semanal - arquidiocese de goiânia...pedro teve uma reação imediata de resistência contra aquela...

8
Quaresma: papa pede que caridade se torne estilo de vida Clero reflete sobre o ministério sacerdotal, em retiro Programa Encontro Semanal vai ao ar pela PUC TV pág. 3 pág. 2 pág. 4 T ARQUIDIOCESE FIQUE POR DENTRO SANTA SÉ Capa: Carlos Henrique pág. 5 semanal Edição 196ª - 18 de fevereiro de 2018 www.arquidiocesedegoiania.org.br EDICAO 196 DIAGRAMACAO.indd 1 14/02/2018 23:19:15

Upload: others

Post on 19-Nov-2020

3 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: semanal - Arquidiocese de Goiânia...Pedro teve uma reação imediata de resistência contra aquela violência. Sacou de sua arma e enfrentou aqueles que os ata - cavam. Embora tivesse

Quaresma: papa pedeque caridade se torne

estilo de vida

Clero reflete sobre oministério sacerdotal,

em retiro

Programa EncontroSemanal vai ao ar pela

PUC TVpág. 3pág. 2 pág. 4

T ARQUIDIOCESEFIQUE POR DENTRO SANTA SÉ

Capa

: Car

los H

enriq

ue

pág. 5

semanalEdição 196ª - 18 de fevereiro de 2018 www.arquidiocesedegoiania.org.br

EDICAO 196 DIAGRAMACAO.indd 1 14/02/2018 23:19:15

Page 2: semanal - Arquidiocese de Goiânia...Pedro teve uma reação imediata de resistência contra aquela violência. Sacou de sua arma e enfrentou aqueles que os ata - cavam. Embora tivesse

Iniciado na Quarta-feira de Cinzas, o tempo quaresmal é uma gran-de caminhada comunitária de conversão, a ser percorrida como

Igreja. No mesmo dia, iniciamos a Campanha da Fraternidade 2018, com o tema "Fraternidade e superação da violência", e o lema "Vós sois to-dos irmãos" (Mt 23,8). Essa iniciativa da Igreja, no Brasil (coordenada pela CNBB desde 1964) e na Arquidiocese de Goiânia, não é paralela ou comple-

mentar à Quaresma. Ela deve estar no centro de nosso itinerá-rio espiritual, de nossa oração, de nossos estudos e pregações, de nossas ações e iniciativas. Isso porque a conversão quares-mal, plena e integral, deve gerar frutos de fraternidade e paz.

"Bem-aventurados os que promovem a paz” (Mt 5,9), a fim de superar a violência. Essa é a boa notícia de Jesus, para todos os discípulos missionários e para todos os homens e mulheres que se empenham na construção de um mundo mais justo, pacífico, fraterno e solidário. Essa bem-aventu-rança dos promotores da paz também quer ser vivida pela Arquidiocese de Goiânia, discípula e missionária de Cristo, que se empenha com determinação, coragem e testemunho na superação de todas as formas de violência.

Pedro, guarda a tua espada!No momento mais dramático e truculento contra Jesus

‒ quando foi encontrado e preso para ser morto na cruz ‒, Pedro teve uma reação imediata de resistência contra aquela violência. Sacou de sua arma e enfrentou aqueles que os ata-cavam. Embora tivesse convivido e aprendido tanto de Jesus, em sua mente e em seu coração ainda estava arraigado o mé-todo de responder com violência e com armas a um ato de agressão. “Guarda a tua espada” (Jo 18,11), disse Jesus a Pe-dro. Esse pedido de Cristo continua a ressoar no dia de hoje.

Guarda a tua espada, Goiânia! Guarda a tua espada, Bra-sil. Guarda a tua espada que dissemina violência e mentiras pelas redes sociais, que te ilude com falsas seguranças, que te transforma em ameaça a quem te chama de “meu bem”, que provoca medo a quem te chama de “meu pai”, que provoca indignação a quem te chama “meu irmão”.

Guarda a tua espada de egoísmo e arrogância contra os pobres, de racismo sobre os negros, de prepotência sobre os índios, de xenofobia sobre os migrantes, de machismo contra as mulheres, de desprezo aos jovens, de indiferença quanto aos idosos, de abusos contra crianças e adolescentes.

Espadas destroem a vida e o bem comumGuarda a tua espada que mata pelo tráfico e pelo consu-

mo de drogas, pelo feto eliminado do útero, pelo veneno jo-gado na terra, pela destruição da natureza, pelos conflitos agrários, pela disputa por água, pelo consumo do álcool, pe-las agressões no trânsito, pela criminalidade. Guarda a tua espada que mata pela corrupção política e social, pelos cor-porativismos que destroem o bem comum, pela morosidade na aplicação das leis, pela concentração da riqueza nas mãos de poucos, por ações religiosas e esportivas contaminadas por fanatismo e intolerância.

Os cidadãos brasileiros não precisam de armas e sim de comida no prato, de escola de qualidade e de casa para mo-rar. Os cristãos de verdade não precisam impor verdades e sim construir pontes de diálogo e caminhos de amor.

O caminho quaresmal nos pede essa profunda conversão pessoal, comunitária e social. Vamos guardar a espada que ofende a Deus, agride o irmão e destrói a nós próprios. Va-mos rezar, jejuar, pedir perdão, refletir e agir. Vamos promo-ver a superação da violência e construir a paz, porque em Cristo “somos todos irmãos”.

