prova escrita objetiva -...

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COORDENADORIA PERMANENTE DE SELEÇÃO – COPESE P P R R O O V V A A E E S S C C R R I I T T A A O O B B J J E E T T I I V V A A DATA: 11/10/2009 HORÁRIO: 09 às 12 horas DURAÇÃO: 03 (três) horas NÚMERO DE QUESTÕES: 50 LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES E AGUARDE AUTORIZAÇÃO PARA ABRIR ESTE CADERNO DE QUESTÕES Verifique se este CADERNO contém um total de 50 (cinquenta) questões do tipo múltipla escolha, com 5 (cinco) alternativas cada. Se o caderno não estiver completo, solicite ao fiscal de sala um outro caderno. Não serão aceitas reclamações posteriores. As questões estão assim distribuídas: LÍNGUA PORTUGUESA: 01 a 10 LEGISLAÇÃO DO SUS: 11 a 20 CONHECIMENTO ESPECÍFICO: 21 a 50 Nenhum candidato poderá entregar o caderno de questões antes de decorridos 60 (sessenta) minutos do início da prova, ressalvados os casos de emergência médica Só poderá ser utilizado como borrão o próprio CADERNO DE QUESTÕES. Não será permitido ao candidato o uso de máquina calculadora (inclusive em relógios) ou similar, agenda eletrônica, notebook, palmtop, gravador, máquina fotográfica, telefone celular, BIP, walkman ou qualquer outro receptor de mensagem. Não será permitida qualquer espécie de consulta ou comunicação entre os candidatos, bem como uso de óculos escuros, chapéu, boné, gorro ou porte de armas no recinto da prova. O descumprimento da presente instrução implicará TENTATIVA DE FRAUDE, procedendo-se à retirada imediata do candidato e a sua ELIMINAÇÃO SUMÁRIA do concurso. As respostas devem ser marcadas, obrigatoriamente, no CARTÃO-RESPOSTA, utilizando caneta esferográfica, TINTA PRETA ou AZUL ESCURO. Marque apenas uma alternativa para cada questão. Ao concluir a prova, o candidato terá que devolver o CARTÃO-RESPOSTA devidamente ASSINADO e o CADERNO DE QUESTÕES. A não devolução de qualquer um deles implicará a eliminação do candidato. PREFEITURA MUNICIPAL DE PIRIPIRI-PI CONCURSO PÚBLICO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE EDITAL Nº 01/2009 CARGO: CÓDIGO 01 ASSISTENTE SOCIAL

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COORDENADORIA PERMANENTE DE SELEÇÃO – COPESE

PPRROOVVAA EESSCCRRIITTAA OOBBJJEETTIIVVAA

DATA: 11/10/2009 HORÁRIO: 09 às 12 horas DURAÇÃO: 03 (três) horas NÚMERO DE QUESTÕES: 50

LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES E AGUARDE AUTORIZAÇÃO

PARA ABRIR ESTE CADERNO DE QUESTÕES

Verifique se este CADERNO contém um total de 50 (cinquenta) questões do tipo múltipla escolha, com 5

(cinco) alternativas cada. Se o caderno não estiver completo, solicite ao fiscal de sala um outro caderno. Não serão aceitas reclamações posteriores.

As questões estão assim distribuídas:

LÍNGUA PORTUGUESA: 01 a 10 LEGISLAÇÃO DO SUS: 11 a 20 CONHECIMENTO ESPECÍFICO: 21 a 50

Nenhum candidato poderá entregar o caderno de questões antes de decorridos 60 (sessenta) minutos do

início da prova, ressalvados os casos de emergência médica

Só poderá ser utilizado como borrão o próprio CADERNO DE QUESTÕES.

Não será permitido ao candidato o uso de máquina calculadora (inclusive em relógios) ou similar, agenda eletrônica, notebook, palmtop, gravador, máquina fotográfica, telefone celular, BIP, walkman ou qualquer outro receptor de mensagem.

Não será permitida qualquer espécie de consulta ou comunicação entre os candidatos, bem como uso de óculos escuros, chapéu, boné, gorro ou porte de armas no recinto da prova. O descumprimento da presente instrução implicará TENTATIVA DE FRAUDE, procedendo-se à retirada imediata do candidato e a sua ELIMINAÇÃO SUMÁRIA do concurso.

As respostas devem ser marcadas, obrigatoriamente, no CARTÃO-RESPOSTA, utilizando caneta esferográfica, TINTA PRETA ou AZUL ESCURO.

Marque apenas uma alternativa para cada questão. Ao concluir a prova, o candidato terá que devolver o CARTÃO-RESPOSTA devidamente ASSINADO e o

CADERNO DE QUESTÕES. A não devolução de qualquer um deles implicará a eliminação do candidato.

PREFEITURA MUNICIPAL DE PIRIPIRI-PI

CONCURSO PÚBLICO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE

EDITAL Nº 01/2009

CCAARRGGOO:: CCÓÓDDIIGGOO 0011

AASSSSIISSTTEENNTTEE SSOOCCIIAALL

Concurso Público – Edital 01/2009 / Prefeitura Municipal de Piripiri – Cargo: Assistente Social

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LÍNGUA PORTUGUESA

Texto 1

A melhor receita para proteger o coração é combinar a ginástica com os drinques 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22

Já está mais do que provado que a prática regular de exercícios físicos faz bem para o coração. Também não é segredo que o consumo moderado de álcool protege a saúde cardíaca. E quanto à combinação da ginástica com a bebida? Pois bem, essa é a melhor receita para a prevenção de doenças cardiovasculares, especialmente o infarto. Um estudo recém-publicado na revista científica European Heart Journal mostrou que as pessoas fisicamente ativas e habituadas a beber têm 50% menos risco de sofrer um problema cardíaco do que as abstêmias e as sedentárias. Para tanto bastam quatro horas por semana de caminhada leve e duas medidas de álcool por dia. Aos homens, estão liberadas duas taças de vinho, uma dose de uísque ou duas latinhas de cerveja, diariamente. Às mulheres, a metade disso. “É a primeira vez que uma pesquisa mostra que o álcool potencializa os efeitos protetores da atividade física”, diz o cardiologista Ibraim Masciarelli, do Hospital do Coração, em São Paulo.

