semanal centro-oeste da cnbb (goiás e distrito fede-ral), dos quais 35 da arquidiocese de goi...

8
Dom Washington lembra que precisamos uns dos outros Criada paróquia e empossados novos párocos Apresentamos as Irmãs Ursulinas de São Carlos pág. 3 pág. 2 pág. 4 T ARQUIDIOCESE PALAVRA DO ARCEBISPO VOCAÇÃO Foto: Rudger Remígio semanal Edição 193ª - 28 de janeiro de 2018 www.arquidiocesedegoiania.org.br EDICAO 193 DIAGRAMACAO.indd 1 23/01/2018 22:48:20

Upload: vantu

Post on 09-Nov-2018

213 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Dom Washingtonlembra que precisamos

uns dos outros

Criada paróquia eempossados novos

párocos

Apresentamos asIrmãs Ursulinas de

São Carlospág. 3pág. 2 pág. 4

T ARQUIDIOCESEPALAVRA DO ARCEBISPO VOCAÇÃO

Foto

: Rud

ger R

emíg

io

semanalEdição 193ª - 28 de janeiro de 2018 www.arquidiocesedegoiania.org.br

EDICAO 193 DIAGRAMACAO.indd 1 23/01/2018 22:48:20

Recentemente, em nossa Ar-quidiocese, empossamos pa-dres em novas paróquias e também enviamos novos

diáconos em missão. Guardadas as especificidades das missões, elas se encontram naquilo que lhes é essen-cial: padres e diáconos são pessoas vocacionadas para servir a Deus e aos irmãos, enviadas por Ele para proclamar a Boa-Nova do Evangelho de Jesus Cristo, que nos indica o ca-

minho para o seu Reino de Paz, Amor, Justiça e de infinita Misericórdia. Peço aos membros das suas respectivas pa-róquias e comunidades que os acolham com fraternidade e respeito, pelo trabalho que realizam em prol da salvação de todos. E sabemos que o caminho não se apresenta fácil, pois Nosso Senhor exige de seus discípulos que tenham constante disposição para amar e sacrificar-se pelos irmãos.

Meus queridos irmãos e irmãs, na Igreja nos reunimos e nos vemos não somente com olhos humanos, mas, sobretu-do e fundamentalmente, com os olhos da fé. Porque quando temos fé, enxergamos mais, somos capazes de entender o projeto de Deus para a humanidade, para nossa vida, e con-seguimos aceitar o outro como irmão, apesar de sua forma diferente de ser e posicionar-se neste mundo. Pois foi nosso Pai mesmo que nos fez únicos, genética e espiritualmente. Certamente, para que procuremos nos unir “em um só cor-po”, se quisermos usufruir de todos os dons divinos.

Assim como chamou os seus discípulos, em nosso tem-po o Mestre dirige seu convite a todos, seja homem, mulher, criança ou adulto. Nosso batismo foi o início e o sinal des-se caminho vocacional em nossa vida cristã, em que somos todos chamados a ser pescadores de homens para trabalhar na construção do Reino de Deus. Para ser cristão, não bas-ta conhecer o Catecismo, recitar algumas orações ou mesmo participar da missa dominical. É necessário averiguar a pró-pria capacidade de seguir a Cristo em todos os momentos: quando estamos impacientes, quando estamos cheios de or-gulho, quando temos inimigos, quando nos sentimos egoís-tas, quando não queremos ajudar os outros.

Em todas essas situações, Deus nos chama à conversão, à superação dos entraves que nos impedem de ir ao encontro do irmão e de ser sinal do Amor de Deus para ele. Só o Amor é capaz de transformar as pessoas, de fazer verdadeiros mi-lagres. Por amor, conseguimos dialogar, mudar hábitos, su-perar vícios, pedir perdão, nos colocar em oração. Por amor, conseguimos forças para recomeçar de onde erramos e cor-rigir as rotas de nossas vidas para o caminho do Bem Maior.

Neste mundo tão pouco solidário, tão fragmentado, nós, como Igreja, temos que ter entusiasmo para superar egoís-mos e divisões, a fim de que Jesus seja realmente o nosso guia. Que sua Palavra seja a luz para os nossos passos. To-dos nós temos que crescer na fraternidade. Conheçam-se, irmãos e irmãs. Ajudem-se. Reconheçam suas forças e, nas fraquezas, perdoem-se. Em suas paróquias e comunidades, trabalhem juntos com os padres, diáconos e demais leigos engajados nas diferentes pastorais. Nós precisamos uns dos outros. Vivam sempre na verdade, no amor, na entrega. E rezemos para que Deus envie mais trabalhadores para a sua messe. E que seja você um deles.

