seminário de geologia econômica

Upload: alexandre-andrade

Post on 05-Apr-2018

219 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • 7/31/2019 Seminrio de Geologia Econmica

    1/43

    Seminrio de Geologia

    EconmicaProfessor Messias Gilmar e

    Menezes

  • 7/31/2019 Seminrio de Geologia Econmica

    2/43

    EstanhoAlexandre BarbosaAndradeFelipe de Brito Pereira

    Tlio Csar Abduani

    Lima

  • 7/31/2019 Seminrio de Geologia Econmica

    3/43

    Introduo

  • 7/31/2019 Seminrio de Geologia Econmica

    4/43

    Histria

    Estudos arqueolgicos realizados na regio da antiga Mesopotmia, hojeIraque, revelaram que o uso do bronze remonta a 3.500 a 3.200 a.C.Reconhece-se, portanto, que o estanho foi um dos primeiros metais a sertrabalhado pelo homem, inicialmente aplicado na forma de liga com o cobre(bronze) para manufatura de armas e ferramentas, caracterizando um marcoda evoluo tecnolgica das civilizaes, a denominada Idade do Bronze.

    A Histria admite que por volta do ano 2.500 a.C. tenha ocorridoescassez de estanho em determinadas regies orientais, o que estimulou odesenvolvimento das rotas comerciais tradicionais.

    Admite-se, entretanto, que o incio das atividades extrativistas deminrio de estanho no Brasil remonta a 1903, caracterizando-se por atividadesessencialmente garimpeiras, restringindo-se explotao rudimentar dasaluvies estanferas do rio Camaqu, no municpio de Encruzilhada do Sul (RS).

    Nas dcadas de 40 e 50, registram-se as descoberta de cassiterita emSo Joo Del Rey MG e em Rondnia, respectivamente, intensificando-se a

    explotao dos pegmatitos eplacers mineralizados, tambm por garimpagem,cujo estgio de lavra mecanizada somente consolidou-se a partir da dcada de70.

    Enfim, as jazidas de classe internacional do Pitinga, no Amazonas eBom Futuro, em Rondnia, s vieram a ser descobertas na dcada de 80,projetando o Brasil, e consolidando, assim, a condio de importanteexportador de estanho metlico no mercado internacional.

  • 7/31/2019 Seminrio de Geologia Econmica

    5/43

    Cartel do EstanhoA International Tin Council ( Conselho Internacional de

    Estanho), representante dos produtores de estanho dapoca, constitua um cartel com importanteparticipao na formao dos preos do estanho,principalmente entre os anos 1960 e incio de 1980. Em

    virtude dos choques do Petrleo, e da criseinternacional no final dos anos 1970, a associao dosprodutores passa a ter dificuldades para administrar osinteresses dos membros e gerir o estoque regulador,possibilitando a expanso de novos produtores. Aindstria brasileira emerge neste cenrio,

    aproveitando-se dos preos elevados no mercadointernacional, dos incentivos concedidos pelo governobrasileiro e das suas jazidas de boa qualidade,ampliando sua participao no mercado internacional,influenciando a quebra do conluio em 1985.

  • 7/31/2019 Seminrio de Geologia Econmica

    6/43

    Caractersticas doelemento Sn

    Nmero atmico: 50; Massa atmica: 118,710 u.m.a.; Raio atmico mdio: 145 pm; Densidade: 7,310 g/cm; Estrutura cristalina: Tetradrica.

    Aspecto: Cinza prateado; Calor especfico: 228 J/(kgK); Resistividade eltrica: 10,905x10-8 m; Condutividade trmica: 66,6 W/ (mK) Estado fsico (CNTP): Slido; Ponto de fuso: 231,93 C;

    Ponto de ebulio: 2.602 C. Bastante mole; Dctil; Frgil quando aquecido; Resistente corroso nas guas do mar e Potvel.

  • 7/31/2019 Seminrio de Geologia Econmica

    7/43

    Minerais de Estanho

    Cassiterita;

    Abhurita; Canfieldita;

    Cilindrita; Franckeita;

    Estanita;

  • 7/31/2019 Seminrio de Geologia Econmica

    8/43

  • 7/31/2019 Seminrio de Geologia Econmica

    9/43

  • 7/31/2019 Seminrio de Geologia Econmica

    10/43

    Cassiterita Mineral xido, resistente ao intemperismo, denso, com peso

    especfico 6,9, no-magntico e de baixo ponto de fuso favorecem sua acumulao em jazidas do tipoplacerefacilitam a lavra, a separao, a concentrao,especialmente nas jazidas aluvionares, alm da obtenodo estanho metlico. Aluvies e eluvies so materiais

    inconsolidados ou pouco endurecidos, lavrveis pordragagem, escarificao, desmonte mecnico ou monitores de jato

    dgua e nos quais a cassiterita apresenta-se liberada, emgros livres. Como mineral denso separada, comfacilidade, da ganga por processos gravticos, e os

    concentrados so apurados por separao magntica,apartando-se a cassiterita da ilmenita, monazita, zirconita,xenotmio, wolframita e columbita-tantalita, mineraistambm pesados, com os quais se associa em jazidas deacumulao mecnica. Instalaes metalrgicas e fornossingelos permitem obter o estanho a partir dosconcentrados, mediante fuso em torno de 250o C.

