separata saúde

9
resultado do debate com a camarada Ana Benavente. A Secção do PS Parede pre- tende contribuir para o apro- fundamento de temas e consolidação de argumen- tos para a afirmação ideoló- gica da Esquerda democráti- ca. Bom debate. No seguimento do Informa, surgiu a necessidade de um espaço que permita simultane- amente coligir informação e desenvolver temas. Com a Separata pretendemos faze-lo. Todas as referências bibliográ- ficas serão identificadas, bem como, sempre que possível, a disponibilização através de hiperligação. A publicação da Separata terá uma periodicidade inde- finida, dependendo apenas da vontade, interesse e em- penho dos camaradas. Inicia-se a Separata a propó- sito do debate sobre a “Saúde e o Estado Social”. Fica prometida outra, sobre a “Crise e a Auditoria à dívida”, APRESENTAÇÃO DA SEPARATA O SERVIÇO DE SAÚDE E OS SISTEMAS DE SAÚDE : BREVE ENQUADRAMENTO NO MUNDO GLOBALIZADO . O Serviço Nacional de Saúde (SNS) é um dos Sistemas de saúde caracterizado pelas organizações internacionais. A génese dos sistemas de saúde pode ser fundamental- mente dividida em Bismarcki- anos e Beveridgianos, os primeiros, tradicionalmente associados ao norte da Euro- pa e os segundos ao sul, em relação íntima com os siste- mas de protecção social de- senvolvidos no pós-guerra. No contexto de mundo glo- balizado, ressurgiu a com- parabilidade internacional, com consequente desenvol- vimento de indicadores de aferição dos sistemas. Em 1999, OMS e OCDE assi- nam um programa de coo- peração promovendo a mú- tua troca de informação sobre dados de saúde. Na- turalmente, a OCDE colige informação económica, en- quanto a OMS apreende a saúde das populações. Em 2010, com a amplificação das posições financeiras como pretexto para alterar as políticas de saúde, é proposto um método para síntese do conhecimento em políticas públicas, con- siderando efeitos sociais indesejáveis e equidade. Em 2011, a OMS, em livro, olhando para os sistemas de saúde, perspectiva que estes não são, como propa- gandeado, um fardo finan- ceiro, mas sim, uma via para o crescimento econó- mico. Afinal, qual o futuro do sis- tema de saúde Português? Perspectiva da ENSP, antes da crise. INFORMA MARÇO 2012 SEPARATA DIZERES NA PAREDE OLHAR A SAÚDE NESTA EDIÇÃO: DADOS DE PORTUGAL 2 EQUIDADE EM ANÁLISE: DESPESA PÚBLICA VS DESPESA PRIVADA 2 IDEOLOGIA E SAÚDE 3 IMPRENSA EM REVISTA 4 PS PAREDE 1978 Decl. Alma-Ata Cuidados Primários 1986 Carta de Ottawa Promoção da Saúde 1988 Decl. de Adelaide Polític. Públicas Saudáveis 1991 Decl. de Sunsvall Ambientes favoráveis à saúde 1997 Decl. de Jacarta Promoção da Saúde no Sec. XXI 2000 Decl. México Rumo a maior equidade 2005 Carta de Bangue- coque ...num mundo Globalizado

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Page 1: Separata saúde

resultado do debate com a

camarada Ana Benavente.

A Secção do PS Parede pre-

tende contribuir para o apro-

fundamento de temas e

consolidação de argumen-

tos para a afirmação ideoló-

gica da Esquerda democráti-

ca.

Bom debate.

No seguimento do Informa,

surgiu a necessidade de um

espaço que permita simultane-

amente coligir informação e

desenvolver temas. Com a

Separata pretendemos faze-lo.

Todas as referências bibliográ-

ficas serão identificadas, bem

como, sempre que possível, a

disponibilização através de

hiperligação.

A publicação da Separata

terá uma periodicidade inde-

finida, dependendo apenas

da vontade, interesse e em-

penho dos camaradas.

Inicia-se a Separata a propó-

sito do debate sobre a

“Saúde e o Estado Social”.

