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RRe SANEAMENTO BÁSICO SERVIÇOS DE ÁGUA E ESGOTO UnB, 9 de maio de 2014.

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SANEAMENTO BÁSICO

SERVIÇOS DE ÁGUA E ESGOTO

UnB, 9 de maio de 2014.

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O QUE É SANEAMENTO BÁSICO?

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3 3

Desde os primórdios do século 20, o saneamento básico tem sido

entendido no Brasil pelo abastecimento de água e esgotamento

sanitário, com os operadores criados para atender a essas finalidades.

Recentemente, a Lei 11.445/07, em seu artigo 3º definiu que, além da

do abastecimento de água potável e do esgotamento sanitário,

fazem parte dos serviços de saneamento básico a drenagem e manejo

de águas pluviais urbanas e a limpeza urbana e manejo dos

resíduos sólidos.

As características peculiares do abastecimento e esgotamento

justificam tal constituição e organização: formam um ciclo que tem

por base e precedência os recursos hídricos.

O processo inicia-se a partir da captação (outorga) realizada em

mananciais superficiais ou subterrâneos, onde a água bruta (ou

natural) é conduzida até as Estações de Tratamento de Água –

ETA’s.

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Após ser tornada própria para o consumo e à proteção da saúde, é

encaminhada aos reservatórios, sendo então distribuída aos usuários.

Seu consumo gera efluentes sanitários, os esgotos ou resíduos

enviados às Estações de Tratamento de Esgotos – ETE’s, onde

ocorre a redução da carga poluidora sendo, por fim, transportados

por tubulações até o destino final, onde se dá a dispersão e diluição

em rios ou no mar.

Embora o esgotamento sanitário tenha se desenvolvido na Europa a

partir da coleta e escoamento conjunto com as águas pluviais,

chamado de “sistema misto”, a abordagem técnica no Brasil foi

diferente.

As nossas Normas Técnicas adotam como regra o uso de “sistema

separador absoluto”, com coleta exclusiva para os esgotos sanitários.

Esse processo apresenta vantagens, com menores custos de operação e

redução de riscos ambientais e à saúde pública.

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Ciclo de Saneamento – Base Conceitual

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Ciclo de Saneamento – Base Conceitual

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O SANEAMENTO BÁSICO E SEUS

COMPONENTES

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O crescimento das cidades gera, também, outros problemas de

natureza sanitária e ambiental. A necessidade de drenar áreas alagadas

e coletar águas pluviais, levou ao desenvolvimento dos Sistemas de

Drenagem Urbana - SDU, cuja função é promover a coleta, o

escoamento e a disposição segura de águas de chuva nas cidades.

Um SDU é, normalmente, constituído por sistemas de

microdrenagem e macrodrenagem, que incluem tubos, canais -

naturais ou artificiais - e rios.

Por isso, essa atividade deve ser tratada, prioritariamente, com

referência na bacia hidrográfica.

Seu manejo, contudo, requer medidas de regulação visando reduzir

as vazões e velocidade de escoamento, o ordenamento territorial, o

uso e forma de ocupação do solo, as edificações e as vias de

circulação urbana.

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A drenagem urbana constitui um serviço

público clássico, coletivo (uti universi)

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Por reunir ações de naturezas distintas, de interesse coletivo e

indivisíveis, é um serviço usualmente remunerado por

tributos/taxas.

A geração de resíduos sólidos urbanos também é uma consequência

das atividades humana. Por seu teor insalubre e presença incômoda

para a população, devem ser coletados, afastados do convívio das

comunidades e transportado para locais de beneficiamento,

incineração ou áreas de depósito determinadas, preparadas e

isoladas do perímetro habitado.

A prestação dos serviços de resíduos sólidos envolve atividades de

diferentes naturezas – passíveis de individualização e voltadas à

coletividade.

Não se constitui atividade industrial baseada em infraestrutura de rede,

não é monopólio natural envolvendo, inclusive, produtos e serviços

diferenciados.

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Os serviços industriais de utilidade pública, baseados em redes de

infraestrutura, como o abastecimento de água e o esgotamento

sanitário apresentam economias de escala significativas, com a

presença de custos decrescentes e, portanto, rendimentos crescentes.

Por outro lado, essas atividades apresentam elevados custos fixos (de

capital) e irrecuperáveis (sunk costs).

No caso do saneamento básico - abastecimento de água e

esgotamento sanitário – a sua condição técnica reduz a

contestabilidade do mercado e a possibilidade de competição dos

serviços na mesma área.

Outra característica técnica importante é o fato de a água distribuída

ser um produto indiferenciado. Não importa o tipo (categoria) do

usuário, seu nível de renda, escolaridade ou local de conexão: na rede

de abastecimento, a água terá sempre qualidade idêntica, variando

apenas o volume consumido.

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Finalmente, há a presença de fortes externalidades, principalmente

ambientais e de saúde pública.