Depois de acompanharem 11.914 homens e mulheres saudáveis ao longo de duas décadas, pesquisadores do Instituto Nacional de Saúde Pública, da Dinamarca, constataram que, isoladamente, o álcool oferece o mesmo grau de proteção ao coração que a atividade física. Os riscos de infarto de um sedentário habituado a beber com moderação equivalem aos de um abstêmio fisicamente ativo. Eles têm 30% menos probabilidade de adoecer do que os sedentários que não bebem.

A ginástica e a bebida preservam a saúde do coração ao impedir o entupimento das artérias coronárias. Ambas aumentam a concentração de HDL, o colesterol bom, no sangue. Além disso, o álcool reduz as inflamações na parede interna dos vasos sanguíneos.

A prática de exercícios físicos, por sua vez, também dificulta a agregação das plaquetas sanguíneas, o que melhora o fluxo de sangue para o coração.

LOPES, Adriana Dias. Revista Veja, 06 de fevereiro de 2008.

01. A partir da leitura do Texto 1, é CORRETO afirmar que:

I. A combinação de atividades físicas com o consumo moderado de álcool diminui os riscos de infarto, já que ambos oferecem semelhante proteção ao coração.

II. A pesquisa não traz nenhuma novidade, pois, no primeiro parágrafo, a autora emprega as construções “Já está mais do que provado” (linha 01) e “Também não é segredo” (linha 02).

III. O aumento do colesterol bom (HDL), a redução das inflamações dos vasos sanguíneos e a dificuldade de agregação das plaquetas sanguíneas são efeitos positivos para a saúde cardíaca que resultam da ação conjunta da ginástica com a bebida.

(A) Apenas I e II são verdadeiras. (B) Apenas II e III são verdadeiras. (C) Apenas I e III são verdadeiras. (D) I, II e III são verdadeiras. (E) Nenhuma afirmativa é verdadeira.

02. O termo “abstêmio” (linha 16), que também aparece sob a forma “abstêmias” (linha 06), significa

(A) pessoa sedentária. (B) pessoa que não consome bebida alcoólica. (C) pessoa que consome bebida alcoólica moderadamente. (D) pessoa fisicamente ativa. (E) pessoa habituada a beber.

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03. A expressão “para tanto” (linha 07) indica ___________, e o termo sublinhado refere-se a ____________.

A opção que preenche, respectivamente, de forma correta as lacunas da frase acima é: (A) causa; quantidade de exercícios físicos e bebida alcoólica. (B) condição; quantidade de bebida alcoólica. (C) causa; diminuição dos riscos de infarto. (D) finalidade; quantidade de exercícios físicos. (E) finalidade; diminuição dos riscos de infarto.

Texto 2 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11

As bebidas alcoólicas tornam os humanos mais corajosos ao se aproximar do sexo oposto. Para entender como o álcool atua no sistema nervoso, cientistas da Universidade do Estado da Pensilvânia resolveram embriagar drosófilas, as moscas-das-frutas, um dos organismos mais propícios a experiências de laboratório. Eles submeteram as drosófilas ao vapor etílico dentro de uma câmara de plástico apelidada de flypub (em inglês, bar das moscas). Quando expostos ao álcool, os machos da espécie ficaram mais excitados e passaram a cortejar outros machos. Chegaram a formar “trenzinhos”, um subindo sobre o outro. Sem o estímulo do álcool, os machos normalmente acasalam apenas com parceiras do sexo oposto. O estudo conclui que o álcool afeta da mesma forma o sistema nervoso dos seres humanos e das drosófilas, deixando-os mais desinibidos sexualmente. Há a hipótese de que o álcool apenas interfira na capacidade da drosófila de identificar os hormônios sexuais característicos das fêmeas.

VIEIRA, Vanessa. (fragmento) Revista Veja, 06 de fevereiro de 2008.

04. Considerando-se uma possível aproximação temática entre os Textos 1 e 2, é CORRETO afirmar

que:

(A) Ambos os textos apresentam pesquisas norte-americanas sobre o efeito do álcool em seres vivos, realizadas com animais (cobaias) em experiências de laboratório.

(B) Ambas as pesquisas mostram os efeitos benéficos do álcool sobre o sistema circulatório, quando ingerido com moderação.

(C) Enquanto o Texto 1 apresenta os benefícios do consumo moderado de álcool para a saúde do coração, o Texto 2 apresenta os malefícios desse mesmo consumo.

(D) Enquanto o Texto 1 descreve positivamente a ação do álcool sobre o sistema circulatório, o Texto 2 informa apenas que o álcool afeta o sistema nervoso causando desinibição sexual.

(E) A pesquisa apresentada no Texto 2 invalida aquela do Texto 1, ao colocar em dúvida os efeitos positivos do consumo de álcool para a saúde dos seres humanos.

05. Sobre o termo sublinhado no período abaixo, extraído do Texto 2, é CORRETO afirmar:

“O estudo conclui que o álcool afeta da mesma forma o sistema nervoso dos seres humanos e das drosófilas, deixando-os mais desinibidos sexualmente.” (linhas 08 e 09)

(A) Trata-se de pronome oblíquo, masculino plural, que se refere anaforicamente a “seres humanos” e

a drosófilas. (B) Trata-se de artigo definido, masculino plural, que se refere cataforicamente a “desinibidos”,

concordando com o adjetivo em gênero e número. (C) Trata-se de pronome reto na terceira pessoa do plural, que se refere a “seres humanos” e

“drosófilas”, o que justifica o plural masculino. (D) Trata-se de pronome oblíquo, masculino plural, que se refere anaforicamente a “sistema nervoso”

e com este concorda apenas ideologicamente. (E) Trata-se de artigo indefinido, masculino plural, que se refere implicitamente ao efeito do álcool

sobre o sistema nervoso de seres humanos e drosófilas.

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06. A conclusão da pesquisa apresentada no Texto 2 sugere que

(A) as moscas drosófilas são homossexuais. (B) as moscas drosófilas machos e fêmeas não apresentam diferenças hormonais. (C) as moscas drosófilas alcoolizadas têm dificuldades para diferenciar machos de fêmeas. (D) as moscas drosófilas tornam-se homossexuais quando alcoolizadas. (E) as moscas drosófilas são insensíveis à ingestão de álcool na forma de vapor.

Texto 3 Grump e o acordo ortográfico

Fonte: http://blogdoorlandeli.zip.net. Postadas em 12 e 15 jan. 2009. Acesso em: 30 jul. 2009. 07. A partir da leitura das tirinhas de Orlandeli, no Texto 3, pode-se afirmar:

I. As novas regras do acordo ortográfico são aparentemente simples, mas exigem um conhecimento gramatical prévio da língua portuguesa, que o personagem das tirinhas não possui.