Fica prometida outra, sobre a

“Crise e a Auditoria à dívida”,

A P R E S E N T A Ç Ã O D A S E P A R A T A

O S E R V I Ç O D E S A Ú D E E O S S I S T E M A S D E S A Ú D E :

B R E V E E N Q U A D R A M E N T O N O M U N D O G L O B A L I Z A D O .

O Serviço Nacional de Saúde

(SNS) é um dos Sistemas de

saúde caracterizado pelas

organizações internacionais.

A génese dos sistemas de

saúde pode ser fundamental-

mente dividida em Bismarcki-

anos e Beveridgianos, os

primeiros, tradicionalmente

associados ao norte da Euro-

pa e os segundos ao sul, em

relação íntima com os siste-

mas de protecção social de-

senvolvidos no pós-guerra.

No contexto de mundo glo-

balizado, ressurgiu a com-

parabilidade internacional,

com consequente desenvol-

vimento de indicadores de

aferição dos sistemas. Em

1999, OMS e OCDE assi-

nam um programa de coo-

peração promovendo a mú-

tua troca de informação

sobre dados de saúde. Na-

turalmente, a OCDE colige

informação económica, en-

quanto a OMS apreende a

saúde das populações. Em

2010, com a amplificação

das posições financeiras

como pretexto para alterar

as políticas de saúde, é

proposto um método para

síntese do conhecimento

em políticas públicas, con-

siderando efeitos sociais

indesejáveis e equidade.

Em 2011, a OMS, em livro,

olhando para os sistemas

de saúde, perspectiva que

estes não são, como propa-

gandeado, um fardo finan-

ceiro, mas sim, uma via

para o crescimento econó-

mico.

Afinal, qual o futuro do sis-

tema de saúde Português?

Perspectiva da ENSP, antes

da crise.

I N F O R M A

M A R Ç O 2 0 1 2

S E P A R A T A

D I Z E R E S N A P A R E D E

O L H A R A S A Ú D E

N E S T A E D I Ç Ã O :

D A D O S D E

P O R T U G A L

2

E Q U I D A D E E M

A N Á L I S E :

D E S P E S A P Ú B L I C A

V S

D E S P E S A

P R I V A D A

2

I D E O L O G I A

E S A Ú D E

3

I M P R E N S A E M

R E V I S T A

4

P S P A R E D E

1978 Decl. Alma-Ata

Cuidados Primários

1986 Carta de Ottawa

Promoção da Saúde

1988 Decl. de Adelaide

Polític. Públicas Saudáveis

1991 Decl. de Sunsvall Ambientes favoráveis à saúde

1997 Decl. de Jacarta

Promoção da Saúde no Sec. XXI

2000 Decl. México

Rumo a maior equidade

2005 Carta de Bangue-coque

...num mundo Globalizado

Page 2: Separata saúde

O Orçamento Geral do Es-

tado para 2012 prevê me-

nos 600M€ para a Saúde;

redução das deduções

fiscais e aumento das ta-

xas moderadoras . O argu-

mento principal é Portugal

gastar demasiado em saú-

de, comparando com a

OCDE. De facto, atenden-

do ao PIB, o crescimento

da despesa em saúde é

mais elevado e despropor-

cional. Contudo, convém

olhar para outros indicado-

res de saúde fornecidos,

pela OMS e OCDE.

Portugal é um dos países

da Europa com menor des-

pesa per capita em saúde,

abaixo da média da OCDE,

e com menor crescimento

dessa despesa. O cresci-

mento deve-se principal-

mente a um aumento da

despesa privada, e não

pública . A despesa pública

encontra-se abaixo da mé-

dia da OCDE. Como parte

da despesa privada temos

as despesas individuais

aquando do acesso a bens

de saúde, sejam cuidados,

medicamentos, exames

(22.9%). Contrariamente à

tendência na OCDE, Portugal

foi dos países que mais

cresceu nos gastos das fa-

mílias em saúde, encontran-

do-se acima da média.

