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SERVIÇO DE PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA EM SITUAÇÃO DE DEPENDÊNCIA E SUAS FAMÍLIAS, OFERTADO EM CENTRO- DIA DE REFERÊNCIA Deusina Lopes da Cruz Assessora Técnica MDS-SNAS - DPSE [email protected] [email protected] Fone 61 – 3433-3194

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Page 1: SERVIÇO DE PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA EM SITUAÇÃO DE DEPENDÊNCIA E SUAS FAMÍLIAS, OFERTADO EM CENTRO- DIA DE REFERÊNCIA Deusina

SERVIÇO DE PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA EM SITUAÇÃO DE DEPENDÊNCIA E SUAS

FAMÍLIAS, OFERTADO EM CENTRO- DIA DE REFERÊNCIA

Deusina Lopes da CruzAssessora Técnica MDS-SNAS - DPSE

[email protected]@mds.gov.br

Fone 61 – 3433-3194

Page 2: SERVIÇO DE PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA EM SITUAÇÃO DE DEPENDÊNCIA E SUAS FAMÍLIAS, OFERTADO EM CENTRO- DIA DE REFERÊNCIA Deusina

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PESSOAS COM DEFICIÊNCIA, de acordo com a Convenção dos Direitos da Pessoa com Deficiência – CDPD

“são aquelas que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, intelectual ou sensorial, os quais em interação com diversas barreiras, obstruem sua participação social “

Condição de saúde localizada no (CORPO), que limita a realização das atividades (DEFICIÊNCIA) e

restringe a participação social (BARREIRAS).

Fatores pessoais, ambientais e sociais como relevantes na construção da autonomia e independência como FACILITADORES OU

BARREIRAS.

Dimensão relacional da SITUAÇÃO DE DEPENDÊNCIA – como resultante da interação da

pessoa com deficiência e as barreiras.

A SITUAÇÃO DE DEPENDENCIA É CONSTRUÍDA PELA CONVIVÊNCIA DIÁRIA COM AS BARREIRAS E NÃO, EXCLUSIVAMENTE PELA DEFICIÊNCIA NO CORPO

CATEGORIAS DE DEFICIÊNCIAS: física, sensorial (auditiva e visual), mental, intelectual, autismo e

múltipla deficiência.

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A SITUAÇÃO DE DEPENDÊNCIA é considera como um RISCO SOCIAL por violação de direitos, agravado pela convivência cotidiana com:

O aumento das situações de dependência nas famílias devido ao envelhecimento populacional; velhice do envelhecimento (+ de 80 anos) e doenças crônicas

controláveis.

A situação de extrema pobreza; desassistência de serviços essenciais; falta de informação; ausência ou precariedade

de cuidados familiares; isolamento social; negligência; maus tratos; abandono; violência física e psicológica;

institucionalização, etc.

O RISCO PELA SITUAÇÃO DE DEPENDÊNCIA DEMANDA AMPLIAÇÃO DA PROTEÇÃO SOCIAL E IMPÕE AO ESTADO NOVOS DESAFIOS: SERVIÇOS DE CONVIVÊNCIA E DE CUIDADOS EM

CENTROS-DIA E/OU NOITE E BENEFÍCIOS PARA AS FAMÍLIAS.

A redução da oferta dos cuidados familiares devido: envelhecimento populacional; reduzido número de filhos

nas famílias; novas dinâmicas e arranjos familiares; mulheres inseridas no mercado de trabalho, etc.

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A PROTEÇÃO SOCIAL DO ESTADO DEVE OBJETIVAR:- construção da autonomia;- vida independente;- superação de barreiras;- prestar cuidados no apoio às famílias no fortalecimento do seu papel protetivo.

Os países devem oferecer uma variedade de apoios para evitar que as pessoas fiquem isoladas ou segregadas da comunidade: Cuidados no domicílio; Serviços de convivência e cuidados em

Centros-dia/Centros-noite; Benefícios para as famílias contratarem cuidadores; Serviços de atendentes pessoais; Acolhimento em Residências Inclusivas.