II. O trema era o acento menos frequente e seu desaparecimento assusta o personagem, porque ele já não o empregava em sua escrita.

III. Palavras como “ideia”, “plateia” e “jiboia” deixaram de ser acentuadas, segundo a regra do “acento agudo”, expressa na segunda tirinha.

(A) Somente I está correta. (B) Somente II está correta. (C) Somente III está correta. (D) I, II e III estão corretas. (E) Somente I e II estão corretas.

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08. Ainda a partir as tirinhas de Orlandeli, é possível afirmar que:

(A) a linguagem empregada no acordo e a linguagem do personagem são a mesma, tanto que ele consegue compreender aquilo que lê.

(B) o vocabulário do personagem contém termos da linguagem informal, como “besta”,“joça” e “diacho”, mas não termos técnicos gramaticais como “ditongo” e “paroxítona”.

(C) o personagem assimila rapidamente o conteúdo do novo acordo, pois, para ele, a queda do trema não é novidade e a regra do acento agudo “parece bem simples”.

(D) o personagem desiste de entender as regras do novo acordo ortográfico ao fim das tirinhas, já que ele não conhece os termos “ditongo” e “paroxítona”.

(E) o personagem é contra a reforma ortográfica da língua portuguesa e se mostra desinteressado pelas regras do novo acordo.

Texto 4 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12

(...) O mau uso do português resulta em diversos problemas de ordem prática, o primeiro dos quais é entender o que se diz e o que se escreve. Não é raro, por exemplo, advogados assinarem petições nas quais não conseguem explicar direito o que, afinal, seus clientes estão querendo – ou juízes darem sentenças em português tão ruim que não se sabe ao certo o que decidiram. Há leis, decretos, portarias e outros documentos públicos incompreensíveis à primeira leitura, ou mesmo à segunda, à terceira e a quantas mais vierem. Não se sabe, muitas vezes, que linguagem foi utilizada na redação de um contrato. Os balanços das sociedades anônimas, publicados uma vez por ano, permanecem impenetráveis.

Há mais, nisso tudo, do que dificuldades de compreensão. A escritora Doris Lessing, prêmio Nobel de Literatura de 2007, diz que, quando se corrompe a linguagem, se corrompe, logo em seguida, o pensamento. É o risco que se corre com o português praticado atualmente no Brasil de terno, gravata e diploma universitário.

GUZZO,J.R. (fragmento) Revista Veja, 06 de agosto de 2008.

09. A partir da leitura dos Textos 3 e 4, pode-se concluir que:

(A) O desconhecimento das regras gramaticais impede que as pessoas se expressem e se comuniquem em língua portuguesa.

(B) As pessoas escolarizadas são as que apresentam maior dificuldade para assimilar as regras gramaticais e se expressarem em língua portuguesa.

(C) A redação de textos técnicos depende do conhecimento de várias linguagens, o que a torna uma tarefa muito difícil mesmo para pessoas escolarizadas.

(D) O personagem das tirinhas ilustra a denúncia feita no Texto 4, pois ele não consegue compreender um documento escrito em “português tão ruim” (linha 04).

(E) As dificuldades de redação em língua portuguesa, oriundas do desconhecimento ou mau uso das regras gramaticais, interferem em outras formas de linguagem.

10. Segundo o Texto 4, “o mau uso do português” (linha 01) acarreta todos os problemas abaixo,

EXCETO,

(A) corrupção da oralidade. (B) corrupção da escrita. (C) corrupção das profissões. (D) corrupção da linguagem. (E) corrupção do pensamento.

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LEGISLAÇÃO DO SUS

11. A Conferência Internacional sobre Cuidados Primários de Saúde, reunida em Alma Ata em 1978,

expressou a necessidade de ação de todos os governos e de todos que trabalham nos campos da saúde e do desenvolvimento, a fim de promover a saúde de todos os povos do mundo. Os Cuidados Primários de Saúde baseiam-se em:

(A) Liberação de recursos financeiros e acompanhamento da execução das ações preventivas de

saúde. (B) Prestação de contas, como pré-requisito para concessão de auxílio aos países pobres. (C) Instruções das entidades internacionais e publicações científicas. (D) Métodos e tecnologias práticas, cientificamente bem fundamentados e socialmente aceitáveis,

colocando-os ao alcance universal da sociedade, mediante sua plena participação. (E) Ações referentes a projetos e obras financiadas com recursos da união e dos países no campo

da medicina curativa.

12. O Sistema Único de Saúde (SUS), fruto do movimento social que desaguou no movimento Sanitário Brasileiro, decisivo na construção do arcabouço jurídico-legal, tem a saúde como direito de cidadania e dever do Estado, o qual é garantido por meio

(A) da Constituição Federal de 1988 e das diversas regulamentações pós-constituição. (B) da Assembleia Nacional Constituinte e da Sociedade Civil Organizada. (C) da Sociedade, da democracia participativa, bem como da gestão em saúde. (D) da Emenda Constitucional nº 29, que garante os recursos mínimos à saúde. (E) da Lei Orgânica da Saúde, da Previdência Social e das Normas Operacionais Básicas.

13. A saúde está presente em todos os momentos da vida, nos quais somos capazes de pensar, sentir e assumir nossos atos e decisões. É um estado de bem-estar físico, social e mental e não simplesmente a ausência de enfermidades, como diz a Organização Mundial de Saúde. Este conceito de saúde requer, no entanto

(A) ações exclusivamente individuais no campo da saúde e cultura. (B) reflexões sobre o processo da saúde e da doença nos aspectos curativos. (C) proposições de políticas públicas eficientes, baseadas em pesquisas fincadas na realidade, para

combater as desigualdades sociais e econômicas. (D) ações exclusivamente coletivas que requeiram tempo para sua efetividade. (E) qualificações de profissionais em nível médio e superior, para atuarem criticamente na área da

saúde.

14. As decisões da política de alocação de recursos e critérios de gastos na saúde devem ser transparentes e passíveis de controle pela população, além disso, devem possibilitar a revisão do acesso igualitário aos serviços de qualidade em todos os níveis do sistema. A essas ações dá-se o nome de Controle Social. A participação da sociedade é garantida por meio de:

(A) Planejamento estratégico e Comissões Intergestoras Bipartites. (B) Conselhos de Desenvolvimento Social e Conferências de Saúde, respaldados pela Lei 8.142/90. (C) Ministério Público Federal e Conselho de Saúde, respaldados pelas Leis 8.142/90 e 8.080/90,

respectivamente. (D) Ministério Público e Assembleia Legislativa. (E) Conselhos e Conferências de Saúde, respaldados pela Lei 8.142/90.

