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Revolução Técnico-Cientifica Alberto Felipe Friedrichs Barros

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Revolução Técnico-CientificaAlberto Felipe Friedrichs Barros

No início do século XVII, a humanidade dependia da força braçal e de

instrumentos artesanais para desenvolver o trabalho e o seu sistema de

produção. Não havia equipamentos ou máquinas que substituíssem o trabalho

braçal humano ou animal.

O meio natural corresponde ao período em que o emprego das técnicas

esteve diretamente vinculado à dependência sobre a natureza, da qual o

homem fazia uso sem propiciar grandiosas transformações. Assim, as ações

de interferência sobre o meio eram, sobretudo, locais, e a participação das

atividades antrópicas, bem como as suas transformações, era limitada pela

harmonização e preservação da própria natureza.

Tofler classifica este período como onda agrícola onde a principal riqueza era

a terra, através da acumulação e controle da terra se dividia a sociedade

desta época. A sociedade era agrária tendo uma economia de subsistência e

produção artesanal, com uso da força física e destreza manual com base no

artesanato.

Caberia a ciência produzir um conhecimento sólido para que o homem se

tornasse mestre e senhor da natureza, a atividade científica deveria estar

voltada para desvendar e conhecer as leis que dominavam as forças da

natureza e, uma vez compreendidas e conhecidas, criar os mecanismos

práticos para dominá-la e submete-la à vontade do homem.

Este conhecimento, portanto, não deveria permanecer apenas no nível

teórico, deveria ser utilizado para produzir a técnica, o conhecimento prático,

aplicado, para ser utilizado para dominar e explorar o enorme potencial de

riquezas disponíveis na natureza, para usufruto da humanidade.

O meio técnico representa a emergência do espaço mecanizado, com a

introdução de objetos e sistemas que provocaram a inserção das tecnologias

no meio produtivo. Podemos citar como exemplo mais determinante a I

Revolução Industrial que trouxe profundas transformações na sociedade.

Assim, nesse período, ocorreu uma crescente forma de substituição ou de

sobreposição dos objetos técnicos sobre os objetos culturais e naturais.

Nesse momento, a Divisão Trabalho intensificou-se, bem como a

dependência das atividades humanas sobre o uso de maquinários e

instrumentos.

A Revolução industrial tem duas etapas, a primeira etapa tem como

principais características a mecanização da indústria e da agricultura com o

aparecimento da máquina de fiar e do tear mecânico; aplicação da força

motriz a indústria, com a máquina a vapor; desenvolvimento do sistema

fabril, com a substituição do artesão pelos operários.

Já a segunda etapa tem a substituição do ferro pelo aço, do vapor pela

eletricidade, do carvão pelo petróleo, introdução da especialização do

trabalhador e da máquina automática; uma nova transformação nos meios

de transportes com a invenção do avião.

As máquinas foram inventadas, com o propósito de poupar o tempo do trabalho

humano. Uma delas era a máquina a vapor que foi construída na Inglaterra

durante o século XVIII. Graças a essas máquinas, a produção de mercadorias

ficou maior e os lucros também cresceram. Vários empresários; então,

começaram a investir nas indústrias.

Com tanto avanço, as fábricas começaram a se espalhar pela Inglaterra

trazendo várias mudanças. Esse período é chamado pelos historiadores de

Revolução Industrial e ela começou na Inglaterra.

Os ingleses davam muita importância ao comércio. Quando se existe comércio,

existe concorrência e para acabar com ela, era preciso baixar os preços. Logo,

a burguesia inglesa começou a aperfeiçoar suas máquinas e a investir nas

indústrias. Vários camponeses foram trabalhar nas fábricas e formaram uma

nova classe social: o proletariado.

O desenvolvimento industrial arruinou os artesãos, pois os produtos eram

confeccionados com mais rapidez nas fábricas. A valorização da ciência, a

liberdade individual e a crença no progresso incentivaram o homem a inventar

máquinas. O governo inglês dava muita importância à educação e aos estudos

científicos e isso também favoreceu as descobertas tecnológicas.

A Revolução Industrial trouxe riqueza para os burgueses; porém, os

trabalhadores viviam na miséria. Muitas mulheres e crianças faziam o trabalho

pesado e ganhavam muito pouco, a jornada de trabalho variava de 14 a 16

horas diárias para as mulheres, e de 10 a 12 horas por dia para as crianças.

Enquanto os burgueses se reuniam em grandes festas para comemorar os

lucros, os trabalhadores chegavam à conclusão que teriam que começar a lutar

pelos seus direitos.