Importa, agora, referir o con-

ceito de “gastos catastrófi-

cos”. Este termo aplica-se à

percentagem do orçamento

familiar dedicada a gastos

com saúde, quando ultra-

passa os 40%. É neste pon-

to que se discute equidade.

E Q U I D A D E E M A N Á L I S E : D E S P E S A P Ú B L I C A V S D E S P E S A P R I V A D A

O sistema de saúde en-

contra-se em transição,

mantendo-se o financia-

mento do SNS inalterado.

Temos parcerias público-

privadas, uma nova ges-

tão dos cuidados de saú-

de e uma rede de cuida-

dos continuados.

A que transição assisti-

mos e que transição que-

remos?

Em 2010, a OMS alertava

para a necessidade de

clarificar e regular o papel

do sector privado, bem

como maior investimento

e revisão dos subsistemas

de saúde, para maior

equidade e manutenção

da universalidade.

O sector privado descobriu a

saúde como mercado poten-

cial, mais ainda, numa Euro-

pa envelhecida. “A eficiência

baseada no desconforto e

incerteza”; “retorno do capi-

tal adequado ao risco envol-

vido” e “alteração de estraté-

gia em função do mercado”

podem ler-se na apresenta-

ção feita pela Espirito Santo

Saúde à Ordem dos Econo-

mistas em 2010.

Também a Deloitte propõe

uma visão para a saúde. A

Tanto conseguimos, em 33

anos, com a implementa-

ção do SNS. Evoluímos da

cauda Europeia para o to-

po, num conjunto impor-

tante de indicadores de

saúde.

A realização e implemen-

tação do Plano Nacional de

Saúde prometia revolucio-

nar o quadro da saúde em

Portugal, tanto na reforma

da prestação de serviços

como na priorização clara

de necessidades de inter-

venção. A evolução dos

indicadores entre 2004 e

2010 é já reflexo de uma

nova forma de abordar a

saúde.

Página 2 O L H A R A S A Ú D E

base é a separação das enti-

dades: financiadora, presta-

dora e reguladora.

É possível compatibilizar saú-

de pública, geral e universal,

com a perspectiva do lucro?

O Hospital de Cascais, HPP,

em 2011, derrapou 25.7%,

custando ao Estado 71.9 M€.

Alterações estão em prepara-

ção, um exemplo, a descen-

tralização de competências

para os municípios. A experi-

ência internacional relata

resultados sociais dispares,

como alerta a OMS, em

2011.

Nos EUA, a política de Saúde

dos Governos é fortemente

influenciada pelos problemas

imediatos e atenção social

que geram.

Na dúvida, falemos de equi-

dade e universalidade e de-

fendamos o SNS.

A OMS descreve que, em Por-

tugal, o nível de rendimento

individual é a principal fonte

de iniquidade, acima de qual-

quer outro país. Somos dos

países em que há maior dife-

rença no acesso a cuidados

de saúde por quintil de rendi-

mento e o sistema fiscal be-

neficiou os 10% mais ricos

com 27% de reembolso em

despesas de saúde, enquan-

to, os 10% mais pobres, ape-

nas em 6%.

O Estado dispende ou inves-

te?

O S I S T E M A D E S A Ú D E P O R T U G U Ê S : S E R V I Ç O N A C I O N A L D E S A Ú D E E

R E L A Ç Ã O M I S T A C O M O S E C T O R P R I V A D O

Page 3: Separata saúde

mundo. No FSM discutiu

-se “Estado de bem-

estar ou fractura social”,,

enquanto em Davos o

Em Janeiro decorreram os

Fóruns de Davos e Porto

Alegre, focando em deba-

te , respectivamente, as

visões

económi-

ca e soci-

al do

Comissário Europeu

Delli abordava o assunto

segundo uma visão neo-

liberal . Aguardamos,

D I V I S Õ E S I D E O L Ó G I C A S : S Í N T E S E D E O B J E C T I V O S E A R G U M E N T O S

F Ó R U M E C O N Ó M I C O M U N D I A L E F Ó R U M S O C I A L M U N D I A L E M 2 0 1 2

“A Europa deve evitar o modelo de saúde disfuncional dos EUA” N. Chomsky

Página 3 S E P A R A T A

D I Z E R E S N A P A R E D E

DIREITA ESQUERDA

Argumento financeiro. Prin-

cípio de que Economia

escolhe modelo político.