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15. Processo técnico e político de decisões compartilhadas e consensuadas sobre as ações necessárias ao desenvolvimento territorial que assegura o envolvimento efetivo das representações territoriais na apreensão da realidade e na definição de prioridades. O texto acima descrito é referente:

(A) ao Conceito de Território. (B) ao Planejamento Participativo. (C) à Atenção Básica de Saúde. (D) à Programação Pactuada Integrada. (E) à Promoção da Saúde.

16. Os Territórios de Desenvolvimento Sustentável do Piauí constituem unidades de planejamento da ação governamental, para a promoção e desenvolvimento do Estado, para a melhoria da qualidade de vida da população através da democratização das ações governamentais e da regionalização do orçamento. Como se apresenta a divisão dos Territórios de Desenvolvimento Sustentável do Estado do Piauí?

(A) 11 territórios e 28 aglomerados. (B) 11 territórios e 26 aglomerados. (C) 10 territórios e 28 aglomerados. (D) 10 territórios e 26 aglomerados. (E) 28 territórios e 10 aglomerados.

17. Um dos objetivos da Política Nacional de Educação Permanente para o Controle Social no Sistema Único de Saúde (SUS) é fortalecer os Conselheiros de Saúde como sujeitos sociais que participam da formulação e deliberação da política de saúde como representantes da sociedade civil organizada. Essa política tem como eixos estruturantes:

(A) Planejamento normativo; participação social; controle social; financiamento da participação e

comunicação. (B) Participação social; intersetorialidade; informação e comunicação em saúde; legislação do

Sistema Único de Saúde (SUS); financiamento da participação e do controle social. (C) Financiamento da participação e do controle social; informação e comunicação social; legislação

do Sistema Único de Saúde (SUS); participação social e pacto de gestão. (D) Intersetorialidade; comunicação; informação e informática; participação social; financiamento

setorial e o planejamento setorial. (E) Informação e comunicação em saúde; intersetorialidade; planejamento estratégico situacional;

educação e intersetorialidade.

18. Atenção Básica se caracteriza por um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, por meio da promoção de saúde, da prevenção de agravos e da recuperação da saúde. O financiamento da Atenção Básica é operacionalizado pelo

(A) Piso de Atenção Básica (PAB) fixo e indeterminado. (B) Programa de financiamento suplementar do PAB fixo. (C) Piso de Atenção Básica (PAB) suplementar e variável. (D) Piso de Atenção Básica (PAB) fixo e o Piso de Atenção Básica (PAB) variável. (E) Programa de financiamento supletivo do PAB variável e PAB fixo.

19. Mudanças significativas para a execução do Sistema Único de Saúde (SUS), como a substituição do processo de habilitação pela adesão solitária aos termos de compromisso de gestão, pela regionalização solidária e pelo processo de descentralização, apresentam impacto sobre a situação de saúde da população, assegurado no Pacto pela Saúde por meio do:

(A) Pacto pela vida. (B) Pacto pela defesa do SUS. (C) Pacto pela solidariedade do SUS. (D) Pacto pela saúde do trabalhador. (E) Pacto de gestão.

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20. A extensão de cobertura, cada vez maior, alcançada pela estratégia Saúde da Família (eSF),

transforma-a em um recurso fundamental para o desenvolvimento da atenção básica em todo país, sendo seu impacto, nos indicadores de saúde, visivelmente marcante. A eSF visa a:

(A) Servir de guia de orientação para as práticas curativas e reabilitadoras. (B) Reorientar as práticas de saúde pelo estímulo a ações de promoção da saúde e prevenção de

agravos, reconhecendo os territórios sociais onde se produzem as doenças. (C) Contribuir para o controle ou erradicação das doenças infecto-contagiosas e imunopreviníveis. (D) Qualificar o pronto-atendimento às necessidades de saúde da população em sua área de

abrangência, através do processo de trabalho das equipes. (E) Garantir a sustentabilidade ambiental com ênfase nos determinantes sociais da saúde.

CONHECIMENTO ESPECÍFICO 21. Em termos históricos-conceituais, a expressão “questão social” foi utilizada para:

(A) explicar a influência ideológica dos partidos políticos na profissão de Serviço Social, em 1970. (B) designar o processo de politização da desigualdade social inerente à constituição da sociedade

burguesa; sua emergência vincular-se-ia ao surgimento do capitalismo e à pauperização dos trabalhadores; sua constituição, enquanto questão política, foi remetida ao século XIX, como resultado das lutas operárias, expondo as contradições entre a relação capital e trabalho.

(C) designar o processo de igualdade social inerente à constituição da sociedade capitalista; sua emergência diz respeito ao avanço da tecnologia do capital, no século XX, como resultado do fortalecimento da classe burguesa, expondo as contradições entre o capital e o trabalho.

(D) nominar o movimento messiânico e fatalista presentes no Serviço Social. (E) buscar resolver os problemas enfrentados na nova sociedade urbana e industrial no século XX,

entre eles retomar o equilíbrio entre a relação capital e trabalho.

22. Para o Serviço Social, conforme a Proposta Básica para o Projeto de Formação Profissional, formulada na Convenção de ABESS, em 1996, a questão social foi referendada como

(A) o elemento que dá concretude à profissão, base de sua fundação histórico-social na realidade

brasileira, devendo ser a sua compreensão e análise estruturadoras dos conteúdos da formação profissional.

(B) um dos elementos que deve referendar a profissão de Serviço Social, devendo ser transversal em toda a formação profissional, sobretudo na análise da intervenção estatal na realidade social.

(C) um elemento apropriado indevidamente pelo Serviço Social para marcar o rompimento da influência religiosa na profissão.

(D) um conceito que precisa ser atualizado, tendo em vista sua relação com aspectos ideológicos e partidários.

(E) o elemento que fundamenta a profissão de Serviço Social, tendo em vista o caráter inovador que a profissão vem assumindo frente à perda dos grandes ideais da transformação da sociedade capitalista.

