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Serviço Social Fundamentos Históricos e Teóricos do Serviço Social Fundamentos Históricos, Teóricos e Metodológicos do Serviço Social profa Ma. Enilda Maria Lemos

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Serviço Social Fundamentos Históricos e Teóricos do Serviço Social. Fundamentos Históricos, Teóricos e Metodológicos do Serviço Social profa Ma. Enilda Maria Lemos. Fundamentos Históricos e Teóricos do Serviço Social. Teleaula 3 – Tema 3: A perspectiva da - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: Serviço Social  Fundamentos Históricos e Teóricos do Serviço Social

Serviço Social

Fundamentos Históricos e Teóricos do Serviço Social

Fundamentos Históricos, Teóricos e Metodológicos do Serviço Social

profa Ma. Enilda Maria Lemos

Page 2: Serviço Social  Fundamentos Históricos e Teóricos do Serviço Social

Fundamentos Históricos e Teóricos do Serviço Social

Teleaula 3 – Tema 3: A perspectiva dareatualização do conservadorismo e a

perspectiva da intenção de ruptura

Page 3: Serviço Social  Fundamentos Históricos e Teóricos do Serviço Social

Conteúdo • O Serviço Social brasileiro na crise

do regime militar (1964)• A perspectiva da reatualização do

conservadorismo• A perspectiva da intenção de

ruptura, do início da década de 1980

Page 4: Serviço Social  Fundamentos Históricos e Teóricos do Serviço Social

Objetivos

• Indicar as teorias que deram base à reatualização do conservadorismo e à intenção de ruptura

• Compreender a intenção de ruptura na abertura política dos anos de 1980

• Reconhecer as distinções entre a reatualização do conservadorismo e a intenção de ruptura

Page 5: Serviço Social  Fundamentos Históricos e Teóricos do Serviço Social

Perspectiva da reatualização do conservadorismo e perspectiva

da intenção de ruptura

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O Serviço Social na crise do regime militar (1964)

Page 7: Serviço Social  Fundamentos Históricos e Teóricos do Serviço Social

Quando o regime militar entrou em crise (década de 1970) a perspectiva modernizadora do Serviço Social se enfraqueceu e perdeu a sua hegemonia.

Page 8: Serviço Social  Fundamentos Históricos e Teóricos do Serviço Social

• a perspectiva da reatualização do conservadorismo

• a perspectiva da intenção da ruptura

Netto (2006, p. 129) diz que o regime militar possibilitou a criação de alternativas teóricas e práticas profissionais.

Page 9: Serviço Social  Fundamentos Históricos e Teóricos do Serviço Social

A ditadura não manteve a hegemonia da perspectiva modernizadora.

A reatualização do conservadorismo e a intenção de ruptura não conseguiram extinguir a perspectiva modernizadora.

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A perspectiva da reatualização do conservadorismo

Segundo Netto (2006, p. 201) se explicitou” no Seminário de Sumaré (1978) e no Seminário do Alto da Boa Vista (1984).

Page 11: Serviço Social  Fundamentos Históricos e Teóricos do Serviço Social

“[...] expressa primeiramente na tese de livre-docência de Anna Augusta de Almeida (1978), [...]” (NETTO, 2006, p. 201).

Page 12: Serviço Social  Fundamentos Históricos e Teóricos do Serviço Social

www.bemhaja.com/bemhaja/images/ss_248_tr_22_4.jpg Acesso em 25 de dez. 2007

Anna Augusta de Almeida é a responsável pela “[...] formulação seminal [...]” dessa perspectiva (NETTO, 2006, p. 227).

“[...] nada incorpora das problemáticas relativas às lutas de classes, [...]” (NETTO, 2006, p. 229).

Page 13: Serviço Social  Fundamentos Históricos e Teóricos do Serviço Social

http://www.ias.gov.mo/web2/port/singleparent/wallpaper/wallpaper-02.jpg Acesso em 25 de dez. 2007

A referência do pensamento fenomenológico “[...] não é a explicação, mas a compreensão’” (Carvalho, 1987:12)” (NETTO, 2006, p. 205).

Não discute causas - conflitos classe.

Page 14: Serviço Social  Fundamentos Históricos e Teóricos do Serviço Social

Edmund Gustav Albert Husserl(Prossnitz, 1859 - Freiburg, 1938)Filósofo e matemático alemão. Criador da Fenomenologia.

http://br.geocities.com/discursus/filotext/hussefil.html Acessado em 30 de dezembro de 2007.

Page 15: Serviço Social  Fundamentos Históricos e Teóricos do Serviço Social

A reatualização do conservadorismo baseia-se na fenomenologia, trazendo à tona elementos do conservadorismo e do pensamento católico.

Page 16: Serviço Social  Fundamentos Históricos e Teóricos do Serviço Social

www.oikoumene.org/typo3temp/pics/e2b430f4f5.jpg Acesso em 25 de dez. 2007

Os valores são calcados “[...] por uma fenomenologia existencial e por uma ética cristã motivante (ALMEIDA, 1978:11) [...]” (NETTO, 2006, p. 205).

