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SERVIÇO DE APOIO AO INVESTIDOR ALIMENTOS & BEBIDAS NA BAHIA | ESTUDO SETORIAL BA $6 6 |

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SERVIÇO DE APOIO AO INVESTIDOR ALIMENTOS & BEBIDAS NA BAHIA

| ESTUDO SETORIAL BA $66

|

SERVIÇO DE APOIO AO INVESTIDOR

ESTUDO SETORIAL – ALIMENTOS E BEBIDAS NA BAHIA

INVISTA NA BAHIA | ALIMENTOS E BEBIDAS

• Capital: Salvador

• População: 15 milhões

• PIB 2014: R$ 224 Bilhões

• Fluxo comercial em 2014: US$ 18,5 Bilhões

• 5º maior estado em extensão territorial

• 5º estado em atração de IED do Brasil

• 7ª Indústria de Transformação do Brasil

INVISTA NA BAHIA | ALIMENTOS & BEBIDAS

1. SAIBA MAIS SOBRE O ESTADO DA BAHIA

a) Dados básicos

A Bahia é a 1ra economia do Nordeste e o

4to estado mais populoso do Brasil, com um

PIB de R$ 224 Bilhões em 2014.

Posição estratégica: A localização

geográfica da Bahia é um fator que favorece

a sua inserção internacional, pois está

próxima dos principais mercados mundiais e

dos maiores estados do Brasil.

Dispõe de uma economia complexa, sofisticada e

em franco desenvolvimento. O agronegócio baiano

se destaca no cenário nacional com a produção de

grãos no Oeste, frutas no Norte e celulose no Sul.

Por outro lado, possui uma indústria pujante, com

a segunda maior refinaria do País e o maior

complexo industrial petroquímico integrado do

Hemisfério Sul, dentre diversos outros

investimentos industriais importantes. Nos últimos

anos, diversificou ainda mais seu perfil econômico,

oferecendo oportunidades em diversos setores da

economia. Dentre estes setores, destaca-se o de

Alimentos e Bebidas.

b) Qualidade de vida

Aspectos sociais e Geográficos

Com cerca de 560km², a Bahia é o quinto estado

do País em extensão territorial, possui o maior

litoral brasileiro, totalizando 1.183 km. Sua

biodiversidade de ecossistemas proporciona

características únicas ao seu litoral, cuja

temperatura média é de 25ºC (com características

de clima tropical).

O estado da Bahia é o único que possui cinco biomas diferenciados: Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica e mais os biomas Costeiro e Marinho.

A Bahia tem 417 municípios, cujas principais cidades são: Salvador, Feira de Santana, Vitória

da Conquista, Camaçari, Itabuna, Juazeiro e Ilhéus.

IDH - A Bahia ocupa a 22ª colocação no ranking nacional do Índice de Desenvolvimento

Humano (IDH). Percebe-se uma melhora contínua no estado, que pode ser comprovada pela

melhora de 71% verificada nos últimos 20 anos, superando a média nacional que foi de 47,8%.

Patrimônio Histórico da Humanidade

O estado é considerado uma das principais matrizes da cultura brasileira, o que explica sua

efervescência cultural, através das mais diversas manifestações (música, no teatro, artes

plásticas, literatura etc.). Reconhecendo que a cultura baiana contribui na formação e história do

País, o Pelourinho foi tombado pela UNESCO, por reunir importante acervo histórico e cultural,

fruto da miscigenação étnica.

Mobilidade Urbana

Os programas de Mobilidade Urbana promovidos pelo Governo Federal, em parceria com o

Estado, preveem implantação de:

• Sistema BRT – Bus Rapid Transit: O sistema será composto de vias exclusivas de

ônibus articulados e climatizados, três viadutos, cinco elevadores e nove estações de

embarque, e será integrado a corredores de transporte com faixa exclusiva. O total

investido foi de R$ 800 milhões.

• Metrô - O sistema metroviário da cidade de Salvador está sendo operado pela CCR -

Metrô Bahia. Possui já 6,6 quilômetros construídos. Passará por uma expansão dividida

em seis etapas que integrará o centro da cidade até Pirajá, e o município de Lauro de

Freitas através da Linha 1 (previsão de entrega em 2018) e Linha 2 respectivamente,

somando 41,8 quilômetros de extensão.

c) Estrutura da economia

A economia baiana se caracteriza pela sua diversificação, como mostra o mapa a seguir:

Distribuição regional das principais atividades econômicas do estado

Fonte: SDE

Bahia - Estrutura da Indústria, 2014

Fonte: IBGE VTI por Atividades 2014 - Pesquisa Industrial Anual 2014

Atividades %

Coque, Derivados de Petróleo e Biocombustíveis 31,5

Produtos Químico 18,0

Produtos Alimentícios e Bebidas 10,8

Celulose e Papel 7,2 Borracha e Plásticos 5,6

Veículos Automotores 5,3

Têxtil e Calçados 5,2

Metalurgia 3,4

Outros 13

Total 100,00

INVISTA NA BAHIA | ALIMENTOS & BEBIDAS

Introdução

Em âmbito global, o setor de Alimentos e Bebidas se inscreve numa tendência de elevação

da demanda por commodities nos próximos anos, envolvendo atores variados, distribuídos

nos diferentes elos da cadeia, desde a agricultura até o consumo, passando pela

transformação e distribuição. Em cada etapa, a tendência, para os próximos anos, é a de

crescimento da produção, para poder atender uma demanda maior e em processo de

evolução.

Tabela das tendências por elo na cadeia

Tendências fortes Tendências emergentes

Fonte: Estudo de tendências 2015, Vigilância Alimentar, Futuribles, França

Nesse cenário, países emergentes estão tendo um papel importante como fonte agrícola num

contexto de aumento da demanda. Outrossim, também representam uma nova concorrência

para os grandes grupos industriais de ramo alimentício.

