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Seminário Brasil - União Européia sobre o Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas Painel 2: Sistema de Coleta de Dados Criminais em tráfico de pessoas Iniciativas implementadas pelo ICMPD sobre coleta de dados Enrico Ragaglia, Project Officer, ICMPD BRASÍLIA, DE 31 DE MAIO A 01 DE JUNHO DE 2012

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Page 1: Seminário Brasil - União Européia sobre o Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas Painel 2: Sistema de Coleta de Dados Criminais em tráfico de pessoas Iniciativas

Seminário Brasil - União Européia sobre o Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas

Painel 2: Sistema de Coleta de Dados Criminais em tráfico de pessoas

Iniciativas implementadas pelo ICMPD sobre coleta de dados

Enrico Ragaglia, Project Officer, ICMPD

BRASÍLIA, DE 31 DE MAIO A 01 DE JUNHO DE 2012

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Seminário Brasil - União Européia sobre o Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas

Experiências diretas do ICMPD

Programa para a Melhoria das Respostas de Combate ao Tráfico, Recolha de Dados e Gestão de Informação:» Recolha de Dados e Gestão de Informação Anti-Trafico (Data

Collection and Information Management – DCIM)» Recolha de Dados e Gestão de Informação Anti-Trafico (DCIM

Fase II sobre Processamento de Dados, Manutenção e Análise

Fortalecimento das Respostas ao Trafico de Pessoas em Armênia, Azerbaijão e Geórgia:» Componentes sobre Recolha de Dados e Gestão de Informação

Anti-Trafico

Diretrizes Européias (UE) para recolhas de dados sobre trafico de seres humanos, incluindo indicadores comparáveis

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Objetivos e Princípios Orientadores

Objetivos gerais:» Desenvolvimento de diretrizes e adoção de indicadores

comuns/variáveis  para coletar dados sobre vítimas, traficantes e justiça criminal com a finalidade de harmonizar dados e para fins estatísticos (e não de gestão dos casos – case management);

» Com base nesses indicadores/variáveis, desenvolvimento das ferramentas necessárias para processar, analisar e apresentar os dados recolhidos.

Princípios orientadores» Princípio da propriedade nacional/local;» Proteção dos dados vítima;» Método interdisciplinar.

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Considerações preliminares

Os objetivos de um sistema de informações e dados devem ser claros e realizáveis;

Os sistema de informações e dados devem ter como base uma politica, um plano de ação e onde possível devem ser regulamentada por um marco legal;

Os acordos e as obrigações devem ser reconhecidas e compreendidas por todos os atores relevantes e as partes interessadas;

O esforço deve ser integrado e coordenado por um órgão central (que age também como repositório dos dados);

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Considerações preliminares

Não tem uma formula magica e rápida;

Não tem boas praticas, cada iniciativa deve ser desenvolvida de acordo com os resultados esperados e o contexto;

Em qualquer iniciativa de recolha de dados, o papel das diversas fontes de dados é fundamental...

... como contrapartida pelos dados recebidos os repositórios dos dados devem elaborar e distribuir dados agregados analisados (informações e conhecimento estatísticos)

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Riscos...

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Metodologia – passos fundamentais

1. Estabelecer objetivos de sistema de informações e dados (p.e.: finalidade estatística, monitoramento, gestão dos casos, ...);

2. Formular relativas diretrizes;

3. Identificar tipos de dados (conjunto de indicadores/ variáveis sobre vitimas/fenômeno e sobre traficantes/ justiça criminal);

4. Identificar opções de apoio tecnológico -portal online, database;

5. Identificar repositórios institucionais dos dados;

6. Identificar fontes dos dados;

7. Estabelecer um processo de recolha de dados, passo a passo e relativos treinamentos das profissionais envolvidos;

8. Formalizar obrigações e requisitos de comunicação de informações;

9. Mapear questões legais, éticas e de segurança relativas à recolha de dados.

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Formulação dos possíveis objetivosLista não exaustiva

Melhorar o conhecimento sobre a escala e a natureza do trafico de seres humanos;

Avaliar a extensão do tráfico de seres humanos;

Identificar e compreender as novas tendências; Recomendar ações para superar as lacunas;

Desenvolver projetos específicos e programas de prevenção e atendimento às vítimas, e desenvolver especificas medidas policias e de acusação;

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Aprimorar a relevância dos programas de formação para os diferentes atores envolvidos;

Reduzir os fatores de riscos para grupos vulneráveis e para formular politicas adequadas e respostas especificas;

Monitorar e avaliar politicas nacionais de enfrentamento ao trafico de pessoas e melhorar as capacidades de respostas;

Melhorar a capacidade nacional de produzir informações credíveis.