A revolução Industrial mudou a vida da humanidade. A vida nas cidades se

tornou mais importante que a vida no campo e isso trouxe muitas

consequências: nas cidades os habitantes e trabalhadores moravam em

condições precárias e conviviam diariamente com a falta de higiene, isso sem

contar com o constante medo do desemprego e da miséria.

Por um outro lado, a Revolução Industrial estimulou os pesquisadores,

engenheiros e inventores a aperfeiçoar a indústria. Isso fez com que surgisse

novas tecnologias: locomotivas a vapor, barcos a vapor, telégrafo e a fotografia.

O meio técnico-científico-informacional representa, então, a atual etapa na

qual se encontra o sistema capitalista de produção e transformação do

espaço geográfico, estando relacionado, sobretudo, à Terceira Revolução

Industrial, que, não por acaso, passou a ser reconhecida como Revolução

Científica Informacional.

Houve uma grande mudança nos meios de comunicação aonde a informação é

rapidamente transmitida para o mundo, grandes avanços no meio de transporte

com aviões cruzando o globo terrestre em poucas horas, a internet, a

computação, os celulares, a mídia em geral transformou o mundo em uma

grande aldeia global.

Nesse momento ocorreu uma união entre técnica e ciência, guiadas pelo

funcionamento do mercado, que, graças aos avanços tecnológicos,

expande-se e consolida o processo de Globalização.

A passagem da ciência à técnica pode ser marcada a partir de três

momentos distintos: o primeiro teve por protótipo a máquina a vapor; o

segundo, o motor a explosão; e o terceiro, o transistor.

A globalização pode ser compreendida como a fase de expansão que o

capitalismo atingiu na atualidade, impactando a economia, a política, a

cultura e o espaço geográfico.

O desenvolvimento e a expansão dos sistemas de comunicação por

satélites, informática, transportes e telefonia proporcionaram o aparato

técnico e estrutural para a intensificação das relações socioeconômicas em

âmbito mundial. Esse processo é uma consequência da Revolução Técnico-

Científico-Informacional, uma vez que, por meio dos avanços tecnológicos

obtidos, foi possível promover maior integração econômica e cultural entre

regiões e países de diferentes pontos do planeta.

O aumento da capacidade produtiva das empresas, das infraestruturas e da

utilização de sistemas informatizados nas variadas atividades econômicas:

indústria, agropecuária, comércio e serviços fez com que a técnica, a ciência

e a informação se tornassem mais presentes no espaço geográfico. Essa

presença é, porém, desigual. Concentra-se nos países desenvolvidos,

distribui-se de modo irregular nos subdesenvolvidos industrializados e é

ainda escassa em países subdesenvolvidos de economia primária. Portanto,

a globalização não integra o mundo todo da mesma forma.

A globalização apresenta pontos positivos e negativos. A globalização foi

importante no combate à inflação e ajudou a economia ao facilitar a entrada

de produtos importados. O consumidor teve acesso a produtos importados

de melhor qualidade e mais baratos, assim como produtos nacionais mais

acessíveis e de melhor qualidade.

É comum citar os avanços proporcionados pela evolução dos meios

tecnológicos, bem como a maior difusão de conhecimento. Assim, por

exemplo, se a cura para uma doença grave é descoberta no Japão, ela é

rapidamente difundida para as diferentes partes do planeta.

Outra vantagem é que a globalização atrai investimentos de outros países,

traz desenvolvimento tecnológico, melhora o relacionamento com outros

países, potencia as trocas comerciais internacionais, e abre as portas para

diferentes culturas.

Por outro lado, uma das maiores desvantagens da globalização é a

concentração da riqueza. A maior parte do dinheiro fica nos países mais

desenvolvidos e apenas 25% dos investimentos internacionais vão para as

nações em desenvolvimento, o que faz disparar o número de pessoas que

vivem em extrema pobreza.

Economistas afirmam que nas últimas décadas, a globalização e a revolução

tecnológica e científica que são responsáveis pela automação da produção

são as principais causas do aumento do desemprego.

A globalização também pode desvalorizar a cultura nacional de um

determinado país, quando países mais ricos se instalam em países mais

pobres, explorando a matéria-prima e se aproveitando da mão de obra

barata.

Um dos mais notáveis efeitos da Globalização é, sem dúvidas, a formação e

expansão das multinacionais, também conhecidas como empresas globais.

Essas instituições, em alguns casos, são maiores e mais ricas do que muitos

países e possuem seus serviços e mercadorias disponibilizados em

praticamente todas as partes do planeta.

