ser federado ou nÃo federado

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A propósito da Maratona de Santo Tirso 27/09/2015 – Competir em BTT como federado ou lazer/promoção Regulamento Geral e Técnico de Corridas da UVP/FPC Licenciados – A licença é um documento de identidade que confirma o compromisso do seu titular de respeitar os estatutos e regulamentos e que o autoriza a participar em provas de ciclismo (1.1001 do Regulamento geral e técnico decorridas da UVP/FPC). Categorias dos titulares – Uma licença é requerida por corredor (homem/mulher, todas as disciplinas, todas as categorias) ponto 1.1010 do mesmo regulamento. 1.2 – Ciclismo para todos (cicloturista) outras categorias que para a presente dissertação não vem a propósito (treinador, agente, staff, etc.) Ciclismo de competição Com vista à participação nas provas do Calendário Internacional, as categorias de corredores são determinadas pela idade dos praticantes, a qual é definida pela

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SER FEDERADO OU NÃO FEDERADO

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A propsito da Maratona de Santo Tirso 27/09/2015 Competir em BTT como federado ou lazer/promoo

Regulamento Geral e Tcnico de Corridas da UVP/FPC

Licenciados A licena um documento de identidade que confirma o compromisso do seu titular de respeitar os estatutos e regulamentos e que o autoriza a participar em provas de ciclismo (1.1001 do Regulamento geral e tcnico decorridas da UVP/FPC).

Categorias dos titulares Uma licena requerida por corredor (homem/mulher, todas as disciplinas, todas as categorias) ponto 1.1010 do mesmo regulamento.

1.2 Ciclismo para todos (cicloturista) outras categorias que para a presente dissertao no vem a propsito (treinador, agente, staff, etc.)

Ciclismo de competio Com vista participao nas provas do Calendrio Internacional, as categorias de corredores so determinadas pela idade dos praticantes, a qual definida pela diferena entre o ano de realizao da prova e o ano de nascimento do corredor.

Ciclismo para todos (Cicloturismo)

Uma licena de Ciclismo para todos (cicloturista) concedida aos ciclistas que praticam ciclismo de lazer. A licena d acesso exclusivamente s provas do calendrio de Ciclismo para todos (cicloturismo).

Regulamento particular aprovado a 11/11/2014, Taa de Portugal cross country marathon xcm 2015 Os atletas portadores de licena de Betetista ou Cicloturista da UVP/FPC integraro a prova XCM para atletas no federados, cuja prova tem regulamento particular prprio da responsabilidade do organizador.

Inscries nas ProvasFederados: Inscrio online no website da UVP/FPC (www.fpciclismo.pt);

No federados: Cicloturistas e betetistas directamente no organizador;

Regulamento geral Ciclismo para todos 2015

O Ciclismo Para Todos (CPT) uma vertente que promove a prtica do ciclismo em diferentes e variadas formas e nveis, encorajando o maior nmero possvel de pessoas a participarem em atividades de carter recreativo ou competies amadoras, assim como a integrarem o uso da bicicleta no seu quotidiano ou em contexto recreativo, desportivo, cultural e turstico, de acordo com as recomendaes da UCI. Incluem-se as atividades que valorizam o esforo individual ou coletivo com vista ao desenvolvimento pessoal e auto superao, no esprito tradicional e histrico do cicloturismo, adaptando-o realidade portuguesa. Paralelamente s atividades puramente recreativas, a crescente procura de eventos de ciclismo nos quais os praticantes possam avaliar os seus desempenhos, em provas mistas de lazer e superao pessoal, recomenda o desenvolvimento de regulamentao prpria, que enquadre devidamente a prtica deste tipo de competies em condies de segurana, salvaguardando a tica desportiva, bem como o desenvolvimento desportivo dos atletas em idade de formao.

Artigo 2

2.1 Qualquer pessoa pode solicitar a filiao na vertente CPT, emitida pela FPC, de modo a poder participar nas atividades includas no respetivo calendrio.2.2. O filiado CPT submete-se s presentes regras e aos regulamentos da FPC.2.3. O valor da filiao determinados todos os anos pela FPC, antes do incio da poca desportiva.2.4. No mbito da realizao de uma determinada prova ou manifestao desportiva, as Associaes Regionais de Ciclismo e Cicloturismo podero solicitar junto da FPC a filiao diria dos participantes que no possuam licena anual, garantido que estes estoabrangidos pelo seguro desportivo legalmente exigvel.

