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Igreja de Goiânia empossa quatro novos padres Jovens respondem sim a Deus e tornam-se religiosas Superlotação motiva rebeliões em presídios no estado de Goiás pág. 4 pág. 3 pág. 7 T VOCAÇÃO ARQUIDIOCESE PASTORAL CARCERÁRIA Foto: Fúlvio Costa semanal Edição 192ª - 21 de janeiro de 2018 www.arquidiocesedegoiania.org.br pág. 5 EDICAO 192 DIAGRAMACAO.indd 1 16/01/2018 21:23:46

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Igreja de Goiâniaempossa quatro

novos padres

Jovens respondem sima Deus e tornam-se

religiosas

Superlotação motivarebeliões em presídios

no estado de Goiás pág. 4pág. 3 pág. 7

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Fé é a capacidade e a disposição de estar aberto ao infinito, de cultivar a esperança, aspiran-do a riqueza do Reino de Deus.

A oração cristã nasce da fé em Jesus como verdadeiro caminho que nos leva ao Pai, e deve ser perseverante, apesar das dificuldades e mesmo se não obtivermos logo o que pedimos. Reconhecendo-nos como filhos de Deus, devemos pedir também auxílio para aumentar a nossa fé.

Em uma das suas primeiras pregações deste ano (12/01/2018), o papa Francisco nos advertiu para não rezar-mos como papagaios, sem interesse naquilo que pedimos, mas que supliquemos ao Senhor ajuda para superar alguma dificuldade com persistência. A reflexão do Santo Padre foi iniciada com a pergunta: Como é a oração daqueles que con-seguem obter do Senhor aquilo que pedem?

Ele citou passagens do Evangelho em que foi difícil para alguns, que necessitavam da ajuda do Senhor, aproximar-se dele, acrescentando que eles devem servir de exemplo para cada um de nós.

O paralítico, no Evangelho de Marcos, é um deles, pois vem até mesmo baixado do teto para que sua maca chegue até o Senhor, que está pregando entre a multidão. Outro exemplo é o do leproso, que desafia Jesus com coragem, di-zendo: “Se queres, tens o poder de curar-me!”. E a resposta do Senhor é imediata: “Eu quero”.

A vontade sincera leva-nos a encontrar uma solução para nos aproximarmos do Senhor, pedir a graça desejada e per-sistir naquele pedido. O papa lembra-nos de que “tudo é possível para quem crê, como ensina o Evangelho”. Ele exor-ta-nos a termos coragem para acreditar: “O Senhor nos disse: ‘Peçam e vos será dado’. Tomemos também essa Palavra e tenhamos confiança, mas sempre com fé, acreditando. Esta é a coragem que tem a oração cristã. Se uma oração não é corajosa, não é cristã”.

Solene profissão de fé que acompanha a nossa vida de fi-éis, a oração do Credo (Creio em Deus Pai), foi motivo de reflexão do papa Bento XVI (23/01/2013), em suas catequeses dos dias 23 e 30/01/2013:

[...] Dizer “Eu creio em Deus Pai onipotente”, no seu po-der, no seu modo de ser Pai, é sempre um ato de fé, de con-versão, de transformação do nosso pensamento, de todo o nosso afeto, de todo o nosso modo de viver. Afirmar “Creio em Deus” impele-nos a partir, a sair de modo incessante de nós mesmos, precisamente como Abraão, para levar à reali-dade quotidiana em que vivemos a certeza que nos deriva da fé: ou seja, a certeza da presença de Deus na história, tam-bém hoje; uma presença que traz vida e salvação, abrindo--nos a um futuro com Ele, para uma plenitude de vida que nunca conhecerá ocaso.

Pensando no poder da oração, rezemos, colocando em nossas intenções a transformação de nós mesmos, das nossas famílias, comunidades e de todo o mundo. Faço um pedido a todos os fiéis de nossa Arquidiocese: nesta semana, comente com alguém a mensagem do papa Francisco sobre a oração e ensine uma criança ou um jovem a rezar o Credo.

Que a paz de Cristo permaneça com vocês!

Janeiro de 2018 Arquid iocese de Go iânia

PALAVRA DO ARCEBISPO2 PALAVRA DO ARCEBISPO2 PALAVRA DO ARCEBISPO2

Arcebispo de Goiânia: Dom Washington CruzBispos Auxiliares: Dom Levi Bonatto e Dom Moacir Silva Arantes

Fotografia: Rudger RemígioTiragem: 25.000 exemplaresImpressão: Gráfica Moura

Contatos: [email protected] Fone: (62) 3229-2683/2673

Coordenadora de Comunicação: Eliane Borges (GO 00575 JP)Consultor Teológico: Pe. Warlen MaxwellJornalista Responsável: Fúlvio Costa (MTB 8674/DF)Redação: Fúlvio CostaRevisão: Thais de OliveiraDiagramação: Carlos Henrique