Argumento fiscal. Princípio

da discriminação positiva.

Redução de desigualdades.

Argumento fiscal. Princípio

da discriminação positiva.

Redução de desigualdades.

Argumento administrativo.

Princípio da diminuição do

Estado central.

Argumento do mercado.

Princípio da concorrência

como incentivo. Auto-

regulação. Eficiência

Argumento social. Princípio

da Equidade social.

Argumento político. Estado

como garante social. Prin-

cípio da regulação do mer-

cado.

Argumento social. Princípio

da equidade.

Argumento económico.

Princípio de que Política

escolhe modelo económico.

Argumento político. Princí-

pio de maior participação

do poder local. Reforço do

Estado.

Sustentabilidade do

SNS.

Universalidade, Gene-

ralidade e Gratuitida-

de tendencial.

Prestadores privados

em articulação regulada

com o SNS.

Universalidade, Gene-

ralidade e Gratuitida-

de tendencial.

Descentralização. Descentralização.

Não diminuição das

deduções fiscais.

Prestador privado em

concorrência melhora

sistema.

Injustiça da gratuitida-

de para ricos.

Insustentabilidade do

SNS.

L I B E R A L I S M O S O C I A L - D E M O C R A C I A S O C I A L I S M O

“SNS no código genético

do PS”

“Sucesso do SNS é questão

política, não de dinheiro “

“Os liberais e o SNS“ “Não é possível ter um

SNS bom e gratuito para

toda a gente, diz Ferreira

Leite”

em Julho, a

conferência

da ONU

RIO+20,

sobre de-

senvolvime

nto.

