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NEGÓCIOS A companhia dinamarquesa de reboques portuários arrancou este semana a sua actividade no porto de Sines. A chegada de mais esta importante empresa portuária a Sines, tem a ver o ritmo de expansão que o porto tem vindo a registar nos últimos anos. A Svitzer investiu 8,5 milhões de euros em compra de equipamentos e formação profissional. Svitzer investe 8 milhões no porto de Sines ACTUAL A carteira de encomendas dos estaleiros do Arsenal do Alfeite, no concelho de Almada, outrora instalações navais e militares de grande dimensão, estão completamente a “zeros”. O cenário é degradante e os ainda cerca de 600 trabalhadores já nem sabem o que fazer à vida, uma vez que paira no ar o espectro do desemprego. Os sindicatos falam de uma primeira leva de 200 operários especializados que podem ser colocados fora dos estaleiros muito em breve. «Estamos a falar de uma empresa estratégica, uma vez que se trata do único estaleiro naval ao serviço da Marinha de Guerra portuguesa», alertam ao Semmais dirigentes sindicais. O Arsenal do Alfeite é neste momento tutelado pela Empordef, uma holding do Estado ligada ao sector da Defesa Nacional. XV A REGIÃO SOMOS NÓS! anos Cultura Marco Rodrigues em Santiago 12 Actual PSP ‘agarra’ gang que assaltou bingo do Vitória 4 Actual Comboios da região perdem 2,5 milhões de passageiros 5 Pub. www.semmaisjornal.com semanário - edição n.º 758 6.ª série - 0,50 € região de setúbal Sábado | 13.Abril.2013 Director: Raul Tavares Distribuído com o VENDA INTERDITA ACTUAL A Herdade da Comporta vai investir 92 milhões de euros no projecto “Comporta Dunes” e criar 300 posto de trabalho. O empreendimento contempla um hotel spa, moradias e campo de golfe. As obras arrancam já este Verão e deveriam estar concluídas em 2015. A apresentação contou com a presença dos ministros Paulo Portas e Álvaro Santos Pereira. Herdade da Comporta lança projecto ‘único’ Falta de encomendas ‘afunda’ Arsenal do Alfeite POLÍTICA A CDU lançou esta semana mais dois candidatos. Joaquim Judas, é candidato em Almada. Na Moita, a surpresa é Rui Garcia, o vice de João Lobo. Opinião Valdemar Santos Conta história de mulheres ligadas ao 25 de Abril de 1974. David Sequerra Alude a gestos de dádivas e solidariedade no desporto Paulo Cunha Pede aos políticos que se unam contra a Troyca. Judas em Almada e Garcia na Moita Câmara de Grândola, Infratróia e operadores preparam plano para dar mais segurança a Tróia PÁG. 6 PÁG. 9 PÁG. 10 PÁG. 4 Pub. ABERTURA PÁG. 2

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Edição 13 de Abril

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NEGÓCIOS A companhia dinamarquesa de reboques portuários arrancou este semana a sua actividade no porto de Sines. A chegada de mais esta importante empresa portuária a Sines, tem a ver o ritmo de expansão que o porto tem vindo a registar nos últimos anos. A Svitzer investiu 8,5 milhões de euros em compra de equipamentos e formação profissional.

Svitzer investe 8 milhões no porto de Sines

ACTUAL A carteira de encomendas dos estaleiros do Arsenal do Alfeite, no concelho de Almada, outrora instalações navais e militares de grande dimensão, estão completamente a “zeros”. O cenário é degradante e os ainda cerca de 600 trabalhadores já nem sabem o que

fazer à vida, uma vez que paira no ar o espectro do desemprego. Os sindicatos falam de uma primeira leva de 200 operários especializados que podem ser colocados fora dos estaleiros muito em breve. «Estamos a falar de uma empresa estratégica, uma vez que se

trata do único estaleiro naval ao serviço da Marinha de Guerra portuguesa», alertam ao Semmais dirigentes sindicais. O Arsenal do Alfeite é neste momento tutelado pela Empordef, uma holding do Estado ligada ao sector da Defesa Nacional.

XVA REGIÃO SOMOS NÓS!

anos

CulturaMarcoRodriguesem Santiago

12

ActualPSP ‘agarra’ gang que assaltou bingo do Vitória

4

ActualComboios da região perdem 2,5 milhõesde passageiros

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Pub.

www.semmaisjornal.comsemanário - edição n.º 758 • 6.ª série - 0,50 € • região de setúbalSábado | 13.Abril.2013 Director: Raul Tavares

Distribuído com o

VENDA INTERDITA

ACTUAL A Herdade da Comporta vai investir 92 milhões de euros no projecto “Comporta Dunes” e criar 300 posto de trabalho. O empreendimento contempla um hotel spa, moradias e campo de golfe. As obras arrancam já este Verão e deveriam estar concluídas em 2015. A apresentação contou com a presença dos ministros Paulo Portas e Álvaro Santos Pereira.

Herdade da Comporta lança projecto ‘único’

Falta de encomendas‘afunda’ Arsenal do Alfeite

POLÍTICA A CDU lançou esta semana mais dois candidatos. Joaquim Judas, é candidato em Almada. Na Moita, a surpresa é Rui Garcia, o vice de João Lobo.

Opinião

Valdemar SantosConta história de mulheres ligadas ao 25 de Abril de 1974.

David SequerraAlude a gestos de dádivas e solidariedade no desporto

Paulo CunhaPede aos políticos que se unam contra a Troyca.

Judas em Almada e Garcia na Moita

Câmara de Grândola, Infratróia e operadores preparam plano para dar mais segurança a Tróia

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ABERTURA

Sábado //13 . Abr . 2013 //

www.semmaisjornal.com

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Socorro de primeira para ‘segurar’ turismo em Tróia

A Câmara de Grândola, a Infratróia e os operadores turísticos da região estão

a juntar esforços para instalar, na península de Tróia, um centro de primeira intervenção e socorro.

Esta semana, juntaram-se com as entidades oficiais para discutir a Análise Inicial de Riscos Colectivos na Península de Tróia, um estudo elaborado pelo comandante dos Bombeiros

Voluntários de Grândola.Com este estudo, que Ricardo

Ribeiro sustenta poder dar «uma maior visão dos riscos presentes e passados na península, para uma maior compreensão dos mesmos», foram identificados e avaliados os riscos e vulnera-bilidades bem como algumas condicionantes presentes na área, relativamente às compo-nentes de conservação da natu-reza e desenvolvimento terri-torial.

Numa península turística, que na época alta chega a atingir uma população sazonal de 300 mil pessoas, e onde actualmente existe apenas um posto da GNR e um destacamento de bombeiros, localizado no Carva-lhal, o estudo identifica diversos riscos que podem por em causa a segurança de pessoas e bens.

E é para prevenir ou minorar os efeitos de ocorrências como incêndios florestais e no edifi-cado, tornados, inundações ou acidentes com embarcações, bem tomar medidas que permitam a evacuação de possí-veis vítimas e promover a rapidez de socorro junto do Hospital do Litoral Alentejano, que as diversas entidades envol-vidas neste projecto estão a

trabalhar num programa alar-gado de prevenção e socorro.

Plano de emergência deverá arrancar este Verão

«É muito importante» tomar medidas preventivas, entrosando meios da autarquia e dos opera-dores turísticos privados, «porque estamos a falar de um dos principais destinos turís-ticos de Portugal, procurado durante o ano inteiro», explica ao Semmais Paulo do Carmo, da administração da Infratróia.

Uma ideia partilhada por Pedro Beato, assessor da presi-dente da Câmara de Grândola, autarquia que desde a primeira hora tem promovido este encontro de vontades. «O que estamos a fazer é o estudo das necessidades e tentar arranjar, com os privados, disponibili-dade financeira – entre muni-cípio, Infratróia e bombeiros – para avançar com medidas concretas», adianta Beato, para quem se torna urgente a criação de um sistema operacional que ofereça resposta imediata.

Em cima da mesa está a implementação de uma estru-tura de prevenção e socorro que «assegure a eficácia do serviço

pré-hospitalar e combate a incên-dios», envolvendo meios próprios como ambulâncias, auto-escadas e técnicos de socorro. Pedro Beato adianta, ainda, ao Semmais, a possibilidade de criação, ainda este ano, de uma estrutura com quatro profissionais de socorro, em permanência, munidos de meios como uma lancha rápida

pré-hospitalar, uma ambulância 4x4, para apoio permanente no terreno, uma ambulância pré-hospitalar e uma auto-escada, estando, também, em equação, a implementação de um heli-porto na zona, que permita o transporte urgente de vítimas para o hospital do Litoral Alen-tejano.

Análise de risco mostra fragilidades

O tempo que os meios de protecção e socorro demoram a chegar a Tróia, e a necessidade de encontrar uma solução para esta vulnerabilidade é uma das principais conclusões do estudo realizado por Ricardo Ribeiro, comandante dos Bombeiros Voluntários de Grândola, sobre os principais riscos da península de Tróia.A Análise inicial de Riscos Colectivos da Península de Tróia foi apresentada quarta-feira no hotel Aqualuz, e promete ser o pontapé de saída para a elaboração do Plano Especial de Emergência. A península de Tróia é uma restinga arenosa com mais de 25 km de comprimento e 0,5

a 1,5 km de largura, no litoral da freguesia de Carvalhal, no concelho de Grândola, entre o oceano Atlântico (a oeste) e o estuário do rio Sado (a leste). Esta península encontra-se inserida na Reserva Natural do Estuário do Rio Sado e formou-se nos últimos 5000 anos de sul para norte, desde a Comporta até Tróia em frente e a sul da cidade de Setúbal, numa grande baía formada entre Setúbal e Tróia.Hoje em dia, Tróia oferece as mais variadas infra-estruturas e serviços turísticos, entre alojamento, restauração, parque de diversões, campos de ténis e de golfe.

Já este Verão poderá avançar um esboço do plano de primeira intervenção que a câmara de Grândola e a Infratróia estão a negociar com os operadores turísticos instalados. A ideia é implantar no coração da península um centro com ambulância e lancha pré-hospitalares e serviço de bombeiros permanente. E também um helioporto.

Plano da Câmara, Infratróia e operadores juntos com mesmo objectivo

O progressivo crescimento turístico da península de Tróia e Costa Alentejana justifica actuação concertada de todas as autoridades que superentendem o território

DR

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EspaçoPúblico

A crescimento do cluster turístico da península de Tróia e da Costa Alentejana é, no futuro próximo, a primeira onda de crescimento onde a região se pode alavancar.

As condições criadas pelo Estado, câmara de Grândola e pelo conjunto de investidores estão traduzidas já no terreno, com a revitalização daquela zona estratégica da região. E as suas potencialidades de crescer estão sobejamente quantificadas.

Importa agora resgatar para o centro das preocupações alguns pontos nevrálgicos. E, do meu ponto de vista, essa lógica parece estar a fazer caminho de sustentabilidade.

Em primeiro lugar, as autoridades turísticas regionais estão a fazer, com parcos meios, o que não foi feito em longos períodos de tempo, em que, a bem da verdade, a Costa Alentejana foi muito ostracizada. Depois, a autarquia soube gizar um projecto consolidado de ‘acelerar’ junto dos operadores a implementação destes trunfos de desenvolvimento. E acompanhá-los, monitoriza-los, acarinhá-los.

E agora a Infratróia, entidade de gestão pública de um espaço gerido por privados, que prova a ideia de que as sinergias constituem um ganho substantivo para todos.

Falta uma verdadeira carta turística, eventualmente abrangente para o distrito, já que, como se viu esta semana, as questões ligadas ao socorro e à segurança, duas premissas essenciais para a atracção de turistas e de investidores, está em curso.

A excelência da nossa Costa Alentejana pode mesmo passar de um mero chavão para se tornar no desígnio estratégico que os responsáveis de Grândola empreenderam há pouco mais de uma década. E ser, efectivamente, uma das maravilhas do turismo nacional, aquém e além fronteiras.

Tudo pela excelênciada Costa Alentejana

Editorial // Raul Tavares

ficha técnica

Director: Raul Tavares; Editor-Chefe: Bruno Cardoso; Redacção: Anabela Ventura, Cristina Martins, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores; Dep. Comercial: Cristina Almeida (coordenação). Projecto Gráfico: Edgar Melitão/”The Kitchen Media” – Nova Zelândia. Departamento Gráfico: Dinis Carrilho. Serviços Administrativos e Financeiros: Mila Oliveira. Distribuição: José Ricardo e Carlos Lóio. Propriedade e Editor: Mediasado, Lda; NIPC 506806537 Concessão Produto: Mediasado, Lda NIPC 506806537. Redacção: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. Tel.: 935 388 102 (geral); Email: [email protected]; [email protected]. Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Mediasado, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98

Valdemar SantosMilitante do PCP

Paulo Edson CunhaAutarca da PSD

Nos dias de semana, todos os dias

“A Guerra do nosso D. Sebastião”

Por no passado domingo ter estado em Almada a assistir à “nossa” estreia regional da

peça para crianças “Os Barrigas e os Magriços”, que o Teatro Extremo e o Teatro Fórum de Moura, em parceria, produziram na base de um texto de Álvaro Cunhal, assumi: “Há aqui algo (muitos, se houvesse plural) que o Correio de Setúbal de um 5 de Maio publicou. Razão maior para o Semmais não lhe tocar!:

“Quando se deu o 25 de Abril o meu marido trabalhava na INAPA e eu continuava na Electrónica. Pouco tempo depois fui eleita para a comissão de trabalhadores da empresa. Nessa condição convidei o sindicato a ir à fábrica, onde pela primeira vez falaram livremente! Promovemos um plenário na Voz do Operário. A casa estava cheia. O capitão Salgueiro Maia fez uma intervenção. Integrei ainda a comissão que foi ao Ministério do Trabalho tratar da situação da empresa. Fomos recebidos por Carlos Carvalhas, então Secretário de Estado.