Os cuidados devem considerar duas dimensões:Básica - nas tarefas dos autocuidados, como arrumar-se, vestir-se, comer, fazer higiene pessoal, locomover-se e outros; e Instrumental - para o desenvolvimento pessoal e social da pessoa com deficiência, como levar a vida da forma mais independente possível, favorecendo a integração e a participação do indivíduo no seu entorno, em grupos sociais, incentivo ao associativismo, dentre outros.

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O Brasil instituiu o Plano Nacional VIVER SEM LIMITE 2012/14, em 4 eixos: - Acesso à Educação,- Inclusão Social, - Acessibilidade e- Saúde. As Proteções Sociais ofertadas pelo SUAS integram o Plano.

A PNAS/SUAS - oferta um conjunto de proteções com o objetivo de afiançar seguranças de: renda, apoio e auxílios (BPC , Benefícios Eventuais,

PBF); convívio e/ou vivência familiar; desenvolvimento da autonomia.

Serviços de Proteção Social para Pessoas com Deficiência e suas famílias: Proteção Social Básica - protege famílias em situação

de vulnerabilidade no território

O SERVIÇO DE PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL PODE SER REALIZADO NO CREAS, UNIDADES REFERENCIADAS, NO DOMICÍLIO DO USUÁRIO E EM CENTRO-DIA

Proteção Social Especial - presta atendimento especializado a famílias e indivíduos nas situações de risco (situação de dependência) e/ou direitos violados (Serviços de Média Complexidade). Acolhimento em Residências Inclusivas (Alta Complexidade)

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Resoluções CIT 007, 02/04/2012 e CNAS 011, 24/04/2012 estabeleceram:

Critérios de implantação do serviço e de partilha dos recursos para Municípios e Distrito Federal;

Valores do cofinanciamento federal: 40.000,00 por mês/por Centro-dia;

Cofinancimento do Estado para o Município: 50% do valor do cofinanciamento federal;

Orientações técnicas sobre o Serviço: Perguntas e Respostas;

Caderno sobre Estruturação do Serviço em Centro-dia, metodologias acessíveis e instrumentais facilitadores da organização do Serviço.

CENTRO-DIA – META DO

PLANO VIVER SEM LIMITE:

DE 27CENTROS-DIA – 01 POR UNIDADE DA FEDERAÇÃO

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1ª. Etapa - cofinanciados MDS – JUN/2012 - em fase de implantação 1 - Curitiba (PR)

2 - Belo Horizonte (MG)3 - Campo Grande (MS)

4 - João Pessoa (PB) - inaugurado em dez. 20122ª. Etapa – cofinanciados MDS - DEZ/2012 em fase de implantação

5 - Distrito Federal6 - Goiânia (GO)7 - Manaus (AM)

8 - Rio Branco (AC)9 - Araguaína (TO)10 - São Luiz (MA)

11 - Recife(PE)12 - Natal (RN)13 - Macei (AL)14 - Aracaju(SE)

15 - Salvador (BA)16 - Campinas (SP)

17 - São Gonçalo (RJ)18 - Joinville (SC)

19 - Caxias do Sul (RS)

3ª. Etapa – cofinanciados MDS -MAIO/2013 – em fase de implantação

20 – Cuiabá (MT)21 – Teresina (PI)22 - Macapá (AP

23 - Fortaleza (CE)

Ainda não assinaram Termo de Aceite aberto até 28-06-2013, os Municípios elegíveis dos Estados de:RO – Porto Velho, Ji-Paraná, Ariquemes, Cacoal

RR – Boa Vista

PA – Belém, Ananindeu Santarém Marabá

ES – Vitória, Vila velha, Serra Cariacica

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Municípios elegíveis : (50.000 habitantes ou mais; Gestão Básica ou Plena; CRAS e CREAS funcionando ; Prioridade para as Capitais:

RO – Porto Velho – (Jí-Paraná, Ariquemes, Cacoal)RR – Boa Vista PA – Belém - (Ananindeua, Santarém, Marabá)ES – Vitória - (Vila Velha, Serra e Cariacica)

PARA COMPLETAR A META DE 27 UNIDADESO MDS está disponibilizando, até 28 de junho de 2013

novo Termo de Aceite para 04 Unidades, uma por Estado

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SERVIÇOS COFINANCIADOS PELO SUAS 2012-2013Municípios Centros-dia Residências Inclusivas