Paulo Macedo Correia de Campos António Arnaud

Page 4: Separata saúde

A IMPRENSA NACIONAL E LOCAL REVISTA

09.05.2011 PSD quer a privatização parcial do SNS. D.Notícias

08.07.2011 A destruição programada do SNS. Le Mnd Dplmtq

22.10.2011 Sucesso do SNS é questão política, não de dinheiro. D.Notícias

28.12.2011 Hospitais do SNS desperdiçaram 2ME por dia em 2008. RTP

28.12.2011 Utentes do SNS dizem que aumento do tempo de espera é um “prejuízo”. Público

05.01.2012 Meios complementares de defesa do SNS. Le Mnd Dplmtq

11.01.2012 Não é possível ter um SNS bom e gratuito para toda a gente. SIC

19.01.2012 Gestores públicos não podem acumular funções no SNS. Ag Financeira

21.01.2012 PS deve mudar de nome se SNS desaparecer. Expresso

25.01.2012 SNS no código genético do PS. Público

08.02.2012 Empresa contratada pelo Estado não cumpre pagamentos a clientes

e fornecedores do SNS. RTP

09.02.2012 Défice do SNS abaixo do esperado por Macedo - mais baixo desde 2008. Neg. online

14.02.2012 Salários de gestores do SNS fora dos limites do Estat. de Gest. público. C.Manhã

02.03.2012 Aumento da mortalidade também tem a ver com a pobreza. RTP

02.03.2012 CGD espera vender negócio hospitalar do grupo no 1.º semestre. Público

04.03.2012 Portugal é o país da Europa onde mais se morre de frio. D. Notícias

05.03.2012 Parcerias com privados na saúde violaram "boa gestão pública". Público

06.03.2012 A dívida dos hospitais públicos à Indústria Farmacêutica continua a subir,

chegando aos 1.303 ME. Apifarma

07.03.2012 Investimentos superiores a 100 mil euros no SNS só com autorização

do ministro. Oje

07.03.2012 Urgências eliminam refeições nocturnas. Sol

NOTÍCIAS QUE SE REFLECTEM EM CASCAIS

27.07.2011 Pagamentos a Hospital de Cascais, em 2010, 37% acima. Pagos 60.8 M. Sol

31.08.2011 Sonangol está de olhos postos na privatização dos hospitais lusos. N. Lusófonas

07.10.2011 Adalberto Campos Fernandes é o novo Presidente do Hospital de Cascais. Público

18.11.2011 Partos no Hospital de Cascais crescem 37%. HPP Saúde

22.12.2012 HPP na mira dos grupos Mello e Espírito Santo Saúde. RCMpharma

03.01.2012 Bombeiros: Suspensão do transporte põe em risco de vida hemodialisados. Sol

16.01.2012 Hospital de Cascais poderá despedir 200 profissionais N G Lisboa

15.02.2012 Pagamentos a Hospital de Cascais, em 2011, 25,7% acima. Pagos 71.9M. Sol

O texto e imagens contém hiperligações assinaladas com e vídeos com . Lamentamos que nem todos os textos existam

em Português. Alguns, mesmo textos oficiais internacionais carecem de tradução. Assim, o compromisso de garante de in-

formação e preocupação com fidedignidade conduz à remissão para o original. Redacção: Secretariado PS Parede.

Page 5: Separata saúde

GRÁFICOS E TABELAS: Dados oficiais

“A despesa total em saúde mede o consumo final de

bens de saúde e serviços (i.e. despesa corrente de saú-

de), adicionando o investimento de capital em infraes-

truturas de cuidados de saúde. Esta medida inclui a

despesa pública e privada em serviços médicos e bens,

saúde pública e programas de prevenção, bem como

administração.”

OCDE Dados de Saúde 2011 (pg. 148)

Despesa em saúde per capita

Despesa pública

Despesa total em saúde per capita, público e privado, 2009 (ou ano mais próximo)

Despesa privada

Percentagem de crescimento anual na despesa de saúde

per capita em termos reais, 2000-09 (ou ano mais próxi-

mo). OCDE Dados de Saúde 2011 pg.149

Ta

xa d

e c

rescim

en

to m

éd

io a

nu

al (%

)

Portugal: Despesa total de saúde per capita, 2000-2007, por fonte.

OMS 2010, pg.48

Despesa corrente de saúde total per capita (EURs)

Fonte privada

Fonte pública

Page 6: Separata saúde

GRÁFICOS E TABELAS: Dados oficiais

“O sector público é a principal fonte de financiamento

da saúde em todos os países da OCDE, excepto no Chi-

le, México e EUA. Em 2009, na OCDE, a porção da des-

pesa de saúde pública rondava, em média, os 72% dos

gastos totais com a saúde. Esta porção manteve-se

relativamente estável ao longo dos últimos 20 anos.

Contudo, em décadas recentes, tem havido uma con-

vergência dos gastos públicos em saúde nos países da

OCDE. Muitos dos países que tinham despesas relativa-

mente elevadas no início dos anos 90, como a Polónia

e Hungria, diminuíram a participação; enquanto outros

países que, historicamente, apresentavam uma porção

pública relativamente baixa, como Portugal e a Turquia,

aumentaram os gastos do sector público, reflectindo

reformas dos sistemas de saúde e a expansão da co-

bertura do serviço público.”

OCDE Dados de Saúde 2011 (pg. 148)

Sector privado Utente Outros Seguro privado

Despesa em Saúde por fonte de financiamento, 2009 (ou ano mais próximo). OCDE Dados de Saúde 2011 (pg.157)

Despesa por fonte de financiamento

Estado

Despesa em saúde do sector público

como percentagem (%) da despesa

total de saúde na Região Europeia da

OMS, 2008, (adaptado)

Observatório Europeu, 2011. pg.57

Page 7: Separata saúde

GRÁFICOS E TABELAS: Dados oficiais

“Uma abordagem funcional dos serviços de saúde define

os limites do sistema de saúde. A despesa total em saú-

de consiste nas despesas corrente e de investimento. A

despesa corrente compreende os cuidados de saúde

pessoais (curativos, de reabilitação, continuados, auxilia-

res e bens médicos) e serviços colectivos (serviços públi-

cos e de administração)”

OCDE Dados de Saúde 2011 (pg. 152)

Cuidados continuados Bens médicos Serviços colectivos Doentes externos

Despesa corrente em saúde por função de cuidados de saúde. OCDE Dados de Saúde 2011 (pg.157)

Despesa por função

Doentes internos

Crescimento da despesa de doentes internos e externos,

Os países são classificados de acordo com cuidados curativos-reabilitação como parte da despesa corrente em saúde.