23. Dentre o conjunto de mudanças que definem as tendências atuais da Seguridade Social, Ana

Elizabeth Mota, na obra O mito da Assistência Social: ensaio sobre Estado, Política e Sociedade (MOTA, et al., 2009, p. 182), destaca dois aspectos:

(A) a ampliação das políticas redistributivas, de natureza pública e constitutiva de direitos, deixando

para trás o caráter compensatório das políticas sociais de outrora, assim como a estatização de serviços sociais, como a consolidação da figura do cidadão-consumidor.

(B) a regressão da políticas redistributivas, de natureza pública e constitutiva de direitos, em prol de políticas compensatórias e combate à pobreza, assim como a privatização e mercantilização de serviços sociais, como a consolidação da figura do cidadão-consumidor de serviços.

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(C) a transformação das políticas seletivas em políticas universais, sobretudo com a promulgação da Lei de Assistência Social, em 2008 e a ampliação das políticas redistribuitivas.

(D) a democratização do acesso às políticas sociais e a hierarquização do acesso ao Sistema Único de Assistência Social.

(E) a universalização dos direitos sociais, através do Sistema Único da Assistência Social, aprovado em 2008 e a estatização dos serviços sociais.

24. O Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI) surgiu no Brasil

(A) a fim de verificar a veracidade de denúncias de trabalho escravo a que crianças eram submetidas em vários estados, principalmente em trabalho de corte de cana, carvoarias e lixões.

(B) em razão da necessidade de prevenção dos direitos da criança e do trabalhador, sobretudo pela tendência do uso de crianças em trabalhos de adultos.

(C) para recuperar o espaço de trabalho que deve ser ocupado pelo adulto e não pela criança, sobretudo pelo desemprego em massa de adultos.

(D) em razão de constantes denúncias sobre o trabalho escravo a que crianças eram submetidas em vários estados, principalmente em trabalho de corte de cana e em carvoarias, sem que se negligencie denúncias sobre o trabalho de crianças em lixões.

(E) como uma estratégia do Governo Federal de regularizar o trabalho infantil, tendo em vista a exploração de crianças em alguns estados.

25. O sistema único de Saúde – SUS foi regulamentado no Brasil

(A) pela Lei Federal nº 8080, de 1988. (B) pela Lei Federal nº 8080, de 1990. (C) pela Lei Federal nº 11.340, de 2006. (D) pela Lei Federal nº 8090, de 1990. (E) pela Lei Federal nº 9090, de 1990.

26. Os sistemas nacionais de saúde, ao longo do século XX, foram organizados como uma necessidade

de dar resposta à questão da saúde. Apesar das polêmicas, alguns princípios comuns ordenavam a organização e o funcionamento desses sistemas:

(A) o direito universal a saúde e a financiamento privado; a organização de uma rede de serviços

estatais, de um sistema de atenção primária, assim como a descentralização e hierarquização do atendimento.

(B) o direito universal a saúde e a financiamento público pelo Estado; a organização de um sistema integral de saúde; a individualização e universalização do atendimento.

(C) o direito universal a saúde e a financiamento público pelo Estado; a organização de uma rede de serviços, de um sistema de atenção integral, assim como a hierarquização e regionalização do atendimento.

(D) universalização, descentralização e atendimento às necessidades básicas individuais do cidadão. (E) universalização, descentralização e atendimento às necessidades primárias dos indivíduos.

27. De acordo com Ana Maria de Vasconcelos, na obra A prática do Serviço: cotidiano, formação e

alternativas na área de saúde (VASCONCELOS, 2002, P. 78), no sentido de superar obstáculos político-burocráticos frente a interesses divergentes, em relação à implementação estrutural do SUS, o Ministério da Saúde tem elaborado

(A) Normas Operacionais Básicas (NOB) para a definição de estratégias e movimentos táticos que

orientam a operacionalidade do sistema, definindo o financiamento das ações e serviços de saúde e suas respectivas competências, nem sempre em obediência aos princípios e diretrizes da Constituição Federal e da LOS, quando não os desmontando.

(B) Normas Operacionais Básicas (NOB) para a definição de estratégias, que orientam o uso dos serviços de saúde em completa obediência aos princípios da Constituição Federal e da LOS.

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(C) Normas Operacionais Básicas (NOB) para a definição de estratégias junto aos movimentos sociais, o que orienta sua inserção no sistema de saúde, definindo o modelo para o atendimento de suas reivindicações, em completa obediência aos princípios e diretrizes da Constituição Federal e da LOS, quando não os desmontando.

(D) pautas de negociações junto à sociedade civil, no sentido de ordenar o atendimento ao sistema integral de saúde.

(E) pautas de negociações junto ao Conselhos de Saúde, no sentido de prestar orientação sobre o funcionamento do Sistema Único de Saúde.

28. As Normas Operacionais Básicas (NOB) têm sido elaboradas desde 1991. De acordo com Ana Maria

de Vasconcelos (VASCONCELOS, 2002, P. 78):

(A) A NOB/92 define critérios de repasse do Ministério da Saúde para estados e municípios, unidades públicas e privadas, criando um padrão único de pagamento para serviços públicos e privados.

(B) A NOB/91 acrescenta os critérios populacionais para o repasse automático aos municípios. (C) A NOB/93 rompe com o conceito de integralidade na saúde e enfatiza a criação de programas

focalistas. (D) A NOB/96 define base para o processo de descentralização e estabelece mecanismos de

financiamento, controle e avaliação a partir da capacidade de cada município, caracterizando três estágios de gestão: Incipiente, Parcial e Semiplena.

(E) A NOB/93 define base para o processo de descentralização e estabelece mecanismos de financiamento, controle e avaliação a partir da capacidade de cada município, caracterizando três estágios de gestão: Incipiente, Parcial e Semiplena.

29. O surgimento e o desenvolvimento do Serviço Social, no período de 1930 a 1964, dá lugar a uma

questão: Por que o Serviço Social, na área da Saúde, transformou-se no principal campo de absorção profissional? Um dos fatores diz respeito:

(A) ao novo conceito de saúde, elaborado pela Organização das Nações Unidas, em 1948,

enfocando os aspectos biopsicossociais, o que determinou a requisição de outros profissionais para atuar no setor, entre eles, o assistente social: uma das novidades foi a ênfase dada ao trabalhador social.

(B) às propostas racionalizadoras oriundas da Europa, na década de 60, principalmente da Bélgica: propostas como a medicina integral, a medicina preventiva e a medicina comunitária valorizaram a atuação da profissão de Serviço Social.