PRODUÇÃO Crescimento da

produção

TRANSFORMAÇÃO Dominação dos

grandes grupos e marcas globais

DISTRIBUIÇÃO Dominação dos

grandes varejistas e concentração

CONSUMO

Crescimento da emanda global e

mudança do regime aslimenticio

Agricultura urbana

Personalização

Produtos locais

E-comercio

Consumo de produtos biológicos

Consumo de produtos locais

Impacto das

mudanças climáticas

Chegada do grupo dos

países emergentes

Crescimento das marcas

de distribuidores

Start-ups

Circuitos curtos

Novos atores

Crescimento do

vegetarianismo

Politicas nutricionais

2. PANORAMA DA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS E BEBIDAS NO BRASIL

O setor de Alimentos & Bebidas é o maior empregador da indústria de transformação,

representando 33,5 mil empresas e 1,6 milhão de empregos diretos. (Fonte: IBGE)

No ano 2014, o setor recebeu um investimento de R$ 11,7 bilhões. No plano nacional, três

tipos de produtos tiveram um crescimento de destaque na sua produção: alimentos

desidratados e supercongelados (+4,3%), bebidas (+3,9%), laticínios (+3,0%). (Fonte:

Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação (ABIA))

A indústria de alimentação tem uma grande representação no comercio exterior brasileiro.

Assim, no com os setor de Alimentos & Bebidas, o Brasil é:

- 1o exportador mundial de alimentos processados

- 1o produtor e exportador mundial de suco de laranja

- 1o produtor mundial de carne

- 1o produtor e exportador de açúcar

- 2o exportador mundial de café solúvel

- 2o exportador mundial de óleo de soja

20% do total das vendas do setor é exportado e a balança comercial brasileira tem um saldo

positivo que passou de + US$7,2 bilhões para + US$33,8 bilhões entre o ano 2000 e 2010.

Apesar da crise, o setor de Alimentos e Bebidas é "um dos mais resistentes da economia

brasileira e investe cada vez mais na fabricação e em produtos de maior valor agregado que

encontram espaços no mercado internacional", segundo o Diretor de Negócios da Apex,

André Favero.

3. O SETOR DE ALIMENTOS E BEBIDAS NA BAHIA

a) Panorama

O estado da Bahia é um ator importante do setor de Alimentos e Bebidas, com expressivo

crescimento, a exemplo do número de empresas, que teve uma alta de 23,8% entre 2000 e

2010, passando de 1040 para 1288 estabelecimentos. Com uma diversidade de segmentos

industriais, no âmbito do setor A&B, esse estudo setorial tratará, mais especificamente, dos

segmentos do café, leite e cacau. Porém, é importante registrar outros segmentos de igual

relevância:

1. Indústria agropecuária

No que se refere a produção agropecuária, a Bahia se destaca nas seguintes produções:

laranjas (que representa 30% da produção nacional), incluindo a produção de polpa e

suco;

ovinos e caprinos (40% do rebanho brasileiro);

soja (destaque para a região oeste do estado);

algodão (destaque para a região oeste do estado);

milho (destaque para a região oeste do estado).

2. Indústria de bebidas

Por sua vez, a indústria de bebidas na Bahia conheceu um crescimento importante nos

últimos anos, entre 2007 e 2014, impactando diretamente no aumento da massa salarial em

mais de 40%.

No estado, os principais segmentos do setor de bebidas são refrigerantes e cervejas, que

representam juntos 85% do valor da produção. Os segmentos de cervejas e chopes são os

que mais empregam, com cerca de 1932 trabalhadores, distribuídos em 4 empresas: Brasil

Kirin Indústria de Bebidas, Ambev, Cervejaria Petrópolis da Bahia e a CBB – Companhia

Brasileira de Bebidas. (Fonte: GET/FIEB)

Apesar do segmento estar concentrado num pequeno número de empresas, há ainda

bastante oportunidade para o investimento, a saber:

- Crescente mercado consumidor: a Bahia, estado que conta com 15 milhões de

habitantes, teve um aumento do poder de compra nas duas últimas décadas. No Brasil, o

setor de Alimentos e Bebidas é responsável por 8,8% do PIB nacional e teve em 2014 um

faturamento total de R$ 529,6 bilhões, dos quais 81% provem da indústria de alimentos e

19% da indústria de bebidas.

- Expansão do mercado da cachaça: a cachaça, bebida identificada como “culturalmente

brasileira”, notadamente de alambique, tem grande potencial de expansão tanto no mercado

interno quanto externo. Conforme dados da AMPAQ 2015, Bahia representa 17,5% do total

de produtores de cachaça no Brasil, logo depois de Minas Gerais, apesar de ainda contar

com uma produção pequena (5%).

- Potencial da produção de vinho: A Chapada Diamantina, região de serras situada no

centro do estado da Bahia, e o Vale de São Francisco, situado na zona intertropical dos

estados da Bahia e Pernambuco, são regiões com potencial para produção de uvas,

preparação de vinhos e derivados de uva e do vinho.

Vinibrasil: Em 2003, o grupo português Dão se instalou na Vale de São

Francisco para iniciar a produção de vinho e fundou a Vinibrasil. Hoje,

com 200 hectares de vinhedos plantados no semi-árido brasileiro, a

empresa produz 1,1 milhão de litros anuais, cujo produto muito bem

aceito tanto pelo mercado local como internacional.

Fonte: Wines of Brasil

- Boas perspectivas das cervejas artesanais: ramo em franco desenvolvimento, apesar da

pequena capacidade de produção das microcervejarias, que ainda padecem de uma carga

tributaria semelhante à das grandes cervejarias. Com o objetivo de obter uma tributação

diferenciada para segmento, as microcervejarias foram enquadradas no Simples Nacional em

outubro de 2016, passando a usufruir do novo regime tributário a partir de 2018.

Fonte: GET/FIEB

b) Comercio exterior

Ainda sobre o setor de Alimentos e Bebidas, abaixo, apresentamos o comportamento dos os principais produtos no comércio exterior nos últimos cinco anos.

