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J a c k F r o s t

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BV Films Editora LtdaRua Visconde de Itaboraí, 311

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EDITOR RESPONSÁVELCLAUDIO RODRIGUES

COEDITORTHIAGO RODRIGUES

ADAPTAÇÃO DA CAPAJOSNEY FORMAGIO - EFFE COMUNICAÇÃO

DIAGRAMAÇÃOJOSNEY FORMAGIO

TRADUÇÃOPAULA ROSSANA MONTEIRO MARICATO

REVISÃO TEXTUALMIRIAM ANA LIBÓRIO

SUZANNE MENDONÇA

Edição publicada sob permissão contratual comDestiny Image - Shippensburg, PA.www.destinyimage.comOriginalmente publicado em inglês sob o título Experiencing the Father’s Embrace @ 2002 by Jack FrostAll Rights Reserved.

This edition is published by special arrangement withDESTINY IMAGE PUBLISHERS, Inc.

Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei 9610/98. É expressamente proibida a reprodução deste livro, no seu todo ou em parte, por quaisquer meios, sem o devido consentimento por escrito.

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Todos os direitos em língua portuguesa reservados à BV Films Editora ©2014.

FROST, Jack. Sentindo o Abraço do Pai.Rio de Janeiro: BV Books, 2014.

ISBN 978-85-8158-072-2 1ª edição Outubro | 2014 Impressão Promove Categoria Relacionamento I Vida Cristã

Impresso no Brasil | Printed in Brazil


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Prefácio ....................................................................................................................... 19

Parte UmA Revelação do Amor de Deus

Capítulo UmMeu Encontro Com o Abraço do Pai ........................................................ 25

Capítulo DoisVocê Foi Criado Para o Amor ..................................................................... 45

Capítulo Três Você é um Pensamento Feliz de Deus Pai .............................................. 65

Capítulo QuatroO Pai Pródigo .................................................................................................. 87

ÍÍndice


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Parte DoisObstáculos Existentes até o Alcance do Amor de Deus Pai

Capítulo CincoA Síndrome do Irmão Mais Velho ........................................................... 107

Capítulo Seis Lidando com assuntos de Pai .................................................................... 125

Capítulo SeteLidando com Questões de Mãe ................................................................ 145

Capítulo OitoÉ Preferível Ter Razão ou Ter um Relacionamento? ............................ 165

Capítulo NoveCaminhando Na Luz .................................................................................. 185

Parte Três

Capítulo DezPermanecer no Amor .................................................................................. 209

Capítulo OnzeAndar no Espírito ........................................................................................ 227

Capítulo DozeRestaurando o Coração da Família ........................................................ 243

Conclusão ...................................................................................................... 265Epílogo: Carta de Amor do Pai ................................................................. 273Notas Finais .................................................................................................. 277RecursosMinistério ...................................................................................................... 279Sobre Jack e Trisha Frost ............................................................................ 281


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PCreio do fundo do meu coração que a mensagem de amor do Pai

é uma das mais importantes a serem compartilhadas no mundo de hoje. Ela é fundamental para o nosso relacionamento com Deus e com o próximo. E tem o poder de revelar cura e restauração de uma forma que o mundo nunca viu. A mensagem é simples e, ainda assim, caminhar na expe-riência diária do amor e aceitação incondicionais do Pai é algo que poucas pessoas, verdadeiramente, conhecem.

Tenho encontrado pessoas, no mundo todo, que se cansaram de tentar encontrar o verdadeiro amor e aceitação. Muitos de nós temos experimen-tado a paz e descanso resultantes da presença de Deus e, mesmo assim, ain-da nos esforçamos para viver essa experiência de forma permanente. Dessa forma, atuamos e competimos, tentando ganhar um lugar ao sol e ter su-cesso. Podemos ser, sutilmente, motivados pelo medo e acabar controlando e manipulando as pessoas ao nosso redor. Mesmo nos círculos cristãos, nos ocupamos com “o ministério”, muitas vezes, dando mais atenção às nossas necessidades do que à graça de Deus.

Prefácio


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S E N T I N D O O A B R A Ç O D O PA I

Quando nossa motivação não vem do amor de Deus, a base sobre a qual construímos nossas vidas se racha, e acabam caindo com o tempo. Nossos ministérios enfrentam desafi os, nossas famílias sofrem, e nosso re-lacionamento com Deus carece da intimidade que Ele deseja ter conosco.

Este livro fala sobre apoderar-se do mais profundo amor que já senti-mos e nunca deixá-lo ir embora. Jack nos conduz a um lugar para poder-mos fi rmar e estabelecer o amor do Pai, no qual fi caremos seguros, protegi-dos e teremos vitória em todos os nossos relacionamentos, principalmente, com Ele.

Jack era uma pessoa que dizia tudo certo, fazia tudo certo e, de fora, parecia o exemplo perfeito de um novo convertido, de um homem íntegro cheio do Espírito, que buscava sempre o reino de Deus. Tudo isso indicava que ele tinha tudo para ser feliz, mas, ainda assim, havia em seu coração uma dor profunda que nenhuma realização, nenhum esforço e nenhuma capa poderiam esconder. Ele estava, desesperadamente, desmoronando e sua família prestes a ruir.

