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Seminário - A pesca do atum no Ceará: aspectos legais, institucionais e ordenamento Palestra 3 - Responsabilidades do Brasil perante a ICCAT: contexto da pesca de cardume associado Fortaleza – Ceará 21 de maio de 2018 Prof. Paulo Travassos – Laboratório de Ecologia Marinha Depto. de Pesca e Aquicultura - UFRPE

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Seminário - A pesca do atum no Ceará: aspectos legais, institucionais e ordenamento

Palestra 3 - Responsabilidades do Brasil perante a ICCAT: contexto da pesca de cardume associado

Fortaleza – Ceará21 de maio de 2018

Prof. Paulo Travassos – Laboratório de Ecologia MarinhaDepto. de Pesca e Aquicultura - UFRPE

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ESTRUTURA DA APRESENTAÇÃO

1 – Breve histórico da pesca de atuns no Atlântico2 – Responsabilidades do Brasil como país membro da ICCAT3 – A pesca de cardume associado neste contexto

Palestra 3 - Responsabilidades do Brasil perante a ICCAT: contexto da pesca de cardume associado

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1 – Breve histórico da pesca de atuns no Atlântico

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1 0Esforço de pesca: 1956

10.000 anzóis

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2 5 0Esforço de pesca: 1960

250.000 anzóis

Arrendamentos entre a Nippon Reizzo Kabushiki Kaisha e a Indústria Brasileira de Pesca e Frio S/A - INBRAPA Atuneiro Kaiko Maru 13 foi o primeiro a operar.

A pesca oceânica de atuns e afins no Atlântico iniciou-se em julho de 1956, no Brasil, em Recife

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Áreas de atuação da frota atuneira japonesa baseada no porto do Recife entre 1959 e 1960 (Fonte: Paiva, 1961)

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Evolução muito rápida da pescaria 1956 Frota japonesa 1966 Frota coreana 1968 Frota China Taipei 1969 outros +, +, +

Preocupação com a gestão – conservação 1966: Conferência no Rio de Janeiro – necessidade de gestão (17 países)

o Convenção para a Utilização dos Recursos Atuneiros do Oceano Atlântico 1969: entra em vigor Comissão Internacional para a Conservação do Atum Atlântico –

ICCAT (7 países assinaram)International Commission for the Conservation of Atlantic Tunas

1978 Frota brasileira com barcos nacionais (+ arrendados; até 2012) 2018 Várias outros países – ICCAT 52 membros

Duas características deste início de pescaria

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POR QUE A ICCAT ? ? ? Espécies altamente migratórias, distribuindo-se em vastas regiões oceânicas

Adequado manejo só por meio de uma organização internacional de ordenamento pesqueiro – OROP

ICCAT: OROP responsável pela gestão e ordenamento da pesca de atuns e afins no Oceano Atlântico

Todo país deve...

pensar regionalmente e...

agir localmente.

600.000 t/ano de atuns e espécies afinsBrasil 8% = 50.000 t/ano

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LEGISLAÇÃO INTERNACIONAL A CONVEMARO principal instrumento jurídico internacional que regulamenta a atividade pesqueira no mundo é a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (CONVEMAR) - em vigor desde 16 de novembro de 1994.

Espécies altamente migratórias atuns e afins Artigo 64: “Os Estados costeiros e outros Estados que pesquem essas

espécies cooperem, seja diretamente ou por meio de organizaçõesinternacionais apropriadas, para assegurar a sua conservação epromover a sua ótima utilização, tanto dentro como além da ZEE”.

Artigo 116: “todos os Estados têm o direito de pescar no alto-mar, desdeque observados os seus direitos e deveres, assim como os interesses dosEstados costeiros”.

Artigo 118: estabelece a obrigação dos Estados cooperarem entre si paraa conservação e o manejo dos recursos vivos do alto-mar.