Todas atribuem à estrutura econômica da prestação de serviços de

água e esgoto, a condição de monopólio natural permanente.

Pelos aspectos apresentados, constata-se que são serviços tipicamente

industriais, de utilidade pública evidente, mas delegáveis.

São ainda divisíveis para cada um dos usuários (uti singuli),

remunerados por meio de tarifas, pagas mediante a contraprestação

do produto utilizado ou colocado à disposição do indivíduo.

Tais características constituem diferenças fundamentais em relação a

outras atividades de saneamento ambiental, como o manejo de

resíduos sólidos e a drenagem urbana.

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SANEAMENTO BÁSICO, MEIO

AMBIENTE E RECURSOS HÍDRICOS

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O abastecimento público tem como matéria-prima a água bruta,

captada na superfície ou no subsolo. Igualmente, os esgotos possuem

dependência dos recursos hídricos, já que o seu destino final é a

diluição em algum rio ou mar.

Por essa razão, os recursos hídricos são precedentes do saneamento

básico, tanto do ponto de vista técnico quanto regulatório.

A extração de água e a disposição final dos esgotos se dá por meio

de outorga pela autoridade gestora, valendo tanto para os volumes

captados quanto para as vazões de lançamento nos cursos d’água,

de acordo com os padrões definidos.

A Lei Federal nº 9.433/97, que instituiu o gerenciamento dos recursos

hídricos em nosso país, incluiu o abastecimento de água -

considerado prioritário - e a diluição de esgotos entre os seus usos

públicos.

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Ademais, a utilização desse recurso, por determinado agente, poderá

interferir no seu uso pelos demais intervenientes, em uma mesma

bacia hidrográfica ou não.

A outorga pelo uso da água decorre da dominialidade dos recursos

hídricos.

Esse poder é de competência da União, nos rios federais, e dos

Estados, nos demais rios e nas águas subterrâneas.

Como a grande maioria dos rios brasileiros é de domínio estadual e

por serem também titulares das águas subterrâneas, fica evidente o

papel central dos Estados federados na gestão dos recursos

hídricos.

Como esses entes, por meio de suas empresas estaduais, possuem

também papel dominante no saneamento, não é raro verificar maior

conveniência financeira e técnica, em realizar o planejamento e a

organização desses serviços com base nas bacias hidrográficas.

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Se, pelo lado da oferta, o saneamento depende dos recursos hídricos,

pelo lado da demanda essa dependência se dá na estrutura da rede de

cidades e da população nela residente. O equilíbrio entre oferta e

procura passa a ser fundamental para a adequada prestação dos

serviços.

Entretanto, no Brasil, esse equilíbrio não ocorre naturalmente.

Nas regiões urbanas, quase todas com escassez hídrica, há grande

busca por água, especialmente nas Regiões Metropolitanas (RM’s) e

no Semiárido. Em diversas áreas, a disponibilidade desse recurso é

reduzida ou preocupante.

A distribuição da disponibilidade hídrica, medida na vazão anual per

capita, evidencia a relação crítica entre oferta e demanda nas Regiões

Sudeste, em função da grande população existente e, no Nordeste, pela

menor disponibilidade hídrica.

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Distribuição Recursos Hídricos

NO Área População Vazão

1 68% 16% 83%

2 16% 28% 4%

3 12% 47% 8%

4 4% 9% 5%

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A Agência Nacional de Águas – ANA aponta que as áreas muito

pobres ou com irregularidades hídricas se concentram no Sertão e

no litoral do Nordeste – de Salvador a Fortaleza; nos litorais de

São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo e na Bacia do Rio Tietê.

Nessas regiões, a oferta de água está entre 500 e 2.000 m³/habitante

por ano, enquanto a média brasileira é próxima de 30.000

m³/habitante por ano.

Nessas áreas, o atendimento da demanda de água requer a

integração e, até a transposição de bacias, bem como a construção

de sistemas integrados e comuns para o abastecimento público para

as populações.

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SANEAMENTO BÁSICO

EVOLUÇÃO DA PRESTAÇÃO DOS

SERVIÇOS

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Nos últimos 50 anos, desde a formulação da primeira política de

abrangência nacional para o abastecimento de água e esgotos

sanitários no início dos anos 70, o setor experimentou expressiva

expansão da oferta desses serviços.

Foi um período de acentuado crescimento populacional -

acompanhado de uma vertiginosa urbanização, iniciada no período

pós-guerra - e o Brasil viu a quantidade de habitantes nas áreas

urbanas crescer 2,8 vezes e a total 1,9 vezes.

Neste período foram incorporadas às cidades brasileiras mais de 95

milhões de pessoas.

Tal processo gerou uma dupla característica na rede urbana:

concentração de indivíduos em grandes aglomerados

metropolitanos e dispersão na criação de pequenos municípios.

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Essa rede, entretanto, não se desenvolveu em conformidade com a

disponibilidade hídrica, gerando desequilíbrios em ambas as

situações:

criação de Regiões Metropolitanas em áreas de baixa oferta de

água e mais de 1.000 pequenas cidades no Semiárido brasileiro.

