segurança no laboratório de alta tensão da universidade...

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1 Segurança no Laboratório de Alta Tensão da Universidade Federal de Itajubá Taís Carvalho do Carmo Orientador: Prof. Credson de Salles Co-orientador: Prof. Estácio Tavares Wanderley Neto Instituto de Sistemas Elétricos e Energia (ISEE) Resumo Este artigo tem como objetivo fazer um paralelo entre o que diz a Norma Regulamentadora 10 e o funcionamento do laboratório didático de alta tensão LAT-EFEI, enfatizando os itens que se aplicam ao laboratório e indicando possíveis melhorias para o atendimento de suas funções de ensino, pesquisa, extensão e de prestação de serviços. Palavras-Chave: laboratório didático, NR 10, LAT- EFEI. I INTRODUÇÃO Em 1963, com a aquisição de um gerador de impulso de tensão e uma fonte alternada, importados da Suíça, ambos da marca Haefely, originou-se o laboratório de alta tensão da Universidade Federal de Itajubá. Desta maneira a instituição se tornou a única escola de engenharia do país preparada para realizar ensaios em média tensão em equipamentos do sistema elétrico brasileiro. Com a aquisição de novos equipamentos e a prestação de serviços para concessionárias brasileiras e indústria nacional, o laboratório se destacou e ficou conhecido sob o nome de LAT- EFEI. Em 2013 o laboratório de alta tensão iniciou a transferência de seu local original no prédio central da Unifei para as novas instalações no campus da universidade. Agora instalado em novas acomodações um dos objetivos do laboratório é obter a acreditação junto ao INMETRO para a execução de ensaios. Para isto uma das especificações é atender as normas de segurança. Entretanto muito se discute sobre quais normas seguir se tratando de um laboratório de prestação de serviço e didático. Assim este trabalho tem como objetivo analisar as normas e listar às melhorias no LAT-EFEI. II REFERENCIAL TEÓRICO Atualmente em ambientes onde o trabalhador interage com sistemas elétricos em média ou alta tensão a Norma Regulamentadora nº 10 - Segurança em Instalações e serviços em eletricidade (NR10) [1] é aplicada. Porém, quando o ambiente de trabalho é um laboratório acadêmico, com ensaios em alta tensão, onde há técnicos, professores e alunos operando os equipamentos elétricos existem questionamentos se a NR10 é adequada. Está questão foi abordada pelo professor do Departamento de Engenharia Elétrica da UFMG José Osvaldo Saldanha Paulino e pelo engenheiro Alexandre Kascher Moreira da Kascher Engenharia em um artigo publicado pela revista O Setor Elétrico [2]. II. 1 Aplicação NR10 O item 10.1.1 de [1] “estabelece os requisitos e condições mínimas objetivando a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores que, direta ou indiretamente, interajam em instalações elétricas e serviços com eletricidade”. Segundo [2] este item sugere que todos aqueles que trabalham direta ou indiretamente com energia elétrica estão amparados pelas regras de segurança inclusas na NR10. Sendo assim surge a dúvida sobre qual o papel do técnico, do professor e do aluno neste contexto já que durante a montagem e execução de ensaios, seja para fins didáticos ou prestação de serviço, há a constante interação destes com equipamentos energizados. A CLT não inclui o professor como um trabalhador dentro do laboratório e sim como servidor público, porém a Lei nº 8.112 refere-se ao servidor público como trabalhador, assim os direitos à segurança dentro do laboratório aplicam-se ao professor. Ainda de acordo com [2] os técnicos já estão inclusos na categoria de servidor público e assim não questionamentos referentes a esta discussão. As atividades do aluno no laboratório não são interpretadas como trabalho, mas como meio de ampliar os conhecimentos e habilidades tudo em prol do próprio aluno. Entretanto seria um absurdo garantir segurança e saúde aos trabalhadores e TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO OUTUBRO/2016 UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ ENGENHARIA ELÉTRICA

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Segurança no Laboratório de Alta Tensão da Universidade Federal de

Itajubá

Taís Carvalho do Carmo

Orientador: Prof. Credson de Salles

Co-orientador: Prof. Estácio Tavares Wanderley Neto Instituto de Sistemas Elétricos e Energia (ISEE)

Resumo – Este artigo tem como objetivo fazer um

paralelo entre o que diz a Norma Regulamentadora 10 e

o funcionamento do laboratório didático de alta tensão

LAT-EFEI, enfatizando os itens que se aplicam ao

laboratório e indicando possíveis melhorias para o

atendimento de suas funções de ensino, pesquisa,

extensão e de prestação de serviços.

Palavras-Chave: laboratório didático, NR 10, LAT-EFEI.

I – INTRODUÇÃO

Em 1963, com a aquisição de um gerador de impulso de tensão e uma fonte alternada, importados da Suíça, ambos da marca Haefely, originou-se o laboratório de alta tensão da Universidade Federal de Itajubá. Desta maneira a

instituição se tornou a única escola de engenharia do país preparada para realizar ensaios em média tensão em equipamentos do sistema elétrico brasileiro. Com a aquisição de novos equipamentos e a prestação de serviços

para concessionárias brasileiras e indústria nacional, o laboratório se destacou e ficou conhecido sob o nome de LAT- EFEI. Em 2013 o laboratório de alta tensão iniciou a transferência de seu local original – no prédio central da Unifei – para as novas instalações no campus da

universidade. Agora instalado em novas acomodações um dos objetivos do laboratório é obter a acreditação junto ao INMETRO para a execução de ensaios. Para isto uma das especificações é atender as normas de segurança. Entretanto

muito se discute sobre quais normas seguir se tratando de um laboratório de prestação de serviço e didático. Assim este trabalho tem como objetivo analisar as normas e listar às melhorias no LAT-EFEI.

II – REFERENCIAL TEÓRICO

Atualmente em ambientes onde o trabalhador interage com sistemas elétricos em média ou alta tensão a Norma

Regulamentadora nº 10 - Segurança em Instalações e

serviços em eletricidade (NR10) [1] é aplicada. Porém, quando o ambiente de trabalho é um laboratório acadêmico,

com ensaios em alta tensão, onde há técnicos, professores e alunos operando os equipamentos elétricos existem questionamentos se a NR10 é adequada. Está questão foi abordada pelo professor do Departamento de Engenharia Elétrica da UFMG José Osvaldo Saldanha Paulino e pelo

engenheiro Alexandre Kascher Moreira da Kascher Engenharia em um artigo publicado pela revista O Setor Elétrico [2].

II. 1 Aplicação NR10

O item 10.1.1 de [1] “estabelece os requisitos e condições mínimas objetivando a implementação de medidas de

controle e sistemas preventivos, de forma a garantir a

segurança e a saúde dos trabalhadores que, direta ou indiretamente, interajam em instalações elétricas e serviços

com eletricidade”.

