seqüência didática - gestão escolar · desempenho no ensino-aprendizagem da leitura; ... a...
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Seqüência didática
Identificação: Novas tecnologias – o hipertexto na leitura interativa
Autora: Professor PDE: Laura Lopes de Paiva
E-mail: [email protected] [email protected]
Fone: (044) 3026-5082 – Celular (044) 9102-9436
NRE: Maringá
Escola: Colégio Estadual Marco Antônio Pimenta
Disciplina: Língua Portuguesa e Literaturas
Série: 1ª - Ensino Médio
Professor Orientador IES: Annie Rose dos Santos
E-mail: [email protected]: (044) 3031-2489 – Celular (044) 9112-7666
Novas tecnologias - hipertexto na leitura
interativa
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/bancoimagem/
O exercício da leitura, na sala de aula, muitas vezes é prejudicado por
falsas considerações do que realmente seja ler, gerando desinteresse, e
conseqüentemente desmotivação e resistência por parte do aluno, havendo
quase sempre pouco ou nenhum retorno. Neste sentido, pretendemos, neste
trabalho, adequar a leitura às novas tecnologias da comunicação.
Ler é dialogar com o mundo; os alunos, por sua vez, dialogam muito com o
“mundo” por intermédio das novas tecnologias que o sistema virtual on-line
permite. O leitor interage, dialoga com o hipertexto que tem a sua frente, ativando
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Você conhece os novos passos no caminho da
leitura? Hiperleitura – nada a ver...
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uma série de operações mentais e estratégias de leitura, uma vez que o texto
pode ser lido de inúmeras formas, dependendo do perfil e dos objetivos do leitor,
além deste último poder explorar diferentes gêneros textuais produzidos nas
variadas situações sociocomunicativas.
O uso de recursos das novas tecnologias via Internet possibilita aos alunos
manifestação livre e participação fácil, rápida e ilimitada, visando ao melhor
desempenho no ensino-aprendizagem da leitura; especificamente a leitura no
hipertexto eletrônico, que propicia uma nova forma de leitura e aquisição de
conhecimento através da mídia eletrônica veiculada na Internet, além de oferecer
um espaço transformador da rotina escolar.
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É comum ouvir a respeito de uma educação inovadora, transformadora, de
professores renovados, de renovação de espaços, de ressignificação de conteúdos
e de valores tendo como ponto de partida as mudanças ocorridas na sociedade. A
escola, como instituição integrante e
atuante dessa sociedade e
desencadeadora do saber sistematizado,
não pode ficar fora ou à margem desse
dinamismo.
A língua utilizada está presente na
música, na arte, no trabalho, na política,
nas variadas culturas, na diversidade dos gêneros, nas relações sociais e nas novas
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Ressalta-se que o computador, a
Internet e seus acessórios não são apenas
mais uma tecnologia na sala de aula, são
novas linguagens. E como tal devem ser
tratados, os quais a escola deve
desenvolver, porque estão presentes na
própria sociedade.
tecnologias, revelando também o que se é, destacando que nem sempre se dá
conta do que se é de fato.
As Tecnologias da Informação e Comunicação, aqui denominadas TICs, são
o espaço em que se geram novos modos de ser, novas idéias, novos afetos e as
novas formas de expressão que particularizam ainda quase mudamente; são o
espaço no qual começam a nascer, ainda em estado de turbulência, as novas
relações de produção, e as novas formas de ação e organização política. Nesse
contexto, integrar as TICs à educação vem ao encontro de buscarmos novas
proposições educacionais que atendam, também, às necessidades dos novos
tempos e cenários.
As novas tecnologias apresentam um tipo de
texto, chamado de hipertexto, que é uma forma de leitura
muito diferente. Não é um texto linear, é um texto
simultâneo que também reúne a palavra com a imagem,
com o som, enfim, com vários recursos. Por isso se faz
necessário desenvolver as habilidades de leitura, de
compreensão, de interpretação desse tipo de texto,
papel fundamental dessas tecnologias na sala de aula.
Da mesma forma em que procuramos desenvolver
habilidades para leitura do texto no papel, intencionamos
o desenvolvimento de habilidades para a leitura do texto
na tela, o qual, por sua vez, é aquele texto que combina
a palavra com a imagem, com o som; uma leitura
interativa, uma hiperleitura.
Pensando em práticas que desenvolvam
habilidades de leitura e que estimulem a busca de
informações sobre determinados assuntos através de
usos diversificados de sons, imagens e animação
associados aos textos verbais, o hipertexto pode
contribuir de forma efetiva nesse processo pela
mediação do professor.
Quando os objetivos pedagógicos são previamente definidos, o hipertexto
eletrônico pode se configurar em um expressivo material didático para a realização
de atividades de leituras, visto que é possível por meio dele disponibilizar, ao mesmo
tempo, diversos textos de diversas naturezas.
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O hipertexto nos parece uma expressão da
experiência de fragmentação da
contemporaneidade, dividida em múltiplos
pontos de uma rede na qual novas conexões surgem conforme a
necessidade. Escrevemos e lemos, construímos
nossa vida abrindo janelas, fazendo links que vão nos associar a outros textos,
outros fragmentos, outras idéias. Talvez estejamos
chegando à forma de leitura e escrita mais
próxima do nosso esquema mental: assim
como pensamos em hipertexto, sem limites
para a imaginação a cada novo sentido dado a uma
palavra, também navegamos nas múltiplas vias que o novo texto nos
abre, não mais em páginas, mas em
dimensões superpostas que se interpenetram e que podemos compor e recompor a cada leitura. Andrea Cecília Ramal
www.revistaconecta.com – acesso em 03/06/07 às 19h30
Além disso, por se tratar de uma ferramenta tecnológica presente no universo
dos jovens, a leitura hipertextual pode se mostrar um relevante estímulo à
aprendizagem. Outro aspecto a ser considerado nessa prática é o leitor como co-
autor do texto, ou seja, ele também pode participar da construção do texto à medida
que é possível estabelecer o percurso de sua leitura.