Mesmo com a ocorrência de diversas crises, nos cenários nacional e

internacional, que reduziram as taxas anuais de crescimento

econômico médio no Brasil de 8% (na década de 60) para apenas 2,5%

(no início do século atual), os indicadores do saneamento tiveram

expressivo aumento.

Nos últimos 50 anos a população urbana atendida por redes de água

se elevou, chegando hoje a mais de 162 milhões de pessoas com esses

serviços; em esgotamento sanitário esses números atingem mais de

143 milhões de habitantes.

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AS COMPETÊNCIAS

CONSTITUCIONAIS

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As Competências Constitucionais Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas

Constituições e leis que adotarem, observados os princípios

desta Constituição.

§ 1º - São reservadas aos Estados as competências que não

lhes sejam vedadas por esta Constituição.

. . .

§ 3º - Os Estados poderão, mediante lei complementar,

instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e

microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios

limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a

execução de funções públicas de interesse comum.

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As Competências Constitucionais

Art. 30. Compete aos Municípios:

. . .

V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de

concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse

local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter

essencial;

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A DEFINIÇÃO DA TITULARIDADE

PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

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A Titularidade nas Regiões Metropolitanas

STF

ADI 1842

ADI 2077

A decisão do Supremo Tribunal Federal:

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A Titularidade nas Regiões Metropolitanas

Poucos municípios têm condições de atender

adequadamente à função pública de saneamento básico.

O acesso aos recursos hídricos depende da integração

das redes de abastecimento.

A reunião das demandas reduz custos e torna o serviço

mais atrativo.

Problemas ambientais e de saúde pública afetam

comunidades próximas, principalmente nos casos em

que se verifica o fenômeno da conurbação.

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A Titularidade nas Regiões Metropolitanas

O saneamento básico frequentemente extrapola o

interesse local e passa a ter natureza de interesse

comum, apta a ensejar a instituição de regiões

metropolitanas.

O serviço de saneamento básico em Regiões

Metropolitanas, Microrregiões e Aglomerados Urbanos

constitui interesse coletivo que não pode estar

subordinado à direção de único ente, e deve ser

planejado e executado de acordo com decisões

colegiadas em que participem tanto os municípios como

o estado federado.

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A Titularidade nas Regiões Metropolitanas

A prestação dos serviços de água e esgoto é um

monopólio natural.

A integração do planejamento e execução do

saneamento básico de agrupamento de municípios não

só privilegia a economicidade e eficiência de recursos

naturais e financeiros - por exemplo, aproveitando estação

de tratamento e redes de distribuição e coleta para diversas

comunidades – como permite subsídios cruzados, isto é, a

compensação de déficit na prestação de serviço em

determinadas áreas com o superávit verificado nas áreas

de maior poder aquisitivo.

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A Titularidade nas Regiões Metropolitanas

O poder concedente do serviço de saneamento básico

nem permanece fracionado entre os municípios, nem é

transferido para o estado federado, mas deve ser dirigido

por estrutura colegiada - instituída por meio da lei

complementar estadual que cria o agrupamento de

comunidades locais - em que a vontade de um único ente

não seja imposta a todos os demais entes políticos

participantes.

A cooperação entre os entes é fundamental para o

alcance das metas de universalização.

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A Titularidade nas Regiões Metropolitanas

O interesse comum inclui funções públicas e serviços

que atendam a mais de um município, assim como os

que, restritos ao território de um deles, sejam de algum

modo dependentes, concorrentes, confluentes ou

integrados de funções públicas, bem como serviços

supramunicipais.

O alto custo, o monopólio natural do serviço e a

existência de várias etapas – como captação,

tratamento, adução, reserva, distribuição de água e o

recolhimento, condução e disposição final de esgoto –

que comumente ultrapassam os limites territoriais de

um municípios, indicam a existência de interesse

comum do serviço de saneamento básico.

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COMO DEVE SER?

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RRe

A Titularidade nas Regiões Metropolitanas

A função pública do saneamento básico frequentemente

extrapola o interesse local e passa a ter natureza de

interesse comum no caso da instituição de regiões

metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões –

art. 25, § 3º da CF.

A integração pode ocorrer voluntariamente, por meio de

gestão associada, empregando convênios de cooperação

ou consórcios públicos – art. 3º, II e 24 da Lei nº

11.445/2007 e art. 241 da CF.

Compulsoriamente, nos termos previstos na Lei

Complementar Estadual, art. 25, § 3º da CF.

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A Titularidade nas Regiões Metropolitanas

A instituição de regiões metropolitanas, aglomerações

urbanas ou microrregiões pode vincular a participação

de municípios limítrofes, com o objetivo de executar e

planejar a função pública do saneamento básico, tanto

para atender adequadamente às exigências de higiene e

saúde pública, quanto para dar viabilidade econômica e

técnica aos municípios menos favorecidos.