Segundo [2] este item sugere que todos aqueles que trabalham direta ou indiretamente com energia elétrica

estão amparados pelas regras de segurança inclusas na NR10. Sendo assim surge a dúvida sobre qual o papel do técnico, do professor e do aluno neste contexto já que durante a montagem e execução de ensaios, seja para fins

didáticos ou prestação de serviço, há a constante interação destes com equipamentos energizados. A CLT não inclui o professor como um trabalhador dentro do laboratório e sim como servidor público, porém a Lei nº 8.112 refere-se ao

servidor público como trabalhador, assim os direitos à segurança dentro do laboratório aplicam-se ao professor.

Ainda de acordo com [2] os técnicos já estão inclusos na categoria de servidor público e assim não há questionamentos referentes a esta discussão. As atividades do aluno no laboratório não são interpretadas como

trabalho, mas como meio de ampliar os conhecimentos e habilidades tudo em prol do próprio aluno. Entretanto seria um absurdo garantir segurança e saúde aos trabalhadores e

TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO

OUTUBRO/2016 UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ

ENGENHARIA ELÉTRICA

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ignorar os alunos. Como o objetivo da NR10 é assegurar a saúde e a segurança aos seres humanos e não dar preferência a um grupo, pode-se então concluir que os

alunos também serão assistidos pela Norma Regulamentadora 10.

O item 10.1.2 de [1] diz: “Esta NR se aplica às fases de geração, transmissão, distribuição e consumo, incluindo as etapas de projeto, construção, montagem, operação, manutenção das instalações elétricas e quaisquer trabalhos

realizados nas suas proximidades, observando-se as normas técnicas oficiais estabelecidas pelos órgãos competentes e, na ausência ou omissão destas, as normas internacionais cabíveis”.

Neste item pode-se mostrar que o ambiente de trabalho

estabelecido no laboratório se enquadra na aplicação da NR10 já que o laboratório é um grande consumidor de energia elétrica, atua na montagem de ensaios de diversos tipos, além de operar equipamentos nas proximidades. Em

[2] o autor conclui que a NR10 se aplica ao laboratório de alta tensão como conjunto de ambiente de trabalho e trabalhadores envolvidos.

III – METODOLOGIA

Para enquadrar o laboratório em [1] foi realizada uma análise item a item desta norma identificando os pontos em que o laboratório se enquadra, e expondo-os para que

recebam maior atenção. Para complementar as ideias extraídas de [1] serão consultadas outras normas como a ABNT NBR 17025:2006 – Requisitos gerais para competência de laboratórios de ensaio e calibração [3],

Norma Regulamentadora 06 – equipamentos de proteção individual EPI [4] e Norma Regulamentadora 23 – proteção contra incêndios [5] entre outras. Em paralelo foram colhidas informações dos técnicos e professores que atuam no laboratório.

IV – RESULTADOS E DISCUSSÃO

O LAT se compõe em laboratório e escritório, porém

apenas o laboratório será objeto de análise desse estudo. Abaixo será apresentado os itens de [1] citando os pontos em que o LAT-EFEI se enquadra e apontando os itens que precisam de ações corretivas.

V.I 10.2 Medidas de Controle O subitem 10.2.1 de [1] diz que “Em todas as intervenções em instalações elétricas devem ser adotadas medidas preventivas de controle do risco elétrico e de outros riscos adicionais, mediante técnicas de análise de risco, de forma

a garantir a segurança e a saúde no trabalho” O laboratório deve deixar disponível de forma evidente os documentos que comprovem que tais técnicas já foram aplicadas. Esta medida é realizada através da análise das etapas de cada

processo a fim de identificar e corrigir problemas operacionais e garantir a segurança durante a montagem e execução de ensaios.

O subitem 10.2.2 diz que todas as medidas adotadas no quesito segurança, saúde ou meio ambiente devem interagir umas com as outras.

Sobre esquemas unifilares está prescrito em 10.2.3 de [1] que "As empresas são obrigadas a manter esquemas unifilares atualizados das instalações elétricas dos seus estabelecimentos com as especificações do sistema de aterramento e demais equipamentos e dispositivos de

proteção". A instalação elétrica do LAT é composta pelos circuitos de cada cela. Devido à mudança abrupta da localização e do grande volume de trabalho a ser feito, ainda não foi possível concluir esse mapeamento. Agora com um

ritmo menor de trabalho esse mapeamento deve ser retomado. Vale ressaltar que depois de pronto deve-se manter os diagramas unifilares sempre atualizado. Os subitens 10.2.4 e 10.2.5 não se aplicam ao LAT. Em

10.2.4 diz que instalações com carga superior a 75 kW, baixa tensão, devem manter um Prontuário de Instalações Elétrica. O prédio LAT, considerando escritório e laboratório, é alimentado por um transformador de 75 kVA

em 220 V, baixa tensão, portanto não há a obrigação de se aplicar este subitem. Já o segundo trata de instalações ou equipamentos que integram o sistema elétrico de potência, entretanto o LAT é apenas um consumidor de energia.

Em 10.2.6 é reforçada a ideia de haver e manter um Prontuário de Instalações Elétricas organizado e atualizado garantindo o direito de saber dos envolvidos. Porém acima foi constatado a não obrigatoriedade do LAT possuir este

prontuário. Todavia no item 4.3.1 de [3] tem-se que: “o laboratório deve estabelecer e manter procedimentos para controlar todos os documentos que fazem parte do seu sistema de gestão, tais como regulamentos, normas, outros

documentos normativos, métodos de ensaio e/ou calibração, assim como desenhos, softwares, especificações, instruções e manuais. ” Sendo assim, sugere-se que o laboratório providencie um Prontuário mais

simples baseado nas considerações de [3].

O subitem 10.2.7 segue o raciocínio sobre o Prontuário ressaltando que este deve ser elaborado por profissional legalmente habilitado. A administração do LAT deve designar um de seus funcionários habilitados, técnico ou engenheiro, para cumprir o que foi sugerido no parágrafo

anterior.

O assunto tratado em 10.2.8 refere-se a medidas de proteção coletiva que procuram controlar os eventos indesejáveis preservando a integridade dos trabalhadores e terceiros envolvidos. Em 10.2.8.1, diz que o primeiro passo seria

verificar e identificar os riscos a que o trabalhador estará exposto em conjunto com a análise citada em 10.2.1.

A análise em 10.2.8.2 de [1] trata dos níveis de tensão de trabalho: "As medidas de proteção coletiva compreendem, prioritariamente, a desenergização elétrica conforme

estabelece esta NR e, na sua impossibilidade, o emprego de tensão de segurança". Segundo [1] a desenergização elétrica deve ser a primeira medida de segurança coletiva a ser considerada e aplicada. No item 10.5.1 de [1] será exposto

que o LAT cumpre o que determina a norma. Como citado, se umas das duas condições forem aplicadas a outra já está

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isenta, assim não há a necessidade de colocar os equipamentos do LAT para operarem em tensão de segurança, que seria a extra baixa tensão que segundo [1]

seria a tensão menor que 50 volts em corrente alternada ou 120 volts em corrente continua, entre fases ou fase terra. Mesmo assim vale ressaltar que em outra circunstância a tensão de segurança não seria uma alternativa viável, pois tanto a aula prática da graduação e pós-graduação, quanto

os serviços oferecidos pelo LAT precisam que os equipamentos funcionem em tensão de operação nominal.

