seminário sobre helmintos
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Enfermagem
Disciplina: Cuidados à Doenças Infecciosas e Parasitárias.
Professora: Linária.
Acadêmica: Ágatha Mayara.
• Helmintos são parasitas grandes, alguns helmintospodem chegar a metros de comprimento. Temos, então,os sanguíneos; os extra-intestinais e os intestinais.
• Podemos encontrá-los em duas morfologias:
• Ovos: Essa é a morfologia de resistência dos helmintos,assim como os cistos, não se multiplicam e apresentamuma membrana, o que os diferenciam é que são maiorese mais resistentes que os cistos.
• Larvas: Morfologia de multiplicação, podemosencontrá-las no habitat e no hospedeiro definitivo.
Ascaridíase
• A ascaridíase é o resultado da infestação do nematelmintoAscaris lumbricoides no organismo, sendo maisfrequentemente encontrado no organismo.
• Cerca de 65% da população brasileira possui este parasita,sendo tais ocorrências típicas de regiões nas quais osaneamento básico é precário.
• É mais frequente em crianças.
35%
65%
População Brasileira
Pessoascontaminadas
Pessoas nãocontaminadas
Agente Etiológico
• Ascaris lumbricoides.
• Mede de 10 a 30 centímetros.
• Apresenta um único hospedeiro.
• Dimorfismo sexual, sendo a fêmea maior que o macho.
• Vive no intestino delgado humano.
Ciclo Biológico
• (bolo de Ascaris lumbricoides no intestino de umapessoa - notar dobras na parede do intestino para maiorabsorção).
Sinais e Sintomas
• Dor abdominal, diarreia, náuseas e anorexia.
• Quando há grande número de parasitas, pode ocorrer quadrode obstrução intestinal.
• Em virtude do ciclo pulmonar da larva, alguns pacientesapresentam manifestações pulmonares, com broncoespasmo,hemoptise e pneumonite, caracterizando a síndrome deLöefler, que cursa com eosinofilia importante.
• Quando há grande número de parasitas, pode ocorrer quadrode obstrução intestinal.
Diagnóstico
• O quadro clínico apenas não a distingue de outrasverminoses, havendo, portanto, necessidade deconfirmação do achado de ovos nos examesparasitológicos de fezes.
• (ovos fértil e infértil, respectivamente, de Ascarislumbricoides).
Tratamento
• Albendazol (ovocida, larvicida e vermicida), 400 mg/dia,em dose única para adultos; em crianças, 10 mg/kg, doseúnica; Mebendazol, 100 mg, 2 vezes ao dia, durante 3 diasconsecutivos. Não é recomendado seu uso em gestantes.Essa dose independe do peso corporal e da idade.Levamizol, 150 mg, VO, em dose única para adultos;crianças abaixo de 8 anos, 40 mg; acima de 8 anos, 80mg,também em dose única. Tratamento da obstruçãointestinal: Piperazina, 100 mg/kg/dia + óleo mineral, 40 a60 ml/dia + antiespasmódicos + hidratação. Nesse caso,estão indicados sonda nasogástrica e jejum + Mebendazol,200 mg ao dia, dividido em 2 tomadas, por 3 dias.
Profilaxia
• Tratamento dos portadores da doença.
• Medidas de saneamento básico adequadas.
• Lavar bem os alimentos.
• Combater os insetos para evitar contato com os alimento.
Teníase/Cisticercose
• A teníase é uma doença causadapela tênia, um platelminto,parasita intestinal que nãopossuem sistema digestório,absorvendo nutrientes digeridospelo hospedeiro.
• A teníase é popularmenteconhecida como “solitária”, vistoque é mais comum encontrarapenas um parasita por indivíduo.
• Há duas espécies de tênias: a Taeniasolium, que parasita suínos e a Taeniasaginata, parasita de bovinos.
• Ambas possuem corpo dividido emvários anéis denominados proglótides ena extremidade anterior, denominadaescólex, há presença de ventosas queauxiliam na fixação do animal.
• A Taenia solium, possui nesta região,ainda, ganchos auxiliando também nafixação.
• As tênias são hermafroditas, cadaproglótides possui sistema reprodutormasculino e feminino.
• O complexo teníase/cisticercose constitui-se de duasentidades mórbidas distintas, causadas pela mesmaespécie de cestódio, em fases diferentes do seu ciclo devida.
• A teníase é provocada pela presença da forma adulta daTaenia solium ou da Taenia saginata, no intestinodelgado do homem.
• A cisticercose é causada pela larva da Taenia solium nostecidos, ou seja, é uma enfermidade somática.
Ciclo Biológico
Sinais e Sintomas
• Dores abdominais, náuseas, debilidade, perda de peso,flatulência, diarreia ou constipação.
• Quando o parasita permanece na luz intestinal, oparasitismo pode ser considerado benigno e só,excepcionalmente, requer intervenção cirúrgica porpenetração em apêndice, colédoco ou ducto pancreático,devido ao crescimento exagerado do parasita.