“O dia 25 de Abril foi a época mais feliz da minha vida! Até aí andava de boca tapada e oprimida. Fui esperar o Mário Soares e o Álvaro Cunhal, quando regressaram do exílio. Para ir ver este último, tive de faltar ao trabalho. Nem avisei ninguém. Quando justifiquei a falta, ainda pensei alegar outra coisa. Mas como vivíamos final-mente em liberdade, escrevi, para espanto das minhas colegas, a verda-deira razão: ‘ter ido ao aeroporto de Lisboa receber o Dr. Álvaro Cunhal’”.

Trata-se do testemunho entre muitos outros (24) do livro “A Memória das Mulheres – Montemor-o-Novo em tempo de ditadura”, agora editado pela Colibri sob a coordenação de Teresa Fonseca, com o patrocínio da Câmara Municipal daquele concelho e do Movimento Democrático de Mulheres (MDM). É de Antónia Rosa Carvalho, nascida em 1935, mulher do Olímpio José Bravo e a residir há muitos anos no Alto da Guerra.

“Nem avisei ninguém” tem o timbre de Isabel Baião, residente na Moita e que numa iniciativa come-morativa do 70º aniversário do Avante! (em 2001, pois), referindo-se ao acto da sua inscrição no PCP logo após o 25 de Abril, exprimia-se laconicamente: “Não estive à espera de escolher”. Trouxemos então a estas páginas a confissão de que nunca antes contara histórias da sua juven-tude alentejana, entre Reguengos e Montoito, talvez porque “jamais lho pediram” ou porque, segundo sempre a sua expressão, “levava muito tempo a contar”. Recordava-se de Diniz Miranda, parecia que de Bento de Jesus Caraça, de gente à sua volta a ouvir a Rádio Moscovo e da sua

revolta quando “pelas frestas de um telhado destelhado dormia a olhar as estrelas enquanto outros dormiam em palácios”.

Antónia esteve agora nas inicia-tivas do 86º aniversário do PCP, do 33º do 25 de Abril, do 1º de Maio; na inauguração da sede da União dos Resistentes Anti-fascistas Portu-gueses (URAP) em Setúbal e na homenagem a Salvador Amália e a Maria Clementina; está no pode-roso movimento (não importa ter já uma bisneta) que trabalha para a Greve Geral de 30 de Maio.

É de supor que pelo risco que ela assumiu Álvaro Cunhal chegou a Lisboa em dia de semana. Imagine-se a veleidade de um qualquer histo-riador interessado em precisar com rigor em qual segunda, em qual sexta. Em tempos de luta não há domingos nem feriados, mas a trabalhadora da Electrónica ainda assim foi bem clara: antes de 1974 nunca foi apanhada “porque os responsáveis da empresa pensavam que a distribuição de folhetos era feita por homens, com a sua menta-lidade conservadora jamais lhes passaria pela cabeça que as agita-doras pudessem ser mulheres… E um dia de manhã os encarregados depararam com o pessoal todo parado. A greve durou cinco dias, mas conseguiu-se um aumento de 700 escudos”.

A História repete-se em movi-mentos cíclicos e compas-sados, às vezes descompas-

sados, mas inevitáveis.A Alemanha, talvez devido à

sua posição centralizadora e nevrál-gica no Espaço Europeu e mundial, não quer perder a sua função de coração continental e controlador os ritmos de uma Europa deses-perada para encontrar o protago-nismo de outrora e que, a conti-nuar assim, não recupera tão cedo.

Entendo que a Alemanha de Merkel, a Troika de Rasmus Rüffer, Poul Thomsen e Jürgen Kröger, a União Europeia de Barroso estão, à semelhança de quem nos dá uma bofetada de luva branca (mas no sentido inverso) a declarar-nos uma guerra, apesar de não utili-zarem armas. O sul da Europa, mais concretamente a Grécia, Espanha e Portugal (também a Itália) têm sofrido sucessivas ofensivas à sua dignidade e ao bem-estar do seu povo e estão, quais territórios ocupados pela armadas inimigas a ceder, ceder, ceder, até o Povo se juntar e unir e declarar uma guerra de independência.

Cavaco Silva parece que não existe. O Governo está de cócoras. O PP é o maior partido da oposição, estando dentro do próprio governo. O PS está refém das suas insegu-ranças internas e não mostra credi-bilidade e confiança, nem a uma criança e, o PCP e o Bloco de Esquerda estão reféns de estraté-gias eleitorais passadistas, dema-gógicas e perigosas. É o vazio abso-luto.

Os banqueiros estão mais cooperativistas do que nunca, os empresários assustados, a Ordem dos Advogados entregue a um demagogo que tem agenda própria e, quer as figuras carismáticas e históricas , quer as emergentes da nossa política, estão a controlar as suas agendas pessoais e temem avançar para quilo que é o desígnio nacional.

As Centrais Sindicais (sendo a UGT uma honrosa excepção) estão entregues a comissários políticos e as associações patronais estão cativas das expectativas do que poderão obter e as restantes ordens profissionais, da qual com o seu rumo próprio, estão todas disso-ciadas do desígnio nacional.

Portugal precisa, mais do que nunca do seu D. Sebastião. Do homem que leve a nau a bom porto e que faça o nosso País esquecer as suas diferenças e lutar ardua-mente contra esta troika. Unida. Sem partidos. Sem interesses corporativistas, políticos ou

pessoais, mas apenas nacionais.Mais do que um Governo de

salvação Nacional o .PR devia buscar os equilíbrios necessários para haver uma base popular para quem tomar medidas e negociar com a Troika em nome do nosso País. Estou farto da Troika. Tanto quanto todos que me lerem. É tempo de esquecermos as dife-renças porque é mais o que nos une enquanto país e do bem que queremos para todos do que o que nos diferencia.

É mais importante que eu me reveja na condução desta “batallha” com um Rui Rio, um Santana Lopes, Marques Mendes ou M. Ferreira Leite, mesmo que tenha de aceitar um Sócrates, Seguro ou António Costa. O País não pode prescindir de um Francisco Louçã, nem de um Paulo portas, de um Garcia Pereira, nem de um Arménio Carlos. Não pode prescindir de um Marinho Pinho, nem de um António José Seguro, por mais utópico ou inse-guro que me pareçam os seus argu-mentos. É tempo de reunir os homens, definir a estratégia, encon-trar o nosso timoneiro e os Pintos da Costa e Vieiras deste país têm de dar as mãos porque o inimigo não está nem a norte, nem a sul do Mondego, mas está nos centros de decisão monetária da europa e dos EUA. Vamos à guerra todos juntos? Eu alisto-me já!

«Trata-se do testemunho entre muitos outros (24) do livro “A Memória das Mulheres - Montemor-o-Novo em tempor de ditadura”, agora editado pela Colibri sob a coordenação de Teresa Fonseca, com o patrocínio daquela câmara e do Movimento Democrática das Mulheres. É de Antónia Rosa Carvalho.

Mais do que um Governo de salvação nacional, o PR devia buscar os equilíbrios necessários para haver uma base popular de para quem tomar medidas e negociar com a Troika em nome do nosso país. Estou farto da Troika. Tanto quanto todos que me lerem. É tempor de esquecermos as diferenças porque é mais o que nos une enquanto país.

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Mostra do Ensino Superior Banda da Armada em Grândola

ENTRE 17 e 19 deste mês, na Praça da Liberdade, em Almada, decorre uma Mostra de Ensino, que dá a conhecer aos estudantes a oferta universitária, técnica e profissional existente no

concelho. Mais de duas dezenas de instituições de ensino do concelho parti-cipam nesta iniciativa, mostrando ao público as suas condições e cursos disponibilizados.

A BANDA da Armada dá um concerto em Grândola, este sábado, às 17 horas, no pavilhão do Parque de Feiras e Exposições. O espectáculo, no qual estão em palco 95 músicos sob

a direcção do maestro 1.º Tenente Délio Gonçalves, tem entrada livre. A orga-nização é da Sociedade Musical Fraternidade Operária Grandolense e município de Grândola.

ACTUAL

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A carteira de encomendas dos estaleiros do Arsenal do Alfeite, em Almada, ao serviço da

Marinha Portuguesa é «zero» e os cerca de 600 trabalhadores já não sabem o que fazer para preencherem o horário de trabalho.

Tudo porque a empresa tutelada pela Empordef, a holding do Estado para as empresas de Defesa Nacional, não tem tido, nos últimos meses, qual-quer pedido da Marinha para reparar navios.

A denúncia é feita pelo Sindicato dos Trabalhadores das Forças Armadas, que diz ter vindo a avisar o Governo para esta possibilidade, desde o dia em que o Estado decidiu «privatizar aquilo que pertencia a todos os portugueses». Os trabalha-dores dizem mesmo que as chefias avisaram que o Governo e a admi-nistração preparam-se para despedir 200 pessoas e já se teme que a empresa chegue ao fim.

Para o sindicalista Rogério Caeiro, que no final de Março liderou o acto público em defesa do Arsenal do Alfeite, dada «a progressiva degra-dação da empresa, das infra-estru-

turas, por falta de investimentos, e da consequente falta de encomendas», os trabalhadores e sindicatos ligados ao sector têm vindo a alertar a opinião pública para a importância do Arsenal enquanto estaleiro naval ao serviço da Marinha de Guerra Portuguesa.

Soberania nacional«em causa»

Pelo mesmo diapasão alinha a União de Sindicatos de Setúbal, estru-tura regional da CGTP, cujo dirigente Luís Leitão se mostra apreensivo, tendo em conta que a média de repa-ração é de «um navio por ano, devido ao desinvestimento que tem ocor-rido desde a privatização», adianta o dirigente ao Semmais.

Em causa, para além dos postos de trabalho, receia estar «a própria soberania nacional», uma vez que «se os estaleiros não trabalham, as encomendas de reparação de navios têm de ser feitas no estrangeiro». E adianta que o Arsenal do Alfeite é o exemplo acabado do que o Governo «pretende fazer com a indústria naval ao serviço do Estado».

«É que está a acontecer o mesmo com os estaleiros de Viana do Castelo», também geridos pela Empordef, a holding do Estado para as empresas de Defesa Nacional, refere Luís Leitão, ao recordar o facto de Portugal «já ter sido multado por não ter exercido trabalhos de patru-lhamento na zona marítima, devido à falta de verbas para manutenção dos navios que se encontram num estado avançado de degradação».

Deputados do PCPexigem regresso à Marinha

O sindicato recorda que se o Arsenal «foi privatizado sob os pres-supostos da manutenção do trabalho com a frota da Marinha Portuguesa e a modernização do estaleiro» e o que se verifica «é que não há moder-nização nenhuma e também não está a ir para lá o trabalho da Marinha, isso é equivalente a puxar os dois pés ao mesmo tempo ao Arsenal e a mandá-lo ao chão».

É neste sentido que a próxima acção dos trabalhadores dos esta-leiros passa pela entrega ao ministro

da Defesa Nacional, de postais subs-critos pelos trabalhadores em defesa do Arsenal do Alfeite «público ao serviço da Marinha e do país».

Em 2009, o Governo criou a empresa Arsenal do Alfeite SA, e desde essa altura que os trabalhadores defendem o regresso do arsenal à tutela directa da Marinha Portuguesa. Uma aspiração defendida também pelo grupo parlamentar do PCP, que em Março entregou na Assembleia da República, um projecto de lei que retribui ao Estado o domínio sobre o Arsenal do Alfeite, que considera de importância estratégica nacional, e em defesa dos mais de 600 postos de trabalho.

Os comunistas argumentam que, passados três anos sobre a criação da Arsenal do Alfeite S.A., o balanço «é marcadamente negativo», uma vez que as anunciadas melhorias que decorreriam da empresarialização «não se fizeram sentir, e bem pelo contrário, a evolução recente tem sido no sentido da degradação das capacidades do Arsenal tendo em conta o objectivo central da sua exis-tência».

Para os deputados do PCP, a opção tomada em 2009 «esquece a razão de existir do Arsenal do Alfeite, que é a sua relação indissolúvel com a Marinha Portuguesa».

Património nacionalem riscoO Arsenal do Alfeite, que sucedeu em 1937 ao Arsenal da Marinha sedeado em Lisboa, foi criado para servir a Marinha Portuguesa, enquanto unidade industrial vocacionada para a manutenção dos navios da Marinha, dotada de capacidade para a construção de navios de pequeno porte, e com possibilidades de prestar serviços a entidades externas, nacionais e estrangeiras, quer públicas - designadamente à marinha de outros Estados - quer do sector privado, como a marinha mercante e de recreio.

Falta de encomendas‘afunda’ Arsenal do Alfeite

Os actuais 600 trabalhadores já não sabem o que fazer à vida. A Impordef, que tutela a zona, está a ‘zeros’.

A PSP deteve, quinta-feira, o alegado líder de um grupo crimi-noso suspeito de furtar mais de 100 mil euros dos bingos do Vitória de Setúbal e do Belenenses.