A última parte desse subitem se refere ao aterramento das instalações. De acordo com o subitem 10.2.8.3 de [1] tem-se que: “O aterramento das instalações elétricas deve ser

executado conforme regulamentação estabelecida pelos órgãos competentes e, na ausência desta, deve atender às Normas Internacionais vigentes”. A norma ABNT NBR 5419:2005 Proteção de Estruturas Contra Descargas

Atmosféricas [6] no seu item 5.1.1.2.2 apresenta três opções para projeto de captores, que são elementos condutores que possam ser atingidos por raios. Dentre eles o terceiro representa o que se encontra no prédio do laboratório e na delimitação das celas: gaiola (método Faraday) que consiste

em uma rede de condutores envolvendo todos os lados do volume a proteger. A Figura 1 mostra um exemplo da gaiola de Faraday em ação. Dentro das celas os equipamentos têm conexão de

aterramento ligados na malha do próprio laboratório e mais adiante, no item 10.5 de [1] será mencionado o aterramento elétrico temporário.

Figura 1 - ilustração de uma Gaiola de Faraday [7].

Depois de adequar as medidas de proteção coletiva, torna-se necessário avaliar as medidas de proteção individual e este é o assunto do item 10.2.9 de [1]. O primeiro tópico, 10.2.9.1 de [1], diz que “Nos trabalhos em instalações

elétricas, quando as medidas de proteção coletiva forem tecnicamente inviáveis ou insuficientes para controlar os riscos, devem ser adotados equipamentos de proteção individual específicos e adequados às atividades

desenvolvidas, em atendimento ao disposto na NR6" o ANEXO I de [4] fornece uma lista de EPIs. Com base nesta lista e nas informações fornecidas pelos técnicos e professores responsáveis pelo funcionamento do LAT foi

possível identificar quais EPIs são necessários para os trabalhos realizados no laboratório. A tabela 1 expõe os EPIs e as quantidades necessárias atualmente no LAT.

Tabela 1 – EPIs exigidos para as tarefas do LAT

EPI ESPECIFICAÇÃO QUANTIDADE

Protetor auditivo

[8]

Protetor tipo concha 6

Protetor tipo pré-

moldavel Deve-se manter

sempre disponível

no almoxarifado. Protetor de inserção

moldável

Proteção visual Óculos 2

Proteção dos

membros supe-

riores

Luvas e mangas

contra choques

elétricos

2 pares de cada

Luvas contra

agentes térmicos 6 pares

Proteção dos

membros infe-

riores

Calçado sem partes

metálicas

Cada funcionário

deve ter o seu

As celas em que se faz necessário o uso de protetores

auditivos são três, nas quais, duas que abrigam os geradores de impulso de tensão e a outra com um gerador de impulso de corrente. Para se realizar um ensaio precisa-se de no mínimo 2 pessoas, uma para operar o gerador, uma para

analisar os dados do osciloscópio e fazer as devidas mudanças no circuito. Assim, sugere-se que cada cela tenha disponíveis dois protetores auditivos. Existe a possibilidade de haver mais trabalhadores operando em diferentes celas no instante em que os ensaios nesses geradores estejam

sendo executados. Portanto todos os trabalhadores devem ter protetor auditivo reutilizável “tipo pré moldavel” para utilização nesse caso. Já para os visitantes é necessário possuir em estoque protetores descartáveis (moldável).

Os óculos são recomendados para tarefas envolvendo cabos com corrente induzida, evitando que possíveis fagulhas atinjam os olhos. As luvas e mangas para proteção contra

choque elétrico são necessárias também nas tarefas com cabos de corrente induzida, especificamente no momento em que o circuito será fechado. Já as luvas contra agentes térmicos são utilizadas para manuseio desses cabos em ensaio de ciclo térmico.

Os calçados são para proteção dos pés contra agentes provenientes de energia elétrica. Vale ressaltar que tais calçados não devem possuir partes metálicas sendo o único EPI que cada funcionário deve usar continuamente.

Em 10.2.9.2 sugere o uso de vestimentas em caso de condutibilidade, inflamabilidade e influências

eletromagnéticas, porém no LAT não faz necessário o uso desses EPIs, embora haja serviços em cabos com corrente induzida, há sempre a orientação de não permanecer próximo por longos períodos.

Em 10.2.9.3 de [1] tem-se que "É vedado o uso de adornos

pessoais nos trabalhos com instalações elétricas ou em suas proximidades”. Entendemos como adornos os anéis, brincos, pulseiras, colares, presilhas, cinto, bonés, relógio e celulares. Os óculos de grau para aqueles em que este é um

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item essencial não se enquadram como adorno. Para evitar transtornos orientar os funcionários ao serem contratados.

Aos visitantes também deve-se fazer uma rápida apresentação alertando sobre as vestimentas e adornos, ou

um folder simples com os mesmos alertas.

V.II 10.3 Segurança em Projetos

O item 10.3 de [1] trata de segurança na fase inicial de projetos elétricos. Os trabalhos relacionados ao laboratório não incluem o desenvolvimento de projetos, apenas a execução depois de pronto. Os Engenheiros e Pesquisadores que atuam no escritório que trabalham

diretamente com desenvolvimento de projetos. Para este estudo não há a necessidade de avaliar este item.

V.III 10.4 Seguranças na Construção, Montagem, Operação e Manutenção

O assunto neste item abrange a segurança na construção, montagem, operação e manutenção. Depois que os

Engenheiros do LAT desenvolvem um projeto, a montagem, operação e manutenção é executada em conjunto com os técnicos e estagiários. Sendo assim em 10.4.1 de [1] diz que "As instalações elétricas devem ser construídas, montadas, operadas, reformadas, ampliadas,

reparadas e inspecionadas de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores e dos usuários, e serem supervisionadas por profissional autorizado, conforme dispõe esta NR”.

Cabe a administração do LAT-EFEI autorizar um de seus

profissionais, que sejam qualificados ou capacitados, a supervisionar as atividades executadas no laboratório.

Em 10.4.2 de [1] tem-se que “Nos trabalhos e nas atividades referidas devem ser adotadas medidas preventivas destinadas ao controle dos riscos adicionais, especialmente

quanto à altura, confinamento, campos elétricos e magnéticos, explosividade, umidade, poeira, fauna e flora e outros agravantes, adotando-se a sinalização de segurança”. Dentre os riscos adicionais, encontram-se no LAT trabalhos em campo elétrico e magnético, poeira e ruído. As possíveis

soluções para minimizar ou eliminar esses riscos são:

A. Campo elétrico e magnético: implementar placas de advertência, como a figura 2, e orientar os trabalhadores a não ficarem longos períodos em contato com estes campos;

B. Poeira: devido ao risco relacionado aos ensaios

realizados, não se pode permitir que os trabalhadores responsáveis pela limpeza entrem nas celas, assim é

de responsabilidade dos trabalhadores do laboratório, pelo menos uma vez na semana, limpar os equipamentos que não estiverem energizados.