Regulamento particular Provas Abertas

1.1. A [designao da prova] (adiante designada como Prova) e uma Prova Aberta, com carater competitivo amador, organizada por [entidades], e disputada em conformidade com os Regulamentos da Federao Portuguesa de Ciclismo e o presente regulamento.

1.2. A Prova est inscrita no calendrio [regional/nacional], e ser supervisionada pela [Associao Regional de Ciclismo/Cicloturismo], com as seguintes caratersticas competitivas:1.2.1. Classificao [individual/equipas] com atribuio de tempos1.2.2. Classificao [individual/equipas] por ordem de chegada1.2.3. Com atribuio de Premio (s), pecunirios ou em espcie, em funo do tempo obtido, distancia percorrida ou ordem de chegada.1.3. Na Prova podero participar atletas portadores de licena desportiva de competio, assim como atletas Federados na vertente Ciclismo Para Todos, e tambm atletas no federados, de nacionalidade portuguesa ou outra, com idade igual ou superior a 15 anos (para a poca 2015, consideram-se aptos os atletas nascidos ate 2000, inclusive).1.4. Os atletas profissionais e outros agentes desportivos apenas podero participar mediante convite da organizao.

Regulamento geral das Actividades Desportivas 2015 Associao de Ciclismo do Porto

Participantes:

A participao nas atividades promovidas ou apoiadas pela ACP, em funo das respetivas caractersticas, regulamentos federativos e particulares permitida a inscritos na FPC ou noutra federao de ciclismo estrangeira reconhecida pela UCI. A participao nas atividades promovidas ou apoiadas pela ACP, em funo das respetivas caractersticas, tambm permitida a no inscritos na FPC ou em congnere, desde que titulares de seguro desportivo e sejam integrados, em atividades competitivas, no mbito das classes de promoo.

Actividades:

As atividades desportivas, de competio e de lazer, so organizadas em consonncia com os regulamentos federativos e particulares, assim como no pressuposto das boas prticas ambientais e no estrito respeito, salvaguarda e proteo dos recursos naturais.

Regulamento da Maratona de Santo Tirso

Condies de participao A prova aberta a participantes de ambos os sexos, na vertente de competio ou lazer. Os participantes devem ser responsveis pela sua participao no evento em termos fsicos e de sade, devendo os mesmos ter conscincia que no existe nenhum fator clnico que os impea de praticar desporto ou qualquer esforo fsico. A organizao no se responsabiliza por eventuais acidentes ou ocorrncias dentro deste mbito. Os atletas que data da prova tiverem entre 16 e 17 anos, s podero participar na Meia Maratona de 45 km. Os atletas menores de 16 anos data da prova no podem participar na prova. Os atletas federados de competio devero reger-se pelo regulamento da TAA REGIONAL AC PORTO XCM 2015: www.acporto.org. Os Atletas que estejam sobre qualquer sano da UCI ou da UVP-FPC no podem participar.Ora, passemos ao caso em concreto. Um atleta federado podia ou no participar na maratona de Santo Tirso na categoria de promoo?!

A maratona de Santo Tirso, podia ser disputada nas seguintes formas:

1- Maratona Campeonato Regional Porto XCM (vedada a atletas no federados);2- Maratona promoo/lazer;3- Meia-maratona;

A primeira modalidade de acordo com os regulamentos regionais UVP/FPC e regulamento particular do campeonato regional do Porto, estritamente destinada a atletas federados.As outras duas modalidades seja a maratona promoo/lazer seja a meia-maratona, por falta de norma especfica que proba a participao concreta de atletas federados estaria pois como toda e qualquer prova organizada em Portugal sob a gide da FPC e suas associadas (Associaes Regionais), estaria aberta a todo e qualquer atleta federado; salvo, obviamente, as excepes previstas no regulamento geral da UVP, como por exemplo, os atletas suspensos, entre outros.Na realidade o ciclismo em Portugal, em especial o BTT, viveu nos ltimos anos um aumento exponencial do nmero de praticantes e obviamente de equipas e grupos de amigos e praticantes de ciclismo para todos.Salutar seria enquadrar todos eles na organizao que superintende na modalidade, ou seja, FPC, em especial por forma a que todos os praticantes possuam seguro desportivo.Infelizmente, contrariamente ao aumento do nmero de praticantes, tem diminudo e bastante o nmero de patrocinadores e de apoios e alm dos factores normais decorrentes da crise econmica; uma situao existe que em nada contribui para tal.Concretamente, cada vez mais so as equipas compostas por atletas no federados que fruto do facto de se apresentarem a competir apenas nas denominadas maratonas/provas categoria promoo/lazer, brilhantemente e obviamente que fruto tambm do empenho, dedicao e mrito, mas que, perante a opinio pblica, aparecem como grandes vencedores em grandes paragonas nos jornais regionais confundindo o cidado comum, que muitas vezes levado, por desconhecimento, a pensar que a competio e os encargos das vrias equipas (Nota: federados e no federados) so os mesmos quando na realidade o nvel competitivo obviamente diverso; sendo que existem muitos e bons atletas no federados que a alinhar em provas destinadas a federados igualmente dariam cartas. Participar em equipas e participar nas provas de promoo/lazer substancialmente mais fcil vencer nas provas e por isso os atletas so cada vez mais tentados a optarem por no se federarem e muitos deles nem possuem o seguro desportivo. Ora, tal situao lesiva para a modalidade e urge que a FPC (apesar dos esforos constantes), cada vez mais se empenhe no sentido de motivar as equipas e os seus atletas. Bem como incentivar o ciclismo para todos mas obrigando ou arranjando solues para cada vez mais captar bons atletas e incentivar os mesmos a federarem-se e por outro lado captar a ateno da populao em geral e empresas para dessa forma auxiliarem na obteno de apoios para todos, em especial para as equipas organizadas que possuam atletas federados e que obviamente mais custos suportaro, fazendo com que a populao em geral perceba nitidamente que na disputa de uma maratona esto em discusso provas de nvel competitivo muito diferente; federados e no federados; competio ou lazer e assim mais praticantes se federem e filiem. Em especial deve a FPC pugnar para que toda e qualquer organizao de provas passe expressamente a prever no regulamento especfico uma clusula que estipule que na maratona ou meia maratona de promoo/lazer podem competir atletas federados e no federados! Deste modo ser mais democrtico e mais consentneo e congruente com a legislao geral em vigor! O mesmo se afirmando relativamente ao processo de atribuio de prmios ou pdios e evitando assim as confuses que se geram em muitas provas no sentido de admitir pdios de atletas federados em provas de promoo/lazer ou de todo proibir expressamente tal situao.Com efeito so j inmeras as provas onde as organizaes so foradas a decidir, por vezes erradamente pela desclassificao de atletas, porm sem base legal como agora sucedeu em sto Tirso mas poderamos enumerar muitas mais. No caso em concreto e visando alertar a UVP/FPC para a confuso reinante e alguma divergncia, decidiu a equipa F.C.Famalico Bike Zone Soniturismo fazer competir um atleta federado na maratona promoo/lazer para e assim mostrar que tal possvel e legal e isso foi mesmo propositado pois pode ser assim relanada a discusso sobre o assunto em causa!O que sucedeu foi que a organizao desclassificou o atleta ao arrepio da legislao vigente conforme j supra se expos. Como se previa e porque j foram vrias as provas em que se sucedeu confuso entre equipas e atletas federados e no federados, a verdade que acabou por ir ao pdio um atleta no federado; sem suporte em qualquer tipo de legislao legal. Neste sentido pretende a equipa demonstrar o seguinte: ambos os atletas trabalham oito horas por dia; ambos treinam apenas quando podem; nenhum deles profissional e por acaso o atleta no federado praticante h j bastante mais anos que o atleta federado. Porm, o atleta federado que venceu! E, agora?Afinal so ambos amadores, ambos sujeitos aos regulamentos nacionais, ento porque motivo se vai discriminar um em detrimento do outro? Quem deve discriminar ou distinguir devem ser as prprias provas, campeonatos; ou seja, as taas, prmios monetrios ou outros. Todo e qualquer campeonato ou taa deve ser exclusivamente restrito a atletas federados. Contudo, toda e qualquer outra prova aberta pode ser praticada por todos, salvo se os regulamentos gerais da UVP7FPC sejam alterados e nesse sentido passem a prever exclusivamente quais so as provas em que atletas federados podem ou no competir; ou seja, toda e qualquer prova deve ser aberta a atleta federado.S assim se evitar a confuso reinante e deste modo mais atletas sero tentados a federar-se; porm, caso passe a existir norma concreta que limite a participao de provas promoo/lazer a atletas no federados uma nova questo persistir!Como obrigar algum a federar-se ou no; ou seja, como saber quem teria mais ou menos anos de ciclismo ou BTT ou menos anos..ou e.ou.! Muitas dvidas!!!Pensamos que tal no ser a soluo mas soluo tem que existir!!! A mais fcil sempre fazer ntida distino entre as provas de campeonato e promoo/lazer. Teoricamente a promoo deveria ser restrita a iniciantes que deveriam passados alguns anos subir por vontade prpria de evoluir e passar a outro nvel, competindo com atletas mais credenciados e caso por qualquer motivo o no desejem manterem-se na promoo. Porm jamais um atleta federado dever ser proibido de participar numa competio subordinada aos regulamentos da UVP/FPC.Actualmente o BTT um sinonimo de massas. Os eventos de BTT so muitos e diversos, qualquer praticante deve comear por competir nos escales de promoo e comeando a evoluir e a ganhar destaque deve comear a competir como atleta federado. Contudo uma vertente pode viver e complementar-se com a outra, mas quem est a iniciar deve sempre sentir prazer e ter gosto em competir junto dos mais evoludos para assim evoluir tambm.Pelo que, mantendo-se a existncia conjunta de provas, promoo e campeonato nenhum entrave deve existir nas provas promoo e qualquer atleta que nela pretenda participar seja atleta federado ou no federado.O presente texto vai ser enviado UVP/FPC; Associao de Ciclismo do Minho; Associao de Ciclismo do Porto e NAST.Aceitam-se comentrios e sugestes! Esperamos contribuir para uma salutar discusso em torno desta questo e abertos para colaborar pela clarificao com as entidades responsveis e demais intervenientes!Lutemos para credibilizar a Modalidade que todos ns (federados e no federados) tanto ADORAMOS!