DOM WASHINGTON CRUZ, CPArcebispo Metropolitano de Goiânia

EditorialA presente edição do Encontro Se-

manal tem uma mensagem muito espe-cial a todos os cristãos: a Oração, esse diálogo que fazemos com Deus em to-dos os momentos da nossa vida, é uma ação que nos aproxima dele e nos forta-lece no dia a dia. Pausamos o trabalho, o lazer, os encontros e demais ativida-des, mas não a Oração, porque ela não é e nem deve ser um peso, mas a força que nos impulsiona a viver. Neste iní-cio de ano, somos convidados a apro-veitar o tempo e continuar rezando

A ORAÇÃO PODETRANSFORMARNOSSA VIDA

sempre. Nosso entrevistado, o bispo auxiliar Dom Moacir Silva Arantes, aconselha a não mudarmos nosso ritmo de oração, exceto se for para aumentá-lo. Na Palavra do Arcebispo, Dom Washington Cruz destaca que precisamos rezar com fé e confiantes naquilo que pedimos, para que al-cancemos as graças de Deus. O papa Francisco, por sua vez, reflete sobre a Oração na liturgia.

Boa leitura!

Fique por dentro

Diversas obras so-ciais do Santuário Sa-grada Família, na Vila Canaã, foram apresen-tadas à Secretaria Mu-nicipal de Assistência Social (SEMAS), na ma-nhã da quinta-feira, dia 11. A iniciativa partiu da própria secretaria, na pessoa do seu secre-tário Robson Azevedo, que marcou presença juntamente com sua as-sessoria.

Na ocasião, o reitor do Santuário, padre Rodrigo de Cas-tro, apresentou as diversas expressões sociais, como: Casa Bom Samaritano, que acolhe pessoas em situação de passagem; Catequese para a Famí-lia, que desenvolve atividades com os catequizandos e com os familiares; Grupo Mulheres Santas, que busca in-serir, na Igreja, os maridos de mulhe-res que sofrem violência doméstica; Grupo Amor Maior, que leva o amor à Região Metropolitana, por meio do encontro pessoal com Cristo; Pastoral de Rua, que distribui alimentação às pessoas em situação de rua, todos os dias; apoio à Fazenda da Esperança, lugar este que resgata mulheres em si-tuação de dependência química. Padre Rodrigo apresentou também os Mú-sicos; a Loja de Artigos Religiosos do Santuário; o Projeto Mediar é Divino; a Clínica Médica a preço popular; entre outras. “Nosso Santuário gera vida, e tudo o que fazemos aqui tem por fim a caridade”, pontuou em sua fala.

Ao final da apresentação, o se-cretário municipal se mostrou sur-preso com a dimensão do trabalho social desenvolvido pelo Santuário e manifestou interesse em começar parcerias. “Acredito que podemos realizar um trabalho efetivo, no âm-bito da assistência social, à cidade de Goiânia”, disse Robson Azevedo. Padre Rodrigo, por sua vez, finali-zou solicitando ao secretário uma primeira iniciativa. “Precisamos do espaço da praça pública que fica ao lado do Santuário para desenvol-vermos nossas atividades, que são todas voltadas para a comunidade. Sofremos muito pela falta desse es-paço. Sua ajuda nesse processo seria muito importante para nós”, afir-mou. Robson concluiu dizendo que, logo após aquele encontro, teria uma audiência com o prefeito Iris Rezende, e garantiu que apresenta-ria a ele os anseios do Santuário Ar-quidiocesano.

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Santuário Sagrada Família Obras Sociais são apresentadas à SEMAS

“...a certeza da presença de Deus nahistória, também hoje; uma presençaque traz vida e salvação”

Robson Azevedo propõe parceriacom Obras do Santuário

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Janeiro de 2018Arquid iocese de Go iânia

ARQUIDIOCESE EM MOVIMENTO 3

O povo de Deus, em quatro paró-quias da Arquidiocese de Goiâ-nia, acolheu seus novos adminis-tradores e vigários paroquiais, no

domingo, 14 de dezembro. As celebrações aconteceram em Goiânia e em Senador Canedo e foram presididas pelo arcebis-po Dom Washington Cruz, e pelo bispo

auxiliar Dom Moacir Silva Arantes. Foram momentos de graça para essas comunida-des que começam uma nova etapa em sua caminhada pastoral. Como bem disse Dom Washington, em uma das posses, os novos administradores “têm a missão de receber o Evangelho de Cristo, ensinar aquilo que creem e procurar realizar o que ensinam”.

