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950 crianças da região assistiram a violência em casa São passos que deixam sequelas e há crianças a receber tratamento psicológico. Almada, Seixal, Barreiro, Setúbal e Palmela registam o maior número de casos. POLÍTICA Greve não afectou Porto de Sines, mas foi forte nos sectores tradicionais POLÍTICA Federação do PS avoca processo da concelhia de Grândola ÚLTIMA A comissão de trabalhadores da unidade de Palmela vai participar, de 26 a 30 deste mês, numa reunião com a cúpula da multinacional em Munique para decidir novo modelo. Madalena Alves Pereira chamou a si o futuro autárquico. Manifestação em Setúbal reuniu 4 mil, segundo a organização. ACTUAL O Ministério da Defesa Nacional colocou à venda seis imóveis que detém na região. Entre estes, estão os quartéis de Coina e da Azeda de Baixo, em Setúbal. Líder do Parque Agrícola de Rio Frio, Ramos Rocha, explica os primeiros projectos a sair da cartola Pub. +NEGÓCIOS PÁG. 14 ABERTURA PÁG. 2 Pub. www.semmaisjornal.com semanário - edição n.º 739 5.ª série - 0,50 € região de setúbal Sábado | 17.Novembro.2012 Distribuído com o Director: Raul Tavares VENDA INTERDITA Especial Os 102 anos do Vitória 8 Última Beterraba está de volta à região 16 Anti-stress Amílcar Caetano está a preparar revista popular 11 Autoeuropa discute futuro em Munique Defesa vende seis imóveis no distrito 30 por cento do rapazes são circuncisados entre os três e os seis anos de idade Pág. 4 PÁG. 16 PÁG. 7 PÁG. 7 PÁG.5 Pagamento de Serviços Entidade: 21098 Referência 111 222 777 Campanha Semmais / Banco Alimentar de Setúbal DR Semmais Semmais DR *Apresente este jornal n’A Casa do Peixe e receba 50% de desconto na refeição do seu acompanhante

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Edição 17 de Novembro

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950 crianças da região assistiram a violência em casa

São passos que deixam sequelas e há crianças a receber tratamento psicológico. Almada, Seixal, Barreiro, Setúbal e Palmela registam o maior número de casos.

POLÍTICA

Greve não afectou Porto de Sines, mas foi forte nos sectorestradicionais

POLÍTICA

Federação do PS avoca processo da concelhia de Grândola

ÚLTIMA A comissão de trabalhadores da unidade de Palmela vai participar, de 26 a 30 deste mês, numa reunião com a cúpula da multinacional em Munique para decidir novo modelo.

Madalena Alves Pereira chamou a si o futuro autárquico.

Manifestação em Setúbal reuniu 4 mil, segundo a organização.

ACTUAL O Ministério da Defesa Nacional colocou à venda seis imóveis que detém na região. Entre estes, estão os quartéis de Coina e da Azeda de Baixo, em Setúbal.

Líder do Parque Agrícola de Rio Frio, Ramos Rocha, explica osprimeiros projectos a sair da cartola

Pub.

+NEGÓCIOS PÁG. 14

ABERTURA PÁG. 2

Pub.

www.semmaisjornal.comsemanário - edição n.º 739 • 5.ª série - 0,50 € • região de setúbalSábado | 17.Novembro.2012

Distribuído com o

Director: Raul Tavares

VENDA INTERDITA

EspecialOs 102 anos do Vitória

8

ÚltimaBeterrabaestá de voltaà região

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Anti-stressAmílcar Caetanoestá a prepararrevista popular

11

Autoeuropa discute futuro em Munique

Defesa vende seis imóveis no distrito

30 por cento do rapazes são circuncisados entre os três e os seis anos de idade Pág. 4

PÁG. 16PÁG. 7

PÁG. 7

PÁG.5

Pagamento de ServiçosEntidade: 21098 Referência 111 222 777

Campanha Semmais / Banco Alimentar de Setúbal

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Sem

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R*Apresente este jornal n’A Casa do Peixe e receba 50% de desconto na refeição do seu acompanhante

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2 S á bado | 17. Nov. 2 0 1 2 www.semmaisjornal.com

Abertura

Crianças da região assistiram a 950 casos de violência em casaSão casos dramáticos que deixam sequelas para o futuro. As autoridades estão preocupadas. Almada, Seixal, Barreiro, Setúbal e Palmela são os concelhos onde se verificaram mais queixas.

A 30 de Agosto de 2011, um ex-agente da PSP de Setúbal matou a mulher

a tiro, após uma discussão iniciada na noite anterior, em que o polícia agrediu a companheira. Perante os maus tratos, a mulher decidiu sair de casa com os dois filhos, o que não foi aceite por José Diniz. O homem tentou reconciliar-se com a mulher, mas como ela não aceitou, acabou por disparar. O crime, que cons-ternou o bairro Afonso Costa, e os episódios de violência que o antecederam foram presen-ciados pelos filhos do casal, que necessitaram de acom-panhamento psicológico.

Sobretudo, o filho mais novo, de 14 anos, ficou bastante fragilizado, por ter assistido à discussão dos pais que resultou na morte da mãe, sendo uma das crianças que engrossa a «amarga» lista de 950 menores que presen-ciaram um total de 2282 casos de violência doméstica no distrito de Setúbal partici-pados à PSP e à GNR.

Os dados são fornecidos no relatório anual de moni-torização das forças de segu-rança e dão conta de uma média diária de seis partici-pações na região, sendo que Almada, Seixal, Barreiro,

Setúbal e Palmela registam o maior número de queixas.

Terceiro lugarem violência doméstica

As autoridades alertam que apesar de existir uma diminuição face a 2010, têm ocorrido casos considerados mais graves, o que coloca o distrito no terceiro lugar da lista de participações ao nível da violência doméstica, apenas atrás de Lisboa e Porto.

Ainda segundo o relatório, Agosto é o mês em que se regis-taram mais queixas - precisa-mente o mês em que se registou o crime que chocou Setúbal - embora a generalidade das situ-ações tivesse como consequên-cias para as vítimas ferimentos ligeiros (48%), enquanto em um por cento dos casos (mais de 20) os ferimentos tivessem sido graves.

A agressão que vitimou Amália Santos, no Barreiro, é um desses exemplos. Depois de enfrentar o companheiro, que chegou a casa embria-gado, para defender os filhos, acabou espancada pelo homem com quem viveu 12 anos, necessitando de ficar internada. Foi a ajuda dos vizi-nhos que evitou males maiores. Também as crianças foram agredidas. O homem foi detido, mas continua em liberdade.

:::::::::::: Roberto Dores ::::::::::::

Pub.

O relatório adianta que, em cerca de 30% das parti-cipações, as forças de segu-rança entraram no domi-cílio do denunciado e da vítima, tendo 78% das ocorrências ocorrido numa casa particular e 17% na via pública ou em espaços públicos fechados. A violência física esteve presente em 73% das situ-ações, a psicológica em 78%, a sexual em 2%, a económica em 7% e a social em 8,5%.O documento aponta que 85% das vítimas são mulheres, casadas ou em união de facto (51%), com uma idade média de 40 anos, não dependendo economicamente do denunciado (78%). Mais de dois terços tinham habi-litações literárias iguais ou inferiores ao 9º ano e 24% possuía habilitações ao nível do ensino secundário ou superior. Metade das vítimas encontrava-se empregada (50%), 22% estavam desempregadas, 12% eram domésticas, 10% eram reformadas/pensio-nistas e as vítimas estu-dantes representavam 7%.

A vergonhados números

Viver e envelhecerna Europa

8. Como posso saber se estou a comprar um brinquedo seguro para o meu filho?

Compre apenas brinquedos com marcação CE. Ao comprar um brinquedo com a marcação CE sabe que este foi fabricado em

conformidade com a legislação europeia sobre segurança dos brinquedos, cumprindo, assim, as condições para ser comercia-lizado em todo o espaço da UE.Consulte, na Internet, o siste-ma de alerta rápido da UE: (RAPEX)http://ec.europa.eu/rapex. Apresenta pormenores de produtos perigosos retira-dos do mercado no seu país, incluindo brinquedos.Para saber mais sobre segu-rança dos brinquedos consul-te a DOLCETA - projeto de educação do consumidor atra-vés da Internet: http://www.dolceta.eu/portugal.Existiam, em 2011, cerca de 80 milhões de crianças menores

de 14 anos na UE e cerca de 2 000 empresas empregando mais de 100 000 trabalhadores no setor dos brinquedos e dos jogos, a maioria das quais pe-quenas e médias empresas.O Mercado Único para os brin-quedos tem contribuído para proteger o consumidor e de-senvolver o setor, ao harmo-nizar as características de segurança dos brinquedos em toda a UE.

* A oitava de dez perguntas e respostas da responsabilidade da Comissão Europeia no quadro actual da integração, por ocasião do 20.º aniversário do Mercado Único.

Dez perguntas sobre o mercado único*

A maior parte das vítimas está a receber apoio psicológico

DR

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A solidão é uma dor que corrói os sentimentos e que nos leva a uma angustiante exis-

tência desprovida de sentido, onde o rumo se perde no horizonte.

Esta é a triste realidade que germina, de forma galopante, na nossa sociedade, onde a condição humana se afasta da comunhão e partilha, resguardando-se na solidão assustadora que esmaga a vontade de lutar pela dignidade.

A pobreza Material que castra a possibilidade de ter o que neces-sitamos, é menos lesiva que a pobreza de Valores.

Quem tem pouco, sabe reco-nhecer a agrura da privação, e com generosidade, partilha o pouco que tem, consciente que o que dá, não irá saciar as necessidades do seu semelhante. Todavia, não deixa de partilhar.

Incrédulos, assistimos a que a pobreza de Valores, apenas tem em comum o adjetivo, tudo o mais, é um icebergue em águas profundas, onde o que se vê, é uma miragem do que se esconde.

Felizmente, vivemos num Estado Democrático, onde a “Voz” e as “Ideias” podem ser livremente expressas, cabendo a cada um de nós, decidir quem nos irá repre-sentar e conduzir a governação do País.

De igual forma, temos ainda, alguma impressa independente, que nos dá “Voz”, e que continua a lutar por “Valores de Cidadania”, contornando as dificuldades com engenho, saber e muito trabalho, mantendo viva a esperança de um futuro melhor e mais solidário.

Todas essas conquistas, pouco ou nada representam se não tivermos uma “Justiça” que atue na defesa do coletivo, condenando os prevaricadores da “Lei”, resti-tuindo ou reparando todos que ficaram desprovidos dos bens ou do seu bom-nome (Honra).

É de elementar justiça, e da mais singular importância para uma “Sociedade de Valores”, que tenhamos uma “Praxis” “Legisla-

tiva” e um sistema “Judicial”, que pense e aja em prol dos cidadãos.

Relembro que somos nós que elegemos os Políticos, cabendo-lhe a Nobre Missão de nos repre-sentarem e nos defenderem, legis-lando assertivamente, e tutelando quem aplica a “Lei” que emanam.

Lamentavelmente, estamos a assistir à má utilização da “Justiça”. Porventura, por ardilosa teia legis-lativa, ou por sapiência invertida de quem manuseia os instrumentos do Direito.

Uma coisa é certa, salta à vista do cidadão comum, que se condena naturalmente o infractor despro-vido de valores materiais, deixando-se resvalar impunemente, quem têm materialmente a capa-cidade de contornar a “Lei”.

Os “VALORES” da LEI e da “JUSTIÇA” estão a ser torpedeados por valores indignos e pantanosos que se aproveitam da inépcia de aparelho judiciário.

Desta forma, estamos a assistir ao desmoronar corrosivo dos alicerces da Democracia e a forta-lecer-se a pandemia da desordem do “ESTADO de “DIREITO”, que urge combater e alterar.

Senhores Políticos respeitá-veis, zelem por quem vos elegeu, e tornem a “ÉTICA” o desígnio da “Casa da Democracia”, porque sem ela, não há Liberdade, Fraterni-dade e Justiça que nos valha. Se assim não for, ficaremos irreme-diavelmente mais “SÓS”.

*Cidadão Português em PORTUGAL

3S á bado | 17. Nov. 2 0 1 2 www.semmaisjornal.com Espaço Público

ficha técnica

Director: Raul Tavares; Editor-Chefe: Joaquim Guerra; Redacção: Anabela Ventura, Bruno Cardoso, Cristina Martins, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores; Dep. Comercial: Cristina Almeida (coordenação). Projecto Gráfico: Edgar Melitão/”The Kitchen Media” – Nova Zelândia. Departamento Gráfico: Dinis Carrilho. Serviços Administrativos e Financeiros: Mila Oliveira. Distribuição: José Ricardo e Carlos Lóio. Propriedade e Editor: Mediasado, Lda; NIPC 506806537 Concessão Produto: Mediasado, Lda NIPC 506806537. Redacção: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. Tel.: 265 538 819 (geral); Fax.: 265 538 819. Email: [email protected]; [email protected]. Administração e Comercial: Tel.: 265 538 810; Fax.: 265 538 813. Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Mediasado, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98

A descoordenação política do Governo é evidente e nem a comissão engendrada entre os parceiros da coligação veio saldar esse défice, entretida que esteve este tempo com os ‘arranjinhos’ das candidaturas autárquicas.