REGIÃO SUL Curitiba (PR) 1 6Ponta Grossa (PR) 0 1Toledo (PR) 0 1Foz do Iguaçu (PR) 0 1Cascavel (PR) 0 2São José (SC) 0 2Joinville (SC) 1 0Caxias do Sul (RS) 1 0

REGIÃO SUDESTE Campinas(SP) 1 0Bauru (SP) 0 2Araraquara (SP) 0 1Araras (SP 0 1Araçatuba (SP) 0 2São Bernardo Campo (SP) 0 1São Gonçalo (RJ) 1 1Petrópolis (RJ) 0 3Belo Horizonte (MG) 1 2Sabará (MG) 0 1Montes Claros (MG) 0 2

REGIÃO CENTRO-OESTE Campo Grande (MS) 1 4Cuiabá (MT) 1 0Goiânia (GO) 1 1Brasília (DF) 1 1Salvador (BA) 1 1Aracaju (SE) 1 0Maceió (AL) 1 1Natal (RN) 1 0João Pessoa(PB) 1 1Santa Rita (PB) 0 1Recife(PE) 1 0Fortaleza (CE) 1 0Teresina (PI) 1 0São Luiz(MA) 1 0

REGIÃO NORTE Manaus(AM) 1 1Rio Branco (AC) 1 0Araguaína (TO) 1 0Macapá(AP) 1 0

TOTAL 23 40

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É uma Unidade Especializada tipificada no Serviço de Proteção Social Especial

para Pessoas com Deficiência e suas famílias;

Pode ser pública estatal ou não estatal, quando ofertado em parceria com

Entidades Sociais com vínculo SUAS;

De abrangência Municipal e do DF;

É uma Unidade REFERENCIADA ao CREAS.

O CENTRO-DIA SER REFERENCIADO AO CREAS, IMPÕE: Serviço alinhado com às normativas do SUAS; Caráter público, gratuito, de interesse público; Atendimento ao público ao qual se destina o serviço; Estabelecimento de compromissos, procedimentos comuns, específicos e/ou

complementares; Definição de fluxos de encaminhamentos e troca de informações; Definição de mecanismos e instrumentos para registros de informações de

gestão e avaliação de resultados

O QUE ÉCENTRO-DIA

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Jovens e adultos com deficiência em situação de dependência

prioritariamente , beneficiários do BPC e inseridos no CadÚnico;

Em situação de risco e direitos sociais violados;

As Famílias dos usuários – Cuidador Familiar

O cuidador familiar como sujeito de direito à proteção social em virtude da situação

de risco decorrente do(a):

Stress pela exposição à prestação de cuidados prolongados;

Alto custo decorrente da situação de dependência na família;

Dificuldade de inclusão produtiva (atividades de cuidar e trabalho);

Isolamento social;

Envelhecimento ou adoecimento;

Negligência nos autocuidados ;

Precarização dos cuidados (negligência, maus tratos, abando, violência,

superproteção, institucionalização, ou outras situações de violação de direitos.)

QUAIS OS USUÁRIOS DO CENTRO-DIA

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O Serviço atende ás diretrizes do SUAS e inclui:

Acolhida, escuta ativa e qualificada das reais demandas do usuário e sua família;

Elaboração conjunta de um Plano Individual e/ou Familiar de Atendimento;

Atuação interdisciplinar da equipe e uso de metodologias acessíveis;

Realização de atividades não apenas no Centro-dia, mas envolvendo o domicílio, o bairro, a

comunidade, clubes, cinemas, praças e outros serviços existentes no território;

Visitas ao domicílio para conhecer o cotidiano do usuário e sua família e a realização de

atividades de fortalecimento de vínculos, envolvendo o cuidador familiar, a família original

e ampliada e a vizinhança;

Utilização de instrumentais de registros facilitadores da organização dos trabalhos como:

Plano de Trabalho da Unidade; Plano de Atendimento; Avaliação de resultados, etc;

Atuação em rede no território e matriciamento do serviço ao Sistema Único da Saúde –

SUS;

Articulação com os Órgãos de Garantia e de Defesa de Direitos nas situações de violação de

direitos;

Não se caracterizar como um serviço totalitário e segregado.