Paróquia Nossa Sra. Aparecida,do Conjunto Primavera

Paróquia São José, do Setor Sul

celebração ainda destacou que o sacerdote é chamado a estar no meio do povo e com-partilhar a vida de sua gente, com o objetivo de “ajudá-lo a viver tudo a partir de Deus”. Após a homilia, o novo administrador fez seu juramento de fidelidade ao arcebispo e seus sucessores e em seguida recebeu os objetos e lugares da igreja: chaves do tem-plo, chaves do sacrário, estola roxa (símbo-lo do Sacramento da Reconciliação), e a Pia Batismal, onde são gerados os novos filhos de Deus. Padre Adalmiran vem do municí-pio de Farias Brito (CE), onde foi pároco da Paróquia N. Sra. da Conceição, por mais de seis anos.

um chamado de Deus que confiou a ele a missão de ser, naquela porção do povo de Deus, o que João Batista foi em suas prega-ções, e o que Jesus é: “um bom Pai na vida da comunidade”. Após a missa, emociona-do, padre Antônio disse que esta é a maior missão que ele já recebeu em 22 anos de sa-cerdócio porque assume a paróquia que por tanto tempo é conduzida pelo mons. João Daiber, a quem ele diz considerar um dos homens mais finos na educação da fé que já conheceu até hoje. “Assumo com temor e com tremor e peço a ajuda das Irmãs Sale-sianas, que são instrumento de reconcilia-ção na vida da comunidade, e a cada um de vocês, povo de Deus nesta paróquia”.

Do Clero da Diocese de Crato (CE), pa-dre Adalmiran Vasconcelos assumiu a Pa-róquia N. Sra. Aparecida, no Conjunto Pri-mavera, em missa presidida pelo arcebispo. Dom Washington se lembrou e agradeceu a Deus pelos padres que passaram ali, como o mons. Nelson Rafael Fleury, mons. Luiz Lôbo e, por último, padre Max Costa. “Hoje é um dia muito importante porque vocês recebem o padre, que é presença sacramen-tal de Cristo que ensina e conduz o povo, por meio dos dons e dos instrumentos pre-ciosos da graça divina”, disse em sua ho-milia para os presentes que lotaram a nave da igreja e a parte externa. O presidente da

Padre Antônio Donizeth do Nascimen-to é o novo administrador da Paróquia São José, do Setor Sul. A posse se deu em missa presidida pelo bispo auxiliar Dom Moacir Silva Arantes, também na manhã do domin-go, 14 de janeiro. Concelebrou a celebração, o padre Jose William Barbosa. Dom Moacir desejou boas-vindas ao padre e refletiu so-bre as leituras daquele 2º Domingo do Tem-po Comum, em que a vocação é o centro da Palavra. “Um chamado exige uma res-posta. Se nós existimos, é porque Deus nos chamou à vida. A quem responde sim aos projetos de Deus, ele chama à amizade com ele”, refletiu. A presença do padre Antônio aqui – continuou Dom Moacir – é fruto de

Ao refletir sobre a Primeira Leitura (1Sm 3,3b-10.19), Dom Moacir afirmou que chegamos a Deus pelo chamado que ele nos faz, apesar de nem sem-pre entendermos. Samuel, por exemplo – explicou o bispo –, precisou de Eli para entender que Deus o chamava. “Todos nós precisamos de um Eli para compreender que Deus nos chama e ser um pouco de Eli para ajudar as pessoas a compreender o que Deus quer. O sacerdote é um Eli na comunidade”. Ele também comentou que a paróquia, comunida-de do povo de Deus, é chamada a ser o coração que oxigena cada membro, para que possa levar vida aos mais diversos ambientes onde atuam e vivem: família, trabalho, sociedade. Ele pediu também que a comunidade acolha bem o novo administrador, padre Max Costa; e o vigário, padre Fábio Cardoso da Silva. “O padre é chamado a ser o coração para o povo, que o atrai e depois o devolve para a mis-são. Ele é o pastor que deve ajudar a comunidade a compreender sua missão que se realiza fora”. Em sua mensagem aos paroquianos, padre Max repe-tiu a frase que usou em sua ordenação presbiteral: “Eis que eu vim, ó Deus, para fazer a tua vontade” (Hb 10,7). E continuou: “De agora para frente, ale-gre e feliz, acolho a missão para pastorear o povo em Senador Canedo”. A comunidade, logo depois, o aplaudiu calorosamente. A missa foi concele-brada por diversos padres e diáconos, entre eles o novo vigário, padre Fábio.

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Paróquia Sto. Antônio de Pádua,do Setor Negrão de Lima

Paróquia N. Sra. Auxiliadora, de Senador Canedo

Na missa de posse do padre Geraldo Pereira, Dom Washington refletiu também sobre a vocação, o chamamento de Deus, e o significado da paró-quia. “A paróquia é a fonte do povo em que todos encontram o seu descanso, conforme nos ensinou São João XXIII. É também escola de oração, onde se aprende a adorar a Deus e bendizer o seu nome, como nos ensinou São João Paulo II”. O arcebispo também afirmou que a paróquia é a escola de san-tidade, dos sacramentos e da ação pastoral dos sa-cerdotes, “o lugar onde o padre exerce o múnus da santidade; onde os pobres recebem hospitalidade e se sentem em casa; e casa onde os fiéis rezam jun-tos, se dão e vivem a paz”. Ao fim da celebração, Dom Washington disse esperar a solicitude dos pa-roquianos ao novo administrador paroquial, em-bora saiba que a comunidade está sediada em um espaço pequeno, rodeado de condomínios, o que é um dos desafios da missão. Padre Geraldo, por sua vez, se colocou à disposição para atender a todos e pediu a colaboração dos paroquianos.

