Carvão Mineral:Tendências no Mercado de Óleo Nacional e Internacional

Expositor: Giuseppe Bacoccoli – COPPE / Universidade Federal doRio de Janeiro – UFRJ

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Economia e Energiahttp://ecen.com

SEMINÁRIORECURSOS ENERGÉTICOS DO BRASIL:PETRÓLEO, GÁS, URÂNIO E CARVÃORio de Janeiro 30 de setembro de 2004 - Clube de Engenharia

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Tendências no Mercado de ÓleoNacional e Internacional

Giuseppe BacoccoliRio de Janeiro, Setembro de 2004

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Petróleo Energético:Consumo Mundial de Energia Primária

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O Futuro (Shell)

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Participação do Petróleo e do Gás na Matriz Energética Brasileira (EIA)

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O Petróleo, Como Recurso Finito, Estaria Acabando? Apesar do Que Dizem os Arautos

da Apocalipse Petrolífera, Ainda Faltam Algumas Décadas.

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Reservas, Produção e Consumo.Quem Consome Não Produz e Vice-versa

WOGR – 2004 ENI

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Reservas Provadas no Final de 20003.Uma Distribuição Muito Desigual (BP)

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Evolução das Reservas Provadas (BP)

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Reservas: Os Primeiros 20(WOGR – 2004 ENI)

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Evolução da Produção de Petróleo (BP)

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Produção: Os Primeiros 20(WOGR – 2004 ENI)

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Reservas e Produção :Algumas Considerações

• Entre 1994 e 2003 a produção diária oscilou entre 67 e 77 milhões de bopd

• Somente em 2003 foram consumidos das reservas existentes 236 bilhões de bo (as reservas da Arábia Saudita são de 260 bilhões de bo)

• Mesmo assim as reservas mundiais em 1994 eram de 1023 bilhões de bo e em 2003 atingiam os 1147 bilhões de bo.

• Se considerarmos ainda que no período foram produzidos e subtraídos das reservas 236 bilhões de barris, a taxa de reposição da década foi de 1,52 bo/bo produzido e consumido

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Produtores “Amigáveis”

• Entre os países com grandes reservas e elevada produção de petróleo apenas dois são considerados “amigáveis”

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Apesar Disso, Resultados Positivos

• Principalmente área de fronteira• Águas profundas da Costa do Golfo, do

Brasil e da África Ocidental• Algumas regiões da Europa e Ásia Central,

principalmente Cazaquistão no Mar Cáspio• Sibéria• América Latina como um todo, etc.

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Relação Reservas para Produção: R/P. (BP)

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Algumas Considerações Sobre a R/P

• Atual R/P mundial é igual a 41, significando que as atuais reservas dariam para manter a atual produção durante 41 anos, mesmo que nada mais venha a ser descoberto

• Desde o final dos anos 80 a R/P mantem-se praticamente estável num valor próximo de 40

• A R/P da América do Norte é pouco superior a 10 e a do Oriente Médio excede o valor de 80

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A Demanda: o Consumo

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Evolução do Consumo (BP)

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Consumo: Os Primeiros 20(WOGR – 2004 ENI)

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Consumo “per capita” (BP)

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Algumas Considerações Sobre a Evolução da População Mundial

• Em 1950, para uma população mundial de 2,5 bilhões, 68% correspondia à população dos países em desenvolvimento.

• Em 2002, com uma população ultrapassando os 6 bilhões, 80% correspondia aos países em desenvolvimento.

• Em 2050, para uma população de 9 bilhões, 86% corresponderá aos países em desenvolvimento.

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Algumas Considerações Sobre o Consumo Per Capita (I)

• O consumo per capita do mundo continuou praticamente estável na última década, em torno de 4,6 bo/pc.

• Os maiores índices de consumo per capita são dos EUA (25), do Canadá (24), da Arábia Saudita (24), da Holanda (20), da Coréia do Sul (16), da Austrália (16), do Japão (15), de Taiwan (15), da Espanha (13), da França (12), da Alemanha (11) e da Itália (11).

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Algumas Considerações Sobre o Consumo Per Capita (II)

• O consumo per capita do Brasil é 4,32 bo/pc e era apenas 3,66 bo/pc em 1992.

• O consumo per capita da China evoluiu de 0,83 bo/pc em 1992 para apenas 1,55 bo/pc em 2003.

• O consumo per capita da Índia evoluiu de 0,53 bo/pc em 1992 para 0,79 bo/pc em 2003.

• O consumo per capita da Europa diminuiu na última década, da África permaneceu estável (1,33 bo/pc) e do Oriente Médio estabilizou-se em torno de 10 bo/pc.

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Primeiros Vinte Países em Consumo “Per-Capita” (ENI – WOGR 04)

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Algumas Considerações Sobre a Demanda

• Os EUA sozinhos respondem por mais de 25% do consumo seguidos pela China com 7,6%, o Japão com 6,8%, a Alemanha e a Rússia com 3,4% cada um, a Índia com 3,1%, a Coréia do Sul com 2,9%, o Canadá com 2,6% e o Brasil com 2,3%

• A União Européia (15 países) responde por 17,6% do consumo e os países da OECD com 61,2%

• As variações de demanda da última década apontam claramente para uma estagnação ou até redução da demanda nos países industrializados contra um forte aumento nos países em desenvolvimento

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Variações na Demanda na Década (I)

• EUA: apenas mais 16,44%• Brasil: mais 34,19%• Reino Unido: menos 6,9%• Itália, França, Noruega e Suécia: estável• Rússia: menos 33,92%• Alemanha: menos 22%• China: mais 105,35%• Índia: mais 84,77%

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Variações na Demanda na Década (II)

• América do Norte: mais 17%• América Central e do Sul: mais 23%• Oriente Médio: mais 21%• Ásia e Pacífico: mais 41,5%• África: mais 24%• Mundo: mais 17,13%

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(A) (C)(B)

(D)

(E)

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Preços do Petróleo - Principais Fases

• (A).Volatilidade dos primórdios.• (B). Proto-choque de 1919, abortado.• (C). Estabilidade dos preços baixos.• (D). Os choques dos preços (1973-1979).• (E). O “contrachoque”.• (F). O choque de 2004(?)