(C) ao novo conceito de saúde, elaborado pela Organização Mundial de Saúde, em 1948, enfocando os aspectos biopsicossociais, o que determinou a requisição de outros profissionais para atuar no setor, entre eles, o assistente social: uma das novidades foi a ênfase dada ao trabalho em equipe multidisciplinar.

(D) às propostas racionalizadoras oriundas da Europa na década de 50, principalmente da Bélgica: propostas como a medicina integral, a medicina preventiva e a medicina comunitária valorizaram a atuação da profissão de Serviço Social.

(E) Ao novo modelo da Política Nacional de Saúde no país, marcado pelo princípio da universalização do atendimento e pelo caráter público do atendimento à população.

30. De acordo com Ana Elisabeth Mota (MOTA, et al, 2009, p. 194-195), em relação às competências e à formação profissional dos Assistentes Sociais no âmbito da Política Nacional de Assistência Social- PNAS e ao SUAS, apesar dos limites do material para a apreensão de mediações necessárias ao tratamento das competências profissionais, destacam-se alguns elementos transversais a serem considerados:

(A) o conhecimento da realidade; o gerenciamento de informações; o conhecimento do Código de Ética; a realização de visitas domiciliares.

(B) o conhecimento da realidade; o gerenciamento de informações; a relação entre a natureza e dimensão dos níveis de complexidade das necessidades institucionais em face das

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competências específicas dos profissionais da PNAS; as tensões teóricas e político-pedagógicas inerentes ao sistema político brasileiro.

(C) o conhecimento da realidade; o gerenciamento de informações; a relação entre a natureza e dimensão dos níveis de complexidade das necessidades dos usuários e dos serviços em face das competências específicas dos profissionais da PNAS; as tensões teóricas e político-pedagógicas inerentes ao sistema político brasileiro.

(D) o conhecimento da realidade; o gerenciamento de informações; a relação entre a natureza e dimensão dos níveis de complexidade das necessidades dos usuários e dos serviços em face das competências específicas dos profissionais da PNAS; as tensões teóricas e político-pedagógicas inerentes à política de Assistência Social e à prática profissional.

(E) o conhecimento da realidade; a reunião, o trabalho grupal e o parecer técnico.

31. As Conferências Nacionais de Saúde são consideradas fundamentais ao avanço da política pública de saúde, assim como do movimento da Reforma Sanitária no Brasil. A este respeito, o marco histórico considerado mais importante foi

(A) a 6ª Conferência Nacional de Saúde, cujos principais eixos foram a Saúde como direito de

cidadania, a Reformulação do Sistema Nacional de Saúde e o Financiamento Setorial; nesta Conferência, foi aprovada a bandeira da Reforma Sanitária.

(B) a 8ª Conferência Nacional de Saúde, cujos principais eixos foram a Saúde como direito de cidadania, a Reformulação do Sistema Nacional de Saúde e o Financiamento Setorial; nesta Conferência, foi aprovada a bandeira da Reforma Sanitária.

(C) a 1ª Conferência Nacional de Saúde, cujos principais eixos foram a Saúde como direito de cidadania, a Reformulação do Sistema Nacional de Saúde e o Financiamento Setorial; nesta Conferência, foi aprovada a bandeira da Reforma Sanitária.

(D) a 7ª Conferência Nacional de Saúde que, além da definição da universalização do atendimento na Saúde, aprovou a bandeira da Reforma Sanitária no Brasil.

(E) a 4ª Conferência Nacional de Saúde, na qual foi aprovado um relatório que serviu de base à negociação dos defensores da Reforma Sanitária na reformulação da Constituição Federal de 1988.

32. Como pode ser entendida a Reforma Sanitária?

(A) Um movimento, composto por profissionais de setores ortodoxos da saúde, que colocou em debate a relação entre a prática da saúde e a estrutura de classes da sociedade.

(B) Um movimento, organizado por sanitaristas, que propôs um conjunto de denúncias contra a precariedade dos serviços básicos de saúde.

(C) Um movimento sanitário, organizado por sanitaristas, que consistiu na organização dos setores progressistas de profissionais de saúde pública, tendo colocado em debate a relação da prática em saúde com a estrutura de classes da sociedade.

(D) Um movimento que propunha a redefinição da atenção à saúde mental prestada no Brasil. (E) Um movimento da elite sanitarista brasileira que marcou a consolidação da assistência à saúde

de caráter privado. 33. No que tange ao modelo de Proteção Social, podemos considerar que

(A) o Sistema Único de Assistência Social representa a consolidação do modelo de Proteção Social, sobretudo porque este documento foi a base para a discussão da Seguridade Social, na Constituição Federal de 1988.

(B) a Constituição Federal de 1988 é a mais progressista no campo da Legislação de Saúde e Assistência Social; nela, entretanto, a Saúde, diferentemente da Assistência Social e da Previdência Social, não integra a Seguridade Social, o que veio a ocorrer com Lei Orgânica de Assistência Social.

(C) A Lei Orgânica de Assistência Social, ou a “menina LOAS”, se configurou como o fato mais importante na consolidação do modelo de Proteção Social, tendo em vista sua ampla aceitação em todos os setores da sociedade.

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(D) A Lei Orgânica de Assistência Social é considerada como a prova viva da consolidação do modelo de Proteção Social, sobretudo porque regulamentou o Sistema Único de Assistência Social.

(E) a Constituição Federal de 1988 é a mais progressista e, nela, a Saúde, conjuntamente com a Assistência Social e a Previdência Social, integra a Seguridade Social.

34. Em relação ao projeto profissional do Assistente Social, de acordo com o código de Ética Profissional

do Assistente Social em vigor, destaca-se:

(A) a opção por um projeto profissional condizente com sua visão de mundo, tendo em vista o direito à liberdade de escolha de cada cidadão.

(B) a opção por um projeto profissional que promova a conciliação entre os interesses institucionais e os interesses dos usuários, tendo em vista a manutenção de seu espaço de trabalho.

(C) a opção por um projeto profissional vinculado ao processo de construção de uma nova ordem societária, com dominação e exploração de classe, etnia e gênero.

(D) a opção por um projeto profissional vinculado ao processo de construção de uma nova ordem societária, sem dominação ou exploração de classe, etnia e gênero.

(E) a não opção por um projeto profissional vinculado ao processo de construção de uma nova ordem societária, sem dominação ou exploração de classe, etnia e gênero, visto que ele precisa manter o seu emprego.