  • 7/31/2019 Seminrio de Geologia Econmica

    11/43

    Cassiterita

  • 7/31/2019 Seminrio de Geologia Econmica

    12/43

    Processos de estanhagem Imerso a quente: Consiste no mergulho de objetos metlicos,

    convenientemente preparados (laminados outrabalhados), em um banho de estanho.

    Deposio eletroltica: Envolve a eletro-deposio do metal emuma soluo aquosa de seus sais. o processotecnolgico mais moderno, que permitiu umareduo significativa no consumo especfico de

    estanho. Geralmente utilizado na fabricaode folha-de-flandres e de circuitos impressospara indstria eletrnica, como tambm norevestimento de ferramentas e utensliosdomsticos, com fins anticorrosivos

  • 7/31/2019 Seminrio de Geologia Econmica

    13/43

    Utilizaes Folha-de-Flandres: Ainda o principal campo de aplicao do estanho.

    Resulta do revestimento do ao laminado por uma fina pelcula de estanho. Orevestimento d-se por imerso da chapa de ao em estanho fundido ou poreletrodeposio (90%) de Sn, conferindo ao produto propriedadesanticorrosivas, maior afinidade soldagem e boa aparncia. Estima-se quecerca 90% das folhas-de-flandres sejam destinadas s indstrias deembalagens (latas de cerveja, refrigerantes, leos comestveis e tintas),respondendo por 30-40% do consumo setorial de estanho.

    Compete registrar que, o elevado preo do estanho historicamentepraticado no mercado internacional estimulou a substituio da folha-de-flandres na indstria de embalagens por materiais alternativos mais baratos,como o alumnio, vidro, plstico e papelo, favorecidos, tambm, pela evoluotecnolgica dos produtos. Esse fato, aliado reduo do consumo especfico,implicou na retrao da demanda mundial de estanho, o que foi minimizado,posteriormente, pelo aumento da produo de folhas-de-flandres para outrosusos.

    Soldas: Propriedades como o baixo ponto de fuso e a afinidade em formarligas com outros metais, do ao estanho grande aplicabilidade na fabricaodas soldas, que so compostos geralmente binrios de estanho e outro metal,predominantemente o chumbo, podendo ter outros elementos traosassociados, com larga aplicao nas indstrias eletroeletrnica eautomobilstica. As soldas so a segunda maior aplicao do estanho,respondendo por cerca de 28% do consumo aparente brasileiro.

    Babbit ou white metal: Consiste em uma liga branca utilizada na fabricaode soldas, mancais, ligas fusveis, peas ornamentais etc. Posteriormente,

    surgiram o estanho eletroltico e os compostos organoestanosos, que setornaram insumos imprescindveis para a indstria metalrgica.

  • 7/31/2019 Seminrio de Geologia Econmica

    14/43

    Utilizaes Bronze: So ligas de Cu-Sn, que guardam uma proporo da ordem de 9:1.

    Caracterizam-se por apresentarem boa resistncia qumica e mecnica, sendolargamente empregados na construo de navios e indstria qumica. Noobstante a liga Cu-Sn ser conhecida h vrios sculos, ainda lhe reservadoum lugar de relativo destaque no consumo estanfero aparente mundial. NoBrasil, esse segmento responde por cerca de 6% do total de Sn demandado.

    Ligas de Pewter: So ligas compostas basicamente de estanho, antimnio e cobre que tm sido

    tradicionalmente usadas desde o Imprio Romano, na confeco de artigos deusos domstico e eclesistico como: jarras, taas, castiais etc. As estatsticasdo DNPM (1994),indicam que este segmento responde por cerca de 7% doconsumo.

    Produtos Qumicos: A indstria qumica aplica o estanho em compostos inorgnicos, orgnicos e tri-organoestnicos, para a produo de tintas, plsticos e fungicidas, destacando-se a vantagem de ser degradvel, portanto no contaminar o meio ambiente. Oconsumo do metal na indstria qumica vem se expandido progressivamente,estimando-se que j represente cerca de 15% da demanda mundial.