AFINAL O BTT PARA TODOS OU NO?Leia-se a propsito o seguinte: http://www.uvpfpc.pt/arquivo_noticia_ver.php?id_noticia_new=658&pag=1&id_modalidade_new=5

QUESTO JURDICA: Quando no existe uma norma especfica para regulamentar uma determinada situao estamos perante uma lacuna. Uma lacuna da lei um vazio ou uma incompletude do ordenamento legislativo por inexistncia de uma norma jurdica aplicada in concreto, ou seja, inexistncia de dispositivo aplicvel ao caso concreto ou de um critrio para que se saiba qual norma aplicar. Portanto a lacuna se caracteriza quando a lei omissa ou falha em relao a determinado caso. Para resolver o problema, recorre-se aos costumes, jurisprudncia, aos princpios gerais do direito, analogia e, segundo alguns juristas, tambm equidade. A Equidade consiste na adaptao da regra existente situao concreta, observando-se os critrios de justia e igualdade. Pode-se dizer, ento, que a equidade adapta a regra a um caso especfico, a fim de deix-la mais justa. No caso em concreto no se ponderou em momento algum os interesses e os esforos que foram feitos no s ao longo da prova mas tambm todo o esforo do atleta despendido nos treinos, nas outras provas e todo o sacrifcio que o mesmo teve e tem para estar na melhor forma possvel! No existindo norma especfica no pode operar o livre arbtrio que leva e neste caso levou a situaes de injustia!!!

ASSIM PROCUREMOS TODOS PUGNAR POR MELHOR REGULAMENTAO E SOBRETUDO PROCUREMOS TODOS ENCONTRAR A SOLUO MAIS EFICAZ PARA TODOS BENEFICIAREM E DISFRUTAREM DA MODALIDADE CREDEBILIZANDO A MESMA DEMOCRATICAMENTE.

Pela Unio Ciclista de V.N.Famalico-UCVNFJos Mesquita