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As Amarras do Setor Elétrico Uma visão do passado, presente e futuro Emerson Luís Alberti Semana da Engenharia - IEP

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As Amarras do Setor ElétricoUma visão do passado, presente e futuro

Emerson Luís Alberti

Semana da Engenharia - IEP

3

Panorama

1.082,5

1.030,6

261,2

233,5

147,9

131,8

96,5

92,9

88,7

27,0

2.026,7

0,0 500,0 1.000,0 1.500,0 2.000,0 2.500,0

China

Estados Unidos

Japão

Índia

Alemanha

Brasil

Itália

França

Reino Unido

Espanha

Outros

Capacidade Instalada (GW)

Fonte: Anuário Estatístico de Energia Elétrica 2014; Elaboração EPE.

Emerson Luís Alberti

4Emerson Luís Alberti

Panorama

Fonte: Anuário Estatístico de Energia Elétrica 2014; Elaboração EPE.

3.100,7

12.286,7

7.722,46.057,6

605,4

15.688,5

6.671,6

2.557,0

9.402,5

7.093,6

Consumo/Per Capita (kWh)

5

-10

-8

-6

-4

-2

0

2

4

6

8

101994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

Perc

en

tual

(%)

PIB Brasil x Consumo de Energia

PIB Brasil Consumo de Energia

Emerson Luís Alberti

Panorama

6

Segundo o “Doing Business”, do Banco Mundial, apenas

1,5% do PIB do Brasil é destinado à infraestrutura a cada

ano – de fontes públicas e privadas – em comparação com uma média mundial

de 3,8%.

Na mesma linha a “Mundo Corporativo”, da Deloitte,

destaca que para recuperar o atraso o Brasil teria que

triplicar seus recursos em infraestrutura nas próximas duas décadas.

Emerson Luís Alberti

Panorama

7

Matriz Energética

Fonte: Anuário Estatístico de Energia Elétrica

2014; Elaboração EPE.

Emerson Luís Alberti

Hidroelétrica13%

Biomassa26%

Petróleo e Derivados

41%

Urânio1%

Carvão6%

Gás Natural13%

Hidroelétrica2%

Biomassa11%

Petróleo e Derivados

35%

Urânio; 6%

Carvão; 24%

Gás Natural21%

BRASIL

MUNDO

8

Matriz Elétrica Brasileira

Fonte: Anuário Estatístico de Energia Elétrica 2014; Elaboração EPE.

Emerson Luís Alberti

Gás Natural12%

Hidráulica69%

Derivados de Petróleo

4%Carvão

3%Nuclear2%Biomassa

7%

Eólica1%

Outras2%

9

O Problema

Consumidor Final LivreConsumidor Final

“Industrial” Regulado

Consumidor Final

“Residencial” Regulado

Distribuição

Transmissão

Geração Térmica Geração Não-térmica

Combustível

Venda

Compra

Emerson Luís Alberti

10

Medida Provisória 579/2012, Lei 12.783/2013 - Dispõe sobre as

concessões de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, sobre a

redução dos encargos setoriais e sobre a modicidade tarifária.

Emerson Luís Alberti

O Problema

O Problema

11Emerson Luís Alberti

Fonte: Operador Nacional do Sistema – ONS, outubro/2014.

Nível dos

reservatório das

hidrelétricas

chegou ao pior

resultado desde

2001. Na atual

situação seriam

necessários 2 anos de

chuvas acima da

média para recompor

as reservas de água.

O Problema

12

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

2009 2010 2011 2012 2013 2014

CURVA DE GERAÇÃO (GWH)

Hidráulica Térmica Convencional Eólica Termo Nuclear

Emerson Luís Alberti

Fonte: Operador Nacional do Sistema – ONS, outubro/2014.

13

Resolução CNPE 03/2013: Estabelece diretrizes para a internalização

de mecanismos de aversão a risco nos programas computacionais para estudos

energéticos e formação de preço, e dá outras providências.

Emerson Luís Alberti

O Problema

14Emerson Luís Alberti

O Problema

15

Guerra de liminares amarra o setor elétrico

Emerson Luís Alberti

À Espera dos Tribunais

Contencioso O que é Situação Atual

Questões

Socioambientais

Construção de

Novas Usinas

Hidrelétricas

53 empreendimentos do setor elétrico são

alvos de ações judiciais acompanhadas pela

AGU. São 201 ações, das quais 158 estão

em andamento e 43 foram arquivadas.