  • 7/31/2019 Seminrio de Geologia Econmica

    15/43

    Dados estatsticos

  • 7/31/2019 Seminrio de Geologia Econmica

    16/43

    Distribuio estanfera noMundo

    O Brasil encontra-se com a quinta maior reserva estanfera primaria do

    mundo, com uma representao de 8,8% do total. Dentro desta a maior

    parte encontra-se na poro norte do pas nos estados do Amazonas e de

    Rondnia com um percentual de 70 e 20% respectivamente. Quando

    falamos em reserva estanfera total o Brasil possui uma reserva de 11% da

    total, ficando na quinta posio mundial.

  • 7/31/2019 Seminrio de Geologia Econmica

    17/43

    Produo estanferaA produo nacional de estanho aumentou em 2007 depois de seguidos anos de queda, crescendo

    32% em relao a 2006, impulsionado pelo aumento da produo da Minerao Taboca S.A e peloaumento da demanda no mundo. Em 2008 a produo mundial de minrio de estanho aproximou-se

    de 320.000 t, sendo a China responsvel por maior parte desta com 41% enquanto o Brasil alcanou

    cerca de 4% da produo total, ficando responsvel pela stima maior produo.

  • 7/31/2019 Seminrio de Geologia Econmica

    18/43

    Importao

    Aimportao brasileira de bens primrios e compostos qumicostiveram um aumento em 2007 enquanto os semimanufaturados emanufaturados uma reduo.

    2001 2002 2003

  • 7/31/2019 Seminrio de Geologia Econmica

    19/43

    Exportao

    O principal alvo para das exortaes brasileiras o E.U.A

  • 7/31/2019 Seminrio de Geologia Econmica

    20/43

    Preo do metal O comercio de estanho entre companhias produtoras e as indstriasso negociadas de acordo com a quantidade do metal contido e de

    acordo com a presena de impurezas. As cotaes dos metais sofornecidas pela Bolsa de Londres. De acordo com esta a cotao doestanho mdio para compra entre 1998 e 2009 aproxima- se de11.699,82 US$/t.

  • 7/31/2019 Seminrio de Geologia Econmica

    21/43

    Preo do Metal

  • 7/31/2019 Seminrio de Geologia Econmica

    22/43

    GEOLOGIA DAS FORMAES

  • 7/31/2019 Seminrio de Geologia Econmica

    23/43

  • 7/31/2019 Seminrio de Geologia Econmica

    24/43

    Tipos de depsitos

    Primrios: - Greisens

    - Estanho prfiro

    - Depsitos Pegmatticos

    - Depsitos Exalativos

    Secundrios: - Aluvionares

    - Eluvionares

  • 7/31/2019 Seminrio de Geologia Econmica

    25/43

    GreisensO processo de formao dos Greisen primeiramente necessita de

    uma Intruso grantica especifica, ou seja, intruso grantica rica em

    estanho. O procedimento de formao ocorre durante o resfriamento deste

    corpo intrusivo.

    O greisen pode ser definido como um agregado granoblastico de

    quartzo, moscovita e alguns minerais acessrios como turmalina, topzio efluoritra formada por alterao pos magmtica metassomatica de alterao

    do granito. Esta mineralizao se da na parte superior da intruso (cpula)

    da intruso grantica e as vezes so acompanhadas por zonas de veios

    aleatoriamente orientados(stocworks).

  • 7/31/2019 Seminrio de Geologia Econmica

    26/43

    GreisensA partir do resfriamento da intruso um fluido hidrotermal ascende pelosinterstcios da intruso. Durante esta ascenso este fluido carreia consigo

    elementos de deposio tardia como K, Sn, W, Mo, F. Como este fluido

    acumula-se na cpula da intruso, os elementos carreados vo ao longo

    do tempo provocando reaes qumicas na cupula do granito. Para

    exemplificar estas reaes pode-se citar a:

    Albitizao: transformao de ortoclsio em albita devido

    principalmente a perda de potssio do ortoclsio.

    Muscovitizao: transformao da biotita em muscovita devido a

    entrada de potssio na composio oriunda principalmente do ortoclsio.

  • 7/31/2019 Seminrio de Geologia Econmica

    27/43

    Albitizao

    Muscovitizao

  • 7/31/2019 Seminrio de Geologia Econmica

    28/43

    Greisen Desta maneira temos que a formao do greissen um processohidrotermal (fluido com mais de 50% de gua) metassomtico ( reaes de

    trocas entre corpos diferentes).

    Deve- se ter em mente que estas mineralizaes podem se estender

    entre 10-100 metros acima da zona de alterao feldspatica (albitizao).