1. Refere-se a cuidados curativos e de reabilitação em doentes internados e em cuidados de dia.

2. Inclui cuidados domiciliários e serviços auxiliares.

Ta

xa d

e c

rescim

en

to m

éd

io a

nu

al (%

)

Despesas de administração e subsistemas, 2009

Pe

rce

nta

ge

m d

a d

esp

esa

co

rren

te e

m s

de

(%)

per capita,

em termos

reais,

2009

OCDE

Dados de Saúde 2011

(pg..153)

Page 8: Separata saúde

GRÁFICOS E TABELAS: Dados oficiais

“Existem 3 elementos para o financiamento do sistema

de saúde: fontes de financiamento (famílias, empregado-

res e Estado); esquemas de financiamento (seguros obri-

gatórios ou voluntários) e os agentes financiadores

(organizações que gerem os esquemas de financiamen-

to). O financiamento público inclui a comparticipação

social do Estado e fundos da Segurança social. O financi-

amento privado inclui o pagamento directo pelas famí-

lias (utentes), seguros de saúde privados e outros fun-

dos privados (ONG e corporações privadas)”

OCDE Dados de Saúde 2011 (pg. 156)

Média da UE15 (total privado)

Financiamento do sistema de saúde

Alteração nos pagamentos directos pelo utente

como percentagem da despesa corrente, 2000

-09. OCDE Dados de saúde 2011 pg.157

Po

nto

s p

erc

en

tua

is

Despesa total privada e despesa directa pelo utente como

percentagem da despesa total de saúde, Portugal e a média

Europeia dos 15, 1998-2005, OMS 2010 pg.43.

Portugal (Total privado)

Média UE15 - pagamento utente

Portugal - pagamento utente

Pagamentos pelo

utente como percen-

tagem do consumo

familiar final, 2009,

OCDE Dados de Saú-

de, pg.135.

Page 9: Separata saúde

Rendimento elevado

Outros em saúde

%

GRÁFICOS E TABELAS: Dados oficiais

“O reconhecimento crescente de que o crescimento e

ganho económico é o objectivo último e solução para

tudo, tem sido mal aplicado (…) É altura de elaborar polí-

ticas baseadas na justiça social. (…) Ouvimos pedidos de

líderes por todo o mundo clamando que demos aos sis-

temas internacionais uma dimensão moral (…) para que

os redesenhemos de forma a que respondam a valores e

preocupações sociais (…). Focar a saúde é um empenha-

mento valioso e a via mais certa de conduzir a um siste-

ma de valores que tenha como fundamental o bem-estar

da humanidade (…) Maior equidade no estado de saúde

das populações intra e inter países deverá ser encarada

como a medida chave de como nós, como sociedade,

estamos a progredir.”

Margaret Chan - Directora Geral da OMS, num discurso

à ONU

Muito distante

Equidade no sistema de saúde

Necessidades médicas não atendidas, razões selecciona-

das por quintil de rendimento, países Europeus,

OCDE dados de saúde 2011, pg 131

Tempo de espera Não pode pagar

Rendimentos mais elevados Rendimentos mais baixos

Necessidades de Saúde Oral não atendidas por quintil

de rendimento, países Europeus, OCDE 2011 pg 131

%

Rendimento médio

Rendimento baixo

Portugal:

Pagamentos pelas famílias como

percentagem do orçamento fami-

liar, por quintil de rendimento, em

2005/2006 OMS 2010, pg..42

Pe

rce

nta

ge

m d

o o

rça

me

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milia

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do

à s

de

Rendimento baixo

Rendimento elevado

Bens médicos Diagnóstico Co-pagamentos Farmácia