Igreja de Goiânia empossaquatro novos padres para o serviço pastoral

Pe. Geraldo à esquerda

Ao centro, Pe. Max (esq.) e Pe. Fábio (dir.)

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Janeiro de 2018 Arquid iocese de Go iânia

444 VOCAÇÃO

Você deseja conhecer as congregações religiosas presentes na Ar-quidiocese de Goiânia? Acesse, então, este link: https://goo.gl/JZ3dsZ. Entre em contato, marque uma visita e responda ao chamado de Deus em uma vocação específica.

Jovens respondem aochamado do Senhor para aVida Religiosa Consagrada

Irmã Carla Maria doSagrado Coração de Jesus

Deus livremente nos ama, nos aco-lhe e nos elege”, pontuou. O bispo completou dizendo que, para mui-tos, é difícil entender uma vida que responde à obediência, pobreza e castidade, pois somente quem ama tem coragem de enfrentar os desa-fios de abrir mão.

Participou ainda da celebração a superiora geral da congregação, irmã Dolores Zemont, que veio dos Estados Unidos. Além das religiosas que moram em Jataí, Santa Helena, Hidrolândia e nas duas comunida-des de Goiânia. Ao fim da celebra-ção, irmã Maria das Mercês agrade-ceu a todos que participaram daque-le momento importante e disse que continuará comprometida com o ca-risma da congregação. Pediu ainda as orações de todos para fortalecer sua caminhada. Em Santa Helena de Goiás, além da Infância e Juventude Missionária, ela trabalha também com grupos de oração, formação ca-tequética e bíblica.

Irmã Maria das Mercês Alves Barbosa, 37 anos, foi admitida definitivamente na Ordem Ter-ceira de São Francisco de Ma-

ria Imaculada, que tem por caris-ma a pastoral e a educação. Ela fez seus votos definitivos (obediência, pobreza e castidade) na manhã do dia 13, na Capela do Instituto San Damiano, no Parque Trindade II. Presidiu a celebração o bispo auxi-liar de Goiânia, Dom Moacir Silva Arantes. Padre Vicente Cesanildo, que é vigário geral da Diocese de Jataí e pároco em Santa Helena de Goiás, concelebrou.

A nova religiosa fez uma cami-nhada de nove anos até fazer os votos perpétuos. Nas três etapas do processo, postulantado, noviciado e juniorato, ela estudou a Bíblia, a Espiritualidade Franciscana, a His-tória da Congregação, a Teologia Pastoral, os Documentos da Igre-ja e a Formação Catequética. Irmã Maria das Mercês, que é fruto da Infância e Adolescência Missioná-ria (IAM), Obra Pontifícia da Igreja, continua suas atividades com esse modelo de evangelização. Ela mora em Santa Helena de Goiás, cida-de onde continuará nos próximos anos, e estuda Fisioterapia no mu-nicípio de Rio Verde.

Durante a celebração, Dom Mo-acir agradeceu a religiosa pelo seu sim a Deus. “Sua resposta alimenta e nutre a vocação religiosa”, disse ele. “O amor não é comprado, não é chantageado, nem nutrido na men-tira. É uma eleição. Esse sabor só experimentamos na vocação porque

Também respondeu sim à vida consagrada, no mesmo dia 13 de janeiro, a jovem Carla de Godoy, 27 anos, que fez os pri-meiros votos (temporários). Ago-ra religiosa, ela recebeu o véu, símbolo da sua religiosidade; a medalha, como sinal de perten-ça à família das Irmãs Francisca-nas da Mãe Dolorosa; e o nome de irmã Carla Maria do Sagrado Coração de Jesus, para que seja modelo de vida. A celebração foi presidida pelo arcebispo Dom Washington Cruz. “Que procu-rais? Qual o teu desejo mais pro-fundo? O que te move? O que é que mais desejas na vida? Mais importante do que saberes o que fazer, ou como fazer, é deixares ressoar essas grandes perguntas, sobre que anseios se obrigam no teu coração. E quem te pode-rá dar o que te falta?”, questio-nou o arcebispo, voltando-se à jovem. Em seguida, ele indicou algumas atitudes que ajudam a percorrer o caminho vocacional: “Escutar, para discernir o cha-mamento do Senhor; mover-se, isto é, sair e arriscar; e deixar-se guiar pela vontade de Deus”.