  • 7/31/2019 Seminrio de Geologia Econmica

    29/43

    Em alguns casos aps a formao do greisen pode ocorrer

    a migrao de fluidos pegmatticos na poro superior desta

    formao formando os Stocksheiders. Estas formaes podem ser

    encontradas em algumas regies da Alemanha.

  • 7/31/2019 Seminrio de Geologia Econmica

    30/43

    Algumas formaes de greisens podem se originar devido ao

    confinamento do fluido hidrotermal em uma armadilha geolgica. Neste

    caso o fluido se acumula e posteriormente se cristaliza formando a

    mineralizao, como mostra a figura abaixo.

  • 7/31/2019 Seminrio de Geologia Econmica

    31/43

  • 7/31/2019 Seminrio de Geologia Econmica

    32/43

    Depsitos SecundriosAluvionares

    A cassiterita apresenta algumas caractersticas fsica tais como

    resistncia ao intemperismo e alta densidade que favorecem a formao de

    depsitos alctone, depsitos de placer.

    Devido a processos intempericos da rocha primaria (granitos

    estanferos), os minerais de estanho so liberados na crosta e

    conseqentemente so transportados pela eroso junto a areia e cascalho

    formando em pores de topografia inferior os depsitos mencionados. Quando

    o transporte realizado devido ao movimento de corrente de gua (correntes

    fluviais) temos a formaes dos depsitos aluvionares. Este tipo de depsitos

    pode ser encontrados nas formaes de Rondnia e do estado do Amazonas.

    Esta acumulao de sedimentos pode tambm ocorrer no capeamento

    (material detrtico alterado) do substrato grantico como em So Joo DelRey_MG.

    Um importante fator destes depsitos o alto teor do minrio quando

    comparado com as formaes primrias.

  • 7/31/2019 Seminrio de Geologia Econmica

    33/43

    Minas de estanho no Brasil

  • 7/31/2019 Seminrio de Geologia Econmica

    34/43

  • 7/31/2019 Seminrio de Geologia Econmica

    35/43

    Depsitos de Estanho da

    Mina de Pitinga - AM

  • 7/31/2019 Seminrio de Geologia Econmica

    36/43

    Localizao

  • 7/31/2019 Seminrio de Geologia Econmica

    37/43

    Contexto Histrico

    Regio praticamente desconhecidaat meados dos anos 70;

    Primeiras ocorrncias de cassiteritaobtidas em 1979 durantemapeamento geolgico do pltongrantico gua Boa;

    Descoberta de depsitos aluvionaresligados ao pluton Granito Madeira;

  • 7/31/2019 Seminrio de Geologia Econmica

    38/43

    Contexto Geolgico

  • 7/31/2019 Seminrio de Geologia Econmica

    39/43

    Contexto Geolgico

  • 7/31/2019 Seminrio de Geologia Econmica

    40/43

    Contexto Geolgico

  • 7/31/2019 Seminrio de Geologia Econmica

    41/43

    A Empresa

  • 7/31/2019 Seminrio de Geologia Econmica

    42/43

  • 7/31/2019 Seminrio de Geologia Econmica

    43/43

    Bibliografia Evans, A.M. (1993) Ore geology and Industrial Mineral An Introduction 3Ed.Oxford, Blackwell. Caracterizao de depsitos minerais em distritos mineiros da Amaznia.

    Braslia: DNPM CT/MINERAL ADIMB,2005. Cuter, J.C., Formao e evoluo da indstria do estanho no Brasil,Mestrado

    em Economia Poltica, PUC-SP,2005. Antnio Fernando da Silva Rodrigues, Balano Mineral Brasileiro 2001 em

    http://www.dnpm.gov.br/assets/galeriadocumento/balancomineral2001/estanho.pdf Eduardo Camilher Damasceno, Disponibilidade, suprimento e demanda de

    minrios para metalurgia em www.cetem.gov.br/publicacao/cetem_sed_69.pdf Ibram - www.ibram.org.br DNPM - www.dnpm.gov.br/ Site da Mamor S.A. - http://www.caraibametais.com/caraiba/default.asp Infomine www.infomine.com

    http://www.dnpm.gov.br/assets/galeriadocumento/balancomineral2001/estanho.pdfhttp://www.cetem.gov.br/publicacao/cetem_sed_69.pdfhttp://www.ibram.org.br/http://www.dnpm.gov.br/http://www.caraibametais.com/caraiba/default.asphttp://www.infomine.com/http://www.infomine.com/http://www.caraibametais.com/caraiba/default.asphttp://www.dnpm.gov.br/http://www.ibram.org.br/http://www.cetem.gov.br/publicacao/cetem_sed_69.pdfhttp://www.dnpm.gov.br/assets/galeriadocumento/balancomineral2001/estanho.pdf