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O Preço “Justo” do Barril

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O Preço “Justo” do Barril: Referência.

• Valores aproximados para a Bacia de Campos e outras áreas semelhantes.

• Custo de localizar o barril (finding cost): US$2.50/bo

• Custo do desenvolvimento (devolopment cost): US$6.00/bo

• Custo de extração (lifting cost): US$12,00/bo, incluindo impostos

• Total: US$20.50/bo• Somando-se os custos de capital, os de

atratividade e os lucros teremos um valor base da ordem de US$25.00/bo.

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Petróleo: Insumo Estratégico(Questão-Chave)

“COMMODITY”X

ESTRATÉGICOPETRÓLEO

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Petróleo: Bem Normal ou Superior?

• Inferiores (Ex: mortadela)• Normais ou inelásticos (Ex: petróleo ?)• Superiores (Ex: jóias)

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Demanda x Suprimento = Preço

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O Suposto Órgão Regulador

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A Banda OPEP

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“Cotas” de Produção da OPEP

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Papel da OPEC.

• Desde a queda da antiga URSS a OPEC está enfraquecida.

• As brigas internas são normais.• Está cumprindo seu papel?• Os paises membros precisam de dinheiro.• Alguns membros estão próximos de deixarem

de ser exportadores. • Há restrições de investimentos para

crescimento das cotas.• Sistema de cotas falido (?).

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O Petróleo e a EconomiaDemanda x PIB (I)

• De acordo com a maioria dos autores existiria uma relação quase que direta entre a demanda de petróleo e o PIB.

• Sabe-se agora que essa relação só existe no caso dos PIBs menores, começando a ser perdida quando a renda per capita de um país atinge valores superiores aos US$15,000.00.

• De acordo com a Shell, para uma renda per capita acima de US$25,000.00 essa relação não mais subsiste.

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O Petróleo e a EconomiaDemanda x PIB (II)

• Além da questão de racionalização do uso da energia, os países mais desenvolvidos atingiram níveis de consumo tão elevados que se torna, na prática, quase impossível ultrapassá-los.

• Dessa forma, os países ricos estão como que “vacinados”contra as crises energéticas.

• Além disso, para um cidadão de classe média norte-americano os dispêndios com energia são da ordem de apenas 4% da renda (mais de 10% para um cidadão de classe média de um país em desenvolvimento).

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O Petróleo e a Economia (I)

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O Petróleo e a Economia (II)

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O Petróleo e a Economia (III)

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O Petróleo e a Economia (IV)

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O Petróleo e a Economia (V)

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O Petróleo e a Economia (VI)

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Possíveis Causas DestaPersistente e Renitente Elevação dos Preços

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Meras Especulações de Mercado Face aos Acontecimentos?

• Conflitos no Oriente Médio.• Conflito crônico Israel x Palestina.• Escalada do terrorismo internacional.• Invasão do Iraque.• Conflito da Chechênia.• Ataque às instalações petrolíferas.• Instabilidade na Venezuela.• Problemas Trabalhistas.• Furacões e outros eventos.• Falências de companhias russas, etc.

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Especulação de Mercado?

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“The Fear Factor”O Medo Psicológico do Desabastecimento

Pelo Menos

US$ 10.00/bbl

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Ou Alta com Bases Estruturais?Oscilações Especulativas x Tendências

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WTI – Últimos12 Meses

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WTI – Últimos Seis Meses

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WTI – Tendência Atual

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Conclusões (I)

• As atuais reservas e os níveis de descobertas são ainda satisfatórios e o suprimento continua relativamente assegurado.

• Existem graves problemas de conflitos reais e/ou potenciais no Oriente Médio com possibilidades de levar a situações de real desabastecimento.

• Existe uma razoável pressão da demanda real e potencial que deriva principalmente do despertar dos gigantes em desenvolvimento, principalmente da China, e muito secundariamente dos países desenvolvidos.

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Conclusões (II)

• Pela análise dos dados, a atual elevação dos preços do petróleo apresenta uma componente estrutural de longo prazo, não se caracterizando como mera especulação de mercado.

• Os acontecimentos do dia-a-dia favorecem estas especulações com as conseqüentes variações cíclicas dos preços.

• Além disso, existe uma clara tendência autista, persistente já há mais de um ano.

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Conclusões (III)

• A banda de preços praticada pela OPEP, com média em US$25.00/bo, já é coisa do passado com os preços buscando um novo patamar acima dos US$40.00/bo.

• Parece haver uma espécie de “conivência” dos países ricos com essa elevação dos preços do petróleo, pois, embora com sacrifício próprio, este talvez seja o único meio de reduzir a pressão de demanda dos países em desenvolvimento.

• Além disso os preços mais elevados gerarão capitais para a intensificação da exploração do petróleo e o aumento do fator de recuperação dos campos antigos.

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Conclusões (IV)

• Paralelamente, haverá uma restrição na demanda e um grande estímulo à busca das fontes alternativas.

• Mais uma vez, parece haver um novo choque do petróleo destinado a assegurar o próprio futuro do petróleo.

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Obrigado Pela Atenção