Dom Washington comentou também um pouco sobre a vida da irmã Carla, jovem que ele co-

nhece desde que chegou à Ar-quidiocese. Filha de Vanderley de Godoy e Sandra Aparecida, que são catequistas e ministros extraordinários da Sagrada Co-munhão Eucarística, na Catedral Metropolitana, ela cresceu na Igreja, por isso, conforme o arce-bispo, “ela está muito decidida em sua vocação”.

Carla agora dá início à última etapa de sua caminhada voca-cional, que é o juniorato, etapa formativa de quatro a seis anos que se dá até ela receber os vo-tos perpétuos. A nova religiosa agora parte para sua primeira missão em Nova Xavantina, no estado do Mato Grosso.

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Comunidade no Parque Trindade II prestigiouconsagração da Ir. Maria das Mercês

FÚLVIO COSTA

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CAPA

Janeiro de 2018Arquid iocese de Go iânia

5

Mesmo sabendo que orar é conversar com Deus, os apóstolos pediram a Jesus que ele os ensinasse. E o Senhor o fez com a oração do Pai-Nosso, que é, conforme explica nosso bispo, uma oração composta:– Do reconhecimento sobre aquele a quem oramos, da identidade revelada por Jesus (Pai)– Da sua transcendência e do louvor que ele merece– Composta de petições que nos ajudam a construir um relacionamento com ele, que nos fortalece em nossa iden-

tidade de filhos, que assumem seu projeto, que buscam seu auxílio em suas necessidades, e se comprometem a atender também as necessidades dos irmãos

O Pai-Nosso é um pequeno programa de vida com Deus e com os irmãos. Por isso não é uma oração para ser repetida levianamente, quando não se pretende viver e assumir o que nela está contido.

Não há modo específico de re-zar, pois essa atitude – explica Dom Moacir – é uma conversa, um diá-logo com Deus. “Conversar e dialo-gar aprendemos conversando, como uma criança que vai aprendendo pa-lavras, gestos, expressões, a partir do relacionamento com os outros. Assim nós também aprendemos a oração”. Em diversos momentos de sua vida, Jesus ensinou e orientou os discípu-los sobre a importância da oração. “Ele orava sempre e durante noites inteiras. Ele mandava os discípulos orarem sempre: ‘Amai os vossos ini-migos e orai por aqueles que vos per-seguem’ (Mt 5,44). ‘Tudo o que, na oração, pedirdes com fé, vós o rece-bereis’ (Mt 21,22). ‘Vigiai e orai, para não cairdes em tentação’ (Mt 26,41). ‘Jesus contou aos discípulos uma parábola, para mostrar-lhes a neces-sidade de orar sempre, sem nunca desistir (Lc 18,1)’”, ilustra o bispo.

Desde muito cedo, ainda na primeira infância, a oração ganha lugar privilegiado na vida do cristão. Tarefa

importante que deve ser observada e reparada pelos pais, conforme o Catecismo da Igreja Católica deixa claro e nos exorta: “A família cris-tã é o primeiro lugar da educação para a oração. Fundada sobre o sa-cramento do matrimônio, ela é ‘a Igreja doméstica’, onde os filhos de

Como rezar

Aproximação de DeusDeus vem ao nosso encontro

Para aqueles que queiram se apro-fundar sobre a oração, Dom Moacir explica ainda que há vários tipos que podem ser pensados a partir da refle-xão sobre as formas de proximidade que podemos construir com Deus. Por exemplo: ao nos aproximar pelo impulso do coração que busca proxi-midade, teremos uma Oração Silen-ciosa, apenas de presença diante do outro; se nos aproximamos na com-preensão de uma realidade, utilizan-do a capacidade mental e reflexiva, teremos uma Oração Meditativa; se nos aproximamos utilizando pa-lavras recitadas em voz alta (nos-sas ou palavras de outras pessoas), teremos uma Oração Vocal; se nos aproximamos apenas nos colocando diante do mistério de Deus e contem-plando, nos deixando tomar por ele e sua presença amorosa, teremos uma Oração Contemplativa. Há ainda a Oração Litúrgica, que é a oração da Igreja, com a qual cada fiel se une a ela com uma só voz diante de Deus; e a Oração Devocional, que parte do carinho de uma pessoa ou grupo por Deus, que os faz comunicar-se com ele de uma forma muito particular.

Atualmente, a Igreja tem reco-mendado muito a Leitura Orante da Bíblia (Lectio Divina), que con-tém alguns passos muito concretos que assimilam tipos de oração já co-mentados acima por Dom Moacir: leitura da Bíblia, meditação, oração espontânea e contemplação. Na pá-gina 8 desta publicação, semanal-mente trazemos a Leitura Orante do domingo seguinte, como forma de preparação para a missa dominical.

Deus aprendem a orar ‘como Igre-ja’ e a perseverar na oração. Para as crianças, particularmente, a oração familiar cotidiana é o primeiro tes-temunho da memória viva da Igreja reavivada pacientemente pelo Espí-rito Santo” (CIC, 2685).