Page 17: Serviço Social  Fundamentos Históricos e Teóricos do Serviço Social

Somente “[...] Carvalho (1987) se aproxima de uma fonte original – Merleau Ponty – [...]” (NETTO, 2006, p. 212).

Sumaré: há uma ou duas referências clássicas, nas demais é comum o uso das fontes secundárias, reafirma Netto (2006, p. 212).

Page 18: Serviço Social  Fundamentos Históricos e Teóricos do Serviço Social

• Vídeo n. 5 • Profª MSc Carmem Ferreira Barbosa• Fenomenologia: 8 min. e 32 seg.• Gravação realizada em 17 de abril de 207.

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A perspectiva da intenção de ruptura (década de 1970)

Para Netto (2006, p. 258), ela só pôde se expressar na crise do regime militar.

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Discute a relação entre o Serviço Social e a sociedade capitalista.

Ela queria “[...] romper com o passado conservador do Serviço Social [...]” (NETTO, 2006, p. 161).

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Surgiu no âmbito dos movimentos democráticos e das classes exploradas e subalternas (início dos anos de 1960)

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No inicio dos anos de 1960, “[...] o Serviço Social – [...] pela primeira vez – vulnerabilizava-se a vontades sociais (de classe) [...]” (NETTO, 2006, p. 256).

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“[...] historicamente, esta perspectiva é Impensável sem o processo que se precipita entre 1961 e 1964 e é abortado em abril – no plano também profissional, é ali que ela encontra os seus suportes sociais” (NETTO, 2006, p. 257).

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Os assistentes sociais que fizeram a opção política pelos explorados e subalternos conceberam as primeiras idéias da intenção de ruptura.

Page 25: Serviço Social  Fundamentos Históricos e Teóricos do Serviço Social

• DVD 8

• Regime militar: Geisel a Figueiredo, anistia, diretas já, Sarney

• 19:55 a 26:53

• Ministério da Educação. Secretaria de Educação à Distância. TVescola. DVDescola 8. História: Regime militar

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Três momentos da intenção de ruptura

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a) a emersão da intenção de ruptura (entre 1972 e 1975)

Nasceu em Belo Horizonte na escola de Serviço Social, entre 1972 e 1975. (NETTO,

2006, página 264, nota de rodapé n. 312).

Page 28: Serviço Social  Fundamentos Históricos e Teóricos do Serviço Social

O Método “BH” estabeleceu “[...] no final da década, as bases para a retomada da crítica ao tradicionalismo; [...]” (NETTO, 2006, p. 270).

Page 29: Serviço Social  Fundamentos Históricos e Teóricos do Serviço Social

http://lancelobato.blogspot.com/ Acessado em 2 de janeiro de 2008.

Contudo, as idéias da intenção de ruptura não se extinguiram.

Os formuladores e gestores do “Método BH” foram demitidos, interrompendo este processo.

Page 30: Serviço Social  Fundamentos Históricos e Teóricos do Serviço Social

Alguns registros sobre o “Método BH”

Marilda Villela Iamamoto “[...] participou em alguma medida da experiência da escola de Belo Horizonte: ali ela iniciou a sua carreira docente, depois transitoriamente interrompida pela repressão militar-fascista” (NETTO, 2006, p. 275, nota n. 345).

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http://www.ess.ufrj.br/professores/000neto.htm Acessado em 3 de janeiro de 2008.

Críticas ao S. Social tradicional

O Método “BH” “[...] a primeira elaboração cuidadosa, no país, sob a autocracia burguesa, de uma proposta profissional alternativa ao tradicionalismo [...]” (NETTO, 2006, p. 275).

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a) a neutralidade do S. Social (no fundo expressa um certo comprometimento da profissão com os interesses conservadores);

b) a departamentalização da realidade;

c) a fragmentação dos fenômenos sociais, que separa realidade social e grupos sociais, sociedade e homens, sujeito e objeto, dentre outros aspectos.

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Compete ao S. Social tradicional “[...] eliminar as disfunções, os problemas de desadaptação, as condutas desviadas” (Análise histórica ... p. 6-7 apud. NETTO, 2006, p. 278).

http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://bp0.blogger.com/_5uYCFlJfmkY/RnctebxWxII/AAAAAAAAAyU/v1T1TSo5Onw/s400/roto-12-mayo.png&imgrefurl=http://omundoperfeito.blogspot.com/2007_06_01_archive.html&h=279&w=400&sz=105&hl=pt-BR&start=126&um=1&tbnid=34CoSyUJfuItIM:&tbnh=86&tbnw=124&prev=/images%3Fq%3Ddisfun%25C3%25A7%25C3%25A3o%2Bsocial%26start%3D120%26ndsp%3D20%26svnum%3D10%26um%3D1%26hl%3Dpt-BR%26sa%3DN Acesso em 25 de dez. 2007.

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Leila Lima dos Santos (diretora da escola) “[...] exerceu um papel central no experimento de Belo Horizonte [...]” (NETTO, 2006, p. 271).