1. Exportações

Código NCM (8 Dígitos) Valor 2012

(US$) Valor 2013

(US$) Valor 2014

(US$) Valor 2015

(US$)

12019000 Soja, mesmo triturada, exceto para semeadura 938.453.955 844.609.306 891.282.852 1.008.920.148

18040000 Manteiga, gordura e óleo, de cacau 75.697.389 46.221.427 104.107.721 154.411.753

18050000 Cacau em pó, sem adição de açúcar ou outros edulcorantes 128.770.967 99.851.828 67.240.035 63.784.781

08045020 Mangas frescas ou secas 68.508.498 77.799.557 82.020.743 94.203.719

09011110 Café não torrado, não descafeinado, em grão 147.811.437 57.314.104 83.938.028 100.813.805

Valores em USD FOB

Fontes utilizadas: MDIC, SECEX

Elaboração: CIN/FIEB

2. Importações

Código NCM (8 Dígitos) Valor 2012

(US$) Valor 2013

(US$) Valor 2014

(US$) Valor 2015

(US$)

18010000 Cacau inteiro ou partido, em bruto ou torrado 137.991.760 41.332.760 107.362.348 33.158.019

10019900 Outros trigos e misturas de trigo com centeio, exceto para semeadura

182.826.068 237.081.385 166.019.207 127.264.885

11071010 Malte não torrado, inteiro ou partido 24.247.760 29.325.520 46.703.184 26.361.395

18032000 Pasta de cacau, total ou parcialmente desengordurada 49.918.403 18.780.788 14.860.990 15.066.587

Valores em USD FOB

Fontes utilizadas: MDIC, SECEX

Elaboração: CIN/FIEB

4. MAIS INFORMAÇÕES SOBRE TRÊS PRODUTOS DE DESTAQUE

Escolhemos tratar de maneira mais detalhada três produtos de destaque na Bahia, que se diferenciam tanto pela historia deles quanto pela expressividade da sua produção. Tratam-se do café, do leite e do chocolate.

a) Café

1. Panorama brasileiro

O Brasil, pais produtor

O Brasil é o maior exportador de café do mundo, sendo responsável por 37,4% da

produção mundial. Devido à grande diversidade climática, produz uma grande variedade de

tipos de cafés.

A cafeicultura do país é uma das mais exigentes do mundo com uma preocupação em

garantir uma produção de café sustentável. Cabe ressaltar que a produção é regida por

rígidas legislações trabalhistas e ambientais, consideradas como as mais rigorosas entre os

países produtores de café.

O Brasil, pais consumidor

O Brasil é um grande consumidor de café. Em 2015, as vendas de café no varejo

aumentaram em mais 3% em termos de volume, para atingir 705,575 toneladas, e em mais

13% em termos de valor.

Em âmbito nacional, o mercado do café se caracteriza pela sua fragmentação, com um

grande numero de marcas, sendo os dois maiores players: 3 Corações (21%) e Sara Lee

Cafés do Brasil (17%). O mercado também se caracteriza pela sua alta polarização, com um

leque de oferta indo desde gamas populares até produtos “premium”, o qual teve um

expressivo crescimento nas vendas (35%) em 2015. (Fonte: Euromonitor)

2. A produção de café na Bahia

A Bahia, produtor significante no Brasil

A Bahia representa o 4º maior produtor do país, nos últimos 20 anos, a produção de café

cresceu 50,2% (2,1% ao ano), passando de 134,3 mil toneladas em 1994 para 201,7 mil

toneladas em 2014.

Evolução da produção de café na Bahia, 1994-2014 (em milhões de toneladas)

Fonte: IBGE

Localização geográfica da produção

Como característica, a produção desta commodity na Bahia concentra-se espacialmente nos

seguintes territórios: Extremo Sul, Chapada Diamantina, Sudoeste Baiano e, particularmente,

Bacia do Rio Grande, cujo montante totaliza mais de 157,9 mil toneladas, equivalente a

78,3% do total produzido pelo estado em 2014. (Fonte: SDE)

3. Principais produtos

Produção de café em grãos na Bahia (por tipo)

Produto Área colhida (hectares)

Quantidade produzida (toneladas)

Valor da produção (mil reais)

Café (em grão) Total 161.006 201.715 919.456

Café (em grão) Arábica 124.736 123.901 617.084

Café (em grão) Canephora

36.270 77.814 302.372

Fonte: IBGE

A Chapada Diamantina vem se destacando na produção do café gourmet e ganhando

reconhecimento internacional. A produção na região é voltada para qualidade. No 15º Cup of

Excellence Early Harvest Brasil 2014, principal concurso de qualidade do Brasil, os cinco

primeiros colocados foram da região.

134,3

91,1

68,7 77,2

61,8

117,8 129,9

171,6 169,3

125,5 129,7 128,5

149,8 151,8 163

176,9

153,3 151,7 141,9

158

201,7

4. Principais atores do setor

Bahia conta com 90 empresas atuando no ramo, distribuídas entre moagem e torrefação,

segundo os territórios de identidade (distribuição econômica atribuída pelo Governo do

Estado da Bahia). Abaixo as principais empresas:

1º: Fazenda Ouro Verde, Piatã-BA, variedade produzida: catuaí.

2º: Chácara São Judas Tadeu, Piatã-BA, variedade produzida: catuaí.

3º: Fazenda Tijuco, Piatã-BA, variedade produzida: catuaí.

4º: Fazenda Santa Bárbara, Piatã-BA, variedades cultivadas: catuaí e catucaí.

5º: Fazenda Vista Alegri, Piatã-BA, variedade cultivada: catuaí e catucaí.

Fonte: SDE

5. Vantagens e oportunidades para investimento na Bahia

O clima propício da Bahia

Uma das principais características da região é o clima. O estado goza de localidades com

altitudes de até 1.300m, com clima frio que favorece variedades com a de catuaí, uma

subvariedade do Coffea Arábica.

O café, catalisador de desenvolvimento regional

A cultura do café na região contribui ativamente para o desenvolvimento da economia local,

gerando empregos e renda em sua cadeia produtiva. Além disso, potencializa a economia por

meio do turismo do café, que leva os visitantes para conhecer o processo de produção nas

fazendas dos municípios, incluindo a degustação do produto.

Uma indústria em desenvolvimento

Com sua produção a Bahia vem atraindo diversas empresas do setor, a exemplo da Indústria

Alimentícia Maratá, que está em fase de implantação na cidade de Vitória da Conquista, com

previsão de gerar cerca de 150 empregos diretos, com o apoio do Governo do Estado,

mediante o incentivo fiscal (Programa Desenvolve).

O crescimento do mercado consumidor interno

Além da exportação, o mercado brasileiro apresenta-se bastante interessante para o

escoamento da produção, sobretudo em razão da mudança de comportamento do

consumidor, que tem buscados produtos de maior qualidade. Assim, a perspectiva de

aumento de vendas para produtos premiumizados, como as capsulas, é de mais 20% até

2020, segundo Euromonitor.

b) Leite

1. Panorama brasileiro

O Brasil, pais produtor

Com 35,17 bilhões de litros produzidos em 2014, o Brasil representa o 5to maior produtor de

leite, atrás da União Europeia, da Índia, dos Estados Unidos e da China.

O mercado leiteiro no Brasil se caracteriza pela sua fragmentação. Primeiramente, a

produção está geograficamente espalhada, já que há registros da produção de leite em 555

microrregiões geográficas das 558 existentes no Brasil. Em segundo lugar, os produtores de

leite no Brasil são de pequeno tamanho: 80% dos produtores produzem até 50 litros/dia e

representam 26% da produção nacional. Fonte: IBGE

O Brasil, pais consumidor

O mercado consumidor de lácteos no Brasil cresceu muito nos últimos anos. No período de

2009 a 2013, o faturamento do setor aumentou de 61%, e, apesar da crise, o consumo interno

continuou expressivo. Em 2015, o volume de vendas de leite aumentou em mais 12%, para

atingir R$ 31,5 bilhões. Com relação ao volume de vendas de queijo aumento, esta cresceu

mais de 11%, totalizando R$ 19,4 bilhões. Além dos tradicionais queijos processados e de

pasta dura, esse desempenho se deve em parte a introdução no mercado brasileiro de

produtos de qualidade com maior valor agregado, como o queijo Parmesão e queijos de pasta

mole. Fonte: Euromonitor

Modificação recente do cenário industrial nacional

Em 2014, a indústria leiteira brasileira teve uma mudança drástica na sua paisagem

empresarial com o processo de falência da LBR Lácteos Brasil, conglomerado de vários

produtores regionais de leite fundado em 2010. Isto ocasionou a venda das marcas do grupo

para concorrentes do ramo, tais como: Lactalis - atual líder em vendas de leite no Brasil;

Laticínios Bela Vista ARC Medical Logística e CBA Soluções em Benefício Alimentação.

Fonte: Euromonitor

2. Panorama da cadeia do leite na Bahia

A Bahia, produtora de leite

A pecuária de leite é considerada como um dos setores mais importantes do agronegócio

baiano. O estado é o sétimo maior produtor de leite do Brasil e o primeiro produtor da

Região Nordeste brasileiro, contribuindo com cerca de 1,21 bilhão de litros. No entanto, a

Bahia ainda é um grande importador de leite e derivados.

Evolução da Produção de Leite na Bahia – 1994 a 2014 (Milhões de Litros)

Fonte: IBGE

Uma produção bem repartida no território

Ao contrario de outros segmentos, a produção de leite encontra-se espacialmente espalhada

por todo o território baiano: os segmentos de produção, industrialização e comercialização de

leite e derivados estão presentes em todas as regiões.

Produção de Leite na Bahia por Território de Identidade em 2014

Fonte: Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) Elaboração: SDE/COPLAN

Produção de leite na Bahia por Territórios de Identidade em 2014 | (em %)

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

Elaboração: SDE/COPLAN

A Bahia, importadora de produtos derivados

Em 2014, os principais derivados importados foram: Soro de leite (1,8 mil toneladas), Leite

integral em pó (650 toneladas), Queijos (75,3 toneladas) e outros produtos (228 toneladas).

Os principais países de origem dessas importações foram Argentina (2,1 mil toneladas),

Canadá (225 toneladas), França (144 toneladas), Chile (125 toneladas), Holanda (75,3

toneladas) e Estados Unidos (71 toneladas).

3. Principais atores do setor

O ecossistema do setor leiteiro na Bahia se caracteriza pela sua grande fragmentação com

muitos pequenos produtores de leite. A Bahia conta com 260 empresas de laticínio, atuando

ao longo da cadeia do leite.

Número de laticínios cadastrados no Guia Industrial da Bahia (FIEB)

Descrição Nº de Empresas

(%) Nº de Empregados

(%)

Fabricação de laticínios

130 50,0 2.785 68,9

Fabricação de sorvetes e outros gelados

111 42,7 936 23,2

Preparação do leite 19 7,3 320 7,9

Bahia 260 100,0 4.041 100,0

Mesmo com um grande número de pequenas fazendas e empresas de transformação, o setor

de leite baiano se destaca, contando com três produtores no Top 100 dos maiores produtores

de leite no Brasil:

- Fazenda Leite Verde, em Jaborandi (BA).

Produção: 7,047,889 de litros de leite produzidos em 2015

Marca associada: Leitíssimo

- Fazenda do Lutz Viana Rodrigues Junior, em Ibirapuã (BA)

Produção: 3,949,665 de litros de leite produzidos em 2015

Marca associada: Davaca

- Agropecuária Sete Copas

Produção: 3,870,986 de litros de leite produzidos em 2015

Outro elemento de destaque é que entre esses três produtores, dois tem como sócio

majoritário um investidor estrangeiro. Mais detalhes no capitulo dedicado a “Presença de

investidores estrangeiros”.

4. Vantagens e oportunidades para investimento na Bahia

Mercado consumidor em plena expansão;

Condições de clima seco que favorece o estado sanitário dos animais com uma baixa

incidência de ecto e endoparasitas e facilita a obtenção de um leite de boa qualidade,

em função da menor multiplicação bacteriana;

Tecnologia para produção de suplementos forrageiros (palma + silagem), já bastante

dominada pela região;

Baixo custo da terra comparado aos demais estados da federação;

Mão de obra disponível a custos competitivos em comparação com outros estados;

Predomínio de solos com boa fertilidade;

Existência de muitos programas de incentivo ao desenvolvimento.

Fonte: SDE

a) Cacau

1. Panorama brasileiro

O Brasil ocupa a 6ª colocação no ranking mundial de produção de amêndoas de cacau (4,8 %

do total) e importa entre 20 e 40 mil toneladas de amêndoas/ano para atender sua demanda

interna.

Além disso, possui atualmente cerca de 560 mil hectares cultivados com cacaueiros em

diferentes regiões. Nessas áreas são encontrados diferentes sistemas de cultivo. Atualmente

existem três principais zonas distintas de produção que ocupam os biomas Amazônia e Mata

Atlântica: Sul da Bahia (75% da produção brasileira); Região Amazônica (18,6%); e tabuleiros

costeiros do Extremo Sul da Bahia e Norte do Espírito Santo (6,4%). Fonte: SEAGRI

2. A cultura do cacau na Bahia

A Bahia, produtora histórica de cacau

O cacau foi introduzido na Bahia em 1746, na região sul do estado, por meio da espécie

Forasteiro na Fazenda Cubículo, no município de Canavieiras e, em seguida, em Ilhéus no

ano de 1752.

A Bahia está historicamente associada à produção de cacau, e é de fato o maior produtor no

Brasil de cacau e de seus derivados (manteiga de cacau, licor de cacau, etc.). Porém, nos

anos 1980, as plantações de favas de cacau, no sul da Bahia, foram atacadas por um fungo

basidiomiceto, o Moniliophtora perniciosa, melhor conhecido popularmente como vassoura-

de-bruxa.

Essa doença teve uma incidência grande sobre a lavoura da fruta, provocando o declínio da

produção no estado, entre o final dos anos 80 e o inicio dos anos 2010. A praga,

representada pela vassoura de bruxa, aliada a baixos preços internacionais e condições

climáticas desfavoráveis contribuíram. nos anos 90, para rebaixar o Brasil para sexta

colocação no ranking global dos maiores produtores de cacau.

Após um grande trabalho de erradicação da doença, que foi encabeçado pelos diferentes

atores da região, a produção cacaueira recomeçou nos últimos anos a ter bons resultados,

impulsionando o desenvolvimento de novos atores locais no mercado.

A melhoria da balança comercial

O Brasil retomou o 5º lugar no ranking dos maiores produtores mundiais de cacau e, com a

retomada recente da produção cacaueira, a Bahia intensificou suas exportações desde 2015,

reduzindo drasticamente o déficit da balança comercial. Em 2015, as exportações de

amêndoas de cacau da Bahia atingiram 6,6 mil toneladas, representando R$ 15 milhões.

Sendo o maior produtor nacional de cacau, a Bahia tem um grande potencial para

exportação. O estado vive atualmente um momento de retomada da produção e investe cada

vez mais na qualidade das amêndoas, matéria-prima que tem atraído chocolateiros da

Europa.

Quanto ao comercio exterior, após 20 anos sem exportar, a Bahia retomou sua atividade

exportadora com o envio em 2015 de 6,4 mil toneladas de amêndoas de cacau, avaliadas em

R$ 19,4 milhões, essencialmente para a Europa. Esta nova dinâmica exportadora deverá se

confirmar nos próximos anos, com a retomada da produção e a qualidade diferenciada que o

produto baiano pode oferecer no mercado.

Bahia: Comércio Exterior de Cacau

Brasil 2014 2015 Var. (2015/2014)

Exportação (milhões) FOB 1,25 19,38 1.449,20

Importação (milhões) FOB 107,36 33,16 -69,1

Saldo -106,11 -13,77 -87

Corrente de Comércio 108,61 52,54 -51,6

Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior

3. O tipo de cacau produzido na Bahia

No sul da Bahia, o plantio do cacau se destaca pela sua singularidade: é realizado com base

no sistema produtivo cabruca. Cabruca, palavra que deriva do verbo "brocar", significa “fazer

buracos na mata para plantar o cacau”. O método consiste no plantio de cacau sob a sombra

de árvores nativas, ajudando a manter os biomas da Mata Atlântica e Amazônia, ao viabilizar,

além da produção de cacau, também a produção de frutas, madeira certificada, sementes

florestais, plantas ornamentais e fármacos. Também contribui para o incremento do

ecoturismo.

A região se destaca pela sua produção de um cacau de alta qualidade, sem utilização de

fertilizantes, herbicidas ou pesticidas sintéticos.

Hoje em dia, mais de 2500 produtores de cacau estão registrados na região Sul do estado da

Bahia.

4. Novo perfil dos atores do mercado

A Bahia está historicamente associada à produção de cacau, porém desde o início dos anos

2000 apareceram novos atores locais no segmento do chocolate fino. Essas novas empresas

baianas decidiram atuar ao longo da cadeia, ao trabalhar com o licor de cacau, produto da

transformação da amêndoa, e ao produzir chocolate localmente.

O estado já conta com mais de 40 marcas registradas de chocolate fino. Seguem algumas

das mais relevantes no mercado: Amma, Cacauati, Chor, Coroa Azul, Mendoa, Sagarana.

