seqüência didática - gestão escolar · desempenho no ensino-aprendizagem da leitura; ... a...

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Seqüência didática Identificação: Novas tecnologias – o hipertexto na leitura interativa Autora: Professor PDE: Laura Lopes de Paiva E-mail: [email protected] [email protected] Fone: (044) 3026-5082 – Celular (044) 9102-9436 NRE: Maringá Escola: Colégio Estadual Marco Antônio Pimenta Disciplina: Língua Portuguesa e Literaturas Série: 1ª - Ensino Médio Professor Orientador IES: Annie Rose dos Santos E-mail: [email protected] Fone: (044) 3031-2489 – Celular (044) 9112-7666

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Seqüência didática

Identificação: Novas tecnologias – o hipertexto na leitura interativa

Autora: Professor PDE: Laura Lopes de Paiva

E-mail: [email protected] [email protected]

Fone: (044) 3026-5082 – Celular (044) 9102-9436

NRE: Maringá

Escola: Colégio Estadual Marco Antônio Pimenta

Disciplina: Língua Portuguesa e Literaturas

Série: 1ª - Ensino Médio

Professor Orientador IES: Annie Rose dos Santos

E-mail: [email protected]: (044) 3031-2489 – Celular (044) 9112-7666

Novas tecnologias - hipertexto na leitura

interativa

http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/bancoimagem/

O exercício da leitura, na sala de aula, muitas vezes é prejudicado por

falsas considerações do que realmente seja ler, gerando desinteresse, e

conseqüentemente desmotivação e resistência por parte do aluno, havendo

quase sempre pouco ou nenhum retorno. Neste sentido, pretendemos, neste

trabalho, adequar a leitura às novas tecnologias da comunicação.

Ler é dialogar com o mundo; os alunos, por sua vez, dialogam muito com o

“mundo” por intermédio das novas tecnologias que o sistema virtual on-line

permite. O leitor interage, dialoga com o hipertexto que tem a sua frente, ativando

2

Você conhece os novos passos no caminho da

leitura? Hiperleitura – nada a ver...

http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/bancoimagem/

uma série de operações mentais e estratégias de leitura, uma vez que o texto

pode ser lido de inúmeras formas, dependendo do perfil e dos objetivos do leitor,

além deste último poder explorar diferentes gêneros textuais produzidos nas

variadas situações sociocomunicativas.

O uso de recursos das novas tecnologias via Internet possibilita aos alunos

manifestação livre e participação fácil, rápida e ilimitada, visando ao melhor

desempenho no ensino-aprendizagem da leitura; especificamente a leitura no

hipertexto eletrônico, que propicia uma nova forma de leitura e aquisição de

conhecimento através da mídia eletrônica veiculada na Internet, além de oferecer

um espaço transformador da rotina escolar.

http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/bancoimagem/frm_buscarImagens3.php

É comum ouvir a respeito de uma educação inovadora, transformadora, de

professores renovados, de renovação de espaços, de ressignificação de conteúdos

e de valores tendo como ponto de partida as mudanças ocorridas na sociedade. A

escola, como instituição integrante e

atuante dessa sociedade e

desencadeadora do saber sistematizado,

não pode ficar fora ou à margem desse

dinamismo.

A língua utilizada está presente na

música, na arte, no trabalho, na política,

nas variadas culturas, na diversidade dos gêneros, nas relações sociais e nas novas

3

Ressalta-se que o computador, a

Internet e seus acessórios não são apenas

mais uma tecnologia na sala de aula, são

novas linguagens. E como tal devem ser

tratados, os quais a escola deve

desenvolver, porque estão presentes na

própria sociedade.

tecnologias, revelando também o que se é, destacando que nem sempre se dá

conta do que se é de fato.

As Tecnologias da Informação e Comunicação, aqui denominadas TICs, são

o espaço em que se geram novos modos de ser, novas idéias, novos afetos e as

novas formas de expressão que particularizam ainda quase mudamente; são o

espaço no qual começam a nascer, ainda em estado de turbulência, as novas

relações de produção, e as novas formas de ação e organização política. Nesse

contexto, integrar as TICs à educação vem ao encontro de buscarmos novas

proposições educacionais que atendam, também, às necessidades dos novos

tempos e cenários.

As novas tecnologias apresentam um tipo de

texto, chamado de hipertexto, que é uma forma de leitura

muito diferente. Não é um texto linear, é um texto

simultâneo que também reúne a palavra com a imagem,

com o som, enfim, com vários recursos. Por isso se faz

necessário desenvolver as habilidades de leitura, de

compreensão, de interpretação desse tipo de texto,

papel fundamental dessas tecnologias na sala de aula.

Da mesma forma em que procuramos desenvolver

habilidades para leitura do texto no papel, intencionamos

o desenvolvimento de habilidades para a leitura do texto

na tela, o qual, por sua vez, é aquele texto que combina

a palavra com a imagem, com o som; uma leitura

interativa, uma hiperleitura.

Pensando em práticas que desenvolvam

habilidades de leitura e que estimulem a busca de

informações sobre determinados assuntos através de

usos diversificados de sons, imagens e animação

associados aos textos verbais, o hipertexto pode

contribuir de forma efetiva nesse processo pela

mediação do professor.

Quando os objetivos pedagógicos são previamente definidos, o hipertexto

eletrônico pode se configurar em um expressivo material didático para a realização

de atividades de leituras, visto que é possível por meio dele disponibilizar, ao mesmo

tempo, diversos textos de diversas naturezas.