Fevereiro de 2018 Arquid iocese de Go iânia

PALAVRA DO ARCEBISPO2 PALAVRA DO ARCEBISPO2 PALAVRA DO ARCEBISPO2

Arcebispo de Goiânia: Dom Washington CruzBispos Auxiliares: Dom Levi Bonatto e Dom Moacir Silva Arantes

DOM WASHINGTON CRUZ, CPArcebispo Metropolitano de Goiânia

EditorialO texto-base da Campanha da Fra-

ternidade 2018 realça que a Quaresma é o tempo em que somos tocados mais profundamente pela Palavra, cultiva-mos a oração, o amor a Deus e a solida-riedade fraterna. É ainda o tempo em que somos despertados para os senti-mentos de Jesus Cristo. Diante de tama-nha responsabilidade, a Igreja no Brasil apresenta-nos a proposta de superar a violência, reconhecendo o próximo como amigo, como irmão. O desafio, no entanto, é enorme, uma vez que a vio-lência tem crescido exponencialmente no país. Na reportagem de capa desta

COM FRATERNIDADEPODEMOS SUPERARA VIOLÊNCIA

edição, apresentamos a proposta de vivência da Quaresma pela superação da violência a partir do fraternismo. Esta edição traz também o anúncio do lançamento do programa Encontro Semanal, que será veiculado na PUC TV. Ainda, a Mensagem do papa para a Quaresma. Dom Washington Cruz, em sua Palavra, reafirma que o cris-tão, mais do que armas, precisa de co-mida, de escola de qualidade, de casa para morar e de pontes de diálogo e caminhos de amor.

Boa leitura!

Foto

: Rud

ger R

emíg

io

“A espiritualidade do ministério presbiteral: a espiritualidade do servi-ço, a caridade pastoral”. Esse foi o tema do Retiro do Clero da Arquidiocese de Goiânia, que aconteceu nos dias 5 a 9 de fevereiro, no Centro Pastoral Dom Fernando (CPDF), sob orientação do bispo diocesano de Santo André (SP), Dom Pedro Carlos Cipolini. “Esse tema está presente em vários textos bí-blicos que nós visitamos, em especial em São Paulo, modelo de presbítero servidor”, disse em entrevista ao En-contro Semanal.

Ainda sobre a temática, o bispo disse ser positiva e importante para o ministério presbiteral. “Esse tema aju-da diretamente no trabalho pastoral do padre, também em seu testemunho

que precisa de certas balizas. Um re-tiro sobre isso, certamente, ajuda o sacerdote a crescer em espiritualida-de”, esclareceu.

Mons. Luiz Lôbo, coordenador do Clero da Arquidiocese, explicou o sentido do retiro na vida do pa-dre. “O retiro é um abastecer-se da palavra de Deus e desligar-se das atividades cotidianas, por isso é im-portante”. Mons. Lôbo também jus-tificou o objetivo da Assembleia do Clero, que acontece todos os anos, logo após o retiro. “A Assembleia tem como finalidade unir o clero e sustentar a nossa vida pastoral em torno do arcebispo. É também um fortalecimento da nossa caminhada sacerdotal”, concluiu.

Coordenadora de Comunicação: Eliane Borges (GO 00575 JP)Consultor Teológico: Pe. Warlen MaxwellJornalista Responsável: Fúlvio Costa (MTB 8674/DF)Redação: Fúlvio CostaRevisão: Jane GrecoDiagramação: Carlos HenriqueColaboração: Marcos Paulo Mota (Estudante deJornalismo/PUC Goiás)

Fotografia: Rudger RemígioTiragem: 25.000 exemplaresImpressão: Gráfica Moura

Contatos: [email protected] Fone: (62) 3229-2683/2673

Fique por dentro

EM RETIRO,Clero reflete sobre a espiritualidade

do ministério presbiteral

EDICAO 196 DIAGRAMACAO.indd 2 14/02/2018 23:19:24

Page 3: semanal - Arquidiocese de Goiânia...Pedro teve uma reação imediata de resistência contra aquela violência. Sacou de sua arma e enfrentou aqueles que os ata - cavam. Embora tivesse

Fevereiro de 2018Arquid iocese de Go iânia

ARQUIDIOCESE EM MOVIMENTO 3

Igreja de Goiânia lançaEncontro Semanal TV

No próximo dia 24, às 8h30, a Arquidiocese de Goiânia estreia o programa Encon-tro Semanal, na PUC TV.

Seu objetivo, como o veículo impres-so que está em circulação desde maio

de 2014, é construir aproximação e participação com o público católico.

Segundo um dos idealizadores da produção, padre Warlen Reis, o pro-grama mostrará a vida que pulsa nas paróquias, em seus momentos de fé

Padre Alcimar é o novo pároco da Paróquia Imaculado Coração de Maria

Dom Washington Cruz preside missa da Bênção das Mochilas“Estudem, se esforcem, transfor-mem a sociedade por meio do co-nhecimento. Vocês têm uma ferra- menta poderosa que, aliada à fé, pode ser eficaz para uma sociedade sem violência”, declarou.

A Bênção das Mochilas é uma iniciativa do Vicariato para a Cul-tura e Educação da Arquidiocese de Goiânia, da PUC Goiás e da Asso-ciação Nacional de Educação Cató-lica (ANEC).

Mais uma edição da Missa da Bênção das Mochilas foi presidi-da pelo nosso arcebispo, Dom Wa-shington Cruz, na manhã do dia 4 de fevereiro, na Catedral Metropo-litana. Como de costume, centenas de estudantes das escolas católicas e da PUC Goiás participaram desse momento de fé que marca o início do semestre letivo. Na ocasião, Dom Washington agradeceu aos presen-tes e dirigiu palavras de incentivo.