Janeiro de 2018 Arquid iocese de Go iânia

PALAVRA DO ARCEBISPO2 PALAVRA DO ARCEBISPO2 PALAVRA DO ARCEBISPO2

Arcebispo de Goiânia: Dom Washington CruzBispos Auxiliares: Dom Levi Bonatto e Dom Moacir Silva Arantes

Fotografia: Rudger RemígioTiragem: 25.000 exemplaresImpressão: Gráfica Moura

Contatos: [email protected] Fone: (62) 3229-2683/2673

Coordenadora de Comunicação: Eliane Borges (GO 00575 JP)Consultor Teológico: Pe. Warlen MaxwellJornalista Responsável: Fúlvio Costa (MTB 8674/DF)Redação: Fúlvio CostaRevisão: Thais de OliveiraDiagramação: Carlos Henrique

DOM WASHINGTON CRUZ, CPArcebispo Metropolitano de Goiânia

EditorialEsta edição do Encontro Semanal

está cheia de novidades. A começar pela criação de uma paróquia e as posses de um administrador e de um pároco na Arquidiocese de Goiânia. Destaque para a reportagem de capa, que apresenta o Diaconado, primeiro grau do Sacramento da Ordem, que tem como missão o serviço litúrgico, o serviço de pregar o Evangelho, a pas-toral catequética, além de uma vasta atividade social concernente às obras de caridade e à atividade adminis-trativa. Na Palavra do Arcebispo, Dom Washington Cruz pede acolhimento

ACOLHAMOS OSENVIADOS DEDEUS

aos novos padres empossados nas últimas semanas, em nossas paró-quias, e aos diáconos enviados em missão para o serviço da Igreja. O papa Francisco, em sua Catequese, continua a nos ensinar as riquezas dos sinais e partes da Santa Missa. Na seção Vida Cristã, confira o artigo do frater Marcos Paulo Nascimento, CSsR, sobre as perspectivas para o Ano Nacional do Laicato e o Ano Regional da Família, que a Igreja ce-lebra em 2018.

Boa leitura!

Fique por dentro

Foto

s: Ru

dger

Rem

ígio

Delegados são enviados ao14º Intereclesial das CEBs

Cerca de 150 de-legados do Regional Centro-Oeste da CNBB (Goiás e Distrito Fede-ral), dos quais 35 da Arquidiocese de Goi-ânia, foram enviados ao 14º Intereclesial das Comunidades Ecle-siais de Base (CEBs), que aconteceu dos dias 23 a 27 de janeiro, em Londrina (PR). A mis-sa de envio foi presi-dida por Dom Moacir Silva Arantes, bispo auxiliar de Goiâ-nia, na Paróquia Bom Jesus, do Setor Novo Mundo. A celebração deveria contar também com a participação dos representantes do Regional Nor-te 3 da CNBB (Tocantins-TO), mas, por problemas no transporte durante a viagem, eles seguiram direto para Londrina.

Dom Moacir, que participou pela primeira vez do Intereclesial, pediu as bênçãos de Deus para que o even-to fosse proveitoso. Na celebração de envio, ele afirmou que o encontro na-cional é um movimento dos diversos lugares para um único lugar, como também o é a nossa caminhada cristã. “O intereclesial é uma busca de es-tarmos juntos e juntos descobrirmos caminhos novos; descobrir o que o Senhor inspira em cada um em vista do seu projeto”, afirmou.

Após a missa, o coordenador das

CEBs no Regional Centro-Oeste, Antônio Pereira (Baiano), destacou o momento histórico e importante que é o Intereclesial e o significa-do do evento na vida da Igreja. “O Intereclesial é como o monte da Transfiguração, em que vemos o Senhor brilhar para todas as comu-nidades. É o retrato da Igreja pre-sente no Concílio Vaticano II, no Decreto Ad Gentes e no Documento 105 da CNBB – Cristãos Leigos e Lei-gas na Igreja e na sociedade – Sal da Terra e Luz do Mundo; é ainda o mo-mento da Igreja em saída que tanto anuncia o papa Francisco”.

O 14º Intereclesial das CEBs reuniu aproximadamente 2.750 delegados de todo o Brasil. Parti-ciparam ainda do encontro 65 bis-pos, além de convidados da Itália, Alemanha, França e movimentos sociais do Brasil.

“Nós precisamos uns dos outros”

Dom Moacir asperge os representantes do regional após a Santa Missa de envio

Coordenador regional das CEBs deixamensagem aos 150 delegados

EDICAO 193 DIAGRAMACAO.indd 2 23/01/2018 22:48:33

Janeiro de 2018Arquid iocese de Go iânia

ARQUIDIOCESE EM MOVIMENTO 3

Dom Washington Cruz cria paróquiae empossa padres na Igreja de Goiânia

Com essas palavras do pro-feta Jeremias, Deus prome-te ao seu povo que jamais o deixará privado de pas-

tores que o reúnam e guiem (Pas-tores Dabo Vobis). “Eu estabelecerei para elas (as minhas ovelhas) pas-tores, que as apascentarão, de sor-

“Dar-vos-ei pastoressegundo o Meu coração”(Jr 3,15)

te que não mais deverão temer ou amedrontar-se” (Jr 23, 4).

Como acontece tradicionalmen-te neste período do ano, as trans-ferências continuam a ser feitas na Arquidiocese de Goiânia. No fim de semana passado, mais dois padres tomaram posse de paróquias na

Paróquia Santa Clara e São Francisco

Paróquia Cristo Redentor

po Dom Washington Cruz. Para a comunidade, a festa foi ainda maior porque recebeu também seu novo administrador paroquial, padre Ra-fael Oliveira da Silva. Até então, a comunidade era animada pelos di-

Na noite do dia 21 de janeiro, a Quase-Paróquia Cristo Redentor, do Residencial Vale dos Sonhos, em Goiânia, foi erigida paróquia, em celebração presidida pelo arcebis-

Ao empossar frei Afonso Lam-berti novo pároco da Paróquia San-ta Clara e São Francisco de Assis, da Cidade Vera Cruz I, em Apare-cida de Goiânia, na manhã do dia 21 de janeiro, Dom Washington Cruz disse que o chamado do Se-nhor exige de nós resposta amoro-sa. “Quem não deixa tudo não pode servir ao Senhor”, afirmou ele. Em-bora aquela celebração tenha sido de posse do novo pároco, o arce-bispo ressaltou que o chamado do Senhor é para todos. “O Batismo é o início, sinal do caminho vocacio-nal a todos os cristãos. Lembremos que os primeiros discípulos foram chamados no decurso de suas vidas e nós também somos chamados na vida cotidiana”.