O homem, de 32 anos e de nacionalidade romena, seria o

cabecilha do gangue que terá furtado 46 mil euros de um cofre do bingo do Vitória de Setúbal, e 57 mil euros do bingo do Bele-nenses, para além de ser suspeito da tentativa de furto ao bingo do Benfica e ao Panda Bingo, em

Lisboa, e ao da Amora, no Seixal.O alegado líder foi detido por

agentes da Divisão de Investigação Criminal da PSP de Lisboa, nas imediações do aeroporto. As auto-ridades acreditam que o suspeito se preparava para abandonar o país.

Em comunicado, o Comando Metropolitano de Lisboa (Come-tlis) afirma que as investigações vão continuar, para deter os restantes elementos do grupo. Contudo, fonte policial acrescentou que vai «ser difícil», uma vez que

os suspeitos a n d a m «munidos de documentação falsa» e viajam com regularidade para países como Espanha, Roménia ou Itália.

PSP ‘caça’ líder do gang que assaltou Bingo do Vitória

DR

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Sábado // 13 . Abr . 2013 // www.semmaisjornal.com 5

O Ginkgo biloba contribui para uma melhor memória, reduz os zumbidos nos ouvidos e as mãos e os pés frios.

Uma das descobertas mais interes-santes dos últimos tempos é o ginkgo biloba, um extracto de planta que dilata os vasos sanguíneos e ajuda o aporte de oxigénio e nutrientes a todas as partes do corpo.

Quando se fazem palavras cruzadas, o cérebro trabalha a grande veloci-dade para encontrar as respostas certas. As tarefas de concentração e reflexão requerem um enorme fornecimento de sangue ao cérebro, dado que o sangue transporta o oxigénio e os nutrientes necessá-rios às células cerebrais. O músculo também está dependente de sangue, oxigénio e nutrientes, bem como qualquer outra função do nosso corpo. À medida que se envelhece, o fornecimento de sangue fica mais lento devido à formação gradual de placas no interior dos vasos sanguí-neos, afectando a memória e a concentração. Os pés e as mãos podem arrefecer e muitas das funções do corpo ficam mais lentas. A boa notícia é que este problema pode ser resolvido através da adminis-

tração de um extracto de planta designado ginkgo biloba.

Como funciona?O que contém essa planta que tem a capacidade de melhorar a circu-lação? O segredo está nos flavona-glicósidos e nas terpeno-lactonas, que são as substâncias activas (flavo-nóides) com diversos efeitos bioló-gicos. De um modo simples, o ginkgo biloba dilata (expande) os vasos sanguíneos, facilitando a passagem do sangue. O ginkgo biloba apre-senta um outro efeito importante – torna o sangue menos viscoso. Tal facilita a circulação do sangue.

Mãos e pés mais quentesInvestigadores demonstraram que ginkgo biloba melhora o forneci-mento de sangue às extremidades, tais como os pés e as mãos. A utili-zação de termografia, uma técnica particular de imagem que mostra as diferenças de temperatura com cores diversas, permitiu aos investigadores demonstrar como as zonas frias se tornam quentes após a utilização de suplementos de ginkgo biloba. Por outras palavras, o acréscimo de forne-cimento de sangue aumenta a tempe-ratura nos dedos das mãos e pés.

Combate à demênciaOutra área que se mostra promis-sora é a prevenção de problemas como a Doença de Alzheimer. Estudos demonstram como pessoas

em estados iniciais desta doença podem atrasar o desenrolar da doença. Deste modo, são capazes de se manter num estado inicial de doença, quando se esperaria que dependessem completamente de terceiros. Assim, ginkgo biloba ajuda no bem-estar físico e mental e parece ser um meio extremamente útil na manutenção da saúde, especial-mente durante o envelhecimento. Actualmente, não existem medica-mentos capazes de igualar ginkgo biloba no que se refere à melhoria dos problemas circulatórios. Por este motivo, este suplemento é único.

Melhora a memóriae a concentraçãoAgora, se considerar o facto de que apenas o cérebro humano utiliza cerca de 20% do oxigénio consu-mido, não será difícil imaginar como ginkgo biloba pode melhorar o desempenho mental. As pessoas mais velhas que tomam este extracto apercebem-se de que conseguem lembrar-se mais facilmente de pormenores e que têm maior faci-lidade de concentração, mas existem outros benefícios associados à utili-zação de ginkgo biloba. O ginkgo biloba contribui também para o alívio de outros problemas relacionados com a má circulação como tonturas, zumbidos nos ouvidos e pernas pesadas.

(*) Farmacêutica

O extracto de planta que melhora a circulação sanguínea

Existem vários suplementos disponíveis nas farmácias que ajudam a melhorar a circulação sanguínea. Estes podem parecer iguais mas estarem muito longe em termos de qualidade e eficácia. É por isso essencial ter em conta a matéria-prima utilizada. Num estudo independente no Reino Unido, que comparou 18 marcas de ginkgo biloba disponíveis comercial-mente, o suplemento que surgiu no topo da lista dos melhores contém 100 mg de extracto patenteado,

obtido a partir das folhas da árvore Ginkgo biloba. Tem uma quantidade normalizada dos ingredientes activos (Norma PN 246). A matéria prima utilizada neste suplemento foi conside-rada a melhor matéria-prima do mercado - a mais eficaz, de melhor absorção e de melhor

qualidade. Permite uma toma diária de apenas um

comprimido por dia - segundo estudos científicos recentes, uma toma única de dose superior é mais

eficaz.

Como escolher um bom produto?

Dra. Inês Veiga (*)

Comboios da região perdem 2,5 milhões de passageiros num ano

OS COMBOIOS da região perderam mais de dois milhões e meio de passageiros entre 2011 e 2012 e, a avaliar pela tendência de queda no início do ano de 2013, a quebra, no final deste ano deverá ser ainda maior.

Segundo dados da CP, refe-rentes à linha do Sado, e da Fertagus, nos transportes entre Setúbal e Lisboa, durante o ano de 2012 usaram o comboio 23 milhões e 457 mil passageiros, um número que em 2012 esteve próximo dos 26 milhões.

Para as duas empresas, a quebra de passageiros pode ser justificada pela «continuação da crise econó-mica e actual conjuntura do país, associado ao factor desemprego» havendo por isso menos pessoas a efectuar a viagem casa/trabalho e vice-versa.

Fertagus perde meio milhão no primeiro trimestre de 2013

Só no primeiro trimestre de 2013, a Fertagus perdeu mais de meio milhão de passageiros. A manter-se a tendência de quebra de cerca de 200 mil passageiros

por mês, no final do ano a empresa deverá apresentar uma diminuição de vendas idêntica à do ano passado.

Apesar de a CP não ter dispo-níveis dados referentes aos primeiros três meses deste ano, a tendência é também de redução do número de passageiros. A trans-portadora adianta que as flutua-ções de utilizadores do comboio têm de ser enquadradas «no contexto da evolução do mercado da mobi-lidade em geral que tem vindo a registar decrés-cimo em todos os modos de transporte : p ú b l i c o , privado ou particular.»

N o cenário actual de recessão económica, os padrões de mobili-dade das populações

sofrem, necessariamente altera-ções, quer no contexto do lazer, quer no contexto de deslocações diárias que tenham por vista chegar ao local de trabalho ou de estudo. O aumento do preço dos títulos de transporte assim como as frequentes greves que se têm feito sentir nos últimos tempos podem

também estar a afastar utentes

das linhas

de caminho-de-ferro, o que não se traduz directamente numa maior utilização de meios de transporte públicos alternativos.

Marta David

Jovens da região mostram inovação no IPS

NA PRÓXIMA sexta-feira, 124 jovens do ensino secun-dário dos distritos de Setúbal, Aveiro e Lisboa apresentam ideias de negócio para dina-mizar as regiões e disputam o primeiro lugar do Concurso IPS Junior Challenge 2013, promo-vido pelo Instituto Politécnico de Setúbal (IPS), com o patro-cínio do Santander Totta, Immochan, Jumbo de Setúbal, CASES e Forum Estudante.

O concurso tem como objectivo seleccionar ideias inovadoras que contribuam para o desenvolvimento susten-tável das cidades e a melhoria de vida dos cidadãos. O IPS pretende, também, que o concurso contribua para encurtar as distâncias entre o ensino secundário e o ensino superior, confrontando os alunos com a realidade empre-sarial e promovendo o espírito empreendedor dos jovens.

JAN

2012

2011

FERTAGUS

PERDAS DOS OPERADORES

FERTAGUS EM QUEDA

CP

1.956 mil

22,9 milhões

20,5 milhões

3,08 milhões

2,95 milhões

1.684 mil

1.864 mil 1.655 mil

1.785 mil 1.600 mil

2013

2012

FEV

MAR

Dad

os

Fert

agu

s

Page 6: Semmais_13_Abril

Sábado // 13 . Abr . 2013 // www.semmaisjornal.com6

ACTUAL

GERAL

Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de CanhaRua António Sérgio nº1 – 2985-001 Canha

Tel: 265897956 / Fax: 265897519

1ª CONVOCATÓRIA

Ao abrigo do Artigo Vigésimo Segundo dos Estatutos desta Associação, convocam-se todos os Sócios para uma Assembleia-Geral Ordinária a realizar no dia 9/05/2013, pelas 18h00m, no Quartel desta Associação, com a seguinte Ordem de Trabalhos:

ORDEM DE TRABALHOS

1º - Discussão E Aprovação do Relatório, Balanço e Contas do Exercício do ano de 2012; 2º - Discussão E Aprovação do Relatório do Conselho Fiscal; 3º - Informações;

N.B. No caso de à hora marcada não se encontrarem presentes o número legal de Sócios para a Assembleia poder deliberar, a mesma funcionará uma hora depois em Segunda convocatória, com qualquer número de Sócios presentes.

Canha, 05 de Abril de 2013O Presidente da Assembleia Geral

António José Lopes Saltão

2ª CONVOCATÓRIA

Convocam-se todos os Sócios desta Associação para uma Assembleia-Geral Ordinária a realizar no dia 09/05/2013, pelas 19h00m, no Quartel desta Associação, com a seguinte Ordem de Trabalhos:

ORDEM DE TRABALHOS

1º - Eleição para os Corpos Sociais para o triénio 2013/2015;

Informam-se todos os Sócios desta Associação que estejam dentro dos seus direitos legais, conforme o nosso regulamento Eleitoral, que podem formar listas para os Corpos Sociais e apresentá-las até ao dia 15/04/2013, sendo as listas classificadas conforme a sua apresentação, sendo indispensável 20 assinaturas de Sócios para cada lista, assim como podem consultar o caderno de recenseamento na Secretaria da Associação, das 09h00 às 17h00 horas, a partir do dia 17/04/2013, podendo fazer as reclamações de qualquer anomalia no caderno de recenseamento até ao dia 25/04/2013. O escrutínio, de acordo com o artigo nº 3, alínea e), do regulamento Eleitoral, deliberou esta Comissão Eleitoral a instalação de mesas de voto que funcionarão das 19h00 às 23h00.

Quartel de Bombeiros Voluntários de Canha, mesa de voto nº 1.

Canha, 05 de Abril de 2013O Presidente da Assembleia Geral

António José Lopes Saltão

Pub.

A REORGANIZAÇÃO dos serviços de urgências hospi-talar na região de Lisboa e Vale do Tejo vai fazer deslocar os profissionais de saúde entre hospitais em vez de fazer o transporte dos doentes.

A medida, que deverá entrar em vigor dentro de três meses, vai aplicar-se nas áreas de cirurgia vascular e gastro-enterologia, segundo fonte oficial citada pela agência Lusa.

Fonte da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARS-LVT) avança que o objectivo deste processo é a obtenção de uma maior «racionalização de recursos em áreas em que a casuística de atendimentos o permita, sem perturbação da qualidade dos cuidados pres-tados aos cidadãos».

As deslocações de profis-sionais de saúde entre

u n i d a d e s hospitalares

permitem ainda «obviar a neces-

sidade de trans-portar doentes muitas

vezes em c o n d i ç õ e s c l í n i c a s

exigentes».

Médicos da região vão deslocar-se entre hospitais

PELA terceira vez, as ruínas romanas de Tróia associam-se às comemora-ções do Dia Internacional dos Monumentos e Sítios, que se celebra no próximo dia 18. A data, instituída pelo Instituto da Conservação dos Monumentos e Sítios e promovida pela Direcção-Geral do Património Cultural será assinalada com um Dia Aberto no maior complexo de produção de salgas de peixe conhecido no mundo romano.

Com dois mil anos de História, as ruínas romanas de Tróia datam do século I para aproveitar a riqueza em peixe do Atlântico e a quali-dade do sal das margens do Sado.

Monumento Nacionaldesde 1910

Inês Vaz Pinto, respon-sável por este sítio histó-rico, realça que «Em 2013, o tema proposto pela

Unesco, para comemo-ração, é “Património + Educação = Identidade”, acrescentando que «na visita guiada deste Dia Aberto, tentaremos trans-mitir como a memória e o conhecimento deste sítio arqueológico, que é Monu-mento Nacional desde 1910, são um factor de cons-trução de identidade».

Inês Vaz Pinto escla-rece que «todos serão bem-vindos. Os que já conhecem este espaço integrado no complexo turístico troia-resort poderão fazer uma visita diferente e os que nos visitarem pela primeira vez irão conhecer a enorme riqueza patrimonial e histórica das ruínas romanas de Tróia».