Santo Antônio e

Jirau

Excludente de

responsabilidade

pelo atraso nas

obras.

As concessionárias das duas hidrelétricas

brigam na justiça pelo reconhecimento de

que não foram responsáveis pelos desvios

no cronograma original.

MP 579 (lei

12.783/2013)

Renovações de

concessões de

usinas hidrelétricas

e linhas de

transmissão

Empresas como a CELESC e a CELG

recorreram, mas tiveram seus argumentos

negados. A CEMIG conseguiu liminares para

se manter à frente de suas hidrelétricas.

16Emerson Luís Alberti

Contencioso O que é Situação Atual

Resolução

CNPE

03/2013

Custos com o Encargo do

Serviço do Sistema (ESS)

dividido entre

consumidores, passaria a

ser rateado também por

geradores e

comercializadores

Há ações em 5 unidades da Federação.

DF, MG, PR, CE e RN. Na primeira

instância foram deferidas diversas

liminares. Hoje existem decisões a favor

e contra e resolução, mas nenhuma

definitiva. A medida nunca chegou a ser

aplicada como se imaginava.

Portaria MME

455

Regras de comercialização

de energia, acabando com

o registro “ex-post” de

contratos no mercado livre

Decisão nunca foi implementada. Ações

tramitam na justiça Federal do DF e no

TRF da 1ª Região, com decisões

desfavoráveis à União, por enquanto.

Atrasos em

Repasses do

Tesouro

Nacional

Recolhimento da Conta de

Desenvolvimento

Energético (CDE)

Por causa do atraso no repasse de

verbas do Tesouro, distribuidores

obtiveram liminares para não transferir

ao governo e dinheiro recolhido da CDE

nas tarifas dos consumidores.

À Espera dos Tribunais

17

Para conter rombo do setor elétrico, governo reduz preço

máximo da energia – Após repasses de pelo menos R$ 28,3 bilhões para

socorrer o setor elétrico em 2014, a ANEEL decidiu dar uma canetada no preço

teto da energia de curto prazo de R$ 822,83/MWh para R$ 388,48/MWh.

Emerson Luís Alberti

A Conta

Considerando os efeitos pós MP 579/2012 (O famoso “11 de

setembro brasileiro”) a conta da crise já atinge R$ 100

bilhões – Indenizações às empresas que aderiram ao pacote de renovação

antecipada das concessões, gastos com o acionamento intensivo das usinas

térmicas e a sequência de socorro financeiro às distribuidores estão na fatura.

18

Custos de energia e água pressionam a indústria – redução na

linha de produção das indústrias têxtil e aços foram as mais atingidas em 2014

Emerson Luís Alberti

A Conta

23

Recuperar a confiança do investidor para a implantação de

Usinas de Base (Hidrelétricas com reservatórios Termoelétricas Eficientes);

Incentivar a Eficiência Energética como mecanismo de reduzir

as perdas e o risco de suprimento;

Incentivar a implantação de fontes renováveis de

energia e definir subsídios pautado na modicidade tarifária.

Aprimorar os processos de planejamento e

licenciamento ambiental.

Viabilizar investimentos para aumento de potênciaem Usinas Hidrelétricas existentes;

Emerson Luís Alberti

Desafios de Curto e Médio Prazos

Conclusões

28

Aumento urgente na capacidade de suprimento de

energia, para fazer frente à demanda reprimida;

Construção de UTE´s eficientes e com alto fator de

capacidade para o sistema. Preferencialmente com combustíveis

renováveis e de baixo custo.

Ambiente regulatório estável e com regras claras, a

fim de viabilizar empreendimentos estruturantes e de capital intensivo.

Planejamento de médio e longo prazos, com clareza

regulatória e, principalmente, focado no baixo risco de suprimento da carga do

SIN.

Emerson Luís Alberti

Revisão imediata das Garantias Físicas das Usinas

Hidrelétricas – número que não é atualizado desde 2003;

?

29

Setor Elétrico

Emerson Luís Alberti

30

Obrigado !

Emerson Luís AlbertiELEJOR – Centrais Elétricas do Rio Jordão

Companhia Paranaense de Energia – COPEL

[email protected]

+55 (41) 9994-3148

As Amarras do Setor ElétricoUma visão do passado, presente e futuro