C. Ruído: há ruído nos ensaios de impulso de tensão e impulso de corrente, na abertura do disjuntor durante

o ensaio de elevação de temperatura em transformadores e ruído de corona em cabos. Para alertar sobre a presença de ruído deve-se adquirir e

instalar sinalizadores (sonoro e visual), como disposto na figura 3, nas celas e orientar os trabalhadores a usarem o EPI adequado quando perceberem o sinal.

Figura 2 – Sinalização para campo magnético [9].

Figura 3 – Sinalizador áudio visual [10].

A segurança em qualquer trabalho depende de como as ferramentas são manuseadas, em 10.4.3 de [1] diz que "Nos locais de trabalho só podem ser utilizados equipamentos,

dispositivos e ferramentas elétricas compatíveis com a instalação elétrica existente, preservando-se as características de proteção, respeitadas as recomendações do fabricante e as influências externas”. O laboratório

possui um conjunto de ferramentas que atende todas as aplicações exigidas pelos ensaios, então há o correto manuseio destas. Quanto aos geradores, são operados por profissionais capacitados e exigidos dentro de seus valores nominais.

Antes de seguir para o próximo item é necessário fazer

algumas observações. Toda montagem de ensaio é realizada com os circuitos devidamente desenergizados e aterrados. Ou seja, circuitos sem tensão.

Para evitar qualquer problema foi disposto na Tabela 1 o uso de luvas e mangas contra choque elétrico. Sendo assim o próximo subitem refere-se às ferramentas que possuem isolamento elétrico. Como não há intervenções em circuitos

energizados, este item não se aplica.

Outro ponto que mantem a segurança nas instalações diz respeito a manutenção, e o subitem 10.4.4 de [1] traz que “As instalações elétricas devem ser mantidas em condições seguras de funcionamento e seus sistemas de proteção

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devem ser inspecionados e controlados periodicamente, de acordo com as regulamentações existentes e definições de projetos”. Este assunto é de responsabilidade da equipe de

manutenção do campus, sabe-se que o laboratório possui sistema de aterramento e que este nunca apresentou problemas. Em relação às inspeções e controles regulares das

instalações, sabe-se que nesses dois anos de funcionamento nas novas instalações do LAT ainda não foi feita uma inspeção, apenas correções. Cabe ao LAT se adiantar em relação à inspeção, entrar em contato com a equipe de

manutenção do campus e agendar uma inspeção periódica, para assegurar o bom funcionamento do laboratório e a segurança de seus funcionários. Na manutenção das instalações pode-se enquadrar o

funcionamento das celas. É responsabilidade do LAT mantê-las em bom funcionamento. Entretanto como os painéis utilizados no laboratório foram montados por uma empresa terceirizada, que não estava ciente de suas futuras

aplicações, já houve necessidade de substituir alguns elementos de um painel. O subitem 10.4.4.1 de [1] sugere a otimização do espaço

físico de cada cela, “Os locais de serviços elétricos, compartimentos e invólucros de equipamentos e instalações elétricas são exclusivos para essa finalidade, sendo expressamente proibido utilizá-los para armazenamento ou guarda de quaisquer objetos”. Embora as instalações do

LAT sejam novas, o projeto é de uma época em que o número de equipamentos era bem menor. Atualmente o espaço físico é insuficiente para armazenar todos os equipamentos e ferramentas necessários ao correto

funcionamento do laboratório, como transformadores, capacitores, isoladores, cavaletes, entre outros.

O almoxarifado além de estar com sua capacidade máxima ocupada não tem fácil acesso pelo laboratório. Para levar ou buscar qualquer equipamento há a necessidade de dar- se a

volta no prédio através de um piso irregular manobrando uma paleteira hidráulica. Tal situação torna-se um transtorno quando o equipamento é de grande porte e pesado, como um transformador por exemplo, situação em que é necessário contratar os serviços de um caminhão

munck. Pode-se observar que atrás e do lado do prédio do LAT encontra-se uma grande área sem edificações, muitas vezes

com mato e poças de água. Seria interessante que este espaço fosse aproveitado pelo LAT para aumentar suas acomodações de laboratório e de almoxarifado. Desta forma, cada cela seria usada exclusivamente para ensaios

sem a função de depósito de certos materiais. Atualmente há a necessidade de um acesso ao almoxarifado de dentro do laboratório. Pode-se abrir uma porta na parede embaixo da escada, o que facilitaria este acesso e no caso de emergência seria uma rota de fuga.

Em 10.4.5 de [1] tem-se que “Para atividades em instalações

elétricas deve ser garantida ao trabalhador iluminação adequada e uma posição de trabalho segura, de acordo com a Norma Regulamentadora 17 - Ergonomia [11], de forma

a permitir que ele disponha dos membros superiores livres para a realização das tarefas”.

No item 17.5.3 de [11] diz que a independente da natureza da iluminação esta deve ser uniformemente distribuída evitando entre outros problemas o incômodo nos trabalhadores. No laboratório a iluminação é muito precária. As luminárias presentes não são eficazes e em dias

nublados e chuvosos o galpão fica muito escuro. É necessário e urgente fazer um estudo da luminotécnica, instalando novos refletores de acordo com a NBR ABNT 8995:2013 Iluminação de ambientes de trabalho Parte 1:

Interior [12]. Sobre a posição de trabalho, a execução da maioria dos ensaios é possível realizar em pé sem qualquer desconforto. Em poucos ensaios, como por exemplo a determinação da

tangente delta, o operador pode realizar sentado. Em 17.3.1 de [9] diz que quando o trabalho for executado na posição sentada o local deve ser planejado e adaptado para a posição. As bancadas têm altura fixa e existem vários tipos

de assentos no laboratório. Isto posto, cabe ao operador saber escolher aquele que ele se adaptará melhor para executar a tarefa.

O subitem 10.4.6 de [1] diz que serviços executados com alimentação elétrica devem ser feitos por profissionais que atendam certas condições que podem ser encontrados nos itens 10.6 e 10.7 também de [1], entretanto toda e qualquer ação dentro do laboratório é feita mediante a

desenergização do circuito, assim podemos desconsiderar estes itens.

V.IV 10.5 Segurança em instalações elétricas desenergizadas

Em 10.5.1 de [1] tem-se a sequência de procedimentos que garantem que o circuito está desenergizado. A sequência

será apresentada abaixo seguida da atual situação do laboratório e correções onde for necessário.