• A infestação pode ser percebida pela eliminaçãoespontânea de proglotes do verme, nas fezes.
• As manifestações clínicas da cisticercose (larvas da Taeniasolium) dependem da localização, tipo morfológico, númerode larvas que infectam o indivíduo, da fase dedesenvolvimento dos cisticercos e da resposta imunológicado hospedeiro.
• As formas graves estão localizadas no sistema nervosocentral e apresentam sintomas neuro-psiquiátricos(convulsões, distúrbio de comportamento, hipertensãointracraniana) e oftálmicos.
Diagnóstico
• Clínico, epidemiológico e laboratorial. Como a maioria doscasos de Teníase é oligossintomático, o diagnósticocomumente é feito pela observação do paciente ou,quando crianças, pelos familiares. Em geral, para se fazero diagnóstico da espécie, coleta-se material da região anale, através do microscópio, diferencia-se morfologicamenteos ovos da tênia dos demais parasitas.
• Na neurocisticercose, tem-se que fazer diagnósticodiferencial com distúrbios psiquiátricos e neurológicos.
Tratamento
• Teníase: mebendazol: 200mg, 2 vezes ao dia, por 3 dias,VO; Niclosamida ou Clorossalicilamida: adulto e criançacom 8 anos ou mais, 2g, e crianças de 2 a 8 anos, 1g, VO,dividida em 2 tomadas; Praziquantel, VO, dose única, 5 a10mg/kg de peso corporal; Albendazol, 400mg/dia,durante 3 dias.
Tratamento
• Neurocisticercose: praziquantel, na dose de 50mg/kg/dia,durante 21 dias, associado à dexametasona para reduzir aresposta inflamatória, consequente à morte doscisticercos. Pode-se usar também albendazol, 15mg/dia,durante 30 dias, dividido em 3 tomadas diárias, associadoa 100mg de metilpredinisolona, no primeiro dia detratamento, a partir do qual se mantém 20mg/dia,durante os 30 dias. O uso de anticonvulsivos, às vezes, seimpõe, pois cerca de 62% dos pacientes são portadores deepilepsia associada.
Profilaxia
• Trabalho educativo para a população.
• Bloqueio de foco do complexo Teníase/Cisticercose.
• Fiscalização da carne.
• Fiscalização de produtos de origem vegetal.
• Cuidados na suinocultura.
Enterobiose
• A enterobíase, enterobiose ouoxiurose, é a verminose intestinaldevido ao Enterobius vermicularis.Mais conhecido popularmente comooxiúrus. A infecção costuma serbenigna, mas incômoda, pelointenso prurido anal que produz epor suas complicações, sobretudoem crianças.
Sinais e Sintomas
• Pode cursar assintomática ou apresentar, comocaracterística principal, o prurido retal, frequentementenoturno, causando a irritabilidade, desassossego edesconforto.
• Sintomas inespecíficos do aparelho digestivo sãoregistrado , como vômitos, dores abdominais, tenesmo,
puxo e, raramente, fezes sanguinolentas.
• Outras manifestações, como vulvovaginites, salpingites,ooforite e granulomas pelvianos ou hepáticos, têm sidoregistradas esporadicamente.
Diagnóstico
• Em geral, clínico, devido ao prurido característico. Odiagnóstico laboratorial reside no encontro do parasito ede seus ovos. Como dificilmente é conseguido nosparasitológicos de fezes de rotina, sendo achado casualquando o parasitismo é muito intenso, deve-se pesquisardiretamente na região perianal, o que deve ser feito pelosmétodos de Hall (swab anal) ou de Graham (fitagomada), cuja colheita é feita na região anal, seguida deleitura em microscópio. Também podem ser pesquisadosem material retirado de unhas de crianças infectadas,que oferecem alto índice de positividade.
Tratamento
• Pamoato de Pirvínio, 10 mg/kg/VO, dose única;Pamoato de Pirantel, 10 mg/kg/VO, dose única.Mebendazol, 100 mg, VO, 2 vezes ao dia, durante 3 diasconsecutivos. Essa dose independe do peso corporal e daidade. Albendazol, 10 mg/kg, VO, dose única, até omáximo de 400 mg. Todas essas drogas sãocontraindicadas em gestantes.
Profilaxia
• Orientar a população quanto a hábitos de higienepessoal.
• Eliminar as fontes de infecção através dotratamento do paciente e de todos os membros dafamília.
• Troca de roupas de cama, de roupa interna e toalhasde banho, diariamente, para evitar a aquisição denovas infecções pelos ovos depositados nos tecidos.
• Manter limpas as instalações sanitárias.
Ancilostomíase
• Infecção intestinal causada por nematódeos, que nos casosde infecções leves, pode apresentar-se assintomática.