35. São, entre outros, princípios fundamentais do código de Ética Profissional do assistente social:

(A) a liberdade como valor ético e moral; a defesa intransigente dos direitos humanos; a ampliação e consolidação da cidadania; a defesa e aprofundamento da demagogia.

(B) a liberdade; a defesa intransigente dos direitos individuais; a ampliação e consolidação da cidadania; a defesa da restrição da democracia.

(C) a liberdade como valor ético e moral; a defesa intransigente dos direitos humanos; a ampliação e consolidação da cidadania; a defesa e aprofundamento da democracia.

(D) a liberdade como valor ético e moral; a defesa intransigente dos direitos humanos; a ampliação e consolidação da cidadania; a defesa restrita da democracia.

(E) o compromisso com a qualidade dos serviços; o respeito aos movimentos sociais; a mediação entre as formas de preconceitos sociais.

36. A Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993, é:

(A) O Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA. (B) A Lei Orgânica de Assistência Social – LOAS. (C) O Estatuto do Idoso. (D) O Sistema Único de Assistência Social - SUAS. (E) A Lei Maria da Penha.

37. Sobre a importância do Programa Saúde da Família (PSF), em relação à Política Nacional de Saúde,

é correto afirmar que

(A) o PSF é um programa relevante porque sua implantação é estratégica para o sistema de saúde; entretanto, seu papel de filtrar o atendimento à população contraria o desafio de alcançar a universalização dos serviços.

(B) o problema do PSF reside em sua implantação estratégica para o sistema de saúde, o que dificulta seu papel de filtrar o atendimento à população contrariando, assim, o alcance da universalização dos serviços.

(C) O PSF nada mais é do que a ilusão do atendimento da saúde familiar, um modelo antigo e ortodoxo que não apresentou soluções nem inovações positivas em nenhuma de suas experiências.

(D) O PSF é a porta de entrada ao sistema de saúde; sua importância repousa em sua função de solucionar o atendimento da demanda residual da Política Nacional de Saúde.

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(E) o PSF é um programa relevante porque sua implantação é estratégica para o sistema de saúde, no sentido de ampliar e permitir o acesso da população a rede de saúde, visto que a demanda reprimida é ainda um grande desafio no alcance da universalização dos serviços.

38. O Estatuto do Idoso consolidou o processo de luta por mais qualidade no envelhecimento no Brasil. Mediante que Lei, e em que ano, se deu a aprovação deste Estatuto?

(A) Lei nº 10.741, de 1/10/2003. (B) Lei nº 11.340, de 1/10/2002. (C) Lei nº 10.741, de 1/10/2002. (D) Lei nº 11.340, de 1/10/2003. (E) Lei nº 1.395, de 1/10/2002.

39. Em seus estudos no campo da saúde, em relação ao Serviço Social, Ana Maria de Vasconcelos (VASCONCELOS, 2002, P. 430) considera que a educação em saúde

(A) é um campo que possibilita ao assistente social estar em conexão com a questão social, pois esse campo atende a um interesse social – de saúde coletiva – e a um interesse individual – na construção/manutenção/proteção da vida da pessoa, de sua auto-estima.

(B) é um campo ultrapassado ao assistente social, dificultando a conexão do profissional com a questão social, pois esse campo atende a um interesse individual – na construção/manutenção/proteção da vida da pessoa, de sua auto-estima.

(C) é um campo que possibilita ao assistente social estar em conexão com a questão social, pois esse campo atende a um interesse individual - na construção/manutenção/proteção da vida da pessoa, de sua auto-estima.

(D) é um campo superado, promovendo uma desconexão do assistente social com a questão social, pois esse campo atende a um interesse social – de saúde coletiva – e a um interesse individual – na construção/manutenção/proteção da vida da pessoa, de sua auto-estima.

(E) é um campo que promove a desconexão do assistente social com a questão social, pois esse campo atende a um interesse social – de saúde coletiva – e a um interesse individual – na construção/manutenção/proteção da vida da pessoa, de sua auto-estima.

40. A violência, doméstica e familiar, contra a mulher é um problema de saúde pública. Para combater

esse tipo de violência, foi criada uma lei específica. Trata-se:

(A) da Lei nº 11.340/2006, conhecida como Lei Maria das Dores. (B) da Lei nº 11.340/2006, conhecida como Lei Maria da Penha. (C) da Lei nº 11.340/2004, conhecida como Lei Maria da Penha. (D) da Lei nº 11.340/2006, conhecida como Lei Maria da Silva. (E) da Lei nº 11.340/2004, conhecida como Lei Maria da Silva.

41. De acordo com a Lei nº 11, 340, Lei da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, são

consideradas formas de violência contra a mulher, entre outras:

(A) Violência física, violência psicológica e violência patrimonial. (B) Violência física, violência psicológica e violência moral. (C) Violência física, violência psicológica, violência sexual. (D) Violência física, violência psicológica, violência sexual, violência moral e violência patrimonial. (E) Violência física, violência psicológica e violência excepcional.

42. De acordo com Potyara Pereira-Pereira, na obra Política social, família e juventude: uma questão de

direitos (SALES et al, 2004, P. 36), a família tem sido pensada como um dos recursos privilegiados das políticas públicas contemporâneas. A explicação para o fato é que:

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(A) a família tem, ao longo da história, se organizado para assumir seu papel ante o Estado. (B) a família tem, ao longo da história, se mantido como o ideal do brasileiro. (C) tradicionalmente considerada a célula da sociedade ou a base sobre a qual outras atividades de

bem-estar se apoiam, a família ganhou a relevância atual justamente por seu caráter informal, livre de constrangimentos burocráticos e de controles externos.

(D) a família nuclear tem atravessado a história como a única família firme, apesar das crises. (E) tradicionalmente considerada a célula da sociedade, a família ganhou a relevância atual

justamente por seu caráter formal, burocrático e de controle interno. 43. Além do fato de que relação entre a família e o Estado tem sido marcada pela instauração do Estado

como fonte de controle social e elaboração de normas para a família, para Regina T. Mioto (SALES et al, 2004, p. 51):

(A) ao longo da história, a relação entre família e Estado foi permeada pela ideologia de que as

famílias, dependendo de suas condições de vida e das vicissitudes da convivência familiar, devem ser capazes de proteger e cuidar de seus membros.