No domingo (11), padre Alcimar Lima Silva, da Congregação dos Missionários Filhos do Imaculado Coração de Maria (CMF), mais co-nhecidos como Missionários Cla-retianos, tomou posse na Paróquia Imaculado Coração de Maria, que fica na Avenida Paranaíba, no Setor Central. Ele sucede padre Marcos Valério Rodrigues, CMF. A mis-sa de posse foi presidida por Dom Washington Cruz, que empossou também o novo vigário, padre Flo-rentino José de Sousa. Ao refletir sobre o Evangelho do dia (Mc 1,40-45), ele destacou que “a palavra de Deus nos leva ao fenômeno da lepra que naquela época era semelhante à morte, motivo de marginaliza-ção, exclusão, sinal da maldição de Deus. Mas no leproso apresentado no Evangelho reside a esperança que é Jesus Cristo. Assim como o Senhor fez com o leproso, curan-do-o, também quer fazer conosco, libertando-nos do pecado e da mor-

Foto

: Jot

a Jú

nior

Foto

: Rud

ger R

emíg

io

te”, afirmou. Após a homilia, padre Alcimar renovou as promessas sa-cerdotais diante do arcebispo e da assembleia de fiéis. Rezou o Credo e prometeu levar o Evangelho a to-dos, conforme determina a Santa Igreja. Em seguida, ele recebeu as chaves do templo, símbolo da Igre-

e devoção. “Vamos contar, em cada edição, a história de fundação, a vida pastoral e as obras sociais presentes em nossas comunidades. O quadro “As razões da fé” é o espaço de diálo-go entre os fiéis e a Igreja”, afirmou.

O programa já disponibiliza, no Facebook, a página Encontro Semanal TV. No WhatsApp, há um canal aber-to pelo número 99174-9290 para per-guntas por meio de vídeo de até 20 segundos.

ja viva que deve edificar o povo de Deus; as chaves do sacrário, que simbolizam a Eucaristia, ápice e fonte de todo o culto e da vida cris-tã; os santos óleos, sinal da vida di-vina que deve se desenvolver nos corações dos fiéis; e a estola roxa, para que o novo pároco administre

o Sacramento da Penitência. “Sê ze-loso neste ministério e distribuição aos pecadores das riquezas da mise-ricórdia do Senhor”, afirmou Dom Washington. No fim da missa, pa-dre Alcimar lembrou o lema de sua ordenação sacerdotal: “Eu sei em quem coloquei a minha confiança” (2Tm 1,12). “Com Nosso Senhor Je-sus Cristo à frente, sob as bênçãos de Maria, com certeza vamos fazer um bom trabalho juntos”, afirmou. Entrevistado pelo Encontro Semanal, ele disse que vê a missão no centro da grande cidade, mesmo sendo uma realidade difícil, como um tra-balho de revigoramento na fé. “O centro está tomado pelo comércio e tantos outros valores, mas acredito que há espaço para a fé e nós vamos fazer esse trabalho aqui. Venho com muito respeito à história dessa co-munidade que eu tanto amo”, disse. Padre Alcimar já estava na paróquia atuando como vigário e administra-dor do Colégio Claretiano.

Padre Cícero, Dom Washington, padre Alcimar e padre Florentino

EDICAO 196 DIAGRAMACAO.indd 3 14/02/2018 23:19:35

Page 4: semanal - Arquidiocese de Goiânia...Pedro teve uma reação imediata de resistência contra aquela violência. Sacou de sua arma e enfrentou aqueles que os ata - cavam. Embora tivesse

Fevereiro de 2018 Arquid iocese de Go iânia

444 ACONTECEU

Rebanhão de Carnavalmovimentou Goiânia e Região Metropolitana

FÚLVIO COSTA

de todas as enfermidades, dado que o pecado roubou a nossa alegria e de outras pessoas e, portanto, não favo-rece a nossa felicidade”. Dom Moacir também pediu que nos aproximemos de Deus por meio da oração, pois ela “é alimento que nos fortalece para continuarmos na luta diária, capazes de enxergar o amor de Deus até onde não enxergamos”, concluiu.

Além da Associação Servos de Deus, o Rebanhão aconteceu tam-bém no Santuário Sagrada Família, na Vila Canaã; no Ginásio de Espor-tes Estadual, no Bairro Capuava; no Salão da Paróquia Nossa Senhora da Assunção, no Setor Itatiaia; no Giná-sio do Colégio Militar Pedro Xavier Teixeira, em Senador Canedo; no Centro Cultural e Lazer José Barro-so, Rodeio Show, em Aparecida de Goiânia; e na Associação Beneficente João Paulo II, em Inhumas.