Em meio à dor e ao fracasso, Deus surpreendeu Jack e abraçou sua vida de forma muito especial. O Pai revelou um pouco da profundidade do Seu amor por Jack o qual mudou, completamente, sua forma de agir no ministério e em família. Aquele capitão do navio, outrora distante e durão, tornou-se um pai afetuoso e sensível tanto na família quanto no ministério. Um encontro com o amor do Pai revelou a Jack que ele era amado não pelo que ele poderia fazer, mas, simplesmente, por quem ele é em Cristo.

Essa revelação transformou, radicalmente, sua família, casamento e ministério. Deus libertou Jack com essa mensagem, que agora ele leva às nações do mundo. Ele está sempre aqui, em Toronto, como nosso preletor convidado e, frequentemente, ministra em nossa School of Ministry. Ama-mos a poderosa obra da graça a qual Deus tem feito no coração de Jack e amamos a forma como Deus usa Jack para ministrar aos justos os níveis mais profundos do amor do Pai nas vidas dos cristãos por toda a parte.


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Prefácio

Este livro é para todos os cristãos que têm algum ministério ou, sim-plesmente, querem ir além com Deus. Em todos os meus anos como cris-tão, nunca vi nenhuma outra mensagem engrandecer o coração de tantas pessoas, fazendo-as crescer em Deus a passos de gigante. E não há como recomendar alguém de menos valor que Jack Frost para trazer essa mensa-gem. Sua experiência e testemunho pessoais abriram caminho em direção aos braços do Pai para qualquer pessoa seguir. Sei que esse livro irá condu-zi-lo à verdadeira presença do Deus Pai, em que conseguirá receber, exata-mente, aquilo pelo que vem clamando toda sua vida: Sentir o Abraço do Pai.

John G. ArnottPastor Presidente, Toronto Airport Christian Fellowship

Autor de Th e Father’s Blessing


A Revelação doAmor de Deus

Eis que eu vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor; E ele con-verterá o coração dos pais aos fi lhos, e o coração dos fi lhos a seus pais; para que eu não venha, e fi ra a terra com maldição.

Malaquias 4:5-6

Depois virá o fi m, quando tiver entregado o reino a Deus, ao Pai, e quando houver aniquilado todo o império, e toda a potestade e força.

1 Coríntios 15:24

1PARTE


Nós estamos vivendo, possivelmente, o maior momento desde o início dos tempos, pois Deus começou a restaurar todas as coisas aos Seus fi lhos e fi lhas, preparando-os para o grande avivamento do fi nal dos tempos. Esses versos indicam que todas as coisas começaram com o Pai e que, no fi nal, todas as coisas acabarão com uma revelação do Pai ainda mais profunda.

Na edição de janeiro de 1990, da revista Charisma, perguntaram a uma voz profética: “Em sua opinião, o que a década de 1990 reserva para a igreja?” Resposta: “Creio que a igreja está prestes a ter uma revelação da Pa-ternidade de Deus. Uma nova onda de evangelismo ocorrerá, pois milhões de fi lhos verão o amor do Pai na igreja de novo...”

No fi nal da década de 1980, grande parte da Igreja fi cou indiferente ou complacente com seu amor por Deus. Muito disso se deu porque procu-rávamos consumir as bênçãos de Deus segundo a nossa própria ânsia por cargos, poder ou bens. Nós continuamos a fazer o mesmo e a voz de Deus só diminui. Nós canalizamos nossas energias no ministério e na atividade religiosa. Havia uma falta de entendimento prático do amor do Deus Pai por Seus fi lhos; assim, muitas pessoas buscaram vários níveis de Seu amor e intimidade através das obras.

No começo da década de 1990, o Pai começou a nos levar de volta para Ele liberando a renovação sobre a Igreja mais uma vez. Agora, no começo do século, a Igreja está sendo preparada para se tornar a casa do Pai para que milhões de fi lhos e pré-cristãos vejam o amor, a compaixão e o perdão do Pai em nós e, assim, desejem vir para casa do Deus Pai. Não estamos mais, apenas, aprendendo sobre o amor do Pai; muitas pessoas estão, na verdade, sentindo o amor do Pai invadir suas áreas de necessidade: “o amor de Deus está derramado em nossos corações...” (Rm. 5:5). Não basta, apenas, ensinar sobre o amor de Deus; vivemos um momento em que precisamos ministrar com base em nossas mais profundas experiências pessoais com o bondoso amor do Pai.


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Eu não conseguia acreditar no que estava ouvindo. Era a voz do meu severo e desaprovador pai, dizendo as palavras que eu dese-

jara ouvir por tantos anos.

“Filho, eu te amo. Vai fi car tudo bem.” Era 1972. Devido a uma overdo-se de LSD, eu fi quei em estado de semicoma no leito do hospital de Daytona Beach, Flórida. Meu pai me aninhou em seus braços e passou os dedos pelo meu cabelo comprido, dizendo a mim – um fi lho rebelde e desajustado – que, realmente, me amava.

Isso não pode estar acontecendo, pensei comigo mesmo enquanto ou-via o som bem distante dos equipamentos médicos. Meu pai estava dizendo o quanto me amava! Esse era o mesmo pai opressor que meses atrás havia me jogado no chão de casa, pegado uma tesoura e cortado, violentamente, meu cabelo estilo hippie, dizendo-me, antes, que eu era uma desgraça para a família. Agora, ele estava sussurrando com ternura em meu ouvido sobre amor, perdão e aceitação. Apesar de estar com a cabeça rodando por cau-

1Meu Encontro Com o

Abraço do Pai


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sa dos remédios, suas palavras entraram, profundamente, em minha alma. “Filho, eu te amo.”