Poema A Poema B
Os dragões IMarciano Lopes
O poeta é um dragão. Um dragão que destrói as palavras,Que as mastiga
Tritura
Rumina...
E depois, com furor,Revolve-asEm um longo beijoDe línguas em fogo.
Os dragões IMarciano Lopes
O poeta é um dragão. Um dragão que destrói as palavras,Que as mastiga
Tritura
Rumina...
E depois, com furor,Revolve-asEm um longo beijoDe línguas em fogo.
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São diversos os gêneros textuais no contexto das novas tecnologias da
linguagem em ambientes virtuais, porém a maioria deles é semelhante tanto na
oralidade quanto na escrita. Embora ainda sequer se solidificaram devido à grande
variedade e versatilidade, esses gêneros eletrônicos provocam polêmicas na
1 Hipertexto elaborado Laura Lopes de Paiva Professora PDE
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Atividade 1
Leia abaixo o poema A Os dragões I - Marciano Lopesa) Compare o poema A com o Poema B e identifique a diferença entre os dois.b) Clique em cada link - elo, vínculo (palavra grifada) e descubra o hipertexto. c) Agora que você já conhece o hipertexto devagarinho mergulhe nesta leitura e
complete a sua hiperleitura.d) Partilhe com seus colegas esses novos passos no caminho da leitura
através das novas tecnologias.
linguagem e na vida social. Sem dúvida são bastante interessantes na comunicação
virtual, essencialmente no que tange à interação on-line e como estas se
contextualizam.
Os gêneros textuais já vêm sendo analisados há muito tempo, nosso enfoque
neste trabalho pauta-se nos gêneros textuais no domínio das novas tecnologias em
ambientes virtuais. Os gêneros têm grande importância
na estrutura comunicativa da sociedade por constituírem
relações de poder dentro das instituições. Eles são
formas sociais de organização e expressões típicas da
vida cultural. Qualquer interação entre pessoas organiza-
se em algum gênero, seja uma conversa de bar, uma
tese de doutoramento, seja na modalidade oral ou
escrita.
Podem ser considerados gêneros textuais
eletrônicos o e-mail, o bate-papo virtual (chat – grande
variedade), a aula-chat, o vídeoconferência interativo, as
listas de discussão, o blog (diários virtuais –
diversidade), os gêneros hipertextuais, o gênero
participativo e outras expressões da tecnologia da
linguagem que se tornam relevantes por reunir texto, som e fotografia.
Gêneros novos Gêneros já existentesE-mail Carta pessoal///bilhete//correioChat em aberto Conversações (em grupos abertos?)Chat ICQ (agendado) Encontros pessoais (agendados?)Chat em salas privadas Conversações (fechadas?)Entrevista com convidado Entrevista com pessoa convidadaE-mail educacional (aula por e-mail) Aulas por correspondênciasAula chat (aulas virtuais) Aulas presenciaisVídeo-conferência interativa Reunião de grupo/conferência/debate
Lista de discussão Circulares/séries de circulares (???)Endereço eletrônico Endereço pessoalBlog Diário pessoal, anotações, agendas.
(MARCUSCHI, 2004, p. 31)
Sendo assim, temos oportunidade para analisarmos o efeito das novas
tecnologias da linguagem e o papel da linguagem nessas tecnologias, pois as novas
tecnologias não mudam os objetos, mas sim nossas relações com eles; e assim
objetivamos entender um pouco mais sobre os hábitos sociais e lingüísticos dos
usuários da rede mundial, principalmente o adolescente brasileiro, estudante da rede
estadual de ensino.
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Nem tudo o que ocorre no meio virtual pode ser gênero; por exemplo, a homepage é apenas um catálogo ou uma vitrine pessoal ou institucional. Também o hipertexto não é um gênero e sim um modo de produção textual que pode estender-se a todos os gêneros, cada um com sua especificidade. Até mesmo os jogos interativos são apenas suportes para ações, envolvendo variados gêneros em sua configuração.
Na Internet, todos os gêneros são textuais, baseados na escrita eletrônica
com variedades e versatilidades, apesar da integração com som e imagem,
constituindo um hibridismo muito grande.
A variedade é muita grande dos gêneros textuais, portanto, aqui, nesta
Seqüência Didática, o objetivo é enfatizar algumas possibilidades pertinentes de
desenvolver os gêneros textuais através dos recursos das novas tecnologias. Pelo fato
de que um gênero dá origem a outro e assim vão surgindo novos gêneros com novas
funções de acordo com o momento, a situação. Não deixando de lado a ocorrência
dos outros gêneros textuais, no que concerne à sua freqüência e a melhor maneira de
serem utilizados, afinal gênero é prática social com ou sem estabilidade, empregado
nas situações cotidianas de comunicação, e a escolha deste ou daquele gênero torna
se uma questão de intencionalidade. Os gêneros não são canônicos, mudam, fundem
e se misturam, valorizam os atos sociais por serem dinâmicos e interativos de
produção de sentidos no processo social e cognitivo. Os diferentes tipos de Gêneros
Textuais diante da vasta quantidade configuram características que podem ser
identificados por três aspectos: o assunto, a estrutura, e o estilo.
A seguir, expomos alguns exercícios...
De: "" <[email protected]>PARA: <[email protected]>; <[email protected]>; <[email protected]>; <[email protected]>; <[email protected]>; <[email protected]>; <[email protected]>; <[email protected]>; <[email protected]>; <[email protected]>; <[email protected]>; Assunto: andamento da obra
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Data: sexta-feira, 10 de agosto de 2007 10:56
Srs condôminos Estamos firmes na pintura interna e externa, na parte interna o arquiteto definiu algumas pequenas paredes com cores e o restante branco, já iniciamos estes detalhes, e definiu que as portas serão brancas também. Dentro da simplicidade proposta está ficando legal. Na pintura externa estamos adiantados também. Vale a pena dar uma olhada. Na parte hidráulica os hidrômetros já estão sendo instalados no forro do corredor. As louças serão colocadas mais adiante. Na parte de cerâmica estamos priorizando o salão e o páteo externo do segundo pavimento, e a entrada do prédio, que resolvemos revestir com cerâmica. A entrada do prédio será com cerâmica, portões revestidos com alumínio e detalhes em vidro temperado. Como é uma área pequena e importante em termos de valorização do prédio compensa caprichar. Demorou mas consegui um colocador de portas com preço razoável, já está trabalhando na colocação da metade que faltava. Com a economia que fizemos administrando com firmeza os recursos, além das janelas que são de alumínio instalamos outras melhorias como o sistema de segurança mais completo (com alarme, cerca elétrica, monitoramento, gravação de imagens) e também o box em vidro temperado. Como compramos em grande quantidade, á vista, e a cotação é bastante caprichada os recursos acabam "rendendo". A COPEL fez as contas e resolveu não cobrar nada pelo reforço de rede necesário para atender nosso prédio. Nossa intenção é procurar pedir o Habite-se no início de outubro, em novembro após o Habite-se é que vamos subdividir os aptos maiores, serviço que deve se extender até Dezembro. Iso porque o habite-se costuma se demorado e difícil de conseguir, depende dos bombeiros também, enfim muito risco de alguma coisa "bater na trave". Agora é uma etapa boa de ir ver a obra, estão sempre convidados a ir lá, de preferência procurem o mestre de obras XXXXXXXXX. atenciosamente XXXXXXXXXXXXXXXX
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Atividade 2
Leia o texto acima.a) Ele tem semelhança com algum texto que
você já conhece? Qual?b) Onde este texto circula? Qual o nome que ele
é conhecido? c) Podemos considerá-lo um novo gênero
textual? Qual? d) Ele procede de que outro gênero já existente?e) A quem se destina?f) Qual o objetivo dele?g) Justifique a criação desse gênero discursivo
em nossa sociedade, e em específico, a importância desse gênero?
h) Escreva um e-mail ao diretor da escola solicitando o uso do Laboratório de Informática para apresentação de trabalhos durante a visita dos pais à escola.
A carta é um gênero discursivo que ao longo da história tem servido de meio de comunicação para diferentes fins – agradecimento, informa-ções, cobrança, intimação, notícias familiares, presta-ção de contas, propaganda, solicitação, reclamação etcDevido à dinamicidade dos gêneros discursivos em função das necessidades sócio-culturais de nossa sociedade, o gênero carta originou outros gêneros - uma diversidade de cartas - como a carta familiar, a carta íntima, a carta de amor, a carta circular, a carta propaganda, a carta aberta, a carta de solicitação, a carta de reclamação, a carta ao leitor, a carta do leitor, dentre outras.
A Internet parece algo recente, mas a rede mundial existe há mais de vinte
anos; surgiu como um projeto de estratégia militar norte-americano e acabou se
transformando no atual meio de comunicação mais moderno, que possibilita a troca
de informações entre milhões de pessoas em todo o mundo em milésimos de
segundos.
É fundamental afirmar que o
crescimento da Internet não foi planejado
por ninguém; e atualmente é raro um
estudante não possuir endereço eletrônico e
de acordo com as novas políticas
educacionais de governo, principalmente o
Paraná, há metas para que a Internet e a
interação com as novas tecnologias estejam
ao alcance de todos os estudantes da rede
escolar pública em curto prazo.
Ressaltamos que as formas
hipertextuais existem desde a época em que o homem começou a registrar
informação. A linguagem na Internet é interativa e persuasiva devido aos avanços
tecnológicos acelerarem o processo evolutivo da comunicação, possibilitando a
interação entre locutor e interlocutor, popularizando o saber e a informação,
descentralizando a comunicação.
Destacamos a importância fundamental do hipertexto na interatividade,
diferentemente de um texto impresso, seja em jornal, revista, livro, sempre em
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O que realmente possibilitou o sucesso da Internet foi o desenvolvimento, em 1991, da World Wide Web (WWW), um sistema de hipertexto que tornou mais fácil navegar pela rede mundial. Isso acontece porque a rede de informações da Web nasceu e cresceu com base em um modelo hipertextual de registro, armazenamento e divulgação de dados. Esse modelo pode ser descrito como um conjunto de informações multimídias — textos, imagens (animadas ou estáticas) e sons — organizados de forma a permitir uma leitura (ou navegação) não linear, baseada em associações de idéias – links.O ambiente WWW ou WEB é a própria REDE uma combinação de bibliotecas, quiosques, guias, jornais, shoppings, enciclopédias, catálogos, agendas, currículos, pessoais etc.
movimento veloz. A Internet, o veículo de comunicação social com linguagem
acessível sem discriminar seu público, com total autonomia, cresceu muito nos
últimos anos, evoluiu e passou a oferecer fotos, desenhos, animações, vídeos e
serviços de todo tipo, além dos já referidos textos.
Quando textos, imagens e sons se sobrepõem, formam um hipertexto, com
toda riqueza semiótica e dinâmica caracterizada pela não-linearidade, pelos links e
nós textuais que se “escondem” por detrás deles, possibilitando os mais diversos
caminhos para os usuários realizarem uma leitura na internet. Esses dispositivos
textuais, também conhecidos por hipermídia, formam uma fusão na tela do
computador, e considera-se todo e qualquer texto um hipertexto no ciberespaço.
A apreensão de sentido da leitura nas novas
tecnologias da linguagem ocorre com palavras, sons,
imagens, gráficos e mapas, constituindo um todo
significativo no qual há multiplicidade de sentidos
disponibilizados a todo usuário que dele se interessar
para ampliar sua leitura – hiperleitura; uma maneira
diversificada de leitura. Há ainda a possibilidade de
acesso simultâneo em qualquer hora e lugar por infinitos
leitores sem imposição alguma quanto à ordem e
escolha a seguir, alterando o modo de os usuários
raciocinarem. Cada percurso textual é criado de maneira
original e única pelo leitor cibernético. Não existe,
portanto, um único autor e sim um sujeito coletivo, uma
reunião e interação de consciências que produzem
conhecimento e navegam juntas.
É o hipertexto que concede ao usuário da rede a oportunidade de se tornar
um leitor atualizado e revolucionário em todos os sentidos devido aos dados
fornecidos por ele, viabilizando também a sua compreensão, porque a leitura
permeia processos comunicativos e de produção hipertextual.
O conceito de hipertexto na condição de acontecimento comunicacional é
interativo, não-linear, intertextual e heterogêneo na concepção de vários
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Não se trata da mesma leitura realizada no espaço
linear do material impresso. A leitura de um texto não linear na tela do computador está baseada em indexações, conexões entre idéias e conceitos articulados por meio de
links (nós e ligações), que conectam informações
representadas sob diferentes formas, tais
como palavras, páginas, imagens, animações,
gráficos, sons, clipes de vídeo, etc. Dessa forma, ao clicar sobre uma palavra, imagem ou frase definida
como um nó de um hipertexto, encontra-se
uma nova situação, evento ou outros textos
relacionados. (ALMEIDA e MORAN, 2005, p. 41-42)
pesquisadores2. Quando se trabalha com idéias, noções de língua, texto e leitura, a
educação dispõe de uma grande liberdade de atuação, porque idéias podem se
adaptar e readaptar a infinitas situações, espaços e contextos. É algo que está além
do texto, em uma posição ampliada. Dentro do hipertexto existem vários links que
permitem formar o caminho para outras janelas, conectando algumas expressões
com novos textos, fazendo com que estes se distanciem da linearidade da página e
se pareçam mais com uma rede. Na Internet, cada site é um hipertexto – clicando
em certas palavras direcionam-se para novos trechos, criando novos textos.
A concepção hipertextual em suas manifestações e estratégias leva à
compreensão que a utilização dos meios tecnológicos é fértil em possibilidade para
criar novas formas de comunicar e expressar idéias, conceitos e temas; dessa
maneira multiplicam-se as opções de estratégias do usuário.
O hipertexto permite externalizar esse processo
da realização do texto pela leitura. Quando o leitor
conecta diferentes links, associa conteúdos e transforma
diretamente o texto, ele está internalizando a sua leitura,
a realização de seu texto. Por isso o hipertexto evidencia
o processo da intertextualidade na escrita e na leitura,
que sempre esteve presente, mas se mantinha implícito
no ato de escrever e ler. Devemos considerar ainda a
intertextualidade de conhecimento interagindo com
outros textos sociais, culturais, educacionais, pessoais
que estão no cotidiano.
O hipertexto é um texto criado a partir da interatividade, intertextualidade,
heterogeneidade e não-linearidade, esses elementos fazem parte da concretude do
texto, estão externalizados. Ele possui estrutura menos formalizada que o texto
impresso, entretanto com mais significados oferecidos pelo espaço digital por meio
da linguagem eletrônica. Há também diversidade quanto aos processos internos da
leitura e da escrita: descontinuidade, múltiplas leituras, papel ativo do leitor e
hibridação, o leitor/escritor faz uso desses elementos de modo consciente.
Esse fato difere o hipertexto do texto tradicional pela sua concepção, por se
basear na linearidade, univocidade, passividade do leitor e gêneros predefinidos.
Outra distinção é a informação no hipertexto encontrar-se armazenada em uma rede
de nós conectados por ligações, podendo ser nós que contêm gráficos, textos, sons
2 Bolter, Landow, Lévy, Rouet, Snyder, Antony, Correia
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O ato de ler/compreender se viabiliza com muito
mais totalidade e amplitude, haja vista que, estando esses aparatos
midiáticos bem organizados e devidamente
interrela-cionados, o usuário, mesmo
inconscien-temente, será beneficiado pela
convergência dessas interfaces
comunicacionais, já que elas cooperam para fluir a
compreensão. (MARCUSCHI, 2004, p. 175)
e imagens, os chamados documentos hipermídia. Essas ligações unem as entradas
entre si: do texto lido aos textos a ler, da ilustração ao trecho de música... Ou seja, é
sempre possível modificá-los, ao contrário do documento impresso.
Portanto, a prática de leitura hipertextual depende da concepção em que está
calcada e não do ambiente em que se realiza. Deduz-se que a construção do
hipertexto pode ocorrer no ambiente impresso, tv, cinema, sala de aula. A
internalização da estrutura do hipertexto como mediação para a produção de
conhecimento implica em novas formas de ler, escrever, pensar e aprender, porque
o hipertexto não é um mero produto da tecnologia, e sim um recurso tecnológico
relacionado com as formas de produzir e de organizar o conhecimento.
