sepse grave e choque séptico em pediatria internato 2011 hospital regional de sobradinho/ses/df...
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Sepse grave e choque séptico em Pediatria
Internato 2011
Hospital Regional de Sobradinho/SES/DF
Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS)
Edilson Sergio de Paula Jr.
www.paulomargotto.com.br
Choque
Hipovolêmico
Cardiogênico
Distributivo – Séptico e neurogênico
Obstrutivo
Epidemiologia
• Mortalidade hospitalar: 10,3%
• 50% das casos de sepse grave em pediatria são em RN, sendo a maioria de baixo peso ao nascer.
• 50% apresenta doença crônica de base
• Tempo médio de internação é de 31 dias
SIRS
Pelo menos 2 dos critérios abaixo, 1 dos quais deve ser anormalidade de temp. ou alt. no hemograma:
Febre ou hipotermia Leucocitose ou leucopenia ou > 10% de
formas jovens Taqui ou bradicardia Taquipnéia ou necessidade de Vent.
Mecânica
SEPSE
SIRS
+
INFECÇÃO DOCUMENTADA OU SUSPEITA
Sepse grave
Sepse com uma das seguintes falências orgânicas:
Disfunção CV: CHOQUE SÉPTICO Disfunção resp.: SDRA ouSepse com 2 ou mais falências orgânicas Neurológica Hematológica Renal Hepática
Critérios de disfunção de órgãos
Disfunção cardiovascular:Hipotensão + necessidade de drogas
vasoativas E dois dos 5 sinais abaixo:- BE > -5- Lactato art. 2x> que o valor normal- Oligúria - TEC>5seg- Diferença entre T central e perif. > 3Cº
Disfunção respiratória
- PaCO2 >65mmHg ou 20mmHg acima do valor basal de PaCO2
- Necessidade de uma FiO2 >50% para manter uma saturação >= a 92%
- Necessidade de ventilação mecânica invasiva ou não invasiva
Disfunção hematológica
- Plaquetas <80000/mm3
- Tempo de protrombina aumentado (INR>2)
Disfunção hepática
- Bilirrubina total >=4mg% (não aplicável ao recém-nascido)
- Transaminases 2 vezes superior ao limite normal para a idade
Disfunção renal
- creatinina sérica >= 2 vezes o limite superior ao limite normal para a idade ou 2 vezes maior que o valor basal de creatinina
Disfunção neurológica
- Escala de Glasgow <= 11
- Alteração aguda no nível de consciência com uma diminuição do score da Escala de Glasgow >= 3 pontos da linha de base anormal
Fisiopatologia
SIRS/Sepse/ChoqueSIRS/Sepse/Choque SépticoSéptico
LibertaçãoLibertação de mediadoresde mediadores::
exógenos e endógenosexógenos e endógenos
Má distribuiçãoMá distribuição
do fluxo do fluxo sanguíneosanguíneo
Disfunção Disfunção
CardíacaCardíaca
Desequilíbrio Desequilíbrio entre o entre o
fornecimento fornecimento de O2 e o seu de O2 e o seu
consumo consumo
Alterações do Alterações do
metabolismometabolismo
LPS, TNF, IL-1, IL-6, e IL-8
QUADRO CLÍNICO
Choque quente
Rubor
TEC<2s
Pulso cheio e amplo ou oscilante
Choque frio
TEC>2s
Pulso diminuído e filiforme
Livedo
Diagnóstico Hemograma completo Provas de coagulação Cultura dos sítios de infecção Gasometria arterial Eletrólitos Exames de imagem
Raio-X de tórax (PA e perfil) Raio-X de abdome (supino, em pé e decúbito lateral) US abdominal Ecocardiograma TC
Peculiaridades do RN Suspeita-se de choque séptico no neonato quando
há desconforto respiratório, redução da perfusão, historia materna de corioaminionite ou ruptura prolongada de membranas.
Neonatos em choque séptico apresentam aumento da pressão na artéria pulmonar que leva a hipertensão pulmonar e falência de VD.
Deve-se diferenciar choque séptico do choque cardiogênico que ocorre devido ao fechamento do PCA (pensar em cardiopatia sempre!).
Monitorização inicial
– Oximetria de pulso.
– Eletrocardiografia contínua.
– Pressão sangüínea.
– Temperatura.
– Débito urinário.
– Glicose e cálcio ionizado
Monitorização (choque resist. às catecolaminas)
Ecocardiograma (qnd. Disponível) Swan-Ganz (a partir de 10kg de peso):
-oferta e consumo de O2
-extração de O2
-PVC-RVS-PCP SVO2 (> 70%)
Tratamento
O emergencista influencia muito no prognóstico do paciente com sepse grave/choque
séptico.
1ª HORA: GOLDEN HOUR
METAS (1ª hora)
TEC<2s Pulsos normais Extremidades quentes Débito urinário > 1ml/kg/h Estado mental normal PA normal para idade
Clinical practice parameters for hemodynamic support of pediatric and neonatal septic shock
Crit Care Med 2009 Vol. 37, No. 2
O volume inicial geralmente exige
40-60ml/kg mas pode chegar a 200ml/kg na primeira hora.
Recomendação 2B: hidrocortisona deve ser considerada em pcts que não respondem à fluidoterapia e à terapia com vasopressores. Ou em pcts com quadro de Púrpura Fulminante ou que recebiam corticóides previamente ao choque séptico.
Antibioticoterapia
• Bacteremias polimicrobianastratamento com base no foco; associam-se cefalosporinas de 3ª geração com metronidazol ou ampicilina com sulbactam.
• Bacteremias no imunocomprometido predominio de Gram -, cocos Gram + e fungos; cefalosporinas de 3ª geração com ação antipseudomonas, carbapenem e antifungicos
Suporte nutricional
Jejum prolongado altera funções da barreira gastrintestinal, levando a atrofia intestinal, translocação bacteriana e alterações da função imune.
Nutrição enteral: método de escolha pois melhora integridade gastrintestinal e diminui disfunção de múltiplos órgãos.
OBSERVAÇÕES
Não é necessário controle rígido de glicemia (↑ risco de hipoglicemia, principalmente em cças)
Proteína C ativada é proibida em cças (não ↓ mortalidade e ↑ risco de sangramentos)
Terapêuticas em estudo