A. Seccionamento: As celas possuem interruptores do tipo fim de curso, quando estas são abertas a bancada é desligada automaticamente interrompendo o

circuito;

B. Impedimento de reenergização: As bancadas têm mecanismos que impedem que o circuito seja energizado enquanto as celas estiverem abertas;

C. Constatação da ausência de tensão; deve ser feito com medidores testados: nas bancadas há medidores de tensão e/ou corrente, estes indicam ao operador se há ou não tensão/corrente no circuito;

D. Instalação de aterramento temporário com

equipotencialização dos condutores do circuito: após a abertura da cela é de praxe utilizar o aterramento temporário, assim há a certificação de ausência de tensão;

E. Proteção dos elementos energizados existentes na

zona controlada: os equipamentos energizados ficam

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dentro das suas respectivas celas. Nos ensaios com presença de tensão, os equipamentos são energizados quando os trabalhadores envolvidos se encontram na

zona livre e a cela esteja trancada. Já os ensaios de corrente induzida há a necessidade de intervenções durante os ensaios. Porém o nível é baixa tensão e a distância até o ponto energizado é segura;

F. Instalação de sinalização de impedimento de

reenergização: este é o único ponto do processo em que o laboratório está em haver, enquanto aguarda o envio das placas pelo setor de segurança de trabalho da universidade. Como será visto no item 10.10 deve-

se instalar tal sinalização, que é exemplificada na figura 4, na bancada e/ou no equipamento.

Figura 4 – Sinalização de impedimento de energização

[13].

Dentre os seis procedimentos necessários, o laboratório está em falta na sinalização e na proteção dos elementos dentro da zona controlada. Para resolver esta pendência pode-se

instalar na entrada de cada cela uma placa contendo um aviso claro de que o circuito está impedido de ser energizado. Mais adiante no item 10.10 de [1] será tratado o assunto sobre sinalização. Para a proteção dos elementos em ensaios de corrente induzida sugere-se o uso de mantas

isolantes, que podem ser vistas na figura 5, sobre os condutores do variador de tensão e das bobinas.

Figura 5 – Manta Isolante Elétrico [14].

Depois de realizadas as tarefas dentro da cela pode-se energizar o circuito, mas para isto o subitem 10.5.2 de [1] nos traz uma sequência de procedimentos para que esta ação

seja concluída com segurança para todos envolvidos. Da mesma maneira que o caso anterior vamos apresentar os passos a serem seguidos, em que situação o laboratório se encontra e as possíveis ações corretivas:

A. Retirada das ferramentas, utensílios e equipamentos: atualmente no laboratório sugere-se a utilização de um carrinho de ferramentas temporário para certa

tarefa. Após a montagem do ensaio o carrinho pode ser retirado da cela. Se necessário nova intervenção no circuito, o carrinho pode ser levado até a cela. No final do ensaio deve-se devolver as ferramentas para o carrinho geral do laboratório.

B. Retirada da zona controlada de todos os trabalhadores

não envolvidos no processo de reenergização: antes de se reenergizar um equipamento todos os trabalhadores saem da cela e esta é trancada.

C. Remoção do aterramento temporário, da equipotencialização e das proteções adicionais: antes

de se trancar a cela o aterramento temporário é retirado e colocado em local apropriado, para que quando o trabalhador for entrar novamente na cela ele não se esqueça de fazer o aterramento.

D. Remoção da sinalização de impedimento de

reenergização: como já mencionado ainda não há sinalizações.

E. Destravamento se houver, e religação dos dispositivos de seccionamento: depois de retirar o aterramento, sair da cela e trancá-la, a chave que liga a bancada

para reenergizar o circuito está liberada para uso (as chaves da bancada e da porta da cela estão no mesmo chaveiro propositalmente).

O subitem 10.5.3 de [1] diz que se for julgado necessária a mudança nas sequências de desenergização ou energização, estas mudanças devem ser feitas por profissionais

legalmente habilitados, autorizado, mediante justificativa técnica previamente formalizada e mantendo o nível de segurança requerido por [1].

O último subitem desta seção é o 10.5.4 de [1] que diz que “Os serviços a serem executados em instalações elétricas

desligadas, mas com possibilidade de energização, por qualquer meio ou razão, devem atender ao que estabelece o disposto no item 10.6”. Como já foi mencionado o sistema de proteção dos circuitos do laboratório conta com

mecanismos redundantes, ou seja, para que um circuito seja energizado precisa-se de que a cela esteja fechada, acionando o fim de curso e que a chave que fecha a cela esteja na bancada, ligando-a.

V.V 10.6 Segurança em instalações elétricas energizadas

No primeiro subitem, 10.6.1 de [1], temos que “As intervenções em instalações elétricas com tensão igual ou superior a 50 V em corrente alternada ou superior a 120 V em corrente contínua somente podem ser realizadas por trabalhadores que atendam ao que estabelece o item 10.8

desta Norma”, como já justificado anteriormente este item não se aplica ao estudo.

Todavia o subitem 10.6.1.2 faz uma ressalva sobre tarefas elementares, como ligar/desligar interruptores, botoeiras,

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plugs, tomadas. Essas tarefas podem ser realizadas por qualquer pessoa não advertida sem correr nenhum risco. O próximo item 10.6.2 de [1] especifica os limites das áreas

de risco como pode-se ver: “Os trabalhos que exigem o ingresso na zona controlada devem ser realizados mediante procedimentos específicos, respeitando as distâncias previstas no Anexo I”. A zona controlada pode ser definida como um volume espacial em torno do local de trabalho

com presença de risco, sendo permitido apenas à presença de trabalhadores autorizados.

Do Anexo I de [1] obtém-se as Figuras 2 e 3:

Figura 6 - Distâncias no ar que delimitam radialmente as zonas de risco, controlada e livre.

Figura 7 - Distâncias no ar que delimitam radialmente as zonas de risco, controlada e livre, com interposição

de superfície de separação física adequada. Nas Figuras 6 e 7 tem-se: Rr - raio circunscrito radialmente de delimitação da zona de risco.

Rc – raio circunscrito radialmente de delimitação da zona controlada.

ZL – Zona livre.

ZR – zona de risco, restrita a profissionais autorizados e

com adoção de técnicas e instrumentos apropriados ao trabalho.

ZC – Zona controlada, restrita a profissionais autorizados. PE – Ponto de instalação energizado.

SI – superfície construída com material resistente e dotada de dispositivos e requisitos de segurança.

A Figura 7 é a que melhor representa o que seriam as celas

no laboratório. Como já mencionado nesse estudo toda intervenção no circuito de ensaio é realizada com o circuito

desenergizado e aterrado. Dito isto não há possibilidades de que o trabalhador entre nas zonas controladas e de risco com o circuito energizado.

Em 10.6.3 de [1] tem-se que “Os serviços em instalações

energizadas, ou em suas proximidades devem ser suspensos de imediato na iminência de ocorrência que possa colocar os trabalhadores em perigo”. Sempre que há alguma anormalidade em algum ensaio o responsável pelo ensaio é alertado e todo o circuito é desenergizado até que a falha

seja encontrada e reparada.

Em um laboratório didático sempre há pesquisas sobre melhorias nos circuitos ou implementação de novas tecnologias, mas para que as inovações não afetem a segurança do laboratório é preciso certificar-se de que as

devidas medidas de segurança estão sendo cumpridas. Este, é o assunto de 10.6.4: “Sempre que inovações tecnológicas forem implementadas ou para a entrada em operação de novas instalações ou equipamentos elétricos devem ser previamente elaboradas análises de risco, desenvolvidas

com circuitos desenergizados, e respectivos procedimentos de trabalho”. Deve-se orientar a pessoa responsável por implementar o novo circuito a fazer a análise de risco além de orientar os demais operadores sobre como deve ser os

procedimentos de trabalho.

