1.3.2 Definição da Amostragem
6.1.1.3.2.1 O OCP é responsável por presenciar a coleta das amostras do objeto a ser certificado. 6.1.1.3.2.2 A coleta deve ser realizada pelo OCP no(s) lote(s) disponível(is) no Brasil, antes de sua comercialização.Não são realizados ensaios de contraprova e testemunha. 6.1.1.3.2.3 O tamanho da amostra, por modelo, deve ser determinado conforme a norma ABNT NBR 5426, com plano de amostragem simples, distribuição normal, nível de inspeção S1 e NQA de 2,5. 6.1.1.3.2.4 A coleta da amostra deve ser realizada com base na quantidade comprovada no momento da solicitação de certificação.
6.1.1.3.2.5 O OCP, ao realizar a coleta da amostra, deve elaborar um relatório de amostragem, detalhando a data, o local, identificação do lote coletado e as condições em que esta foi obtida.
6.1.1.3.2.6 O OCP deve identificar, lacrar e encaminhar a amostra ao laboratório para ensaio.
6.1.1.3.3 Definição do laboratório A definição do laboratório deve seguir os requisitos estabelecidos no RGCP.
ANEXO II DA PORTARIA INMETRO Nº XX/2016
4
6.1.1.3.4 Tratamento de Não Conformidades no Processo de Avaliação de Lote Caso haja reprovação do lote, este não pode ser liberado para comercialização e o fornecedor deve
providenciar a destruição do mesmo ou a devolução ao país de origem (quando tratar-se de
importação) com documentação comprobatória da providência que foi adotada.
6.1.1.3.5 Emissão do Certificado de Conformidade
Os critérios para emissão do Certificado de Conformidade devem seguir as condições descritas no
RGCP.
6.1.1.3.5.1 No certificado de Conformidade, o modelo deve ser notado da seguinte forma:
Marca Modelo (Designação
Comercial do Modelo
e Códigos de
referência comercial,
se existentes).
Descrição (Descrição Técnica do
Modelo)
-características construtivas
-projeto
-material
-dimensões
Código de barras
comercial (quando
existente) de todas as
versões.
6.2 Modelo de Certificação 5
6.2.1 Avaliação Inicial
6.2.1.1 Solicitação de Certificação
O fornecedor deve encaminhar uma solicitação formal ao OCP, fornecendo a documentação
descrita no RGCP.
6.2.1.2 Análise da Solicitação e da Conformidade da Documentação
Os critérios de análise da solicitação e da conformidade da documentação devem seguir os
requisitos estabelecidos no RGCP.
6.2.1.3 Auditoria Inicial do Sistema de Gestão
Os critérios de auditoria inicial do sistema de gestão devem seguir os requisitos estabelecidos no
RGCP.
Nota: A abrangência da auditoria inicial deve incluir o processo produtivo do modelo certificado.
6.2.1.4 Plano de Ensaios Iniciais
Os critérios do plano de ensaios iniciaisdevem seguir os requisitos estabelecidos no RGCP.
6.2.1.4.1 Definição dos ensaios a serem realizados
Os ensaios iniciais devem seguir o definido no subitem 6.1.1.3.1deste RAC.
6.2.1.4.2 Definição da Amostragem
6.2.1.4.2.1 Os critérios da Definição da Amostragem devem seguir as condições gerais expostas
no RGCP e neste RAC.
6.2.1.4.2.2 O tamanho da amostra estabelecida para a realização dos ensaios é de 20 (vinte)
unidades, devendo ser coletada em triplicata (prova, contraprova e testemunha), de forma aleatória,
no processo produtivo da CPMI objeto da solicitação, desde que o produto já tenha sido
inspecionado e liberado pelo controle de qualidade da fábrica, ou na área de expedição, em
embalagens prontas para comercialização.
ANEXO II DA PORTARIA INMETRO Nº XX/2016
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6.2.1.4.2.3 Ao realizar a coleta da amostra, o OCP deve elaborar um relatório de amostragem,
detalhando a data, o local e a identificação da CPMI coletada. A amostra deve ser identificada,
lacrada e encaminhada ao laboratório para ensaio, de acordo com o estabelecido em procedimento
específico do OCP.
6.2.1.4.3 Definição do Laboratório Os critérios para a definição de laboratório devem seguir os requisitos estabelecidos no RGCP.
6.2.1.5 Tratamento de Não Conformidades na Etapa de Avaliação Inicial
Os critérios para tratamento de não conformidades na etapa de avaliação inicial devem seguir o
estabelecido no RGCP.
6.2.1.6 Emissão do Certificado de Conformidade
6.2.1.6.1 Os critérios para emissão do Certificado de Conformidade devem seguir os requisitos
estabelecidos no RGCP. O Certificado de Conformidade deve ter validade de 3(três) anos e, além
dos requisitos mínimos descritos no RGCP, deve ser anexado o memorial descritivo do modelo de
CPMI certificado, devidamente ratificado pelo OCP.
6.2.1.6.2 No certificado de Conformidade, o modelo deve ser notado da seguinte forma:
Marca Modelo (Designação
Comercial do Modelo
e Códigos de
referência comercial,
se existentes).
Descrição (Descrição Técnica do
Modelo)
-características construtivas
-projeto
-material
-dimensões
Código de barras
comercial (quando
existente) de todas as
versões.
6.2.2 Avaliação de Manutenção
Depois da concessão do Certificado de Conformidade, o acompanhamento da Certificação é
realizado pelo OCP para constatar se as condições técnico-organizacionais que deram origem à
concessão inicial da certificação continuam sendo cumpridas.
6.2.2.1 Auditoria de Manutenção
Os critérios para auditoria de manutenção devem seguir os requisitos estabelecidos no RGCP. A
Auditoria de Manutenção deve ser concluída 1 (uma) vez a cada período de 12 (doze) meses,
contados a partir da data de emissão do Certificado de Conformidade.
6.2.3 Plano de Ensaios de Manutenção
Os critérios para o plano de ensaios de manutenção devem seguir os requisitos estabelecidos no
RGCP. Os ensaios de manutenção devem ser concluídos 1 (uma) vez a cada período de 12 (doze)
meses, contados a partir da data de emissão do Certificado de Conformidade. Além disso, os
ensaios de manutenção devem ser realizados sempre que houver fatos que recomendem a sua
realização antes deste período.
6.2.3.1 Definição dos Ensaios a serem realizados
Os ensaios de manutenção devem seguir o definido no subitem 6.1.1.3.1 deste RAC.
6.2.3.2 Definição da Amostragem de Manutenção
As unidades da amostra do produto acabado devem ser colhidas no comércio, devendo ser
observados os requisitos estabelecidos no item 6.2.1.4.2 deste RAC.
ANEXO II DA PORTARIA INMETRO Nº XX/2016
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6.2.3.3 Definição do Laboratório
Os critérios para a definição de laboratório devem seguir conforme estabelecido no RGCP.
6.2.3.4 Tratamento de não conformidades na etapa de Avaliação de Manutenção
Os critérios para tratamento de não conformidades na etapa de avaliação de manutenção devem
seguir os requisitos estabelecidos no RGCP.
6.2.3.5 Confirmação da Manutenção
Os critérios de confirmação da manutenção devem seguir os requisitos estabelecidos no RGCP.
6.3 Avaliação de Recertificação
Os critérios para avaliação de recertificação estão estabelecidos no RGCP. A Avaliação de
Recertificação deve ser realizada a cada 3 (três) anos, devendo ser finalizada até a data de validade
do Certificado de Conformidade.
7 TRATAMENTO DE RECLAMAÇÕES Os critérios para tratamento de reclamações devem seguir o estabelecido no RGCP.
8 ATIVIDADES EXECUTADAS POR OCP ACREDITADO POR MEMBRO DO MLA
DO IAF Os critérios para atividades executadas por OCP acreditado por membro do MLA do IAFdevem seguir o estabelecido no RGCP.
9 TRANSFERÊNCIA DA CERTIFICAÇÃO
Os critérios para transferência da certificação devem seguir os requisitos estabelecidos no RGCP.
10 ENCERRAMENTO DA CERTIFICAÇÃO
Os critérios para encerramento da certificação devem seguir os requisitos estabelecidos no RGCP.
11 SELO DE IDENTIFICAÇÃO DA CONFORMIDADE
Os critérios gerais para o Selo de Identificação da Conformidade estão contemplados no RGCP e no
Anexo III desta Portaria.
12 RESPONSABILIDADES E OBRIGAÇÕES
Os critérios para responsabilidades e obrigações devem seguir os requisitos estabelecidos no RGCP.
13 PENALIDADES
Os critérios para aplicação de penalidades devem seguir os requisitos estabelecidos no RGCP.
ANEXO III DA PORTARIA INMETRO Nº XX/ 2016
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ANEXO III
SELO DE IDENTIFICAÇÃO DA CONFORMIDADE
ESPECIFICAÇÃO DO SELO DE IDENTIFICAÇÃO DA CONFORMIDADE
O Selo de Identificação da Conformidade deve ser aposto no produto de forma clara e não violável
em local visível, impresso (em forma de adesivo ou não), podendo seguir um dos modelos
descritos abaixo.
Selo em versão compacta: