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    Recomendaes aosServios-Escola de Psicologia

    do Estado de So PauloCompromisso tico para a Formao de Psiclogos

    ACOMPANHA CD COM LEGISLAO SOBRE O ASSUNTO

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    Recomendaes aos Servios-Escola de Psicologia do Estado de So Paulo

    DiretoriaPresidente | Marilene Proena Rebello de SouzaVice-presidente | Maria Ermnia CilibertiSecretria | Andria De Conto GarbinTesoureira | Carla Biancha Angelucci

    Conselheiros eetivosAndria De Conto Garbin, Carla Biancha Angelucci, Elda Varanda Dunley Guedes Machado, JosRoberto Heloani, Lcia Fonseca de Toledo, Maria Auxiliadora de Almeida Cunha Arantes, MariaCristina Barros Maciel Pellini, Maria de Ftima Nassi, Maria Ermnia Ciliberti, Maria Izabel do Nas-cimento Marques, Maringela Aoki, Marilene Proena Rebello de Souza, Patrcia Garcia de Souza,Sandra Elena Sposito e Vera Lcia Fasanella Pomplio.

    Conselheiros suplentesAdriana Eiko Matsumoto, Beatriz Belluzzo Brando Cunha, Carmem Silvia Rotondano Taverna,Fabio Silvestre da Silva, Fernanda Bastos Lavarello, Leandro Gabarra, Leonardo Lopes da Silva,

    Lilihan Martins da Silva, Luciana Mattos, Luiz Tadeu Pessutto, Lumena Celi Teixeira, Maria de LimaSalum e Morais, Oliver Zancul Prado, Silvia Maria do Nascimento e Sueli Ferreira Schiavo.

    Gerente geralDigenes Pepe

    Grupo de Trabalho Servio-Escola GT Servio-EscolaCoordenao: Carmem Silvia Rotondano TavernaAna Cristina Gomes Teixeira ArzabeEliana ViannaIrani Tomiatto de OliveiraMarlia Ancona-Lopez

    Magali Rodrigues SerranoMarlene Oliveira CamposZuleika Ftima Vitoriano OlivanComisso de Orientao e Fiscalizao:Conselheiros e assistentes tcnicos

    Reviso fnalWaltair Marto

    Projeto Grfco e EditoraoFonte Design | www.ontedesign.com.br

    maro de 2010

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    Sumrio

    5 Apresentao

    7 Concepo e objetivos dos Servios-Escola

    7 Consideraes sobre a Lei de Estgio

    10 Organizao e uncionamento dos estgios obrigatrios

    12 Estrutura Tcnica

    13 Inormativo aos usurios

    13 Inormativo aos estagirios

    13 A obrigatoriedade do registro documental decorrente daprestao de servios psicolgicos nos Servios-Escola

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    ApresentaoDesde a criao da prosso de psiclogo, Lei n. 4119, de 27 de agosto de

    1962, os cursos de Psicologia, cumprindo exigncias legais, instalam Servios-Escola, que se caracterizam como ambientes apropriados para a ormao pro-

    ssional e para a consolidao das competncias propostas pelas Diretrizes Cur-riculares Nacionais para os Cursos de Psicologia.

    Documentos elaborados, de acordo com as leis reguladoras do Ministrioda Educao, a partir dos anos 80, oerecem subsdios para a discusso do un-cionamento desses servios, especialmente aqueles oerecidos pelas clnicas-escola, nos aspectos tico, tcnico e administrativo. Eles orientam a elaboraodos regimentos internos dos Servios-Escola que devem, entre outros, xar seusobjetivos e normas de uncionamento.

    Nesses documentos, o CRP SP, atento qualidade dos estgios e ormaoprossional, oerece sugestes quanto estrutura do local, segurana sica, di-menso das salas de atendimento, iluminao, sistema de ventilao e higiene,dentre outros. No que se reere aos aspectos acadmicos, estabelece parme-tros que visam garantir a qualicao do supervisor, condies da superviso deestgio e condies para a avaliao dos estagirios.

    As mudanas legislativas ocorridas nos ltimos anos colocam ao CRP SP oimperativo de atualizar as recomendaes aos Servios-Escola, undamentadasno Cdigo de tica Prossional do Psiclogo (2005), nas Diretrizes CurricularesNacionais para os Cursos de Psicologia1, na lei que regulamenta as atividades deestgio2, e, considerando a incluso da Psicologia na rea da Sade3, nas regu-lamentaes do Centro de Vigilncia Sanitria do Estado de So Paulo CVS-SP4e na Carta dos Direitos dos Usurios da Sade5.

    1 Aprovadas pela Cmara de Ensino Superior do Conselho Nacional de Educao no Parecer0102/2004, 11 de maro de 2004, homologadas em 8 de abril de 2004 e publicadas no DirioOcial da Unio.

    2 Brasil. Ministrio da Educao. Lei 11.788/2008.3 Resoluo n 218, de SP de maro de 1997, do Conselho Nacional de Sade que concebeu a

    sade como direito de todos e dever do Estado e ampliou a compreenso da relao sade/doena como decorrncia das condies de vida e trabalho, bem como do acesso igualitriode todos aos servios de promoo, proteo e recuperao da sade, colocando como umadas questes undamentais a integralidade da ateno sade e a participao social, ereconhece o psiclogo como prossional de Sade.

    4 Cdigo Sanitrio do Estado de So Paulo - Lei 10.083 de 23/09/98 e Portaria CVS 01/2007.5 Portaria MS-GM n 1820/2009 (Direitos e deveres dos usurios da sade) e Lei Estadual n

    10.241/1999 (Direitos dos Usurios dos Servios de Sade).

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    As discusses sobre as recomendaes do CRP SP a serem eitas aos Servios-Escola iniciaram-se em 2007. Para a sua elaborao, a Comisso de Orientaoe Fiscalizao do CRP SP ormou, em outubro de 2008, um Grupo de Trabalhocomposto por psiclogos da Comisso e representantes da Associao Brasileirade Ensino de Psicologia Abep, ncleo So Paulo, e Diretoria Nacional, que convi-

    daram psiclogos coordenadores de cursos de Psicologia e responsveis tcnicosde Servios-Escola e uma psicloga de notrio saber na rea.

    O resultado do trabalho deste grupo apresentado neste texto que aborda:Concepo e objetivos dos Servios-Escola; Estgio e superviso; Condies paraa superviso dos estgios dos Servios-Escola; Condies para o psiclogo sersupervisor; Estrutura tcnica; Clientela; Qualicao de documentos escritos relatrios e pronturios.

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    Concepo e Objetivos dos Servios-EscolaOs Servios-Escola caracterizam-se como espaos apropriados que aliam a

    ormao prossional e a consolidao das competncias propostas pelas Diretri-zes Curriculares prestao de servios comunidade. Os objetivos dos Servios-

    Escola so oerecer condies sicas, materiais, administrativas e pedaggicaspara a realizao dos estgios obrigatrios do curso de Psicologia, prestar ser-vios comunidade e propiciar pesquisas nos diversos campos de atuao dopsiclogo.

    Cabe aos Servios-Escola elaborar documento sob a orma de regimento in-terno, normas ou regulamento que explicite detalhadamente a sua concepo,objetivos e uncionamento. O documento s cumprir a sua uno se or cons-tantemente atualizado e do conhecimento geral de proessores, supervisores ealunos estagirios.

    O documento dever atender a todas as exigncias legais, a saber:a) Lei 6839/80 (cadastro no CRP SP);b) Resoluo 218/97 (Conselho Nacional de Sade);c) Lei 10083/98 (Cdigo Sanitrio do Estado de So Paulo);d) Lei Estadual n. 10.241/1999 (Direitos dos Usurios dos Servios de Sade);e) Resoluo CFP 10/2000;) Diretrizes Curriculares Resoluo CNE/CES N. 8/2004;g) Resoluo CFP 010/2005 (Cdigo de tica Prossional do Psiclogo);

    h) Portaria MS-GM n. 1820/2009 (Direitos e Deveres dos Usurios da Sade);i) Portaria CVS 01/2007;j) Lei 11788/08 (Lei do Estgio);k) Resoluo CFP n. 001/2009;l) Resoluo CFP n. 007/2003.

    Consideraes sobre a Lei de Estgio

    A Lei n. 11.788/2008 regulamenta as atividades de estgio realizadas por es-tudantes de todos os nveis de ormao.O presente texto, entre outros, tece comentrios sobre a importncia desse

    dispositivo e analisa as implicaes decorrentes, no que concerne aos cursos degraduao em Psicologia.

    O Art. 1. da Lei 11.788/2008 assim dene o estgio: Estgio o ato educativoescolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa prepa-

    rao para o trabalho produtivo de educandos que estejam requentando o ensino

    regular em instituies de educao superior, de educao profssional de ensino

    mdio, da educao especial e dos anos fnais de ensino undamental, na modali-

    dade profssional da educao de jovens e adultos.

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    A Lei aponta para o papel que a agncia educativa dever desempenhar noconjunto das atividades e no seu gerenciamento, seja nos estgios de carterobrigatrio, denido como tal no projeto de curso, ou nos estgios de carter noobrigatrio.

    Os estgios de carter obrigatrio nos cursos de ormao de psiclogos po-

    dem ser realizados internamente, dentro das dependncias da agncia ormado-ra, ou externamente, em dierentes contextos: hospitais, clnicas, escolas, empre-sas, mediante celebrao de um termo de compromisso entre educando, parteconcedente do estgio e instituio de ensino.

    O estgio no obrigatrio, opcional, ser vlido como complementar orma-o, desde que cumpra os mesmos requisitos dispostos no Art. 3. A ao deproessores, orientadores e supervisores dever ser prevista em qualquer das mo-dalidades de estgio.

    importante apontar o descrito no pargrao 1, do Art. 3 da Lei 11.788/2008:O estgio como ato educativo escolar dever ter acompanhamento eetivo pelo

    proessor orientador da instituio de ensino, e por supervisor da parte conceden-

    te, comprovado por vistos nos relatrios reeridos no inciso IV do caput do art. 7

    desta Lei e por meno de aprovao fnal.

    A nova Lei presume um envolvimento maior de ambas as instituies, tantonos estgios obrigatrios quanto nos no obrigatrios. A Lei inova ao prever oacompanhamento pelo proessor orientador da instituio de ensino, comprova-

    do por vistos nos relatrios de estgio. Na perspectiva de garantir ao estudante oexerccio eetivo de atividades compatveis com sua rea de ormao na situaode estgio, entendemos que esta exigncia um dos pilares da Lei, a saber, a par-ticipao direta e eetiva da ao educativa na avaliao da atividade laboral quecaracteriza o estgio. As expresses treinamento em servio ou aprender a-zendo esto implcitas no texto da Lei, indicando que a experincia prossionalproporcionada pelo estgio ser tanto mais enriquecedora quanto mais envolvidapor uma ao educativa.

    Frequentemente registram-se reclamaes e denncias reerentes a jovens

    estagirios que so equivocadamente submetidos a tareas totalmente desvincu-ladas da atividade prossional em questo. A ao da instituio escolar junto sorganizaes concedentes um dispositivo importante para que a interao entreelas resulte na melhor qualidade do estgio.

    Eventuais ajustes podero ser necessrios ao cumprimento da Lei, principal-mente no que concerne relao entre orientadores e supervisores da agnciaormadora e da parte concedente. Recomendamos que seja garantida a comuni-cao entre ambos, antes mesmo do incio do estgio. O importante que o curso

    e a parte concedente garantam que haja aderncia dos orientadores e superviso-res rea do estgio. Este espao dever ser preenchido mediante negociaoentre as partes, visando qualidade do estgio.

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    A esse respeito, destacamos:

    Art. 7 - So obrigaes das instituies de ensino, em relao aos estgios de

    seus educandos

    (...)

    III indicar proessor orientador, da rea a ser desenvolvida no estgio, como

    responsvel pelo acompanhamento e avaliao das atividades do estagirio.

    Art. 9 - As pessoas jurdicas de direito privado e os rgos da administrao

    direta, autrquica e undacional de qualquer dos Poderes da Unio, dos Estados,

    do Distrito Federal e dos Municpios, bem como profssionais liberais de nvel

    superior devidamente registrados em seus respectivos conselhos de fscalizao

    profssional podem oerecer estgio, observadas as seguintes obrigaes:

    (...)

    III indicar uncionrios de seu quadro de pessoal, com ormao ou experinciaprofssional na rea de conhecimento desenvolvida no curso do estagirio, para

    orientar e supervisionar at 10 (dez) estagirios simultaneamente.

    A insero em equipes multiprossionais e interdisciplinares possibilita aosestudantes diversas experincias em orientao e superviso. No campo da sa-de, os estudantes podero azer parte de equipes coordenadas em rodzio pororientadores e supervisores de dierentes prosses, desde que pertenam

    mesma rea de conhecimento, o que requentemente ocorre em Sade Mental.No campo da Educao, usual existirem equipes supervisionadas por tcnicosde reas ans que compartilham preocupaes ormativas comuns. Do mesmomodo, podem ocorrer orientaes e supervises em equipes nos campos das or-ganizaes e trabalho, esporte, assistncia social e judicirio, entre outros.

    Recomendamos ortemente que o orientador da instituio de ensino seja psi-clogo com inscrio ativa no CRP de sua regio.

    importante lembrar que as diretrizes curriculares propem:

    Art. 5 - A ormao em Psicologia exige que a proposta do curso articule os

    conhecimentos, habilidades e competncias em torno dos seguintes eixos

    estruturantes:

    (...)

    e) Interaces com campos afns do conhecimento para demarcar a natureza e

    a especifcidade do enmeno psicolgico e perceb-lo em sua interao com

    enmenos biolgicos, humanos e sociais, assegurando uma compreenso

    integral e contextualizada dos enmenos e processos psicolgicos;

    ) Prticas profssionais voltadas para assegurar um ncleo bsico de com-petncias que permitam a atuao profssional e a insero do graduado em

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    dierentes contextos institucionais e sociais, de orma articulada com profs-

    sionais de reas afns.

    A Lei n. 11.788/2008 cumpre papel scalizador das relaes entre institui-es de ensino, estudantes e concedentes de estgios, entendendo-as como

    parte do processo ormativo. O curso que celebrar convnios, portanto, precisarestar atento s condies de oerta do estgio, e alerta no sentido de evitar o des-virtuamento da noo de treinamento.

    A construo de dilogo eticamente orientado contribuir para aparar eventuaisarestas de parte a parte. Esperamos que as instituies de ensino e as partes conce-dentes consigam construir acordos e entabular negociaes no sentido de viabilizara oerta de estgios para graduandos, dentro de um projeto maior de ormao derecursos humanos. Neste aspecto destacamos os Princpios Fundamentais I, II e VI

    do Cdigo de tica Prossional do Psiclogo:

    I. O psiclogo basear o seu trabalho no respeito e na promoo da liberdade, da

    dignidade, da igualdade e da integridade do ser humano, apoiado nos valores

    que embasam a Declarao Universal dos Direitos Humanos.

    II. O psiclogo trabalhar visando promover a sade e a qualidade de vida das

    pessoas e das coletividades e contribuir para a eliminao de quaisquer ormas

    de negligncia, discriminao, explorao, violncia, crueldade e opresso.

    (...)VI. O psiclogo zelar para que o exerccio profssional seja eetuado com digni-

    dade, rejeitando situaes em que a Psicologia esteja sendo aviltada.

    O estudante busca experincia, a parte concedente do estgio deseja e preci-sa receb-lo para dar continuidade ormao de recursos humanos e as institui-es de ensino necessitam dos espaos para o treinamento de seus alunos.

    A educao um dos pilares para o desenvolvimento do Pas. Por isso, espera-se que os esoros de todos os envolvidos caminhem na direo da crescente

    qualicao da ormao dos psiclogos.

    Organizao e uncionamento dos estgiosobrigatrios

    A organizao e o uncionamento dos estgios obrigatrios devem ser compa-tveis com o projeto pedaggico institucional e o projeto pedaggico do curso. Osservios prestados devero atender s demandas dos contextos e cenrios nos

    quais o Servio-Escola est inserido.

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    Dever-se- cuidar para que os programas de estgio objetivem primordialmenteo desenvolvimento do aluno, aprimorando suas condies prossionais e sua auto-nomia e conscientizando-o da necessidade de ormao continuada.

    A interao do estagirio com o cliente e com a instituio na qual o estgiose realiza dever pautar-se pelo Cdigo de tica Prossional do Psiclogo. Os alu-

    nos estagirios devem submeter todas as aes que executam apreciao dossupervisores de seu curso, sendo estes os responsveis por elas, como expressao art. 17 do Cdigo de tica Prossional do Psiclogo:

    Art. 17 Caber aos psiclogos docentes ou supervisores esclarecer, inormar,

    orientar e exigir dos estudantes a observncia dos princpios e normas contidas

    neste Cdigo.

    O projeto pedaggico do curso dever garantir tempo suciente para su-perviso de todos os estagirios. Recomenda-se que, nas supervises grupais,cada grupo tenha no mximo 10 (dez) alunos estagirios para um mnimo de 04(quatro) horas/aula de superviso semanal. No caso de superviso individual,recomenda-se o tempo mnimo de hora/aula. A superviso dever ocorrer nasdependncias do Servio-Escola, do curso ou eventualmente do local de estgio,desde que em condies ticas adequadas.

    Recomendamos que o supervisor do estgio obrigatrio seja psiclogo com

    inscrio ativa no CRP SP e membro do corpo docente do curso. Enatizamos tam-bm que o supervisor tenha experincia prtica comprovada na rea que super-visionar. Observamos que o termo supervisor equivale ao termo orientadorcitado na legislao sobre estgio.

    desejvel que o supervisor esteja engajado em atividades de pesquisacientca, com trabalhos submetidos comunidade, levando relatos, anlises,refexes e pesquisas sobre sua experincia a congressos, encontros cientcos,semanas de estudo, publicaes tcnico-cientcas.

    O Servio-Escola oerecido nas dependncias da instituio de ensino supe-

    rior dever ter um responsvel tcnico, psiclogo, que responda junto ao CRP SP e prpria instituio de ensino sobre o trabalho desenvolvido.

    Consoante com as determinaes do CVS-SP Centro de Vigilncia Sanitriado Estado de So Paulo recomendamos a presena do Responsvel Tcnico RThabilitado junto ao Conselho Regional de Psicologia durante todo o perodo deuncionamento do servio. Poder ser indicado mais de um RT no Termo de Res-ponsabilidade Tcnica.

    Os atendimentos devem ser realizados em ambientes dignos e apropriados ao

    servio prestado. A estrutura sica e administrativa deve garantir:

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    a) Sigilo nas dependncias do Servio-Escola;b) Secretaria em local independente daquele em que so realizados os aten-

    dimentos;c) Recepo;d) Salas de atendimento com dimenses adequadas ao servio prestado;

    e) Adequao da ventilao, iluminao, estmulos visuais;) Sala para os estagirios visando leitura de pronturio, discusso de casos

    entre os alunos, elaborao de relatrio;g) Condies que garantam a segurana dos usurios;h) Manuteno constante da limpeza e das instalaes.A undamentao legal para o uncionamento dos servios de psicologia est

    no Cdigo Sanitrio do Estado de So Paulo Lei n. 10.083, de 23 de setembrode 1998, e na Portaria CVS n. 01, de 22 de janeiro de 2007, que dispe sobre o

    Sistema Estadual de Vigilncia Sanitria Sevisa, dene o Cadastro Estadual deVigilncia Sanitria Cevs e os procedimentos administrativos a serem adotadospelas equipes estaduais e municipais de Vigilncia Sanitria no Estado de SoPaulo.

    Por meio da presente Portaria, os estabelecimentos com o cdigo CNAE 8650-0/03 (atividades de psicologia, consultrios de modo geral), com a descrio scalde atividades de psicologia, necessitam de licena de uncionamento perante o Cen-tro de Vigilncia Sanitria do Estado de So Paulo CVS-SP local.

    Estrutura tcnicaA estrutura tcnica composta por coordenao geral, reas e/ou departa-

    mentos, prossionais qualicados, e estagirios devidamente identicados.

    Inormativo aos usuriosO Servio-Escola dever empenhar-se na elaborao de documento aos usu-

    rios do servio, contendo inormaes pertinentes aos servios prestados. Estedocumento, assim como o Cdigo de tica Prossional do Psiclogo, dever carem local de cil acesso, atendendo Resoluo CFP n. 10/2000 e Portaria GM-MS n. 1820/2009, que dispem sobre direitos e deveres dos usurios da Sade.

    importante que os usurios sejam inormados dos servios prestados, como:modalidades de atendimento, nome(s) do Responsvel(is) Tcnico(s), custos, sehouver, horrios de atendimento e normas internas.

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    Inormativo aos estagiriosAntes de iniciar suas atividades no Servio-Escola, o estagirio dever receber

    por meio de um manual ou olheto, as principais inormaes sobre o Servio,sobre as atividades que ir desenvolver e sobre seus direitos e obrigaes. Reco-

    menda-se que o estagirio assine um termo de responsabilidade e de cincia dasinormaes nele contidas.Esse documento dever conter inormaes sobre: Objetivos dos estgios, tanto no que diz respeito formao prossional,

    quanto integrao com a comunidade; Insero dos estgios no projeto pedaggico do curso;

    Modalidades e locais de estgio;

    Condies e caractersticas da superviso e orientao de estgios;

    Critrios de avaliao do desempenho do estagirio;

    Direitos e obrigaes do estagirio e normas de conduta, do ponto de vista

    tcnico e tico; Documentao necessria para a realizao do estgio, registro de horas e

    de atividades; Legislao e regulamentos que regem suas atividades: Lei n. 11.788/08

    (Lei do Estgio), Regulamento de Estgio da IES e/ou do Curso e Cdigo detica Prossional do Psiclogo;

    Obrigatoriedade de registro documental dos servios prestados e formas de

    registro documental e acadmico; Funes da equipe tcnica e administrativa do Servio-Escola (coordena-

    dor, supervisores, uncionrios e outros).

    A obrigatoriedade do registro documental decorrenteda prestao de servios psicolgicos nos Servios-Escola

    O Conselho Federal de Psicologia tornou obrigatrio, por meio da Resoluo n.1, de 30 de maro de 2009, o registro documental decorrente da prestao de servi-os psicolgicos, quando (...) no puder ser mantido prioritariamente sob a ormade pronturio psicolgico, por razes, que envolvam a restrio do compartilhamen-

    to de inormaes com o usurio e/ou benefcirio do servio prestado(art.1).Especica ainda, no artigo 1, pargraos 1. e 2., que:

    1. O registro documental em papel ou inormatizado tem carter sigiloso e

    constitui-se de um conjunto de inormaes que tem por objetivo contemplar

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    de orma sucinta o trabalho prestado, a descrio e a evoluo do caso e os

    procedimentos tcnico-cientfcos adotados.

    2. Deve ser mantido permanentemente atualizado e organizado pelo psiclogo

    que acompanha o procedimento.

    Dever ser organizada uma pasta para cada usurio do Servio-Escola. A pastaconter os seguintes registros: pronturio do usurio e documentos resultantesdo atendimento de uso exclusivo do estagirio e do supervisor.

    Constar do pronturio do usurio (art. 2):

    I - identifcao do usurio/instituio;

    II - avaliao de demanda;

    III - registro da evoluo dos atendimentos, de modo a permitir o conhecimento

    do caso e seu acompanhamento, bem como os procedimentos tcnico-cientfcosadotados;

    IV - registro de Encaminhamento ou Encerramento;

    V - cpia de outros documentos produzidos pelo psiclogo para o usurio/

    instituio do servio de psicologia prestado, que dever ser arquivada, alm

    do registro da data de emisso, fnalidade e destinatrio.

    O pronturio de acesso irrestrito ao paciente/usurio do servio de sade

    ou a um terceiro por ele autorizado. Essa garantia lhe dada pela Portaria doMinistrio da Sade que estabelece Deveres e Direitos dos Usurios dos Serviosde Sade (Ministrio da Sade/SUS Portaria GM-MS n. 1820/09). A instituioornecer o contedo do pronturio ao usurio, caso ele solicite. No servio psico-lgico de qualquer natureza (governamental, particular, convnio, Servio-Escola)este direito assegurado a qualquer pessoa.

    No aro parte do pronturio os documentos resultantes da aplicao de ins-trumentos de avaliao psicolgica (art.2. VI). Estes devero ser arquivados empasta de acesso exclusivo do estagirio e do psiclogo supervisor.

    Nos Servios-Escola, alm dos documentos resultantes da aplicao de ins-trumentos de avaliao psicolgica, os relatrios de superviso, observaes einstrues dos supervisores e registros administrativos sero arquivados na pas-ta de registro documental, por se tratar de contedo acadmico, exclusivamentecompartilhado entre supervisor e estagirio. Entretanto, nesta pasta dever cons-tar tambm o pronturio da pessoa atendida.

    Observamos que, na circulao de inormaes contidas nos documentos, oscuidados com o sigilo prossional devem ser redobrados, dado o uso crescente

    das novas tecnologias eletrnicas.

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    importante, ainda, distinguir o registro documental de outros registros ou ano-taes pessoais do psiclogo. Esses registros ou anotaes so produo de carterno obrigatrio, pertencem ao estagirio ou ao psiclogo. No h regulamentaoque dena ormas ou regularidade destas anotaes, sua acessibilidade denidapelo psiclogo, implicando tambm a estas anotaes o sigilo prossional.

    Entre outras consideraes, a Resoluo levou em conta que o registro docu-mental um documento valioso para o psiclogo, para quem recebe atendimentoe para as instituies envolvidas. Ser tambm instrumento til produo e aoacmulo de conhecimento cientco, pesquisa, ao ensino, e poder ser utilizadocomo meio de prova idnea para instruir processos disciplinares e deesa legal.

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