Sete locais sediaram o Rebanhão de Carnaval, na Arquidiocese de Goiânia, nos dias 10 a 13 de fevereiro. O evento, que é pro-

movido pela Renovação Carismática Católica, teve como tema, este ano, “Eis que estou à porta e bato” (Ap 3,20a), e o lema, “Retornai ao Primei-ro Amor” (Ap 2,4). O bispo auxiliar de Goiânia, Moacir Silva Arantes, presi-diu missa no sábado (10), na Associa-ção Servos de Deus, no Setor Coim-bra. “A alegria é a marca daquele que se encontrou com Jesus. E essa é uma alegria verdadeira, por isso não preci-samos de máscaras para nos alegrar-mos”, disse, referindo-se ao carnaval. Ele também fez comentários sobre o Evangelho de domingo (Mc 1,40-45). “O leproso, com muita fé, falou a Je-sus: ‘Se tu queres, tens o poder de me curar’. Assim somos nós também. Podemos pedir que Jesus nos cure

Uma missa especial, presidida pelo arcebispo Dom Washington Cruz, celebrou o Dia Mundial do En-fermo, no domingo passado (11), na Paróquia Nossa Senhora de Lourdes. A missa também encerrou a Festa da Padroeira e protetora dos enfermos, que começou no dia 2. Em sua ho-milia, o arcebispo refletiu sobre o Evangelho em que o leproso recebe a cura de Jesus, graças à sua fé. (Mc 1,40-45). “Este leproso não pede ape-nas para ser curado da doença, mas para ser purificado, ser salvo, sarado integralmente no corpo e na alma. A lepra, doença contagiosa, tornava seu portador impuro, imundo e ele era visto como um morto-vivo”, ex-plicou Dom Washington. “Se o mal

O artista sacro Marcílio Soares, de Curitiba (PR), concluiu em me-nos de uma semana, no fim do mês de janeiro e início de fevereiro, a pintura do batismo de Jesus por São João Batista. A arte fica no Batistério da Paróquia Nossa Senhora Auxilia-dora (Catedral). “Apesar de ser uma pintura artística, e ter traços abstra-tos, essa obra é totalmente litúrgica, por isso tem muitos detalhes”, disse em entrevista o artista. O pároco da Catedral, monsenhor Daniel Lagni, afirmou que esta é a primeira de muitas artes que virão a compor o interior da igreja. “Precisamos dar à nossa Catedral um pouco mais de arte sacra para que se crie aqui um ambiente mais profundo de oração e de recolhimento. Estáva-mos alimentando o desejo por essa obra há algum tempo. No futuro, talvez, continuaremos no teto. Mas isso será para os próximos anos, porque demanda tempo, recursos e reflexões para se escolher bem a te-mática da arte”, declarou o pároco. Marcílio também concorda com ele. “Vocês têm aqui uma Catedral be-líssima, uma arquitetura muito bo-nita, sólida e forte, mas falta arte e nós vamos fazer esse trabalho”.

Marcílio Soares é um dos nomes mais importantes da arte sacra no mundo. Sua maior obra foi pintada

Arquidiocese celebraDia Mundial do Enfermo

Catedral Metropolitana recebepintura litúrgica do batismo de Jesus

Foto

: Rud

ger R

emíg

ioFo

to: R

udge

r Rem

ígio

Foto

: Rud

ger R

emíg

io

é contagioso, o bem também é. Dei-xemo-nos contagiar pelo bem, assim como o fez Jesus que não desviou o olhar do leproso, pelo contrário, tocou nas misérias daquele homem assim como quer tocar nas nossas”, enfatizou. Após a celebração, o vigá-rio da paróquia, padre Éverson de Faria Mello, CSsR, agradeceu ao ar-cebispo pela presença. Logo após, a comunidade entregou aos presentes pequenos frascos com água benta. Dom Washington, por fim, aspergiu a assembleia, rezou pelos enfermos e abraçou-os um a um. Segundo o fra-ter Kevin Freitas, CSsR, a missa pe-los enfermos é uma prática tradicio-nal na paróquia, em agradecimento a Nossa Senhora de Lourdes. na Paróquia Menino Deus, em To-

ledo (PR), onde ele precisou de sete anos e meio para concluir 5 mil me-tros de pintura. Formado em Belas Artes, ele é pós-doutor em restau-ração e conservação do patrimônio. Tem três anos de especialização jun-to à Consultoria de Artes do Vatica-no e 126 cursos de aperfeiçoamento. O artísta já ganhou 96 prêmios em 32 países. Só no Brasil ele já pintou mais de 800 igrejas.

Rebanhão na Associação Servos de Deus, durante missa

EDICAO 196 DIAGRAMACAO.indd 4 14/02/2018 23:19:52

Page 5: semanal - Arquidiocese de Goiânia...Pedro teve uma reação imediata de resistência contra aquela violência. Sacou de sua arma e enfrentou aqueles que os ata - cavam. Embora tivesse

Superar a violência exigeatitudes concretas de fraternismo

Quarta-feira de Cinzas

Reunião Mensal de Pastoral

Lançamento Nacional

Na Arquidiocese

CAPA

Fevereiro de 2018Arquid iocese de Go iânia

5

Na homilia da missa presidida por Dom Washington, na Catedral Metropolitana, ele destacou que a Igreja não está alheia aos grandes dramas vividos pelos homens e mulheres de nosso tempo. “A pro-blemática vivida pela nossa popula-ção quanto à violência deve receber da Igreja um olhar como o olhar do próprio Deus”. Ele apontou ainda alguns caminhos para a superação da violência na sociedade. “É preci-

O tema central da primeira Reu-nião Mensal de Pastoral do ano, rea-lizada no dia 10 de fevereiro, no Cen-tro Pastoral Dom Fernando (CPDF), foi o enfrentamento da violência na perspectiva da Sagrada Escritura, apresentado pelo vigário da Paróquia São Francisco de Assis, do Setor Les-te Universitário, frei Fernando Inácio Peixoto de Castro. Em sua fala, ele destacou que somos criados irmãos, por Deus. Na Bíblia, disse ele, a vio-lência começa quando Caim mata seu irmão Abel. “Ali vemos a primei-ra falta de fraternismo que tem como consequência a violência”, salientou. De acordo com o frade, ser irmão é ser próximo, é praticar a justiça, a ge-