Frei Afonso faz parte da Frater-nidade São Francisco de Assis na Providência de Deus. É um ramo da Família Franciscana que se dedica à pastoral, sobretudo por meio do campo da saúde. Nos últimos três anos, o novo pároco foi missionário no Haiti. Na Paróquia Santa Clara e

Foto

s: Ru

dger

Rem

ígio

Foto

s: Ru

dger

Rem

ígioSão Francisco de Assis, ele irá morar

em comunidade com o noviço Ân-gelo. Além da paróquia, frei Afonso, que também é dentista, deverá tra-balhar em um hospital municipal de Aparecida. Atualmente, a Fraterni-dade, que é composta por 80 mem-bros no Brasil, Haiti, e que em 2019 estará em Portugal, tem 76 serviços na área da saúde, em hospitais, clíni-cas e ambulatórios, segundo o supe-rior geral (guardião geral) da Frater-nidade, frei Francisco Belotti.

Após receber as chaves do tem-plo das mãos do arcebispo, frei Afonso se dirigiu à assembleia, que estava cheia, com as seguintes pala-vras: “Obrigado a Dom Washington e a toda a comunidade pelo acolhi-mento. Hoje não sou eu quem toma posse da paróquia, mas vocês que tomam posse do pároco. Que possa-mos crescer na fé. E isso só acontece-rá se caminharmos juntos”, afirmou. Dom Washington, ao fim da celebra-ção, agradeceu ao padre Carlo Tes-sari por ter conduzido a paróquia por quase dez anos.

áconos Ademar, Adair, Geraldo e Humberto (já fale-cido). Por muitos anos, conduziu a comunidade o padre José Maria Roca Pons, SPadV. “Com o primeiro administrador da nova paróquia, a comunidade é chamada a cami-nhar em unidade, a fim de que seja viva e traga os fi-lhos para a Casa de Deus, inclusive aqueles que estão dispersos. Todos os membros de-vem dizer: exis-timos para anun-ciar a Boa-Nova e dar a conhecer Jesus Cristo, por-que todos têm o

sagrado direito de conhecer Jesus e como sagrado direito não podemos impedir isso de acontecer”, declarou Dom Washington em sua homilia.

Após a missa, uma paroquiana relatou a história da comunidade,

que começou em 1996, com as reuni-ões, celebrações e terços que aconte-ciam nas casas de família. Em 1999, foi presidida, em parte do terreno onde hoje é a igreja matriz, a primei-ra missa. Por estar no alto de uma montanha e ter visão privilegiada da região, a comunidade recebeu o nome de Cristo Redentor. Em se-tembro de 2010, foi lançada a pe-dra fundamental da construção e as obras começaram em seguida. Em 2013, com a colaboração dos diáco-nos, teve início a campanha para dar ânimo à construção, e no dia 21 de janeiro, a Quase-Paróquia foi erigida canonicamente paróquia.

Dom Washington Cruz, por fim, pediu que padre Rafael, junto com a comunidade, construa uma gran-de estátua do Cristo Redentor, para que os viajantes que passarem pela BR-153 possam vê-lo e pedir bênçãos em seus caminhos. O novo adminis-trador paroquial tem seis anos de sa-cerdócio. Ele também foi empossa-do administrador paroquial da nova Paróquia Santo Agostinho, que fica no Sítio do Recreio Ipê, e que foi eri-gida no dia 7 de janeiro. Nos últimos três anos e dez meses, padre Rafael foi administrador da Paróquia N. Sra. das Dores, na Vila Pedroso.

Região Metropolitana. Para as co-munidades, significa um momento de graça porque seus pastores, pela ação do Espírito Santo, dão novo impulso à vida da Igreja e ao man-dato do Senhor: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa-Nova a toda criatura!” (Mc 16,5).

FÚLVIO COSTA

Comunidade acolheu calorosamente seunovo administrador paroquial

Frei Afonso convocou comunidadea caminhar unida

EDICAO 193 DIAGRAMACAO.indd 3 23/01/2018 22:48:48

Na Itália, as Irmãs Ursulinas têm também casas de acolhida de jovens, especialmente estudantes e mulheres trabalhadoras que não têm casas para morar. Uma das

comunidades de religiosas atua também na acolhida de mulheres refugiadas, em situação de risco. Algumas irmãs também atuam na Pastoral Carcerária.

Janeiro de 2018 Arquid iocese de Go iânia

444 VOCAÇÃO

INFORMAÇÕESCarismaAtenção e promoção da pessoahumana, de modo especial,por meio da educação.

Casa ProvincialSuperiora: Irmã Giovanna Radici

EndereçoAv. 15 de Novembro, Qd. 21,Lt. 18/20, Jardim Monte CristoCEP: 74968-340Aparecida de Goiânia

Tel.: (62) 3283-8477

FÚLVIO COSTA

Irmãs Ursulinas de São CarlosEvangelizando por meio da educação

essa Regra foi encontrada e tornada conhecida em 1585, após a morte de São Carlos, pelo seu vigário Giovan-ni Fontana.