Ser não é não serMarciano Lopes
Nonada. O diabo não há! É o que digo, se for ... Existe é homem humano. Travessia. Guimarães Rosa – palavras de Riobaldo em Grande sertão veredas)
Para o Márcio Renato
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Atividade 3
Leia o poema abaixo Ser não é não ser
Observação: Você já conheceu este poema quando realizou a hiperleitura do poema B da Atividade 1 - lembra?
a) Clique em cada link e prossiga em sua leitura.b) É possível fazer associações com outros textos: interatividade,
intertextualidade? Como?c) No hipertexto esses elementos deixam de ser uma abstração e
passam a fazer parte da concretude do texto. Explique como você percebeu esta “concretude”.
d) Explore seu conhecimento com hipertexto e navegue pesquisando sobre “Guimarães Rosa – palavras de Riobaldo em Grande sertão veredas)” nas manifestações de arte, cinema, música, moda, telenovela e se prepare para junto com os demais colegas da sala confeccionar um painel com ilustrações e artigos que o represente em cada modalidade sugerida.
P alavra mudanão
mudaPalavra
Nadanãoé
nãoNada
Palavra
lavranãolavra
Palavra
Masfalo
QuandofaloMas
Sem maisnonada
não é nada
nem maisnem menos
muito menossomenos
Aula interativa não significa apenas manusear e conviver em ambientes
virtuais de aprendizagem para “melhor” transmitir conhecimentos e sim criar as
possibilidades para sua própria produção num processo interacionista com os
recursos das novas tecnologias educacionais. Lembre-se: interatividade é o
princípio básico da comunicação na sociedade.
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Atividade 4
Dínamo!!! Você vai dinamizar esta atividade...
e) Em dupla escolha um acontecimento urbano divulgado na internet e em jornais televisos - leia-o.
f) Navegue na web em busca de poemas ou crônicas e imagens que se relacione com o artigo selecionado.
g) Explore toda criatividade que possui e faça o seu hipertexto. h) Poste seu hipertexto em um mural digital pode ser no GoZub - o Twitter
Brasileiro ou em qualquer blog que preferir.i) Agora leia o hipertexto de outras duplas e registre seu comentário, seja
crítico, dê sugestões ...j) Releia o seu mural e procure classificar cada texto de acordo com o
gênero textual pertinente.k) Avalie sua aprendizagem nesta aula.l) Podemos melhorar em quê?
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Na convivência com ambientes virtuais de
aprendizagem para inovar a aquisição de
conhecimentos, um recurso dinâmico e adequado é
apresentação de filmes, que muda e transforma a rotina
da sala de aula. Acreditamos na importância das imagens
no desenvolvimento intelectual e crítico do estudante, por
facilitar a fixação de conteúdos. Vamos interagir através
da leitura do gênero fílmico, aplicando nas atividades o
conhecimento dos recursos tecnológicos com a
utilização do hipertexto que já possuímos.
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O HIPERTEXTO NO INCONSCIENTE CULTURAL - A partir do filme RashomonNovas possibilidades narrativas hipertextuais em qualquer um dos seguimentos da Cultura (política, arte, religião, ciência, etc...) Com efeito, podemos discutir o papel das novas mídias na sociedade e suas novas possibilidades interativas com o público. http://hipertextoecultura.blogspot.com/2007/01/o-inconsciente-hipertexto-cultural.html - acesso em 10/06/07 às 19h50
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Atividade 5
Leitura do texto fílmico – é importante uma leitura atenta ao filme como um outro texto qualquer.Sugestão: O pingüim (Happy Feet)
Curiosidades:a) O que é um filme, como é feito?b) Por que são produzidos?c) Para quem? d) Quem trabalhou nele?e) Quais as cenas mais importantes?f) Quais filmes você conhece e quais são seus gostos?g) Em trio discuta a questão anterior, organize uma síntese da
discussão grupal, relacionando-a ao conteúdo já estudado, a seguir exponha à turma a opinião do grupo.
Etapas da análise fílmica:a) Pesquise na internet sobre a fonte. (ficha técnica do filme, título
original, país, ano, duração, produtores distribuidores, roteirista, fotógrafo, cenografista, efeitos especiais, sinopse, público alvo, acessibilidade, obras correlatas: outros filmes ou textos de apoio)
b) Reconstituição sumária da história.c) Mensagem principal.d) Principais personagens.
Apresentação oral dos grupos em sala de um relatório do filme.a) Debate livre.b) Articulação do conteúdo com o trabalhado em classe.c) Potencial de áreas de aplicação, possibilidade de ser usado em
mais de um conteúdo ou disciplina. (linguagem e contexto). d) Selecionar as seqüências de cenas mais interessantes ao
trabalho.e) Herança cultural.
O gênero fábula também é um
procedimento de leitura muito importante;
por intermédio dela é possível conhecer
diferentes histórias, reconhecer
ensinamentos, lições de moral e refletir
sobre modos de vida, vícios e virtudes
humanas.
Um Leão apaixonado
Um Leão pediu a filha de um
lenhador em casamento. O Pai, mesmo
contrariado mas com medo do Leão, viu que podia se aproveitar da ocasião para
livrar-se desse problema.
Ele disse que concordaria em tê-lo como genro, mas com uma condição; Este
deveria deixar-lhe arrancar suas unhas e dentes, pois sua filha tinha muito medo de
ambos.
Feliz da vida o Leão concordou. Feito isso, ele tornou a fazer seu pedido, mas
o lenhador, que já não mais o temia, pegou um cajado e expulsou-o de sua casa,
mandando-o de volta para a floresta.
Autor: Esopohttp://sitededicas.uol.com.br/fabula21a.htm
Moral da História:
Para resolvermos um problema, devemos primeiro conhecê-lo bem, depois
poderemos enfrentá-lo.
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O Boi e a Rã
Um Boi indo beber água num charco pisou em uma ninhada de rãs e
esmagou uma delas.
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As origens da fábula
A fábula nasceu no Oriente e foi reinventada no Ocidente pelo escravo grego Esopo, que criava histórias baseadas em animais para mostrar como agir com sabedoria. Suas fábulas, mais tarde, foram reescritas em versos, com um acentuado tom satírico, pelo escravo romano Fedro. Contudo, o grande responsável pela divulgação e reconhecimento da fábula no Ocidente moderno foi o francês Jean de La Fontaine, um poeta que conhecia muito bem a arte e as manifestações da cultura popular.Motivado pela natureza simbólica das fábulas, La Fontaine criava suas histórias com um único objetivo: tornar os animais o principal agente da educação dos homens. Para isso, os animais são colocados numa situação humana exemplar: a formiga representa o trabalho; o leão simboliza a força; a raposa, a astúcia; o lobo, o poder despótico; e assim por diante. [...]MACHADO. (1994, p. 57)
A mãe das Rãs veio, e, dando pela falta de um dos seus filhos, perguntou aos
seus irmãos o que havia acontecido com ele.
- Ele foi morto mãe; ainda a pouco uma grande besta com quatro enormes
pés veio à lagoa e pisou em cima dele com sua pata que era rachada no meio.
A mãe, se inflou toda e perguntou:
- A besta era maior do que estou agora?
- Pare mãe, pare de se inflar - Disse o seu filho - e não fique aborrecida por
tentar, eu lhe asseguro, você explodiria antes que conseguisse imitar o tamanho
daquele Monstro.
Autor: Esopohttp://sitededicas.uol.com.br/fabula21a.htm
Moral da História:
Muitas vezes, coisas insignificantes, nos desviam a atenção do verdadeiro problema.
A fábula dos porcos assados
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/bancoimagem/frm_buscarImagens3.php
Certa vez, aconteceu um incêndio num bosque onde havia alguns porcos, que foram
assados pelo fogo. Os homens, acostumados a comer carne crua, experimentaram
e acharam deliciosa a carne assada. A partir daí, toda vez que queriam comer porco
assado, incendiavam um bosque... Até que descobriram um novo método. Mas o
que quero contar é o que aconteceu quando tentaram mudar o SISTEMA para
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Narração de sucessos fingidos,
inventados para instruir ou divertir;
conto imaginário ou mentiroso. “O bom
frade contou muito fábula, como todos
os colectores das causa primordiais de
uma nação que se vão perder sempre
em maravilhas .” (A. Garrett). Pequena
composição de forma poética ou
prosaica em quase narra um facto
alegórico, cuja verdade moral se
esconde sob o véu da ficção e na qual
de fazem intervir as pessoas, os animais
irracionais personificados e até coisas
inanimadas; apólogos: as fábulas de
Esopo, Fedro e La Fontaine. (...)
Narrativa de intenção moralizante,
frequentemente confundida com as
formas do apólogo, da alegoria e da
parábola, mas das quais diverge por
natureza.
COELHO (1993, p. 37)
implantar um novo. Fazia tempo que as coisas não iam lá muito bem: às vezes, os
animais ficavam queimados demais ou parcialmente crus. O processo preocupava
muito a todos, porque se o SISTEMA falhava, as perdas ocasionadas eram muito
grandes - milhões eram os que se alimentavam de carne assada e também milhões
os que se ocupavam com a tarefa de assá-los. Portanto, o SISTEMA simplesmente
não podia falhar. Mas, curiosamente, quanto mais crescia a escala do processo,
mais parecia falhar e maiores eram as perdas causadas. Em razão das inúmeras
deficiências, aumentavam as queixas. Já era um clamor geral a necessidade de
reformar profundamente o SISTEMA. Congressos, seminários e conferências
passaram a ser realizados anualmente para buscar uma solução. Mas parece que
não acertavam o melhoramento do mecanismo. Assim, no ano seguinte, repetiam-se
os congressos, seminários e conferências. As causas do fracasso do SISTEMA,
segundo os especialistas, eram atribuídas à indisciplina dos porcos, que não
permaneciam onde deveriam, ou à inconstante natureza do fogo, tão difícil de
controlar, ou ainda às árvores, excessivamente verdes, ou à umidade da terra ou ao
serviço de informações meteorológicas, que não acertava o lugar, o momento e a
quantidade das chuvas. As causas eram, como se vê difíceis de determinar - na
verdade, o sistema para assar porcos era muito complexo. Fora montada uma
grande estrutura: maquinário diversificado, indivíduos dedicados exclusivamente a
acender o fogo - incendiadores que eram também especializados (incediadores da
Zona Norte, da Zona Oeste, etc, incendiadores noturnos e diurnos - com
especialização matutina e vespertina - incendiador de verão, de inverno etc). Havia
especialista também em ventos - os anemotécnicos. Havia um diretor geral de
assamento e alimentação assada, um diretor de técnicas ígneas (com seu Conselho
Geral de Assessores), um administrador geral de reflorestamento, uma comissão de
treinamento profissional em Porcologia, um instituto superior de cultura e técnicas
alimentícias (ISCUTA) e o bureau orientador de reforma igneooperativas. Havia sido
projetada e encontrava-se em plena atividade a formação de bosques e selvas, de
acordo com as mais recentes técnicas de implantação - utilizando-se regiões de
baixa umidade e onde os ventos não soprariam mais que três horas seguidas. Eram
milhões de pessoas trabalhando na preparação dos bosques, que logo seriam
incendiados. Havia especialistas estrangeiros estudando a importação das melhores
árvores e sementes, o fogo mais potente etc. Havia grandes instalações para manter
os porcos antes do incêndio, além de mecanismos para deixá-los sair apenas no
momento oportuno. Foram formados professores especializados na construção
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dessas instalações. Pesquisadores trabalhavam para as universidades para que os
professores fossem especializados na construção das instalações para porcos.
Fundações apoiavam os pesquisadores que trabalhavam para as universidades que
preparavam os professores especializados na construção das instalações para
porcos etc. As soluções que os congressos sugeriam eram, por exemplo, aplicar
triangularmente o fogo depois de atingida determinada velocidade do vento, soltar os
porcos 15 minutos antes que o incêndio médio da floresta atingisse 47 graus e
posicionar ventiladores gigantes em direção oposta à do vento, de forma a direcionar
o fogo. Não é preciso dizer que os poucos especialistas estavam de acordo entre si,
e que cada um embasava suas idéias em dados e pesquisas específicos. Um dia,
um incendiador categoria AB/SODM-VCH (ou seja, um acendedor de bosques
especializado em sudoeste diurno, matutino, com bacharelado em verão chuvoso)
chamado João Bom-Senso resolveu dizer que o problema era muito fácil de ser
resolvido - bastava, primeiramente, matar o porco escolhido, limpando e cortando
adequadamente o animal, colocando-o então numa armação metálica sobre brasas,
até que o efeito do calor - e não as chamas - assasse a carne. Tendo sido informado
sobre as idéias do funcionário, o diretor geral de assamento mandou chamá-lo ao
seu gabinete, e depois de ouvi-lo pacientemente, disse-lhe: "Tudo o que o senhor
disse está muito bem, mas não funciona na prática. O que o senhor faria, por
exemplo, com os anemotécnicos, caso viéssemos a aplicar a sua teoria? Onde seria
empregado todo o conhecimento dos acendedores de diversas especialidades?".
"Não sei", disse João. "E os especialistas em sementes? Em árvores importadas? E
os desenhistas de instalações para porcos, com suas máquinas purificadores
automáticas de ar?". "Não sei". "E os anemotécnicos que levaram anos
especializando-se no exterior, e cuja formação custou tanto dinheiro ao país? Vou
mandá-los limpar porquinhos? E os conferencistas e estudiosos, que ano após ano
têm trabalhado no Programa de Reforma e Melhoramentos? Que faço com eles, se
a sua solução resolver tudo? Heim?". "Não sei", repetiu João, encabulado. "O
senhor percebe, agora, que a sua idéia não vem ao encontro daquilo de que
necessitamos? O senhor não vê que se tudo fosse tão simples, nossos especialistas
já teriam encontrado a solução há muito tempo atrás? O senhor, com certeza,
compreende que eu não posso simplesmente convocar os anemotécnicos e dizer-
lhes que tudo se resume a utilizar brasinhas, sem chamas! O que o senhor espera
que eu faça com os quilômetros e quilômetros de bosques já preparados, cujas
árvores não dão frutos e nem têm folhas para dar sombra? Vamos, diga-me?". "Não
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sei, não, senhor". "Diga-me, nossos três engenheiros em Porcopirotecnia, o senhor
não considera que sejam personalidades científicas do mais extraordinário valor?".
"Sim, parece que sim". "Pois então. O simples fato de possuirmos valiosos
engenheiros em Porcopirotecnia indica que nosso sistema é muito bom. O que eu
faria com indivíduos tão importantes para o país?" "Não sei". "Viu? O senhor tem
que trazer soluções para certos problemas específicos - por exemplo, como
melhorar as anemotécnicas atualmente utilizadas, como obter mais rapidamente
acendedores de Oeste (nossa maior carência) ou como construir instalações para
porcos com mais de sete andares. Temos que melhorar o sistema, e não
transformá-lo radicalmente, o senhor, entende? Ao senhor, falta-lhe sensatez!".
"Realmente, eu estou perplexo!", respondeu João. "Bem, agora que o senhor
conhece as dimensões do problema, não saia dizendo por aí que pode resolver
tudo. O problema é bem mais sério e complexo do que o senhor imagina. Agora,
entre nós, devo recomendar-lhe que não insista nessa sua idéia - isso poderia trazer
problemas para o senhor no seu cargo. Não por mim, o senhor entende. Eu falo isso
para o seu próprio bem, porque eu o compreendo, entendo perfeitamente o seu
posicionamento, mas o senhor sabe
que pode encontrar outro superior
menos compreensivo, não é mesmo?
João Bom-Senso, coitado, não falou
mais um a. Sem despedir-se, meio
atordoado, meio assustado com a sua
sensação de estar caminhando de
cabeça para baixo, saiu de fininho e
ninguém nunca mais o viu. Por isso é
que até hoje se diz, quando há
reuniões de Reforma e
Melhoramentos, que falta o Bom-
Senso.
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O leitor Osdilson Amorim Oliveira enviou esta colaboração, explicando que o texto original deste trabalho, em espanhol, circulou entre os alunos do curso de pós-graduação da Universidade de Piracicaba, em 1981. A sutileza com que o autor satiriza um dos problemas de nossos tempos fez com que imediatamente o texto chamasse a atenção de alunos e professores, convertendo-se em tema de conversas e debates. É uma das possíveis variações de uma velha história sobre a origem do assado.
63ª EDIÇÃO08 de janeiro de 2001EDIÇÃO QUINZENALhttp://www.catho.com.br/jcs/inputer_view.phtml?id=1285 - 10/10/07 10h48
Atividade 7 - Colaboração: Profa. Mirian Martins Teixeira de Abreu (Castro)
Leitura de obras de:Leonardo da Vinci Sugestão de sites: http://www.itaucultural.org.br/barroco/abertura.html
Leitura de obras de:Tarsila do Amaral Sugestão de sites: http://pt.wikipedia.org/wiki/Tarsila_do_Amaral http://www.tarsiladoamaral.com.br/Em seguida fazer uma pesquisa hipertextual das duas correntes literárias a que pertencem às obras.
Analisar as obras comparando espaço e tempo entre uma obra renascentista e outra modernista.
Produzir um texto de acordo com sua interpretação, observando suas
características e diferenças.
Apresentar para a turma a leitura final realizada.
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Atividade 6
1. Leitura de fábulas e livros de fábulas (material impresso e eletrônico)2. Conversar sobre as condições de produção, circulação e propósito
comunicativo e a temática da fábula.3. Promover a leitura oral de uma fábula, (pode ser a sugerida acima), junto
com os alunos, ajudando-os a perceber as características que compõem este gênero: personagens (características dos animais e relação com características de personalidade de seres humanos), vício ou defeito de caráter e virtude que a fábula aborda; local (espaço) da história, moral e mensagem que ela traz.
4. Fomentar a leitura individual das outras fábulas selecionadas.5. Provocar uma reflexão sobre a leitura e a moral de cada fábula.6. Apresentar resumidamente o que foi estudado com o gênero fábula, oral. 7. Clicar nos links explorando o hipertexto8. Produzir uma fábula em dupla, explorando ensinamentos, lições de moral
e refletir sobre modos de vida, vícios e virtudes humanas.9. Finalizar no laboratório de informática uma coletânea de apresentações
de fábulas com a utilização do hipertexto (pode ser através do powerpoint).
Atividade 8 - Colaboração: Profa. Ivone Vieira Berti (Cascavel)
Leitura de contos: A Parasita Azul; As Bodas de Luís Duarte; Ernesto de Tal, Aurora sem Dia; Goivos e Camélias; A Ela; O Relógio de Ouro; Ponto de Vista – da obra “Histórias da Meia-noite” de Machado de Assis Site: http://200.189.113.123/diaadia/diadia/modules/conteudo_literatura/conteudoliteratura.php?conteudo_literatura=71 Distribuir os contos entre os alunos em duplaBuscar no google ou dicionário on-line as palavras menos conhecidas, ler seu significado e outras anotações.Analisar os contos.Apresentar a para a turma a leitura final através do powerpoint.
Atividade 9 - Colaboração: Profa. Olga Antonia P. dos Santos (São João do Caiuá)
Leitura de histórias em quadrinhos:http://www.nonaarte.com.br/http://www.monica.com.br/comics/seriadas.htm
Analisar a estrutura da HQ e recursos artegráficosBuscar informações sobre a produção dos quadrinhosIdentificar dados biográficos sobre o autorLeitura hipertextual de outras HQ Dramatizar e apresentar cenas de HQ
Atividade 10 - Colaboração: Profa. Maria das Dores Campos Gomes (Diamante do Norte)
Leitura de letra de músicas:http://letras.terra.com.br/ http://www.buscarletras.com.br/Observar o sentido conotativo que a letra da música possui e
também o significado que determinada palavra tem dentro daquele contexto e o que ela significa fora desse contexto.
Analisar as letras de músicas.Apresentar a leitura final através do powerpoint ou através de um
musical.
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Ressaltamos que essa Seqüência Didática é apenas uma metodologia para
apresentar algumas atividades didáticas de leitura utilizando o hipertexto como mais
um recurso tecnológico em nossa área, e cada professor pode fazer adaptações que
julgar necessárias, segundo sua prática e os recursos tecnológicos de que dispõe.
Acreditamos que todo professor de Língua Portuguesa e Literaturas busca melhorar
o desempenho de seu aluno na leitura. Entre o partilhar de experiências, é notável
não existir uma magia para que isso ocorra, porém sabemos que uma leitura
proveitosa pressupõe um conhecimento de mundo, de conhecer outras leituras que
vai muito além de conhecer o código lingüístico; desta forma, lançamos esta
Seqüência Didática – explore-a e tenha sucesso!!!
Atividade 11 - Colaboração: Profa. Ivone Vieira Berti (Cascavel)
Desenvolvimento e interpretação de textos em forma de um JORNAL VIRTUAL Definição de três temas a serem utilizados pelos alunos para criação dos textos, como exemplo vamos utilizar: Violência Doméstica; Drogas; Recursos tecnológicos na educação.Divisão em três grupos de cinco pessoas e em seguida deverá ser realizado um sorteio com o tema de cada equipe. Cada equipe poderá começar sua pesquisa através de livros, jornais, revistas e da própria internet para elaboração dos conteúdos do jornal.À medida que as equipes forem terminando suas “matérias jornalísticas” poderão inserir as mesmas no blog ou página da internet, chats.As novas notícias serão publicadas e automaticamente a mais recente sempre ficará no topo da página. Os alunos deverão inserir no final de cada notícia o nome de cada membro da equipe e as fontes utilizadas como base da pesquisa.Cada notícia poderá ser comentada por quem ler a mesma, assim os alunos poderão receber sugestões, elogios e críticas sobre seus trabalhos. Cada aluno também poderá estar inserindo novas matérias na sua própria casa, com isso ele terá que ler mais, pesquisar mais.Apresentação e atualização do jornal será permanente e disponível para os internautas.
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ALMEIDA, Elizabeth B. de A. & MORAN, José Manuel (Org.). Integração das Tecnologias na Educação. Secretaria de Educação a Distância. Brasília: Ministério da Educação, SEED, 2005.
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