O objetivo essencial de qualquer ser vivo é, indubitavelmente, a perpetuação de sua espécie, muito em função de fatores biológicos, que impõem esta condição, inconsciente, a tais entes. Tratando-se especificamente de seres humanos, temos, na família, a formalização de tal aspiração. Por conseguinte, após estabelecer a família - e, consequentemente, "cumprir" sua missão -, o indivíduo desprende-se deste compromisso, voltando-se a questões existenciais, e desenvolve uma importante necessidade de buscar novos objetivos de vida. A família desempenha papel crucial nesta tarefa de auxiliar o indivíduo na busca destas novas metas, visando evitar que ele caia em desgosto, desânimo e, em decorrência disto, depressão.

Entretanto, como o artigo bem aborda, o sentido de vida não é uma grandeza absoluta, haja visto que apresenta variações diversas, inerentes a cada indivíduo que o busca. Como afirmado por Frankl, autor citado no artigo em questão, existem quatro fatores que podem auxiliar o indivíduo a encontrar seu próprio sentido:

(a) A valorização do que é importante para a pessoa, ou seja, aquilo que teve significado durante a vida, desde os pequenos até os grandes eventos. As experiências de vida influenciam na forma que cada um tem de lidar com as situações.

(b) As escolhas – o indivíduo é responsável por cada escolha que faz ao longo da vida, inclusive diante de situações adversas. Frankl aborda o sofrimento como uma grande oportunidade de crescimento pessoal, que, no entanto, depende de como a pessoa o enfrenta. Ela pode sucumbir à dor, ou extrair ensinamentos da situação difícil.

(c) Responsabilidade – por tudo o que a pessoa faz, pelas escolhas e decisões.(d) Significado imediato – dar sentido às coisas que acontecem na vida diária, tanto as

experiências positivas, quanto as negativas. (Frankl, 1999)

Observa-se facilmente que a família está inclusa nos quatros fatores analisados. Daí a sua importância para nortear o indivíduo na busca do sentido de sua vida.

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Na sequência, pensei em seguir nessa linha dessa introdução, citando exemplos de pessoas que obtiveram sucesso profissional, pessoal e financeiro e, mesmo assim, não conseguiram dar sentido às suas vidas, como, por exemplo, o Adriano, jogador de futebol (entre outros), corroborando que a ausência de uma figura familiar é a “receita pro desastre individual”.

Também pensei em descrever como a vida é direcionada por interesses pessoais, mas creio que isso não cairia na linha adulto/idoso. Por exemplo, por que a gente trabalha? Pra alcançar sucesso financeiro. Mas qual o objetivo do sucesso financeiro? Ser expoente social. Certo, mas por que queremos ser expoentes sociais? Porque essas pessoas são visadas, ou seja, retoma o relacionamento interpessoal, familiar. Ou seja, no fim das contas, a consequência é sempre a mesma. O sentido da vida está intimamente ligado às relações interpessoais. Mas se esses vínculos interpessoais são estabelecidos, mas não mantidos, o sentido da vida se perde.

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