QUAIS AS DIRETRIZES DO SERVIÇO EM CENTRO-DIA

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Um conjunto variado de atividades de convivência na unidade, na comunidade e

envolvendo o domicílio;

Presta cuidados pessoais que incluem atividades instrumentais de convivência e autonomia e

cuidados básicos de vida diária, como:

assessoria ao usuário em todas as atividades da vida diária;

Apoio na locomoção e deslocamentos;

Apoio na administração de medicamentos indicados por via oral e de uso externo, prescrito por

profissionais; na ingestão assistida de alimentos; na higiene e cuidados pessoais;

orientação sobre prevenção de acidentes;

Realização de atividades recreativas e ocupacionais; de promoção de saúde, cuidados e

autocuidado;

colaboração nas práticas indicadas por profissionais dos usuários (T.O., Fonoaudiólogo,

Fisioterapeuta, etc.);

Cuidados em conformidade com as atividades da Classificação Brasileira de Ocupações – CBO sob o

código 5162 (Profissional Cuidador como alguém que “cuida a partir dos objetivos estabelecidos por instituições especializadas,

zelando pelo bem-estar, saúde, alimentação, higiene pessoal, educação, cultura, recreação e lazer da pessoa assistida”).

O QUE É OFERTADO NO CENTRO-DIA

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O AUMENTO DA AUTONOMIA E INDEPENDÊNCIA DOS USUÁRIOS PARA O

ENFRENTAMENTO DAS BARREIRAS DE INCLUSÃO SOCIAL, POR MEIO DE ATIVIDADES

QUE AMPLIAM:

Convivência grupal, familiar, comunitária e social dos usuários;

O fortalecimento de vínculos e as relações sociais;

O acesso a outros serviços no território e à tecnologias assistivas de autonomia e

convivência;

A prestação de cuidados pessoais durante o dia;

A proteção nas situações de isolamento social, discriminação, negligência, maus

tratos, abandono, violência física e psicológica e uso indevido da imagem;

O apoio e a orientação aos cuidadores familiares , a autonomia e o fortalecimento

do papel protetivo da família;

Os conhecimentos sobre deficiência, dependência, vulnerabilidade e risco por

violação de direitos sociais no SUAS.

QUAL O RESULTADO ESPERADO COM O SERVIÇO EM CENTRO-DIA

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Recebe e avalia a demanda valendo-se de procedimentos definidos no Plano de Trabalho da Unidade;

Articula-se no território com o CREAS de Referência, outros serviços do SUAS;

Matricia a Unidade no SUS (atenção básica, especial - serviços de reabilitação, órteses e prótese, CAPS) e propõe agendas de trabalhos conjunto;

Se relaciona com as áreas da educação; trabalho; órgãos de garantia e de defesa de direitos; serviços comunitários e outros;

Encaminha para outros serviços do SUAS ou de outras políticas públicas, quando é o caso;

Identifica os casos de atendimento imediato no Centro-dia;

Estabelece estratégias de apoio do Serviço às situações apresentadas com perfil de Centro-dia;

Realiza registros de acordo com os instrumentos definidos para o serviço e promover a troca de informação.

QUAIS AS ROTINAS DE GESTÃO NO CENTRO-DIA

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Considera não haver uma ESCALA específica para a avaliação da situação de

dependência e das situações de risco e violação de direitos.

Orienta-se pelo uso de instrumentais de coleta de informações que ressaltam o cotidiano

do usuário e sua família, incluindo:

a) A Convivência com a extrema pobreza; desassistência de serviços essenciais; ausência ou

precariedade de cuidados familiares; isolamento social; negligência; maus tratos; abandono;

violência física e psicológica; risco de institucionalização e outras;

b) Existência de barreiras no cotidiano (físicas, de comunicação, de transporte e de atitudes );

c) Perfil dos apoios necessários para a autonomia da pessoa em todos os ambientes (domicílio,

escola, trabalho, vida em sociedade);

d) A frequência temporal da necessidade dos apoios (em horas, dias, semanas);

e) As áreas requeridas (básica - vestir-se, agasalhar-se, comer, fazer higiene pessoal, locomover-

se ou instrumental);

f) A necessidade de tecnologias assistivas de convivência e autonomia;

g) A necessidade de apoio de terceiros (cuidadores familiares);

h) O perfil do cuidador familiar (idade, condição de saúde, capacidade de cuidar).