Cabe ressaltar que a cidade de Ilhéus está a ponto de ganhar uma nova fabrica de chocolate

de origem com amêndoas oriundas da produção baiana de cacau fino e superior. O

empreendimento, iniciativa das empresas Chor e da Sagarana, tem um investimento inicial de

R$ 3 milhões e uma capacidade de produção estimada em 150 toneladas/ ano. Também está

se estruturando uma associação de fabricantes de chocolate no intuito de dar mais força ao

segmento.

5. Oportunidades de mercado

Apesar da crise, a Euromonitor reportou um crescimento de mais de 8% dos tabletes de

chocolate, no Brasil, em 2016.

Também foi observado um crescimento da demanda interna por chocolate gourmet de

origem, principalmente por consumidores com maior poder aquisitivo, atraídos pelo chocolate

preto com alto teor de cacau. Pesquisas mostram que uma das regiões de proveniência

privilegiada desse cacau está localizada a Bahia.

5. PRESENÇA DE INVESTIDORES ESTRANGEIROS

a) Presença no mercado do café

No ramo do café, alguns dos maiores players internacionais já estão presentes na Bahia com

escritório e fabrica para comprar café dos produtores locais e beneficiá-lo localmente.

A Sara Lee inaugurou sua fábrica, localizada em Salvador, na Bahia, em

novembro de 2010, um investimento que totalizou R$ 100 milhões.

“Nosso objetivo é melhorar o atendimento aos clientes e consumidores

do Norte e Nordeste com as marcas Pilão e Caboclo” explica presidente

da Sara Lee, Dantes Hurtado.

Localizada no bairro Pirajá, a unidade ocupa uma área total de 16 mil m² e abriga a base do

escritório regional de vendas da região Nordeste.

“Na planta de Salvador, iremos comprar 450 mil toneladas por ano dos produtores locais e a

nossa meta é, em cinco anos, duplicar esse volume”, afirma Hurtado.

b) Presença no mercado do leite

1) Presença de um grande player internacional

Nestlé

A multinacional suíça inaugurou uma unidade fabril em Feira de Santana,

na Bahia, em 2007, com um investimento de R$ 150 milhões. Essa fábrica,

ampliada em 2008, já triplicou sua produção.

Nessa sua unidade de Feira de Santana, a Nestlé fabrica os seguintes

produtos: cereais, massas instantâneas, café solúvel, cereais matinais,

duas linhas de lácteos, bebidas achocolatadas e iogurtes.

2) Chegada de novos investidores estrangeiros

O mercado doméstico brasileiro, que sofre um déficit estrutural na produção anual de leite,

que costuma atingir 1,2 bilhão de litros por ano, estimulou a chegada de investidores

estrangeiros. Com grandes projetos leiteiros, esses novos players do ramo se instalaram

sobretudo no Oeste do estado da Bahia.

Leitissimo

A historia da Leitissimo começou em 2001 com a compra em Jaborandi na Bahia de uma

fazenda por Simon Wallace, um fazendeiro da Nova Zelândia, acompanhado de Craig Bell,

um engenheiro químico neozelandês.

Depois de ter realizado um investimento de R$ 150

milhões, a Leitissimo tem hoje 5.500 hectares e 3

mil vacas em lactação, todas kiwicross de origem

neozelandesa. A empresa só utiliza leite provindo

do próprio rebanho e tem um modo de produção

especifico, com pastagens irrigadas por pivôs,

separados entre recria e produção.

Com um processo de produção e industrialização verticalizado, a fazenda baiana da

Leitissimo produz mais leite por hectare que os maiores produtores mundiais, os Estados

Unidos, e três vezes mais que na Nova Zelândia, os maiores exportadores de leite do mundo.

A Leitissimo produz hoje 40 mil litros/hectare na sua fazenda de Jaborandi. Em 2016, foram

14 milhões de litros produzidos. A perspectiva para 2020 é de chegar a 50 milhões de

litros/ano.

Agri Brasil

O projeto de joint venture entre o investidor brasileiro Antonio Martins Filho e os holandeses,

Kees Koolen, criador da empresa Booking.com, e Willy van Bakel visa estruturar quatro

fazendas, para um total de R$ 10 bilhões, e criar 7.000 empregos diretos na região Oeste do

estado da Bahia. O modelo da Agri Brasil será diferente da Leitissimo, tratando-se de

produção de leite com vacas de alta produtividade, em regime de confinamento. Com 200 mil

vacas importadas dos Estados Unidos e uma produção de 1 milhão de litros de leite/dia, a

Agri Brasil planeja destinar sua produção para exportação, principalmente para o mercado

chinês.

c) Presença no mercado do cacau

Na Bahia, estão presentes duas das maiores empresas multinacionais que controlam o

mercado mundial do cacau: a Cargill e a Barry Callebaut.

A Cargill é um grupo americano que atua ao longo da cadeia

agroindustrial. A empresa se instalou no Brasil em 1965 e conta hoje com

8.000 funcionários no país. Com sede em São Paulo, a Cargill tem 2

unidades na Bahia: uma em Barreiras, cuidando do processamento da

soja; a segunda em Ilhéus, especializada no processamento de derivados

de cacau.

Com sede na Suíça, o grupo Barry Callebaut é líder mundial

na fabricação de produtos de chocolate industrial. A empresa

tem uma fabrica de cacau em Ilhéus desde 1999, que

emprega mais de 300 funcionários.

Vale também ressaltar a chegada recente de um novo

grande player internacional na região, a americana Archer

Daniels Midland (ADM), uma das maiores empresas de

agronegócios do mundo, chegou a um acordo com a Olam

International Limited para vender seu negócio de

processamento de cacau, por US$ 1,3 bilhão. O negócio abrange as operações brasileiras de

cacau em Ilhéus (com a empresa Joanes) e as demais instalações de processamento da

ADM. Seus 1,5 mil funcionários nessa área serão transferidos para a Olam. "Esta proposta de

aquisição representa para a Olam tornar-se líder global integrado em um mercado com

perspectivas de crescimento atrativas", disse Sunny Verghese, CEO da companhia.

A presença dessas empresas demonstra a visível revitalização da produção cacaueira na

região, perceptível desde que foi possível controlar a vassoura de bruxa. Essas empresas,

que respondem por 90% do processamento de cacau no Brasil, querem aumentar a produção

de cacau da Bahia, fazendo-a passar de 140 mil toneladas (atualmente) para 200 mil

toneladas em 5 anos.

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6. AS VANTAGENS COMPETITIVAS DA BAHIA

a) Políticas de incentivo

O governo federal oferece diversos incentivos e benefícios para instalação industrial no Brasil.

No âmbito estadual, Bahia estabeleceu uma política fiscal competitiva posicionando o estado

mais atrativo para o investimento direto no Brasil, a exemplo de incentivos fiscais para a

indústria na compra de matéria prima. Além de sua política fiscal competitiva, a Bahia

também oferece programas de financiamento com taxas de juros atrativas e incentivos

econômicos interessantes, como a disponibilização de áreas para instalações industriais, a

preços subsidiados.

Os principais incentivos e benefícios estão representados abaixo:

- Áreas industriais equipadas, áreas para instalações industriais a preços subsidiados;

- Disponibilização de utilidades (água, eletricidade, gás e telecomunicações);

- Redução ou isenção do imposto estadual (ICMS);

- Redução de 75% no imposto de renda;

- Redução ou isenção de impostos municipais;

- Financiamentos com juros atrativos.

1. Políticas de incentivo estaduais

1. Programa de Desenvolvimento Industrial e de Integração Econômica - DESENVOLVE: Programa

que tem como finalidade estimular a instalação de novas indústrias e a expansão, reativação

ou modernização de empreendimentos industriais já instalados.

Setores beneficiados: agroindústria, metalurgia (ferro e cobre), geração de energia,

transformação plástica, química e petroquímica, bebidas, automotivo, confecções, equipamentos

para irrigação, móveis, medicamentos (vacinas) e alimentos.

2. Programa Crédito Presumido: Dispõe sobre a concessão de crédito presumido de ICMS

nas operações de saídas dos produtos montados ou fabricados no estado da Bahia.

Setores beneficiados: automotivo, calçados, móveis, preservativos, processamento e

conservação de peixes e crustáceos, artigos sanitários de cerâmica, fiação e tecelagem, pisos.

3. DesenBahia (Agência de Fomento do Estado da Bahia) : Instituição financeira, que tem por

objetivo promover o desenvolvimento econômico e social através da concessão de crédito.

Articula e promove políticas e ações de fomento para as empresas baianas, assegurando

recursos técnicos e financeiros para as organizações. Principais programas e linhas de

financiamento:

Credifácil - Linha criada para apoiar o crescimento e fortalecimento das micro e pequenas

empresas baianas através de financiamento de capital de giro e investimento fixo;

Credibahia - Aumentar a oferta de crédito para pequenos negócios, permitindo a manutenção e

a ampliação das alternativas de trabalho para a parcela da população baiana que tem maiores

dificuldades de acesso ao crédito em bancos e agentes financeiros.

2. Políticas de incentivo regionais

1. O Banco do nordeste do Brasil – BNB: maior banco de desenvolvimento regional da América

Latina e atua na promoção do desenvolvimento sustentável, como banco público competitivo e

rentável. Administra cerca de 20 fundos de investimento, entre os quais:

Fundo de Desenvolvimento do Nordeste – FDNE: tem por finalidade assegurar recursos para

a realização de investimentos em infraestrutura, serviços públicos e em empreendimentos

produtivos com grande capacidade de geração novos negócios e atividades produtivas.

Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste – FNE: tem como o objetivo de contribuir

para o desenvolvimento econômico, por meio da execução de programas de financiamento

aos setores produtivos principalmente, pequenos empreendimentos rurais, pequenas e

microempresas das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, área de atuação da SUDENE.

2. A superintendência do Desenvolvimento do nordeste – SUDENE: é uma autarquia especial,

administrativa e financeiramente autônoma, integrante do Sistema de Planejamento e de

Orçamento Federal. Estimula, por meio da administração de incentivos fiscais, os investimentos

privados, prioritários, as atividades produtivas e as iniciativas de desenvolvimento sub-regional

em sua área de atuação. Tem como principais incentivos:

Incentivos e Benefícios Fiscais: Redução de imposto sobre a renda e adicionais não restituíveis,

calculado com base no lucro da exploração. Destinam-se às pessoas jurídicas titulares de

projetos de implantação, modernização, ampliação ou diversificação de empreendimentos.

Distritos Industriais: A Bahia tem 16 distritos industriais com infraestrutura básica (energia,

logística, matéria prima e mão de obra qualificada), para implantação de cadeias produtivas e

localização estratégica que possibilite a interatividade com outras empresas que executam

atividades complementares ou de suporte. Áreas localizadas em centros ou distritos industriais

possuem algumas vantagens em relação ao licenciamento ambiental, visto que estes locais

foram planejados para atender a questões ambientais desde a sua concepção.

b) Infraestrutura logística de qualidade

Energia

O sistema de fornecimento energético brasileiro funciona de forma integrada e tem como principais fontes: hidráulica, 66%, seguida das usinas termelétricas, com cerca de 27% do total. A Bahia tem como singularidade a instalação de estruturas para geração de energia eólica contando com cerca de 34 projetos em fase de implantação.

Aeroportos

A Bahia possui mais de 80 aeródromos. Entre eles,

dois aeroportos acolhem voos internacionais

(Salvador, Porto Seguro) e outros sete oferecem

rotas comerciais regulares no interior do estado:

Ilhéus, Vitória da Conquista, Teixeira de Freitas,

Feira de Santana, Valença, Lençóis e Barreiras.

Ferrovias

A rede ferroviária da Bahia exerce papel estratégico por interligar a Região Nordeste com as regiões Sudeste e, futuramente, Centro-Oeste. O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o Programa de Investimentos em logística (PIL) preveem os seguintes investimentos:

• Ferrovia de Integração Oeste-Leste-FIOL; • Construção do Porto Sul, na região de Ilhéus; • Nova ligação ferroviária Salvador-Belo Horizonte; • Nova ligação ferroviária Parnamirim – Petrolina– Feria de Santana; • Ampliação das rodovias BR-101 e BR-116; • Readequação da Hidrovia do Rio São Francisco.

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Portos

A Bahia possui o maior litoral do Brasil, abrigando condições ideais

para a atividade portuária. Ao longo da costa baiana estão instalados

três portos públicos, Porto de Salvador, Porto de Aratu e Porto de

Ilhéus, e vários Terminais de Uso Privado (TUP), dentre os quais se

destacam: Temadre (Petrobras), Terminal Portuário de Cotegipe,

Terminal Marítimo Gerdau-Usiba, Terminal da Dow Brasil Nordeste,

Terminal da Ford, TUP Fibria e TUP Belmonte. Esse complexo

portuário movimenta cerca de 30 milhões de toneladas anualmente,

sendo o 7º mais importante do Brasil. Previsão de investimentos novo

terminal de contêineres em Salvador, novos terminais de granéis

líquidos e novas áreas de armazenagem em Aratu ; construção do

Porto Sul, em Ilhéus.

c) Mão de obra qualificada e P&D ativa

1. Qualidade da educação

O estado possui 116 universidades e faculdades, e uma estrutura importante de centros de formação profissional para atender às demandas da indústria, nas diversas regiões do estado. O arcabouço do ensino baiano está em ascensão, com a previsão de implantação de mais duas

universidades federais e nove Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFET).

A educação na Bahia em cifras:

• 8 universidades (6 públicas e 2 privadas) • 103 faculdades privadas • 2 Institutos Federais de Tecnologia • 134 Mestrados e 54 Doutorados • Expansão do sistema de Universidades Federais e Institutos Tecnológicos • 2 novas universidades • Novos campi das universidades existentes • Criação da Universidade Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB),

em São Francisco do Conde

• 9 novas faculdades federais de tecnologia • CIMATEC – Campus tecnológico de última geração

2. Centros de pesquisa dedicados

IFBA

O Instituto Federal da Bahia possui um Departamento de Pesquisa e uma Coordenação de

Iniciação Científica e Tecnológica. O IFBA conta com uma rede de 26 unidades espalhadas

pela Bahia para dar suporte às demandas de formação profissional e de pesquisas para a

indústria.

Parque Tecnológico

O Parque Tecnológico atua nas áreas de engenharia, energia, TI, biotecnologia, saúde e

comunicação. Formado pela união do setor empresarial, governo da Bahia e comunidade

acadêmica, o Parque Tecnológico tem a finalidade de desenvolver produtos e processos que

tenham impactos regionais positivos e relevantes, com geração de conhecimento principalmente

nas áreas de energia, TI e biotecnologia.

Foco no SENAI CIMATEC

O CIMATEC, Campus Integrado de

Manufatura e Tecnologia, é um centro

integrado juntando escola técnica,

universidade tecnológica e centro de

pesquisa, sobre um campus de 51.755,85 m2.

Objetivo: atender à demanda da indústria

através das ações de educação para o

trabalho, serviços técnicos e tecnológicos e

pesquisa aplicada.

O campus oferece cursos técnicos, cursos de graduação e pós-graduação, tanto quanto diploma de

Mestrado e Doutorado, nos seguintes setores: Automação, Mecânica, Soldagem, Logística, Polímeros e

materiais plásticos, Energia, Robótica, Software e Microelectrónica.

O CIMATEC é experto em suportar o processo de produção da indústria, mediante a promoção da pesquisa

aplicada, com ênfase nas tecnologias de ponta. O centro de pesquisa desenvolve projetos, incluindo

projetos EMBRAPII, ao longo da cadeia de produção, como foco na automação e na soldagem, com o

objetivo de otimizar o processo industrial, atendendo setores como Petróleo e Gás, Metalurgia, Automotivo,

Borracha e Plásticos, Eletrônica, Têxtil e Calçados, Alimentos e Bebidas, ente outros.

No CIMATEC, cabe ressaltar a presença do Yemanja,

2ndo maior supercomputador de América Latina, e

do Instituto Brasileiro de Robótica, responsável

pelo desenvolvimento do Flatfish, um veiculo submarino

de inspeção de ultima geração.

Por fim, o iBatec - incubadora de empresas de base

tecnológica vinculado ao SENAI - presta suporte e

formação para profissionais para formação de startups

com foco nos processos industriais.

REDE CIN

Coordenada nacionalmente pela Confederação Nacional

da Indústria (CNI), a Rede Brasileira dos Centros

Internacionais de Negócios (Rede CIN) apoia investidores

estrangeiros de diversas formas, com:

• Disponibilização de informações gerais sobre o Brasil e a Indústria Brasileira • Disponibilização de informações sobre procedimentos administrativos para se instalar

no Brasil

• Suporte na obtenção de licenças e documentos necessários • Facilitação de contato para definição de incentivos • Disponibilização de contato de parceiros (fornecedores, prestadores de serviço,

potenciais sócios)

• Suporte na seleção de fornecedores

CONTATO

CNI - Confederação Nacional da Indústria SBN - Quadra 01 - Bloco C - Ed. Roberto Simonsen Brasília - DF - CEP 70040-903 +55 (61) 3317-9000

http://www.portaldaindustria.com.br/cni/canais/brazil-4-business/

[email protected]

CIN-Bahia - Centro Internacional de Negócios do Estado da Bahia Rua Edístio Pondé, 342 Salvador - BA – CEP 41770-395 +55 (71) 3343-1327

http://www.portaldaindustria.com.br/cni/canais/brazil-4-business/pt-ba/

[email protected]