Formulação dos possíveis objetivosLista não exaustiva

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Conjunto dos indicadores/variáveis identificados envolvendo o maior numero de fonte dos dados possível

Grupos de indicadores/variáveis centrados nas vitima/fenômeno:

1. Registro do caso;

2. Antecedentes da vitima;

3. Experiência de recrutamento;

4. Transporte e viajem;

5. Experiência de exploração;

6. Identificação, assistência e cooperação com funcionários e autoridades.

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Seminário Brasil - União Européia sobre o Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas

Conjunto dos indicadores/variáveis identificados envolvendo o maior numero de fonte dos dados possível

Grupos de indicadores/variáveis centrados nos traficantes e na justiça criminal:

1. Registro do caso;

2. Antecedentes do traficante;

3. Fase da queixa e da investigação;

4. Fase de julgamento;

5. Fase de recurso;

6. Fase posterior ao julgamento.

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Fontes de dados vitimas/fenômeno Para ser contextualizados em âmbito nacional

Exemplos gerais de fontes de informação sobre as vítimas e o fenômeno:» Autoridades policiais (ou seja, autoridades fronteiriças,

unidades de combate ao tráfico, policia local, etc);» Instituições governamentais (ou seja, serviços sociais, sector

da saúde, secretarias, embaixadas/consulados, etc.);» Profissionais da área legal;» ONG varias organizações de combate ao tráfico (instituições

de acolhimento, programas de assistência, Postos e Núcleos).

A recolha de dados depende da cooperação e da coordenação entre as diversas fontes

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Fontes de dados traficantes/justiça criminal Para ser contextualizados em âmbito nacional

Exemplos gerais de fontes de informação sobre traficantes e justiça criminal:» Agências das autoridades policiais;» Procuradorias;» Tribunais;» Ministério da Justiça;» Coordenador nacional em matéria de tráfico;» Relatores nacionais ou mecanismos equivalentes;

A recolha de dados depende da cooperação e da coordenação entre as diversas fontes

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Processo de recolha de dados estabelecido no caso dos projetos DCIM

1. A recolha de dados por parte de diferentes fontes de dados;

2. A transferência de dados das fontes para o repositório nacional;

3. A validação de dados no repositório nacional;

4. A introdução e o tratamento dos dados no repositório nacional;

5. A limpeza regular dos dados;

6. A análise, apresentação e divulgação dos dados com vista às respostas em termos de programas e políticas.

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Limitações metodológicas dos projetos DCIM

Limitações metodológicas associadas ao conjuntos de dados e a forma como os dados são recolhidos:» Natura clandestina do fenômeno; » Os dados referem-se apenas a pessoas acusadas de tráfico o

a vítimas de tráfico detectadas, identificadas e/ou que receberam assistência;

» O conjunto de dados constitui um subgrupo particular (e, possivelmente, não representativo);

» Não existe metodologia para extrapolar um numero total de traficantes o de vitimas;

» Muitos dados recolhidos sobre vitimas de trafico são subjetivos.

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Questões legais, éticas e de segurança relativas à recolha de dados

O direito à privacidade e à confidencialidade; Consentimento; Armazenamento e manutenção dos dados; Transmissão de dados sensíveis; Problemas e considerações relativamente à segurança.

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Desafios

Falta de coordenação entre as diferentes autoridades ao fim de compartilhar informações e dados;

Dificuldades em assinar protocolos de intenções entre diversas instituições nacionais (fontes dos dados);

Questão política sobre levantamento de dados; Compromisso político e institucionais; Questões relacionadas com a terminologia e definições Duplicação de casos; Falta de implementação na legislação nacional de

uma definição de tráfico; Impacto da corrução nas recolhas (e acesso) de dados; Rotação de profissionais.

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OBRIGADO PELA ATENCAO

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