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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE DIREITO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO
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SELEÇÃO 2014 - INGRESSO 2015
PROVA ESCRITA DE COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO JURÍDICO EM LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA
FRANCÊS
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SELEÇÃO 2014 - INGRESSO 2015
GABARITO PROVA ESCRITA DE COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO JURÍDICO EM LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA
FRANCÊS
INTRODUÇÃO
“Existem pessoas para quem a política não é universalidade, mais somente legitima defesa “
Cesare Pavese.
Sempre fomos vulneráveis. Nas ruas da capital argentina os deserdados da Pampa recolhem
papel e plástico depois do festim dos afortunados no banquete das privatizações . Em muitos
países a rapinagem foi transformada em condição social, a corrupção e a evasão fiscal
permanecem nas sombras, elas despojam o espírito público. Privado de recursos pela abertura
das fronteiras alfandegarias o Estado procura novas fontes : aumenta os impostos sobre o
consumo, deixa mais pobres os pobres (ou despojados). Reduz a intervenção económica e
social. Os países resistem desigualmente; ali onde os responsáveis continuam a pensar o
interesse geral, os bens públicos não são subastados (leiloados). A mundialização comercial e
financeira coloca em risco (ameaça) a coesão e a capacidade de ação de um país. Em
Argentina, em Itália, em Rússia e outros lugares do mundo, ela salienta (deixa em relevo) o
débil (fraco) significado (sentido)do interesse geral que a retórica nacional tinha ocultado. O
discurso da mundialização prescreve a todos, homens, mulheres, crianças, jovens e velhos ,
capacitado ou descapacitado, ricos e pobres, a estar prontos para a batalha. As classes
mediáticas defendem (mantem) o discurso da guerra para o conjunto da sociedade. Tanto pior
para aqueles que não podem combater, eles são abandonados na beira do caminho, nas ruas das
metrópoles. Muitos são os cidadãos feridos sobre um planeta pensado como um campo de
batalha (ou como uma zona de guerra).
Em Europa, as lutas sociais e políticas dos séculos passados fizeram contribuir as fontes da
riqueza à solidariedade entre fortes e débeis (fracos). As retenções públicas atingem por vezes
a metade do produto nacional, nos países do Sul rara vez excedem um décimo (uma décima
parte). Contudo, a mundialização atual experimenta igualmente a coesão dos países do Norte:
os mais ricos obtém um beneficio crescente e os mais protegidos se retiram a seu espaço
privado.
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Em 1950, os fundadores da Comunidade Europeia rechaçaram a guerra de cada um contra
todos e decidiram compartilhar a soberania e o futuro. Cinquenta anos depois, a concorr6encai
parece ganhar da cooperação. Cada geração deve retomar a solidariedade fundadora pois sem
ela o projeto europeu é uma etapa sobre a via do mercado mundial. Os egoísmos de classe ou de
nação tomam a vantagem. Os ultraliberais se juntam aos nacionalistas: abandonam a
perspectiva de uma vida pública além das fronteiras, na curiosidade pelo vizinho e na
solidariedade com ele. Ao escutá-los, nos não estaríamos em Europa que para fazer negócios,
não teríamos vontade de falar a língua do outro, de caminhar pelos mesmos caminhos, de
escrever partituras a várias vozes. Triste ambição que reduz o desejo de Europa a aquele do
dinheiro. Pensar Europa como um avatar do capitalismo equivale a realizar o luto de toda
melhoria da vida coletiva e constitui um mal pressagio (fala mal) de nossa aptidão a viver no
planeta.