Ruínas de Tróia abrem portas no dia dos monumentos

A HERDADE da Comporta (HC) lançou sexta-feira a primeira pedra do Comporta Dunes, um projecto turístico «único» na Península Ibérica. Está orçado em 92 milhões de euros e vai criar mais de 300 postos de trabalhos. As obras vão arrancar este Verão e deverão estar concluídas em 2015.

A cerimónia contou com as presenças dos ministros dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, e da Economia e do Emprego, Álvaro Santos Pereira, entre outras personalidades nacionais e da região.

Composto pelo primeiro Hotel, Spa e por um conjunto de 36 moradias, operado pela cadeia Àman-resorts, e por um campo de golfe de 18 buracos, este empreendimento pretende posicionar a Herdade da Comporta e a Costa Alen-tejana como um grande destino turístico europeu de referência e constitui uma alavanca decisiva para o desenvolvimento econó-mico e social da região.

Os ministros elogiaram o projecto, sublinhando Portas Portas que o Comporta Dunes, que «preserva ambientalmente» a Costa Alentejana, é um dos grandes investimentos

que podem ajudar o País a ultrapassar a crise. Todavia, lamenta que a sua apro-vação tenha demorado tanto tempo, uma vez que foi pensado em 2005.

Já Manuel Espírito Santo, presidente da HC, está esperançado no sucesso deste equipamento de «elevada qualidade», mostrando-se «muito orgu-lhoso» pela confiança da Àmanresorts em instalar a sua primeira unidade na Península Ibérica.

A presidente da Câmara de Grândola, Graça Nunes, não tem dúvidas de que trata de um «importante projecto» que garante a «viragem para a afirmação de um território de exce-lência direccionado para o turismo ambiental e de qualidade». A seu ver, o Comporta Dunas irá ter um reflexo «muito positivo» na economia do país e da região, não esquecendo a «vertente do emprego e da fixação de novas famílias».

Pedro Paredes, autarca de Alcácer do Sal, também elogiou o projecto classi-ficando-o de «um bom investimento» para a região, mostrando-se, por outro lado, bastante satisfeito pela «criação de postos de trabalho, qualidade, boa gestão e respeito ambiental».

Já o presidente do Turismo do Litoral Alen-tejano, Carlos Beato, diz que o Comporta Dunes repre-senta o «corolário de uma década a trabalhar em prol da afirmação das potencia-lidades de uma região de excelência que ainda vai dar muito que falar no turismo nacional».

Herdade da Comporta investe 92 milhões no Comporta Dunes

Desenho para biblioteca concorrido

MAIS de cem projectos foram entregues no âmbito do concurso de ideias para a nova Biblioteca de Setúbal. No total, foram entregues 127 projectos, sendo que o júri do concurso irá agora analisar cada uma das propostas. O concurso, de âmbito nacional, destinava-se a profissionais inscritos na Ordem dos Arquitectos, sendo atribuído um prémio de 12 mil euros ao trabalho seleccionado para execução do projecto, 8 mil euros à proposta posicio-nada em segundo lugar e 5 mil à terceira classificada.

O novo edifício, a cons-truir de raiz no Largo José Afonso, terá uma área bruta de 3 200 metros quadrados e um custo de cerca de 3 milhões e 200 mil euros.

Ruinas romanas de Tróia são cada vez um bom cartaz turístico

Trata-se de um projecto único na Península Ibérica e vai criar 300 postos de trabalho. As obras arrancam este Verão e terminam em 2015

DR

O projecto turístico da Comporta vai gerar desenvolvimento

DR

Page 7: Semmais_13_Abril

Natação no Barreiro Patinadores brilham em Setúbal

A 1.ª PROVA do Circuito de Natação 2013 decorre este domingo, dia 14, na piscina do Barreiro. Participam neste evento, entre as 9h30 e as 13h00, praticantes da Escola Municipal de Natação, clubes,

colectividades e escolas com secção de natação. A entrada é livre. O calendário do Circuito de Natação contempla, ainda, jornadas a 12 de Maio (2ª) e 16 de Junho (3ª), sempre com o mesmo horário.

O CLUBE de Patinagem do Sado e o Clube Naval Setuba-lense representaram recen-temente Setúbal no Campe-onato Nacional de Show e Precisão em patinagem artís-tica, realizado em Fafe, alcan-

çando resultados que dão acesso a uma competição europeia. O Clube de Pati-nagem do Sado alcançou o 1.º lugar em quartetos de cadetes, enquanto o CNS conquistou o 3.º lugar em juvenis.

DESPORTO

Sábado //13 . Abr . 2013 //

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David SequerraColaborador

Gestos Bonitos

Um gesto tanto pode ser um movimento corporal de diversas situações e inten-

ções, como referir uma atitude assu-mida, de conteúdo ideal, positiva ou negativa, em múltiplas circuns-tâncias.

Há os gestos de generosidade, os de toque heróico, os de rebeldia assumida e constrangimento.

Nessa óptica não corporal os gestos podem ser bonitos ou banais.

Todo este intróito diz respeito à divulgação de gestos de futebo-listas dignos de elogiosa menção. E trata-se de cidadãos portugueses que desejamos felicitar.

O de mais ampla expressão quan-titativa coube ao super-popular Cris-tiano Ronaldo que se mantém na “crista da onda” por acumuladas razões. O “craque” do poderoso Real Madrid recebeu uma boa maquia por ser um dos 11 eleitos para a equipa ideal de 2012, sob a égide da UEFA. Foram uns longos milhares de euros que o CR7, de avultadas contas bancá-rias, achou por bem doar a uma Insti-tuição de Beneficência em prol de crianças desvalidas, lembrando os seus tempos de miúdo pobre, no Funchal e evocando seu Pai que tanto o ajudou a crescer, antes de trocar a capital madeirense por Alvalade.

Gesto idêntico já se havia regis-tado, há 2 anos, personalizado por Bébé, agora no Rio Ave, jovem fute-bolista de humildes origens, numa Casa de Rapazes à qual doou uma considerável verba da sua primeira contratação profissional que passou por Guimarães e Manchester, antes de Vila do Conde.

Outro sugestivo exemplo de como da iniciativa do bem concei-tuado técnico Carlos Carvalhal, um minhoto de boa cepa, que eu conheço bastante bem (e aprecio) desde os seus 15 anos de idade, quando era jogador juvenil do “seu” Sporting de Braga. A cumprir uma espécie

de “ano sabático”, na capital do Minho, após experiência vivida em Istambul, Carlos Carvalhal tomou conhecimento de um impressio-nante caso de um menino de 4 anos de idade que, para sobreviver, neces-sita de ser operado por um super-especialista de melindrosa aptidão. Vai daí, o feliz autor de mais um gesto bonito, conseguiu a anuência de um cirurgião turco, seu conhecido do tempo em que trabalhou na gigan-tesca capital daquele país, e abriu uma subscrição pública para anga-riar fundos que viabilizassem tal acção- viagens, apoios e cirurgia.

Donativos diversos, ajuda pessoal, conta aberta para tal fim, tudo somado para que o menino se salve, com o louvável apadrinha-mento de Carlos Carvalhal que bem merece as nossas mais vibrantes felicitações.

Que o nosso mundo não é (ainda) uma selva, comprovam-no estes exemplos de gestos bonitos de gentes do futebol.

Por isso confessamos que esta singela crónica foi uma das que me deu maior gosto em redigir, na ante-cipada certeza de que o “Semmais” está sempre aberto a divulgar e enal-tecer gestos bonitos.

Almada recebe, no próximo dia 20, mais uma edição da Festa Jovem. Trata-se

de um evento gímnico que reúne mais de mil jovens ginastas, dos 6 aos 12 anos, em representação de mais de duas dezenas de colecti-vidades e clubes dos distritos de Setúbal e Lisboa.

Este espectáculo realiza-se no Complexo Municipal de Desportos “Cidade de Almada”, no Feijó, a partir das 14h30, com entrada livre.

A Festa Jovem integra as come-morações do 25 de Abril em Almada e, ano após ano, surpreende quem assiste, pelo seu movimento, cor, alegria e convívio entre todos os jovens atletas.

A Festa Jovem é uma organi-zação da Câmara de Almada, Asso-ciação 25 de Abril, Associação de Ginástica do Distrito de Setúbal, Associação de Ginástica de Lisboa, com o apoio do Comité Olímpico de Portugal, Confederação do Desporto de Portugal e Federação de Ginástica de Portugal.

Nesta Festa Jovem participam o Clube de Ginástica de Almada, Clube Desportivo da Escola Secundária Miguel Torga, Sociedade Filarmó-nica Palmelense Os Loureiros, União Progressiva de Vale do Covo, Asso-ciação de Bombeiros Voluntários da Amadora, Grupo Dramático e Recre-ativo Corações de Vale Figueira, Clube Acrodança, Amadora Gimno Clube, Clube Recreativo do Feijó, Ginásio Clube Português, Clube Recreativo

Charnequense, Gimnofrielas - Asso-ciação Desportiva Cultural e Social de Frielas, Sociedade Filarmónica União Artística Piedense, Grupo Coral Infantil “Os Rouxinóis da Damaia”, Amadora Gimno Clube, Real Sport Clube, Estrela de Santo André, Asso-ciação de Cultura, Recreio e Desporto, Sociedade Filarmónica de Recreio e União Alho Vedrense e Associação de Moradores dos Redondos, entre outros.

Feijó recebe mais de mil ginastas da grande Lisboa

Festa gímnica reúne dia 20 atletas dos 6 aos 12 anos

O espectáculo da ginástica vai animar o complexo desportivo de Almada

Atletas de Palmela na selecção

QUATRO alunos do concelho de Palmela foram convocados para as selecções nacionais de iniciados e juvenis que irão parti-cipar no Campeonato Mundial de Orientação do Desporto Escolar, a decorrer entre os dias 15 e 21 de Abril, nos concelhos de Vila Real de Santo António e de Castro Marim, no Algarve.

Ricardo Esteves, Ana Ferreira e Gonçalo Pirrolas, da Escola Secundária de Pinhal Novo, e Bernardo Pereira, da Escola Secun-dária de Palmela, são os jovens seleccionados. A presença forte de alunos de Palmela é demons-trativa da «qualidade do trabalho» realizado, no âmbito da modali-dade, que terá um dos seus pontos altos, daqui a um ano, com a reali-zação dos Campeonatos Euro-peus – EOC/ETOC 2014 em vários pontos do concelho.

Vela de Cruzeiro sobre o Sado

O RIO Sado recebe este fim-de-semana o I Troféu de Vela de Cruzeiro. Sábado e domingo, entre Setúbal e Tróia, mais de duas dezenas destas embarcações darão colorido e animação ao rio.

O vento, que se prevê bom para a prática da vela, e o sol deverão ajudar a que a prova possa ser apre-ciada por todos aqueles que, numa margem ou outra do rio, optem por assistir ao evento.

As embarcações de vela de cruzeiro têm mais de dez metros e são dotadas de tecnologia que permite serem manobradas apenas por uma pessoa, embora na grande maioria as embarcações tenham uma tripulação superior a quatro elementos.

O I Troféu de Vela realiza-se sábado à tarde e domingo de manhã com os barcos a zarparem de Tróia.

Jogos do Sado com feira de pesca

OS CONCURSOS de pesca embarcada e de costa são o prin-cipal atractivo da Feira de Pesca Lúdica e Desportiva de Setúbal, cuja 3.ª edição decorre entre 19 e 21, no Parque de Albarquel. Inte-grada nos 11.os Jogos do Sado, a iniciativa da edilidade visa promover uma feira interativa

de pescadores para pescadores. A feira abre no dia 19, às 18

horas, com exposição, workshops e debates. Os concursos realizam-se a 20 e 21, às 8 horas, estando agendado para as 15 horas, o início do período de pesagem e distri-buição de prémios.

As águas da baia sadina vão embelezar-se com as embarcações

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16 mil no Queijo, Pão e Vinho Designers ‘vestem’ novo Toyota

O 19.º Festival Queijo, Pão e Vinho, que decorreu entre 5 e 7 deste mês em Cabanas, na Quinta do Anjo, recebeu cerca de 16 mil visitantes que ali comprovaram a exce-lente qualidade dos produtos

tradicionais da freguesia. O evento contou com a envol-vência de meia centena de empresas que aproveitaram a ocasião para promover os produtos locais e o turismo da região.

MAIS de cem designers portu-gueses responderam ao desafio da Toyota para ‘vestir’ os 5 iQ Urban Art. Trata-se de uma edição limitada de um citadino compacto da Toyota. O autor do desenho

vencedor vai ter direito a uma viagem dupla à Bienal de Veneza 2013. A decoração Urban Art, proposta pela artista Joana Vasconcelos, caracteriza-se pela irreve-rência e originalidade.

NEGÓCIOS

Sábado //13 . Abr . 2013 //

www.semmaisjornal.com

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A empresa Baía do Tejo, respon-sável pelos parques indus-triais do Seixal e do Barreiro,

com responsabilidades igualmente no de Almada, prevê investir ainda este ano quase 16 milhões de euros, 13 dos quais relacionados com a remoção dos passivos ambientais. Mas o plano de intervenção naqueles territórios é mais «ambicioso», considerando os 43

milhões de euros que estão previstos ao abrigo do próximo Quadro Comu-nitário Comum 2014/2020. «Há um claro objectivo desta empresa em requalificar ambientalmente estes territórios, atrair novos investimentos e criar verdadeiras condições de atrac-tividade», sublinhou Jacinto Pereira, presidente do conselho de adminis-tração da empresa.

A Baía do Tejo investiu, a título de exemplo, 1 milhão de euros na conclusão da via estruturante da Side-rurgia Nacional, na Quimiparque, tendo procedido igualmente à conclusão de múltiplos arranjos exte-riores na portaria sul e no edifício de serviços. Mas a infra-estruturação do local, que poderá ser novamente uma área de pura indústria, vai conti-nuar, embora o grosso do investi-mento total de 2,7 milhões de euros cabimentados para a requalificação dos territórios e infra-estruturas vá incidir em 2013 sobre a Quimiparque.

Para esta antiga área industrial do Barreiro, vista como sendo aquela que pode receber simultaneamente indústria, actividade económica e

habitação, está previsto investir meio milhão de euros na ligação de efluentes à rede em alta da Simarsul. «É preciso abrir a zona poente da cidade, infra-estruturá-la, recuperar edifícios em zona consolidada, cons-truir duas novas rotundas e proceder a conjunto de demolições de edifí-cios ali existentes», explicou o admi-nistrador Sérgio Saraiva. Em 2012, retiraram-se do local 121 mil tone-ladas de materiais piritosos, estando agora a ser escavada a zona que contém cinzas de pirite.

Relativamente à Margueira, tida como tendo mais apetência para se comparar à zona da «Expo» em Lisboa, o respectivo plano de urba-nização está aprovado e em vigor, estando agora a Baía do Tejo à espera dos territórios que devem passar para a sua alçada com a extinção do Fundo Margueira. Não há ali um grande passivo a resolver. «O Arco Ribeirinho Sul não são quintas, mas sim três territórios diferentes e complementares entre si, com o rio Tejo como área central», explicou Jacinto Pereira.

Terminal de contentores,porque não?

O presidente do conselho de administração da empresa explicou também que a estratégia da empresa para os territórios do Arco Ribeirinho Sul tem ter de em conta a necessidade «que o país tem de se reindustrializar». «Os parques do Seixal e do Barreiro podem estar na primeira linha desse processo», acredita Jacinto Pereira, que revelou ainda que a empresa está a organizar um fórum sobre reindustriali-zação a realizar na Casa da Cultura da Quimiparque no próximo dia 28 de Maio.

A instalação de um terminal de contentores num dos territó-rios da Baía do Tejo é vista, deste modo, com bons olhos, «porque poderia atrair o investimento» que a empresa procura. «É preciso aproximarmo-nos de Lisboa, posi-cionando-nos a nível interna-cional e no seio da Área Metro-politana de Lisboa», concluiu.

Baía do Tejo tem estratégia clara para antigas zonas industriais de Almada, Seixal e Barreiro. A Quimiparque deverá concentrar o grosso dos investimentos este ano. Objectivo: captar investidores e alavancar economia.

Plano ambicioso de investimentos anima Arco Ribeirinho até 2020

Instalação de terminal de contentores na zona é vista como oportunidade para atrair negócios

Administração da Baia do Tejo está empenhada em retomar em força a requalificação destes três importantes pólos industriais da Península de Setúbal

Bruno Cardoso

Porto de Lisboa quer investir 70 milhões no Barreiro

A AUTARQUIA barreirense e a Administração do Porto de Lisboa (APL) vão formar um grupo de trabalho com vista ao planeamento dos investimentos de ambas as partes na zona ribeirinha do concelho.

A medida foi avançada pelo vereador Rui Lopo, durante um debate ocorrido esta semana, no concelho, sobre o futuro da região. Na altura, o autarca garantiu ter recebido a confirmação da APL, de que vai «lançar tudo o que está previsto» no Plano de Urbanização da Quimiparque, num investimento portuário em infra-estruturas na ordem dos 70 milhões de euros.

Rui Lopo recordou que a intenção da APL de instalar-se no concelho «é já uma decisão antiga», em terrenos da jurisdição da Baía Tejo, que eram da jurisdição da APL, e que ficou fortalecida a partir de 2007, altura em que o Plano Estratégico criou uma «zona de reserva» no Barreiro.

Acerca da Doca da CP, o vere-ador responsável pela área do Planeamento, referiu que existe um dossier, na posse do secretário de Estado que prevê a entrega da Doca ao município do Barreiro, por um valor na ordem dos 150 mil euros .

Barreiro Parque Industrial Almada Margueira

Barreiro Passivos ambientaisSeixal Parque Industrial

Santiagro já tem data e prepara programa

A XXVI edição da Feira Agropecuária e do Cavalo de Santiago do Cacém vai este ano realizar-se entre os dias 31 de Maio e 2 de Junho. A inici-tiva, que todos os anos atrai ao concelho de Santiago dezenas de milhar de visitantes, decorrer no recinto de feiras e exposições do concelho. E para este ano são esperadas grandes novidades, dentro da linha de objectivos traçados pela organização, com muita animação e expositores.

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Page 9: Semmais_13_Abril

Sábado // 13 . Abr . 2013 // www.semmaisjornal.com 9

O FORÚM Montijo está a cele-brar, este ano, «dez anos de sucesso» e pretende continuar a ser um «centro comercial de exce-lência», como frisou ao Semmais esta segunda-feira Ricardo Esteves, director da superfície comercial.

Prova do sucesso comercial daquela infraestrutura que, segundo seu director, «é hoje um dos pontos fortes do crescimento e da economia» do Montijo e da região, está o facto de estar ocupado em cerca de 98 por cento e conti-nuar a ser procurado para albergar marcas e serviços. «Mesmo na actual conjuntura, somos procu-rados e temos tido a capacidade de diversificar e renovar a nossa oferta comercial, como prova a recente instalação da farmácia e dos novos conceitos na zona da restauração», explica Ricardo Esteves.

Com uma média anual de oito

milhões de visitantes e dois mil postos de trabalho directos, o Fórum Montijo não tem cessado investimentos. Ricardo Esteves lembra que de forma regular têm sido feitos «inúmeros investi-mentos» de modo a manter a funcionalidade e a atracção do equipamento. «A nossa estratégia é manter o edifício sempre actu-alizado e de forma permanente, sempre visionando os novos desa-fios. Já este ano estamos a remo-delar os WCs e toda a área da restauração, com novo mobiliário e nova iluminação», adianta o responsável.

Fórum é essencialna economia local

Em termos de marketing a estratégia da empresa passa por forte e apelativa política comer-cial, com eventos regulares e muitas

promoções. O director geral do Fórum Montijo, reafirma que esse factor «é um dos factores decisivos do percurso de sucesso» do equi-pamento, porque «marca a dife-rença e fideliza a clientela». E acres-centa: «Criámos novos hábitos e vamos continuar a fazê-lo».

Em ano de comemorações, uma das várias iniciativas projectadas é a Grande Corrida Fórum Montijo, a realizar a 12 de Maio, que pretende, segundo Ricardo Esteves, «juntar os montijenses e os clientes do Fórum» numa grande jornada em prol do desporto.

A COMPANHIA dinamar-quesa de reboques portuários SVITZER arrancou, esta semana, com a actividade no Porto de Sines.

A expansão da actividade a este porto vem responder às necessidades dos clientes em termos de fornecimento de serviços marítimos com um excelente histórico de segurança, assim como um elevado grau de confiabilidade, disponibilizando os rebocadores SVITZER Madeira e SVITZER Setúbal, aponta a administração portuária.

De acordo com a APS, a extensão da actividade da empresa ao porto de Sines «permite reforçar os serviços de reboque e serviços de resposta de emergência ao porto», considerado um ponto estratégico para o crescimento nas rotas Europa-Ásia e África-Europa.

Focada na segurança, a SVITZER aposta no permanente diálogo com o porto de Sines por forma a reforçar a segurança das operações, sobretudo consi-derando as ondas em redor deste porto. Nesse âmbito, foram esta-belecidos novos procedimentos operacionais, nomeadamente no que diz respeito ao melho-ramento das manobras, para benefício das tripulações, das frotas e do ambiente.

Nos últimos anos, a SVITZER tem vindo a reforçar a sua presença em Portugal através da moder-nização da sua frota, formação dos seus trabalhadores e expansão dos serviços portuários de modo a apoiar activamente a indústria marítima em Portugal. A SVITZER opera em Portugal desde 2005, contando agora com uma frota de 7 embarcações.

A entrada da companhia dinamarquesa em Sines, onde

compete com a já implantada Reboport, implicou um inves-timento global de 8,5 milhões de euros para a compra de equi-pamentos e formação dos traba-lhadores. A empresa, que pertence ao grupo AP Moller-Maersk, opera com dois rebo-cadores e 12 funcionários, aos quais Peter Rondhuis garante que será dado treino contínuo, nomeadamente num simulador móvel.

Fórum Montijo celebra dez anos de grande sucesso e vitalidade para manter-se na liderança

Grande superfície conta com 8 milhões de visitantes ano e 2000 postos de trabalho

Sem receios do ‘vizinho’ AlegroO director do Fórum Montijo acredita que a instalação do Centro Comercial Alegro, em Setúbal não vai fazer grande mossa nas perspectivas de facturação previstas para o futuro próximo. «É um empreendimento que faz sentido, porque a capital do distrito é a única zona que não dispõe de uma grande superfície deste género. Já ocorreram outras instalações vizinhas e não perdemos clientela. Vamos preparar-nos para isso, mas sabemos o que valemos e o que a concorrência não nos afecta.

A grande superfície do Montijo é um projecto de arquitectura modelar

Svitzer investe 8 milhões na PSA do porto de Sines Santa Cruz de Santiago

dá a provar néctares de qualidade

A 10.ª PROVA de Vinhos de Santa Cruz realiza-se este sábado, em Santa Cruz, Santiago do Cacém. A iniciativa organizada pelo Grupo Desportivo de Santa Cruz conta com a participação de cerca de 35 produtores de vinho da região, a maioria sem o produto comercializado.

«Dar a conhecer os produ-tores locais que, apesar de não terem o seu vinho à venda, produzem vinho de grande quali-dade», é um dos grandes objec-tivos da iniciativa, de acordo com Gonçalo Pereira, da direcção da colectividade, que recorda que o evento já está consolidado entre os produtores, população e visi-tantes.

«A adega do Cebolal e algumas adegas regionais são as únicas na região a comercializar o seu vinho, mas no futuro o objectivo é que no Litoral Alen-tejano surjam mais marcas e produtores certificados», acres-centou Gonçalo Pereira.

A prova é acompanhada de petiscos regionais e divide-se em vinhos dos pequenos produtores regionais e vinhos das adegas comerciais da região.

Às 15 horas, o júri, composto por enólogos e também pelo vere-ador do Turismo da Câmara de Santiago do Cacém, Álvaro

Beijinha, inicia o concurso e vai atribuir prémios ao melhor vinho tinto e ao melhor vinho branco nas duas categorias.

Álvaro Beijinha considera esta prova de vinhos como um «grande incentivo» para os produtores mostrarem o trabalho que desenvolvem e realça a importância dos produtos regio-nais.

«Sou apreciador de vinhos mas não sou especialista e a minha impressão dos anos ante-riores em que participei na inicia-tiva é muito positiva, os vinhos são de grande qualidade», acres-centou o autarca.

A expansão da empresa é mais um trunfo no bom desempenho do porto

Prova conta com 35 produtores

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Paulo Ribeiro pelos bombeiros Conversas com edil sadina

O DEPUTADO e candidato da coligação PSD/PP à presi-dência da Câmara de Palmela, Paulo Ribeiro, considera que a autarquia deveria apoiar mais os bombeiros do concelho, tendo em conta o

trabalho que elas prestam em prol das populações. E recorda que o Governo tem vindo a ajudar os bombeiros, destacando o aumento, em 50 por cento, para o combus-tível.

O PRÓXIMO “Conversas com a Presidente”, serviço de conversação online com a presidente da Câmara de Setúbal, através do facebook, realiza-se dia 15. O “chat” decorre entre as 21 e as 23

horas. Cada participante pode colocar até cinco ques-tões sobre assuntos relacio-nados com o concelho direc-tamente à edil, Dores Meira, obtendo as respostas em tempo real.

POLÍTICA

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CDU candidata a Almada líder da Assembleia Municipal do Seixal…

Joaquim Judas, presidente da Assembleia Municipal do Seixal, é o nome escolhido pela CDU

para tentar substituir Maria Emília de Sousa na presidência da Câmara Municipal de Almada. Durante a apresentação oficial da sua candi-datura, Joaquim Judas prometeu «levar os almadenses ao porto de paz, de segurança e de bem-estar que há tempo ambicionam chegar» e manter a obra «da incansável Maria Emília, a quem Almada tanto deve e com quem o município nunca deixará de contar».

Tecendo duras críticas aos partidos do arco da governabili-dade, Joaquim Judas sublinhou que o seu principal objectivo, integrado no colectivo CDU, passa por «guardar o extraordinário patri-mónio de realizações do povo de Almada, do seu movimento asso-ciativo e dos seus autarcas». «Trata-se de uma obra construída com trabalho, honestidade e compe-tência, enfrentando e vencendo difi-culdades enormes», lembrou.

Actual presidentevai ser mandatária

Já a actual presidente de câmara vai ser mandatária da candidatura da coligação em Almada, um concelho que disse estar «em contra-ciclo com o país e com um património avaliado em 174 milhões de euros, com tudo pago a tempo e horas». «Batalharemos também para manter a obra dos nossos SMAS, que cobrem a 100 por cento do território e que agora as políticas neo-liberais querem a todo o custo tirar-nos», garantiu. A autarca teceu, paralelamente, elogios a Joaquim Judas, mas também a Manuel Maia, que se volta a candidatar à presidência da Assembleia Municipal.