Quando eu era garoto, sempre buscava a aprovação e afeição do meu pai. Eu só queria que ele sorrisse para mim ou dissesse que tinha orgulho de ser meu pai. Ainda assim, sempre que eu abria meu coração para receber amor, sentia-me vazio e decepcionado. Aos dezenove anos, eu não con-seguia me lembrar de nenhum momento em minha vida em que meu pai tivesse me abraçado forte ou dito palavras de amor. Por causa da rejeição que sentia, abandonei a bênção de ser fi lho e nunca mais quis vê-lo de novo. Como muitos homens da sua geração, meu pai não sabia expressar afeto. Ele era um bom homem e daria sua vida por mim. Para ele, demonstrar algum tipo de emoção era um sinal de fraqueza. Por ter crescido durante a Grande Depressão e ter sido criado sem pai, ele construiu uma fortaleza em torno de seu coração para se proteger da dor. Logo depois, ele foi para a guerra e aprendeu outras técnicas de sobrevivência. Depois disso, ele ex-pressava seu amor, simplesmente, provendo a sua família fi nanceiramente e ensinando seus dois fi lhos a sobreviverem em um mundo cruel. Ele sempre me dizia: “Nunca seja fraco mostrando suas emoções ou chorando. Seja fi rme! Seja homem!”

Durante anos tentei, sem êxito, ser o homem fi rme que meu pai que-ria que eu fosse. Mesmo assim, eu estava naquela cama de hospital em um momento de total derrota, com meu pai segurando-me em seus braços e expressando seu amor por mim. Ele não sabia que eu conseguia ouvir sua voz ou que podia sentir seus braços em volta de mim. Eu estava disposto a deixar de ser um fi lho para ele, mas ele não estava disposto a deixar de ser meu pai. Seu compromisso comigo era maior do que o meu com ele.

Esse, talvez, tenha sido meu primeiro vislumbre do amor incondicio-nal de Deus Pai – e de Seu desejo de expressar Sua afeição por mim, apesar de eu ter falhado de maneira deprimente. Seriam necessários mais alguns anos, para que eu desse o primeiro passo em direção a esse amor maravi-lhoso.


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Meu Encontro com o Abraço do Pai

Disposto a Conquistar

Meu pai era um homem respeitado em nossa comunidade, e suas apti-dões atléticas – particularmente, suas habilidades como treinador de tênis profi ssional - lhe valeram uma boa reputação em Daytona Beach. Tentei atender às expectativas do meu pai nos esportes e ser bom o sufi ciente para ganhar sua aprovação, mas eu era muito desajeitado com aquela raquete de tênis e nunca parecia impressioná-lo. Meu pai sempre me lembrava – sob duras palavras – que eu não era bom o sufi ciente.

Ele gritava comigo como um general, quando treinávamos nos sába-dos de manhã: “Ponha força nesse braço! Seja durão! Não seja fracote!”

Esses infortúnios me levavam às lagrimas. Eu me sentia um enorme fracasso, mas queria tanto a aprovação do meu pai que continuava me es-forçando para agradá-lo. Se eu conseguir bater certo na bola, dizia a mim mesmo, então meu pai vai ter orgulho de mim. Eu não percebia que crescia dentro de mim, cada vez mais forte, uma falsa verdade (como uma fortale-za). Lentamente, eu era consumido por um medo profundo do fracasso e da rejeição, um medo que me levava a me sentir indgno, a menos que eu fosse bom o sufi ciente para conquistar sua aprovação.

Essa crença atroz produziu resultados prejudiciais à minha saúde por volta dos meus 20 anos, quando me tornei um comerciante da área pes-queira, e capitão de barco de pesca de uma espécie de peixe chamada ga-roupa. Levado por um desejo contínuo de provar minha capacidade, eu ambicionava tornar-me o melhor pescador do litoral sudeste dos Estados Unidos. Tudo o que eu fazia na vida começou a girar em torno do sonho de me tornar o que as pessoas na área pesqueira chamavam de “grande anzol”.

Assim como meu pai, eu tinha de ser o mais durão e o melhor. E, assim como meu pai, eu desenvolvi um temperamento cruel. Qualquer membro de minha tripulação que fi zesse o barco perder peixe, ou me decepcionasse de alguma forma, sentia o peso da minha fúria. As pessoas me chamavam de Capitão Bligh do litoral da Carolina. Eu era autoritário e tirano. Nin-guém queria mexer com Jack Frost naquela época.


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Eu costumava arriscar a vida da tripulação passando uma semana ou mais ao longo do litoral da Carolina no inverno, navegando entre 40 e 60 milhas por hora sob tempestades, e 20 a 30 pés náuticos em um barco de 44 pés, para que pudéssemos reivindicar o cobiçado prêmio – grande an-zol. Eu era guiado pelo medo do fracasso e por uma cruel ambição que não deixavam espaço para compaixão por ninguém. Eu tinha de ser vencedor a todo custo. Em minha maneira deturpada de pensar, eu não seria ninguém se não pescasse mais do que todo mundo. Eu não percebia que no fundo estava sendo consumido por um desejo inconsciente de ganhar a aprova-ção do meu pai. Esse vazio torturante tornara-se um câncer que estava me devorando vivo.

Porém, tudo mudou em 1980. Foi quando o amor incontrolável de Deus fi nalmente invadiu o meu ser. Eu tinha 27 anos e, naquela época, mi-nha vida estava em ruínas. Eu era viciado em drogas, álcool e pornografi a há mais de dez anos, porque estava constantemente buscando uma forma de escapar da dor causada pelo medo de falhar. Minha raiva estava fora de controle e, por isso, eu costumava magoar minha esposa, meu fi lho e outras pessoas com minhas palavras grosseiras e aspecto aviltante.