È público e notório o labiríntico terror das mensagens justapostas entre membros do Governo. O ministro Álvaro esforça-se para comprovar que tem uma agenda de crescimento, mesmo que esta seja tão insípida que não se vislumbra nem uma luzinha neste apertado túnel de austeridade galopante. E o ministro Gaspar, ao jeito de mensageiro da desgraça, soma terror atrás de terror, prometendo um país desfeito pelo menos num horizonte de 30 anos.

Ora, a semiótica deste Governo é significante nos tempos que correm, porque a confusão que gera deve servir para alguma coisa, mais que não seja, para lançar fumos indivisíveis. Armar o terreno com fumaradas e lançar espumas e poeiras no caos social, é a melhor forma de confundir as dificuldades.

Percebe-se porque é que a violência ocorrida esta quarta-feira serviu vários interesses. A oposição clamou ao lado dos governantes e o brando povo luso logrou vociferar contra outro alvo que não o de Passos ou Gaspar.

Mas afinal a estratégia é a mesma: A meia dúzia de arruaceiros quiseram tempo de antena e clamar ao caos. Mas é o Governo que tem lançado as sementes da discórdia e do desespero, empurrando uns contra os outros.

Assim, estaremos perdidos mais depressa do que seria de esperar.

As sementes que levam ao caos

Editorial // Raul Tavares

Não tem de ser assim“ALERTA”Senhores Políticos.

Olhe por favor: um cafezito e um Pastel de nata!!

CatarinaMarcelino*

JoãoSerra*

RuiEspirito Santo*

«Lamentavelmente estamos a assistir à má utilização da “Justiça”. Porventura, por ardilosa teia legislativa, ou por sapiência invertida de quem manuseia os instrumentos de Direito»

Neste momento conturbado em que vivemos, de incer-tezas quanto ao futuro, a

vitória de Obama é um incontor-nável fator de esperança na demo-cracia, no progresso e no desenvolvi-mento, não só para os Estados Unidos, mas para a Europa e para o Mundo.

Apesar desta esperança que vem do outro lado do Atlântico, neste exato momento, no nosso Portugal, Paços Coelho desviou a atenção da discussão do Orçamento de Estado para 2013, que terá efeitos dramáticos na vida dos portugueses/as, para a destruição da conceção de sociedade que temos hoje, através do corte de 4 mil milhões de Euros nas funções de soberania e nas funções sociais de Estado, através do estudo que o FMI, conjuntamente com o Governo, estão a realizar para aplicar no OE de 2014.

Esta atualidade nacional trans-porta-nos à década de 80 do séc.XX, quando os Estados Unidos que, ao contrário de hoje, tinham um Repu-blicano mega liberal à frente dos seus destinos. Por orientação Europeia, 30 anos depois do “Consenso de Washington”, suportado pela teoria da Escola de Chicago ter falhado redundantemente nos países da América do Sul, estamos a vivenciar, de forma nua e crua, a aplicação do mesmo modelo no nosso país.

Em 1982, devido à crise da dívida externa que os países sul-americanos sofreram, exatamente como está a acontecer no sul da Europa, com um forte crescimento dos juros aplicados à dívida desses mesmos países, o FMI e o Banco Mundial desenvolveram um programa de ajustamento em que as necessidades de financiamento do setor público foram cortadas para metade e em simultâneo se libera-lizou a economia, sendo apenas controlado o valor da mão-de-obra através da desvalorização do trabalho para fomentar a competitividade e as exportações, ou seja, menor proteção social e empobrecimento dos trabalhadores/as. Na América Latina esta receita não impediu que a dívida externa continuasse a aumentar, tendo sacrificado o sector

produtivo daqueles países durante cerca de 20 anos.

O FMI defendeu sempre uma abordagem de curto prazo, com o objetivo de obter resultados rápidos, o que levou a que o investimento público fosse desproporcionalmente afetado. Esta tese, na década de 80 do séc. passado, era apoiada pelo Banco Mundial que defendia que as reformas aceleradas são mais reco-mendáveis porque minimizam a resis-tência política e popular.

Esta cartilha dos tecnocratas e políticos de Washington levaram a que, numa década, a América Latina passasse de 136 milhões para 196 milhões de pobres, e que 5% dos mais ricos vissem aumentada a sua riqueza. Já para não falar do decréscimo acen-tuado da esperança de vida, da morta-lidade infantil e da perda de liberdade.

O que os países da América do Sul sofreram e o que nós hoje estamos a sofrer em pleno séc. XXI, são as consequências de um modelo que não tem em conta o bem-estar social e a coesão social. Estamos perante um paradigma baseado no libera-lismo do séc. XIX que não incorporou os progressos sociais do séc. XX.

Estas experiências de ajustamento rápido, comportam custos econó-micos e sociais brutais para os países onde são aplicadas, sendo neste modelo que Paços e Gaspar acre-ditam, sendo o memorando com a Troika uma oportunidade de aplicar modelo em que acreditam, fingindo sempre que é uma inevitabilidade. Mas não é inevitável, não tem de ser assim.

Há outro caminho: criar emprego, criar riqueza, honrando os nossos compromissos, com mais tempo para aplicação do programa de ajusta-mento e juros mais baixos para que possamos dinamizar a economia. Os países da América Latina emergiram da recessão após mais de duas décadas de sofrimento e pobreza e nós não sabemos quanto tempo teremos pela frente de sofrimento e miséria. Não tem de ser assim.

*Dirigente do PS

Quem é que nunca ouviu alguém dizer isto?

Acho que ser Português é sem dúvida alguma sinónimo de um café bem tirado e um requin-tado Pastel de Nata, do norte ao sul do País. Natas, Natas de Belém, pasteis de Belém ou ainda pasteis de nata, seja de que maneira é aclamado, é

de facto um símbolo Português! Mas não confundamos, o conhecido Pastel de Nata, nada, a não ser o aspecto semelhante, tem a ver com o Pastel de Belém, onde a receita original, continua bem guardada a sete chaves na Oficina do Segredo na Fábrica dos Pasteis de Belém desde 1837 até aos dias de hoje.

Esta 15ª iguaria mais saborosa do Mundo, faz das manhãs de alguns, o casamento perfeito entre o encorpado sabor de um café e a doçura víciante de um pastel “petit”, mas que nos satisfaz e nesse prazer breve, mas duradouro, começam conversas, travam-se conhecimentos, lêem-se jornais

e distraem-se pensamentos e a Crise, nesses saborosos minutos, deixa de existir. Agora, faça como eu, dirija-se ao café mais próximo e peça uma bica e um Pastel de Nata, Pastel de Belém, um Nata, uma Nata, mas peça!

*Comerciante

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O TRIBUNAL de Setúbal não considerou provada a autoria dos rebentamentos, em Maio de 2011, das caixas ATM do Instituto Politéc-nico de Setúbal, hotel Isidro e papelaria Anaísa, todas em Setúbal. Ainda assim, o colectivo de juízes condenou dois dos oito arguidos do grupo suspeito, igualmente indiciados por outros crimes, a seis e cinco anos e dois meses de prisão, respectivamente.

O tribunal deu como provado que o primeiro arguido tentou rebentar a caixa ATM do supermercado Marçal e Marçal, no bairro de São Gabriel, na mesma cidade, «com total desprezo pelas pessoas e seus bens», com a intenção de se apro-priar dos mais de 30 mil euros que esta continha. Foi igual-mente punido pelo crime de furto qualificado na forma tentada. Já o segundo arguido, além de possuir ilegalmente um aerossol, foi condenado por ter assaltado o balcão do Montepio Geral

na praça de Portugal, em Setúbal, em Junho de 2010. Um terceiro arguido, réu primário, foi condenado a pagar a quantia de 555 euros por, também, ser ilegalmente proprietário de um aerossol.

A presidente do colectivo de juízes, Paula Sá Couto, afirmou estar convicta de que «aquilo que se praticou não foi apenas aquilo que efec-tivamente se provou», mesmo enfatizando o facto de só poder aceitar as provas rele-vantes constituídas legal-mente. O grupo, composto por seis homens e duas mulheres, foi detido a 30 de

Junho do ano passado, na sequência do rebentamento destas caixas ATM’s em Setúbal, com recurso a explosão de botijas de gás, que provocaram danos avul-tados, inclusive nas viaturas estacionadas perto dos locais dos assaltos. Vários artigos relacionados alegadamente com a actividade criminosa foram encontrados no inte-rior das residências dos arguidos. A leitura do acórdão do processo, na Vara Mista do Tribunal de Setúbal, foi dada a conhecer esta semana.

Bruno Cardoso

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Actual

Circuncisão também já é “moda” no distrito

30 por cento dos rapazes que nascem no distrito são sujeitos à remoção do prepúcio. Tendência que aumentou nos últimos anos. Os especialistas afirmam que a ‘moda’ deve-se às novas culturas radicadas na região.

Há cada vez mais homens na região a recorrerem à circuncisão, mesmo

entre a população adulta, desde que existem provas cientí-ficas que admitem a redução do risco de doenças sexu-almente transmissíveis. Segundo dados a que Semmais teve acesso, 30% dos rapazes que nascem no distrito são sujeitos à remoção do prepúcio, sobre-tudo, nos primeiros três a seis anos de vida. Uma tendência que aumentou nos últimos anos devido às novas culturas radicadas na região

Uma realidade que não surpre-ende o urologista Joshua Ruah, ex-presi-dente da comunidade judaica em Portugal, para quem este género de cirurgia começa a ser transversal às várias culturas, tendo passado a ser encarada entre os adultos como uma forma de prevenir doenças.

Ritual antigoem outras culturas

É que há cerca de 20 anos a maioria das operações traduzia uma espécie de ritual religioso entre muçulmanos, judeus, islamitas e africanos, além dos portugueses que se viam obrigados a ser subme-tidos à circuncisão por apre-sentarem fimoses (dificul-dade ou até impossibilidade de expor a glande).

«Sobretudo o facto de reduzir quase a zero o risco de cancro é uma vantagem enorme que as pessoas come-çaram a perceber», refere o urologista. Entre os adultos operados estão ainda doentes diabéticos, propensos a

infecções no prepúcio. «Se forem circunci-sados, essas lesões

são menos prováveis ou quase nulas. Em medicina nunca há certezas absolutas, mas aqui andamos muito perto disso», afirma Joshua Ruah, admitindo que também começou a ser procurado por homens entre os 30 e os 40 anos que optarem pela circun-cisão «apenas por razões de higiene. Em termos estéticos sente-se melhor e não há mal nenhuma nisso, afiança.

Quanto à idade ideal para

realizar a cirurgia, o médico afiança que «ela não existe», embora a tradição dos judeus pelos oito dias de vida tenha dado resultados satisfatórios. «As crianças ficam saradas em quatro dias. Já os muçulmanos, que em Portugal circunci-savam os filhos mais tarde, começam a pedir para que a intervenção seja abreviada», relata o mesmo especialista.

:::::::::::: Roberto Dores ::::::::::::

Também sobre as vanta-gens da operação, a cirurgiã pediátrica Miros-lava Gonçalves explica que uma glande fechada torna mais difícil de detectar qualquer tipo de lesão, além de estar mais exposta ao contágio de doenças sexualmente transmissíveis. «Uma glande fechada é, desde logo, mais difícil de limpar», diz a médica, pelo que as secreções ficam no interior podendo gerar infecções. «Com a circun-cisão não há esse problema, porque está tudo à vista», justifica.

Glande fechada tem mais riscos

Economia da Saúde dá prémio ao S. Bernardo

Tributo a José Afonso

O CENTRO Hospitalar de Setúbal, que inclui o Hospital de São Bernardo e o Hospital Ortopédico do Outão, foi distinguido na edição anual dos Prémios do Futuro, com o 2º lugar na Categoria Gestão e Economia da Saúde, com o projecto Informatização de Registos de enfermagem Perioperatórios.

Para a administração hospitalar, a importância do projecto assenta no «reconhe-cimento da importância dos registos e sistematização da informação em enfermagem enquanto garante da conti-nuidade de cuidados, impo-sição ético-legal, facilitador da tomada de decisão clínica e influenciador dos modelos de gestão, no planeamento da formação e investigação».