O carisma das Irmãs Ursulinas é a atenção e a promoção da pessoa humana, de modo especial, por meio da educação. “Somos uma presença humana atenciosa, que acompanha as pessoas no decorrer da vida, em todas as etapas, desde a infância até a fase adulta”, afirmou irmã Giovanna. As religiosas acreditam na transfor-mação social por meio da educação. O modelo de vida em que acredi-tam, porém, vai além das unidades de ensino. Na Itália e no Brasil, elas acompanham a pastoral ordinária, sobretudo a Catequese; promovem a formação de líderes e a formação de crianças até o ensino médio; e atuam também na formação de colaborado-res, professores, gestores e monitores, diretores e coordenadores de escolas.

A Congregação das Irmãs Ursulinas de São Carlos nasceu na Itália, no ano de 1535. Foi fundada por

Santa Ângela Mérice, cuja festa foi celebrada neste sábado, 27 de janei-ro. Naquela época, era predominan-te a vida religiosa de clausura, isto é, contemplativa monástica, e San-ta Ângela teve a intuição de abrir a vida religiosa feminina para estar no meio do povo, inserida na socieda-de. Hoje, 483 anos depois, as Ursu-linas continuam a ser presença no meio do povo, em comunidade.

São Carlos Borromeu contribuiu com a congregação, acrescentando à Regra de Santa Ângela algumas normas referentes à vida comunitá-ria, como proposta às Ursulinas que tinham sentido o desejo de congre-gar-se para poder realizar melhor a sua missão. Segundo a superiora da congregação, irmã Giovanna Radici,

No Brasil, as Ursulinas chegaram em 1992. Primeiro, três irmãs estive-ram em Brasília, onde participaram de um curso de formação missionária, isso após etapas importantes que se deram, como a escolha do continente e do lugar onde seria criada a missão. Um conselho de irmãs decidiu, em 1991, abrir a Missão no Bairro Colina Azul, em Aparecida de Goiânia. Pou-co tempo depois, o comunicado che-gou ao então arcebispo da Arquidio-cese de Goiânia, Dom Antonio Ribeiro de Oliveira.

No mundo, as Ursulinas são 120, presentes, além do nosso país, na Itá-lia e em Israel. No Brasil há 26 anos, as irmãs estão em duas comunidades em Aparecida de Goiânia; uma em In-dianópolis (MG) e outra em Tabatinga (AM). Em 1995, nasceu a Escola Santa Úrsula, fruto de uma resposta à carên-cia da região de Colina Azul, formada principalmente por migrantes nordes-tinos. É que com as visitas constantes, as irmãs perceberam a dificuldade das

Ide pelo mundo inteirofamílias em trabalhar e cuidar dos fi-lhos. “Naquela época havia mais po-breza, especialmente de valores, e como os pais que trabalhavam não ti-nham onde deixar os filhos, as crianças ficavam trancafiadas em casa”, relem-bra irmã Giovanna. Por 18 anos, a es-cola funcionou gratuitamente, graças a um projeto de solidariedade feito na Itália. Segundo irmã Giovanna, a con-trapartida dos pais hoje, para manter a escola, é fruto também da melhora das condições dos pais no decorrer dos anos. Embora a Escola Santa Úrsula seja pequena, em termos de quantida-de de alunos, cerca de 110, dos 2 a 7 anos de idade, a educação é uma prio-ridade para a congregação. “Temos uma escola com serviço personalizado, que prioriza o espaço amplo, a limpe-za, e se preocupa com a manutenção e a atualização do seu ensino. Prezamos também pela beleza porque acredita-mos que o belo educa e fizemos uma escolha: para o pobre, ‘o melhor’”, afir-mou irmã Giovanna.

Nascida no ano de 362, Úrsula era filha dos reis da Cornúbia, na Inglaterra. A fama de sua beleza se espalhou e ela passou a ser desejada por vários pretendentes. Seus pais a promete-ram em casamento, mas esse não era seu desejo. Mas as mulheres, nessa época, não tinham esco-lha e então ela pediu para fazer uma missão com o objetivo de anunciar o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo e disse que, quando voltas-se, se casaria. Na viagem de navio, porém, ela e muitas outras virgens que estavam na viagem foram assassinadas por bárbaros. Santa Ângela Mérice ouvia essa história de seus pais quando criança, por isso deu o nome da congregação que fundou de Irmãs Ursulinas, em homenagem à bravura, força e fé de Santa Úrsula.

Santa Úrsula

Ir. Rose, Ir. Simone, Ir. Giovanna (Superiora geral da Congregação), Ir. Alessandra

Professora e alunos da Escola Santa Úrsula, em Aparecida de Goiânia

Foto

s: Fú

lvio

Cos

ta

EDICAO 193 DIAGRAMACAO.indd 4 23/01/2018 22:48:59

CAPA

Janeiro de 2018Arquid iocese de Go iânia

5

A figura do diácono é co-mum na Arquidiocese de Goiânia. Em diversas pa-róquias, vemos, cotidiana-

mente, ele exercendo os mais diver-sos serviços designados pelo nosso arcebispo, Dom Washington Cruz. Mas será que conhecemos o minis-tério do diácono? Muitas pessoas, sobretudo aquelas que não têm uma caminhada de seguimento na Igreja, acreditam ser ele um padre, quando o vê no serviço da liturgia, no altar. Mas a estola, espécie de faixa que

Se os padres são consagrados à imagem de Cristo, sumo e eterno sacerdote, para pregar o Evangelho, apascentar os fiéis e celebrar o culto divino, desempenhando o múnus de Cristo pastor e cabeça, pregando e ensinando, exercendo ainda o minis-tério da reconciliação e o do conforto para com os fiéis arrependidos e en-fermos (cf. LG 28), o diácono tem o caráter peculiar de, fortalecido com a graça sacramental, servir o Povo

carrega em linha diagonal sobre o ombro, por cima da túnica, é a sua principal identidade que o diferen-cia simbolicamente do padre.