COMO O CENTRO-DIA AVALIA AS DEMANDAS RECEBIDAS

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Funciona: 5 dias por semana, 10 horas por dia, inclusive no horário do almoço (permanência

do usuário definida no Plano);

Tem uma Equipe de Referência - 01 Coordenador de nível superior, 01 Assistente Social, 01

Psicólogo, 01 Terapeuta Ocupacional e 10 cuidadores, para cada grupo de 30 usuários no

turno;

Constitui Grupos de usuários com homens e mulheres, jovens e adultos com distintas

deficiências e situações de vulnerabilidade e risco por violação de direitos;

Capacita os trabalhadores em educação permanente; forma grupos de estudos;

participa de eventos; conta com orientação de profissionais especialistas;

É localizado no Município e de abrangência municipal;

Usa metodologias acessíveis na comunicação, visão e compreensão dos usuários

surdos, cegos com deficiência intelectual, dificuldades de locomoção e deficiências

múltiplas;

Utiliza espaço físico amplo e com acessibilidade;

COMO FUNCIONA O CENTRO-DIA

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COMO DEVE SER O ESPAÇO FÍSICO DO CENTRO-DIA

Uma construção acessível e adequada para dar vida às Orientações Técnicas sobre o Serviço,

considerando:

1 – As Normas Técnicas de Acessibilidade da ABNT;

2 - Áreas amplas, limpas, de boa apresentação, claras e ventiladas;

3 – Banheiros, masculinos e femininos acessíveis;

4 – Piso não escorregadio;

5 – Mobiliário acessível como mesas individuais modelo estação de trabalho;

6 - O conceito de “ambientes” em lugar de “salas”, incluindo:

a) Recepção - com mesa e algumas cadeiras não fixadas ao chão;

b) Uma sala da Coordenação – com mesa; armários; uma mesa redonda pequena para reunião;

c) Uma sala para o Apoio Administrativo do Centro-dia, Coordenação e demais funcionários - com

mesa (considerar o uso de computador, telefone, xerox, etc);

d) Uma sala para a Equipe Técnica – 4 pessoas, com mesas individuais modelo “baias”, uma mesa

redonda pequena para a reunião da equipe, alguns armários para guarda de pertences dos

profissionais (não orientamos uma sala para cada profissional de nível superior porque

eles atuarão como equipe e novos profissionais poderão ser agregados à equipe);

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COMO DEVE SER O ESPAÇO FÍSICO DO CENTRO-DIA

f) Uma sala para Acolhida e Escuta Individualizada - com uma mesa redonda pequena e cadeiras (alguns

usuários poderão necessitar de uma escuta mais individualizada que poderá ser agendada);

g) Uma sala para Suporte e Apoio dos Profissionais Cuidadores - com uma mesa redonda, algumas

cadeiras e armários para guarda de pertences (não orientamos mesas e cadeiras individuais);

h) Salas amplas - Ambientes para Múltiplas Atividades, sem especificar quais que poderão ser de leitura,

atividades com computadores, oficinas temáticas, etc. Sugere-se duas;

i) Sala maior para Atividades Comunitárias (30 lugares) com cadeiras não fixadas ao chão, que permita a

montagem de ambientes de acordo com as atividades: comunitárias, em grupos, mesa grande com

cadeiras em volta, etc;

j) Ambientes para períodos de Descanso e orientações como: acostar-se, levantar-se, cobrir-se, etc. Se

possível, três espaços: dois, mais reservados (masculino e feminino), com algumas camas (6) e outro, de

uso misto, com poltronas reclináveis, cadeiras de fio, poltronas individuais, etc. Desta forma, este último,

se não estiver sendo usado, poderá ser redecorado para outras atividades. Nas áreas de descanso devem

ter escaninhos para guarda dos pertences dos usuários considerando que alguns vão passar o dia todo;

l) Área do refeitório com geladeira, fogão, dispensa e armários para guarda de alimentos; mesas e cadeiras

não fixadas no chão. Área para acondicionamento de material de limpeza e higiene em separado;

m) Áreas externas.