O projecto permitiu eliminar os registos em papel; uniformizar a infor-mação dos cuidados de enfermagem perioperató-rios; aumentar o fluxo de transmissão de informação entre os serviços de enfer-magem e assegurar a conti-nuidade de cuidados de enfermagem.

Depois da aposta nas boas práticas dos enfer-meiros, o centro hospitalar aposta, novamente, nas boas práticas clínicas com mais uma edição das Jornadas de Medicina Interna, nesta XIX edição sob o lema do Ensino à Prática Clínica.

As Jornadas de Medicina Interna vão decorrer nos dias 23 e 24 e reunirão especia-listas de várias unidades hospitalares.

MAIS de 20 músicos sobem ao palco do reno-vado Fórum Municipal Luísa Todi, em Setúbal, este domingo à tarde, para cantar José Afonso, espe-táculo em que participam alguns dos principais nomes associados à luta pela Liberdade.

“Às vezes não tenho jeito para falar de amigos”, inicia-tiva da Associação José Afonso, com início às 18h00, comemorativo dos 25 anos da instituição, conta com atuações de José Fanha, Manuel Freire, Janita Salomé, Vitorino, Francisco Naia, Vítor Sarmento e Francisco Peña Villar.

No espetáculo de cele-bração de José Afonso, promovido com o apoio da Câmara Municipal, parti-cipam ainda o Grupo Coral e Etnográfico da Coop de Grândola, Tiago Fernandes, Afonso Dias, Filipe Raposo e o conjunto Ronda dos Quatro Caminhos.

Os bilhetes, à venda no Fórum Luísa Todi e na Casa da Cultura, custam dez euros para a plateia e 7,50 para o balcão.

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Tribunal absolve gangue suspeito de rebentar caixas ATM’s em Setúbal

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5S á bado | 17. Nov. 2 0 1 2 www.semmaisjornal.com

A VISÃO europeia para o próximo quadro comunitário de apoio que está a ser prepa-rado em Bruxelas para 2014-2020 está muito atrasada e é ainda muito insípida. Este foi o sentimento generalizado da comitiva que se deslocou à Comissão Europeia a convite do Centro Europe Direct Setúbal, que incluiu autarcas, quadros da Direcção-Regional da Agricultura e Pescas - Lisboa e Vale do Tejo, Adrepes, dirigentes do ensino profis-sional, da administração pública e jornalistas.

Um dos exemplos mais marcantes é o do desenvolvi-mento rural, uma das apostas do Governo português, que começa a ter grande impor-tância na região de Setúbal. «Ficámos com a ideia de que ainda se está a discutir em torno das verbas a disponibilizar para cada país as quais, no nosso caso, não deverão ser mais do que recebemos no anterior quadro de apoio», disse ao Semmais Paulo Curado, vice-presidente da DRAP-LVT

Apesar deste marcar passo, a apresentação preliminar da Política de Desenvolvimento

Rural para 2014-2020 feita em Bruxelas não deixou de suscitar grande interesse de parte da comitiva, nomeadamente ADREPES, representada pelo presidente, António Pombinho, e Manuela Sampaio. «As nossas maiores incertezas têm a ver com os novos procedimentos nos vários programas, nome-adamente no caso do FIADER, mas também sobre se a gestão dos fundos em Portugal não serão desviados para outras rubricas e outras áreas», frisaram ao Semmais, no decurso do debate liderado, em Bruxelas, por Pedro Brosei, da Direção-Geral da Agricul-tura e do Desenvolvimento Rural. Mas Paulo Curado acre-dita que haverá novidades nos domínios da sustentabilidade entre agricultura e ambiente. «Prevê-se alterações positivas na relação dessas duas áreas e também na valorização do associativismo de classe».

Culturas em baixaoutras em alta

Outra das noções já mais ou menos clara é a de que algumas culturas vão ser

preteridas em relação a outras, em termos de finan-ciamento e apoios. Neste caso, Paulo Curado admite que a produção de arroz «vai perder dinheiro», enquanto que a floricultura e os hortí-colas vão ser «beneficiadas». Uma boa notícia para a ADREPES que opera muito nestas áreas.

De resto a comitiva mais ligada ao sector agrícola deixou Bruxelas com uma perspectiva positiva no que refere aos fundos ao investi-mento e à manutenção anual da garantia aos agricultores. «Nestes casos não deverá haver grandes decréscimos nos apoios», sintetizou o vice-presidente da DRAP-LVT.

Numa jornada muita

intensa, entre visitas aos Comité das Regiões e ao Comité Econó-mico e Social, a comitiva, que foi recebida por Margarida Marques, da Direcção-Geral de Comunicação, da represen-tação portuguesa da Comissão Europeia, participou em confe-rências-debate sobre “A Polí-tica de Desenvolvimento Rural 2014-2020, “Arquitectura Insti-tucional e Processo de Decisão Política”, “A Acção da Comissão e o Executivo Europeu”, “Polí-tica da Cultura e da Educação da EU” e o “Papel do Comité das Regiões no Processo Legis-lativo”.

Imóveis da região tapam buraco na Defesa

Comitiva do distrito em Bruxelas com novo quadro agrícola a meio gás

O MINISTÉRIO da Defesa prepara-se para alienar 6 imóveis no distrito para tapar o buraco de cerca de 30 milhões de euros do Fundo de Pensões dos Militares das Forças Armadas. Os seis imóveis fazem parte de uma lista mais ampla de 25 edifí-cios a alienar em todo o país, que incluía, numa primeira fase, também quartéis e postos da GNR que ficaram, entre-tanto, de fora.

O maior número de imóveis a alienar na região, metade, está situada em Almada e diz respeito à Bateria da Raposeira, à Bateria da Raposa e à Moradia para Oficial na Trafaria. No Barreiro, o imóvel em causa é o quartel de Coina, enquanto em Setúbal,

a proposta visa a alienação do quartel da Azeda de Baixo. Um prédio rústico na Herdade da Maria da Moita, em Santo André, concelho de Santiago do Cacém, também faz parte desta lista.

A resolução do Conselho de Ministros, publicada em Diário da República esta semana, diz que a venda dos imóveis visa responder a «necessidades de curto prazo», pelo que se trata agora de agilizar «processos com vista à sua rentabilização imediata». A alienação será feita através de hasta pública, por nego-ciação ou mesmo por ajuste directo, tal como é admitido nesta resolução.

O processo será condu-zido pela Direcção-Geral do

Tesouro e Finanças, em cola-boração com a Direcção-Geral do Armamento e Infra-Estru-turas de Defesa. Os imóveis serão desafectados das suas funções públicas, mas senão forem comprados voltam à posse do Estado.

De acordo com números avançados pelo secretário de Estado Adjunto e da Defesa Nacional, Paulo Braga Lino, numa audição parlamentar em Maio passado, o Fundo de Pensões, utilizado para pagar complementos de pensão, tem cerca de 12.700 beneficiários, que implicam «compromissos anuais de 32 milhões de euros e 277 milhões de euros de responsabilidades futuras».

Bruno Cardoso

Xavier Santana investe 50 mil euros em sala para turistas

A ADEGA Xavier Santana, empresa locali-zada em Palmela, com tradição na produção e comércio de vinhos da região da Península de Setúbal, abre as portas este sábado, pelas 17 horas, de um novo espaço destinado a receber os turistas e os enófilos.

Orçado em cerca de 50 mil euros, o espaço compreende uma sala com 10x40 metros quadrados, e um átrio de acesso com 40 metros quadrados. Destina-se a receber os turistas e a ser palco de iniciativas enoturísticas e localiza-se nas antigas caves da adega.

A inauguração deste novo espaço, que vai ser animada com muito bom vinho para provar e com um concerto com o espec-

táculo “Sons do Vinho”, que compreende a actuação do “Duo Encore”, está inte-grada nas comemorações do programa “Palmela, Cidade Europeia do Vinho 2012”.

A adega Xavier Santana faz parte da Rota de Vinhos da Península de Setúbal desde Março do presente ano e uma sala para receber com dignidade os turistas era uma das exigências deste processo.

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Europe Direct de Setúbal levou autarcas, quadros e dirigentes regionais

Grupo diversificado e multidisciplinar

Para além dos quadros da DRAP-LVT, a comitiva, chefiada por Manuel Meireles, responsável do Centro Europe Direct de Setúbal, contou com a presença da presidente da Câmara do Montijo,

Amélia Antunes, dos vereadores Manuel Pisco (Setúbal), Luís Calha (Palmela), Felícia Costa (Sesimbra), da directora do Centro Regional de Setúbal da Segurança Social, Ana Clara Birrento,

Maria do Carmo Guia, directora do Centro de Emprego do Montijo, Albertina Palma. Vice-presidente do IPS e do director da Escola Profissional do Montijo, João Martins.

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O SGL Group, empresa alemã líder na produção de materiais de carbono, comprou a empresa barrei-rense Fisipe por 29 milhões de euros e prepara-se agora para investir mais 25 na transformação de duas das suas dez linhas de produção para o fabrico de precursor, a matéria-prima para fibras de carbono.

Em comunicado, o administrador-delegado da Fisipe, Stefan Seibel, afirma que o negócio permite criar mais 12 postos de trabalho, além de manter os actuais 330 no futuro. «O SGL Group procurou uma fábrica na Europa para produzir o precursor e a Fisipe convenceu pela sua alta competência técnica, pela boa produ-tividade e pela grande visão dos gestores», afirma.

A empresa, que faturou 130 milhões de euros em 2011, produz anualmente 50 toneladas de fibras acrílicas para os seus 275 clientes, localizados em 40 países.A taxa de exportação é de 99 por cento.

6 S á bado | 17. Nov. 2 0 1 2 www.semmaisjornal.com

Pescadores da região reclamam nova lei para carapau “miúdo” e fazem alertasA última apreensão voltou a trazer o debate à ribalta. Mas os constrangimentos são muitos. Os pescadores querem uma nova ordem para a apanha da espécie.

CERCA de 500 quilos de carapau imaturo foram apreendidos pela GNR de Setúbal, numa altura em que os pescadores da região reclamam alterações à lei, que proíbe a pesca de exemplares com menos de 12 centímetros. O pescado ilegal tinha um valor na casa dos 2500 euros, acabando por ser distribuído a várias institui-ções de solidariedade. O carapau encon-trava-se n u m armazém, anexo à lota sadina, o n d e f o i e n c o n t r a d o pelo Subdes-tacamento de Controlo Costeiro no âmbito de uma fiscalização rela-cionada com as actividades de captura.

Esta apreensão vem lançar o debate junto dos pequenos arma-dores da arte xávega do distrito, que recentemente começaram a levantar a voz para exigir ao Governo que reveja a lei que regu-lamenta a apanha de carapau. É que a legislação proíbe a captura de exemplares com menos de 12 centí-metros, sendo os pescadores obri-gados pelas autoridades a devolver o peixe ao mar.

Arte xáveganão dá controlo

Contudo, o sector alerta que, sobretudo na modalidade da arte xávega «é impossível controlar as espécies e tamanho» que vem à rede, segundo o pescador de Sesimbra Manuel Carvalho. «É preciso que a tutela

perceba que o docu-

m e n t o e s t á desajus-

tado aos dias de hoje. Só

quando a rede é aberta é que sabemos o que lá vem»,

insiste, enquanto Jorge Amorim, coordenador do Sindicato dos Trabalhadores da Pesca do Sul (STPSul), alerta quando o carapau é devolvido ao mar já morto, pelo que «não está a ser dado nenhum contributo à preservação da espécie.»

É nesse sentido que os pesca-dores da arte xávega e vários armadores acabam de se juntar aos colegas de outas zonas do país, tendo propostos à ministra Assunção Cristas que seja anulada a lei que impede a pesca de carapau inferior a 12 centí-metros no primeiro. Como contrapartida, os barcos fazem uma paragem na captura sempre que na rede venha carapau miúdo. Ou seja, em vez se irem ao mar três ou quatro vezes na

mesma maré, passariam a ir apenas uma caso no primeiro lance fosse logo contemplado com exemplares de menores

dimensões, voltariam ao mar na maré seguinte.

Roberto Dores

A CAETANO Formula, locali-zada no Monte de Caparica, em Almada, inaugurou na passada quinta-feira, ao final da tarde, o novo espaço Renault Pro +, o primeiro em actividade no distrito de Setúbal e o 18.º a nível nacional. Veio criar dois novos postos de trabalho.

Trata-se de um espaço que visa dar resposta às necessidades espe-cíficas dos Clientes Empresariais, através de um atendimento exclu-sivo e personalizado, horários alar-gados, serviço de recolha e entrega da viatura ao domicílio, serviço de IPO e respostas a pedidos de orça-mentos num curto espaço de tempo.

Paulo Umbelino, director-geral da Caetano Formula, concessio-nário Renault que abrange os concelhos de Almada, Barreiro e Seixal, explica que estamos perante um projecto que resulta da evolução do Renault Empresas, lançado em 2001, em que se procura ter «uma solução ideal para o cliente profissional das empresas».