Na Quarta-feira de Cinzas (14), durante o lançamento nacional da CF-2018, o presidente da Conferên-cia Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cardeal Dom Sergio da Ro-cha, afirmou que “construir a Fra-ternidade para superar a violência é o objetivo da Campanha da Fra-ternidade”. Ele considerou que em-bora seja importante a ação de cada

No lançamento arquidiocesano da CF-2018, o nosso arcebispo Dom Washington Cruz comentou o tre-cho do evangelho que narra a trai-ção e prisão de Jesus (Jo 18, 11), em que o apóstolo Pedro, para defender o mestre, corta com uma espada a orelha de um dos servos do sumo sacerdote. “Guarda a tua espada”. “Guarda a tua espada que dissemi-na violência e mentiras pelas redes sociais, a espada do egoísmo contra

so que todos nós, Igreja, comunida-des, instituições, governos, olhemos para as atitudes de Jesus que indi-cam como devemos fazer para que a paz e a justiça aconteçam: é preciso fazer-se criança, tornar-se o menor dentre todos; é preciso não desprezar nenhum dos pequenos, aqui enten-didos não apenas como as crianças, mas, também, todos aqueles que ne-cessitam do amparo social; e, por fim, é preciso perdoar sempre”.

nerosidade, isto é, abrir espaço para o irmão. “Violência é transgredir a aliança; violentar é violar a aliança e esta aliança violada gera injustiça, guerra. Antes, porém, precisamos en-tender que violência é uma emoção humana que nasce da ira. É seu des-controle que causa violência”. Qual-quer um é capaz de tornar-se vio-lento, segundo frei Fernando, desde que não administre suas emoções, e as atitudes para não se tornar violen-to são, entre outras, buscar o irmão e pedir perdão. Aos pais cabe o dever de gerar filhos. “Como os filhos sabe-rão ser irmãos, respeitar o espaço do próximo se seus pais não lhes dão a oportunidade de terem irmãos?”.

um de nós, é preciso de ações comu-nitárias e reiterou que “a Igreja não pretende oferecer soluções técnicas para os problemas que aborda, mas o valor da fé e do amor que mostra que o semelhante não é um adver-sário, mas um irmão a ser amado”. O evento contou com a presença da presidente do Supremo Tribunal Fe-deral (STF), ministra Cármen Lúcia.

os pobres, do racismo, da prepo-tência, da xenofobia, do machismo; guarda tua espada que mata pelo tráfico, pelo feto eliminado do úte-ro”, enumerou. Frei Fernando, mais uma vez, fez uma síntese do tema à luz da Sagrada Escritura: “A CF deste ano põe a Igreja na esteira da recuperação do senso de fraternida-de e motiva a nos desarmar para ser-mos irmãos, não transgredindo, mas contendo as emoções”, afirmou.

Foto

: CN

BBFo

to: R

udge

r Rem

ígio

Foto

: Rud

ger R

emíg

io

O crescente aumento da vio-lência em nosso país foi fa-tor essencial para a escolha da temática da Campanha

da Fraternidade neste ano. São múl-tiplas as formas de violência que têm levado o cidadão de bem a investir em proteção privada, uma vez que sente o descontrole e o fracasso do Estado diante da criminalidade. Esse fator, conforme o texto-base da cam-

FÚLVIO COSTA

panha, deixa claro: “Todavia, essa aparente proteção também aumenta, colateralmente, o isolamento. Man-tém-se à distância não só o potencial inimigo, mas também o amigo”.

De norte a sul do país constata-se uma epidemia de homicídios supe-rior a de muitos países no mundo. O Mapa da Violência no Brasil, de seis anos atrás, dá conta de números assustadores.

HomicídiosBrasil tem 13.100,0% mais homicídios

que a Inglaterra, 436,6% mais queos Estados Unidos e 609,3%

que a Argentina.(Resultado por 100 mil habitantes)

Com o tema, “Fraternidade e Superação da Violência”, e o lema, “Vós soistodos irmãos” (Mt 23,8), a Campanha da Fraternidade deste ano propõe não ocombate da violência, mas superação dela. Outra cultura, porém, só é possívelquando nos reconhecermos irmãos. Nos vários momentos de lançamento da

campanha, seja em âmbito nacional, como no arquidiocesano, a temáticafoi tratada com destaque para a importância de considerar o outro

como irmão, a fim de que seja construída uma cultura de nãoviolência nos vários espaços sociais.

EDICAO 196 DIAGRAMACAO.indd 5 14/02/2018 23:20:01

Page 6: semanal - Arquidiocese de Goiânia...Pedro teve uma reação imediata de resistência contra aquela violência. Sacou de sua arma e enfrentou aqueles que os ata - cavam. Embora tivesse

Mensagem do papa Franciscopara a Quaresma 2018

Fevereiro de 2018 Arquid iocese de Go iânia

6 SANTA SÉ

Vaticano, 1º de novembro de 2017Solenidade de Todos os Santos

Foto

: Int

erne

t

de de amar. É o engano da vaidade, que nos leva a fazer a figura de pa-vões para, depois, nos precipitar no ridículo; e, do ridículo, não se volta atrás. Não nos admiremos! Desde sempre o demônio, que é “men-tiroso e pai da mentira” (Jo 8,44), apresenta o mal como bem e o falso como verdadeiro, para confundir o coração do homem. Por isso, cada um de nós é chamado a discernir, no seu coração, e verificar se está ame-açado pelas mentiras desses falsos profetas. É preciso aprender a não se deter no nível imediato, super-ficial, mas reconhecer o que deixa dentro de nós um rasto bom e mais duradouro, porque vem de Deus e visa verdadeiramente o nosso bem.

Um coração frioNa Divina Comédia, ao descre-

ver o Inferno, Dante Alighieri ima-gina o diabo sentado num trono de gelo; habita no gelo do amor sufoca-do. Interroguemo-nos então: Como se resfria o amor em nós? Quais são os sinais indicadores de que o amor corre o risco de se apagar em nós?

O que apaga o amor é, antes de mais nada, a ganância do dinheiro, “raiz de todos os males” (1Tm 6,10); depois dela, vem a recusa de Deus e, consequentemente, de encontrar consolação n'Ele, preferindo a nossa desolação ao conforto da sua Pala-vra e dos Sacramentos. Tudo isto se permuta em violência que se abate sobre quantos são considerados uma ameaça para as nossas “certezas”: o bebê nascituro, o idoso doente, o hóspede de passagem, o estrangei-ro, mas também o próximo que não corresponde às nossas expetativas.

A própria criação é testemunha silenciosa deste resfriamento do amor: a terra está envenenada por resíduos lançados por negligência e por interesses; os mares, também eles poluídos, devem infelizmente guardar os despojos de tantos náu-fragos das migrações forçadas; os céus – que, nos desígnios de Deus, cantam a sua glória – são sulcados por máquinas que fazem chover ins-trumentos de morte.

E o amor resfria-se também nas nossas comunidades: na Exortação apostólica Evangelii gaudium, procu-rei descrever os sinais mais eviden-tes dessa falta de amor. São eles a acédia egoísta, o pessimismo estéril, a tentação de se isolar empenhando--se em contínuas guerras fratricidas, a mentalidade mundana que induz a ocupar-se apenas do que dá nas vistas, reduzindo assim o ardor missionário.

Que fazer?Se porventura detectamos, no

nosso íntimo e ao nosso redor, os sinais acabados de descrever, sai-bamos que, a par do remédio por vezes amargo da verdade, a Igreja, nossa mãe e mestra, nos oferece,

“Porque se multiplicará a ini-quidade, vai resfriar o amor de muitos” (Mt 24,12)

Amados irmãos e irmãs!

Mais uma vez vamos en-contrar-nos com a Pás-coa do Senhor! Todos os anos, com a finalidade

de nos preparar para ela, Deus na sua providência oferece-nos a Qua-resma, “sinal sacramental da nos-sa conversão”, que anuncia e torna possível voltar ao Senhor de todo o coração e com toda a nossa vida.

Com a presente mensagem de-sejo, este ano também, ajudar toda a Igreja a viver, neste tempo de gra-ça, com alegria e verdade; faço-o deixando-me inspirar pela seguinte afirmação de Jesus, que aparece no Evangelho de Mateus: “Porque se multiplicará a iniquidade, vai res-friar o amor de muitos” (24,12).

Esta frase situa-se no discurso que trata do fim dos tempos, pro-nunciado em Jerusalém, no Monte das Oliveiras, precisamente onde terá início a paixão do Senhor. Dan-do resposta a uma pergunta dos dis-cípulos, Jesus anuncia uma grande tribulação e descreve a situação em que poderia encontrar-se a comuni-dade dos crentes: à vista de fenôme-nos espaventosos, alguns falsos pro-fetas enganarão a muitos, a ponto de ameaçar apagar-se, nos corações, o amor que é o centro de todo o Evan-gelho.

Os falsos profetasEscutemos esse trecho, interro-

gando-nos sobre as formas que as-sumem os falsos profetas.

Uns assemelham-se a “encanta-dores de serpentes”, ou seja, apro-veitam-se das emoções humanas para escravizar as pessoas e levá-las para onde eles querem. Quantos fi-lhos de Deus acabam encandeados pelas adulações dum prazer de pou-cos instantes que se confunde com a felicidade! Quantos homens e mu-lheres vivem fascinados pela ilusão do dinheiro, quando este, na reali-dade, os torna escravos do lucro ou de interesses mesquinhos! Quantos vivem pensando que se bastam a si mesmos e caem vítimas da solidão!

Outros falsos profetas são aque-les “charlatães” que oferecem solu-ções simples e imediatas para todas as aflições, mas são remédios que se mostram completamente ineficazes: a quantos jovens se oferece o falso remédio da droga, de relações pas-sageiras, de lucros fáceis, mas deso-nestos! Quantos acabam enredados numa vida completamente virtual, onde as relações parecem mais sim-ples e ágeis, mas depois revelam-se dramaticamente sem sentido! Esses impostores, ao mesmo tempo que oferecem coisas sem valor, tiram aquilo que é mais precioso como a dignidade, a liberdade e a capacida-

neste tempo de Quaresma, o re-médio doce da oração, da esmola e do jejum.

Dedicando mais tempo à oração, possibilitamos ao nosso coração descobrir as mentiras secretas, com que nos enganamos a nós mesmos, para procurar finalmente a consola-ção em Deus. Ele é nosso Pai e quer para nós a vida.

A prática da esmola liberta-nos da ganância e ajuda-nos a descobrir que o outro é nosso irmão: aquilo que possuo, nunca é só meu. Como gostaria que a esmola se tornasse um verdadeiro estilo de vida para todos! Como gostaria que, como cristãos, seguíssemos o exemplo dos Apóstolos e víssemos, na possibili-dade de partilhar com os outros os nossos bens, um testemunho con-creto da comunhão que vivemos na Igreja. A este propósito, faço minhas as palavras exortativas de São Paulo aos Coríntios, quando os convidava a tomar parte na coleta para a comu-nidade de Jerusalém: “Isto é o que vos convém” (2Cor 8,10). Isso vale de modo especial na Quaresma, durante a qual muitos organismos recolhem coletas a favor das Igre-jas e populações em dificuldade. Mas como gostaria também que no nosso relacionamento diário, peran-te cada irmão que nos pede ajuda, pensássemos: aqui está um apelo da Providência divina. Cada esmola é uma ocasião de tomar parte na Pro-vidência de Deus para com os seus filhos; e, se hoje Ele Se serve de mim para ajudar um irmão, como deixa-rá amanhã de prover também às mi-nhas necessidades, Ele que nunca Se deixa vencer em generosidade?

Por fim, o jejum tira força à nos-sa violência, desarma-nos, consti-tuindo uma importante ocasião de crescimento. Por um lado, permite--nos experimentar o que sentem quantos não possuem sequer o mí-nimo necessário, provando dia a dia as mordeduras da fome. Por outro, expressa a condição do nosso espí-rito, faminto de bondade e sedento da vida de Deus. O jejum desperta--nos, torna-nos mais atentos a Deus e ao próximo, reanima a vontade de obedecer a Deus, o único que sacia a nossa fome.

Gostaria que a minha voz ul-trapassasse as fronteiras da Igreja

Católica, alcançando a todos vós, homens e mulheres de boa vonta-de, abertos à escuta de Deus. Se vos aflige, como a nós, a difusão da ini-quidade no mundo, se vos preocupa o gelo que paralisa os corações e a ação, se vedes esmorecer o sentido da humanidade comum, uni-vos a nós para invocar juntos a Deus, je-juar juntos e, juntamente conosco, dar o que puderdes para ajudar os irmãos!

O fogo da PáscoaConvido, sobretudo os membros

da Igreja, a empreender com ardor o caminho da Quaresma, apoiados na esmola, no jejum e na oração. Se por vezes parece apagar-se em muitos corações o amor, este não se apaga no coração de Deus! Ele sempre nos dá novas ocasiões, para podermos recomeçar a amar.

Ocasião propícia será, também este ano, a iniciativa “24 horas para o Senhor”, que convida a celebrar o sacramento da Reconciliação num contexto de adoração eucarísti-ca. Em 2018, aquela terá lugar nos dias 9 e 10 de março – uma sexta--feira e um sábado –, inspirando-se nestas palavras do Salmo 130: “Em Ti, encontramos o perdão” (v. 4). Em cada diocese, pelo menos uma igreja ficará aberta durante 24 horas consecutivas, oferecendo a possibi-lidade de adoração e da confissão sacramental.

Na noite de Páscoa, reviveremos o sugestivo rito de acender o círio pascal: a luz, tirada do “lume novo”, pouco a pouco expulsará a escuri-dão e iluminará a assembleia litúr-gica. “A luz de Cristo, gloriosamen-te ressuscitado, nos dissipe as trevas do coração e do espírito”, para que todos possamos reviver a experiên-cia dos discípulos de Emaús: ouvir a palavra do Senhor e alimentar-nos do Pão Eucarístico permitirá que o nosso coração volte a inflamar-se de fé, esperança e amor.

Abençoo-vos de coração e rezo por vós. Não vos esqueçais de rezar por mim.

EDICAO 196 DIAGRAMACAO.indd 6 14/02/2018 23:20:01

Page 7: semanal - Arquidiocese de Goiânia...Pedro teve uma reação imediata de resistência contra aquela violência. Sacou de sua arma e enfrentou aqueles que os ata - cavam. Embora tivesse

Mensagem do papa Franciscopara a Quaresma 2018

Fevereiro de 2018Arquid iocese de Go iânia

7VIDA CRISTÃ

também falou dos desafios da vida acadêmica, da qualidade da PUC Goiás, que é a primeira universi-dade da Região Centro-Oeste, e da sensação de vitória que é estar na universidade, motivo de celebração para as famílias ali presentes. Dom Washington, em sua fala, deu boas--vindas aos novos acadêmicos e fa-miliares, e pediu as bênçãos de Deus para que a vida dos alunos seja pautada na dedicação aos estudos, sempre à luz da fé. Prof. Wolmir concluiu sua participação dizendo que a PUC Goiás – instituição que se dedica à formação ética, ambien-tal e social – tem hoje mais de 21 mil alunos, 43 graduações, divididas em dez escolas (conjunto de cursos), 52 especializações latu sensu, 11 mes-trados e quatro doutorados.

O primeiro dia do mês de feve-reiro foi marcado pela abertura do semestre na PUC Goiás. A tradicio-nal calourada reuniu milhares de novos estudantes e familiares, no Centro de Convenções da unidade, no Setor Jardim Mariliza. Participa-ram ainda da cerimônia o corpo do-cente da instituição; o corpo de pró--reitores; o magnífico reitor, prof. Wolmir Amado; e o grão-chanceler da universidade e arcebispo de Goi-ânia, Dom Washington Cruz. Em sua exposição, o reitor destacou a importância de novos ingressos de jovens no ensino superior. “Vocês são parte dos 17% de brasileiros que ocupam universidades, portanto, são privilegiados, em um país em que 5% da população é dona das riquezas nacionais”, motivou. Ele

No dia 25 de janeiro, frei José Fernandes Alves, frade da Ordem dos Pregadores (Domi-nicanos), foi eleito, em Capítu-lo Geral realizado em São Pau-lo (SP), o 6º Provincial da Pro-víncia Frei Bartolomeu de Las Casas no Brasil. Após a confir-mação da eleição, frei José Fer-nandes aceitou a nova missão, que exerce pela segunda vez. A primeira foi nos anos de 1998 a 2001. Natural de Espírito Santo do Turvo (SP), o frade tem 62 anos. Foi ordenado padre em 13 de dezembro de 1981. For-mou-se em Filosofia e Teologia

Foto

: Dom

inic

anos

Foto

: Fúl

vio

Cost

a

e tem pós-graduação em Direi-tos Humanos. Em Goiânia, ele já foi pároco da Paróquia São Judas Tadeus; administrador paroquial da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, do Con-junto Habitacional Vera Cruz 2, entre outros. Atualmente, ele coordena a Comissão Domini-cana de Justiça e Paz do Brasil, cuja sede é em Goiânia desde 2001. Com a nova missão, ele continuará atuando no meio do povo. O frade disse ainda que continuará residindo em Goiâ-nia e a sede da Província será instalada na capital.

Frei José Fernandes é onovo provincial dos

Dominicanos do Brasil

PUC Goiás promovecalourada com novos

acadêmicos e familiares

EDICAO 196 DIAGRAMACAO.indd 7 14/02/2018 23:20:13

Page 8: semanal - Arquidiocese de Goiânia...Pedro teve uma reação imediata de resistência contra aquela violência. Sacou de sua arma e enfrentou aqueles que os ata - cavam. Embora tivesse

Cruz, caminho para a glória

Fevereiro de 2018 Arquid iocese de Go iânia

Siga os passos para a leitura orante:

8 LEITURA ORANTE

DIÁC. DIÊMERSOM BENTO DE ARAÚJOSeminário Interdiocesano São João Maria Vianney

No próximo domingo, segun-do da Quaresma, estaremos com Jesus, Pedro, Tiago, João, Moisés e Elias no monte. Neste

trecho do Evangelho de Marcos estamos diante da experiência da manifestação da glória de Cristo. Será um momento de sentir a presença da Santíssima Trindade. Contudo, para se chegar à plenitude des-sa experiência, é preciso trilhar um cami-nho que passará pela cruz. Sem a cruz não se alcança a glória da ressurreição.

Assim, neste tempo quaresmal, a medi-tação e contemplação do relato da Trans-figuração nos leva a compreender qual é o caminho que nós, cristãos, devemos trilhar para alcançar a glória da ressur-reição, a cruz. Dessa forma, devemos se-guir os passos de Jesus, o Filho amado do Pai. Contudo, segui-lo não apenas com as

boas intenções, mas com ações, atitudes concretas. Isso requer sacrifício, doação, o que implicará sofrimento, desprezo, humilhação. Mas o que são os sofrimen-tos do tempo presente comparados com a glória que há de ser revelada em nós? (Cf. Rm 8,18)

Portanto, devemos passar pelo cami-nho da cruz como Cristo passou, sendo fiel à vontade do Pai e aberto à ação do Es-pírito Santo, para que, passando por tudo em nome de Cristo, alcancemos a glória que ele recebeu na sua Ressurreição e As-censão. A condição para alcançá-la é a vi-vência do mistério da Cruz.

Que o tempo quaresmal seja uma ex-periência profunda do mistério da Cruz.

ESPAÇO CULTURAL

Sugestão de leitura

Texto para oração: Mc 9,2-10 (página 1253-1254 – Bíblia das Edições CNBB)

1. Procurar um lugar tranquilo e agradável que favoreça a oração. Fazer o sinal da Cruz e invocar o Espírito Santo.

2. Ler o texto bíblico quantas vezes for necessário, bus-cando saborear as palavras que mais lhe chamou atenção, identificando os elementos importantes.

3. Meditar a Palavra de Deus: buscar descobrir o que o texto diz. Que frase, palavra tocou o seu coração? O que o texto diz a você?

4. Rezar com a Palavra de Deus: a meditação deve nos levar à oração. É o momento de responder a Deus com orações de pedido, de louvor, de agradecimento.

5. Contemplar a Palavra: é o momento que pertence a Deus, basta-nos apenas permanecer em silêncio dian-te da sua presença misteriosa. Deixar-se abandonar em Deus e deixá-Lo agir.

6. Perguntar-se: o que Deus me propõe nesse texto? Quais atitudes Deus espera que eu assuma?

(2º Domingo da Quaresma – Ano B. Liturgia da Palavra: Gn 22,1-2.9a.10-13.15-18; Sl 115(116B),10.15.16-17.18-19; Rm 8,31b-34; Mc 9,2-10)

‘‘ele foi transfigurado...’’ (v. 2)

Este texto-base apresenta a proposta de vivência social da Qua-resma, refletindo sobre o tema da Campanha da Fraternidade 2018, “Fraternidade e superação da Violência”, e o lema, “Vós sois todos irmãos” (Mt 23,8). Com 124 páginas, o documento é um importante subsídio para estudo, organizado a partir do méto-do de trabalho Ver, Julgar e Agir. Oferece ainda a compreensão, de maneira mais aprofundada do que é uma Campanha da Fra-ternidade, a que ela se propõe, e as motivações. Traz também o Hino oficial da CF, a Oração da Campanha e um cronograma de atividades.

Autoria: CNBBOnde encontrar: Site das Edições CNBB ou nas Livrarias Católicas

EDICAO 196 DIAGRAMACAO.indd 8 14/02/2018 23:20:15