O interesse comum é muito mais que a soma de cada

interesse local envolvido, pois a má condução da função

de saneamento básico por apenas um município pode

colocar em risco todo o esforço conjunto, além das

consequências para a saúde pública de toda a região.

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A Titularidade nas Regiões Metropolitanas

A aferição da constitucionalidade será com base no

respeito à divisão de responsabilidades entre municípios

e estado. É preciso evitar que o poder decisório e o

poder concedente se concentrem nas mãos de um único

ente para a preservação do autogoverno e da

autoadministração dos municípios.

Reconhecimento do poder concedente e da titularidade

do serviço ao colegiado formado pelos municípios e pelo

estado federado.

A participação dos entes no colegiado não necessita ser

paritária, desde que apta a prevenir a concentração do

poder decisório no âmbito de um único ente.

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A Titularidade nas Regiões Metropolitanas

A participação de cada município e do estado deve ser

estipulado em cada região metropolitana de acordo com

as suas particularidades, sem que se permita a

predominância de um ente de forma absoluta.

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FORMAS DE PRESTAÇÃO DOS

SERVIÇOS

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Centralizada Titular presta o serviço

Direta autarquia

Descentralizada empresa pública

sociedade de economia mista

fundação

Prestação de Indireta licitação contrato de concessão

Serviço Público

consórcio público

Gestão associada

convênio de cooperação

contrato de programa

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CENÁRIO NORMATIVO

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CENÁRIO NORMATIVO

Lei 8.666/1993 – Lei de Licitações

Lei 8.987/1995 – Regras da Concessão

Lei 11.107/2005 – Contrato de Programa

Decreto 6.017/2007 – Regulamenta a Lei 11.107/2005

Lei 11.445/2007 – Diretrizes para o Saneamento

Decreto 7.217/2010 – Regulamenta a Lei 11.445/2007

Constituição Federal

Normas subsidiárias e resoluções.

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A Lei 11.445, vigente desde 22 de fevereiro de 2007, tornou obrigatória para o saneamento básico figuras e regras já utilizadas para o demais setores, tais como:

- Planejamento - Regulação - Fiscalização - Controle social - Garantias legais para os prestadores de serviços - Enfoque na universalização

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O que devem fazer os Titulares:

Estabelecer a política de saneamento, incluindo:

– planejamento – edição de planos (único na hipótese de prestação regionalizada);

– regulação e fiscalização – definir ente regulador e fiscalizador e os procedimentos de atuação;

– organização dos serviços – definir a forma de prestação dos serviços e, em caso de delegação, os respectivos contratos;

– controle social – definir os meios e instrumentos;

– proteção social – estabelecer mecanismos de atendimento da demanda essencial;

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Conteúdo Mínimo do Plano de Saneamento:

• diagnóstico, com indicadores, apontando as causas das

deficiências detectadas;

• objetivos e metas de curto, médio e longo prazos para a

universalização, soluções graduais e progressivas;

• programas, projetos e ações para atingir os objetivos e

metas, compatíveis com planos plurianuais e correlatos,

identificando fontes de financiamento;

• ações para emergências e contingências;

• mecanismos e procedimentos para a avaliação sistemática

da eficiência e eficácia.

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O que devem fazer os entes reguladores:

– Com base em legislação do titular editar normas regulamentares e procedimentos de regulação;

– Definir procedimentos de revisão e reajuste das Tarifas;

– Regular os subsídios;

– Editar regulamento dos serviços;

– Estabelecer contabilidade regulatória, incluindo aquela específica para serviços regionais;

– Responsabilizar-se pela fiscalização dos serviços, na hipótese de ter recebido essa atribuição;

– Estabelecer padrões e indicadores de qualidade;

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– Estabelecer requisitos operacionais;

– Estabelecer normas de gestão comercial;

– Estabelecer padrões de atendimento aos usuários, inclusive de informação e transparência;

– Definir metas e padrões graduais;

– Fixar medidas para emergências e contingências, inclusive racionamento;

– Autorizar contratos com grandes fornecedores;

– Auditar e reconhecer ativos;

– Interpretar os contratos.

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Contabilidade Regulatória:

– Estudar planos de contas para regulação dos ativos, em conformidade com a lei discriminando:

– origem dos recursos para classificação do ativo e constituição da base de capital (importante para tarifa);

– ativos por municípios;

– receitas e custos por municípios;

– realizar os estudos relativos ao acerto dos contratos precários.

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RRe

REGULAÇÃO E FISCALIZAÇÃO

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• Regulação e Fiscalização

As associadas da Aesbe participaram de amplo estudo liderado pela empresa Sigla Sul e subsidiado pelo Banco Mundial, sobre a regulação no setor de saneamento.