Em 10.6.5 de [1] tem-se que “O responsável pela execução do serviço deve suspender as atividades quando verificar situação ou condição de risco não prevista, cuja eliminação ou neutralização imediata não seja possível”. Os

responsáveis pela execução dos serviços são os técnicos, então cabe a eles identificar a condição de risco e tomar as medidas cabíveis.

V.VI 10.7 Trabalho envolvendo alta tensão (AT) Embora o prédio onde o LAT-EFEI esteja instalado seja

considerado de baixa tensão, dentro do laboratório utiliza-se transformadores que elevam as tensões dentro das celas para níveis de média tensão. Entretanto não há realização de serviços com o sistema energizado em alta tensão. Como

já mencionado neste estudo as intervenções são realizadas com esses circuitos desenergizados.

V.VII 10.8 Habilitação, qualificação, capacitação e autorização dos trabalhadores Para que as atividades sejam realizadas com segurança é necessário garantir que o operador tenha algum conhecimento sobre o assunto. Os subitens 10.8.1, 10.8.2,

10.8.3 e 10.8.4 exibem as diretrizes para identificar se o operador está exercendo sua função de acordo com o que determina [1]. Em 10.8.5 de [1] temos que “A empresa deve estabelecer sistema de identificação que permita a qualquer tempo conhecer a abrangência da autorização de cada

trabalhador, conforme o item 10.8.4”. No laboratório ainda não existe essa identificação.

O item 10.8.6 diz que o registro dos empregados deve conter anotações específicas quanto à autorização e abrangência dos serviços prestados. Assim sugere-se que o responsável pelo LAT faça um arquivo, como recomendado

no item 10.2.4 – d, para que possa comprovar a capacitação,

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habilitação e autorização dos técnicos e estagiários que trabalham no laboratório, além de documentar as atribuições de cada um.

O item 10.8.7 de [1] traz que “Os trabalhadores autorizados

a intervir em instalações elétricas devem ser submetidos à exame de saúde compatível com as atividades a serem desenvolvidas, realizado em conformidade com a NR 7 e registrado em seu prontuário médico”. Quando o trabalhador se dispõe a exercer funções nas quais há riscos

não palpáveis como campos elétrico e magnético, tensão, corrente, condições posturais diversas além de ruído, poeira e calor é imprescindível que um médico avalie a aptidão física e mental do trabalhador e os resultados devem contar

em seu registro.

Cada empresa é responsável por autorizar seu funcionário a executar certas tarefas, e cabe a ela oferecer um curso básico explicando os riscos nos quais o funcionário está exposto e como agir em caso de emergência. O item 10.8.8 trata exatamente dessa autorização.

Em 10.8.8.1 diz que essa autorização será concedida pela empresa àqueles trabalhadores que forem capacitados ou qualificados e aos habilitados que tenham participado dos cursos mencionados no ANEXO II de [1]. O ANEXO II traz dois cursos, o primeiro básico apenas para conhecimento

gerais e o modulo complementar para aqueles que estarão envolvidos com serviços envolvendo o sistema elétrico de potência, que não é o caso do LAT.

Entretanto não basta participar de tais cursos apenas uma vez durante todo o período de permanência na empresa. O

item 10.8.8.2 de [1] diz que “Deve ser realizado um treinamento de reciclagem bienal e sempre que ocorrer alguma das situações a seguir: a) troca de função ou mudança de empresa; b) retorno de afastamento ao trabalho

ou inatividade, por período superior a três meses e; c) modificações significativas nas instalações elétricas ou troca de métodos, processos e organização do trabalho”.

Atualmente não há nenhum curso oferecido pelo LAT para seus funcionários, mas a universidade oferece

periodicamente o curso aos funcionários em geral. O item 10.8.8.3 diz que a carga horária e o conteúdo de tal curso devem atender as necessidades da situação que o motivou. Em 10.8.8.4 trata-se de trabalhos em áreas classificadas,

assunto que não é objeto de estudo deste trabalho.

Finalmente o item 10.8.9 de [1] traz que “Os trabalhadores com atividades não relacionadas às instalações elétricas desenvolvidas em zona livre e na vizinhança da zona controlada, conforme define esta NR, devem ser instruídos

formalmente com conhecimentos que permitam identificar e avaliar seus possíveis riscos e adotar as precauções cabíveis”. No laboratório toda área fora das celas é considerada zona livre. Pode-se concluir que o curso básico

mencionado anteriormente irá informar o profissional dos riscos envolvidos estando na zona livre.

Mesmo com todas as medidas de segurança adotas anteriormente, em toda área onde houver instalações ou equipamentos elétricos se faz necessário adotar medidas de

proteção contra incêndio. Este assunto é abordado pelo item 10.9 que atua paralelamente à aplicação da NR23 – proteção contra incêndios [5].

V.VIII 10.9 Proteção contra incêndio e explosão

De [1] em 10.9.1 “As áreas onde houver instalações ou equipamentos elétricos devem ser dotadas de proteção

contra incêndio e explosão, conforme dispõe a NR 23 Proteção Contra Incêndio”. Incêndios em locais com instalações elétricas energizadas, mesmo que a origem não seja na instalação, serão tratados como de classe C devido à presença da eletricidade. O curso básico de segurança em

instalações e serviços em eletricidade [15] diz que incêndios de classe C para serem extintos precisam de um agente extintor não condutor de eletricidade. Dentre os agentes extintores podemos citar a água, a espuma, o

dióxido de carbono e o pó químico seco. Desses quatro os dois últimos são indicados para incêndios de classe C. Deve-se sinalizar o local onde estão disponíveis os extintores por círculo ou seta, pintados internamente de vermelho e a borda de amarelo, como pode ser visto na

Figura 4.

Figura 8 – Ilustrações de como os extintores deverão ser instalados [16].

Estes locais deverão ser de fácil acesso, fácil visualização e com menor probabilidade de bloqueio de acesso através do fogo. Não deverão estar em paredes de escadas e ou

encobertos por pilhas de materiais. Devido ao espaço restrito no laboratório sugere-se que os extintores fiquem pendurados nas grades das celas, um por cela. Ou onde houver espaço, podem ficar em um suporte, sinalizado no chão, como na figura 9.

Figura 9 – Suporte para extintor [17].

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Em [5] tem-se que cabe ao empregador adotar medidas de proteção contra incêndios além de providenciar a todos os trabalhadores as informações sobre como utilizar os

equipamentos de combate a incêndios; procedimento de evacuação do local de trabalho com segurança e; dispositivos de alarme existente.

O item 23.2 de [5] diz que “Os locais de trabalho deverão dispor de saídas, em número suficiente e dispostas de modo

que aqueles que se encontrem nesses locais possam abandoná-los com rapidez e segurança, em caso de emergência”. No laboratório o portão de carga/descarga do galpão nem sempre está aberto devido a necessidade de se manter o local livre de circulação de corrente de ar nos

ensaios envolvendo elevação de temperatura. Assim se faz necessário adicionar ao portão uma porta de emergência; e como já mencionado neste estudo outra opção de saída de emergência seria por uma possível porta embaixo da

escada. Para finalizar o que se pede em [5] deve-se adquirir e instalar sinalizações nas saídas e vias de passagem por meio de placas ou sinais luminosos como a figuras 10.