Joaquim Judas nasceu em Évora, é médico e membro da Ordem dos Médicos e reside em Almada desde 1970. Entre 2005 e 2009 foi eleito presi-dente da AM. do Seixal.

De uma assenta, a CDU lança os candidatos de Almada e Moita. Joaquim Judas vem do Seixal, Rui Garcia substitui João Lobo, uma das grandes surpresas da corrida autárquica.

A NÃO recandidatura de João Lobo à liderança da Câmara Muni-cipal da Moita provocou, por seu lado, surpresa. E a escolha da coli-gação recaiu sobre o actual vice, Rui Garcia. «Há que tomar precau-ções porque a Assembleia da República não esclareceu a lei sobre a limitação dos mandatos, especialmente numa altura em que há providências cautelares sobre o assunto em todo o país», clarificou João Lobo, para logo a seguir dizer que os objectivos do partido se mantêm, apenas mudando as caras. O autarca candidata-se agora à presidência da Assembleia Municipal da Moita.

Mas Rui Garcia é um nome bem conhecido na Moita, não fosse o actual autarca vereador na câmara municipal desde 1999. Durante a apresentação oficial da sua candidatura, Rui Garcia deixou claro que os objectivos do próximo mandato, caso ganhe as eleições, passam por «apoiar a economia local, captar inves-timento, apostar na reabilitação dos núcleos históricos antigos, dar atenção ao comércio local e não recuar nas políticas sociais, na cultura, desporto e educação». «O município tem uma situação regularizada e cumpre os seus compromissos e as suas funções sem prejudicar a qualidade dos serviços junto das populações», lembrou.

Guerra pelas freguesias vai continuar

O ainda vice-presidente da edilidade garantiu ainda não parar a luta pela manutenção de todas as freguesias no muni-cípio, mesmo que as próximas eleições se façam já tendo em conta as agregações que estão previstas. «Não há maquilhagem que chegue para disfarçar o facto de que não existem, por exemplo, dois Partidos Socialistas, um local e outro nacional», criticou.

Rui Garcia tem 50 anos e é professor do ensino básico. É autarca na Moita há 30 anos e milita no PCP desde 1983.

Textos de Bruno Cardoso

… e deposita confiança no actual vice para segurar a Moita

Jerónimo e Apolónia apelam a voto contra Troika

Em Almada, o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa apelou ao voto na CDU nas próximas autárquicas e lembrou que o acto eleitoral é o primeiro «depois de as Troikas, a nacional e a internacional, terem atacado o país». «Não precisamos de autarcas subservientes e reféns de um governo delapidador», completou Heloísa Apolónia, deputada d’Os Verdes na Assembleia da República.

Rui Garcia substitui João Lobo

Joaquim Judas está apostado em manter projecto de Emília de Sousa

Santiago do Cacém dá a conhecer ‘facetas’ de Álvaro Cunhal

Bloco abre nova sede no Barreiro

PS Montijo repudia incompetência do PSD

“VIDA, pensamento e luta: Exemplo que se projecta na actu-alidade e no futuro” é a exposição que inaugura este sábado, às 15 horas, no Museu de Santiago do Cacém. A mostra insere-se no âmbito das comemorações do cente-nário do nascimento do líder histó-rico do PCP.

A exposição, que poder ser vista até 6 de Julho, mostra várias facetas

de Álvaro Cunhal, nomeadamente na área política e artística. Alguns materiais foram cedidos por parti-culares sobre várias passagens de Álvaro Cunhal pelo concelho de Santiago do Cacém.

A vereadora Margarida Santos realça que a mostra contribui para que o público conheça de «forma mais aprofundada uma figura marcante da política».

A NOVA sede comissão conce-lhia do Barreiro do BE é inaugurada este sábado, às 18 horas, com as presenças de Catarina Martins e Mariana Aiveca, coordenadora nacional do BE e deputada pelo distrito à AR, respectivamente. O espaço, que se localiza na rua Miguel Bombarda, entre a PT e antiga loja do Militão, proporciona melhores condições de trabalho à equipa da concelhia barrei-rense. No mesmo dia, às 15 horas, na Câmara de Setúbal, o BE promove sessão pública para debater a crise e falar do futuro de Portugal.

A COMISSÃO concelhia do PS Montijo acusa o Governo PSD/PP de não se interessar pela Secundária Jorge Peixinho e acusa os deputados laranja do distrito de estarem a esconder as suas responsabilidades na abertura da 1.ª fase das obras de recuperação daquele edifício.

Diz o PS que as obras estão prontas há seis meses e que a resolução do problema passa por uma decisão política do Minis-tério da Educação. «Conside-ramos lamentável e repudiamos a incompetência política dos deputados do PSD eleitos por

Setúbal e do Governo, que preferem uma acção política com base na mentira e na dissimu-lação e desrespeito pelos monti-jenses», argumenta Francisco Santos.

Francisco Santos, líder local do PS

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«Os governos de José Sócrates tinhamuma visão estratégia para o distrito»

Coligação PSD/PP quer nova dinâmica parao concelho de Setúbal

Catarina Marcelino deixa o DNMS mas não abandona a política activa

Comecemos pelo balanço possível do seu mandato à frente do Depa-ramento Nacional das Mulheres Socialistas (DNMS)… Apesar das condições para exercer o mandato não terem sido aquelas que considerei ter quando me can-didatei, não podemos esquecer que não fui eleita para deputada nas úl-timas eleições legislativas, avalio positivamente o meu trabalho, e aproveito para afirmar as medidas propostas e integradas pelas MS nos Estatutos do PS, nomeadamente aquelas que levaram a que os atos eleitorais das mulheres socialistas deixassem de ser uma vergonha para o Partido, permitindo que esta es-trutura se afirme pelas razões esta-tutárias - a participação das mu-lheres na política e a integração da igualdade de género na sociedade portuguesa.

Que impacto considera que teve o seu trabalho enquanto líder na-cional das MS na participação ativa das mulheres na política, a nível nacional e no distrito?No distrito, julgo que o trabalho que realizei enquanto presidente fede-rativa deixou marcas profundas no alargamento da participação ativa de mais mulheres na política e na sua implicação, quer na decisão quer no acesso aos lugares de poder nas estruturas do PS. A nível nacional destaco a formação de capacitação das mulheres na política que envol-veu mais de 1000 mulheres em todo o país, muito alavancada pelo tra-balho de algumas estruturas fede-rativas e cujo principal objetivo foi capacitá-las para a participação nas próximas autárquica, e a denúncia feita pelas MS no último 25 de No-vembro das situações em que os

homicidas conjugais são herdeiros das suas vítimas, estando o Grupo Parlamentar do PS a trabalhar numa proposta legislativa que altere esta situação.

Porque razão não se recandida-tou? Boa questão (risos). Não me recan-didatei porque defendo que a pre-sidente das Mulheres Socialistas tem que ter totais condições políticas para desempenhar o cargo para que foi eleita, tal como acontece com o secretário-Geral ou o secretário-Geral da JS. Depois de muito pon-derar considerei que uma vida pro-fissional independente da política e a inexistência de palco político como o da Assembleia da Repúbli-ca, mesmo com um esforço pesso-al redobrado como aquele que vivi durante os últimos dois anos, não permite o desempenho do cargo da forma que o equaciono.

Podemos aferir então que são ra-zões de ordem pessoal… Sim e não. Veja bem, desloquei-me por todo o país apoiando o traba-lho das federações, com total dedi-cação e muito esforço, e se por um lado hárazões pessoais envolvidas nesta minha decisão, por outro há a falta de vontade do partido em as-sumir esta liderança em paralelo com as outras existentes ao mes-mo nível.

Não vai, contudo, deixar de apoiar uma das candidatas à sucessão?Posso dizer-lhe que revejo-me na candidatura de Graça Fonseca, por-que tem uma visão progressista da sociedade e do partido, defende va-lores e ideias que se coadunam com as minhas, não pretende tornar as MS numa estrutura de ação social, e assume uma postura de que a de-fesa dos Direitos Humanos e das causas não pode, em nenhuma cir-

cunstância, ser condicionada pela conjuntura económica e política do momento. Estou a falar da Procria-ção Medicamente Assistida e da ado-ção de crianças por casais de pes-soas do mesmo sexo.

«Distrito está a ser muito penalizado Por este Governo»

Passando para questões mais abran-gentes, como é que avalia o impac-to da atual situação económica e política na nossa região?Tendo em conta a situação que es-tamos a viver em Portugal e outros momentos do passado em que o dis-trito foi o território mais massacra-do no plano nacional, considero que nos estamos a aguentar. Mas não posso deixar de referir que também desta vez o distrito foi fortemente penalizado pelas decisões do atual Governo. Os governos liderados por José Sócrates tinham uma visão e um projeto para a nossa região que iria enterrar definitivamente a som-bra das bandeiras negras, trazendo progresso e desenvolvimento eco-nómico sem precedentes.

Refere-se a quê, em particular?Ao novo aeroporto, ao TGV, e tam-bém à terceira travessia do tejo, pla-taforma logística do Poceirão, pro-jetos turísticos na Costa Alenteja-na. Hoje estamos numa espiral re-cessiva brutal, cuja âncora que vai aguentando a região são investi-mentos como a Auto-europa, a Por-tucel ou o porto de Sines. Precisa-mos de apoiar o investimento de forma a gerar emprego e a tornar a economia competitiva. A austeri-dade é sinónima de precariedade. Não podemos continuar neste ca-minho.

Tendo em conta as autárquicas que se avizinham como é que avalia a estratégia do seu partido na região?Quanto às autárquicas no distrito, parece-me que há decisões que tal-vez não tenham sido as melhores, mas só após as autárquicas podere-mos avaliar verdadeiramente se o foram ou não. Estas eleições têm al-gumas situações sensíveis para os partidos como a saída de autarcas por limitação dos seus mandatos. O PS tem dois concelhos nesta situa-ção, também a não recondução da candidatura do presidente de Alcá-cer do Sal pode ser uma dificuldade, a opção da presidente da Federação, Madalena Alves Pereira, de não avan-çar para o Barreiro e ainda não se conhecer o ou a candidata a Setú-bal, são situações que me preocu-pam. Considero positivo haver duas mulheres candidatas a câmaras em Palmela e em Alcochete.

Na hora de abandonar a liderança da Mulheres Socialistas, Catarina Marcelino faz um balanço positivo da sua actuação. Não se recandidata por não conseguir «condições totais» para exercer o cargo com a mesma disponibilidade. E está expectante sobre as soluções encontrados pela federação do PS para as Autárquicas de Outubro.

Dobrar «futuro nublado»e disponível para futuros combates

Catarina Marcelino encara «o futuro nublado» com «esperança, ambição e muita determinação». E sobre o futuro do país afirma que «é preciso olhar para a democracia de forma diferente, reforçando a intervenção cívica, com partidos mais abertos à sociedade civil». E defende «mais jovens, mais mulheres e mais independentes nas

decisões políticas». E garante que vai continuar na política activa no futuro próximo, seja no distrito, seja no concelho do Montijo, «o lugar de pertença», como sublinha. «Estarei sempre disponível para a causa pública na defesa intransigente da democracia e da igualdade», afirma, categórica.

AS CONCELHIAS do PSD e do PP de Setúbal apresentaram quinta-feira à comunicação social, as razões do acordo da coligação para a presidência da Câmara de Setúbal celebrado entre os dois partidos, no passado dia 28 de Março. O objectivo, segundo dizem, é criar «uma dinâmica que contrarie a degradação da cidade».

Paulo Calado, presidente da concelhia laranja, considera que é necessário «fomentar uma dinâ-mica» que coloque Setúbal ao nível das grandes cidades do País. «Basta comparar Setúbal com alguns concelhos vizinhos, alguns da mesma força política que lidera em Setúbal, e reparar que não se vê este definhar económico e degra-dação que paira sobre a cidade», sublinha.

João Viegas, presidente do PP de Setúbal, afirmou que está na hora de mobilizar os setubalenses para um «projecto alternativo» para o concelho. «A autarquia vai apresentando algumas propostas que, em alguns casos, diferem do inicialmente proposto. Nota-se que não há um projecto concreto definido».

O volume de obras no concelho é uma área que preocupa os repre-sentantes da coligação, devido aos custos «desmesurados» e ao «desbaratar do dinheiro dos contri-buintes». Paulo Calado denuncia a «má gestão, a falta de planea-mento e a precipitação no assumir de algumas obras em ano de elei-ções, que comprometem a autar-quia para as próximas décadas», enquanto João Viegas fala em difi-culdades criadas ao tecido indus-trial, uma vez que a Câmara «só consegue pagar a fornecedores a 250 dias».

As linhas fortes estratégicas que a coligação PSD/PP propõe vão ser apresentadas pelo cabeça de lista Luís Rodrigues no próximo dia 15.

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João Viegas (PP) e Paulo Calado (PSD)

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MÚSICADIA 13 ÀS 21H00 NA CASA DA CULTURA/SALA JOSÉ AFONSO – CON-CERTO LEVI. LEVI está de volta, depois de 6 anos de silêncio, o cantautor setubalense apresenta o seu quarto trabalho de originais. “If you can’t beat them” é o sucessor de “Self Portrait” e será apresentado pela primeira vez na Casa da Cultura, num concerto antecedido por uma prova de vinhos promovida pela adega Quinta de Alcube. São duas razões numa só que fazem deste um concerto obrigatório e a não perder./ Entrada: 5€CINEMA DIA 14 ÀS 16H30 NA CASA DA CULTURA/ SALA JOSÉ AFONSO – CICLO “CINEMA DA MÚSICA”, THE JAZZ SINGER, de Alan

Crosland (1927, 89’). Oficialmente considerado o primeiro filme falado da história do cinema. Banda Sonora Original e Orques-tra Vitaphone dirigida por Louis Silvers./ Sessão apresentada pelo

maestro Afonso Malão./ Entrada gratuita

TEATRODIA 13 ÀS 21H30 NO TEATRO ESTÚDIO FONTE NOVA – UM

TANGO COM GARDEL. O mito de Carlos Gardel é

irrefutável. Ele cria uma identida-de, uma distinta maneira de cami-nhar, de sorrir, de cantar e de actuar perante o mundo e as coisas da vida. Uma viagem às

origens do tango, da dança à canção, onde Gardel leva a todo o mundo esta nova forma de se sentir o tango. No dia seguinte,

apagava-se a voz de “El Morocho del Abasto” que

cada dia cantava melhor. E assim nascia uma lenda./ M/12 Bilhete:5€ | Desconto: 3€ (estudantes, menores de 25, maiores de 65)

Encontro de coros no Forum Revista popular na AMBA

O FORUM Municipal Luísa Todi, em Setúbal, acolhe este sábado, dia 13, a partir das 21h30, mais um Encontro de Coros da Cidade de Setúbal, com entradas a dois euros. Participam o Coral Luísa Todi,

o Coro de Câmara de Setúbal, o Coro da Escola Secundária de Bocage e o Coro de Câmara do Conservatório Regional de Setúbal. O evento integra-se nas comemorações dos 25 anos do Conservatório.

A ASSOCIAÇÃO dos Mora-dores do Bairro da Anunciada, em Setúbal, continua a levar à cena a revista popular “Agarra q´é coelho”, com textos de António Reisinho e encenação de Fátima Saraiva. Sara Marga-

rida e Carla Lança dão voz às cantigas. O espectáculo, com a duração de duas horas e todo feito por amadores, está a ter uma boa adesão de público e deverá partir em digressão após a sessão de 20 de Abril, às 21h30.

CULTURA

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Cartaz...

“Vamos Cantar Abril” é o espectáculo de Samuel que convida Manuel Freire e Francisco Fanhais para cantarem cantigas de Abril. A iniciativa insere-se nas comemorações do 39.º aniversário do 25 de Abril de 1974.Auditório Augusto Cabrita,Barreiro | 21h30.

Cantar Abril

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Dança da vida

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sáb

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O espectáculo “La Ligne de Vie”, da Companhia de Dança de Almada, com coreografia de Carla Jordão, parte do trabalho do pintor René Magritte, sendo representado em cena parte do universo artístico deste pintor. Teatro Joaquim D´Almeida, Montijo | 21h30.

Escolhas SadinasPor Ana Sobrinho

Tons do fadoO fadista Marco Rodrigues apresenta o seu novo trabalho intitulado “EntreTanto”. Trata-se de um disco de muitas vontades. “Coração olha o que queres” é a música que revela o novo CD do artista nortenho.Auditório António Chaínho, S. Cacém | 21h30.

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Biedermann e os Incendiários”, de Max Frisch, e “Era uma vez… El-Rei Tadinho”, baseado no livro

de Alice Vieira, são as duas peças que o ArteViva – Companhia de Teatro do Barreiro estreou no passado fim-de-semana, no seu espaço sito no centro comercial Pirâmide. A primeira estará em cena até Junho, às sextas e sábados, às 21h30, e a segunda até final de Maio, aos sábados, às 16 horas.

Jorge Cardoso, o encenador de ambas as produções, realça que “Biedermann e os Incendiários”, que foi levada à cena por «três vezes em Portugal, duas nos anos 60 e uma nos anos 70», é um texto «extremamente actual que faz as pessoas questio-narem-se» e que está a ter um «óptimo» feedback do público. «Deu-nos um grande prazer fazer este espec-táculo. Penso que é um grande texto de teatro do século XX, e, infelizmente, ainda se mantém actual no século XXI. Não é por acaso que nos princi-

pais palcos da Europa e do Brasil, este texto continua a ser levado à cena algumas décadas depois de ter sido escrito, o que é sinal que as pessoas continuam a ver nele uma grande actualidade», argumenta.

No dia seguinte, o ArteViva estreou também, para os mais novos, “Era uma vez… El-Rei Tadinho”, uma adap-

tação de Paula Magalhães baseada no livro “Graças e Desgraças da Corte de El-Rei Tadinho”, de Alice Vieira (1984), recomendado pelo Plano Nacional de Leitura para o 3.º ano de escolaridade. «É um espectáculo infantil muito interessante e reco-mendo a todas as pessoas», sublinha Jorge Cardoso.

ArteViva estreia peçaspara miúdos e graúdos

A FANFARRA dos Bombeiros Voluntários de Setúbal vai organizar dois bailes para angariação de fundos para a aquisição de fardamento e de instrumentos musicais. As iniciativas terão lugar a 25 e 28 deste mês, às 15h30, na União Setubalense. As entradas para os bailes, que serão animados por Diogo Santos, custam apenas 2,50 euros.

Henrique Leal, autor do projecto musical Arte Nova, que arrancou há dois meses atrás, com vista dar «fôlego» à fanfarra que corria o risco de desaparecer após vários anos de actividade, está convicto da genero-sidade da população. «Acredito e tenho muita esperança que a população setubalense nos ajude nem que seja com pouca coisa para não deixar morrer este projecto que tem pernas para continuar», frisa, acrescentando que, além dos bailes, Henrique Leal não se cansa de procurar apoios junto de outras entidades. «A crise é geral mas estou convicto que vou conse-guir alcançar os objectivos. Espero

que se divirtam nestes bailes e nos dêem mais alguma coisa sem ser apenas o bilhete de entrada».

O projecto Arte Nova conta com o apoio de várias entidades, entre as quais a Associação dos Comerciantes do Distrito de Setúbal e o SMJ.

Para breve estão previstas outras acções do género em colectividades de Setúbal para ajudar a Fanfarra dos Voluntários - composta por 22 elementos - com dez fardas e cinco caixas. A fanfarra está de agenda carre-gada para o corrente mês, estando já também garantida a sua presença na procissão das Velas, em Setúbal, nas festas de Tróia e em jogos do V. Setúbal, no Estádio do Bonfim.

Fanfarra angaria verbas

Temos convites para oferecer aos nossos leitores para irem assistir às peças “Biedermann e os Incendiá-rios”, de Max Frisch, e “Era uma vez… El-Rei Tadinho”, baseado no livro de Alice Vieira, acabadinhas de estrear no Teatro Municipal do Barreiro, pela mão do ArteViva – Companhia de Teatro do Barreiro, com encenação de Jorge Cardoso. A primeira estará em cena até Junho, às sextas e sábados, às 21h30, e a segunda até final de Maio, aos sábados, às 16 horas. Para se habilitar aos convites, basta ligar 918 047 918.

Ganhe bilhetes para peças do ArteViva

A EDITORAL Presença acaba de lançar no mercado o “Inglês em 30 Dias”, que faz parte da colecção “Novos Manuais de Línguas”. Trata-se de um manual que irá ajudar o leitor a dar os primeiros passos na língua inglesa.

São 30 lições que tratam temas e situações do quotidiano, contendo, no final de cada uma delas, uma listagem de vocábulo específico e um apontamento cultural.

Contém excelentes explicações gramaticais, acompanhadas de exer-cícios, um apêndice com as soluções para todos os exercícios e testes inter-calares que avaliam os passos dados na aprendizagem.

O Inglêsem 30 dias

Diogo Santos vai animar os bailes

“Era uma vez... El-Rei Tadinho” é um espectáculo recomendado a todos

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“NÃO faças aos outros” é a peça de teatro, inserida no projecto de responsabi-lidade social da Fundação Portugal Telecom – Comu-nicar em Segurança, que vai ser apresentada, no audi-tório Municipal Charlot, no dia 30 deste mês, às 15 horas, com entradas a um euro. As receitas revertem a favor do projecto “Prioridade às Crianças”, da Cáritas.

Comunicar em Segu-rança pretende sensibilizar a comunidade educativa,

sobretudo crianças e jovens para o uso correcto e seguro das novas tecnologias, sobre-tudo da Internet e dos tele-móveis.

Nesse sentido, foi desen-volvida uma peça de teatro com a duração aproximada de 60 minutos, sobre o tema Cyberbullying que, de uma forma lúdica, junta três actores conhecidos, Pedro Górgia, Alexandre Silva e Vicente Morais, para falar e reflectir sobre este tema tão actual.

Reforçando o papel de responsabilidade social da Fundação Portugal Telecom, pretende-se mobilizar os jovens para uma causa de solidariedade que permita ajudar outras crianças em situação carenciada. Assim, todos os alunos que assis-tirem a peça contribuem com 1 euro. O valor angariado pelos alunos e escola, será duplicado pela Fundação PT e reverterá para o projecto “Prioridade às Crianças” da Cáritas.

Peça de teatro angaria verbas para crianças da Cáritas de SetúbalÉ mais uma iniciativa para ajudar a Cáritas no apoio a famílias carenciadas. Mas o evento é organizado pela Fundação Portugal Telecom.

Pub.

Animateatro acolhe drama místico “Oração”

“Olhos de Gigante” no palco do Bando

A ANIMATEATRO, sedeada na Amora, Seixal, está a organizar o 1.º acolhi-mento internacional da companhia brasileira Cara-vana Cultural ETRA Eventos, com a peça “Oração”, de Fernando Arrabal, entre 6 e 13 deste mês, às 21h30.

Este acolhimento visa promover em 2013 tempo-rada em terras portuguesas popularizando a obra de Fernando Arrabal, atrair espectadores de Setúbal, Seixal e Amora, além de inter-câmbio cultural no ano do Brasil em Portugal.

O espectáculo, um drama místico, com a duração de 45 minutos, baseia-se na encenação de um ritual místico, protagonizado por Fídio e Lílbe, revelando em quadros vivos cenas com imagens do nascimento até a Paixão de Cristo, expondo de forma instigante e irresis-tível o absurdo da drama-

turgia de Fernando Arrabal e uma reflexão sobre direitos humanos universais.

Com encenação de Waldir Fernandes, “Oração” é interpretada por Waldir Fernandes e Jacqueline Lemos e conta com ceno-grafia e figurinos de Orlando Fantasias.

“Oração” já marcou presença em vários encon-tros de teatro, tendo os seus protagonistas ganhado prémios de melhor interpre-tação.

“OLHOS de Gigante”, dedicado ao público mais novo e criado a partir de textos de Almada Negreiros, é a nova aposta do Bando. Desenvolvido em co-produção com o TNDM II, o espectáculo estará em cena em Vale dos Barris, em Palmela, de 25 a 28 deste mês, às quintas às 11h15, às sextas e sábados às 21h15, e aos domingos às 16h15.

A dramaturgia e ence-nação é de João Brites e Miguel Jesus, a música de Jorge Salgueiro e as interpre-tações são de Ana Brandão, Raúl Atalaia e Gil Gonçalves. No dia 25 de Abril, o espec-táculo tem entrada livre para menores de 18 anos.

A peça vai contar com jovens actores

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A proposta, aprovada pela Assembleia Municipal, prevê a manutenção da taxa de IMI

nos 0,4 por cento, valor 25 por cento abaixo do máximo previsto na lei, que é de 0,5 para os prédios urbanos avaliados nos termos do Código do Imposto Municipal sobre Imóveis.

Em vez de aumentar a taxa, a autarquia entendeu não promover o seu agravamento, «devido à carga fiscal prevista no Orça-mento de Estado para 2013, que dificulta ainda mais a vida a muitas famílias».

Quanto aos prédios rústicos e urbanos, as taxas permanecem nos 0,8 e 0,7 por cento, respectiva-mente. De igual modo mantêm-se os estímulos aos projectos de reabilitação urbana. Estes incen-tivos traduzem-se numa mino-ração da taxa do IMI por um período de cinco anos, e podem ser de 10, 20 ou 30 por cento.

Assim, em caso de recuperação integral do prédio, interno ou

externo, sem aumento de Super-fície Total de Pavimento (STP), a redução é de 30 por cento. Para os proprietários que efectuem a recuperação geral externa ou recu-peração geral de infra-estruturas internas, sem aumento de STP, o incentivo é de 20 por cento. Por último, o benefício é de 10 por cento se a recuperação for parcial e existir um aumento de STP. Diz a câmara liderada por Augusto Pólvora que estas medidas «são importantes para melhorar a qualidade das habitações, valorizá-las e reforçar

a atractividade da vila em termos turísticos».

A autarquia decidiu ainda eliminar a redução do IMI verifi-cada nos anos anteriores para os prédios arrendados, na sequência da extinção da Taxa de Conser-vação de Esgotos em 2013, que «desagrava substancialmente a carga fiscal dos proprietários», e, por outro lado, não agravar o IMI para os prédios degradados, visto que estes estão a ser objecto de reavaliação por parte do Minis-tério das Finanças.

Barreiro mostra Descobrimentos Moita apoia Cabo Verde

O CENTRO Hospitalar Barreiro Montijo, EPE realiza, ao longo deste mês, a expo-sição “As viagens portuguesas e o encontro das civilizações”, gentilmente oferecida por Camões, Instituto da Coope-

ração e da Língua.A exposição, composta por 21 cartazes com texto e foto-grafias, realiza-se na entrada principal do Hospital de Nossa Senhora do Rosário – Barreiro, até ao dia 30 de Abril.

O MUNICÍPIO da Moita formalizou, esta quarta-feira, um protocolo com a Fundação João Lopesl de Cabo Verde. A Fundação João Lopes pretende desen-volver actividades em

Portugal, nomeadamente nos municípios com forte presença da comunidade cabo-verdiana, como é o caso da Moita, no âmbito da educação, cultura e filantropia.

LOCAL

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O PRESIDENTE da Câmara Municipal da Moita, João Lobo, reuniu esta semana com a direcção do Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações e com a Junta de Freguesia da Baixa da Banheira, a propósito do anun-ciado encerramento da Estação de Correios da Baixa da Serra, na Baixa da Banheira.

Nesta reunião, o autarca ouviu as preocupações dos representantes dos trabalha-dores e da junta de freguesia e manifestou a sua solidariedade com os trabalhadores da estação da Baixa da Serra e com a popu-lação da freguesia, relativamente a esta matéria. O fecho daquela estação de correios representa mais um duro golpe nos serviços públicos de proximidade exis-tentes no concelho, penalizando quer a população em geral, quer o tecido empresarial da freguesia, mas sobretudo a popu-lação mais carenciada, idosa e

com maiores dificuldades de deslocação.

Perante a situação criada, o presidente vai propor uma tomada de posição da Câmara Municipal contra o encerra-mento da Estação de Correios da Baixa da Serra e solicitar uma reunião, com carácter de urgência, ao Conselho de Admi-nistração dos CTT, para trans-mitir a oposição da população e do município em relação a esta medida.

Sesimbra ‘alivia’ Imposto sobre Imóveis

Câmara da Moita contra fecho de posto dos correios

Montijo no Dia do Património

Fórum do Seixal comemora duas décadas

Coastwatch em Alcochete

O executivo comunista da Câmara de Sesimbra decidiu manter a taxa de Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) para 2012, a cobrar em 2013, bem como incentivos aos proprietários que efectuem obras de recuperação no núcleo urbano antigo da vila de Sesimbra.

A CÂMARA do Montijo associou-se à Direcção-Geral do Património Cultural nas comemorações do Dia Internacional dos Monumentos e Sítios, que se assinala dia 18.

Este ano, a autarquia vai levar a efeito a realização da iniciativa “Quintas com história”, que consiste em visitas guiadas à Quinta do Páteo d` Água, nos dias 18 e 20 de Abril.

Para o executivo, esta comemo-ração tem por objectivo «sensibi-lizar o público para a diversidade e vulnerabilidade do património», bem como para o «esforço envol-vido na sua protecção e conser-vação».

Como exemplo, aponta a Quinta do Pateo D’Água, que data do século XVI. O conjunto arquitectónico compreende, para além de casa de habitação, uma ermida. As obras de recuperação foram realizadas de modo a manter a traça original do palacete, de forma a preservar todo o espólio existente. A quinta foi inau-gurada em Agosto de 2009 e actu-almente alberga a sede da Junta de Freguesia de Montijo.

O FÓRUM Cultural do Seixal comemora 20 anos de actividade ininterrupta.

Construído para assegurar o acesso e a promoção dos bens cultu-rais, o equipamento conta com uma actividade regular, dedicada a todos os públicos, que se divide entre a Biblioteca Municipal, o Auditório Municipal e a Galeria Augusto Cabrita.

Vinte anos de produção cultural, lado a lado com instituições, colec-tividades e artistas do concelho que vão ser assinalados a partir deste mês, e até ao final do ano, com um vasto programa de iniciativas.

A biblioteca oferece empréstimo domiciliário, audiovisual, infor-mação à comunidade, publicações periódicas, ludoteca e informática.

O auditório continua a receber elogios de artistas locais, nacionais e estrangeiros.

A Galeria de Exposições Augusto Cabrita tem acolhido, para além das belas artes, apresentações de obras literárias e outras de autores do Seixal ou relacionadas com este.

UM GRUPO de alunos da Escola Secundária de Alcochete parti-cipou, em Março, na 23.ª Campanha Coastwatch.

Promovida pelo GEOTA, a iniciativa incidiu sobre a fauna e a flora do Sítio das Hortas, vila de Alcochete e Salinas de Samouco.

Os alunos procederam à moni-torização, através do preenchi-mento de questionários que são remetidos ao Coastwatch e poste-rior elaboração do relatório anual de monitorização do território português.

O Coastwatch é um projecto que nasceu na Irlanda, em 1988, e decorre em 23 países europeus.

TCB realizam inquérito no Barreiro

OS TRANSPORTES Colec-tivos do Barreiro (TCB) vão realizar o seu segundo inqué-rito de Satisfação ao Cliente para recolher dados relativos ao comportamento dos passa-geiros de transportes públicos no concelho.

O inquérito decorre a bordo dos autocarros, nas paragens, no interface do Barreiro e nas estações da Fertagus servidas pelos TCB. Esta iniciativa tem como objectivo conferir ao operador um maior controlo e garantia da qualidade do serviço que presta.

Este projecto de recolha de informação insere-se no plano do curso profissional Técnico de Comunicação, Marketing, Relações Públicas e Publici-dade da Escola Secundária Augusto Cabrita.

Menos carga fiscal para combater a crise

Forum é uma referência cultural

Autarquia protesta junto dos CTT

Município incentiva investimento na recuperação de imóveis privados

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OS PRESIDENTES das juntas de freguesia de Alvalade, Cercal do Alentejo e Ermidas-Sado mani-festaram-se, quinta-feira, contra o encerramento dos correios nas três localidades.

Alvalade recebeu a confirmação dos CTT, de que, a partir de segunda-feira, o serviço será assu-mido por um privado, disse o presi-dente da junta, Rui Madeira, para quem a população tem de «lutar». «Hoje são os correios, amanhã a GNR, depois o centro de saúde e qualquer dia é a junta», afirma.

Cercal do Alentejo também vai promover uma sessão de esclare-cimento na segunda-feira. O autarca Sérgio Santiago diz não ter confirmação de quando a estação de correios local irá fechar, mas tem «conhecimento da intenção» de entregar o serviço a um privado. O presidente de Ermidas-Sado, Alberto Brito, foi informado, há

um mês, de que os CTT já teriam «arranjado um privado para entregar o balcão dos correios», mas não recebeu comunicação formal sobre o fecho do serviço.

Em comunicado, o município de Santiago do Cacém garante que «fará o que estiver ao seu alcance para evitar o encerramento destas estações de correios», referindo que «solicitou o agendamento urgente de uma reunião» com a administração dos CTT.

INICIATIVAS

Freguesias de Santiago em bloco rejeitam encerramento dos CTT

Almada entrega petição contra terminal

Escolas de Setúbal testam segurança

Sines previne violência

Mau tempo com prejuízos de 3 milhões nos arrozais de Alcácer

AUTARCAS de Almada, entre os quais a presidente Emília de Sousa, entregaram no dia 9, na Assembleia da República, à vice-presidente Teresa Caeiro, as mais de 6 400 assinaturas resultantes da Petição Pública contra a cons-trução do terminal de contentores na Trafaria.

Na petição é afirmada «a profunda convicção de que a concretização da construção» de um mega terminal de contentores naquela freguesia do concelho de Almada «corresponderá a um crime ambiental de “lesa pátria”, inci-dindo numa zona de grande riqueza ambiental e paisagística».

A petição resulta da decisão tomada em reunião com a popu-lação da Trafaria, no passado dia 23 de Fevereiro, um dia após o Governo ter anunciado publica-mente a intenção de avançar com esse projecto.

ASSINALA-SE, este ano, o cente-nário do nascimento de Álvaro Cunhal. O município de Palmela assinala a data com exposições, conferências e cinema. O programa arranca a 15, com a exposição/mostra bibliográfica sobre a sua vida e obra. Pode ser vista na biblioteca local até 18 de Maio.

NO DIA 15, pelas 17 horas, no âmbito do projecto Comenius, a Secundária de Casquilhos (Barreiro) vai ser a anfitriã do 5.º Encontro Internacional do Programa de Aprendizagem ao Longo da Vida da Comissão Europeia, sob o lema “Direitos Humanos e Literacia Digital Para Jovens Europeus”.

“PELO Sonho é que Vamos – 60 Anos” é a exposição comemo-rativa do 89.º aniversário de Sebastião da Gama que inaugura este sábado, às 17 horas, no Museu Sebastião da Gama, em Azeitão. Manuscritos de poemas da obra “Pelo Sonho é que Vamos” são expostos nesta mostra organi-zada pelo município.

DEPOIS de seis anos de silêncio, o músico setubalense Levi apre-senta este sábado, às 21 horas, o seu quarto trabalho de origi-nais. “If you can’t beat them” é o sucessor de “Self Portrait” e será apresentado pela primeira vez na Casa da Cultura, em Setúbal, num concerto antece-dido de uma prova de vinhos pela adega Quinta de Alcube.

EXPOSIÇÃO de meios técnicos e viaturas, demonstrações com equipas cinotécnicas, operações stop e formações em primeiros socorros são actividades da Semana da Segurança e Educação Rodo-viária, que decorre entre 15 e 19 em escolas de Setúbal.

Cerca de 1 500 alunos são espe-rados nesta iniciativa organizada pela edilidade em parceria com o Agrupamento Vertical de Escolas Barbosa du Bocage e forças de segurança e protecção e socorro, como PSP e Bombeiros Sapadores.

À semelhança de anos ante-riores, este projecto pretende contribuir para o desenvolvimento de uma cultura de segurança e educar as crianças para atitudes de responsabilidade e cidadania.

Um circuito de prevenção rodo-viária, simulacros recorrendo a meios externos, uma exposição promovida pelo Instituto da Conser-vação da Natureza e das Florestas e uma palestra sobre voluntariado são outras actividades propostas a alunos, pais e pessoal docente e não docente.

A COMISSÃO de Protecção de Crianças e Jovens de Sines, o projecto A Priori e a Intervenção Precoce na Infância de Sines assi-nalam em Abril o Mês da Prevenção dos Maus-Tratos na Infância.

Campanhas de sensibilização, murais, actividades criativas e visu-alização de filmes são algumas das iniciativas previstas. A Comissão Nacional de Protecção das Crianças e Jovens em Risco e a Câmara de Sines apoiam o programa de inicia-tivas.

A INUNDAÇÃO dos arrozais do vale do Sado está a prejudicar o início das sementeiras, estimando já a associação de orizicultores prejuízos de 3 milhões de euros.

A preparação dos terrenos «já deveria estar bastante avançada», disse à Lusa João Mendes, presi-dente da Associação de Orizicul-tores, com sede em Alcácer do Sal. Tal só poderá acontecer, na maioria dos casos, «depois de as águas escoarem e as terras enxu-garem durante pelo menos três a

quatro semanas», o que irá atirar a sementeira para Junho, já «fora da época».

O responsável, que é também dirigente do Agrupamento de Produtores de Arroz do Vale do Sado (Aparroz), defendeu que o Ministério da Agricultura deve «conceder um apoio à recons-tituição ou reposição do poten-cial produtivo das explorações afectadas», através dos fundos do Programa de Desenvolvi-mento Rural (PRODER).

Matriz de Grândola é património

Centenário de Álvaro Cunhal

Casquilhos recebe evento

Da Gama relembrado

Cantor Levi lança novo álbum

A IGREJA matriz de Grân-dola foi classificada como monu-mentos de interesse público.

Na edição de quarta-feira do Diário da República, é oficia-lizada a classificação do edifício situado na Praça Marquês de Pombal. A igreja foi fundada em finais do século XIV ou inícios da centúria seguinte, sendo então uma capela dedi-cada a Nossa Senhora da Aben-dada, refere o texto da portaria n.º 192/2013.

A igreja tem recebido nos últimos anos concertos do Festival de Música Sacra Terras Sem Sombra, cuja edição de 2013 foi apresentada esta semana, em Lisboa.

A CÂMARA de Palmela orga-niza, a 20 e 21 deste mês, o 12.º Curso sobre Ordens Militares, sob o tema “Homens de Oração e Homens de Ação: Mestres e Freires”.

A iniciativa pretende reunir alguns dos principais especialistas das áreas da História e da Litera-tura sobre as Ordens Religioso-Militares, para reflectir sobre certas dinâmicas sociológicas presentes no interior das Ordens e a sua arti-culação com a nobreza.

Os participantes terão opor-tunidade de conhecer, de forma mais aprofundada, personagens incontornáveis da nossa História, como Gualdim Pais, Vasco da Gama ou D. Jorge.

O programa integra sessões teóricas no auditório da biblio-teca local e uma visita de estudo ao Palácio Nacional de Sintra, com

especial enfoque na Sala dos Brasões. As inscrições têm o valor de 5 e 10 euros e devem ser efec-tuadas até dia 18, no Gabinete de Estudos sobre a Ordem de Santiago.

Palmela, sede da Ordem de Santiago, continua a afirmar-se

enquanto ponto internacional de confluência de investigadores. Além dos cursos, a autarquia tem promovido, desde 1989, um vasto conjunto de encontros, simpósios e conferências, dos quais tem resultado uma riquíssima produção bibliográfica.

Palmela debate homensde oração em Ordens Militares

Mais novos aprendem regras

Autarcas ameaçam com protestos

A sede da Ordem de Santiago localiza-se no Castelo de Palmela

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