4

O hipertexto nos parece uma expressão da

experiência de fragmentação da

contemporaneidade, dividida em múltiplos

pontos de uma rede na qual novas conexões surgem conforme a

necessidade. Escrevemos e lemos, construímos

nossa vida abrindo janelas, fazendo links que vão nos associar a outros textos,

outros fragmentos, outras idéias. Talvez estejamos

chegando à forma de leitura e escrita mais

próxima do nosso esquema mental: assim

como pensamos em hipertexto, sem limites

para a imaginação a cada novo sentido dado a uma

palavra, também navegamos nas múltiplas vias que o novo texto nos

abre, não mais em páginas, mas em

dimensões superpostas que se interpenetram e que podemos compor e recompor a cada leitura. Andrea Cecília Ramal

www.revistaconecta.com – acesso em 03/06/07 às 19h30

Além disso, por se tratar de uma ferramenta tecnológica presente no universo

dos jovens, a leitura hipertextual pode se mostrar um relevante estímulo à

aprendizagem. Outro aspecto a ser considerado nessa prática é o leitor como co-

autor do texto, ou seja, ele também pode participar da construção do texto à medida

que é possível estabelecer o percurso de sua leitura.

Poema A Poema B

Os dragões IMarciano Lopes

O poeta é um dragão. Um dragão que destrói as palavras,Que as mastiga

Tritura

Rumina...

E depois, com furor,Revolve-asEm um longo beijoDe línguas em fogo.

Os dragões IMarciano Lopes

O poeta é um dragão. Um dragão que destrói as palavras,Que as mastiga

Tritura

Rumina...

E depois, com furor,Revolve-asEm um longo beijoDe línguas em fogo.

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São diversos os gêneros textuais no contexto das novas tecnologias da

linguagem em ambientes virtuais, porém a maioria deles é semelhante tanto na

oralidade quanto na escrita. Embora ainda sequer se solidificaram devido à grande

variedade e versatilidade, esses gêneros eletrônicos provocam polêmicas na

1 Hipertexto elaborado Laura Lopes de Paiva Professora PDE

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Atividade 1

Leia abaixo o poema A Os dragões I - Marciano Lopesa) Compare o poema A com o Poema B e identifique a diferença entre os dois.b) Clique em cada link - elo, vínculo (palavra grifada) e descubra o hipertexto. c) Agora que você já conhece o hipertexto devagarinho mergulhe nesta leitura e

complete a sua hiperleitura.d) Partilhe com seus colegas esses novos passos no caminho da leitura

através das novas tecnologias.

linguagem e na vida social. Sem dúvida são bastante interessantes na comunicação

virtual, essencialmente no que tange à interação on-line e como estas se

contextualizam.

Os gêneros textuais já vêm sendo analisados há muito tempo, nosso enfoque

neste trabalho pauta-se nos gêneros textuais no domínio das novas tecnologias em

ambientes virtuais. Os gêneros têm grande importância

na estrutura comunicativa da sociedade por constituírem

relações de poder dentro das instituições. Eles são

formas sociais de organização e expressões típicas da

vida cultural. Qualquer interação entre pessoas organiza-

se em algum gênero, seja uma conversa de bar, uma

tese de doutoramento, seja na modalidade oral ou

escrita.

Podem ser considerados gêneros textuais

eletrônicos o e-mail, o bate-papo virtual (chat – grande

variedade), a aula-chat, o vídeoconferência interativo, as

listas de discussão, o blog (diários virtuais –

diversidade), os gêneros hipertextuais, o gênero

participativo e outras expressões da tecnologia da

linguagem que se tornam relevantes por reunir texto, som e fotografia.

Gêneros novos Gêneros já existentesE-mail Carta pessoal///bilhete//correioChat em aberto Conversações (em grupos abertos?)Chat ICQ (agendado) Encontros pessoais (agendados?)Chat em salas privadas Conversações (fechadas?)Entrevista com convidado Entrevista com pessoa convidadaE-mail educacional (aula por e-mail) Aulas por correspondênciasAula chat (aulas virtuais) Aulas presenciaisVídeo-conferência interativa Reunião de grupo/conferência/debate

Lista de discussão Circulares/séries de circulares (???)Endereço eletrônico Endereço pessoalBlog Diário pessoal, anotações, agendas.

(MARCUSCHI, 2004, p. 31)

Sendo assim, temos oportunidade para analisarmos o efeito das novas

tecnologias da linguagem e o papel da linguagem nessas tecnologias, pois as novas

tecnologias não mudam os objetos, mas sim nossas relações com eles; e assim

objetivamos entender um pouco mais sobre os hábitos sociais e lingüísticos dos

usuários da rede mundial, principalmente o adolescente brasileiro, estudante da rede

estadual de ensino.

6

Nem tudo o que ocorre no meio virtual pode ser gênero; por exemplo, a homepage é apenas um catálogo ou uma vitrine pessoal ou institucional. Também o hipertexto não é um gênero e sim um modo de produção textual que pode estender-se a todos os gêneros, cada um com sua especificidade. Até mesmo os jogos interativos são apenas suportes para ações, envolvendo variados gêneros em sua configuração.

Na Internet, todos os gêneros são textuais, baseados na escrita eletrônica

com variedades e versatilidades, apesar da integração com som e imagem,

constituindo um hibridismo muito grande.

A   variedade   é   muita   grande   dos   gêneros   textuais,   portanto,   aqui,   nesta 

Seqüência   Didática,   o   objetivo   é   enfatizar   algumas   possibilidades   pertinentes   de 

desenvolver os gêneros textuais através dos recursos das novas tecnologias. Pelo fato 

de que um gênero dá origem a outro e assim vão surgindo novos gêneros com novas 

funções de acordo com o momento, a situação. Não deixando de lado a ocorrência 

dos outros gêneros textuais, no que concerne à sua freqüência e a melhor maneira de 

serem utilizados, afinal gênero é prática social com ou sem estabilidade, empregado 

nas situações cotidianas de comunicação, e a escolha deste ou daquele gênero torna­

se uma questão de intencionalidade.  Os gêneros não são canônicos, mudam, fundem 

e   se   misturam,   valorizam   os   atos   sociais   por   serem   dinâmicos   e   interativos   de 

produção de sentidos no processo social e cognitivo. Os diferentes tipos de Gêneros 

Textuais   diante   da   vasta   quantidade   configuram   características   que   podem   ser 

identificados por três aspectos: o assunto, a estrutura, e o estilo.

A seguir, expomos alguns exercícios...

De: "" <[email protected]>PARA: <[email protected]>; <[email protected]>; <[email protected]>; <[email protected]>; <[email protected]>; <[email protected]>; <[email protected]>; <[email protected]>; <[email protected]>; <[email protected]>; <[email protected]>; Assunto: andamento da obra

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Data: sexta-feira, 10 de agosto de 2007 10:56

Srs condôminos Estamos firmes na pintura interna e externa, na parte interna o arquiteto definiu algumas pequenas paredes com cores e o restante branco, já iniciamos estes detalhes, e definiu que as portas serão brancas também. Dentro da simplicidade proposta está ficando legal. Na pintura externa estamos adiantados também. Vale a pena dar uma olhada. Na parte hidráulica os hidrômetros já estão sendo instalados no forro do corredor. As louças serão colocadas mais adiante. Na parte de cerâmica estamos priorizando o salão e o páteo externo do segundo pavimento, e a entrada do prédio, que resolvemos revestir com cerâmica. A entrada do prédio será com cerâmica, portões revestidos com alumínio e detalhes em vidro temperado. Como é uma área pequena e importante em termos de valorização do prédio compensa caprichar. Demorou mas consegui um colocador de portas com preço razoável, já está trabalhando na colocação da metade que faltava. Com a economia que fizemos administrando com firmeza os recursos, além das janelas que são de alumínio instalamos outras melhorias como o sistema de segurança mais completo (com alarme, cerca elétrica, monitoramento, gravação de imagens) e também o box em vidro temperado. Como compramos em grande quantidade, á vista, e a cotação é bastante caprichada os recursos acabam "rendendo". A COPEL fez as contas e resolveu não cobrar nada pelo reforço de rede necesário para atender nosso prédio. Nossa intenção é procurar pedir o Habite-se no início de outubro, em novembro após o Habite-se é que vamos subdividir os aptos maiores, serviço que deve se extender até Dezembro. Iso porque o habite-se costuma se demorado e difícil de conseguir, depende dos bombeiros também, enfim muito risco de alguma coisa "bater na trave". Agora é uma etapa boa de ir ver a obra, estão sempre convidados a ir lá, de preferência procurem o mestre de obras XXXXXXXXX. atenciosamente XXXXXXXXXXXXXXXX

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Atividade 2

Leia o texto acima.a) Ele tem semelhança com algum texto que

você já conhece? Qual?b) Onde este texto circula? Qual o nome que ele

é conhecido? c) Podemos considerá-lo um novo gênero

textual? Qual? d) Ele procede de que outro gênero já existente?e) A quem se destina?f) Qual o objetivo dele?g) Justifique a criação desse gênero discursivo

em nossa sociedade, e em específico, a importância desse gênero?

h) Escreva um e-mail ao diretor da escola solicitando o uso do Laboratório de Informática para apresentação de trabalhos durante a visita dos pais à escola.

A carta é um gênero discursivo que ao longo da história tem servido de meio de comunicação para diferentes fins – agradecimento, informa-ções, cobrança, intimação, notícias familiares, presta-ção de contas, propaganda, solicitação, reclamação etcDevido à dinamicidade dos gêneros discursivos em função das necessidades sócio-culturais de nossa sociedade, o gênero carta originou outros gêneros - uma diversidade de cartas - como a carta familiar, a carta íntima, a carta de amor, a carta circular, a carta propaganda, a carta aberta, a carta de solicitação, a carta de reclamação, a carta ao leitor, a carta do leitor, dentre outras.

A Internet parece algo recente, mas a rede mundial existe há mais de vinte

anos; surgiu como um projeto de estratégia militar norte-americano e acabou se

transformando no atual meio de comunicação mais moderno, que possibilita a troca

de informações entre milhões de pessoas em todo o mundo em milésimos de

segundos.

É fundamental afirmar que o

crescimento da Internet não foi planejado

por ninguém; e atualmente é raro um

estudante não possuir endereço eletrônico e

de acordo com as novas políticas

educacionais de governo, principalmente o

Paraná, há metas para que a Internet e a

interação com as novas tecnologias estejam

ao alcance de todos os estudantes da rede

escolar pública em curto prazo.

Ressaltamos que as formas

hipertextuais existem desde a época em que o homem começou a registrar

informação. A linguagem na Internet é interativa e persuasiva devido aos avanços

tecnológicos acelerarem o processo evolutivo da comunicação, possibilitando a

interação entre locutor e interlocutor, popularizando o saber e a informação,

descentralizando a comunicação.

Destacamos a importância fundamental do hipertexto na interatividade,

diferentemente de um texto impresso, seja em jornal, revista, livro, sempre em

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O que realmente possibilitou o sucesso da Internet foi o desenvolvimento, em 1991, da World Wide Web (WWW), um sistema de hipertexto que tornou mais fácil navegar pela rede mundial. Isso acontece porque a rede de informações da Web nasceu e cresceu com base em um modelo hipertextual de registro, armazenamento e divulgação de dados. Esse modelo pode ser descrito como um conjunto de informações multimídias — textos, imagens (animadas ou estáticas) e sons — organizados de forma a permitir uma leitura (ou navegação) não linear, baseada em associações de idéias – links.O ambiente WWW ou WEB é a própria REDE uma combinação de bibliotecas, quiosques, guias, jornais, shoppings, enciclopédias, catálogos, agendas, currículos, pessoais etc.

movimento veloz. A Internet, o veículo de comunicação social com linguagem

acessível sem discriminar seu público, com total autonomia, cresceu muito nos

últimos anos, evoluiu e passou a oferecer fotos, desenhos, animações, vídeos e

serviços de todo tipo, além dos já referidos textos.