Os estudos identificaram aspectos relevantes, que podem ser consultados no site da Aesbe – www.aesbe.org.br

Parte desses estudos foram incorporados à apresentação que segue:

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AVALIAÇÃO DA REGULAÇÃO NAS EMPRESAS

53

Empresas UF

CESAN ES

EMBASA BA

COPASA MG

CAERN RN

SANEATINS TO

COMPESA PE

SANEPAR PR

AGESPISA PI

CASAL AL

CAGECE CE

COSANPA PA

SANESUL MS

CAEMA MA

Empresas UF

CAESB DF

CAGEPA PA

CAESA AP

DEPASA AC

CAER RR

SABESP SP

CASAN SC

DESO SE

SANEAGO GO

CAERD RO

CEDAE RJ

CORSAN RS

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AMOSTRAS DE REGULADORES

54

Agências Reguladoras UF

ADASA DF

ARSESP SP

ARIS SC

ARCE CE

ARPE PE

ACFOR CE

Agências Reguladoras UF

ARSBAN RN

AGESAN SC

AGERGS RS

AGR GO

ARSAE MG

ATR TO

• Foram enviados questionários para 12 reguladores em

diferentes estágios de implantação da regulação,

compreendendo 5 Regiões do país.

• 10 reguladores responderam o questionário.

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SIGNIFICÂNCIA DA AMOSTRA

55

• A amostra abrange de 85% de um total de 4002

municípios com água e/ou esgoto (SNIS 2009)

156143

15

152

1

181

75

198

52

617

322

361 365

225

130

344

68

7 2 1

40

122

319

43

217 221

70

364

66

17

161

31

0

100

200

300

400

500

600

700

AG

EPIS

A

CAEM

A

CAER

CAER

D

CAER

N

CAES

A

CAES

B

CAG

ECE

CAG

EPA

CASA

L

CASA

N

CED

AE

CESA

N

COM

PESA

COPA

SA

COR

SAN

COSA

NPA

DEP

ASA

DES

O

EMB

ASA

SABE

SP

SAN

EAG

O

SAN

EATI

NS

SAN

EPA

R

SAN

ESU

L

Tota

l de

Mun

icíp

ios

ÁGUA

ESGOTO

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SIGNIFICÂNCIA DA AMOSTRA

56

• As 10 agências pesquisadas cobrem 52% dos municípios

com serviços de distribuição de água e /ou esgoto.

145 148

80

187

853

1

218 218 225

10

100

200

300

400

500

600

700

800

900

AG

ESA

N

AR

CE

AR

IS

AR

PE

AR

SAE

AR

SBA

N

AR

SESP

AG

ERG

S

AG

R

AD

ASA

Tota

l de

Mu

nic

ípio

s

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• Regulação e Fiscalização

Como a Lei nº 11.445/2007 aborda a questão da regulação?

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• Regulação e Fiscalização

A Lei nº 11.445/2007 define no art. 9º que o titular dos serviços formulará a respectiva política pública de saneamento básico, devendo, para tanto:

“II - prestar diretamente ou autorizar a delegação dos serviços e definir o ente responsável pela sua regulação e fiscalização, bem como os procedimentos de sua atuação;”

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TITULAR

ESTADO E/OU MUNICÍPIO

procedimentos de atuação

agência reguladora

definir responsável

regulação fiscalização

Política Pública

prestar serviço delegar serviço

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• Regulação e Fiscalização

Como a Lei nº 11.445/2007 resolveu a questão da titularidade?

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• Regulação e Fiscalização

“Art. 10. A prestação de serviços públicos de saneamento básico por entidade que não integre a administração do titular depende da celebração de contrato, sendo vedada a sua disciplina mediante convênios, termos de parceria ou outros instrumentos de natureza precária.”

“Art. 11. São condições de validade dos contratos que tenham por objeto a prestação de serviços públicos de saneamento básico:

III - a existência de normas de regulação que prevejam os meios para o cumprimento das diretrizes desta Lei, incluindo a designação da entidade de regulação e de fiscalização.”

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QUESTÕES CONTRATUAIS

62

• Tipos de contrato por região

RegiãoMunicípios

Atendidos (1)

Municípios

com Contratos

de Concessão ou

Permissão(2)

Municípios

com Contratos

de Programa(3)

Dif.

(1)-(2+3)

Norte 469 220 12 237

Nordeste 744 536 3 205

Sul 864 587 206 71

Sudeste 1034 712 320 2

Centro

oeste294 262 32 0

Total

5 Regiões

3405

Municípios

2317

Municípios

573

Municípios

515

Municípios

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QUESTÕES CONTRATUAIS

63

• Instrumentos contratuais vencidos/sem prazo por região

RegiãoMunicípios

Atendidos

Contratos

Vencidos ou

Sem Prazo de

Extinção

%Contratos

Vencidos ou

Sem Prazo de

Extinção

Norte 469 218 46%

Nordeste 744 208 28%

Sul 864 185 21%

Sudeste 1034 110 11%

Centro

oeste294 37 13%

Total

5 Regiões

3405

Municípios

758

Municípios

22%

Média Global

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Agência Estadual

Agência Municipal

Controle subsídios Economicidade Controle dos riscos

Menor controle subsídios Falta de economicidade Aumento dos riscos Dificuldades políticas

Regulação Estadual ou Municipal?