Numa tentativa desesperada de escapar dessa dor, peguei meu bar-co de pesca e saí pelo mar um dia em fevereiro de 1980. Após 40 milhas de distância do litoral da Carolina do Norte, clamei a Deus por três dias, pedindo-Lhe que a Sua presença se fi zesse real em mim.

“Deus!”, eu disse, “Por favor, faça alguma coisa. Eu magoei todos à mi-nha volta. Eu estou infeliz. Não sei por que me sinto tão coagido. É como se alguma coisa dentro de mim estivesse me levando à loucura. Não sei por que sou uma pessoa tão hostil. Sinto como se estivesse sendo envenenado por dentro. Por favor, me ajude!”

Foi então, naquele momento, quando eu estava no fundo do poço, que encontrei o amor incondicional de Deus pela primeira vez. Sua presença quebrou os grilhões do alcoolismo, do vício das drogas e da pornografi a imediatamente. Em questão de segundos, Deus me deu um novo coração.


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O fardo do pecado se foi e, pela primeira vez, pude sentir verdadeira alegria.

Senti o gosto da bondade de Deus. Porém, levaria anos para me total-mente, do medo de fracassar e do empenho agressivo que me transforma-ram em um homem tão obstinado.

Em Busca de Aprovação

Após minha conversão, tornei-me membro ativo da igreja e aprendi, rapidamente, que minhas atitudes com relação ao bom desempenho eram uma qualidade no meio evangélico. Eu, simplesmente, transferi minhas fal-sas crenças, meu medo de fracassar e meu empenho obstinado, para a obra de Deus. Pensei que a melhor forma de ganhar a aprovação e a aceitação de Deus era fazendo coisas por Ele e, também, ganhando a confi ança dos irmãos à minha volta.

Parecia ser muito natural expressar meu amor por Deus construindo minha identidade através da obstinação religiosa. Muitos irmãos à minha volta pareciam pensar da mesma forma. Quanto mais orávamos, jejuáva-mos, líamos nossas Bíblias, dávamos os nossos testemunhos a estranhos, ou íamos aos cultos, mais achávamos que estávamos ganhando a aceitação de Deus. Entretanto, esse falso entendimento do caráter de Deus custou um preço alto. Após trabalhar tanto para agradá-Lo, eu não tinha alegria, paz, descanso, nem energia necessária para convencer minha esposa e fi lhos que os amava mais que o ministério.

Quando comecei a pastorear uma pequena igreja em 1984, minha maneira de ganhar amor e aceitação na infância me fez encarar o minis-tério com um zelo extremado para ganhar almas e fazer a igreja crescer, rapidamente, em nossa comunidade. Assim como estava disposto a fazer qualquer coisa para ser o melhor pescador do sudeste dos Estados Unidos, agora – como líder cristão – eu queria alcançar meus objetivos espirituais só para receber o elogio dos homens. Inconscientemente, eu estava sen-do levado por uma necessidade de me sentir necessário. Eu queria parecer bom para todo mundo. Mas debaixo da aparência de sucesso, eu era um homem infeliz com uma família infeliz. Meu compromisso com o “minis-


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tério” era muito maior que o meu compromisso com minha esposa, meus fi lhos ou quaisquer outros relacionamentos de amor. Quando eu estava em casa, era irritável e impossível de aturar. Tudo que eu fazia era corrompido por uma raiva apática. Meu semblante era severo e sério, e minha pregação era legalista e exigente. Eu me concentrava na verdade bíblica, mas meu coração estava vazio de amor. Eu conhecia a teologia do amor de Deus, nas não a experimentara em meus relacionamentos. Eu conseguia citar versí-culos da Escritura que falavam sobre a aceitação de Deus, mas esse era um conceito estranho para mim.

Consequentemente, comecei a me comparar com outras pessoas no ministério, achando que elas eram mais abençoadas ou mais talentosas do que eu. Isso estimulou uma atitude competitiva, enraizada na inveja, que tornou quase impossível o meu relacionamento de forma saudável com outros ministros ou qualquer um que tivesse autoridade espiritual. Eu me transformei no mestre dos disfarces. Eu costumava assistir às conferências de pastores com um sorriso no rosto, mas, por baixo de minha máscara de religioso inteligente, eu via líderes de igreja bem-sucedidos com rivalidade e fazia juízo de valor deles. Eu não suportava sequer pensar que eles pudes-sem ser bem-sucedidos. Se eles eram abençoados, eu me sentia destituído. Se eles fracassavam de alguma forma, eu me sentia, secretamente, feliz. Meu coração estava doente de tanto orgulho.

Finalmente, em 1986, reconheci minha necessidade de cura e busquei um ministério de cura e libertação para descobrir as raízes da minha rai-va, inveja e carência de intimidade. Essa experiência afetou tantas áreas da minha vida que, depois de 1988, minha esposa, Trisha, e eu passamos os próximos sete anos pregando sobre cura emocional em seminários em muitas igrejas por todo o país. Eu achava que estava livre! Trisha e eu está-vamos fi rmes ministrando a pastores e a outros líderes de igreja, enquanto os ajudávamos a curar seus casamentos e famílias. Mas, logo, me dei conta de que minha luta contra a compulsão ainda não estava resolvida. Mesmo após começarmos o ministério de cura e libertação, eu costumava retroce-der aos meus velhos hábitos, tentando me empenhar de forma obstinada.