Ela e Ana Maria Quiroga coordenaram o “Método BH”.

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“[...] procura fundar o projeto de ruptura no domínio do fazer profissional [...] buscando [...] referenciais críticos que poderiam orientar a prática cotidiana dos assistentes sociais” (NETTO, 2006, p. 273).

http://www.unicamp.br/unicamp/divulgacao%20/BDNUH/NUH_8209/NUH_8209.htmlAcessado em 30 de dezembro de 2007.

Page 36: Serviço Social  Fundamentos Históricos e Teóricos do Serviço Social

No seu exílio na Argentina, Faleiros publicou “trabajo social ideologia y método”

Page 37: Serviço Social  Fundamentos Históricos e Teóricos do Serviço Social

b) o momento da consolidação acadêmica da intenção de ruptura (final dos anos de 1970 e início dos anos de 1980)

Nesse período, as produções teóricas beneficiaram-se da crise na ditadura e do movimento de abertura da sociedade.

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As universidades tiveram um papel especial na construção do arcabouço teórico e metodológico da intenção de ruptura.

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Nos anos de 1980 começaram as pesquisas baseadas nas fontes teórico-metodológicas originais do marxismo clássico.

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“Tipificam esse momento os trabalhos de Iamamoto (1982) e Carvalho (1986).” (NETTO, 2006, p. 269, nota de rodapé n. 322).

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A produção de Iamamoto “[...] configura a primeira incorporação bem-sucedida, no debate brasileiro, da fonte clássica da tradição marxiana para a compreensão profissional do Serviço Social” (NETTO, 2006, p. 276).

Page 42: Serviço Social  Fundamentos Históricos e Teóricos do Serviço Social

Netto (2006, p. 276: a teoria de Iamamoto foi essencial para consolidar a proposta da intenção de ruptura.

Page 43: Serviço Social  Fundamentos Históricos e Teóricos do Serviço Social

Marilda Villela Iamamoto

Participou no movimento estudantil, anos de 1960, e experimentou nos anos de 1970 “[...] a tortura nos porões da ditadura, a prisão e o ostracismo” (IAMAMOTO, 2004, p. 10).

http://bp1.blogger.com/_uHpmEBa_0E8/RzNHWle-i8I/AAAAAAAAAB4/lRUElltzlYU/s1600-h/Foto4.jpg Acessado em 26 de novembro de 2008

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Ela “[...] visualiza na sua evolução, duas vertentes profissionais – a modernizadora e a que pretende uma ruptura com a herança conservadora do Serviço Social” (NETTO, 2006, p. 299).

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A vertente modernizadora atualiza “[...] a herança conservadora da profissão, de forma a adequá-la ‘às novas estratégias de controle e repressão da classe trabalhadora, efetivadas pelo Estado e pelo grande capital, [....]” (Iamamoto, 1982:213)”. (NETTO, 2006, p. 299).

Page 46: Serviço Social  Fundamentos Históricos e Teóricos do Serviço Social

Nessa vertente Marilda Iamamoto mostra os vínculos do Serviço Social com o Estado e com o grande capital.

Page 47: Serviço Social  Fundamentos Históricos e Teóricos do Serviço Social

c) o momento do espalhamento da intenção de ruptura, no âmbito da categoria profissional (de 1982 a 1983)

O debate do Serviço Social nessa vertente estendeu-se para os profissionais.

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Segundo Netto (2006, p. 267, nota de rodapé, n.

318)

• adoção de referências do projeto de ruptura na implantação do novo currículo mínimo

• depois de 1982, a ABESSS posicionou-se pela formação baseada na crítica de fundo ao tradicionalismo

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A intenção de ruptura “[...] a partir do segundo terço da década de oitenta, penetra e enforma os debates da categoria profissional, [...]” (NETTO, 2006, p. 267).

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“[...] dá o tom da sua produção intelectual, rebate na formação de quadros operada nas agências acadêmicas de ponta e atinge as organizações representativas dos assistentes sociais” (NETTO, 2006, p. 267).

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A Revista Serviço Social&Sociedade, editada pela Cortez, em 1979, é “uma das mais importantes revistas profissionais do continente”.

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“[...] nasceu a ANAS (Abramides, 1989) e permeabilizados a ela, na década de oitenta, têm se mostrado inúmeros CRAS e o próprio CFAS” (NETTO, 2006, p. 267, nota de rodapé, n. 318).

http://www.unb.br/ih/dss/links.htm Acessado em3 de janeiro de 2008.

http://www.cress-ms.org.br/site/print_txt.php?chn=5&txt=1196794195 Acessado em 4 de janeiro de 2008.

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Elas vão das origens da profissão até o Serviço Social na sua contemporaneidade.

As produções desvelaram o Serviço Social brasileiro e latino-americano, pautadas em fontes originais.

Page 55: Serviço Social  Fundamentos Históricos e Teóricos do Serviço Social

Há um “[...] flagrante hiato entre a intenção de romper com o passado conservador do Serviço Social e os indicativos práticos profissionais para consumá-la” (NETTO, 2006, p. 161).