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QUESTÕES CONTRATUAIS

65

• Percentual de municípios com e sem regulação por

região

RegiãoMunicípios

Atendidos

Com

Regulação

Sem

Regulação

% Sem

Regulação

Norte 469 220 249 53%

Nordeste 744 365 379 51%

Sul 864 756 108 13%

Sudeste 1034 869 165 16%

Centro

oeste294 254 40 14%

Total

5 Regiões

3405

Municípios

2464

Municípios

941

Municípios

28%

Média Global

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72%

28%

Com Regulação

Sem Regulação

66

•Percentual de titulares com e sem regulação

• A inexistência de entidade reguladora reforça o quadro

de precariedade jurídica.

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67

•Percentual de titulares por tipo de regulação

• A maior parte dos serviços são regulados por regulador

estadual.

70%

2%

28%

* Agência Reguladora Municipal, Outros Órgãos Municipais e Outra Forma de Regulação.

Agência Reguladora Estadual

Demais Formas de Regulação*

Sem Regulação

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• Regulação e Fiscalização

O Planejamento do Setor de Saneamento:

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• Regulação e Fiscalização

Lei nº 11.445/2007

“ Art. 20.

Parágrafo único. Incumbe à entidade reguladora e fiscalizadora dos serviços a verificação do cumprimento dos planos de saneamento por parte dos prestadores de serviços, na forma das disposições legais, regulamentares e contratuais.”

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31%

69%

Sim

Não

70

•Municípios com plano de saneamento válidos depois da lei nº 11.445/2007

• O plano de saneamento ainda não foi implantado na

grande maioria dos municípios regulados: falta de

recursos, de pessoal qualificado e desconhecimento

geral.

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• Regulação e Fiscalização

A Regulação e o Regulador:

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• Regulação e Fiscalização

Lei nº 11.445/2007

“Art. 21. O exercício da função de regulação atenderá aos seguintes princípios:

I- independência decisória, incluindo autonomia administrativa, orçamentária e financeira da entidade reguladora;

II - transparência, tecnicidade, celeridade e objetividade das decisões.”

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QUESTÕES CONTRATUAIS

73

• Autonomia administrativa do órgão regulador

• Boa parte dos reguladores pesquisados reportaram

como alta autonomia administrativa

80%

20%Alta

Média

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QUESTÕES CONTRATUAIS

74

• Autonomia orçamentária do órgão regulador

• Autonomia financeira é apontada como relativamente

menor, pois às entidades estão submetidas aos

controles da administração pública

70%

30%Alta

Média

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• Regulação e Fiscalização

Alguns aspectos da regulação no setor:

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• Regulação e Fiscalização Lei nº 11.445/2007 “Art. 38 § 2º Poderão ser estabelecidos mecanismos

tarifários de indução à eficiência, inclusive fatores de produtividade, assim como de antecipação de metas de expansão e qualidade dos serviços.

§ 3º Os fatores de produtividade poderão ser definidos com base em indicadores de outras empresas do setor.

§ 4º A entidade de regulação poderá autorizar o prestador de serviços a repassar aos usuários custos e encargos tributários não previstos originalmente e por ele não administrados, nos termos da Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995.”

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ASPECTOS TARIFÁRIOS

77

• Percentual de empresas cujos reguladores adotaram

mecanismos de incentivo para definição de tarifas

52%43%

5%

Sem Mecanismos

Com Mecanismos

Sem Resposta

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ASPECTOS TARIFÁRIOS

78

• A definição destes mecanismos é feita com base em

indicadores de outros prestadores do setor?

57%29%

14%

Não

Sim

Sem Resposta

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• Regulação e Fiscalização

A sustentabilidade:

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ASPECTOS TARIFÁRIOS

80

• Tarifas são sustentáveis para permitir a execução e a

expansão dos serviços de água?

43%

43%

14% Não

Sim

Sem Resposta

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ASPECTOS TARIFÁRIOS

81

• Tarifas são sustentáveis para permitir a execução e a

expansão dos serviços de esgoto?

62%

24%

14%

Não

Sim

Sem Resposta

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• Regulação e Fiscalização

A prestação regionalizada e os sistemas integrados:

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• Regulação e Fiscalização

Lei nº 11.445/2007

“Art. 18. Os prestadores que atuem em mais de um Município ou que prestem serviços públicos de saneamento básico diferentes em um mesmo Município manterão sistema contábil que permita registrar e demonstrar, separadamente, os custos e as receitas de cada serviço em cada um dos Municípios atendidos e, se for o caso, no Distrito Federal.

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• Regulação e Fiscalização

Lei nº 11.445/2007

“Art. 18.