Figura 10 – Placas sinalizando saída de emergência

[18].

Os itens 10.9.2 e 10.9.5 de [1] referem-se a áreas classificadas, logo não se aplicam ao laboratório. Já em 10.9.3 tem-se que “Os processos ou equipamentos susceptíveis de gerar ou acumular eletricidade estática

devem dispor de proteção específica e dispositivos de descarga elétrica”. No laboratório os capacitores pertencentes aos circuitos dos geradores tendem a acumular cargas. Este item sugere adotar medidas para dissipar tais

cargas residuais. Cada gerador possui em sua configuração o aterramento automático. Há a orientação para os trabalhadores que ao entrarem na cela, cada estágio dos geradores sejam aterrados com o auxílio do aterramento

temporário. Isso é valido mesmo se o gerador não estava em uso recentemente.

E o item 10.9.4 de [1] diz que “Nas instalações elétricas de áreas classificadas ou sujeitas a risco acentuado de incêndio ou explosões, devem ser adotados dispositivos de proteção,

como alarme e seccionamento automático para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de operação”. No laboratório as bancadas e painéis têm disjuntores que atuam quando a corrente é excedida.

V.IX 10.10 Sinalização de segurança

O item 10.10 trata da sinalização com o intuito de informar, instruir, alertar e advertir as pessoas sobre as condições de

risco existente no ambiente e/ou no equipamento. Há situações em que o alarme sonoro, que se antecipa a energização do equipamento, se torna um meio eficiente de

alerta. Este assunto já foi mencionado neste estudo e aqui é reforçado. As situações em que [1] cita sinalizações são as seguintes:

A. Identificação de circuitos elétrico: como mencionado que os painéis do laboratório precisam de alguns reparos, sugere-se que ao fazê-

los o responsável deve identificar os dispositivos de comando como disjuntores e chaves já que atualmente não há sinalização.

B. Travamentos e bloqueios de dispositivos e

sistemas de manobra e comandos: deve-se adotar sinalização informando que o circuito não deve ser operado. Tal sinalização pode ser vista na figura 11.

C. Restrições e impedimentos de acesso: deve-se sinalizar quem são as pessoas que têm autorização

de entrar nas celas durante a montagem dos circuitos, evitando que alunos e visitantes entrem em contato com os equipamentos sem o devido EPI e supervisão.

D. Delimitação de áreas: as celas fazem o papel de

delimitar as áreas de risco, impedindo que qualquer pessoa tenha contato com o circuito energizado.

E. Sinalização de áreas de circulação, de vias públicas, de veículos e de movimentação de carga: no laboratório se faz necessário sinalizar o

caminho no qual a paleteira passa para que as pessoas não deixem equipamentos e cadeiras, por exemplo, no caminho dificultando a mobilidade no instante de transportar algum equipamento.

F. Sinalização de impedimento de energização: sugere-se sinalizar diretamente no acionamento do

equipamento. Tal sinalização deve ser pré-estabelecida e conhecida por todos. A figura 12 trás alguns exemplos dessas sinalizações.

G. Identificação de equipamento ou circuito impedido: este item enfatiza que o aviso deve ser colocado no próprio equipamento. Vale também

para equipamentos danificados.

Figura 11 – Ilustração de impedimento de acesso e

aviso sobre quais EPI’s utilizar.

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Figura 12 – Etiquetas para sinalização [19].

V.X 10.11 Procedimentos de trabalho

O item 10.11.1 de [1] diz que “Os serviços em instalações elétricas devem ser planejados e realizados em

conformidade com procedimentos de trabalho específicos, padronizados, com descrição detalhada de cada tarefa, passo a passo, assinados por profissional que atenda ao que estabelece o item 10.8 desta NR”. O passo a passo de cada ensaio deve ser refeito pois alguns se perderam durante a

mudança do LAT, e este procedimento deve ser divulgado, conhecido, entendido e cumprido por todos os trabalhadores. Além de estar disponível em todas as bancadas, sugere-se que quando houver a capacitação dos

trabalhadores estes procedimentos sejam divulgados.

No item 10.11.2 diz que “os serviços em instalações elétricas devem ser precedidos de ordens de serviço”. O documento deve ser emitido e assinado pelo responsável da área autorizando a equipe a executar o trabalho. Baseado

em ordens de serviço existentes foi criado um modelo voltado aos serviços realizados no laboratório e este modelo encontra-se no APÊNDICE A deste artigo. Devido às dificuldades e urgências cotidianas tal documento pode ser

eletrônico. O LAT pode adotar soluções adequadas à sua realidade desde que siga as determinações da norma.

Para quem for redigir os procedimentos de trabalho o item 10.11.3 traz que estes devem conter no mínimo o objetivo, campo de aplicação, base técnica, competências e

responsabilidades, disposições gerais, medidas de controle e orientações finais.

O item 10.11.4 diz que os procedimentos de trabalho, treinamentos e autorizações devem ser acompanhados pelo Serviço Especializado de Engenharia de Segurança e

Medicina do Trabalho. O LAT não tem profissionais desta área, mas o campus sim. Quando der início as mudanças dentro do laboratório para melhor encaixe dentro de [1] pode-se solicitar a ajuda dos profissionais de segurança e medicina do campus.

Os próximos itens têm a função de aconselhar como os trabalhos deverão ser executados. Em 10.11.5 é reforçada a ideia de que a autorização citada em 10.8 de [1] deve estar em conformidade com o anexo II do mesmo; já em 10.11.6

diz que toda equipe deverá ter indicado quem é o supervisor das tarefas; em 10.11.7 diz que antes de iniciar qualquer

tarefa a equipe deve fazer um planejamento e; em 10.11.8 diz que a alternância de atividades deve considerar a competência dos envolvidos garantindo a segurança de

todos. Sugere-se que estes detalhes sejam repassados aos trabalhadores durante o curso básico de capacitação já citado.

V.XI 10.12 Situação de Emergência O subitem 10.12.1 cita a obrigatoriedade da elaboração de

procedimentos emergenciais direcionados às instalações e serviços com eletricidade. Com base numa análise de falha que deve ser feita serão determinados os recursos e treinamentos necessários para equipar e orientar os trabalhadores diante situações de emergência.

O subitem 10.12.2 diz que os trabalhadores autorizados devem estar aptos a realizar procedimentos de resgate já que é crucial para a vítima ter um atendimento correto e rápido.

Em 10.12.3 diz que a empresa deve possuir métodos de resgate adequados as suas atividades e circunstancias. E

finalmente em 10.12.4 traz que os trabalhadores autorizados devem estar aptos a manusear os equipamentos de combate a incêndios. Isto posto sugere-se que o responsável pelo laboratório procure as equipes de resgate e médicos da universidade para organizar uma palestra e se

necessário um minicurso para todos os trabalhadores a fim de informá-los e prepará-los sobre como agir em todas essas situações citadas.