Segundo a Constituição Dogmá-tica Lumen Gentium sobre a Igreja, o diácono se encontra no grau inferior da hierarquia (diaconal, presbiteral, episcopal). Desse modo, são-lhe im-postas as mãos, “não para o sacer-dócio, mas para o serviço” (LG 29). De fato, é como vemos o diácono de-senvolvendo sua missão. O serviço inerente ao seu ministério, confor-me as determinações do arcebispo, é diversificado.

de Deus em união com o bispo e o seu presbitério (corpo de sacerdotes da Arquidiocese), nos ministérios da Liturgia, da Palavra e da Caridade (cf. LG 29). Apesar de a Liturgia nor-malmente ser a mais visível dos três, setores da Igreja têm buscado um contraponto em orientações oficiais e oficiosas que enfatizam o ministé-rio da Caridade como sua nota ca-racterística, bem como o importan-tíssimo ministério da Palavra.

FÚLVIO COSTA

Serviço

Além das inúmeras diferenças no ministério do padre e do diácono, há também distinção entre o diáco-no permanente e o diácono transitó-rio. O permanente, como o próprio nome diz, é quem exerce duplo mi-nistério: Matrimônio e Ordem, para o serviço perene na Igreja. Enquanto o diácono transitório é aquele que está em seguimento, se preparando para a ordenação sacerdotal. Segun-do o diácono permanente Carlos Vieira de Brito, 63 anos, presidente da Comissão Arquidiocesana de Di-áconos (CAD), esta Igreja particular conta hoje com 42 diáconos, e um em missão nos Estados Unidos. Os diáconos permanentes são formados na Escola Diaconal Arquidiocesana

Atualmente, a Arquidiocese de Goiânia conta com três diáconos transitórios: Rodrigo Lacerda Cor-rea, Adnilson Pedro Gomes e Pe-dro Mendonça Curado Fleury, que deverão ser ordenados padres, pela imposição das mãos de Dom Wa-shington Cruz, ainda este ano. No próximo dia 2 de fevereiro, Festa da Apresentação do Senhor, às 19h30, na Catedral Metropolitana Nossa Se-nhora Auxiliadora, nosso arcebispo ordena mais cinco diáconos transi-tórios: Diêmersom Bento de Araújo,

Depoimentos

Diáconos permanentese transitórios

A caminho do sacerdócio

DiêmersomVocação é escutar com o coração o chamado de amor ea ele responder com amor-doação

José VictorO que define a minha vocação é essa iniciativa deDeus: Ele me ama e tem um projeto de vida erealização para mim

Marcos PauloA mim Deus usou de pessoas para me ajudar adespertar a vocação, mas foi a partir da oraçãoque ele me confirmou

VilmarDifícil falar o momento exato que percebi tal chamadoao sacerdócio. Acredito que Deus foi construindoessa percepção em mim ao passar dos tempos

ThiagoVocação é, sem dúvida, um dom de Deus. Uma respostaao chamado que Deus faz a cada um, particularmente

DIÁCONOSPara o Serviço da Igreja do Senhor

Santo Estêvão, estudam quatro anos de Teologia e passam por um rigo-roso processo de missão em prepa-ração à vida no Sacramento da Or-dem. Para ser ordenado, conforme o diácono Brito, o candidato deve ter no mínimo 35 anos de idade e cinco anos de casado. Se solteiro, ter a ida-de mínima de 25 anos. O serviço pas-toral do diácono permanente na Ar-quidiocese tem sido, principalmente, o apoio aos administradores paro-quiais; a administração de paróquias e quase-paróquias, quando necessá-rio; a assistência aos sacramentos, ce-lebrações da Palavra, nos cursos de formação para todas as pastorais, na catequese, no acompanhamento aos doentes e nos ritos de exéquias.

25 anos; Marcos Paulo Vilela de As-sis, 26 anos; Thiago Martins Borges, 29 anos; José Victor Cabral Dutra, 30 anos; e Vilmar Antônio Barreto, 37 anos. Todos estão convidados a par-ticipar desse importante momento em que Deus chama trabalhadores para a sua messe. No primeiro ano da etapa diaconal, eles continuam no seminário, mas exercendo o mi-nistério em paróquias, e no segundo ano, em estágio pastoral, aprofun-dando o ministério e se preparando para receber o sacerdócio.

Foto

s: Ru

dger

Rem

ígio

Administrar solenemente o BatismoGuardar e distribuir a EucaristiaAssistir e abençoar o Matrimônio em nome da IgrejaLevar a Eucaristia aos doentesLer aos fiéis a Sagrada EscrituraInstruir e exortar o povoPresidir o culto e a oração aos fiéisAdministrar os SacramentosDirigir os ritos dos funerais e da sepulturaDesenvolver os ofícios da caridade e da administração

EDICAO 193 DIAGRAMACAO.indd 5 23/01/2018 22:49:04

Janeiro de 2018 Arquid iocese de Go iânia

6 CATEQUESE DO PAPA

Audiência Geral.Praça São Pedro, 20 de dezembro de 2017

Foto

: Rud

ger R

emíg

io

Sinal da Cruz: proteção de Jesus

faz a coleta das ofertas: é a coleta das intenções de oração de todos os po-vos; e aquela coleta da intenção dos povos eleva-se ao céu como prece. A sua finalidade – desses ritos intro-dutórios – é fazer com “que os fiéis reunidos formem uma comunidade e se predisponham a ouvir com fé a

Prezados irmãos e irmãs!

Hoje gostaria de entrar no vivo da celebração euca-rística. A Missa é compos-ta por duas partes, que

são a Liturgia da Palavra e a Liturgia eucarística, tão estreitamente unidas entre si, a ponto de formar um único ato de culto (cf. Sacrosanctum conci-lium, 56; Ordenamento Geral do Mis-sal Romano, 28). Portanto, introduzi-da por alguns ritos preparatórios e concluída por outros, a celebração é um único corpo e que não se pode separar, mas para uma melhor com-preensão procurarei explicar os seus vários momentos, cada um dos quais é capaz de tocar e abranger uma di-mensão da nossa humanidade. É necessário conhecer esses santos si-nais para viver plenamente a Missa e apreciar toda a sua beleza.

Quando o povo está reunido, a celebração abre-se com os ritos in-trodutórios, que incluem a entrada dos celebrantes ou do celebrante, a saudação – “O Senhor esteja convos-co”, “A paz esteja convosco” – o ato penitencial – “Confesso”, no qual nós pedimos perdão pelos nossos pecados – o Kyrie eleison, o hino do Glória e a oração da coleta: chama-se “oração da coleta” não porque ali se

Palavra de Deus e a celebrar digna-mente a Eucaristia” (Ordenamento Geral do Missal Romano, 46). Não é um bom hábito olhar para o reló-gio e dizer: “Estou a tempo, chego depois do sermão e assim cumpro o preceito”. A Missa começa com o sinal da cruz, com esses ritos intro-

mais: é o convite a confessar-nos pe-cadores diante de Deus e da comuni-dade, perante os irmãos, com humil-dade e sinceridade, como o publica-no no templo. Se verdadeiramente a Eucaristia torna presente o Mistério pascal, ou seja, a passagem de Cristo da morte para a vida, então a primei-ra coisa que devemos fazer é reco-nhecer quais são as nossas situações de morte para poder ressuscitar com Ele para a nova vida. Isso nos leva a compreender como é importante o ato penitencial. E por isso retomare-mos esse tema na próxima catequese.

Vamos passo a passo na explica-ção da Missa. Mas eu recomendo: por favor, ensinem bem as crianças a fazer o sinal da cruz!

animados por um único Espírito e por um mesmo fim. Com efeito, “a saudação sacerdotal e a resposta do povo manifestam o mistério da Igre-ja congregada” (Ordenamento Geral do Missal Romano, 50). Exprime-se assim a fé comum e o desejo recípro-co de estar com o Senhor e de viver a unidade com a humanidade inteira.

Essa é uma sinfonia orante, que se vai criando e apresenta imediatamen-te um momento muito comovedor, pois quem preside convida todos a reconhecer os próprios pecados. To-dos somos pecadores. Não sei, talvez algum de vocês não é pecador... Se alguém não é pecador, levante a mão, por favor, assim todos veremos. Mas não há mãos levantadas, está bem: vocês têm uma boa fé! Todos somos pecadores; é por isso que no início da Missa pedimos perdão. É o ato peni-tencial. Não se trata apenas de pensar nos pecados cometidos, mas muito

Depois há o sinal da cruz. O sacer-dote que preside faz o sinal e de igual modo o fazem todos os membros da assembleia, conscientes de que o ato litúrgico se realiza “em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”. E aqui passo para outro tema muito peque-no. Vocês viram como as crianças fa-zem o sinal da cruz? Não sabem o que fazem: às vezes fazem um desenho, que não é o sinal da cruz. Por favor: mãe e pai, avós, ensinem as crianças, desde o início – desde pequeninos – a fazer bem o sinal da cruz. E expli-quem-lhes que significa ter a cruz de Jesus como proteção.

E a Missa começa com o sinal da cruz. A oração inteira move-se, por assim dizer, no espaço da Santíssima Trindade – “Em nome do Pai e do Fi-lho e do Espírito Santo” – que é espa-ço de comunhão infinita; tem como origem e fim o amor de Deus Uno e Trino, manifestado e doado a nós

na Cruz de Cristo. Com efeito, o seu mistério pascal é dom da Trindade, e a Eucaristia brota sempre do seu Co-ração trespassado. Portanto, fazendo o sinal da cruz, não só recordamos o nosso Batismo, mas afirmamos que a prece litúrgica é o encontro com Deus em Jesus Cristo, que por nós se encar-nou, morreu na cruz e ressuscitou glorioso.

Em seguida, o sacerdote dirige a saudação litúrgica, com a expressão: “O Senhor esteja convosco”, ou outra semelhante – existem diversas – e a assembleia responde: “Ele está no meio de nós”. Estamos em diálogo; estamos no início da Missa e temos que pensar no significado de todos esses gestos e palavras. Entramos numa “sinfonia”, na qual ressoam vários tons de vozes, e inclusive mo-mentos de silêncio, em vista de criar o “acordo” entre todos os participan-tes, ou seja, de nos reconhecermos

dutórios, porque ali começamos a adorar Deus como comunidade. E por isso é importante procurar não chegar atrasado, mas, ao contrário, antecipadamente, a fim de preparar o coração para esse rito, para essa celebração da comunidade.

Geralmente, enquanto se execu-ta o cântico de entrada, o sacerdo-te, com os outros ministros, chega em procissão ao presbitério, e aqui saúda o altar com uma inclinação e, em sinal de veneração, beija-o e, quando há incenso, incensa-o. Por quê? Porque o altar é Cristo: é figura de Cristo. Quando fitamos o altar, olhamos precisamente para onde está Cristo. O altar é Cristo. Esses gestos, que correm o risco de passar despercebidos, são muito signifi-cativos, porque exprimem desde o início que a Missa é um encontro de amor com Cristo, o qual, “oferecen-do o seu corpo na cruz [...], se tornou altar, vítima e sacerdote” (Prefácio pascal V). Com efeito, sendo sinal de Cristo, o altar “é o centro da ação de graças que se realiza com a Eucaris-tia” (Ordenamento Geral do Missal Romano, 296), e toda a comunidade em volta do altar, que é Cristo; não para olhar na cara, mas para fitar Cristo, porque Cristo está no centro da comunidade e não longe dela.

Os sinais e as partesda Santa Missa

Quando fitamos oaltar, olhamos

precisamente paraonde está Cristo.O altar é Cristo.

Esses gestos,que correm o

risco de passardespercebidos, sãomuito significativos

EDICAO 193 DIAGRAMACAO.indd 6 23/01/2018 22:49:09

um dom que recebemos na força da graça batismal pela qual com Cristo morremos para o pecado e ressusci-tamos com Ele para uma vida nova, buscando a inteira configuração nos-sa com a pessoa de Jesus Cristo, a fim de que não sejamos mais nós que vivemos, mas Ele vivendo em nós, como expressa o apóstolo Paulo.

Os leigos e as leigas são cristãos que, com consciência e convicção, entraram no dinamismo do disci-pulado e da missionariedade de Je-sus, fizeram sua experiência íntima e pessoal com Ele, conheceram o ros-to do Pai e agora são “sal da terra e luz do mundo”, manifestando-O aos demais. Desse modo, eles já não são somente destinatários do anúncio do Evangelho, mas são sujeitos na evan-gelização, já não “estão” na Igreja, mas “são” Igreja, contribuindo em diversas formas de apostolado, não somente dentro do ambiente eclesial, mas também fora desses espaços, no cotidiano da vida, em casa, no tra-balho, na escola, na faculdade, onde quer que se encontrem.

A vocação laical está intimamente ligada à vida familiar. É no ambiente

A Igreja no Brasil, neste ano de 2018, se volta para a presença e a atuação dos cristãos leigos e leigas que,

assumindo seu compromisso batis-mal, dão testemunho de Cristo nas diferentes esferas da sociedade. Tam-bém o Regional Centro-Oeste dedica este ano à Família, essa que é a insti-tuição base da sociedade e a grande formadora dos cidadãos e cidadãs que atuam no mundo. Podemos per-ceber a profunda conexão existente entre essas duas realidades, visto que todas as vocações, sejam elas sa-cerdotais e religiosas, bem como as laicais, têm sua origem no ambiente familiar.

Costumamos salientar, de forma muito expressiva, as vocações sacer-dotais e a vida religiosa consagrada, como se fossem o único modo de seguimento de Jesus Cristo, esque-cendo-nos que, antes do chamado e da decisão para uma vocação espe-cífica, temos a vocação à vida e a de sermos filhos e filhas de Deus. Esse é

doméstico onde estão, de forma mais acentuada, diversas realidades vi-venciadas pelos leigos. Atualmente, estão surgindo muitas configurações e realidades familiares, algumas são fruto do ajustamento das pessoas às condições existenciais pós-moder-nas, outras são meios de acabar por completo com essa fundamental ins-tituição. O elemento principal que cada um deve analisar é a qualidade de vivência familiar que está tendo. Será que dentro do lar está havendo diálogo, respeito, comunhão, união? Esses são valores tidos como ultra-passados, algumas vezes, e que, no entanto, são indispensáveis para que uma família possa sustentar-se dian-te dos vendavais da vida.

No decorrer deste ano, somos to-dos convidados a perceber a impor-tância do laicato para a vida da Igre-ja e da família para toda a socieda-de, percebendo e assumindo a força transformadora que os cristãos têm no mundo. Com certeza, em todas as comunidades, serão realizadas atividades em vista de comemorar e ressaltar a entrega de tantos irmãos e tantas irmãs que gastam seus dias

para que o Reino de Deus aconteça, bem como de uma melhor prepara-ção para o matrimônio e o cultivo de uma autêntica espiritualidade familiar. Você também, caro leitor, pode promover, em sua família, em sua rua, em seu bairro, momentos de reflexão e estímulo para que muitos outros possam entrar nesta gran-de “família de Jesus”, daqueles que permanecem com Ele e o anunciam constantemente a todos quantos vão encontrando nas estradas da vida.