As fábricas, em muitos casos, migram das sociedades industrializadas para

os países periféricos em busca de mão de obra barata, matérias-primas

acessíveis e, claro, maior mercado consumidor, isso sem falar na redução ou

isenção de impostos.

Apesar de amplamente difundida, há muitos protestos e críticas à

globalização, sobretudo ressaltando os seus pontos negativos. As principais

posições defendem que esse processo não é democrático, haja vista que os

produtos, lucros e desenvolvimentos ocorrem predominantemente nos

países desenvolvidos e nas elites das sociedades, gerando margens de

exclusão em todo o mundo.

Com a introdução de novas tecnologias da informação e comunicação no

setor produtivo, faz-se necessário uma presença mais forte das

universidades e demais instituições de ensino com objetivo primordial de

capacitar e atender todas as demandas do mercado criando condições para

uma economia baseada no conhecimento.

A economia do conhecimento é aquela em que o processamento de

informações são fundamentais e estratégicos, pois produzem e difundem

os principais recursos de informação e conhecimento. Pesquisa científica e

educação são a base da geração de riqueza.

A inovação e o conhecimento desempenham um papel fundamental no

cenário econômico, ao serem considerados por muitos estudiosos como

sendo um dos principais fatores que definem a competitividade e o

desenvolvimento de um país.

O conceito de inovação é bastante variado, dependendo principalmente, da

sua aplicação. De forma sucinta, há quem considere que a inovação é a

exploração bem-sucedida de novas ideias.

Segundo o Manual de Oslo (OCDE, 2005) uma inovação é a implementação

de um produto, bem ou serviço, novo ou significativamente melhorado, ou

um processo, ou um novo método de marketing, ou um novo método

organizacional nas práticas de negócios.

• A Inovação de produto, entendido como a introdução de um novo produto

no mercado ou melhoramento de um produto já existente.

• Inovação de processo, podendo ser entendido como a implementação de

um novo processo de produção para a empresa.

• Inovação de Marketing, entendido como a criação de uma nova

embalagem, promoção ou método de venda para um produto.

• E inovação organizacional, entendido como a concepção de novas

práticas de gestão e métodos dentro da organização.

É interessante ressaltar que a inovação não implica, necessariamente,

apenas no desenvolvimento e comercialização de grandes avanços

tecnológicos, ou seja, inovação radical, mas também inclui a utilização de

mudanças de conhecimento tecnológico em pequena escala, representando

melhorias ou inovações incrementais.

O final do século XX registra uma revolução que modifica profundamente o

teor da vida e da comunicação dos homens. É comparada à introdução do

fogo no contexto da vida. A partir dele muda não só a maneira de viver, mas

até de comer. O fogo ilumina, aquece, modifica as coisas e as relações.

Agora acontece o mesmo com a informática. Atinge todos os setores da vida.

Cria comunidades virtuais. Constitui um sexto continente, que não mais

necessita de espaço. Não se situa nalgum lugar. É transversal. Possibilita

trabalho, reunião e educação a distância. Dispensa, quase por completo, a

matéria prima. Seu conteúdo é o conhecimento. Está no plano da

espiritualidade.

Os escritórios e as firmas não necessitam concentrar a mão de obra agora

entendida não mais como braçal, mas como mental. As reuniões podem ser

realizadas, de modo mais eficiente, ficando cada um em seu próprio

escritório, conectado com os parceiros, através da internet.

Reúne, em torno de telas, pessoas distantes milhares de quilômetros. Cada

um pode comunicar-se com todos e receber comunicações de qualquer um,

do mundo inteiro, consultar bibliotecas e arquivos, sem sair de casa. Podem

fazer-se compras, pagar contas, fazer negócios a partir do próprio lar...

A revolução da informática proporciona um novo gênero de vida. A

humanidade da era da internet será diferente da humanidade da era das

comunicações que a precedeu. Novo relacionamento e novo teor de vida.

Mais virtual que real. O mundo da fantasia recebe um incentivo consistente.

Transcendemos, de longe, o mundo da natureza, para adentrar um mundo

totalmente criado por nós.

A informática não deve ser vista como um perigo, mas como a grande

chance. Em primeiro lugar, o ser humano continua sendo real e não virtual.

Encontra-se com outros, que também são reais. E como reais, têm

necessidades primárias a serem satisfeitas: necessidade de comer e morar;

necessidade de movimentar-se e de relacionar-se a informática torna-se um

facilitador neste aspecto.

1. Elabore uma resenha sobre o livro verde: A Sociedade da Informação no Brasil

http://www.governoeletronico.gov.br/documentos-e-arquivos/livroverde.pdf

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