Quando textos, imagens e sons se sobrepõem, formam um hipertexto, com

toda riqueza semiótica e dinâmica caracterizada pela não-linearidade, pelos links e

nós textuais que se “escondem” por detrás deles, possibilitando os mais diversos

caminhos para os usuários realizarem uma leitura na internet. Esses dispositivos

textuais, também conhecidos por hipermídia, formam uma fusão na tela do

computador, e considera-se todo e qualquer texto um hipertexto no ciberespaço.

A apreensão de sentido da leitura nas novas

tecnologias da linguagem ocorre com palavras, sons,

imagens, gráficos e mapas, constituindo um todo

significativo no qual há multiplicidade de sentidos

disponibilizados a todo usuário que dele se interessar

para ampliar sua leitura – hiperleitura; uma maneira

diversificada de leitura. Há ainda a possibilidade de

acesso simultâneo em qualquer hora e lugar por infinitos

leitores sem imposição alguma quanto à ordem e

escolha a seguir, alterando o modo de os usuários

raciocinarem. Cada percurso textual é criado de maneira

original e única pelo leitor cibernético. Não existe,

portanto, um único autor e sim um sujeito coletivo, uma

reunião e interação de consciências que produzem

conhecimento e navegam juntas.

É o hipertexto que concede ao usuário da rede a oportunidade de se tornar

um leitor atualizado e revolucionário em todos os sentidos devido aos dados

fornecidos por ele, viabilizando também a sua compreensão, porque a leitura

permeia processos comunicativos e de produção hipertextual.

O conceito de hipertexto na condição de acontecimento comunicacional é

interativo, não-linear, intertextual e heterogêneo na concepção de vários

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Não se trata da mesma leitura realizada no espaço

linear do material impresso. A leitura de um texto não linear na tela do computador está baseada em indexações, conexões entre idéias e conceitos articulados por meio de

links (nós e ligações), que conectam informações

representadas sob diferentes formas, tais

como palavras, páginas, imagens, animações,

gráficos, sons, clipes de vídeo, etc. Dessa forma, ao clicar sobre uma palavra, imagem ou frase definida

como um nó de um hipertexto, encontra-se

uma nova situação, evento ou outros textos

relacionados. (ALMEIDA e MORAN, 2005, p. 41-42)

pesquisadores2. Quando se trabalha com idéias, noções de língua, texto e leitura, a

educação dispõe de uma grande liberdade de atuação, porque idéias podem se

adaptar e readaptar a infinitas situações, espaços e contextos. É algo que está além

do texto, em uma posição ampliada. Dentro do hipertexto existem vários links que

permitem formar o caminho para outras janelas, conectando algumas expressões

com novos textos, fazendo com que estes se distanciem da linearidade da página e

se pareçam mais com uma rede. Na Internet, cada site é um hipertexto – clicando

em certas palavras direcionam-se para novos trechos, criando novos textos.

A concepção hipertextual em suas manifestações e estratégias leva à

compreensão que a utilização dos meios tecnológicos é fértil em possibilidade para

criar novas formas de comunicar e expressar idéias, conceitos e temas; dessa

maneira multiplicam-se as opções de estratégias do usuário.

O hipertexto permite externalizar esse processo

da realização do texto pela leitura. Quando o leitor

conecta diferentes links, associa conteúdos e transforma

diretamente o texto, ele está internalizando a sua leitura,

a realização de seu texto. Por isso o hipertexto evidencia

o processo da intertextualidade na escrita e na leitura,

que sempre esteve presente, mas se mantinha implícito

no ato de escrever e ler. Devemos considerar ainda a

intertextualidade de conhecimento interagindo com

outros textos sociais, culturais, educacionais, pessoais

que estão no cotidiano.

O hipertexto é um texto criado a partir da interatividade, intertextualidade,

heterogeneidade e não-linearidade, esses elementos fazem parte da concretude do

texto, estão externalizados. Ele possui estrutura menos formalizada que o texto

impresso, entretanto com mais significados oferecidos pelo espaço digital por meio

da linguagem eletrônica. Há também diversidade quanto aos processos internos da

leitura e da escrita: descontinuidade, múltiplas leituras, papel ativo do leitor e

hibridação, o leitor/escritor faz uso desses elementos de modo consciente.

Esse fato difere o hipertexto do texto tradicional pela sua concepção, por se

basear na linearidade, univocidade, passividade do leitor e gêneros predefinidos.

Outra distinção é a informação no hipertexto encontrar-se armazenada em uma rede

de nós conectados por ligações, podendo ser nós que contêm gráficos, textos, sons

2 Bolter, Landow, Lévy, Rouet, Snyder, Antony, Correia

11

O ato de ler/compreender se viabiliza com muito

mais totalidade e amplitude, haja vista que, estando esses aparatos

midiáticos bem organizados e devidamente

interrela-cionados, o usuário, mesmo

inconscien-temente, será beneficiado pela

convergência dessas interfaces

comunicacionais, já que elas cooperam para fluir a

compreensão. (MARCUSCHI, 2004, p. 175)

e imagens, os chamados documentos hipermídia. Essas ligações unem as entradas

entre si: do texto lido aos textos a ler, da ilustração ao trecho de música... Ou seja, é

sempre possível modificá-los, ao contrário do documento impresso.

Portanto, a prática de leitura hipertextual depende da concepção em que está

calcada e não do ambiente em que se realiza. Deduz-se que a construção do

hipertexto pode ocorrer no ambiente impresso, tv, cinema, sala de aula. A

internalização da estrutura do hipertexto como mediação para a produção de

conhecimento implica em novas formas de ler, escrever, pensar e aprender, porque

o hipertexto não é um mero produto da tecnologia, e sim um recurso tecnológico

relacionado com as formas de produzir e de organizar o conhecimento.

Ser não é não serMarciano Lopes

Nonada. O diabo não há! É o que digo, se for ... Existe é homem humano. Travessia. Guimarães Rosa – palavras de Riobaldo em Grande sertão veredas)

Para o Márcio Renato

12

Atividade 3

Leia o poema abaixo Ser não é não ser

Observação: Você já conheceu este poema quando realizou a hiperleitura do poema B da Atividade 1 - lembra?

a) Clique em cada link e prossiga em sua leitura.b) É possível fazer associações com outros textos: interatividade,

intertextualidade? Como?c) No hipertexto esses elementos deixam de ser uma abstração e

passam a fazer parte da concretude do texto. Explique como você percebeu esta “concretude”.

d) Explore seu conhecimento com hipertexto e navegue pesquisando sobre “Guimarães Rosa – palavras de Riobaldo em Grande sertão veredas)” nas manifestações de arte, cinema, música, moda, telenovela e se prepare para junto com os demais colegas da sala confeccionar um painel com ilustrações e artigos que o represente em cada modalidade sugerida.

P alavra mudanão

mudaPalavra

Nadanãoé

nãoNada

Palavra

lavranãolavra

Palavra

Masfalo

QuandofaloMas

Sem maisnonada

não é nada

nem maisnem menos

muito menossomenos

Aula interativa não significa apenas manusear e conviver em ambientes

virtuais de aprendizagem para “melhor” transmitir conhecimentos e sim criar as

possibilidades para sua própria produção num processo interacionista com os

recursos das novas tecnologias educacionais. Lembre-se: interatividade é o

princípio básico da comunicação na sociedade.

13

Atividade 4

Dínamo!!! Você vai dinamizar esta atividade...

e) Em dupla escolha um acontecimento urbano divulgado na internet e em jornais televisos - leia-o.

f) Navegue na web em busca de poemas ou crônicas e imagens que se relacione com o artigo selecionado.

g) Explore toda criatividade que possui e faça o seu hipertexto. h) Poste seu hipertexto em um mural digital pode ser no GoZub - o Twitter

Brasileiro ou em qualquer blog que preferir.i) Agora leia o hipertexto de outras duplas e registre seu comentário, seja

crítico, dê sugestões ...j) Releia o seu mural e procure classificar cada texto de acordo com o

gênero textual pertinente.k) Avalie sua aprendizagem nesta aula.l) Podemos melhorar em quê?

http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/bancoimagem/frm_buscarImagens3.php

Na convivência com ambientes virtuais de

aprendizagem para inovar a aquisição de

conhecimentos, um recurso dinâmico e adequado é

apresentação de filmes, que muda e transforma a rotina

da sala de aula. Acreditamos na importância das imagens 

no desenvolvimento intelectual e crítico do estudante, por 

facilitar a fixação de conteúdos. Vamos interagir através

da leitura do gênero fílmico, aplicando nas atividades o

conhecimento dos recursos tecnológicos com a

utilização do hipertexto que já possuímos.

14

O HIPERTEXTO NO INCONSCIENTE CULTURAL - A partir do filme RashomonNovas possibilidades narrativas hipertextuais em qualquer um dos seguimentos da Cultura (política, arte, religião, ciência, etc...) Com efeito, podemos discutir o papel das novas mídias na sociedade e suas novas possibilidades interativas com o público. http://hipertextoecultura.blogspot.com/2007/01/o-inconsciente-hipertexto-cultural.html - acesso em 10/06/07 às 19h50

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Atividade 5

Leitura do texto fílmico – é importante uma leitura atenta ao filme como um outro texto qualquer.Sugestão: O pingüim (Happy Feet)

Curiosidades:a) O que é um filme, como é feito?b) Por que são produzidos?c) Para quem? d) Quem trabalhou nele?e) Quais as cenas mais importantes?f) Quais filmes você conhece e quais são seus gostos?g) Em trio discuta a questão anterior, organize uma síntese da

discussão grupal, relacionando-a ao conteúdo já estudado, a seguir exponha à turma a opinião do grupo.

Etapas da análise fílmica:a) Pesquise na internet sobre a fonte. (ficha técnica do filme, título

original, país, ano, duração, produtores distribuidores, roteirista, fotógrafo, cenografista, efeitos especiais, sinopse, público alvo, acessibilidade, obras correlatas: outros filmes ou textos de apoio)

b) Reconstituição sumária da história.c) Mensagem principal.d) Principais personagens.

Apresentação oral dos grupos em sala de um relatório do filme.a) Debate livre.b) Articulação do conteúdo com o trabalhado em classe.c) Potencial de áreas de aplicação, possibilidade de ser usado em

mais de um conteúdo ou disciplina. (linguagem e contexto). d) Selecionar as seqüências de cenas mais interessantes ao

trabalho.e) Herança cultural.

O gênero fábula também é um

procedimento de leitura muito importante;

por intermédio dela é possível conhecer

diferentes histórias, reconhecer

ensinamentos, lições de moral e refletir

sobre modos de vida, vícios e virtudes

humanas.

Um Leão apaixonado

Um Leão pediu a filha de um

lenhador em casamento. O Pai, mesmo

contrariado mas com medo do Leão, viu que podia se aproveitar da ocasião para

livrar-se desse problema.

Ele disse que concordaria em tê-lo como genro, mas com uma condição; Este

deveria deixar-lhe arrancar suas unhas e dentes, pois sua filha tinha muito medo de

ambos.

Feliz da vida o Leão concordou. Feito isso, ele tornou a fazer seu pedido, mas

o lenhador, que já não mais o temia, pegou um cajado e expulsou-o de sua casa,

mandando-o de volta para a floresta.

Autor: Esopohttp://sitededicas.uol.com.br/fabula21a.htm

Moral da História:

Para resolvermos um problema, devemos primeiro conhecê-lo bem, depois

poderemos enfrentá-lo.

http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/bancoimagem/frm_buscarImagens3.php

O Boi e a Rã

Um Boi indo beber água num charco pisou em uma ninhada de rãs e

esmagou uma delas.

16

As origens da fábula

A fábula nasceu no Oriente e foi reinventada no Ocidente pelo escravo grego Esopo, que criava histórias baseadas em animais para mostrar como agir com sabedoria. Suas fábulas, mais tarde, foram reescritas em versos, com um acentuado tom satírico, pelo escravo romano Fedro. Contudo, o grande responsável pela divulgação e reconhecimento da fábula no Ocidente moderno foi o francês Jean de La Fontaine, um poeta que conhecia muito bem a arte e as manifestações da cultura popular.Motivado pela natureza simbólica das fábulas, La Fontaine criava suas histórias com um único objetivo: tornar os animais o principal agente da educação dos homens. Para isso, os animais são colocados numa situação humana exemplar: a formiga representa o trabalho; o leão simboliza a força; a raposa, a astúcia; o lobo, o poder despótico; e assim por diante. [...]MACHADO. (1994, p. 57)

A mãe das Rãs veio, e, dando pela falta de um dos seus filhos, perguntou aos

seus irmãos o que havia acontecido com ele.

- Ele foi morto mãe; ainda a pouco uma grande besta com quatro enormes

pés veio à lagoa e pisou em cima dele com sua pata que era rachada no meio.

A mãe, se inflou toda e perguntou:

- A besta era maior do que estou agora?

- Pare mãe, pare de se inflar - Disse o seu filho - e não fique aborrecida por

tentar, eu lhe asseguro, você explodiria antes que conseguisse imitar o tamanho

daquele Monstro.

Autor: Esopohttp://sitededicas.uol.com.br/fabula21a.htm

Moral da História:

Muitas vezes, coisas insignificantes, nos desviam a atenção do verdadeiro problema.

A fábula dos porcos assados

http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/bancoimagem/frm_buscarImagens3.php

Certa vez, aconteceu um incêndio num bosque onde havia alguns porcos, que foram

assados pelo fogo. Os homens, acostumados a comer carne crua, experimentaram

e acharam deliciosa a carne assada. A partir daí, toda vez que queriam comer porco

assado, incendiavam um bosque... Até que descobriram um novo método. Mas o

que quero contar é o que aconteceu quando tentaram mudar o SISTEMA para

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Narração de sucessos fingidos,

inventados para instruir ou divertir;

conto imaginário ou mentiroso. “O bom

frade contou muito fábula, como todos

os colectores das causa primordiais de

uma nação que se vão perder sempre

em maravilhas .” (A. Garrett). Pequena

composição de forma poética ou

prosaica em quase narra um facto

alegórico, cuja verdade moral se

esconde sob o véu da ficção e na qual

de fazem intervir as pessoas, os animais

irracionais personificados e até coisas

inanimadas; apólogos: as fábulas de

Esopo, Fedro e La Fontaine. (...)

Narrativa de intenção moralizante,

frequentemente confundida com as

formas do apólogo, da alegoria e da

parábola, mas das quais diverge por

natureza.

COELHO (1993, p. 37)

implantar um novo. Fazia tempo que as coisas não iam lá muito bem: às vezes, os

animais ficavam queimados demais ou parcialmente crus. O processo preocupava

muito a todos, porque se o SISTEMA falhava, as perdas ocasionadas eram muito

grandes - milhões eram os que se alimentavam de carne assada e também milhões

os que se ocupavam com a tarefa de assá-los. Portanto, o SISTEMA simplesmente

não podia falhar. Mas, curiosamente, quanto mais crescia a escala do processo,

mais parecia falhar e maiores eram as perdas causadas. Em razão das inúmeras

deficiências, aumentavam as queixas. Já era um clamor geral a necessidade de

reformar profundamente o SISTEMA. Congressos, seminários e conferências

passaram a ser realizados anualmente para buscar uma solução. Mas parece que

não acertavam o melhoramento do mecanismo. Assim, no ano seguinte, repetiam-se

os congressos, seminários e conferências. As causas do fracasso do SISTEMA,

segundo os especialistas, eram atribuídas à indisciplina dos porcos, que não

permaneciam onde deveriam, ou à inconstante natureza do fogo, tão difícil de

controlar, ou ainda às árvores, excessivamente verdes, ou à umidade da terra ou ao

serviço de informações meteorológicas, que não acertava o lugar, o momento e a

quantidade das chuvas. As causas eram, como se vê difíceis de determinar - na

verdade, o sistema para assar porcos era muito complexo. Fora montada uma

grande estrutura: maquinário diversificado, indivíduos dedicados exclusivamente a

acender o fogo - incendiadores que eram também especializados (incediadores da

Zona Norte, da Zona Oeste, etc, incendiadores noturnos e diurnos - com

especialização matutina e vespertina - incendiador de verão, de inverno etc). Havia

especialista também em ventos - os anemotécnicos. Havia um diretor geral de

assamento e alimentação assada, um diretor de técnicas ígneas (com seu Conselho

Geral de Assessores), um administrador geral de reflorestamento, uma comissão de

treinamento profissional em Porcologia, um instituto superior de cultura e técnicas

alimentícias (ISCUTA) e o bureau orientador de reforma igneooperativas. Havia sido

projetada e encontrava-se em plena atividade a formação de bosques e selvas, de

acordo com as mais recentes técnicas de implantação - utilizando-se regiões de

baixa umidade e onde os ventos não soprariam mais que três horas seguidas. Eram

milhões de pessoas trabalhando na preparação dos bosques, que logo seriam

incendiados. Havia especialistas estrangeiros estudando a importação das melhores

árvores e sementes, o fogo mais potente etc. Havia grandes instalações para manter

os porcos antes do incêndio, além de mecanismos para deixá-los sair apenas no

momento oportuno. Foram formados professores especializados na construção

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dessas instalações. Pesquisadores trabalhavam para as universidades para que os

professores fossem especializados na construção das instalações para porcos.

Fundações apoiavam os pesquisadores que trabalhavam para as universidades que

preparavam os professores especializados na construção das instalações para

porcos etc. As soluções que os congressos sugeriam eram, por exemplo, aplicar

triangularmente o fogo depois de atingida determinada velocidade do vento, soltar os

porcos 15 minutos antes que o incêndio médio da floresta atingisse 47 graus e

posicionar ventiladores gigantes em direção oposta à do vento, de forma a direcionar

o fogo. Não é preciso dizer que os poucos especialistas estavam de acordo entre si,

e que cada um embasava suas idéias em dados e pesquisas específicos. Um dia,

um incendiador categoria AB/SODM-VCH (ou seja, um acendedor de bosques

especializado em sudoeste diurno, matutino, com bacharelado em verão chuvoso)

chamado João Bom-Senso resolveu dizer que o problema era muito fácil de ser

resolvido - bastava, primeiramente, matar o porco escolhido, limpando e cortando

adequadamente o animal, colocando-o então numa armação metálica sobre brasas,

até que o efeito do calor - e não as chamas - assasse a carne. Tendo sido informado

sobre as idéias do funcionário, o diretor geral de assamento mandou chamá-lo ao

seu gabinete, e depois de ouvi-lo pacientemente, disse-lhe: "Tudo o que o senhor

disse está muito bem, mas não funciona na prática. O que o senhor faria, por

exemplo, com os anemotécnicos, caso viéssemos a aplicar a sua teoria? Onde seria

empregado todo o conhecimento dos acendedores de diversas especialidades?".

"Não sei", disse João. "E os especialistas em sementes? Em árvores importadas? E

os desenhistas de instalações para porcos, com suas máquinas purificadores

automáticas de ar?". "Não sei". "E os anemotécnicos que levaram anos

especializando-se no exterior, e cuja formação custou tanto dinheiro ao país? Vou

mandá-los limpar porquinhos? E os conferencistas e estudiosos, que ano após ano

têm trabalhado no Programa de Reforma e Melhoramentos? Que faço com eles, se

a sua solução resolver tudo? Heim?". "Não sei", repetiu João, encabulado. "O

senhor percebe, agora, que a sua idéia não vem ao encontro daquilo de que

necessitamos? O senhor não vê que se tudo fosse tão simples, nossos especialistas

já teriam encontrado a solução há muito tempo atrás? O senhor, com certeza,

compreende que eu não posso simplesmente convocar os anemotécnicos e dizer-

lhes que tudo se resume a utilizar brasinhas, sem chamas! O que o senhor espera

que eu faça com os quilômetros e quilômetros de bosques já preparados, cujas

árvores não dão frutos e nem têm folhas para dar sombra? Vamos, diga-me?". "Não

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sei, não, senhor". "Diga-me, nossos três engenheiros em Porcopirotecnia, o senhor

não considera que sejam personalidades científicas do mais extraordinário valor?".

"Sim, parece que sim". "Pois então. O simples fato de possuirmos valiosos

engenheiros em Porcopirotecnia indica que nosso sistema é muito bom. O que eu

faria com indivíduos tão importantes para o país?" "Não sei". "Viu? O senhor tem

que trazer soluções para certos problemas específicos - por exemplo, como

melhorar as anemotécnicas atualmente utilizadas, como obter mais rapidamente

acendedores de Oeste (nossa maior carência) ou como construir instalações para

porcos com mais de sete andares. Temos que melhorar o sistema, e não

transformá-lo radicalmente, o senhor, entende? Ao senhor, falta-lhe sensatez!".

"Realmente, eu estou perplexo!", respondeu João. "Bem, agora que o senhor

conhece as dimensões do problema, não saia dizendo por aí que pode resolver

tudo. O problema é bem mais sério e complexo do que o senhor imagina. Agora,

entre nós, devo recomendar-lhe que não insista nessa sua idéia - isso poderia trazer

problemas para o senhor no seu cargo. Não por mim, o senhor entende. Eu falo isso

para o seu próprio bem, porque eu o compreendo, entendo perfeitamente o seu

posicionamento, mas o senhor sabe

que pode encontrar outro superior

menos compreensivo, não é mesmo?

João Bom-Senso, coitado, não falou

mais um a. Sem despedir-se, meio

atordoado, meio assustado com a sua

sensação de estar caminhando de

cabeça para baixo, saiu de fininho e

ninguém nunca mais o viu. Por isso é

que até hoje se diz, quando há

reuniões de Reforma e

Melhoramentos, que falta o Bom-

Senso.

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O leitor Osdilson Amorim Oliveira enviou esta colaboração, explicando que o texto original deste trabalho, em espanhol, circulou entre os alunos do curso de pós-graduação da Universidade de Piracicaba, em 1981. A sutileza com que o autor satiriza um dos problemas de nossos tempos fez com que imediatamente o texto chamasse a atenção de alunos e professores, convertendo-se em tema de conversas e debates. É uma das possíveis variações de uma velha história sobre a origem do assado.

63ª EDIÇÃO08 de janeiro de 2001EDIÇÃO QUINZENALhttp://www.catho.com.br/jcs/inputer_view.phtml?id=1285 - 10/10/07 10h48

Atividade 7 - Colaboração: Profa. Mirian Martins Teixeira de Abreu (Castro)

Leitura de obras de:Leonardo da Vinci Sugestão de sites: http://www.itaucultural.org.br/barroco/abertura.html

Leitura de obras de:Tarsila do Amaral Sugestão de sites: http://pt.wikipedia.org/wiki/Tarsila_do_Amaral http://www.tarsiladoamaral.com.br/Em seguida fazer uma pesquisa hipertextual das duas correntes literárias a que pertencem às obras.

Analisar as obras comparando espaço e tempo entre uma obra renascentista e outra modernista.

Produzir um texto de acordo com sua interpretação, observando suas

características e diferenças.

Apresentar para a turma a leitura final realizada.

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Atividade 6

1. Leitura de fábulas e livros de fábulas (material impresso e eletrônico)2. Conversar sobre as condições de produção, circulação e propósito

comunicativo e a temática da fábula.3. Promover a leitura oral de uma fábula, (pode ser a sugerida acima), junto

com os alunos, ajudando-os a perceber as características que compõem este gênero: personagens (características dos animais e relação com características de personalidade de seres humanos), vício ou defeito de caráter e virtude que a fábula aborda; local (espaço) da história, moral e mensagem que ela traz.

4. Fomentar a leitura individual das outras fábulas selecionadas.5. Provocar uma reflexão sobre a leitura e a moral de cada fábula.6. Apresentar resumidamente o que foi estudado com o gênero fábula, oral. 7. Clicar nos links explorando o hipertexto8. Produzir uma fábula em dupla, explorando ensinamentos, lições de moral

e refletir sobre modos de vida, vícios e virtudes humanas.9. Finalizar no laboratório de informática uma coletânea de apresentações

de fábulas com a utilização do hipertexto (pode ser através do powerpoint).

Atividade 8 - Colaboração: Profa. Ivone Vieira Berti (Cascavel)

Leitura de contos: A Parasita Azul; As Bodas de Luís Duarte; Ernesto de Tal, Aurora sem Dia; Goivos e Camélias; A Ela; O Relógio de Ouro; Ponto de Vista – da obra “Histórias da Meia-noite” de Machado de Assis Site: http://200.189.113.123/diaadia/diadia/modules/conteudo_literatura/conteudoliteratura.php?conteudo_literatura=71 Distribuir os contos entre os alunos em duplaBuscar no google ou dicionário on-line as palavras menos conhecidas, ler seu significado e outras anotações.Analisar os contos.Apresentar a para a turma a leitura final através do powerpoint.

Atividade 9 - Colaboração: Profa. Olga Antonia P. dos Santos (São João do Caiuá)

Leitura de histórias em quadrinhos:http://www.nonaarte.com.br/http://www.monica.com.br/comics/seriadas.htm

Analisar a estrutura da HQ e recursos artegráficosBuscar informações sobre a produção dos quadrinhosIdentificar dados biográficos sobre o autorLeitura hipertextual de outras HQ Dramatizar e apresentar cenas de HQ

Atividade 10 - Colaboração: Profa. Maria das Dores Campos Gomes (Diamante do Norte)

Leitura de letra de músicas:http://letras.terra.com.br/ http://www.buscarletras.com.br/Observar o sentido conotativo que a letra da música possui e

também o significado que determinada palavra tem dentro daquele contexto e o que ela significa fora desse contexto.

Analisar as letras de músicas.Apresentar a leitura final através do powerpoint ou através de um

musical.

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Ressaltamos que essa Seqüência Didática é apenas uma metodologia para

apresentar algumas atividades didáticas de leitura utilizando o hipertexto como mais

um recurso tecnológico em nossa área, e cada professor pode fazer adaptações que

julgar necessárias, segundo sua prática e os recursos tecnológicos de que dispõe.

Acreditamos que todo professor de Língua Portuguesa e Literaturas busca melhorar

o desempenho de seu aluno na leitura. Entre o partilhar de experiências, é notável

não existir uma magia para que isso ocorra, porém sabemos que uma leitura

proveitosa pressupõe um conhecimento de mundo, de conhecer outras leituras que

vai muito além de conhecer o código lingüístico; desta forma, lançamos esta

Seqüência Didática – explore-a e tenha sucesso!!!

Atividade 11 - Colaboração: Profa. Ivone Vieira Berti (Cascavel)

Desenvolvimento e interpretação de textos em forma de um JORNAL VIRTUAL Definição de três temas a serem utilizados pelos alunos para criação dos textos, como exemplo vamos utilizar: Violência Doméstica; Drogas; Recursos tecnológicos na educação.Divisão em três grupos de cinco pessoas e em seguida deverá ser realizado um sorteio com o tema de cada equipe. Cada equipe poderá começar sua pesquisa através de livros, jornais, revistas e da própria internet para elaboração dos conteúdos do jornal.À medida que as equipes forem terminando suas “matérias jornalísticas” poderão inserir as mesmas no blog ou página da internet, chats.As novas notícias serão publicadas e automaticamente a mais recente sempre ficará no topo da página. Os alunos deverão inserir no final de cada notícia o nome de cada membro da equipe e as fontes utilizadas como base da pesquisa.Cada notícia poderá ser comentada por quem ler a mesma, assim os alunos poderão receber sugestões, elogios e críticas sobre seus trabalhos. Cada aluno também poderá estar inserindo novas matérias na sua própria casa, com isso ele terá que ler mais, pesquisar mais.Apresentação e atualização do jornal será permanente e disponível para os internautas.

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