Neste período de férias, em que muitas das atividades pastorais da Igreja dão uma pausa, somos con-vidados a dedicar uma parte do tempo à oração. É um modo de “re-carregar” as baterias, ouvir o que o Senhor tem a nos dizer, e pedir a

FÚLVIO COSTA ele um ano proveitoso e abençoado. Segundo Dom Moacir Silva Aran-tes, bispo auxiliar da Arquidiocese de Goiânia, a oração pode ser tam-bém um impulso à ação pastoral. “A oração pode nos ajudar a moldar, criar, fortalecer pensamentos e con-vicções, e, a partir desses, direcionar nossas orações, em vista do projeto de Deus”.

O bispo salienta que não rezar antes das nossas atividades, sobre-tudo as pastorais, é falho e contra os ensinamentos da Igreja, já que, des-

sa forma, podemos estar colocando nossos desejos acima dos planos de Deus. “Uma pessoa que não reza na sua atividade pastoral se torna um ativista de si mesmo, de seus dese-jos, de suas convicções e de seus pla-nos, pois quem não ora não consulta a Deus”. Ele ressalta, porém, que a ação não é uma oração. “Ela pode ser fruto e resultado da oração, mas a ação em si mesma é um segundo momento. Por isso olho com estra-nheza quem diz que sua ação é uma oração”.

Pai-Nosso

Há diversos tipos de oração,pois Deus toca cada um deuma forma e cada pessoa

reage a seu modo. Mas um elemento fundamental, em qualquer oração, deve ser a

presença da Palavra de Deus, como ponto de partida”

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Janeiro de 2018 Arquid iocese de Go iânia

6 CATEQUESE DO PAPA

Audiência Geral.Praça São Pedro, 10 de janeiro de 2018

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Recomendo vivamente aos sacer-dotes que observem esse momento de silêncio e não se apressem: “ore-mos”, e que se faça silêncio. Reco-mendo isso aos presbíteros. Sem esse silêncio, corremos o risco de descuidar o recolhimento da alma. O sacerdote recita essa súplica, essa oração de coleta, de braços abertos: é a atitude do orante, assumida pelos cristãos desde os primeiros séculos – como testemunham os afrescos das catacumbas romanas – para imitar Cristo de braços abertos no madeiro da cruz. Ali Cristo é o Orante e, ao mesmo tempo, a oração! No Crucifi-cado reconhecemos o Sacerdote que oferece a Deus o culto que lhe é agra-dável, ou seja, a obediência filial.

No Rito Romano, as orações são concisas, mas ricas de significado: podem se fazer muitas meditações bonitas sobre essas preces. Mui-to belas! Voltar a meditar os seus textos, até fora da Missa, pode nos ajudar a aprender como nos dirigir a Deus, o que pedir, que palavras usar. Possa a liturgia se tornar para todos nós uma verdadeira escola de oração.

bração, que varia de acordo com os dias e os tempos do ano (cf. ibid., 54). Mediante o convite “oremos”, o sa-cerdote exorta o povo a se recolher com ele num momento de silêncio, com a finalidade de tomar consciên-cia de estar na presença de Deus e fazer emergir, cada qual no próprio coração, as intenções pessoais com as quais participa na Missa (cf. ibid., 54). O sacerdote diz “oremos”; e de-pois há um momento de silêncio, e cada um pensa naquilo de que preci-sa, que deseja pedir, na oração.

O silêncio não se reduz à ausên-cia de palavras, mas consiste em se predispor a ouvir outras vozes: a do nosso coração e, sobretudo, a voz do Espírito Santo. Na liturgia, a nature-za do silêncio sagrado depende do momento em que se realiza: “Du-rante o Ato penitencial e após o con-vite à oração, ajuda o recolhimento; depois da leitura ou da homilia, é uma exortação a meditar brevemen-

Prezados irmãos e irmãs,

No percurso de catequeses sobre a celebração euca-rística, vimos que o Ato penitencial nos ajuda a

nos despojar das nossas presunções e a nos apresentar a Deus como real-mente somos, conscientes de sermos pecadores, na esperança de sermos perdoados.

Precisamente do encontro entre a miséria humana e a misericórdia divina adquire vida a gratidão ex-pressa no “Glória”, “um hino anti-quíssimo e venerável com o qual a Igreja, congregada no Espírito San-to, glorifica e suplica a Deus Pai e ao Cordeiro” (Ordenamento Geral do Missal Romano, 53).

O início desse hino – “Glória a Deus nas alturas” – retoma o cânti-co dos Anjos no nascimento de Jesus em Belém, anúncio jubiloso do abra-ço entre céu e terra. Esse canto nos inclui também a nós reunidos em oração: “Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa von-tade”.

Após o “Glória”, ou então, na sua ausência, imediatamente depois do Ato penitencial, a oração adquire forma particular na prece denomi-nada “coleta”, por meio da qual se expressa o caráter próprio da cele-

te sobre o que se ouviu; após a Co-munhão, favorece a prece interior de louvor e de súplica” (ibid., 45). Portanto, antes da oração inicial, o silêncio ajuda a recolher-nos em nós mesmos e a pensar por que estamos ali. Eis, então, a importância de ou-vir o nosso espírito para o abrir de-pois ao Senhor.

Talvez tenhamos vivido dias de cansaço, de alegria, de dor, e quere-mos dizê-lo ao Senhor, invocar a sua ajuda, pedir que esteja próximo de nós; temos familiares e amigos do-

entes, ou que atravessam provações difíceis; desejamos confiar a Deus o destino da Igreja e do mundo. É para isso que serve o breve silêncio antes que o sacerdote, recolhendo as intenções de cada um, recite em voz alta a Deus, em nome de todos, a oração comum que conclui os ri-tos de introdução, realizando pre-cisamente a “coleta” das intenções individuais.

“Mediante o ʻconviteʼ oremos, o sacerdote exortao povo a se recolher com ele num momento desilêncio, com a finalidade de tomar consciênciade estar na presença de Deus”

O sentido da Oraçãona Santa Missa

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penitenciário ouvindo os detentos, realizando celebrações e levando as reivindicações deles aos diretores e à administração, a fim de amenizar a situação. Conforme relatou o diá- cono, há tempos o sistema prisio-nal em Aparecida de Goiânia dava sinais de que a qualquer momento haveria rebeliões. “A superlotação é o principal fator que levou a tudo isso. Eu chamo o nosso sistema de 3 em 1, porque onde cabe um, eles colocam três detentos”, afirmou.

O diácono ainda denuncia que o presídio é todo improvisado, de modo especial o regime semiaberto, que é o mais precário. “Os próprios presos e os agentes penitenciários nos diziam que algo iria acontecer e que continuará acontecendo”. Para ele, a solução não é simples, mas precisa ser implementada. “Uma

Palco de três rebeliões, desde o dia 1º de janeiro, o Com-plexo Prisional localizado em Aparecida de Goiânia

não apresenta indícios de que a si-tuação irá mudar. Na tentativa de mostrar mudanças, o Governo de Goiás empossou, no dia 5, o Coronel Edson Costa, para o cargo de dire-tor geral de administração peniten-ciária. Isso após as rebeliões terem resultado em nove mortos e 14 feri-dos, além da fuga de 99 detentos e da transferência de 153 para outras unidades prisionais do estado.

Entrevistado pelo Encontro Se-manal, o coordenador da Pastoral Carcerária Arquidiocesana, diáco-no Ramon Curado, relatou o que aconteceu nesses dias e os motivos que levaram às rebeliões. A pasto-ral atua semanalmente no complexo

mudança consistente passa pela di-minuição da população carcerária. E isso significa prender menos. Infe-lizmente, o sistema segue a doutri-na de apenas prender e prender, e a sociedade também pede isso, mas a prisão não evita que aconteçam as falhas, os crimes. Estes nascem mui-to antes, nas ruas, onde a sociedade está precária e o governo não atua porque falta educação, saúde, as-sistência e os jovens veem o crime como o caminho mais fácil”.

Segundo o diácono, até o dia da primeira rebelião, havia na Colônia Agrícola do Semiaberto 1200 de-tentos. Hoje há cerca de 470. Cerca de 200 estão “amontoados” no Nú-cleo de Custódia e na Penitenciária Odenir Guimarães (POG). “Mui-tos foram transferidos para esses lugares que, infelizmente, já estão

superlotados. Em apenas uma das alas da POG há cerca de 70 presos, e os outros 500, onde estão? A outra parte, que é o módulo de seguran-ça, tem mais ou menos esse mesmo número. Esse pessoal veio do semia-berto e está lá privado de tudo. Não tem nem mesmo a possibilidade de ter visitas ou banho de sol e isso só agrava a situação”.

Janeiro de 2018Arquid iocese de Go iânia

7PASTORAL CARCERÁRIA

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Nos dias 23 a 27 de janeiro, as Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) de todo o país se reúnem em Londrina (PR), no 14º Intereclesial,

CEBs se preparam para o 14º Intereclesial, em Londrinacujo tema é “CEBs e os desafios do mundo urba-no”. Em Goi-ânia, já está quase tudo pronto para a participação dos 35 dele-gados da Ar-quidiocese ,

entre eles o coordenador arquidio-cesano de pastoral, Dom Moacir Silva Arantes, que participará do evento pela primeira vez.

Com o objetivo de conhecer um pouco mais esse grupo de cristãos leigos que atuam nas mais diversas esferas da sociedade, o bispo se reu-niu com eles na tarde do dia 13. Na ocasião, eles conversaram sobre a atuação na Igreja de Goiânia e como acontecem as etapas: antes, durante e pós Intereclesial. “Era meu desejo conhecer as CEBs para poder cola-borar com a sua caminhada. Para mim, foi uma tarde de conhecimen-to e eu estou aberto a ajudá-los e so-mar no que for preciso”, disse Dom Moacir aos presentes.

Ainda durante a conversa, eles

Rebeliões continuarãoa acontecer em Goiás

falaram sobre o Documento 105 da CNBB, Cristãos Leigos e Leigas na Igreja e na Sociedade – Sal da terra e luz do mundo (Mt 5,13-14), e, a partir dele, pensaram em como se pode viver este Ano do Laicato 2018. “Precisamos ser sujeitos da ação evangelizadora nos espaços co-muns, onde os leigos são chamados por Deus a responder a seu projeto de amor”, afirmou o bispo. Para o coordenador arquidiocesano das CEBs, César Luís Silva Cavalcante, a presença do Dom Moacir “forta-lece o grupo e respalda sua presen-ça evangelizadora na sociedade”.

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Diácono Ramon, coordenador daPastoral Carcerária

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A autoridade do Cristo é a autoridade do Pai

Janeiro de 2018 Arquid iocese de Go iânia

Siga os passos para a leitura orante:

8 LEITURA ORANTE

DIÊMERSOM BENTO DE ARAÚJO (SEMINARISTA)Seminário Interdiocesano São João Maria Vianney

No domingo próximo, veremos Jesus dando início ao seu mi-nistério e, juntamente com ele, os quatro primeiros discípulos.

Ao entrarem em Cafarnaum, num dia de sábado, eles dirigem-se à sinagoga. Jesus ensina “como quem tem autoridade” (Mc 1,22) e cura um endemoniado. Assim, ve-mos a autoridade de Jesus e o seu poder sobre os demônios.

O ensinamento de Jesus se impõe por sua própria pessoa divina, pois esse en-sinamento é eficaz. Jesus é o possuidor da Palavra de Deus, possui uma palavra com autoridade que se refere ao con-teúdo, poder salvador e libertador. Ele liberta os homens da escravidão e dá a posse dos bens salvifícos. Dessa forma, a palavra de Jesus possui essa autoridade, porque é a palavra do Pai. Assim, toda a

autoridade de Cristo vem do Pai que o enviou (cf. Jo 14,10.24).

A eficácia da autoridade do ensina-mento de Cristo se manifesta aqui na cura do endemoniado no dia de sábado, livran-do-o da escravidão da enfermidade e da lei. Assim sendo, o ministério iniciado por Cristo não é simplesmente repetição do ensinamento dos antigos, mas “um novo ensinamento com autoridade” (Mc 1,27). Dessa forma, teremos autoridade para anunciar Cristo se nossas ações forem co-erentes com o anúncio que fazemos, isto é, ensinar com a própria vida o Evangelho. Participar, portanto, da vida e da graça di-vina que atuam em cada um nós.

ESPAÇO CULTURAL

Sugestão de leitura

Texto para oração: Mc 1,21-28 (página 1243 – Bíblia das Edições CNBB)

1. Procure um lugar tranquilo e agradável que favoreça a oração. Faça o sinal da Cruz e invoque o Espírito Santo.

2. Leia o texto bíblico quantas vezes for necessário, bus-cando saborear as palavras que mais chamaram sua atenção, identificando os elementos importantes.

3. Medite a Palavra de Deus e busque descobrir o que o texto diz. Que frase, palavra tocou o seu coração? O que o texto diz a você?

4. Reze com a Palavra de Deus. A meditação deve nos levar à oração. É o momento de responder a Deus com orações de pedido, de louvor, de agradecimento.

5. Contemple a Palavra. Esse é o momento que pertence a Deus. Basta apenas permanecer em silêncio diante da sua presença misteriosa e deixar-se abandonar em Deus e deixá-Lo agir.

6. Pergunte-se: o que Deus me propõe nesse texto? Quais atitudes Deus espera que eu assuma?

(4º Domingo do Tempo Comum – Ano B. Liturgia da Palavra: Dt 18,15-20; Sl 94(95),1-2.6-9; 1Cor 7,32-35; Mc 1,21-28)

‘‘Um novo ensinamento com autoridade’’ (v. 27)

Quando devemos rezar? Uma vez por dia? Duas vezes? Cinco? Devemos rezar sempre! Temos que ter momentos especiais de oração durante o dia, geralmente no começo e no fim de nossa jornada ou das atividades mais importantes. Senhor, ensina-nos a orar é um livro com orações para diversas ocasiões da pessoa e da família católica. A obra traz as orações mais tradicionais da Igreja, salmos para orar em diversas circunstâncias, orações aos santos, orações na luta contra o mal, além de algumas infor-mações que todo católico deveria saber. É um livro para ajudar os fiéis a tomar consciência da presença de Deus em suas vidas e se aprofundar nas verdades da sua fé.

Autores: Pe. Claudiano Avelino, ssp, e Ir. Mario Roberto de Mesquita, sspOnde encontrar: Paulus Livraria de Goiânia. Rua 6, n. 201, CentroTelefone: (62) 3223-6860

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