Parágrafo único. A entidade de regulação deverá instituir regras e critérios de estruturação de sistema contábil e do respectivo plano de contas, de modo a garantir que a apropriação e a distribuição de custos dos serviços estejam em conformidade com as diretrizes estabelecidas nesta Lei.”

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• Regulação e Fiscalização

As empresas e a regulação:

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19%

81%

Ainda Não Houve Ação

Houve Ação

CONTABILIDADE REGULATÓRIA

86

• Houve ação da empresa para adaptação do sistema

contábil?

• 81 % dos respondentes afirmam que ações estão sendo

tomadas quanto esta obrigação legal. Ação da Aesbe.

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CONTABILIDADE REGULATÓRIA

87

• Instituiu-se contabilidade regulatória instituída após a

Lei?

• Na maioria dos casos, não foi instituído um padrão de

contabilidade regulatória pelas agências.

48%

9%

14%

29% Não

Sim

Sem Resposta

Em Discussão

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• Conclusões:

- Lei nº 11.445/2007 está tendo um impacto gradual e pouco uniforme

- Há uma quantidade significativa de situações em que não há contrato formal ou válido

- 28% dos municípios atendidos não possuem nenhum tipo de regulação.

- Há casos de proliferação de reguladores

- A utilização dos instrumentos de incentivos para a definição de tarifas ainda não é prática geral

- Ainda não houve a instituição generalizada de padrão de contabilidade regulatória

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• Conclusões: - Quadro geral de implantação gradual dos

mecanismos de regulação econômica e técnica: - De uma forma geral, as reguladoras apresentaram

alta/média autonomia administrativa e financeira. - Apenas a metade das entidades pesquisadas

empreendeu de fato o processo de revisão das tarifas.

- Tem havido mais reajustes (inflação) - Há subsídios cruzados entre municípios atendidos

por uma mesma companhia de saneamento. Não são motivo de quantificação

- Apenas metade das agências pesquisadas utilizam mecanismos de indução de eficiência

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• Oportunidades:

- Contribuir para a concepção da regulação e do planejamento

- Usar a regulação como força de transformação

- Buscar soluções conjuntas e aprendizado setorial

• Ameaças:

- Baixa contratualização

- Ausência de Planos de Saneamento

- Pulverização de reguladores e custo da regulação

- Mecanismos inadequados e metas inatingíveis

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• Alguns dos Desafios do Setor:

- Resolver aspectos legais sobre o poder concedente

- Aprender a planejar

- Implementar os planos de saneamento

- Instituir de forma maciça a contabilidade regulatória

- Utilizar dados de qualidade do serviço como insumos para definir metas regulatórias

- Qualificar os recursos humanos

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RRe

REGULAÇÃO E FISCALIZAÇÃO

ESTUDO ABAR

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Mapa Geral das Agências Reguladoras

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Características Gerais Evolução da participação das Agências

1 1 1

12

9

16

5

3

5

0

1

1

11

16

8

7

5

3

0

2009 2010 2011 2012 2013

Qu

an

t. A

gên

cia

s

Consorciada

Municipal

Estadual

Distrital

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Características Gerais Evolução da participação das Agências

1 1 1

12

9

16

5

3

5

0

1

1

11

16

8

7

5

3

0

2009 2010 2011 2012 2013

Qu

an

t. A

gên

cia

s

Consorciada

Municipal

Estadual

Distrital

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Tipos de Vinculações administrativas

5 (18%)

4 (15%)

4 (15%)

4 (15%)

3 (11%)

1 (4%)

1 (4%)

3 (11%)

2 (7%)Gabinete do Chefe do Executivo

Secretaria de Gestão e Planejamento

Secretaria de Infraestrutura

Secretaria de Desenvolvimento

Secretaria de Governo

Secretaria de Meio Ambiente

Procuradoria Geral

Consórcio Municipal

Não Há

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Evolução do número de delegações reguladas.

883

2.716

853

1.896

2.296

2009 2010 2011 2012 2013

Qu

an

t. D

ele

gaçõ

es R

eg

ula

das

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Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário

29.089.812

14.457.689

0 5.000.000 10.000.000 15.000.000 20.000.000 25.000.000 30.000.000 35.000.000

Água Potável

Esgotamento Sanitário

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Evolução dos PMSB nos municípios regulados.

853

1.896

2.296

2.716

19%22%

26%

34%

0

500

1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

2009 2010 2011 2012

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Total de Municípios participantes da pesquisa

(%) de PMSB em relação aos municípios regulados

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Demais Setores da Infraestrutura Regulados

• Agência

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Características Financeiras Arrecadação para custeio da regulação, por tipo de fonte.

91%

9%

Prestação dos serviços

Outras fontes

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Impacto do Custo Regulatório

Média do custo da regulação por economia: R$ 0,18

(considerando somente a fonte prestação dos

serviços).

Variação de R$ 0,17 para Agências estaduais, R$ 0,24

para Agências consorciadas e R$ 0,64 nas Agências

municipais.