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O MONITORAMENTO INCLUI O PLANEJAMENTO DE ETAPAS:

Definição do CREAS que vai referenciar o Centro- dia

Definição do Coordenador do serviço

Recebimento de apoio técnico do Estado

Recebimento do cofinanciamento do Estado

Articulação com o SUS

Definição do Município ou DF pela execução direta ou indireta

Assinatura de termo no caso de execução indireta (entidade social – LOAS)

Destinação do Espaço físico para o Centro-dia

Aquisição de materiais/contratação de serviços

Contratação de pessoal

Realização e/ou participação de capacitação

Matriciamento do Centro-dia ao SUS

Identificação e Mobilização dos usuários

Definição de instrumento registro/Plano Individual ou Familiar de Atendimento

Definição de instrumento de Acompanhamento/Monitoramento

Data da inauguração do Centro-dia.

COMO É MONITORADA A IMPLANTAÇÃO DOCENTRO-DIA

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LOAS- Lei n. 8742/93; PNAS/2004; NOB RH SUAS/2006; NOB/SUAS/2012;

Tipificação Nacional dos Serviços SUAS/2009;

Caderno de Orientações Técnicas do CREAS/2011;

Resolução CNAS nº 34/2011 – Habilitação e Reabilitação no SUAS;

Decreto 7.612 de 17/11/2011 – Plano VIVER SEM LIMITE;

Resolução CIT nº 07/2012 - cofinanciamento do Estado

Resolução CNAS nº 11/2012 – Critérios de partilha de recursos para cofinanciamento;

Portaria MDS nº 139/2012 – autorização de pagamento dos Centros-dia e (nº 140/2012

– Residências Inclusivas)

Portaria Interministerial MDS/MS/003, 21/09/2012 - matriciamento Residências

Inclusivas no SUS;

ORIENTAÇÕES TÉCNICAS SOBRE CENTRO-DIA:

(a) Perguntas e Respostas ;

(b) Caderno Centro-dia: Estruturação; Metodologias acessíveis e

Instrumentais facilitadores da organização do serviço

QUAL A LEGISLAÇÃO DE REFERÊNCIA DO CENTRO-DIA

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MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME SECRETARIA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL - SUAS

CENTRO-DIA DE REFERÊNCIA ORIENTAÇÕES TÉCNICAS SOBRE O SERVIÇO DE PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL PARA PESSOAS

COM DEFICIÊNCIA E SUAS FAMÍLIAS, OFERTADO EM CENTRO-DIA DE REFERÊNCIA:

Estruturação do Serviço Metodologias e técnicas acessíveis Instrumentais facilitadores da organização do Serviço

Brasília, DF

CADERNO CENTRO-DIA VERSÃO PRELIMINAR –

MAIO/13 Material de referência para a

oficina de alinhamento de informações nos dias 21 e 22 de maio de 2013, em Brasília. Sujeito à revisão e formatação

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CAPÍTULO 1 CONCEPÇÕES SOBRE PESSOA COM DEFICIÊNCIA, DEPENDÊNCIA, VULNERABILIDADE E RISCO POR VIOLAÇÃO DE DIREITOS

CAPÍTULO 2 SERVIÇO DE PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA E SUAS FAMÍLIAS, OFERTADO EM CENTRO-DIA DE REFERÊNCIA

CAPÍTULO 3 METODOLOGIAS ACESSÍVEIS NO SERVIÇO OFERTADO EM CENTRO-DIA DE REFERÊNCIA

CAPÍTULO 4 GESTÃO, MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DO SERVIÇO OFERTADO EM CENTRO-DIA DE REFERÊNCIA

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APÊNDICES:

Roteiro orientador do processo de acolhida, escuta ativa

e qualificada do usuário - (APÊNDICE A);

Formulário de Identificação do usuário e sua família -

(APÊNDICE B);

Roteiro metodológicos para construção de MAPs - mapas

de desejos, perspectivas e possibilidades no trabalho

com o usuário- (APÊNDICE C);

Registros sobre o perfil das situações de dependência e

necessidades de cuidados do usuário - (APÊNDICE D).

Roteiro de elaboração do Plano Individual ou Familiar

de Atendimento - (APÊNDICE E);

Modelo de acompanhamento de atividades -

(APÊNDICE F);

Sugestões de atividades com as famílias - (APÊNDICE

G);

Roteiro para elaboração do Plano de Trabalho da

Unidade - (APÊNDICE H).