Em âmbito regional, acontecerá, no dia 7 de setembro, a Peregrinação das famílias ao Santuário Sagrada Fa-mília, em Goiânia. E de 7 a 9 de se-tembro, todos estão convocados para o Congresso Regional da Pastoral Fa-miliar, no Centro Pastoral Dom Fer-nando (CPDF), em Goiânia. Muitos outros eventos estarão acontecendo no decorrer deste ano, com o intuito de despertar a importância laical e a espiritualidade familiar. Nesse sen-tido, todos unidos formarão uma só Igreja, missionária e peregrina neste mundo, procurando salgar o que ain-da se encontra insosso e iluminar o que insiste em permanecer nas trevas.

Janeiro de 2018Arquid iocese de Go iânia

7VIDA CRISTÃ

Ano Nacional do Laicato26/11/17 a 25/11/18

Ano Regional da Família: perspectivas pastorais Sal da Terra e Luz do Mundo (Mt 5,13-14)

Foto

: Ace

rvo

Arqu

idio

cese

de

Goi

ânia

FRATER MARCOS PAULO NASCIMENTO, CSSRMissionário Redentorista de Fortaleza-CE

EDICAO 193 DIAGRAMACAO.indd 7 23/01/2018 22:49:11

Ele curou a muitos

Janeiro de 2018 Arquid iocese de Go iânia

Siga os passos para a leitura orante:

8 LEITURA ORANTE

JOSÉ VICTOR CABRAL DUTRA (SEMINARISTA)Seminário São João Maria Vianney

Neste quinto domingo do Tempo Comum, o Evangelho nos convi-da a ver Jesus, que continua sua caminhada de um dia em Cafar-

naum. Primeiro, Jesus se dirige à sogra de Pedro, que se encontra acamada. Ele a cura e ela se coloca de pé e começa a servir. Ao cair da tarde, Jesus acolhe e cura os doen-tes e os possessos que o povo tinha trazido. Já de madrugada, Jesus se retira para um momento de oração. É por meio da oração que ele mantém viva em si a consciência de sua missão. Ainda no mesmo lugar em que se encontrava em oração, aparecem os dis-cípulos para levá-lo de volta junto ao povo que o procurava. Jesus tem consciência de sua missão e não quer que os discípulos se fechem no resultado obtido.

As diversas curas realizadas por Jesus vão também nos ajudando a compreender

a verdadeira missão da Igreja: acolher os marginalizados e desprezados de nossa sociedade, revelando-lhes a digna condi-ção de filhos de Deus. A cura da sogra de Pedro aponta para a devolução da digni-dade e o exercício da diaconia no serviço aos irmãos.

As curas e os exorcismos recuperam a autoestima das pessoas que foram procu-rar Jesus. Na hora da oração, Jesus recu-pera as forças e avalia a caminhada feita até o momento e alerta os discípulos para seguir adiante e não se contentar com os resultados obtidos. Neste Ano do Laicato, somos convidados a viver o que Jesus vi-veu em profundidade e compromisso para colaborar na construção do Reino de Deus.

ESPAÇO CULTURAL

Sugestão de leitura

Textos para oração: Mc 1,29-39 (página 1243 - Bíblia das Edições CNBB)

1º) Ambiente de oração: procure uma posição cômoda e um local agradável. Silencie e invoque o auxílio do Espí-rito Santo.2º) Leitura atenta da Palavra: leia o texto mais de uma vez. Tente compreender o que Deus quer lhe falar.3º) Meditação livre: reflita sobre o que esse texto diz a você. Procure repetir frases ou palavras que mais chama-ram a sua atenção.4º) Oração espontânea: converse com Deus, peça perdão, louve, adore, agradeça. Faça seu pedido de filho e filha muito amados. Fale com Deus como a um amigo íntimo.5º) Contemplação: imagine Deus em sua vida e lembre--se daquilo que ele falou a você nessa Palavra que acabou de ler. Escreva os frutos dessa oração/contemplação.6º) Ação: para que a sua Lectio seja frutuosa, é necessário que você realize algo concretamente (como ajudar o pró-ximo, pedir perdão, falar sobre o amor de Deus, visitar um doente etc.) e que isso seja resultado de sua oração.

(5º Domingo do Tempo Comum – Ano B. Liturgia da Palavra: Jó 7,1-4.6-7; Sl 146(147),1-6; 1Cor 9,16-19.22-23; Mc 1,29-39)

‘‘Todos te procuram’’ (Mc 1,37)

O presente livro é uma das raras publicações sobre o ministério do diácono permanente. Seu conteúdo reflete sobre o ofício diaconal e aprofunda aspectos teológicos e práticos relativos a esse serviço eclesiástico e às suas atribuições ligadas à Palavra, à Liturgia e à Ca-ridade. Seu foco, porém, é o múnus docendi ecclesiae, conferido ao diácono permanente em virtude de sua ordenação sacramental, e apresenta sua missão como servidor da mesa da Palavra. Aponta ainda para a necessidade de que o diácono seja arauto do Reina-do dos Céus pelo testemunho pessoal e pela difusão da Palavra de Deus na sociedade.

Autor: Julio Cesar BendinelliOnde encontrar: Paulus Livraria de Goiânia. Rua 6, n. 201, CentroTelefone: (62) 3223-6860

EDICAO 193 DIAGRAMACAO.indd 8 23/01/2018 22:49:18