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Média dos percentuais das despesas por tipo de

função por Agência

26%

9%

17%

11%

21%

45%

23%

11%

17%

9%

22%

40%

29%

8%

17%

13%

21%

49%

Outros

Acompanhamento

dos Planos

Normatização

Ouvidoria

Regulação

Econômica

Fiscalização

2011

2012

Média

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Características do Quadro de Pessoal – Nível Superior

16

7

12 12 12

313271

162131

219

1

10

100

2008 2009 2011 2012 2013

Média

Qtde.

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Variação percentual de técnicos de nível superior

concursados do Quadro de Pessoal

.

16

1

2

4

4

0%

>0% - 25%

>25% - 50%

>50% - 75%

>75% - 100%

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Área de atuação (pessoal de nível superior)

73 (23%)

116 (37%)

28 (9%)

35 (11%)

61 (20%)

Regulação Econômica

Fiscalização da Qualidade

Ouvidoria

Jurídico

Outros

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Salário Nível Superior Deflacionado (IPCA).

6.323,51

7.577,40

4.101,98

3.515,963.382,75

3.091,28

3.558,68

7.308,53

8.099,47

7.546,58

0,00

1.000,00

2.000,00

3.000,00

4.000,00

5.000,00

6.000,00

7.000,00

8.000,00

9.000,00

2008 2009 2010 2011 2012

R$ Mínimo

Máximo

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Formação Básica do Quadro de Pessoal

85 (27%)

20 (6%)

29 (9%)

93 (30%)

28 (9%)

58 (19%)

Advogado

Economista

Engenheiro

Administrador

Contador

Outros

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Nível de Especialização

53%

37% 38%

47% 47%

32%

45% 44%

38% 37%

14% 15% 14% 14% 15%

1%3% 4%

1% 1%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

2008 2009 2010 2011 2012

Sem Pós-Graduação Especialização Mestrado Doutorado

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Características Operacionais Nível de execução das atividades

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

2008 2009 2010 2011 2012

% d

as A

gên

cia

s

Regulação Econômica

Fiscalização

Normatização

Ouvidoria

Acompanhamento de Planos

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Solicitações de ouvidoria atendidas

81.769

161.630

137.546

89.201

0

20.000

40.000

60.000

80.000

100.000

120.000

140.000

160.000

180.000

2009 2010 2011 2012

Qu

an

t. S

olicit

açõ

es

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Evolução das delegações fiscalizadas

697670

905

0

100

200

300

400

500

600

700

800

900

1000

2010 2011 2012

Qu

an

t. D

ele

gaçõ

es

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Evolução da aplicação de penalidades

5 5

4 4

10

6

0

2

4

6

8

10

12

2009 2011 2012 2013

Qu

an

t. A

gên

cia

Advertência

Multa

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Destino dos recursos das penalidades

6

5

3

13

Agências

Fundos

Poder concedente

Não informado

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Normatização existente por Agência Reguladora

Quant. Agência Quant. Normas

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Evolução da realização de audiências

0

2

4

6

8

10

12

14

16

2008 2009 2010 2011 2012 2013

Qu

an

t. A

gên

cia

s

Audiências públicas

Consultas públicas

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Sessões públicas e publicações na internet

19

910

Sessões públicas Publicação de decisões na internet Publicação de Relatórios de

Fiscalizações na internet

Qu

an

t. A

nc

ias

Não

Sim

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Evolução da existência dos Conselhos

0

2

4

6

8

10

12

14

16

2008 2009 2010 2011 2012

Qu

an

t. A

gên

cia

s

Estadual ou Municipal

de Saneamento

Externo de Gestão da

Agência

Usuários dos Serviços

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Conclusões

Através da pesquisa Regulação 2013, foi possível observar que:

• A regulação dos serviços públicos de saneamento básico no país vem evoluindo de forma lenta e gradual, porém consistente com os princípios estabelecidos no art. 21 da LNSB;

• Aumento da receita das Agências provenientes da fonte prestação dos serviços, atingindo 90% de todos os valores arrecadados, o que contribui para o aumento da autonomia financeira das entidades reguladoras (art. 21, inc. I, da LNSB);

• Apesar destes resultados positivos, a regulação não avançou em termos de pessoal, particularmente ao que se refere ao quadro próprio das agências, sua qualificação e à sua remuneração;

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Agenda regulatória

− Aprovação de políticas estaduais de saneamento básico, que

consolide a função reguladora;

− Incremento na realização de parcerias interinstitucionais;

− Melhoria dos mecanismos de transparência;

− Normatização dos aspectos econômico-financeiros;

- Redefinição do Papel da pesquisa e sua institucionalização como

integrante do SINISA.

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RRe

OBRIGADA

Elizabeth Costa de Oliveira Góes

Consultora Jurídica da Aesbe

e-mail: [email protected]

Tel. (61) 3022.9602