(B) ao longo da história, a relação entre família e Estado foi permeada pela ideologia de que as famílias, independentemente de suas condições objetivas de vidas e das próprias vicissitudes da convivência familiar, devem ser capazes de proteger e cuidar de seus membros.

(C) a relação entre família e Estado sempre foi permeada pela interferência religiosa, o que facilita o controle social da família por parte do Estado.

(D) ao longo da história, o Estado sempre deu crédito à instituição da família, investindo nessa célula como base das políticas sociais.

(E) a relação entre família e Estado foi permeada pela ideologia de que as famílias, dependo das suas condições, são capazes de não cuidarem de seus membros como deveriam.

44. O processo de descentralização das políticas sociais públicas com ênfase na municipalização, de

acordo com Marilda Iamamoto (SALES et al, 2004, p. 276), requer dos assistentes sociais, na esfera do Poder Executivo, novas funções e competências:

(A) O profissional deve dispor de competências para atuar na esfera da formulação e avaliação de

políticas públicas devendo, também, atuar como aconselhador terapêutico de seus usuários. (B) O profissional deve dispor de competências para atuar apenas na esfera da formulação de

políticas públicas devendo, porém, desconsiderar a avaliação e a gestão nesse processo. (C) O profissional deve dispor de competências para fazer uso da reunião, da construção de grupos

de apoio, a fim de realizar um trabalho terapêutico grupal. (D) O profissional deve dispor de competências para atuar na esfera da formulação e avaliação de

políticas públicas, assim como de planejamento e gestão inscritos em equipes interdisciplinares; amplia-se o espaço ocupacional a atividades relacionadas à implantação e orientação de conselhos de políticas públicas, à capacitação de conselheiros, à elaboração de planos de assistência social, acompanhamento e avaliação de programas e projetos.

(E) O profissional deve dispor de competências para atuar na esfera da formulação e avaliação de políticas públicas, assim como de planejamento e gestão inscritos em equipes interdisciplinares; tendo em vista o fechamento do espaço ocupacional para atividades relacionadas à implantação e orientação de conselhos de políticas públicas, à capacitação de conselheiros, à elaboração de planos de assistência social, acompanhamento e avaliação de programas e projetos, o assistente social deve deixar esse trabalho para outros profissionais.

45. Os assistentes sociais são chamados a colaborar na reconstrução das raízes sociais da infância e

juventude, na luta pela afirmação de seus direitos sociais e humanos. Para Marilda Iamamoto (SALES et al, 2004, p. 276), o enraizamento

(A) envolve a ruptura dos laços de convívio familiar, de vizinhança, de grupos de amizade; a efetiva

participação na vida coletiva; o reconhecimento das expressões culturais e das identidades, entre outras dimensões.

(B) trata-se do processo de desfiliação em que as famílias têm se fragmentado.

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(C) envolve o estreitamento dos laços de convívio familiar, deixando de lado a vizinhança e a comunidade.

(D) envolve a desfiliação entre os membros familiares, em contrapartida ao estreitamento dos laços comunitários.

(E) envolve o estreitamento dos laços de convívio familiar, de vizinhança, de grupos de amizade; a efetiva participação na vida coletiva; o reconhecimento das expressões culturais e das identidades, entre outras dimensões.

46. Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) foram instituídos com os Núcleos de Assistência

Psicossocial (NAPS), através da Portaria/SNAS Nº 224-29/01/1992. Os CAPS são:

(A) unidades móveis de saúde locais/regionalizadas que contam com uma população adscrita, definida pelo nível local, e que oferecem atendimento, por equipe multiprofissional, de cuidados intermediários entre o regime ambulatorial e a internação hospitalar.

(B) unidades móveis de atendimento clínico e de saúde mental. (C) unidades móveis de atendimento de saúde mental. (D) unidades de saúde locais/regionalizadas que contam com uma população adscrita, definida pelo

nível local, e que oferecem atendimento, por equipe multiprofissional, de cuidados intermediários entre regime ambulatorial e a internação hospitalar.

(E) unidade de saúde universais que contam com uma população ampla e que oferecem atendimento, por equipe multiprofissional, de cuidados intermediários entre regime ambulatorial e a internação hospitalar.

47. Pode-se ainda dizer que os CAPS são:

(A) instituições que visam a colaborar, junto aos hospitais psiquiátricos, no cuidado de afecções psiquiátricas.

(B) instituições que visam à substituição dos hospitais psiquiátricos – antigos hospícios ou manicômios – e de seus métodos para cuidar de afecções psiquiátricas.

(C) instituições que visam a realizar uma triagem junto às afecções psiquiátricas, para selecionar os tipos de doenças mentais que devem ser tratadas nos hospitais psiquiátricos.

(D) centros de atendimento de afecções mentais, com o objetivo de internação psiquiátrica. (E) instituições que visam à substituição dos hospitais psiquiátricos mantendo, porém, os mesmos

métodos dos hospitais que tratam da saúde mental. 48. De acordo com Lúcia Rosa (2003), na obra Transtorno mental e o cuidado na família (ROSA, 2003,

p. 103), o Movimento da Reforma Psiquiátrica Brasileira é importado das experiências:

(A) americana, europeia e italiana. (B) americana. (C) europeia. (D) americana, europeia e asiática. (E) europeia e asiática.

49. De acordo com Rosa (2003), tomando por base Venâncio (1990), a particularidade da experiência

brasileira na Reforma Psiquiátrica decorre do fato de:

(A) ter como principais difusoras as ONGS, tendo em vista o período da ditadura militar. (B) ter como principais difusores os movimentos sociais, além de ter germinado numa conjuntura

autoritária, própria do final dos anos 1960 e início dos anos 1970. (C) ter como base a sociedade civil organizada, em plena ditadura militar. (D) ter como principal difusor o próprio Estado, além de ter germinado numa conjuntura pós

autoritária, própria do final dos anos 1970 e início dos anos 1980. (E) ter como principal difusor o próprio Estado, além de ter germinado numa conjuntura autoritária,

própria do final dos anos 1960 e início dos anos 1970.

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50. A NOB-SUAS considera como instrumentos de gestão:

(A) o plano, o orçamento, a informação e o relatório de gestão. (B) o plano, o orçamento, o relatório de gestão e o parecer social. (C) o plano, o orçamento, a informação e o diagnóstico social. (D) o plano, o orçamento, o relatório de gestão e as atas de reuniões. (E) o plano, a informação, o relatório de gestão e as atas de reuniões.