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Área de jurisdição da ICCAT

Cerca de 30 espécies

+ tubarões+ aves+ tartarugas

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Albacora laje – YFTVasta distribuição – Grandes migrações

Único estoque – TAC 110.000 t

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Abrangência geográfica da pesca oceânica de atuns e afins no BrasilZona Econômica Exclusiva e Águas Internacionais

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Espadarte (LL)

Xiphias gladius

Bonito Listrado

Katsuwonus pelamis

Albacora bandolim (LL/PS/BB)

Thunnus obesus

Albacora laje (LL/PS/BB)

Thunnus albacares

Albacora branca (LL/BB)

Thunnus alalunga

Albacora azul (LL/PS)

Thunnus thynnus

PRINCIPAIS ESPÉCIES DE VALOR COMERCIAL

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2 – Responsabilidades do Brasil nesta pescaria envio de dados da pesca

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Que dados???

Captura total Frota Captura/Esforço Tamanho Captura/tamanho

Marcação convencional Marcação eletrônica

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Perguntas/respostas básicas necessárias a uma boa gestão

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3 – A pesca de cardume associado neste contexto

Pesca IUU!!!Pesca ilegalNão reportada Não regulamentada

Qual a causa?R Total falta de controle e

monitoramento !

O que temos que fazer?R Regulamentar a pescaria

Monitorar

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Plano de Amostragem/Gestão da Pesca de Atuns – Cardume associadoCronograma de Atividades

01/2018: 1ª viagem de reconhecimento (onde, como, quanto, quando)

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2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

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Capturas RN – Pesca de Cardume Associado - Atuns tropicais

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2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Cap

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Capturas CE - Pesca de Cardume Associado - Atuns tropicais

YFT BET SKJ

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2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Cap

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Evolução das capturas 2010 - 2017 / Atuns tropicais + Outras espécies

YFT BET SKJ OTH

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Plano de Gestão da Pesca de Atuns – Cardume associadoCronograma de Atividades

02/2018: 1ª visita à ICCAT – checagem das pendências no envio de dados

03/2018: 2ª visita à ICCAT – entrega dos dados revisados de 2010-2016 incluídos os dados da pesca de cardume associado!!

04/2018: reunião preparatória de dados da BET (Albacora bandolim) apresentação de documentos pelo Brasil Revisão dos dados de captura da espécie Características da pesca de cardume associado Série padronizada de CPUE

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Plano de Gestão da Pesca de Atuns – Cardume associadoCronograma de Atividades

05/2018: 2ª viagem CE-RN-ES: detalhamento da frota (quantidade/licenças atuais) ocorrendo neste momento!!!

06/2018: criação de nova modalidade de pesca (cardume associado) alteração da INI 10 de 10/06/2011 (SEAP+MMA) reunião do CPG-AA para definição dos critérios/requisitos para registro

da frota na nova modalidade definição de prazo para manifestação dos interessados análise documental e emissão das autorizações de pesca na nova

modalidade

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Plano de Gestão da Pesca de Atuns – Cardume associadoCronograma de Atividades

07/2018: reunião de avaliação do estoque da BET (16-20, Madri, Espanha)

TAC – atualmente 65.000 t reunião da ICCAT – Painel 1/atuns tropicais (23-25, Bilbao, Espanha) reunião do SCC-AA – sistematização/análise dos dados de 2017 (Recife)

09/2018: reunião do SCRS/ICCAT – Grupo de espécies (24-28, Madri, Espanha)

10/2018: reunião do SCRS/ICCAT – Plenária (01-05, Madri, Espanha) novo TAC

11/2019: reunião do Comitê de Cumprimento/ICCAT (COC, 10-11, Croácia) reunião da Comissão (ICCAT, 12-19, Croácia) novo TAC novas Quotas

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Gestão da Pesca de Atuns e Afins no Brasil

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OBRIGADO

Paulo TravassosDepto. de Pesca e Aquicultura – UFRPE81 – 3320-6511 / 81 – 99834-4271 [email protected]