• A Ancilostomíase, Ancilostomose ou Necatoríase são nomesde doenças causadas pelos Ancilostomídeos das espéciesAncylostoma duodenale ou Necator americanus.
• Também conhecidas como “amarelão” têm grandeprevalência em regiões quentes e úmidas, de solo arenoso.
• Os vermes causadores destas helmintose têm operidomicilio como o principal foco de contaminação dapopulação. Isto se deve, pelo seguinte fato de que o únicohospedeiro para esses parasitas é a espécie humana.
Ciclo Biológico
Sinais e Sintomas
• Quadro gastrointestinal agudo caracterizado pornáuseas, vômitos, diarreia, dor abdominal e flatulência,também podem ocorrer.
• Em crianças com parasitismo intenso, pode ocorrerhipoproteinemia e atraso no desenvolvimento físico emental.
• Com frequência, dependendo da intensidade da infecção,acarreta anemia ferropriva.
Diagnóstico
• Em geral clínico, devido ao pruridocaracterístico. O diagnóstico laboratorialé realizado pelo achado de ovos noexame parasitológico de fezes, por meiodos métodos de Lutz, Willis ou Faust,realizando-se, também, a contagem deovos pelo Kato-Katz.
Tratamento
• Mebendazol, 100 mg, 2 vezes ao dia, durante 3 diasconsecutivos. Não é recomendado seu uso em gestantes.Essa dose independe do peso corporal e da idade. Podeser usado Albendazol, 2 comprimidos, VO, em doseúnica (1 comprimido=200 mg), ou 10 ml de suspensão (5ml=200 mg). O Pamoato de Pirantel pode ser usado nadose de 20-30 mg/kg/dia, durante 3 dias. O controle decura é realizado no 7º, 14º e 21º dias após o tratamento,mediante exame parasitológico de fezes.
Profilaxia
• Desenvolver atividades de educação em saúde.
• Evitar a contaminação do solo mediante a instalação desistemas sanitários para eliminação das fezes,especialmente nas zonas rurais (saneamento).
• Tratamento das pessoas infectadas.
Esquistossomose
• Esquistossomose é uma doençacausada pelo Schistosoma mansoni,parasita que tem no homem seuhospedeiro definitivo, mas quenecessita de caramujos de água docecomo hospedeiros intermediáriospara desenvolver seu ciclo evolutivo.
• A esquistossomose chegou às AméricasCentral e do Sul provavelmente com osescravos africanos e ainda hoje atingevários estados brasileiros, principalmenteos do Nordeste.
• A transmissão desse parasita se dá pelaliberação de seus ovos através das fezes dohomem infectado. Em contato com a água,os ovos eclodem e libertam larvas quemorrem se não encontrarem os caramujospara se alojar. Se os encontram, porém,dão continuidade ao ciclo e liberam novaslarvas que infectam as águas eposteriormente os homens penetrando emsua pele ou mucosas.
Ciclo Biológico
Sinais e Sintomas
• Na fase aguda, pode apresentar manifestações clínicascomo coceiras e dermatites, febre, inapetência, tosse,diarreia, enjôos, vômitos e emagrecimento.
• Na fase crônica, geralmente assintomática, episódios dediarreia podem alternar-se com períodos de obstipação(prisão de ventre) e a doença pode evoluir para umquadro mais grave com aumento do fígado(hepatomegalia) e cirrose, aumento do baço(esplenomegalia), hemorragias provocadas porrompimento de veias do esôfago, e ascite ou barrigad’água, isto é, o abdômen fica dilatado e proeminenteporque escapa plasma do sangue.
Diagnóstico
• Deve ser realizado exame parasitológico de fezes, atravésdo método de Kato-Kats. Ultrassonografia hepáticaauxilia o diagnóstico da fibrose de Symmers.
Tratamento
• Oxamniquine, em adultos, recomenda-se 15mg/kg, emdose única. Para crianças até 15 anos, recomenda-seoxamniquine na dose de 20mg/kg. Como segundaescolha, tem-se o praziquantel 60mg/kg, em crianças até15 anos, e 50mg/kg, VO, em adultos, dose única.Tratamento de suporte deve ser instituído para asdiversas alterações.
Profilaxia
• Esteja atento às normas básicas de higiene e saneamentoambiental. Evite contato com a água represada ou deenxurrada que pode estar infestada pelo parasita;
• Saiba que os caramujos podem ser combatidos de váriasmaneiras diferentes: por controle biológico, químico e dascondições do meio ambiente;
• Use roupas adequadas, botas e luvas de borracha se tiverque entrar em contato com águas supostamente infectadas;
Importante!
• Educação sanitária consiste:
• Orientar as pessoas para a identificação de sinais de doençasparasitárias. Por exemplo: saberem identificar proglótides detênias ou vermes (áscaris) que estejam sendo eliminados nasfezes;
• Incentivar o tratamento;
• Orientar como prevenir as principais infecções;
• Orientar quanto aos hábitos de higiene.