A seu ver, é fundamental, nos dias que correm, ir ao encontro das necessidades e dificuldades dos nossos empresários, sendo que um deles é a «redução do tempo que os colaboradores perdem ao fazer a manutenção das suas viaturas, criando o mínimo de transtorno na sua actividade».

A aposta do Renault Pro + começa na recolha e aconselha-mento dos veículos que melhor se adaptam às necessidades de cada sector de actividade das empresas e estende-se à definição dos melhores e mais competitivos produtos financeiros. Além disso, o novo espaço garante a manu-tenção e assistência dos veículos, sempre com o atendimento exclu-sivo e personalizado de conse-lheiros especializados.

Os clientes podem ali encon-trar um espaço de exposição da gama de veículos comerciais Renault, com sete viaturas comer-ciais, bem como veículos trans-formados. É de destacar ainda a recepção e o gabinete de atendi-mento personalizado para o cliente profissional.

Renault abre espaço para empresas com atendimento personalizado

Futuro do sector das pescas passa pela valorização do pescado e do pescador

O processo de certificação do Carapau Manteiga de Setúbal serviu de mote para o debate onde a conclusão final se prende com a necessidade de qualificar não só o pescado como todo o processo da pesca para o desenvolvimento da actividade de forma sustentada.Numa região fortemente dominada por áreas naturais protegidas, a sustentabilidade ambiental e económica, em especial no sector das pescas, é preponderante. As limitações de capturas são condicionantes, os custos de produção da actividade são desencorajadores e poucos são os que apostam num futuro profissional ligado ao mar. Daí que não seja de estranhar o mote dado por Ana Rita Berenguer, da Direcção Geral dos Recursos Marítimos, logo na sessão de abertura do seminário. «Todas as iniciativas que visem promover as pescas

e cujos resultados revertam a favor das comunidades piscatórias são importantes tal como a iniciativa da Sesibal de valorizar o carapau, um pescado menos conhecido, e promovê-lo enquanto produto de excelência gastronómica».O processo de certificação pode ser longo e complicado, mas «uma proposta bem estruturada pode reduzir os tempos de espera», explica Cristina Hagaton, da Direcção Geral da Agricultura e Desenvolvimento Rural. A certificação do Carapau Manteiga de Setúbal com Indicação Geográfica Protegida pode ser fundamental para a manutenção de postos de trabalho. O pescado, cada vez mais apetecido aos olhos dos operadores de retalho, não tem reflexo nos valores que alcança no mercado, rendendo, em média, 1,2€ por quilo.

Estivadores em braço de ferro “entopem” porto sadinoGrupo alemão investe 54 milhões na Fisipe

ENQUANTO se mantiver o impasse entre o Sindicato dos Esti-vadores do Sul e o Ministério da Economia as cargas para expe-dição de algumas das principais unidades fabris da região vão manter-se no porto de Setúbal.

A situação de greve a um dos turnos no porto sadino prolonga-se há cerca de dois meses e há já um pré-aviso de greve com limite no dia 5 de Dezembro. Em causa está a lei que vai ser discutida na Assembleia da República no próximo dia 29 e que altera o regime jurídico dos trabalhadores portu-ários. Em linhas gerais, explica Carlos Tremoço, delegado sindical, «a lei que o governo quer aprovar no final do mês vai reduzir o âmbito de actuação dos trabalhadores portuários e, consequentemente, reduzir postos de trabalho».

No porto se Setúbal trabalham perto de centena e meia de funcio-nários que poderão ser reduzidos em mais de 10 por cento. «Num dia

normal, estamos a falar de menos 10 a 12 trabalhadores num terminal como o da Sadopor», explica o diri-gente sindical, adiantando que é falso que a lei que deverá ser apro-vada no próximo dia 29 tenha «o acordo de cerca de 80% dos traba-lhadores portuários, como disse o secretário de estado. Apenas os sindicatos dos portos de Leixões e da Madeira, assim como a UGT, concordaram com esta lei».

Apesar do impasse se manter há já dois meses, Carlos Tremoço admite que a situação pode mudar a qualquer momento, «bastando para isso que a Secretaria de Estado convoque os sindicatos do sector e discuta a proposta de lei de forma honesta». Até lá, pelo menos no porto de Setúbal, os trabalhadores vão executar apenas um dos turnos de serviço e não vão fazer horas extraordi-nárias. No dia em que a lei subir ao plenário está prevista uma manifestação de trabalhadores

portuários junto à Assembleia da República.

Secil e Portucelcom cargas nos cais

Os resultados desta parali-sação prolongada já se fazem notar nos terminais portuários de Setúbal e as empresas que laboram na região começam a sentir os efeitos da greve. «O terminal da Autoeu-ropa acumula muitos carros, muito mais do que o normal, e os conten-tores de pasta de papel da Portucel também demoram mais tempo a ser despachados. A Secil já foi obri-gada a mandar despachar uma série de toneladas de cimento através do porto de Leixões e a própria Cimpor já sente também problemas», explica Carlos Tremoço consciente de que os efeitos são negativos para as prin-cipais unidades fabris da região.

Marta David

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7S á bado | 17. Nov. 2 0 1 2 www.semmaisjornal.com

Política

Distrito paralisado com jornada de greve geralalém-fronteiras

A greve geral da passada quarta-feira voltou a para-lisar a educação, os hospitais,

os transportes e a administração local, os sectores que, tradicionalmente, sofrem mais com a paralisação dos trabalhadores. Em declarações ao Semmais, Arménio Carlos, secretário-geral da CGTP, considerou que esta paralisação «é uma das maiores lutas de sempre já travadas em Portugal», alicerçada no facto de também terem existido acções de luta em países como a Espanha, Grécia, Itália, França e Bélgica. «Quando as coisas começam com esta adesão, naturalmente, só podem acabar muito bem», enfa-tizava o secretário-geral da CGTP, logo pela manhã, em visita à Lisnave, e bem antes dos confrontos junto à Assembleia da República, que resul-taram na detenção de nove pessoas. 48 saíram feridas.

Em Setúbal, a concentração reuniu 4 mil pessoas, números que o coordenador da União de Sindi-catos de Setúbal (USS) afirmou tratarem-se de «uma resposta à altura da ofensiva que o Governo PSD/

CDS-PP tem vindo a desenvolver contra os trabalhadores». Luís Leitão recordou que a paralisação se realizou «num quadro muito complexo», caracterizado por uma «brutal degradação das condições de vida dos trabalhadores e das suas famílias, por uma forte campanha ideologia das forças do capital e por uma ampla acção concertada no Governo, patronato e outras forças ao seu serviço». «Esta greve é uma resposta inequívoca ao famigerado “memorando de entendimento”, verdadeiro programa de agressão do povo português», acrescentava Luís Leitão.

O coordenador da USS reafirmou assim o compromisso de intensificar o esclarecimento, a mobilização e luta contra as medidas contidas no Orçamento de Estado (OE) para 2013, bem como o empe-nhamento na convergência de uma resposta à política desencadeada pelo Governo actual. Luís Leitão desafiou ainda os trabalhadores a participarem numa concentração a realizar em frente ao Parlamento, no próximo dia 27, dia da aprovação final do OE.

Os númerosna região

Segundo Luís Leitão, as câmaras de Setúbal, Seixal, Almada e Barreiro foram as que sentiram mais os efeitos da paralisação. As juntas de freguesias estiveram, «pratica-mente», todas fechadas e os serviços de recolha de resíduos sólidos urbanos não se realizaram. «O Metro Sul do Tejo esteve parado, 90% dos trabalhadores da EMEF, da Euro-resinas e dos TST’s paralisaram e a Lisnave parou», revelava.

O coordenador da USS recordou também que a maior parte das Instituições Particu-lares de Solidariedade Social do distrito «se ficaram pelos mínimos», à semelhança de empresas como a CP, a CP Carga e a Transtejo. Nos hospitais, «o mais afectado com a paragem da enfermagem e do sector público, foi o Garcia de Orta, seguido do São Bernardo, do Barreiro e do Hospital do Litoral Alentejano». Os serviços portuários de Sesimbra e Setúbal «também para-lisaram».

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Populares pedem mais investimento ao municípioPSD Barreiro inaugura nova sedeO GRUPO Municipal e a

Comissão Coordenação Autár-quica da Concelhia do CDS-PP de Almada pedem ao município mais investimento social e mais ajuda às famílias, nomeadamente as mais carenciadas e desfavo-recidas do concelho, como também aos idosos mais vulne-ráveis. «É fundamental a apli-cação de uma verdadeira polí-tica social que possa minimizar os impactos da difícil conjuntura económica, social e financeira que o país atravessa», sublinha o líder António Maco.

Os populares almadenses, já

a pensar nas Grandes Opções do Plano e Orçamento para 2013, entendem que o esforço, protecção e ajuda aos mais desfa-vorecidos deve ser «repartido» entre as várias entidades com responsabilidades governativas nacionais e locais.

Mais iluminaçãona GNR

Além disso, dizem que é funda-mental um maior investimento na iluminação, na construção do quartel da GNR da Caparica, na possibili-dade e instalação de videovigilância

no concelho, na reconversão e repa-vimentação de vias e acessos e sina-lização em mau estado.

A reabilitação urbana, tal como a reabilitação e reconversão dos imóveis de interesse municipal e património histórico, um maior e direcionado investimento na promoção do turismo para o concelho são outros pedidos do PP à Câmara.

Quanto à despesa, entende o CDS-PP que devem ser «crite-riosas e bastante rigorosas», uma vez que, em tempos de crise, é crucial que se gaste «muito menos, mas gastando melhor».

APÓS mais de 30 anos de activi-dade do PSD no Barreiro, os social-democratas vão ter pela primeira vez uma sede própria, a qual é inaugu-rada este sábado, dia 17, pelas 17 horas, na Vila Chã. O espaço localiza-se no número 4 da rua de Trás-os-Montes, em Santo António da Charneca.

O presidente da comissão polí-tica de secção do Barreiro, Luís Tavares Bravo, considera que este é um sonho de mais de três décadas, que agora é realizado. «Finalmente o PSD Barreiro tem uma sede própria, um espaço a que todos poderemos chamar efec-tivamente de nosso», afirma, acres-centando que tal só foi possível em

grande parte devido ao apoio da sede nacional e ao contributo dos mili-tantes ao longo do tempo.

Luís Bravo acredita que o partido entrará numa «nova fase e ganhar um novo impulso» no concelho, devido ao facto dos social-democratas terem agora um espaço multiusos, com todas as condições para a realização de iniciativas diversificadas.

A inauguração da nova sede contará com a presença do secretário-geral do partido, Matos Rosa, do secre-tário-geral adjunto, Bruno Vitorino e do presidente da distrital de Setúbal do PSD, Pedro do Ó Ramos, entre outros.

Candeias deverá ser candidato à Câmara

Líder da federação rosa avoca processo da concelhia de Grândola

A FEDERAÇÃO de Setúbal do PS avocou a si esta quinta-feira, por unanimidade, a decisão sobre a candi-datura socialista à Câmara de Grân-dola, após recentes notícias que impli-cavam o líder da concelhia, João Marcelino num alegado caso de pedo-filia. A decisão terá sido «muito ponde-rada», mas igualmente «muito firme» por parte da líder da distrital rosa, Madalena Alves Pereira, confirmou ao Semmais, um dirigente do PS.

«Esta decisão visa repor a norma-lidade da concelhia, dando continui-dade ao trabalho do actual ciclo polí-tico que transformou e desenvolveu o concelho como nunca», acrescentou a mesma fonte.

O facto de João Marcelino ter suspendido o cargo de presidente da concelhia também terá desanuviado o ambiente, libertando o PS local e as cúpulas regionais de um incómodo inesperado a caminho das eleições autárquicas.

Candeias avançacom apoio da federação

Internamente, a situação de Marcelino não deixou de gerar algum mal-estar, pelo que a decisão da presi-dente federativa terá sido «bem aceite» pelos seus pares. «O partido não tem que ser envolvido em situações

pessoais de alguns dos seus dirigentes», explicou outra fonte ligada ao processo.

Esta posição de Madalena Alves Pereira deixa agora caminho aberto para a tomada de decisão sobre as autárquicas de Outubro do próximo ano. O Semmais sabe que António Candeias, ex-presidente da Junta de Freguesia de Melides, deverá ser o candidato à Câmara, situação que terá sido discutida numa reunião havida esta quinta-feira, sendo que Carlos Beato deverá mesmo ser confirmado como candidato do partido à presi-dência da Assembleia Municipal.

Neste caso, a putativa candida-tura de Aníbal Cordeiro, o ex-vice presidente de Beato na câmara gran-dolense, que se havia demitido há cerca de dois do cargo de vereador, fica completamente arredada da disputa eleitoral interna.

Nuno Canta avança no MontijoO vice-presidente da Câmara do Montijo, liderada por Amélia Antunes, foi indigitado, ontem, pela concelhia do PS, candidato à presidência da autarquia nas próximas eleições autárquicas. A decisão já era esperada.

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Especial aniversário VFC

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Fernando Oliveira sugere à Câmara anulação de protocolos como prenda

O PRESIDENTE do V. Setúbal gostaria que a Câmara Municipal de Setúbal anulasse os protocolos que foram celebrados com os investidores Pluripar e o clube para que fique por terra a construção do novo estádio no Vale da Rosa.

Fernando Oliveira reco-nhece que devido à crise económica não há condi-ções para os investidores ‘injectarem’ dinheiro no clube nem para avançarem com o projecto imobiliário de Vale da Rosa.

O líder sadino sublinha

que é necessário «vontade política» do município para que o projecto próprio da actual direcção cative novos investidores e avance no terreno. «Temos um projecto próprio para o novo estádio, desenhado pelo arquitecto Tomás Taveira, e não

podemos mecher uma palha nem respirar porque as coisas estão como estão», refere, lamentando que «não temos o dinheiro nem temos o património prometido pelos investidores, lembrando que o direito de superfície está onerado em 64 milhões de euros».

Na sua óptica, é funda-mental que o município ajude o clube e anule esses proto-colos para que «possamos, com legitimidade, ter o nosso património de volta e, agora, mais do que nunca». Essa era a prenda que Fernando

Oliveira gostaria de receber por ocasião do 102.º aniver-sário do histórico V. Setúbal. «É a prenda que eu gostava de receber e creio que não estou a pedir muito porque é de direito para o V. Setúbal. Ou esta situação é ultrapas-sada ou não estamos a fazer nada aqui no Vitória. Se o estádio não fôr construído como eu quero, eu vou-me embora».

Fernando Oliveira defende a construção do novo estádio, mais pequeno, no mesmo local onde se encontra o actual, o qual será

dotado de um centro comer-cial, com «cabeça, tronco e membros», com clínica médica, habitações, apar-thotel, cinemas, entre outros espaços. E lembra que os estádios de futebol de Aveiro, Braga, Barcelos, Coimbra e Guimarães, entre outros, foram construídos pelos respectivos municípios. «O que é que Setúbal tem? Tem zero! Tem promessas, não tem mais nada. Os sócios e a população de Setúbal já merece um novo estádio», conclui o líder do clube verde e branco.

O jantar de comemoração dos 102 anos de existência do V. Setúbal tem lugar no próximo dia 20, pelas 20 horas, no Pavilhão Antoine Velge. Durante o jantar são

atribuídos os emblemas e diplomas de Prata, Ouro e Diamante aos associados com 25, 50 e 75 anos de filiação, respectivamente. As inscri-ções, ao preço de 17,50 euros,

continuam abertas na gestão de sócios do clube, no horário de expediente. A festa vai ser animada por Jorge Nice, Bruna Guerreiro e grupo musical “A Preto e Branco”.

Sócios e atletas alvo de homenagem no jantar do dia 20

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+ Desporto

Impressão Digital

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Como se sente por ser conside-rado uma revelação nacional do flamenco?Não me vejo como uma revelação nacional. No entanto, sinto-me fe-liz pelo facto de o meu trabalho, de alguma forma, ser reconheci-do. E isso é sempre uma grande responsabilidade. Até onde as guitarras o poderão levar?Até onde eu possa trabalhar o su-ficiente para fazer uma volta ao Mundo.

Que tipo de flamenco procura mostrar ao público?Um flamenco sem barreiras, livre, sem preconceitos, o flamenco do Marco Alonso, bem diferente e novo. O seu disco de estreia “Tu Aroma, Tu Sabor” não chegou para as encomendas?Foi bastante bem aceite. Esteve à venda em todas as lojas FNAC´s do país, e em várias outras lojas. Correu muito bem. Se não fosse guitarrista de fla-menco que outra profissão teria escolhido?Gosto de muitas coisas, mas pen-so que estaria ligado às artes. Já teve vontade de partir a gui-tarra?Já, várias vezes, mas penso sem-pre que a culpa é mais minha do que da guitarra.

Que conselho dá aos jovens que sonham em brilhar na área mu-sical?

Penso que é fundamental ter pai-xão, dedicação, muita força de von-tade, disciplina e muito treino. Nun-ca se deve desistir, mesmo quan-do tudo parece que não vai resul-tar. O que o faz zangar seriamente?Quase nada. Fico seriamente cha-teado quando não consigo fazer alguma coisa, isso sim, faz-me zan-gar. Qual a sua opinião sobre o tra-balho dos autarcas da nossa re-gião?Não gosto muito de criticar o tra-balho dos outros, pois tudo tem a sua dificuldade, mas, às vezes, o trabalho desenvolvido é muito fra-quinho. Há alguma figura regional que lhe mereça rasgos de elogios?Há muito bom trabalho por esse País fora, o qual precisa de ser apoiado seriamente para não cor-remos o risco de não ter nada de qualidade para mostrar ao Mun-do. E isso é muito triste.

Marco Alonso - Guitarrista de flamenco moderno

«Toco flamenco sem barreiras e livre de preconceitos»

Íntimo

Filme ou livro de cabeceira: O livro “Tao Te King”, de Lau Tshe.

Férias de sonho: Qualquer lugar que tenha praia para eu relaxar.

Local de eleição: Arrábida.

A primeira paixão: A descoberta do artista marcial Bruce Lee,

quando eu tinha 10 anos.

Maior ousadia: Não posso dizer

Ídolo de referência: Muitos, mas o principal, Paco de Lucia.

Projecto de vida por realizar: Tanta coisa. Ainda está muito por

fazer.

B. I. Idade: 29 anos Naturalidade: Setúbal Família: Extensa e unidaEstado civil: União de factoResidência: Aires, Palmela

Open Day de Judo Este sábado, dia 17, o C.C.D. do Pragal, entre as 10 e as 12 horas, recebe um Open Day dedicado ao Judo. É necessário levar fato de treino ou fato de judo, boa disposição e companhia. A participação é gratuita.

Taça de PortugalDomingo há jogo da Taça de Portugal no Estádio do Bonfim. O V. Setúbal recebe o V. Guimarães, às 20h15, em jogo a contar para a 4.ª eliminatória da prova, época 2012/2013.

Até há bem pouco tempo estava convencido que viviam em Portugal tão-somente (e não

é pouco…) quatro campeões olím-picos, com proezas conseguidas entre 1984 e 2008: Carlos Lopes, Rosa Mota, Fernanda Ribeiro e Nelson Évora.

O meu convencimento foi, porém, fortemente abalado pela significa-tiva posse de medalha de Ouro na pessoa do cidadão africano, da Repú-blica dos Camarões, Albert Ze Meyong, futebolista de reconhecidos méritos, agora ao serviço do “clás-sico” Vitória de Setúbal. De facto, aos 19 anos de idade, em Sidney (Austrália), no Verão de 2000, o promissor Meyong foi campeão olím-pico quando era uma belíssima espe-rança do Cânon Yaourdé, no seu país.

Recentemente, Meyong completou 32 anos de idade e apre-senta-se em muito boa forma ao serviço do Vitória de Setúbal.

Entre os 21 e os 31 anos de idade, jogou no Ravenna (Itália), no Levante

(Espanha) e, por cá, no Belenenses e no Sporting de Braga, tendo sido o melhor goleador do nosso campe-onato em 2005/06.

Bom profissional, bem adaptado aos usos e costumes da sociedade portuguesa, Meyong goza de muitas simpatias em Setúbal e já disse que se propõe jogar mais alguns anos, equipando de verde e branco e disfar-çando lógicas saudades de Yaourdé, bem longe, nas cercanias do Golfo da Guiné, onde muito se lamenta a eliminação da fase final do campe-onato de África, por culpa (elogi-ável…) de Cabo Verde, bem tocado de lusofonia, em múltiplos aspectos.

É bom que se recorde que Meyong foi campeão olímpico, 8 anos antes do também africano Nelson Évora que até nasceu perto dos Camarões. E é desta curiosidade, em jeito de exercício de memória que resulta o necessário “sumo” para mais uma bem intencionada crónica no Semmais.

Um campeão olímpico um tanto esquecido…

DavidSequerra*

Gincana dá a conhecer Setúbal

UMA gincana pedestre dá hoje a conhecer o património arqui-tetónico, histórico, cultural e gastronómico da freguesia de Stª. Mª. da Graça, no concelho de Setúbal.

Trata-se de mais uma edição do projeto “Vem Descobrir a Nossa Terra”, desenvolvido pelo muni-cípio em parceria com as juntas de freguesia para dar a conhecer à população os principais valores do património construído, natural e cultural do Concelho.

O ponto de encontro para o início da prova está agendado para as 09h30 nas instalações da junta de freguesia, sendo que o percurso, que inclui a participação em jogos tradicionais, tem uma extensão de 3,5 quilómetros.

Os três primeiros classificados têm direito a prémios, sendo apurados através de um sistema de pontuação.

Bronze para patinagem de Santiago do Cacém

O pequeno atleta santiaguense, Miguel Barroso, obteve a medalha de bronze no Torneio Distrital

de Benjamins em Patinagem Artística.O benjamin do Hockey Club

Santiago obteve o terceiro lugar nas competições da Associação de Pati-nagem de Setúbal.

A direcção do clube não esconde o orgulho na prestação do jovem

desportista: «Foi com imenso entu-siasmo que os nossos pequenos atletas participaram nos torneios distritais de Estrelitas e de Benja-mins e foi com o orgulho que vimos o nosso atleta Miguel Barroso ser classificado em terceiro lugar no torneio Regional de Benjamins», afirma o elenco directivo do Hockey Club de Santiago.

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Anti-stress

Bailado “Quebra Nozes”A companhia Russian Classical Ballet apresenta o bailado “Quebra-Nozes”, que abre a digressão nacional em Palmela e que conta a história de uma menina que sonha com o príncipe Quebra Nozes. Teatro S. João, Palmela | 21h30.

Tasca portuguesa

Comédia para esquecer criseA comédia “Os Portas”, com Almeno Gonçalves, António Melo, Fernando Ferrão e Pedro Teixeira, sobe ao palco para fazer rir o público e esquecer a crise.Forum Cultural do Seixal | 21h30.

Sáb. 17Sex. 23 Sex. 23

+ Cartaz...

Amilcar Caetano tem revista popular na gaveta

Escolhas SadinasPor Ana Sobrinho

CÍRCULO DE JAZZ DE SETÚBAL DIA 16 ÀS 22H00 NA CASA DA CULTURA – ABERTURA DO CÍRCULO DE JAZZ DE SETÚBAL – Com a Banda de blues e folk “A Jigsaw”/ DIA 17 ÀS 22H00 NO CLUB SETUBALENSE – Júlio Resende Trio. O pianista Júlio Resende apresenta-se na companhia de João Custódio, no contrabaixo, e de Joel Silva, na bateria. O grupo interpreta temas dos mais recentes álbuns, “You Taste Like a Song” e “Assim Falava Jazzatrusta”./ A PARTIR DAS 22H00 NO CAFÉ DAS ARTES/CASA DA CULTURA, podemos apreciar os ritmos de Jazz com o DJ Pedro Soares./ DIA 23 ÀS 22H00 NA CASA DA CULTURA/ SALA JOSÉ AFONSO - O pianista Tiago Sousa, que, entre vários projetos, integrou o conjunto “Jesus, The Misunderstood”/ DIA 24 ÀS 22H00 NO CLUB SETUBALENSE – TGB. Mário Delgado, guitarra, e Alexandre Frazão, bateria, sobem ao palco numa ligeira variação do formato habitual do grupo, que conta em Setúbal com a participação do alemão Lars Arens, na tuba. O estilo livre e criativo de TGB é conduzido por influências do rock e da fusão./ A PARTIR DAS 22H00 NA CASA DA CULTURA/CAFÉ DAS ARTES,

ritmos de jazz com o DJ Elias./ Os concertos a realizar no Club Setubalense são antecedi-dos pela atuação da Jazz Class Dámsom, banda de standards do jazz./ Os bilhetes, à

venda na Casa da Cultura, custam cinco euros para os concertos ou 15 euros

para todo o festival. As sessões de música conduzidas pelos DJ Pedro Soares e Elias são de entrada livre.

ATIVIDADES PARA CRIANÇAS E BÉBÉS

DIA 24 NA CASA DA CULTURA – “CON-TOS DA SENHORA ZAGALLO”, projeto destinado a crianças a partir dos 4 anos, promovido pelo Tetro do Elefante. Cada sessão remete para um lugar da habitação onde se recria um ambiente íntimo e familiar, da sala de estar, onde se convidam todos para tomar um chá, à cozinha, onde a senhora Zagallo partilha a sua receita para um conto de Natal./ Os “Contos da Senhora Zagallo” estão disponíveis para marcações de escolas, através dos telefones 265 535 640 e 927 751 881. As reservas para assistir às sessões na Casa da Cultura podem ser feitas pelos números 265 236 168 e 915 721 909./ Bilhete: criança+adulto – 8€ e o 2º acompanhante – 5€.

Os OqueStrada regressam com “Tasca Beat: o sonho português, uma tasca tipicamente portuguesa, com uma batida universal que não deixa ninguém indiferente.Forum Cultural de Alcochete | 21h30.

O ensaiador de marchas populares de Setúbal, Amilcar Caetano, tem

em carteira uma revista popular ainda sem local para estrear. O espectáculo, baseado num livro inglês de sexo para prin-cipiantes, demorou um ano e meio a preparar.

Amilcar Caetano ganhou uma aposta que colocou a si próprio. «Meti na cabeça que tinha de escrever uma revista e consegui. Li o livro nas férias do ano passado e imaginei fazer uma coisa engraçada para os miúdos da escola. O texto foi revisto várias vezes e o guião está pronto» para estrear, talvez, no palco da Capricho Setubalense.

A ideia surgiu depois de Amilcar Caetano ter feito parte, no passado ano

lectivo, de um grupo de teatro da escola onde leciona, a Secundária da Bela Vista, em Setúbal. «O livro conta a história de duas irmãs que fazem um guia de sexuali-dade para crianças a partir dos 13 anos. Como achei engraçada a história, resolvi pegar nos sketches e colar tudo para fazer uma revista popular, onde não vão faltar as piadas políticas locais e sobre a troika», relembra.

Amilcar Caetano tece elogios aos jovens que estão a despontar na área do teatro, na Capricho Setubalense, e confessa que um dia gostaria de trabalhar com eles. «Já vi duas peças deles, mas acho que anda é cedo apresentar-lhes a minha proposta porque eles estão a fazer um trabalho

muito interessante», frisa. A letra e a música das

composições musicais da revista de Amilcar Caetano deverão ser da autoria do filho Marco Caetano e de Carlos Pinto.

Desde 1989 que Amilcar Caetano ensaia marchas em Setúbal. Os seus dois grandes amores são o Bairro Santos Nicolau e a Capricho Setuba-lense, a quem já deu vitórias.

Contos de encantarATRAVÉS da Civilização

Editora, os mais pequenos e graúdos têm agora opor-tunidade de recordar e reviver sete maravilhosos contos de encantar com a obra “Era uma vez…”. “O Polegarzinho”, “O Lobo e os 7 Cabritinhos”, “Hansel e Gretel”, “O Gato das Botas”, “Cinderela”, “Os Três Porqui-

nhos” e “O Capuchinho Vermelho”. Com textos de Madeleine Mansiet, gravuras de François Ruyer e tradução de Conceição Oliveira, esta publicação, que vive essencialmente de imagens de ‘encher o olho’, leva-nos ao Mundo da fantasia e faz as delícias de miúdos e graúdos.

“Uma Noite em Casa de Amália”, o musical de Filipe La Feria, que continua em cena no Politeama, há cinco meses, recebeu convites para uma digressão no Brasil e em França. A crítica jornalística destes países tece os maiores elogios ao espectáculo, salientando a excelência da encenação e dos actores e a originalidade da proposta do texto que une a música portuguesa à brasileira nas figuras de Vinicius de Morais e de Amália Rodrigues. Para ganhar convites basta ligar 918 047 918 ou mandar email para: [email protected]

Convites para “Casa de Amália”

Amilcar Caetano

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Excelente prenda de Natal

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A Sociedade Herdade de Rio Frio está a operar uma verdadeira revolução no seu território,

com um conjunto de investimentos que rondam já os 2,7 milhões euros. Para já vai fazer renascer em força um pólo internacional do cavalo, com a criação de 77 boxes e um centro multidisciplinar hípico.

Fazendo uma ponte com um passado glorioso, e «sem acrescentar, nem mexer um metro quadrado ao edificado existente», como refere Ramos Rocha, presidente do Conselho de Administração da socie-dade, a zona hípica apresta-se já para se mostrar ao exterior na 1.ª Festa do Cavalo de Rio Frio, agen-dada para a primavera do próximo ano. «Estamos numa fase de edifi-cação das boxes, vamos ter um pica-deiro de dimensão internacional e sete pistas multifuncionais para uma vasta gama de actividades ligadas ao cavalo e aos concursos hípicos, de desporto, exibição e lazer».

Só para o Pólo Internacional do Cavalo de Rio Frio estão destinados 30 hectares, sendo que para além das sete pistas, das boxes e do picadeiro, a zona vai contar ainda um centro de estágios, cavaleiriças e um museu equestre. «A ideia é recuperar as memórias do cavalo que estão ligadas ás tradições da herdade desde sempre. E fazê-lo ligando também ao turismo de natureza e à nossa actividade agrí-cola», explica o líder do projecto.

Aposta forteno cluster vitivinícola

A outra actividade em força nesta metamorfose de Rio Frio é a vitivi-nicultura. Em três anos foram plan-tados 114 hectares de novas vinhas e está em processo de arranque ainda mais hectares. Já no final deste ano será feita uma «colheita experi-mental» e o objectivo e atingir no espaço de quatro a cinco anos a produção de cerca de 1 milhão de garrafas. «Também aqui queremos impulsionar um cluster que marcou a herdade, que chegou a ter uma zona de 4 mil hectares de vinha plan-tada», sustenta Ramos Rocha.

A construção da nova adega, orçada em 5 milhões de euros, está prestes a avançar e será comple-mentada com um projecto mais amplo de enoturismo, um dos mais expressivos no quadro da área metropolitana de Lisboa.

Também em fase acelerada estão as obras referentes ao Museu de Memórias de Rio Frio, «capaz de reproduzir as diversas dinâmicas deste território, ocupado desde o Neolítico», segundo sublinha Ramos Rocha e que terá um conjunto vasto de valências, entre as quais um centro de interpretação de Porto de Cacos (Centro arqueológico de produção de ânforas do período romano) «A nossa intenção é um usufruto maxi-mizado do território, com visitas guiadas, religando todas as activi-dades agrícolas, turismo de lazer e desporto equestre», afirma o respon-sável.

A tudo isto há que juntar o hotel de charme, que se traduzirá, a prazo,

numa «alavanca» para o turismo de lazer e a sua relação com a acti-vidade agrícola e equestre que ganham expressão naquele terri-tório. «Queremos potenciar ao máximo a valia agrícola, ao mesmo tempo que se promove a multi-funcionalidade do território sem criar nenhum novo metro quadrado edificado, afirma, categórico, o responsável.

Recuperaçãode solos e mais pastagem

Um grande desafio que está a passar igualmente pela recupe-ração e fertilização da totalidade solos, numa operação que já atingiu 1000 hectares da zona, e cujo efeito, é «melhorar toda a área do montado de sobro e ao mesmo tempo melhorar as zonas de pastagem», explica Ramos Rocha. E acrescenta: «Não haverá aqui nenhuma actividade em regime intensivo, respeitando o ambiente e a morfologia do território. A ideia é mesmo recuperar, requalificar, acrescentando valor ao que já existe e diversificando», acentua o líder do projecto.

O conceito agro-ecológico vai ainda permitir a criação de corre-dores para o turismo natureza, para observação de fauna e flora e de toda a biodiversidade da zona que, explica o responsável, «está cada vez mais presente e cada vez mais salvaguar-dada» com este conjunto de inter-venções.

«Não temos dúvidas de que estamos a fazer nascer um novo conceito de desenvolvimento terri-torial e em contra-ciclo, que rompe com os erros de desenvolvimento do passado, assentes particular-mente no imobiliário», afirma Ramos Rocha.

O conceito inclui a manutenção do emprego na zona, a qualifi-cação e a valorização dos activos, numa intervenção considerada «estratégica» para a região e para toda a Área Metropolitana de Lisboa. «Estamos também a promover novas valências para o turismo desta grande zona num projecto gradual que tem sido considerado muito inovador pelas autoridades locais, regionais e nacionais», diz Ramos Rocha.

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+ Negócios

O Parque Agrícola de Rio Frio está a renascer com um projecto sustentado numa verdadeira metamorfose daquele território de cinco mil hectares. A par da agricultura, com a vinha no centro dos investimentos, o cavalo e o hipismo voltam a ganhar peso. Mas há muito mais.

Rio Frio avança com vinha e centro equestre

Mais cortiça e mais bovinos

A actividade agrícola do Parque Agrícola de Rio Frio é já muito expressiva. A exploração do montado representa vendas muito significativas, desde o arranque do projecto. O presidente da sociedade sublinha mesmo que «esta é outra área que vai merecer novos investimentos. A par do aumento do número de espécimes bovinos, actualmente perto das 800 cabeças à espera das novas pastagens.

‘Refundar’ custos de contexto

O desenvolvimento do projecto, que começa agora a lançar as primeiras bases, é reconhecido pelas autoridades. Mas podia estar mais acelerado, não fora os constrangimentos burocráticos. «Há ainda custos de contexto que continuam a desmotivar a atrasar a implementação destes projectos. Mesmo cumprindo todas as regras e normativos legais em vigor, ainda persistem procedimentos administrativos e de acervo técnico que apenas servem para manter os pequenos poderes instaladas. Este é um grande desafio de futuro refundar estas metodologias para que se reduzam este custos e se facilite os investimentos».

Cabo Verde aprende procedimentos com Porto de Sines UMA DELEGAÇÃO de Cabo

Verde visitou o porto de Sines para conhecer os procedimentos elec-trónicos no âmbito do despacho de navios e de mercadorias.

A comitiva «deu um grande ênfase» aos procedimentos adua-neiros e às acções desenvolvidas

por todas as autoridades do Porto de Sines na Janela Única Portu-ária.

Recorde-se que a ENAPOR, entidade gestora dos portos de Cabo Verde, está a instalar a Janela Única Portuária em todos os portos de Cabo Verde.

Magsenger 16em viagem inaugural

O Porto de Sines recebeu, no final

da semana passada, o navio Magsenger 16 em viagem inaugural, vindo do porto de Newport News, nos Estados Unidos, com 82.500

toneladas de carvão para abasteci-mento das centrais termoeléctricas do país.

O Magsenger 16, construído na China, hasteia a bandeira de Hong Kong.

Este é mais um dos grande s navios a aportar naquela plataforma.

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Portucel de portas abertas à inovação tecnológica

TRANSMITIR à população a real dimensão e inovação tecno-lógica da Portucel é o principal objectivo da iniciativa “Portas Abertas 2012” que arranca este sábado, dia 17, e que inclui uma visita à nova fábrica de papel. A iniciativa, que visa aproximar a empresa da comunidade envol-vente, repete-se a 24 de Novembro e 1 de Dezembro.

O “Portas Abertas” arrancou há três anos atrás, primeiro, diri-

gido aos colaboradores do grupo e seus familiares, e, depois, alargou-se à população. Durante a visita à fábrica de Setúbal, os participantes têm oportunidade conhecer a «maior e mais sofisticada» máquina de papel do Mundo para a produção de papéis finos de impressão e escrita não revestidos. Os partici-pantes assistem a uma apresen-tação sobre o grupo Portucel que aborda o papel determinante que a empresa desempenha na economia nacional e regional, a sua actuação na renovação e valo-rização da floresta portuguesa e na preservação do meio ambiente, bem como a sua contribuição para a melhoria da qualidade de vida das comunidades envolventes.

Segundo o gabinete de comu-nicação da empresa, o “Portas Abertas” do ano transacto contou com 150 visitantes, sendo que, para este ano, está previsto o mesmo número de participantes. «A adesão à iniciativa superou todas as nossas expectativas, tendo as inscrições ficado preenchidas muito rapida-mente, o que demonstra o interesse da população e nos incentiva a dar continuidade a iniciativas deste género», vinca a mesma fonte.

Desempenhomuito positivo

Apesar da conjuntura econó-mica internacional negativa, o grupo Portucel Soporcel atingiu um crescimento de 1,2 por cento no volume de negócios consoli-dado dos primeiros nove meses do ano. Este resultado foi susten-tado pelo aumento do volume de produção e vendas de papel fino de impressão e escrita não reves-tido e pelo acréscimo verificado

na produção e venda de energia.A nova fábrica de papel de

Setúbal, inaugurada em 2009, foi crucial para os resultados alcan-çados. De salientar que a nova fábrica atingiu, no final de 2011, 97 por cento da sua capacidade nominal, produ-zindo cerca de 485 mil toneladas de papel. Este crescimento permitiu ao grupo registar um aumento de 74 por cento na quantidade de papel colocada no mercado nesse ano.

A construção da nova fábrica, a par de outros importantes inves-

timentos realizados nos últimos anos, que ascenderam a cerca de mil milhões de euros, conduziu a um aumento do peso das expor-tações no volume de negócios, sendo de 95 por cento das vendas de pasta de celulose e papel são realizadas em 120 países, num montante anual superior a 1,2 biliões de euros. O grupo registou um desempenho muito positivo, tendo as exportações atingido cerca de 923 milhões de euros nos primeiros nove meses de 2012.

Aproximar a comunidade da empresa e dar a conhecer a nova fábrica de papel, que veio aumentar a capacidade de produção da empresa, são as metas número um da acção “Portas Abertas” 2012 da Portucel. D

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+ Região

460 mil para Música de AlmadaNO PRÓXIMO

dia 25, pelas 11 horas, o Museu da Música Filarmónica, o primeiro do género em Portugal, vai abrir portas. O investimento é de 460 mil euros. Localizado no centro histórico, o novo espaço muse-ológico retrata a história da atividade filarmónica asso-ciada às coletividades do concelho e presta homenagem ao maestro e compositor Leonel Duarte Ferreira, refe-rência e protagonista trans-versal à dinâmica musical associativa no concelho e na região metropolitana.

O município adquiriu a casa em ruínas onde nasceu o maestro Leonel Duarte Ferreira, promovendo a sua refuncionalização como espaço de memória e fruição pública no âmbito da candi-datura Almada Velha de Novo Centro, com o apoio de fundos comunitários.

As peças raras pertencem

ao colecionador Luís António Cangueiro, que sublinha: «estas peças são elementos vivos por nos transmitirem a sua sonoridade através dos cilindros de cera e dos discos de ebonite, imortalizando a voz e a melodia de artistas de gerações passadas». São fonógrafos, gramofones, autómatos, realejos e bonecas que falam que animaram os nossos ante-passados entre 1760 e os anos 30 do século passado.

De arquitetura contem-porânea, em diálogo com a malha urbana, o novo museu, erguido no local onde nasceu o maestro Leonel Duarte Ferreira, integra uma área expositiva de 97 metros quadrados.

Fotografias, documen-tação, instrumentos, pautas, batutas, entre outras peças, do espólio municipal e cedidas por particulares, evocam a presença da música

na cidade. Um dispositivo sonoro permitirá uma melhor compreensão da tipologia de instrumentos que tradi-cionalmente associamos à sonoridade e imagem de uma banda filarmónica.

Dedicado especificamente ao maestro Leonel Duarte Ferreira, o museu integra ainda

um dispositivo de multivisão que permite a ilusão do discurso direto do compositor, integrando a sua biografia no contexto de época, sublinhado por uma banda sonora que integra trechos de algumas das suas composições e peças do reportório tocado por bandas de Almada.

Alcochete ‘dá’ 2 milhõesà frente ribeirinha

O EXECU-TIVO alcochetense aprovou, por unanimidade, em sessão de câmara, a adjudicação da empreitada Regeneração da Frente Ribeirinha de Alcochete – 1.ª Fase.

A empreitada foi adju-dicada ao concorrente Alexandre Barbosa Borges, pelo preço de 1.813.142,92 euros, com um prazo de execução de 365 dias.

Durante a sessão de Câmara, o Vereador com o pelouro das Obras Muni-cipais, destacou «a exce-lente colaboração» da Admi-nistração do Porto de Lisboa (APL) «em todo o processo».

Recorde-se que a 1.ª Fase da Regeneração da Frente Ribeirinha é uma empreitada conjunta, visto que a Câmara Municipal e a APL constituíram um

agrupamento de entidades adjudicantes. Assim, apesar de envolver intervenções relacionadas com duas enti-dades será adjudicada apenas uma única emprei-tada.

Obra de grande dimensão e impacto, a 1.ª fase da Regeneração da Frente Ribeirinha contempla as componentes terrestre e marítima da Avenida D. Manuel, com avanço da muralha da Avenida D. Manuel I em quinze metros e o seu tratamento paisa-gístico, a requalificação da Ponte-Cais, com a substi-tuição do pavimento, das balaustradas, dos cande-eiros e correcção das pato-logias estruturais existentes e a requalificação do Largo da Misericórdia e da Rua do Norte.

ESTE fim-de-semana, a cidade de Montijo recebe o Energy Bus, na Praça da República. Um projecto desenvolvido pela EDP que conta com o apoio da SEnergia e do pelouro do ambiente da Câmara Municipal do Montijo.

No interior do autocarro da energia encontra-se uma exposição com recursos a suportes de comunicação

interactivos e experienciais com o objectivo de levar a todos o conhecimento sobre Energia e Eficiência Ener-gética, utilizando diferentes linguagens para responder aos diferentes públicos: crianças, jovens e adultos.

Nesta ‘viagem’ os visi-tantes podem tomar contacto com temas como “Produção e transformação de energia”, “Eficiência ener-gética”, “Energias renová-

veis”, e adoptarem compor-tamentos mais eficientes e amigos do ambiente.

Após esta visita, o auto-carro estará nos dias 19 e 20 de Novembro nas escolas secundárias Jorge Peixinho e Poeta Joaquim Serra, respectivamente.

A exposição é de entrada gratuita, sendo que as visitas requerem marcação através da Casa do Ambiente.

«RECU-SAMOS a destruição da Unidade Oncológica» foi a palavra de ordem da vigília que esta semana reuniu centenas de barreirenses junto ao hospital, numa resposta ao repto lançado pelo Movimento de Cidadania.

O protesto contou com presença do edil barreirense, Carlos Humberto de Carvalho, para quem «há, hoje, em Portugal, um conjunto de medidas que estão a pôr em causa muitos dos serviços públicos».

Segundo o presidente há, por outro lado, também, uma «estratégia delineada de concentração de serviços e

pode haver o perigo de secun-darizar a importância» do Centro Hospitalar Barreiro/Montijo.

«Quero reafirmar que a posição da Câmara é contrária à diminuição da importância e dos serviços prestados por esta unidade hospitalar. Esta-remos com os utentes e com

toda a população em defesa do Serviço Nacional de Saúde e em particular do Hospital e das suas valências», denuncia.

«É o hospital que tem o serviço de oncologia, a sul do país, de maior importância e dimensão. É uma especiali-dade com qualidades diferen-ciadoras. É necessário que se mantenha e preserve e que se tomem todas as medidas para que ele continue a servir os utentes dos concelhos do Barreiro, Moita, Montijo e Alcochete mas também dos utentes que vêm da região para serem tratados e acompa-nhados», salientou o presi-dente da autarquia barreirense.

O PEDIDO de adesão da Câmara Muni-cipal de Sesimbra ao Programa de Apoio à Economia Local (PAEL) foi esta semana apro-vado pelo Governo.

De acordo com o execu-tivo comunista de Augusto Pólvora, o valor atribuído à autarquia é de 10 736 111,72 euros, tem um prazo de paga-mento de 14 anos e destina-se à liquidação de dívidas de curto prazo.

A decisão foi comunicada à Câmara Municipal esta terça-feira, prevendo-se que a assinatura do contrato de empréstimo possa realizar-se na próxima sexta-feira, no Palácio Foz, em Lisboa.

O recurso da Câmara de Sesimbra ao PAEL foi moti-vado pelas «dificuldades financeiras da autarquia devido à queda acentuada de algumas das suas principais fontes de receita, principal-mente do IMT, licenciamentos de obras e Derrama», justi-fica o executivo, que aponta, ainda razões como o aumento do custo da electricidade e dos combustíveis «e o elevado investimento neste e no próximo ano, sobretudo nas áreas da reabilitação urbana, saneamento e habitação».

Montijo em campanha pela energia sustentável

Barreiro em vigília pela oncologia no hospital Nossa Senhora do Rosário

PAEL empresta 10 milhões a Sesimbra

Seixal combatea fome com cinco cantinas sociais

O CONCELHO do Seixal, um dos mais fusti-gados pelo desemprego, conta com mais cinco novas Cantinas Sociais, com capa-cidade para oitenta refeições cada, no âmbito do Programa de Emergência Social.

A CRIAR-T – Associação de Solidariedade vai ter uma dessas cantinas que se vai juntar à que já se encontra em funcionamento há alguns meses, com capacidade para fornecimento de 80 refei-ções diárias.

As cantinas sociais pretendem responder às situ-ações de emergência no apoio alimentar, através de refeições já confeccionadas, prontas para serem consu-midas no domicílio, a pessoas dentro dos critérios definidos pelo Programa de Emergência Social: pessoas idosas com baixos rendi-mentos, famílias monopa-rentais, com salários redu-zidos, encargos habitacio-nais fixos e despesas fixas com filhos, famílias em situ-ação de emergência tempo-rária, tais como incêndio, despejo, doença, entre outras, famílias ou pessoas com doença crónica, baixos rendi-mentos e com encargos habi-tacionais fixos, famílias ou

pessoas em situação de desemprego múltiplo ou recente e com despesas fixas com filhos e famílias ou pessoas já sob apoio social, desde que o apoio atribuído não seja no âmbito alimentar.

Os pedidos de apoio poderão ser encaminhados pelas entidades locais (Câmara, juntas de freguesia, escolas, centros de saúde, locais de atendimento de acção social), através do preenchimento da ficha de sinalização, que deverá ser remetida directamente à entidade que promove a Cantina, que fará a avaliação social dos pedidos e verifi-cação dos critérios de acesso a esta resposta. Para além das situações encaminhadas pelas entidades, as famílias podem recorrer às Cantinas Sociais por iniciativa própria.

ALMADA

MONTIJO

SEIXAL

BARREIRO

SESIMBRA

ALCOCHETE

Autarquia apoia protestos

Mais um projecto solidário

A colecção de peças pertence a Luís António Cangueiro

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Carapau Manteiga anima restauração de Setúbal

Lobo reivindica construção da ENR 11-2 na Moita

O CARAPAU manteiga é rei este sábado e domingo em Setúbal, num certame gastronómico promovido pelo município que envolve 44 restaurantes que apresentam menus espe-ciais com diferentes propostas gastronómicas tendo como base aquela espécie proveniente da costa entre Setúbal e Sines.

O carapau manteiga, para o qual foi iniciado recente-mente ao processo de quali-ficação, distingue-se das restantes variantes por possuir uma camada de gordura entre a pele e o lombo, o que lhe confere um sabor único e muito apre-ciado no mercado.

O festival promove igual-mente uma sessão de mostra e degustação de receitas com carapau manteiga, iniciativa que decorre no domingo, às 17 horas, na Casa da Baía, e é dinamizada pela Escola de Hotelaria e Turismo de Setúbal.

O certame reserva ainda a realização de um colóquio

dirigido a toda a população, mas com especial atenção às comunidades piscatória e científica, representando um contributo para o processo de qualificação em curso. Foi na Quinta-feira, na Casa da Baía, e teve como tema “Desenvolvimento Sustentável das Pescas e do Turismo da Região de Setúbal – Carapau Manteiga de Setúbal – IGP?”.

Em paralelo, entre os dias 15 e 16, esteve patente na Casa da Baía, uma exposição

de artes plásticas da autoria de Pólvora d’Cruz intitulada “Setúbal e o Mar”.

Os parceiros da autar-quia no “Festival do Carapau Manteiga” são a Sesibal – Cooperativa de Pesca de Setúbal, Sesimbra e Sines, a Docapesca, a Direção Regional de Agricultura e Pescas de Lisboa e Vale do Tejo, o Turismo de Portugal, a Associação para o Desen-volvimento Rural da Penín-sula de Setúbal (Adrepes) e a Europe Direct.

Dançar emPalmela

A 15.ª edição da Semana da Dança decorre de 17 a 25, no S. João, numa organi-zação da Passos e Compassos e do município.

Espetáculos para todas as idades, ateliês, filmes, debates, exposições e o concurso “À Volta da Dança” compõem o programa da iniciativa que aposta na divulgação da dança, na criação de novos públicos e na partilha de ideias, à volta desta forma de expressão artística.

Segundo a autarquia, a Semana da Dança é, hoje, um «programa enraizado no panorama cultural do concelho» mas, também, no «contexto cultural e no panorama da dança em Portugal». Para isso, muito têm contribuído as parce-rias estabelecidas, ao longo dos anos, com a comuni-dade educativa, com o movimento associativo e com as empresas e comércio local.

AS ASSO-CIAÇÕES Motards do Litoral Alentejano juntam-se a 18 de Novembro para prestar homenagem à memória daqueles que nos deixaram em resultado de acidentes mortais nas estradas.

A cerimónia terá lugar em Melides, com ponto de encontro no Largo da Igreja, às 10h30 do dia 18 de Novembro. Serão também distribuídos panfletos de sensibilização dirigidos aos mais novos com idades entre os 18 e 24 anos, uma vez que estes representam

uma elevada percentagem de vítimas mortais dos acidentes rodoviários: 25 por cento como condutores de ciclomotores e motoci-clos; 67 por cento como condutores de ligeiros e 8 por cento como condutores de outros veículos.

O ÚLTIMO rela-tório do executivo liderado pelo autarca independente Manuel Coelho aponta nota positiva aos trabalho, no terreno, nomeadamente no que toca ao Programa de Rege-neração Urbana de Sines, composto por um conjunto de operações de requalificação do centro histórico e da frente marítima.

Os muros de contenção da zona crítica da falésia contígua ao Largo dos Penedos da Índia estão em fase de conclusão e iniciaram-se os trabalhos das fundações do elevador. Em simultâneo, decorrem as obras das infra-

estruturas enterradas da Av. Vasco da Gama. Também estão a ser realizados trabalhos de fundações da plataforma sobre a praia onde será instalada uma esplanada.

Está a ser construída a estação elevatória enterrada em frente à porta nova do Castelo para completar a requalificação do Largo João de Deus. O mobiliário urbano de toda a área de intervenção será instalado em breve.

As infra-estruturas e os pavimentos do centro histó-rico estão concluídos, faltando terminar a insta-lação de mobiliário urbano e a sinalização de ruas.

As obras de adaptação do edifício da Câmara Velha para as actividades da Escola das Artes de Sines encontram-se na fase de paredes interiores e infra-estruturas.

O Programa de Regene-ração Urbana é um investi-mento de 10 milhões de euros, co-financiado em 80 por cento por fundos FEDER/UE /INALENTEJO/QREN2.

OS CIDA-DÃOS de Grândola podem reportar situações relativas ao espaço público, naquele que é um dos projectos ao abrigo do Simplex.

O projecto consiste num sistema interactivo que permite um papel mais activo na detecção e resolução de

problemas que ocorram nas ruas ou bairros onde residem.

Trata-se de um projecto de participação cívica, dispo-nível a partir do portal do cidadão www.portaldoci-dadao.pt, ao qual o munícipe pode aceder através da página do município www.cm-gran-dola.pt, e que permite um

envolvimento activo na gestão da rua ou bairro, comunicando à Câmara as mais variadas situações relativas a espaços públicos. Todos os relatos são encaminhados para a divisão ou sector responsável, que dará conhecimento sobre o processo e eventual resolução do problema.

A JUNTA de Freguesia de Santiago, em Alcácer do Sal, vai abrir já na próxima paragem lectiva de Natal um espaço de ATL (Acti-vidades de Tempos Livres) destinado a crianças com idades entre os 9 e os 12 anos.

O ATL, com capacidade para 26 utentes, vai dividir o espaço da antiga escola primária dos Açougues com

a Universidade Sénior de Alcácer do Sal e pretende contribuir para que aquela faixa etária tenha mais respostas durante as férias escolares, visto que também funcionará na Páscoa e no Verão.

Com esta iniciativa, a Junta visa apoiar as famí-lias, a infância, a juventude na promoção da educação, da saúde e da formação. Do

mesmo modo, pretende-se contribuir para o desenvol-vimento social e pessoal da criança e o aprofundamento da relação entre a família, a escola/ a comunidade e as instituições.

As actividades envolvem jogos, expressão plástica, workshops, expressão motora, visitas, passeios e deslocações à praia.

Motoqueiros de Santiagocontra acidentes

Sines investe 10 milhões e reabilita zona urbana

Alcácer recebe crianças em férias de NatalGrândola arranca com gestão interactiva

O PRESIDENTE da autarquia, João Lobo, reuniu esta semana com a Administração das Estradas de Portugal para discutir a requalificação das acessi-bilidades no concelho da Moita e cuja resolução depende da intervenção financeira do Governo.

Nesta reunião foi trans-mitida à Câmara da Moita que a construção da ENR 11-2, via estruturante para melhorar as acessibilidades e aumentar a qualidade de vida dentro dos aglomerado urbanos do concelho, foi suspensa pela administração central, devido à avaliação negativa de impacto ambiental do projecto desen-volvido pela Estradas de Portugal e também pelo adia-mento da construção da Terceira Travessia do Tejo.

A autarquia manifestou discordância com esta situ-ação, tendo em conta a importância desta via para a requalificação das aces-

sibilidades, estando inse-rida também no Plano Nacional Rodoviário.

Esta suspensão tem igualmente implicações ao nível do ordenamento do território do município da Moita, uma vez que os corre-dores reservados para os vários traçados possíveis não permitem programar ou planear urbanisticamente aqueles solos.

A EP assumiu o compro-misso de, quando houver disponibilidade financeira, avançar com as obras previstas. O edil apresentou um esboço de solução para a correcção das entradas e saídas do nó da Moita ao IC 32, alertando para os perigos rodoviários, quer para automobilistas, quer para peões.

A EP avançou com a proposta de estabelecer um “Plano de Proximidade” que incluirá acções de interesse mútuo e os prazos para a sua execução.

MOITA

SETÚBAL

PALMELA

SANTIAGO

SINES

ALCÁCER

GRÂNDOLA

Domingo é Dia da Memória

A consolidação da falésia é uma das obras emblemáticas

Restaurantes vão cativar clientes com menus carapau manteiga

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S á bado | 17. Nov. 2 0 1 2 www.semmaisjornal.com

Solução jurídica assegura Alegro Setúbal em 2014Projecto do Fórum em Vale da Rosa, de 120 milhões, renovou licença e pode também vir a avançar

A CONSTRUÇÃO do Alegro Setúbal vai arrancar ainda durante este mês e a abertura ao público está prevista para o final do verão de 2014. O anúncio feito esta semana pela Immochan coincide com uma «solução jurídica» encon-trada recentemente pela Câmara Municipal de Setúbal para viabi-lizar a expansão do Jumbo, assente na celebração de um contrato de uso privativo de uma parcela de terreno, com mil metros quadrados, localizada na rua Carlos Daniel.

O contrato, celebrado com a Multicenco – Estabelecimentos Comerciais, empresa que desenvolve em Portugal os projectos da Immo-chan, empresa imobiliária do grupo Auchan, prevê que esta pague à câmara um milhão de euros no prazo de vinte anos, designadamente 10 mil euros mensais e 50 mil mensais. A intervenção a realizar nessa parcela de terreno prevê a criação de uma passagem dupla de ligação aérea e subterrânea entre a área ocupada actualmente pela superfície comer-cial Jumbo e uma nova, resultante da ampliação desta zona comercial.

A circulação pedonal está prevista em ambas as passagens. Na subter-rânea, o projecto contempla ainda

circulação viária entre os dois corpos, com previsão de espaços destinados a automóveis e com capacidade apro-ximada para 453 viaturas. Em decla-rações ao Semmais, André Martins, vereador da autarquia, sublinha que esta decisão foi tomada «mediante pareceres jurídicos, depois de estarem acautelados os interesses das partes e a defesa do interesse público».

Investimento de 110 milhõesarranca este mês

O investimento na nova infra-estrutura ascende a 110 milhões de euros, dos quais 70 milhões correspondem às obras da galeria comercial. Para além desta ampliação, o projecto da Immo-chan contempla a renovação urba-nística e paisagística desta zona de Setúbal, uma das principais entradas na cidade, vindo da A2.

«O Alegro Setúbal irá funcionar como factor atractivo para a região, melhorando o poder de compra e a qualidade de vida dos habitantes do concelho, uma vez que se trata de uma das poucas cidades do país sem um conjunto comercial que responda às necessidades dos cidadãos, ao nível dos serviços, do lazer e do comércio»,

afirma, em comunicado, Mário Costa, director-geral da Immochan. Este Alegro, que é o terceiro no país, depois de Alfragide e Castelo Branco, integra ainda 130 lojas, restaurantes temá-ticos, bem como um health club e dez salas de cinema de última geração. Está prevista a criação de 1500 postos de trabalho, dos quais mil serão fixos.

As obras do novo centro comer-cial dependeram ainda da consti-tuição do lote n.º 17, numa operação de loteamento da Auchan feita junto da Casvil – Sociedade Comer-cial de Representações Lda.

Fórum Setúbalcontinua de pé

Entretanto, os promotores do Fórum Setúbal, a desenvolver na quinta do Vale do Rosa, reno-varam a sua licença de cons-trução por mais dois anos, razão que leva André Martins a acre-ditar que o projecto, orçado em 120 milhões de euros, sairá final-mente do papel. «Mas é natural que nesta conjuntura económica tudo tenha de vir a ser ponde-rado e reponderado», afirma.

O início da construção do Fórum Setúbal permanece uma incógnita, embora estivesse previsto para o início do próximo ano. Com uma área bruta locável de 44 mil metros quadrados, o centro comercial vai contar com 110 lojas, entre as quais uma nova superfície Continente e uma Fnac, 22 restaurantes e 2160 lugares de estacionamento, estimando-se a criação de 2 mil postos de trabalho.

Bruno cardoso

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OS AGRICULTORES do distrito de Setúbal poderão vir a recuperar a produção de beter-raba antes de 2016, segundo avançou ao Semmais o eurode-putado Capoulas Santos. Altera-ções às regras comunitárias abrem portas ao fim das limitações assi-nadas pelo país em 2006, que levaram os agricul-tores a abandonar a plantação desta herbácea, quando as regras da Polí-tica Agrícola Comum propu-seram acabar com o regime de quotas em 2016, a troco de indem-nizações aos produtores.

Porém, há hoje uma corrente de opinião em Bruxelas que defende a continuidade das quotas para lá de 2016, o que leva Capoulas Santos a admitir que os compromissos assinados por Portugal podem estar a ser violados, o que implica o regresso da beterraba aos campos da região.

Actividadepode valer 1500 empregos

«A ideia inicial era acabar com o regime de quotas em 2016 e libe-ralizar a produção a partir daí, para que todos os agricultores pudessem produzir em pé de igualdade na Europa. Se agora

se pretende manter as quotas, então

nós queremos readquirir as nossas», disse o

também relator da Parlamento

Europeu para a agri-cultura, alertando que o regresso desta actividade iria assegurar 1500 postos de trabalho. A maioria entre os distritos de Setúbal, Santarém e Évora. Estaria viabi-lizada uma área de produção de cem mil hectares, a par da reaber-tura da fábrica de Coruche, que entretanto, foi convertida para trabalhar cana-de-açúcar.

Roberto Dores

Beterraba pode regressaraos campos da região

Autoeuropa discute novo produto em Munique

Greve passa ao lado do porto de Sines

OS TRABALHADORES da Autoeuropa ainda não sabem ao certo quantos dias a empresa vai parar no próximo mês de Dezembro, mas estão expectantes quanto ao encontro que vai reunir as diversas comissões de trabalhadores e a administração da empresa em Munique, Alemanha, entre os dias 26 a 30 deste mês. Para a unidade fabril da VW de Palmela, esse encontro é duplamente importante porque está na calha o anúncio da produção de um novo modelo em Portugal e, com isso, a manutenção do maior número possível de postos de trabalho.

Em declarações ao Semmais, António Chora, coordenador da comissão de trabalhadores (CT) Autoeuropa, explica que a decisão terá de ser conhecida nessa altura ou, mais tardar, até ao final do primeiro trimestre do próximo ano.

«Apesar de as negociações, neste momento, entre a CT e a adminis-tração estarem suspensas, conti-nuamos a batalhar pela manutenção de todos os postos de trabalho», lembra António Chora, que consi-dera que a unidade de Palmela «vai ter sucesso na conquista desse novo modelo e na manutenção do maior número possível postos de trabalho».

O coordenador da CT afirma, por outro lado, que o actual nível de encomendas «não augura» nada de bom para os próximos meses, reflectindo a quebra abrupta na venda de carros um pouco por todo o mundo. «Não dá para precisar, neste momento, qual o real desfa-samento entre a produção real e a estimada para 2012 no início deste ano», acrescenta.

Bruno Cardoso

A GREVE geral desta semana não afectou as operações de carga e de descarga do porto de Sines. A paralisação foi de 0 por cento.

A quarta-feira em questão foi inclusive um dos dia do ano em que se verificou maior movimen-tação de mercadorias e conten-tores. Na totalidade, operaram 13 navios, desde porta-contentores, navios-tanque e navios de carga geral, distribuídos pelos cinco terminais especializados do porto.

Foram movimentados cerca de 4.559 TEU, no segmento dos contentores, que resultaram das operações de um navio proveniente do Extremo Oriente e de dois feeders para o tráfego próximo.

Globalmente foram movimen-tadas 113 mil toneladas de merca-dorias, que, para além da carga contentorizada, contemplaram crude, propano, butano, fuel oil, gasóleos, propileno e sucata.

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