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Eu continuava a olhar minha esposa de forma aviltante e falar com ela de forma severa e grosseira. Nesse ciclo, eu não conseguia ver que era eu quem estava errado.

Por fora, eu era um cristão íntegro e temente a Deus. Eu nunca havia cometido uma falta moral e sempre buscava a Deus de forma obstinada, orando e lendo a Bíblia de duas a três horas por dia e fazendo todas as coisas certas. Mas, por dentro, eu não tinha capacidade de expressar amor em casa. Eu não tinha alegria nem paz interior. Eu era guiado pela ambição espiritual, porque tinha construído minha identidade e sistemas de valor com base em cargos de alta posição, poder e desempenho. Minha fé, função e serviço não eram uma resposta ao verdadeiro amor de Deus; ao contrário, vinham do desejo de ganho e recompensa pessoal.

Eu não conseguia enxergar a escravidão em que me encontrava, mas minha família sim. Eu achava que minha esposa não tinha nada do que re-clamar. Afi nal de contas, eu era fi el a ela e sempre provia suas necessidades. Trisha sabia que eu estaria em casa toda noite e permaneceria fi el a ela. Eu era um homem comprometido com a pureza no casamento. Eu não chega-va perto de pornografi as desde o meu primeiro encontro com Jesus. E, até, dizia a Trisha todos os dias que a amava.

Mas havia falta de calor humano e ternura, e ela se sentia desprezada e rejeitada. Todo dia Trisha lutava contra a dor de estar casada com um ho-mem que entregou sua vida para cuidar das necessidades de outras pessoas (e dele próprio), mas que não tinha energia para fazer sua esposa acreditar que ela era amada mais que o ministério. Assim, ela teve de usar seus pró-prios disfarces, abafando a culpa e raiva que, constantemente, sentia, por-que sua necessidade de intimidade e ligação emocional não estavam sendo atendidas. Ela caiu em depressão profunda e, mesmo com boa-fé, os mem-bros da igreja faziam com que ela se sentisse ainda mais culpada. “Você é casada com um homem de Deus”, diziam eles, “Você deveria agradecer em vez de ter esses pensamentos negativos a respeito dele”. Após viver assim por 20 anos, Trisha estava morrendo por dentro. Desapareceu qualquer esperança por um casamento melhor...


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Meus fi lhos não se saíam melhor. Também não estavam bem. Quanto mais o legalismo se infi ltrava em minha vida, mais infl exível e triste eu me tornava como pai. Meus três fi lhos nunca conseguiam fazer as coisas bem o sufi ciente para mim. Eles não tiravam notas boas o sufi ciente, não eram bons o sufi ciente nos esportes e nunca me deixavam satisfeito com os afa-zeres de casa.

Eu dizia a eles que os amava, mas, constantemente, apontava cada erro e defeito deles. Eu exigia obediência cega, mas não tinha capacidade de ex-pressar amor, ternura, graça e misericórdia quando eles não correspondiam às minhas expectativas. Eu lia todos os livros adequados sobre criação dos fi lhos e tentava estar à altura de todos os padrões de cada especialista, mas alguma coisa parecia me impedir de expressar o amor que sentia dentro de mim. Minha atitude de superioridade desgastava qualquer possibilidade de confi ança e intimidade.

Até 1995, meu fi lho de 17 anos e minha fi lha de 14 anos estavam fecha-dos a qualquer tipo de afeição, punição ou conselho que eu tentava dar. Eles pararam de me olhar nos olhos porque tinham medo do olhar de rejeição que eu, por muitas vezes, apresentava. Eles mal falavam comigo, porque tinham medo de me chatear ou desagradar. Meu orgulho produziu neles o desejo de se rebelar e eles começaram a buscar a aceitação que ansiavam em amizades erradas. E, o pior de tudo, eles não queriam nada com o Deus irado e legalista que eu mesmo criei.

Lágrimas de Cura

Apesar de minha vida familiar estar em ruínas, Deus ainda estava agin-do. Em 1994, ao participar de uma conferência sobre renovação espiritual, Deus começou a me fazer uma nova revelação sobre Seu poder e graça. Eu chegava a passar horas em lágrimas no altar.

Ainda assim, durante esses encontros emocionantes, eu nunca com-parei Sua presença ao que, agora, conheço como amor phileo de Deus. Deus também nos ama com amor ágape – amor perfeito, incondicional. Ao longo da Escritura, Ele não demonstra apenas que nos ama, Ele também se


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preocupa profundamente conosco!

Phileo é uma palavra grega que signifi ca “afeição comprovada e natu-ral” (veja Jo. 16:27). É, às vezes, usada na Bíblia para descrever o amor de Deus. Mesmo assim, eu sempre tive a tendência de ver a unção de Deus como o Seu poder ou a Sua capacidade sobrenatural de fazer coisas fan-tásticas. Eu não tinha ideia de que Sua unção poderia, na verdade, ser uma demonstração de Sua afeição incondicional por mim. Eu estava tão preso em uma armadilha que ainda não havia me libertado de minha obstinação por um bom desempenho; nem mesmo depois de uma visita poderosa do Espírito de Deus. De fato, conforme eu tinha mais lealdade e visibilidade no ministério, meu vício e obstinação com a religião fi caram até mais fortes.

Nesse momento, minha família já conhecia o sufi ciente do que eu cha-mava, erroneamente, de “ministério”. Minha esposa e fi lhos sabiam que eu estava adorando um bezerro de ouro construído pelo orgulho religioso ego-ísta. Eu só falava do ministério, só vivia para isso e só isso me fazia sorrir. Eu me sentia incapaz de expressar amor e carinho por minha família; logo, eu me doava àquilo que fazia bem – o ministério. Isso deixou todos em casa infelizes. Trisha já não aguentava mais. Eu estava fazendo todas as coisas relacionadas à religião de maneira correta e, mesmo assim, nossa família estava à beira do desastre.

Pensando que o problema era Trisha, eu a levei a uma conferência de cura emocional em novembro de 1995, para que sua vida fosse reestrutura-da. Eu queria que ela fi casse feliz por Deus estar me usando no ministério, para que, fi nalmente, reconhecesse todos os sacrif ícios que fi z por ela.

Durante um encontro vespertino de pastores, muitas esposas foram lá na frente receber oração. Trisha estava ajoelhada no chão, orando e choran-do em silêncio, quando eu me ajoelhei ao lado dela. Então, alguém no púl-pito começou a orar. As palavras me surpreenderam: “Deus Pai, toque todos os homens nessa sala que nunca foram abraçados por seus pais. Abrace-os forte nesse momento. Dê a eles o amor que seus pais não souberam dar”.

A presença da compaixão e aceitação de Deus tomou conta de mim


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imediatamente. Eu não entendi o que estava acontecendo, mas parecia que um amor quente e líquido estava sendo derramado em minha alma. Co-mecei a chorar como uma criança deitado no chão. Essas manifestações de emoção não eram normais para mim. Sempre tive cada emoção sob controle, principalmente, na frente da minha esposa, fi lhos ou outros pastores. Mas agora, minha máscara havia caído. Eu estava, completamente, rendido.

Senti como se Deus tivesse me transportado de volta a uma época na qual eu tinha apenas dez anos. Eu, de repente, vi cenas nítidas da minha in-fância, me escondendo no armário à noite, com medo dos gritos que ouvia no quarto dos meus pais. Eu me lembrei do medo, da solidão e da sensação de abandono. Senti a profunda e afl ita dor pela ausência do abraço do meu pai – um abraço que ele não foi capaz de me dar durante a toda a minha infância.

De repente, me dei conta de que agora, 34 anos depois, meu Pai celes-tial estava atendendo à necessidade mais profunda de meu coração de uma demonstração natural do amor carinhoso de um pai. Eu tive um encontro di-reto com o phileo de Deus. Enquanto estava deitado no chão chorando, Deus Pai entrou naquele armário escuro da minha infância e me segurou em Seus braços. Por 45 minutos, o Espírito Santo derramou o amor de Deus, que o apóstolo Paulo falou em Romanos 5:5, em minha mente, desejo e emoções. E eliminou grande parte da culpa, vergonha, medo do fracasso, rejeição, medo da intimidade e medo do amor. Meu quebrantamento, fi nalmente, havia che-gado. Meu orgulho tinha sido estilhaçado. Até aquele momento, eu nunca ti-nha me dado conta de quanto estava escravizado o pelo meu próprio esforço e pelo medo pelo qual somos dominados até sermos libertos da escravidão. Você não sabe o que o escraviza até que seja liberto! Contudo, naquele instan-te, eu me senti livre e, pela primeira vez, desde os primeiros meses da minha salvação, pude experimentar verdadeiro alívio. Eu ouvi, durante toda a minha vida cristã, que Deus me amava, mas nunca baixei os muros de proteção a ponto de receber, pessoalmente, uma demonstração natural do Seu amor e afeição em minhas dores mais profundas. O conhecimento do Seu amor se tornou uma experiência pessoal! Phileo não era mais apenas uma palavra gre-ga usada para formular um conceito teológico.


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Eu quase não parei de chorar por cinco meses. Toda vez que eu olhava nos olhos de minha esposa ou via a dor que tinha causado aos meus fi lhos por causa da minha falta de ternura, lágrimas de arrependimento começa-vam a cair. Em seguida, eu me ajoelhava aos seus pés, chorando e imploran-do perdão pelas vezes que eu havia deturpado, de modo grosseiro, o amor do Pai por eles.

Eu sabia que a cura não viria, instantaneamente, para eles. Os cora-ções dos meus fi lhos fi caram fechados para mim por anos. Mas agora, o quebrantamento que eu estava vivendo começava a abrir o coração deles. O carinhoso amor phileo do Pai começou a restaurar o coração deste pai para os seus fi lhos e os corações dos fi lhos para seu pai. A maldição em nossas vidas estava sendo quebrada (veja Ml. 4:6). Quatro meses após eu receber esse batismo tão singular do amor do Pai, minha fi lha, Sara, entregou-me uma redação que ela havia escrito na aula de inglês da escola. O titulo era: “A Maior Infl uência na Minha Vida É...” Meus olhos encheram-se d’água quando li suas palavras:

A maior infl uência na minha vida é meu pai. Através dele, eu vi os olhos de Jesus e senti Seu amor infi nito. Em determinado momento, não faz muito tempo, meu pai era um homem de dar medo. Ele era o Capitão Bligh do H.M.S. Bounty. Agora ele é gen-til como um cordeiro e tão amoroso quanto. Ver meu pai, que era um homem duro, se transformar em um homem afetuoso me fez mudar. Sua paciência renovada me ajudou em um ano muito di-f ícil. Ver meu pai amar e ter Deus no coração, como nunca antes, tem operado milagres em mim. Em vez de se referir a Deus como um Ser Sagrado, ele se refere a Ele como Pai.

Agora, em vez de ter medo do meu pai, eu corro para o seu colo, onde sinto uma paz abençoada. O que eu mais gosto no meu pai é o seu sorriso. Eu também adoro o jeito que ele senta comigo e me aconselha em minhas falhas de forma carinhosa. Sempre que eu faço alguma coisa boa ele também nota. Meu pai está mudando em tanta coisa, eu tenho tanto orgulho dele. Toda vez que olha


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para mim e sorri, minha alegria explode dentro do meu coração. Meu pai tem sido minha maior infl uência nos últimos quatro me-ses. Eu o perdoo por ter sido o Capitão Bligh quando eu era mais nova. Te amo, pai!

Essa poderosa revelação do amor do Pai também começou a trans-formar meu casamento, mas isso não aconteceu do dia para noite. Eu não conseguia orar com minha esposa ou ministrar para ela antes do meu en-contro com o amor do Pai em 1995. Apesar dos grandes progressos que tive com meus fi lhos, alguma coisa em mim parecia me impedir de alcançar ní-veis de intimidade mais profundos com Trisha. Eu sempre mantive minhas emoções e sentimentos sob controle perto dela. Eu dizia, diariamente, que a amava, mas não lhe dava espaço. Eu não queria me arriscar a ser ferido de novo como tinha sido em minha juventude.

Em março de 1996, fui com um grupo de homens para minha primei-ra conferência O Pai Te Ama, buscando uma revelação mais profunda do amor de Deus. Na primeira reunião, uma mulher no altar orou comigo a respeito de algumas feridas profundas que tive quando criança. Por inter-médio da orientação sobrenatural do Espírito Santo, essa mesma mulher enxergou que, quando eu tinha cerca de dez anos, construí muros altos de proteção em minha alma na época em que meus pais estavam passando por extremas difi culdades no casamento.

As orações daquela mulher abriram meu coração. Eu fi quei no chão chorando, incontrolavelmente, por duas horas, enquanto o Pai derrama-va consolo, amor e afeição em meu coração ferido. Depois, durante outro momento de ministração naquela noite, o que parecia ser um rio do amor de Deus invadiu meus medos de intimidade e os muros, que construí há tanto tempo, começaram a desmoronar. Chorei pelos quatro dias seguintes quando me dei conta da profundidade da dor que Trisha vivia diariamen-te. Ela sempre havia sido mantida distante do coração de seu marido. Eu, inconscientemente, a afastei. Mas, quando cheguei daquela conferência, ministrei meu amor para ela em uma oração de cura. Ela chorou por ho-ras, enquanto o Pai lhe mostrava certas feridas profundas de sua juventude,


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consolando-a com Seu amor que cura.

Deus começou a conduzir nosso relacionamento a novos níveis de intimidade. Deparamo-nos com alguns obstáculos ao longo do caminho, mas, toda vez que isso acontecia, o Espírito Santo mostrava as feridas pas-sadas em que, por causa do medo de confi ar, construímos muros de prote-ção. Nós avançamos rumo ao arrependimento, e o amor de Deus eliminou barreiras escondidas e nos levou a níveis mais profundos de amor um pelo outro.

Durante um desses momentos em 1998, senti vontade de escrever para minha esposa o poema abaixo. Eu não tenho muita afi nidade com po-esia e escrever esse tipo de coisa era, extremamente, atípico em se tratando de mim, mas isso comprova o poder do amor do Pai ao transformar, até mesmo, o homem mais insensível.

Tão Grande Amor

Nossa jornada tem nos levado por toda a Terra Nosso amor nasceu da dor e do sofrimento

Ainda assim, o amor desalojou a vergonha e as lágrimas Nosso amor permaneceu verdadeiro por todos esses anos!

Que dor pode conter um amor como o nosso? Nem vergonha, nem medo, nem corações feridos

Pois nosso amor venceu barreirasLutou e atendeu ao chamado da paixão!

Foi seu amor que me fez descansar Um amor que minha dor pôs à prova

Ainda assim, você resistiu e deu o seu melhorÉ por isso que hoje me sinto tão abençoado!

Que tipo de mulher poderia amar como você?Uma mulher bonita, fi el e sincera.

Uma mulher cujo coração é feito de puro ouro.


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Uma mulher cuja vida será como um conto de fadas!

Seu amor será conhecido pelas próximas geraçõesPois é do tipo que faz o sol brilhar

É cheio de fogo, paixão e zeloUm amor que não é falso, mas sim verdadeiro, e que cura!

Seu amor enche o meu coração de visões e sonhosMeu coração, fi nalmente, encontrou fé, esperança e amor

Seu amor me deu uma razão para viverSeu amor fez meu coração se doar!

Como pode seu amor ser tão completo e livre?Como você consegue amar um homem como eu?Como seu coração pode estar cheio desse desejo?

Como você consegue me fazer queimar com esse fogo?

Certamente, seu amor vem do altoDe que outra forma você poderia conhecer um amor tão maravilhoso?

Anseio corresponder a esse amor um diaQue eu ame com tanta abnegação, assim eu peço!

Ó Deus, nunca poderei retribuir o que Tu fi zeste por mimQuando me deste o amor dela, tão lindo, tão livre.

Perdoa-me por todos os anos que usei a culpaComo uma desculpa para não amar por causa da minha dor!

Graça imerecida recebi, quando vi o rosto dela pela primeira vezTeu amor, através dela, me revelou a graça

Agora, eu me sinto honrado de chamá-la de minha esposaE irei amá-la e estimá-la por toda a minha vida!

Eu passaria pela dor novamentePara sentir esse amor que encobriu minha vergonha

Eu daria a minha vida, riqueza e famaPara amá-la e tê-la em meu coração e chamá-la pelo nome!


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Quando terminei de ler este poema para Trisha ela começou a chorar de soluçar convulsivamente. Foi como se a dor torturante que ela escondeu por tanto tempo começasse a sair de dentro dela. Após cerca de dez minu-tos, os soluços se transformaram em serenas lágrimas de paz e alegria.

“Em todos esses anos eu, realmente, não conseguia acreditar que você me amava”, Trisha me disse. “Pela primeira vez vejo que isso é verdade. Ago-ra me sinto amada por você!”

Quando o amor do Pai trouxe a restauração da intimidade para meu casamento e família, esse amor mudou também toda a minha fi losofi a de ministério. Eu não me empenhava mais, obstinadamente, para ser santo ou ganhar o favor de Deus. Não quero fazer nada que impeça a intimidade e amor dos relacionamentos que Deus me proporciona. O ministério não é mais algo pelo qual eu tenho que trabalhar ou me empenhar; as compara-ções, competição e rivalidade estão desaparecendo. A ambição espiritual é agora apenas uma sombra.

Na maior parte do tempo, sinto-me motivado por uma imensa grati-dão de ser amado e aceito, incondicionalmente, por meu Pai. O ministério é, simplesmente, um transbordamento do amor de Deus que fl ui livremen-te através do meu casamento e família. Quando recebo Sua demonstração natural de afeto por mim, Seu precioso amor phileo, simplesmente, o trans-mito à próxima pessoa que encontro.

Essa restauração do amor e intimidade na minha vida foi um processo que exigiu profundos níveis de humildade e arrependimento de minha par-te. Eu, certamente, ainda não cheguei lá, pois saio com facilidade do centro do amor do Pai, quando minhas prioridades se confundem. Ainda consigo ser atraído pelo empenho obstinado. Mas agora, eu, normalmente, não fi co assim por muito tempo, pois pois, rapidamente, corro de volta para o lugar de descanso desse amor que cura e que vem do Pai e a paz é restaurada em meu coração. Em seguida, me vejo forçado a me humilhar e me arrepender com qualquer pessoa que feri com meu empenho obstinado. E, então, mais uma vez sou restaurado a uma vida de intimidade e amor!


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Você sabe o que signifi ca amar a Deus de todo o coração? O amor a Deus se refl ete na leitura fi el da Bíblia, oração rigorosa ou estrita santidade? Acho que não. O que revela o verdadeiro amor por Deus é a minha capa-cidade de convencer minha família e os meus do meu amor por eles. Sem isso, todas as outras coisas encontram recompensa no amor-próprio. Fazer coisas fantásticas – mesmo as ligadas à religião como pregar, ganhar almas, operar milagres ou alimentar os pobres – tudo tem suas próprias recom-pensas. E podemos fazer tudo isso por motivos errados. Mas a Bíblia nos diz que não podemos afi rmar que amamos a Deus se não amamos nosso irmão (veja 1 Jo. 4:7-8, 20).

Você deseja sentir mais, intensamente, o amor de Deus por você? Você gostaria de encontrar Seu amor incondicional? Este livro contém muitas verdades que eu vivenciei e aprendi a respeito do amor do Pai desde que fui tocado de forma profunda em 1995. Enquanto lê estas páginas, peço em oração para que você faça muito mais do que amadurecer uma teologia saudável. Particularmente, oro para que você sinta o abraço carinhoso do Deus Pai, sinta Sua aceitação incondicional e ouça Suas palavras suaves de amor de forma tão profunda como nunca antes.

Eu oro para que você ouça as palavras que o Pai falou ao Seu Filho em Marcos 1:11 (paráfrase minha): “Filho, você é aquele que amo e sobre você está a minha graça”.

Achando o Seu Caminho de Voltaà Casa do Amor de Deus

Talvez você não tenha dado o primeiro passo em direção à intimidade com Deus, buscando o perdão pelos pecados cometidos contra o amor dele e convidando-O para fazer morada em sua vida. O caminho para o amor de Deus é através de Seu Filho. Talvez, você queira fazer esta simples oração de fé comigo:

Creio que Jesus é o Filho de Deus e que Ele morreu por mim na cruz para que meus pecados pudessem ser perdoados. Creio que Ele ressuscitou


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dos mortos para que eu pudesse ter a vida eterna. Creio que Ele está assen-tado com Deus Pai para que eu, também, possa ter intimidade com o Pai. Eu Lhe peço, Jesus, perdoe os meus pecados. Eu Te convido para vir, fazer mora-da em meu coração e revelar-me o amor do Pai. Obrigado por sacrifi car Sua vida por mim e preparar o caminho para que eu encontre o amor de Deus.

Se você fez essa oração pela primeira vez, eu o encorajo a procurar al-gum cristão e passá-la para ele. Busque, também, uma igreja na qual possa congregar, que ensine sobre Deus e Seu amor, misericórdia e graça para com os Seus fi lhos.


sentindo o abraço do pai lari · 2015-09-24 · vida de forma muito especial. o pai revelou um...

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