V.XII 10.13 Responsabilidades O item 10.13 trata de responsabilidades. De modo geral todas as responsabilidades sobre as ações no laboratório cabem ao coordenador do LAT. Por se tratar de um assunto de caráter administrativo que envolve a universidade como um todo, e sendo este estudo voltado especificamente ao

laboratório não cabe aqui discuti-lo.

V.XIII 10.14 Disposições finais

Concluindo este estudo em 10.14 está disposto um conjunto de aconselhamentos direcionados ao contratante e ao contratado referente a seus direitos, deveres e as consequências caso descumpram alguma norma. Sugere-se também que estes assuntos sejam tratados pelo

administrativo. E que o trabalhador seja informado de todos os seus deveres e direitos no momento de sua contratação evitando transtornos futuros.

VI. CONCLUSÕES

Diante deste trabalho foi possível compreender e interpretar de maneira mais clara a NR 10 tornando mais fácil aplicá-la em locais onde há serviços com eletricidade.

Para a implementação de mudanças no LAT-EFEI deve-se designar trabalhador que tenha um amplo conhecimento sobre a NR 10 e que as devidas mudanças sejam feitas em parceria com um engenheiro ou técnico de segurança.

Percebe-se também que não somente o LAT-EFEI precisa

de ajustes, como também a abrangência em que se refere a

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NR 10. Deve-se rever e incluir outros grupos, como os alunos que muitas vezes procuram estagio dentro desses ambientes de trabalho, mas não têm uma norma em que são

assistidos.

Entre todos os assuntos abordados deve-se começar com a preparação dos trabalhadores para lidar com as situações de trabalho e emergência, ou seja, o treinamento especifico citado em 10.8. Além de equipar o laboratório como

exposto neste artigo com os extintores, sinalizações e EPI’s.

VII. REFERÊNCIAS

[1] NR10 - Norma Regulamentadora 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade. Ministérios do Trabalho e Emprego – MTE.

[2] MOREIRA, Alexandre Kescher; PAULINO, José Osvaldo Saldanha, “Uma análise da aplicação da NR 10 em um ambiente com instalações similares às de uma indústria – com eletricidade, pessoas e possibilidade de acidentes”. Revista O Setor Elétrico Edição 84,

Janeiro 2013 disponível em:

http://www.osetoreletrico.com.br/web/colunistas /1001-nr-10-em-um-laboratorio-academico-dealta-tensao.html

Acesso em: 14 abril de 2016 às 21h07min.

[3] NBR ABNT 17025:2006 – Requisitos gerais para competência de laboratórios de ensaio e calibração. Associação Brasileira de Normas Técnicas –ABNT.

[4] NR 06 - Norma Regulamentadora 06 – equipamentos de proteção individual EPI. Ministérios do Trabalho e Emprego – MTE.

[5] NR 23 – Norma Regulamentadora 23 – proteção contra incêndios. Ministérios do Trabalho e

Emprego – MTE.

[6] NBR ABNT 5419:2005 Proteção de Estruturas Contra Descargas Atmosféricas. Associação Brasileira de Normas Técnicas –ABNT.

[7] Site: Electric Concept. Disponível em: http://electricconcept.blogspot.com.br/2014/09/h omenagem-do-dia-michael-faraday.html

Acesso em: 29 de maio de 2016 às 11h29min.

[8] Treinamento Proteção Auditiva. Disponível em: http://pt.slideshare.net/Gustavo3248/proteoauditiva-50318612

Acesso em: 29 de maio de 2016 ás 15h34min.

[9] Catalogo de sinalização: Señaliza Tienda

Virtual. Disponível em: http://tiendavirtualdeavisos.com/advertencia/65-1000-precaucion-trabajos-en-curso.html

Acesso em: 24 de outubro de 2016 às 16h56min.

[10] Catalogo de alarmes: Interativa soluções. Disponível em: http://www.interativasolucoes.com.br/sinalizadores-sonoros/sinalizador-visual-industrial-msv-100.html

Acesso em : 24 de outubro de 2016 às 16h58min.

[11] NR 17 – Norma Regulamentadora 17 – Ergonomia. Ministérios do Trabalho e Emprego

– MTE.

[12] NBR ABNT 8995:2013 Iluminação de ambientes de trabalho. Parte 1: Interior. Associação Brasileira de Normas Técnicas –ABNT.

[13] Catalogo de travas: Mr. Lock. Disponível em: http://www.mrlock.com/master-lock-lockout-tag-danger-do-not-operate-497a

Acesso em: 24 de outubro de 2016 às 17h00

[14] Catalogo: BRP plásticos Ltda. Disponível em: http://www.brpplasticos.com.br/lencol-de-borracha-isolante-classe-0

Acesso em: 24 de outubro de 2016 às 17h02min.

[15] Curso básico de segurança em instalações e serviços

em eletricidade – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI.

[16] Catalogo de extintores: Rota Extintores. Disponível em: http://www.rotaextintores.com.br/2015/08/rota-

extintores-informa-indicacao-e.html

Acesso em: 24 de outubro de 2016 às 17h09min.

[17] Catalogo de equipamentos de combate a incêndio: Waterfire. Disponível em:

http://www.waterfire.net.br/produtos/suporte-para-extintores/

Acesso em: 24 de outubro de 2016 às 17h11min.

[18] Placas de sinalização: Gomes e Gomes. Disponível em: http://www.ggomes.com.br/products/Placa-de-

Sinaliza%C3%A7%C3%A3o-%252d-Sa%C3%ADda-de-Emerg%C3%AAncia-(b).html Acesso em: 24 de outubro de 2016 às 17h14min.

[19] Catalogo de sinalização de segurança: Towbar.

Disponível em: http://towbar.com.br/loja2/MaisProduto.asp?im=n&Produto=2059 Acesso em: 24 de outubro de 2016 às 17h16min.

BIOGRAFIA: Taís Carvalho do Carmo Nasceu em Itajubá (MG), em

1992. Graduando em engenharia elétrica na Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI). Realizou

estagio no Laboratório de Alta Tensão (LAT- EFEI). Suas áreas de interesse incluem sistemas de alta tensão,

proteção, distribuição, energias renováveis e qualidade da energia elétrica.

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APÊNDICE A – Modelo de Ordem de Serviço

ORDEM DE SERVIÇO (O.S.) LOCAL: DATA:

ENSAIO:

ENGENHEIRO RESPONSAVEL:

TECNICO RESPONSAVEL:

ESTAGIÁRIOS AUTORIZADOS:

DESCRIÇÃO DA FUNÇÃO:

EPI’s DE USO OBRIGATORIO:

PROTETOR AUTIDIVO

OCULOS

LUVAS E MANGAS CONTRA CHOQUES

ELETRICOS

LUVAS E MANGAS CONTRA AGENTES

TERMICOS

BOTA

RECOMENDAÇÕES:

PROCEDIMENTO EM CASO DE ACIDENTES:

OBSERVAÇÕES:

ASSINATURA RESPONSAVEL: