apostila nr10

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apostila nr10, inicial

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    Curso Bsico Segurana em Instalaes e Servios Com Eletricidade

    Sumrio

    1. Conceitos Bsicos em Eletricidade................................................................................... 5

    2. Proteo Choques Eltricos ............................................................................................ 10

    2.1 O Choque eltrico, mecanismos e efeitos ............................................................... 10

    2.1 Arco Eltrico ............................................................................................................ 12

    2.3 Campos Eletromagnticos ........................................................................................... 14

    3. Tcnicas de anlise de riscos .............................................................................................. 15

    4. Medidas de Controle do risco eltrico ........................................................................... 16

    4.1 Desenergizao .............................................................................................................. 16

    4.2 Seccionamento ............................................................................................................... 16

    4.3 Impedimento de Reenergizao .................................................................................. 17

    4.4 Constatao da ausncia de tenso ............................................................................. 17

    4.5 Instalao da Sinalizao de Impedimento de Energizao ..................................... 18

    4.6 Aterramento .................................................................................................................. 19

    4.7 Aterramento do Neutro ................................................................................................ 19

    4.8 Aterramento de Proteo (PE) .................................................................................... 20

    4.9 Aterramento por Razes Combinadas de Proteo e Funcionais ............................ 20

    4.10 Esquema IT ................................................................................................................. 22

    4.11 Aterramento Temporrio .......................................................................................... 23

    4.12 Equipotencializao .................................................................................................... 24

    4.13 Seccionamento Automtico da Alimentao ............................................................ 25

    4.14 Dispositivos a Corrente de Fuga ......................................................................... 26

    4.15 Proteo por Extra Baixa Tenso ....................................................................... 27

    4.16 Barreiras e Invlucros ......................................................................................... 28

    4.17 Bloqueios e Impedimentos ................................................................................... 28

    4.18 Obstculos e Anteparos .............................................................................................. 29

    4.19 Isolamento das Partes Vivas ...................................................................................... 29

    4.20 Isolamento Duplo ou Reforado ................................................................................ 30

    4.21 Colocao Fora de Alcance ........................................................................................ 30

    4.22 Separao Eltrica ...................................................................................................... 31

    5. Normas Tcnicas Brasileiras .......................................................................................... 31

    5.1 NBR da ABNT NBR 5410 - Instalaes Eltricas de Baixa Tenso ......................... 32

    5.2 NBR 14039- Instalaes Eltricas de Mdia Tenso ................................................. 33

    6. Regulamentaes do MTE .............................................................................................. 35

    6.1 Normas Regulamentadoras ......................................................................................... 35

    6.2 Norma Regulamentadora NR-10 ................................................................................ 35

    6.3 Autorizao, Habilitao, Qualificao e Capacitao ............................................. 36

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    7. Equipamento de Proteo Coletiva (EPC) .................................................................... 37

    8. Equipamento de Proteo Individual (EPI) ................................................................. 39

    9. Rotinas de trabalho - Procedimentos ............................................................................ 41

    9.1 Instalaes Desenergizadas .......................................................................................... 41

    9.2 Autorizao para Execuo de Servio - AES ........................................................... 42

    9.3 Liberao para Servios ............................................................................................... 43

    10. Procedimentos Bsicos para Liberao......................................................................... 45

    10.1 Sinalizao de Segurana ........................................................................................... 45

    10.2 Exemplos de Placas ..................................................................................................... 46

    11. Inspees de reas, Servios, Ferramental e Equipamentos ...................................... 50

    12. Documentao das Instalaes Eltricas ....................................................................... 54

    13. Riscos Adicionais ............................................................................................................. 55

    13.1 Altura ........................................................................................................................... 55

    13.2 Ambientes Confinados ............................................................................................... 57

    13.3 reas Classificadas ..................................................................................................... 57

    14. Condies Atmosfricas .................................................................................................. 58

    14.1 Umidade ....................................................................................................................... 58

    14.2 Descargas atmosfricas (raios) .................................................................................. 58

    14.3 Preveno e Combate a Incndio .............................................................................. 60

    15. Preveno a incndios ..................................................................................................... 63

    15.1 Na ocorrncia de vazamento de gs: ......................................................................... 64

    15.2 Na ocorrncia de vazamento com fogo: .................................................................... 64

    15.3 Em Caso de Incndio: ................................................................................................ 64

    15.4 Em Caso de Abandono de Local ............................................................................... 65

    15.5 Acidentes de Origem Eltrica .................................................................................... 65

    15.6 Atos inseguros ............................................................................................................. 66

    15.7 Condies Inseguras ................................................................................................... 66

    15.8 Causas Diretas de Acidentes com Eletricidade ........................................................ 66

    15.9 Causas Indiretas de Acidentes com Eletricidade ..................................................... 66

    15.10 Exemplos de Acidentes com Eletricidade ............................................................... 67

    16. Primeiros Socorros e os Procedimentos Adequados para Salvar Vidas .................... 72

    16.1 Observao dos Riscos no Local ............................................................................... 73

    16.2 Servios de Emergncia.............................................................................................. 73

    16.3 Pr- socorro e Avaliao da Vtima .......................................................................... 74

    16.4 Reanimao Cardiopulmonar ................................................................................... 75

    16.5 Lateralizao de uma Vtima Inconsciente .............................................................. 77

    16.6 O que no Fazer .......................................................................................................... 78

    16.7 Desfibrilador Exerno Automtico ............................................................................. 78

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    16.8 Reanimao com Insuflao ...................................................................................... 79

    16.9 Hemorragias ................................................................................................................ 81

    16.10 Queimaduras ............................................................................................................. 83

    16.11 Obstruo de Vias Areas por Corpo Estranho (Engasgo) .................................. 85

    16.12 Vtima com Leses na Cabea por Queda .............................................................. 88

    17. Responsabilidades ........................................................................................................... 89

    17.1 Cabe s empresas: ...................................................................................................... 89

    17.2 Cabe aos empregados: ................................................................................................ 90

    17.2 SESMT SERVIOS ESPECIALIZADOS EM ENGENHARIA DE SEGURANA E EM MEDICINA DO TRABALHO. .................................................... 90

    17.3 Algumas atribuies dos SESMT .............................................................................. 90

    17.4 PPRA ........................................................................................................................... 91

    17.5 PCMSO ........................................................................................................................ 92

    17.6 CIPA ............................................................................................................................ 93

    17.7 Algumas atribuies da CIPA ................................................................................... 93

    18. BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................. 94

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    1. Conceitos Bsicos em Eletricidade

    Para que seja possvel o entendimento dos riscos em eletricidade, deve-se primeiramente

    entender alguns conceitos bsicos, por exemplo: sabemos que o choque eltrico ocorre em

    funo da corrente eltrica circulando pelo corpo humano. Mas, sabemos o que corrente

    eltrica?

    Para responder a essas e a outras questes que surgiro no decorrer do nosso curso devemos

    inicialmente entender o conceito de tomo, assim como os conceitos das principais grandezas

    eltricas: tenso, corrente, resistncia e potncia.

    Sabemos que toda a matria (tudo o que nos cerca) composta por tomos; o tomo

    teoricamente a menor partcula constituinte da matria, ele apresenta em seu ncleo os

    prtons com carga eltrica positiva e os nutrons com carga neutra. Os eltrons, que so

    centenas de vezes mais leves do que o ncleo, esto girando em uma rbita em volta dele

    presos pela fora que o ncleo exerce sobre eles.

    Podemos fazer, grosso modo, uma analogia entre o tomo e o sistema solar; imaginemos que

    o ncleo do tomo o sol e os eltrons so os planetas que giram em torno dele.

    Eletricidade ou energia eltrica, para a maioria das pessoas, traduz-se em iluminao de

    ambientes, aquecimento de gua e funcionamento de eletroeletrnicos. Mas, o que acontece

    quando uma lmpada acende?

    Assim como toda matria, os condutores (materiais capazes de conduzir corrente eltrica) so

    compostos por tomos; por definio corrente eltrica o movimento ordenado de eltrons,

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    e, essa grandeza representada em clculos pela letra I e tem como unidade de medida o

    ampre (A). Logo, quando uma lmpada incandescente acende, podemos entender que existe

    um fluxo de eltrons pelo condutor, fluxo este provocado por uma diferena de potencial.

    E o que diferena de potencial?

    A diferena de potencial, tambm conhecida como tenso eltrica a fora que impulsiona o

    movimento dos eltrons; essa grandeza representada em clculos pelas letras U, V, T

    ou E e tem como unidade de medida o volt (V). Em alguns livros de ensino mdio

    possvel que se encontre como sinnimo de tenso o termo voltagem, que no bem aceito na

    rea tcnica.

    O ncleo do tomo exerce uma fora sobre o eltron; para que o eltron se desprenda desse

    tomo e acontea o fluxo necessria uma fora, que chamada tenso.

    A essa resistncia oferecida ao fluxo de eltrons damos o nome de resistncia eltrica e esta

    uma grandeza que pode ser calculada e medida, representada pela letra R e tem como

    unidade de medida o ohm ().

    At ento conseguimos entender que por meio dos condutores flui um movimento ordenado

    de eltrons chamado corrente eltrica, esse movimento se d por uma fora que impulsiona o

    movimento dos eltrons, chamada tenso, e existe uma oposio passagem da corrente

    eltrica chamada resistncia eltrica.

    Mas, por que uma lmpada brilha mais do que outra?

    Para respondermos a essa pergunta devemos entender o conceito de potncia eltrica que a

    capacidade de realizar trabalho. Logo, uma lmpada brilha mais do que a outra porque mais

    potente do que a outra. Nos clculos a potncia representada pela letra P e sua unidade de

    medida o watt (W).

    Agora j podemos estabelecer as relaes entre as quatro grandezas definidas at ento.

    Lei de Ohm: V=RxI

    Lei de Joule: P=VxI

    Logo, podemos perceber que quanto maior for a resistncia para uma mesma tenso, menor

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    ser a corrente eltrica e vice-versa.

    I=V/R

    R=V/I

    Aplicao

    Este o momento de fixar o contedo apresentado at aqui, vamos verificar por meio de

    exerccios resolvidos como aplicamos essas frmulas.

    1 Exemplo: Utilizando a frmula I = P / V, pode-se afirmar que a corrente eltrica que

    passa pelo resistor de um chuveiro de 5.500W, ligado a uma tenso de 220 V, :

    Para resolvermos este exerccio basta que apliquemos a frmula que est no enunciado: I = P /

    V, em que a corrente igual potncia dividida pela tenso, por substituio encontramos:

    I = 5.500 / 220 = 25 A.

    2 Exemplo: Utilizando a frmula I = P / V, pode-se afirmar que a corrente eltrica que

    passa pelo resistor de um chuveiro de 5.500 W, ligado a uma tenso de 127 V,

    aproximadamente:

    Para resolvermos esta questo utilizaremos os mesmos procedimentos do exemplo anterior,

    logo basta substituir os valores I = 5.500 / 127 = 43,3. Podemos concluir assim que, no

    chuveiro, quando ligado em 127 V, circula uma corrente eltrica maior do que quando ligado

    em 220 V.

    Questes para avaliar seu conhecimento:

    1 As quatro principais grandezas eltricas so tenso, corrente, resistncia e potncia.

    Sobre suas definies correto afirmar:

    A- Tenso o mesmo que potncia e tem como unidade de medida o watt, representado pela

    letra W.

    B- Corrente eltrica a fora que impulsiona o movimento ordenado de eltrons e,, tem como

    unidade de medida ampre.

    C- Resistncia a oposio a passagem da corrente eltrica, representada pela letra R e tem

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    como unidade de medida o ohm.

    D- Potncia o movimento ordenado de eltrons, representada pela letra I e tem como

    unidade de medida o volt.

    2 De acordo com o texto, as grandezas eltricas se relacionam da seguinte forma:

    A- Para um mesmo valor de resistncia, quanto maior for a tenso menor ser a corrente

    eltrica.

    B- Para um mesmo valor de tenso, quanto maior for a resistncia maior ser a corrente

    eltrica.

    C- Independente do valor da resistncia, quanto maior for a tenso menor ser a corrente

    eltrica.

    D- Quanto maior for o valor da resistncia para uma mesma tenso, menor ser a corrente

    eltrica.

    3 - A tenso eltrica representada muitas vezes pela letra V e tem como unidade de

    medida o volt. Qual a definio de tenso eltrica?

    A- o movimento ordenado dos eltrons.

    B- a fora que impulsiona o movimento ordenado dos eltrons.

    C- a capacidade de realizar trabalho.

    D- a oposio a passagem da corrente eltrica.

    4 - A corrente eltrica representada pela letra I e sua unidade de medida o ampre.

    Qual a definio de corrente eltrica?

    A- o movimento ordenado dos eltrons.

    B- a fora que impulsiona o movimento ordenado dos eltrons.

    C- a capacidade de realizar trabalho.

    D- a oposio a passagem da corrente eltrica.

    5 - A potncia eltrica representada pela letra P e sua unidade de medida o watt.

    Qual a definio de potncia eltrica?

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    A- o movimento ordenado dos eltrons.

    B- a fora que impulsiona o movimento ordenado dos eltrons.

    C- a capacidade de realizar trabalho.

    D- a oposio a passagem da corrente eltrica.

    6 - A resistncia eltrica representada pela letra R e sua unidade de medida o ohm.

    Qual a definio de resistncia eltrica?

    A- o movimento ordenado dos eltrons.

    B- a fora que impulsiona o movimento ordenado dos eltrons.

    C- a capacidade de realizar trabalho.

    D- a oposio a passagem da corrente eltrica.

    Riscos em Instalaes e Servios com Eletricidade

    Agora que voc j compreendeu ou revisou os conceitos bsicos em eletricidade poderemos

    iniciar nossos estudos sobre os principais riscos devido aos efeitos da eletricidade no ser

    humano, falaremos sobre o choque eltrico, o arco eltrico e o campo eletromagntico.

    Choque Eltrico

    Um dos mais graves e infelizmente, tambm um dos mais comuns riscos em eletricidade, o

    choque eltrico, nada mais do que o conjunto de efeitos gerados no corpo humano pela

    circulao de corrente eltrica. Em termos de riscos fatais, o choque eltrico, de um modo

    geral, pode ser analisado sob dois aspectos:

    Corrente eltrica de baixa intensidade: a corrente eltrica depende da tenso e da

    resistncia, como vimos anteriormente, sendo assim se temos tenso baixa e resistncia alta

    temos baixa corrente. No caso de choques por correntes baixas os efeitos mais graves a

    considerar so as paradas cardacas e respiratrias.

    Corrente eltrica de alta intensidade: neste caso temos tenso alta e resistncia baixa. Nos

    choques por correntes altas o efeito trmico o mais grave, ou seja, queimaduras externas e

    internas.

    Podemos dizer ento, que em casos de trabalhos com tenses altas, para evitar os choques

    eltricos, ou minimizar seus efeitos, deve-se aumentar a resistncia, por isso o uso de botas e

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    luvas adequadas.

    Visto isso, no podemos afirmar que tenses altas sempre so responsveis por choques com

    correntes elevadas ou que tenses baixas resultam em choques de baixa intensidade, pois a

    corrente eltrica depende tambm da resistncia.

    Os efeitos do choque eltrico dependem de vrios fatores, podemos citar principalmente:

    1. Percurso da corrente eltrica pelo corpo humano;

    2. Intensidade da corrente eltrica;

    3. Tempo de durao;

    4. rea de contato;

    5. Frequncia da corrente eltrica;

    6. Condies da pele do indivduo;

    7. Constituio fsica do indivduo;

    8. Estado de sade do indivduo;

    Entre os efeitos produzidos no corpo humano pelo choque eltrico podemos evidenciar:

    1. Elevao da temperatura dos rgos, devido ao aquecimento produzido pela

    corrente do choque;

    2. Rigidez dos msculos;

    3. Comprometimento do corao quanto ao ritmo e batimento cardaco;

    4. Comprometimento da respirao;

    5. Deslocamento de msculos e rgos internos;

    Devemos atentar ao fato de que muitos rgos aparentemente sadios depois do choque,

    podem demorar dias ou at meses para apresentar sintomas, que muitas vezes no sero

    relacionados ao choque em funo do tempo transcorrido entre o acidente e o aparecimento

    dos sintomas.

    2. Proteo Choques Eltricos

    2.1 O Choque eltrico, mecanismos e efeitos

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    De acordo com a NBR 5410/2004, para a proteo contra choques eltricos devem-se tomar

    os seguintes cuidados:

    1. Partes vivas de instalaes eltricas no devem ser acessveis;

    2. Massas ou partes condutivas acessveis no devem oferecer perigo, seja em

    condies normais, seja, em particular, em caso de alguma falha que as torne

    acidentalmente vivas.

    Mesmo seguindo essas orientaes, ainda assim choques podem ocorrer.

    No caso 1 o choque pode acontecer quando algum toca inadvertidamente a parte viva do

    circuito eltrico. Neste caso a corrente eltrica do choque atenuada pela:

    1. Resistncia eltrica do corpo humano;

    2. Resistncia do calado;

    3. Resistncia de contato do calado com o solo;

    4. Resistncia da terra no local dos ps no solo;

    Podemos imaginar vrios exemplos de acidentes para ilustrar o caso 1, como uma criana que

    coloca um prego na tomada ou um operrio que toca acidentalmente a rede eltrica com um

    vergalho.

    As medidas de proteo bsicas que devem ser previstas para evitar choques, nesse caso, so:

    1. Isolao ou separao das partes vivas;

    2. Uso de barreira ou invlucro;

    3. Limitao de tenso;

    4. Seccionamento automtico (utilizao de DDR, por exemplo).

    No segundo caso, o choque eltrico acontece quando regies neutras tornam-se vivas, por

    meio de uma fuga de corrente eltrica na instalao ou nos equipamentos.

    Um exemplo de choque, nesse caso, pode ocorrer quando nos encostamos a uma mquina de

    lavar ou no registro de um chuveiro. Normalmente, essas partes no deveriam apresentar risco

    de choque eltrico, entretanto, pode acontecer uma fuga de corrente eltrica, ou seja, pode

  • Pgina 12

    haver corrente eltrica circulando em tais partes e, quando o indivduo entra em contato, a

    corrente eltrica passa pelo seu corpo em direo ao menor potencial, que geralmente a

    terra.

    Para evitar choques desse tipo devemos:

    1. Utilizar dispositivos de seccionamento automtico;

    2. Aterrar adequadamente as mquinas e equipamentos eltricos;

    3. Isolar essas partes com material no condutor, borracha por exemplo, (isolao

    suplementar).

    2.1 Arco Eltrico

    O arco eltrico nada mais , do que a passagem de corrente eltrica por um meio isolante,

    como ar, por exemplo. Ao contrrio do que muitas pessoas pensam, o arco acontece no

    apenas quando o circuito aberto, mas, tambm quando ele fechado.

    Entre outros fatores, o arco eltrico proporcional intensidade da corrente eltrica que passa

    pelo circuito. Logo, quanto maior for a corrente eltrica, maiores sero os efeitos causados

    pelo arco. Quando desligamos o disjuntor de uma residncia, o arco eltrico tambm

    acontece, no os percebemos em funo do invlucro que protege o disjuntor. Para extinguir o

    arco dentro do disjuntor, existe a cmera de extino do arco voltaico, que pode conter entre

    outros:leo,SF6,vcuo ou ar comprimido

    Os arcos eltricos, quando ocorrem em situaes como as citadas anteriormente, so

    inofensivos, entre tanto, em circuitos em que as correntes so muito altas, os riscos so muito

    maiores.

    Os arcos eltricos so muito quentes, so a mais intensa fonte de calor na Terra, sua

    temperatura pode chegar a 20.000 C. Durante o arco, a corrente eltrica atinge valores muito

    altos. Em funo disso a ocorrncia de queimaduras severas comum a pessoas expostas ao

    arco voltaico.

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    Quando uma corrente eltrica circula por um meio antes isolante, ondas de presso podem se

    formar pela expanso do ar, logo, o arco eltrico alm de queimaduras pode tambm provocar

    ferimentos em funo da queda. Esses ferimentos so agravados quando o trabalhador est

    exercendo uma atividade em altura.

    Em uma subestao por exemplo, um arco eltrico pode ser provocado, quando uma chave

    seccionada aberta sobre carga, ou seja com o circuito energizado . Sempre que houver risco

    de arco eltrico, o trabalhador deve estar devidamente protegido, inclusive: cabea, pescoo,

    braos e antebraos, que na maioria das vezes so esquecidos.

    Exerccio de Fixao

    1 A definio de arco eltrico :

    A- A passagem de corrente eltrica pelo ar ou outro meio isolante.

    B- Fogo e centelhas.

    C- Alta tenso que provoca queimaduras.

    D- Quedas por efeitos eletromagnticos.

    2- So consequncias comuns dos arcos eltricos:

    A- Queimaduras e umidade.

    B- Descargas atmosfricas e quedas.

    C- Campos eletromagnticos e queimaduras.

  • Pgina 14

    D- Quedas e queimaduras.

    2.3 Campos Eletromagnticos

    Para entendimento, podemos dizer de forma simplificada que campo eletromagntico um

    fenmeno invisvel que criado pela corrente eltrica.

    Como o prprio nome sugere uma associao entre o campo eltrico e o campo magntico.

    Um corpo carregado pode atrair ou repelir uma partcula carregada prxima a ele, medida

    que essa partcula afastada esse efeito de atrao/repulso reduzido. Todo o espao em

    volta do corpo capaz de gerar esse efeito chamado campo eltrico.

    Campo magntico toda regio do espao na qual uma agulha imantada fica sob a ao de

    uma fora magntica. De acordo com os estudos desenvolvidos na OMS, no h evidncias

    cientficas convincentes de que a exposio humana a valores de campos eletromagnticos

    abaixo dos limites estabelecidos cause efeitos adversos sade. Mesmo assim, no Brasil, os

    limites de exposio humana foram estabelecidos pela Lei n 11.934, de 5/5/2009, seguindo

    as recomendaes da Organizao Mundial de Sade (OMS).

    Diversas pesquisas tentam provar os efeitos adversos da exposio ao campo eletromagntico,

    como distrbios do sono, baixa do sistema imunolgico e at leucemia em crianas.

    A radiao provoca aquecimento intenso nos elementos metlicos, logo, ateno especial deve

    ser dada a trabalhadores que tm prteses metlicas, pois tal aquecimento pode provocar

    leses. Trabalhadores que portam aparelhos e equipamentos eletrnicos, como marca-passo,

    dosador de insulina e amplificador auditivo tambm devem se precaver dessa exposio, j

    que os circuitos dos aparelhos podem ser danificados.

    A maior preocupao quanto a esse fenmeno o fato de que quando a corrente eltrica

    circula por um condutor, ela induz uma corrente eltrica nos condutores prximos. Em funo

    disso pode haver circulao de corrente em um circuito desenergizado, caso ele esteja

    prximo de um circuito energizado.

    Para se assegurar de que realmente no existe risco, ou seja no existe tenso, o trabalhador

    deve utilizar um medidor de tenso (voltmetro).

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    3. Tcnicas de anlise de riscos

    Primeiramente convm definir o que risco e distingui-lo de perigo. O risco uma medida da

    perda ou dano, seja econmico, ambiental ou da vida humana que est relacionado

    frequncia com que o dano ou perda ocorre e a magnitude que ele atinge. O risco pode ser

    reduzido com a implementao de medidas de segurana.

    J o perigo diz respeito a condies com possibilidade de causar danos, ou seja, o perigo

    existe como uma condio muitas vezes at do ambiente ou da natureza do trabalho, mas o

    risco pode ser diminudo por meio de medidas de segurana.

    Como exemplo, podemos citar o caso de um trabalhador que atua em uma subestao que fica

    em um local isolado e cercado por vegetao e permanece a maior parte do tempo sem a

    presena de seres humanos. O perigo de existncia de animais peonhentos que tm potencial

    para causar dano vida do indivduo existe, entretanto, o risco ser reduzido se o trabalhador

    adotar as medidas de segurana cabveis, como uso de roupas e sapatos adequados e

    iluminao devida do ambiente de trabalho.

    Para reduzir os acidentes de trabalho preciso conhecer, analisar, avaliar e controlar os riscos.

    A anlise de riscos consiste em diversas tcnicas utilizadas para criar um cenrio para

    realizao de uma determinada atividade, por meio desse cenrio e conhecendo a atividade

    possvel identificar os riscos, assim como sua frequncia e magnitude.

    Uma anlise de riscos completa deve contemplar, tambm, as medidas de preveno e as

    medidas de controle das consequncias de acidentes.

    Os riscos devem ser avaliados de forma qualitativa e quantitativa.

    Quanto severidade das consequncias, podem ser classificados em:

    Categoria I: quando as consequncias esto restritas a rea industrial.

    Categoria II: quando as consequncias atingem reas no industriais.

    Categoria III: quando as consequncias envolvem contaminao de solo e recursos hdricos,

    com possibilidades de aes para recuperao imediata.

    Categoria IV: quando as consequncias atingem reas externas e no existe possibilidade de

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    recuperao imediata.

    4. Medidas de Controle do risco eltrico

    4.1 Desenergizao

    O procedimento para desenergizao ao contrrio do que muitos pensam, no consiste apenas

    em desligar um disjuntor ou abrir uma chave. um processo relativamente complexo que, de

    acordo com a NR-10 deve obedecer seguinte sequncia:

    Seccionamento;

    Impedimento de reenergizao;

    Constatao da ausncia de tenso;

    Instalao de aterramento temporrio com equipotencializao dos condutores dos

    circuitos;

    Proteo dos elementos energizados existentes na zona controlada;

    Instalao da sinalizao de impedimento de reenergizao;

    A desenergizao deve ser realizada por no mnimo duas pessoas. Segue a descrio de cada

    um dos procedimentos:

    4.2 Seccionamento

    O processo de seccionamento deve ser iniciado pela abertura do disjuntor, pois uma instalao

    eltrica sob carga tem correntes elevadas e a interrupo da corrente eltrica cria um arco

    eltrico (lembrando que quanto maior for a corrente eltrica maior ser o arco). Logo, o

    equipamento que vai abrir o circuito sob carga deve ter capacidade de extinguir o arco

    eltrico.

    Nesse processo muitos trabalhadores incorrem em um erro comum. Como todos sabem se o

    circuito estiver aberto de forma que seja possvel identificar sua abertura visualmente, a

    segurana conferida ao processo maior, por esse motivo os circuitos contam tambm com

    chaves seccionadoras; entretanto, essas chaves no tm capacidade para extinguir o arco

    eltrico. O erro comum abrir a chave seccionadora sob carga, fazendo isso o trabalhador est

    se expondo ao risco de arco eltrico.

    Logo, primeiro deve-se manobrar o disjuntor, para que somente depois seja possvel a

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    abertura do circuito que possibilite verificao visual, como abertura da chave seccionadora

    ou retirada dos fusveis.

    4.3 Impedimento de Reenergizao

    O impedimento de reenergizao, consiste em formas de impedimento de reenergizao

    acidental do circuito. Para atender a este item recomenda-se retirar os fusveis do local, extrair

    o disjuntor quando possvel ou mesmo fazer uso de cadeados ou lacres. No caso de chaves

    seccionadoras de alta tenso, geralmente, o impedimento de reenergizao feito por meio de

    cadeados, que travam a haste de manobra.

    4.4 Constatao da ausncia de tenso

    Muitas vezes a constatao da ausncia de tenso feita por meio de voltmetros instalados no

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    prprio painel e/ou sinais luminosos. Caso esses no existam a constatao deve ser feita com

    um voltmetro que esteja com o seletor no nvel de tenso adequado.

    4.5 Instalao da Sinalizao de Impedimento de Energizao

    Somente depois de todas as etapas descritas anteriormente a sinalizao deve ser colocada no

    circuito. A sinalizao colocada com o objetivo de diferenciar os equipamentos/circuitos

    energizados, dos circuitos desenergizados, alm disso serve para alertar os demais

    trabalhadores, para que no tentem energizar o circuito. Lembrando que os trabalhos so

    iniciados apenas aps autorizao e ao trmino das atividades no processo de reenergizao,

    no se deve esquecer de retirar a sinalizao.

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    4.6 Aterramento

    Um dos objetivos do aterramento de uma instalao pode ser direcionar possveis correntes de

    fuga para a terra, protegendo as pessoas e preservando os equipamentos.

    O aterramento fornece um caminho em paralelo, para a terra, de menor resistncia. Sabemos

    que a terra tem menor potencial, logo a corrente tende a ir para a terra e passar pelo caminho

    que oferecer menor resistncia, que pelo ramo do aterramento.

    Podemos afirmar, ento, que quanto menor for o valor da resistncia de aterramento melhor

    ele ser e o aparelho utilizado para medir a resistncia de aterramento o terrmetro.

    O aterramento pode ser realizado por diversos motivos, como transmisso de sinais por

    exemplo.

    Logo, o aterramento pode ser tanto um aterramento de proteo, quanto um aterramento

    funcional. O nome de aterramento funcional dado a todo aterramento que no se destina

    proteo.

    4.7 Aterramento do Neutro

    Quando a concessionria de energia fornece alimentao em baixa tenso, o neutro aterrado;

    o objetivo desse aterramento no proteo.

    Em um sistema trifsico equilibrado ligado em estrela a corrente no neutro zero. Entretanto,

    sabemos que a rede no est equilibrada, seja em funo do aumento da demanda ou ligaes

    ilegais a ela. Assim existe uma corrente circulando pelo neutro e a ligao a terra feita para

    que tal corrente tenha um caminho de retorno.

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    4.8 Aterramento de Proteo (PE)

    A proteo contra choques eltricos por contato indireto (quando uma pessoa toca uma massa,

    que no deveria estar energizada, mas est) conferida em parte pelo equipamento e em parte

    pela instalao.

    Muitas vezes a instalao possui um condutor de proteo, entretanto, o equipamento no o

    possui. Em outros casos, o equipamento possui e a instalao, no.

    A proteo s efetiva se o equipamento possuir um condutor destinado proteo ou

    disponibilizar alguma forma para ligao e este condutor estiver conectado terra por uma

    resistncia que se aproxime de zero.

    A seo mnima dos condutores de proteo deve seguir as recomendaes da NBR-5410.

    Segundo a norma, para circuitos em que os condutores de fase tem seo de at 16 mm o

    condutor de proteo, deve ter a mesma seo; Para os casos em que os condutores de fase

    tm entre 16 e 35 mm deve ser utilizado o condutor de 16mm, para condutores fase maiores

    do que 35 mm o condutor de proteo deve ter a metade da seo do condutor de fase.

    Ainda de acordo com a NBR-5410 os condutores de proteo devem se exclusivamente

    verdes ou verdes e amarelos.

    Em um circuito funcionando em perfeitas condies, sem corrente de fuga, no existir

    corrente eltrica no condutor de proteo; entretanto deve-se ter cuidado com essa afirmao,

    pois, caso haja corrente de fuga, ela passar pelo condutor de proteo.

    4.9 Aterramento por Razes Combinadas de Proteo e Funcionais

    Quando for exigido um aterramento por razes combinadas de proteo e funcionais, as

    prescries relativas s medidas de proteo devem prevalecer.

    Esquemas de ligao de aterramento em baixa tenso:

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    Esquema TN-S

    Neste esquema o condutor neutro e o de proteo so separados ao longo de toda a instalao,

    mas ambos so ligados mesma malha de aterramento.

    Esquema TN-C-S

    Netse esquema as funes neutro e proteo so combinadas em um nico condutor em uma

    parte do circuito.

    Esquema TN-C

    Netse esquema as funes neutro e proteo so combinadas em um nico condutor ao longo

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    de toda instalao.

    Esquema TT

    O aterramento do neutro diferente do aterramento de proteo.

    4.10 Esquema IT

    O neutro da alimentao no aterrado, existe aterramento apenas para proteo. Na figura

    abaixo a impedncia entre neutro tende ao infinito e indica que o neutro no est ligado

    terra.

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    4.11 Aterramento Temporrio

    A instalao do aterramento temporrio tem o objetivo de fazer com que as partes do circuito

    aberto estejam em um mesmo potencial eltrico que neste caso o potencial de terra.

    Os procedimentos para a execuo do aterramento temporrio so:

    1. Solicitao de autorizao formal;

    2. Evacuao da rea (apenas os envolvidos na atividade devem permanecer

    prximos);

    3. Delimitao e sinalizao de rea;

    4. Verificao de desenergizao;

    5. Inspeo dos dispositivos a serem utilizados no aterramento temporrio;

    6. Ligar o grampo de terra primeiramente malha de terra e em seguida outra

    extremidade;

    7. Obedecer aos procedimentos especficos de cada empresa.

    Observao: na rede de distribuio, deve-se trabalhar no mnimo entre dois aterramentos.

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    4.12 Equipotencializao

    O objetivo do aterramento de proteo de uma instalao direcionar possveis correntes de

    fuga para a terra, impedindo que tais correntes venham a provocar acidentes (choques

    eltricos).

    O choque eltrico ocorre sempre que uma diferena de potencial (tenso) tem um valor tal que

    capaz de vencer a resistncia do corpo de um indivduo e fazer circular uma corrente

    eltrica.

    Fato curioso que, entre carcaas, massas ou estruturas aterradas por aterramentos distintos,

    pode aparecer uma diferena de potencial. Caso isso acontea possvel, por exemplo, que

    uma dona de casa sofra um choque eltrico ao se encostar carcaa da mquina de lavar e no

    registro da torneira ao mesmo tempo, pois haveria a uma diferena de potencial. Para evitar

    esse tipo de acidente preciso estabelecer o mesmo potencial (equipotencializao) entre

    todas as massas e estruturas metlicas independente de fazerem parte da rede eltrica.

    A equipotencializao consiste basicamente em interligar todas as partes metlicas de uma

    instalao e todos os aterramentos a um mesmo barramento conhecido como barramento de

    equipotencializao principal (BEP).

  • Pgina 25

    A ideia muito simples, no entanto exige tcnica, pois, ao fazer tal interligao deve-se

    garantir que a conexo tem resistncia eltrica prxima de zero. Logo deve-se atentar para as

    dimenses da barra e para o percurso que os cabos de conexo iro fazer, este deve ser o mais

    curto possvel, para minimizar a resistncia dos condutores; alm disso ateno especial deve

    ser dada corroso galvnica.

    4.13 Seccionamento Automtico da Alimentao

    So utilizados para seccionamento automtico da alimentao dispositivos de

    sobrecorrente, como os disjuntores termomagnticos e fusveis, e tambm dispositivos de

    corrente diferencial, como IDR (interruptor diferencial residual) e o DDR (disjuntor

    diferencial residual). O tempo de atuao desses dispositivos depende da

    finalidade/localizao (interna ou externa) da instalao, da corrente nominal do circuito e da

    tenso aplicada. Para o dimensionamento desses dispositivos deve ser consultada norma

    tcnica apropriada.

    Quanto maior for a tenso de alimentao, maior o risco, portanto menor deve ser o tempo de

    atuao do dispositivo de seccionamento automtico. Ainda em reas externas o tempo de

    atuao deve ser menor do que em reas internas.

    De acordo com o texto da NBR-5410, Um dispositivo de proteo deve seccionar

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    automaticamente a alimentao do circuito por ele protegido sempre que uma falta entre parte

    viva e massa der origem a uma tenso de contato perigosa. O seccionamento automtico da

    alimentao uma medida de controle do risco eltrico.

    O seccionamento automtico se d por meio de um dispositivo de proteo que dever

    interromper automaticamente a alimentao do circuito ou equipamento por ele protegido

    sempre que uma falta (contato entre parte viva e massa, entre parte viva e condutor de

    proteo ou entre partes vivas) no circuito ou equipamento provocar a circulao de uma

    corrente superior ao valor ajustado no dispositivo de proteo, que caracteriza um curto

    circuito ou uma sobrecarga.

    importante ressaltar que a utilizao dos dispositivos de seccionamento automtico da

    alimentao, como medida de proteo de controle do risco eltrico, requer a coordenao

    entre o esquema de aterramento adotado e as caractersticas dos condutores e dispositivos de

    proteo.

    4.14 Dispositivos a Corrente de Fuga

    Este dispositivo, conhecido como diferencial residual, pode ser um interruptor ou um

    disjuntor (IDR ou DDR), que, a finalidade de desenergizar o equipamento ou instalao que

    ele protege na ocorrncia de uma corrente de fuga que exceda determinado valor e sua

    atuao deve ser rpida.

    A funo do dispositivo DR, seja ele interruptor ou disjuntor, proteger as pessoas contra

    possveis choques eltricos causados por corrente de fuga.

    O dispositivo diferencial residual (DR) incompatvel com o aterramento que utiliza um cabo

    comum para neutro (N) e proteo (PE), pois nesse tipo de aterramento (TN-C) a corrente de

    fuga passar pelo DR e isso o impedir de atuar.

    Seu princpio de funcionamento relativamente simples, a corrente que entra em um circuito

    igual corrente que sai desse mesmo circuito. Se a corrente que entra diferente da corrente

    que sai do circuito, isso significa que houve uma fuga de corrente e nesse caso o DR secciona

    automaticamente a alimentao do circuito. Dessa forma, o dispositivo diferencial residual

    soma vetorialmente as correntes em um circuito e quando o valor diferente de zero o

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    circuito seccionado para conferir proteo.

    De acordo com a NBR-5410 o uso de dispositivo diferencial residual de alta sensibilidade

    (corrente diferencial residual nominal igual ou inferior a 30mA) obrigatrio nas seguintes

    situaes:

    1. Circuitos que servem a pontos situados em locais contendo banheiro ou chuveiro;

    2. Circuitos que alimentam tomadas de corrente situadas em reas externas a edificao;

    3. Circuitos e tomadas de corrente situados em reas internas que possam vir a alimentar

    equipamentos no exterior; e

    4. Circuitos de tomadas de corrente de cozinhas, copas, cozinhas, lavanderias, reas de

    servio, garagens e, no geral, de todo local interno molhado em uso normal ou sujeito a

    lavagens.

    Existe ainda para outras aplicaes o disjuntor diferencial residual de baixa sensibilidade, que

    percebe apenas correntes de fuga superiores a 500 mA.

    4.15 Proteo por Extra Baixa Tenso

    Segundo o item 10.2.8 da NR-10, em todos os servios executados em instalaes eltricas

    devem ser previstas e adotadas, prioritariamente, medidas de proteo coletiva aplicveis,

    mediante procedimentos, s atividades a serem desenvolvidas de forma a garantir a segurana

    e a sade dos trabalhadores.

    A NR-10 determina que as medidas de proteo coletivas compreendam, prioritariamente, a

    desenergizao eltrica, e na sua impossibilidade, o emprego da tenso de segurana.

    A tenso de segurana uma tenso extra baixa, at 50 V em corrente alternada e at 120 V

    em corrente contnua, originada de uma fonte de segurana.

    Em ambientes midos a condio para o trabalho com eletricidade desfavorvel, pois a

    umidade reduz a resistncia do corpo humano e pode tambm diminuir a rigidez dieltrica do

    ar, assim como comprometer a isolao eltrica dos equipamentos. Essas condies propiciam

    a ocorrncia de acidentes com eletricidade, como choques eltricos e arcos voltaicos. A

    reduo da tenso aplicada extra baixa tenso diminui a intensidade da corrente eltrica,

    reduzindo ou eliminando a possibilidade de acidentes com eletricidade.

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    A extra baixa tenso obtida por meio de transformadores abaixadores, baterias ou geradores.

    Alguns cuidados devem ser tomados como no dispor os condutores de extra baixa tenso em

    locais que contm condutores com tenso mais elevada e no fazer ligaes condutoras com

    circuito de maior tenso.

    Do ponto de vista da segurana esse mtodo excelente, entretanto, muitas vezes pode no

    ser aplicvel em funo da necessidade de equipamentos que trabalham em extra baixa

    tenso.

    4.16 Barreiras e Invlucros

    A proteo por barreira ou por invlucro tem o objetivo de impedir que pessoas ou animais

    toquem acidentalmente as partes vivas, e garantir que as pessoas sejam advertidas de que as

    partes acessveis pela da abertura so vivas e no devem ser tocadas intencionalmente.

    Uma das formas de impedir que as pessoas toquem acidentalmente as partes energizadas

    (vivas) de um circuito colocando-as no interior de invlucros ou atrs de barreiras.

    As barreiras e invlucros devem ser fixados de forma segura e possuir robustez e durabilidade

    suficiente para apresentar apropriada separao das partes e manter o grau de proteo.

    4.17 Bloqueios e Impedimentos

    Bloqueio a ao destinada a manter, por meios mecnicos, um dispositivo de manobra fixo

    numa determinada posio de forma a impedir uma ao no autorizada, em geral utilizando

    cadeados.

    Dispositivos de bloqueio so aqueles que impedem o acionamento ou religao de

    dispositivos de manobra (chaves, interruptores, etc.). importante que tais dispositivos

    possibilitem mais de um bloqueio, ou seja, a insero de mais de um cadeado, por exemplo,

    para trabalhos simultneos de mais de uma equipe de manuteno.

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    Toda ao de bloqueio deve estar acompanhada de etiqueta de sinalizao com o nome do

    profissional responsvel, data, setor de trabalho e forma de comunicao.

    As empresas devem possuir procedimentos padronizados do sistema de bloqueio,

    documentados e de conhecimento de todos os trabalhadores, alm de etiquetas, formulrios e

    ordens documentais prprias.

    4.18 Obstculos e Anteparos

    Os obstculos so destinados a impedir o contato involuntrio com partes vivas, mas no o

    contato que pode resultar de uma ao deliberada e voluntria de ignorar ou contornar o

    obstculo.

    Os obstculos devem impedir:

    1. Uma aproximao fsica no intencional das partes energizadas.

    2. Contatos no intencionais com partes energizadas durante atuaes sobre o

    equipamento, estando o equipamento em servio normal.

    Os obstculos podem ser removveis sem o auxlio de ferramenta ou chave, mas devem ser

    fixados de forma a impedir qualquer remoo involuntria.

    4.19 Isolamento das Partes Vivas

    Todas as partes vivas de uma instalao eltrica devem possuir isolao que se d por meio da

    cobertura dos condutores com material isolante (no condutor de eletricidade). O isolamento

    s pode ser removido por sua destruio. Um exemplo de isolamento de partes vivas a

    cobertura de cabos flexveis utilizados em instalaes eltricas prediais, cuja isolao consiste

    geralmente de uma camada de um material termoplstico ou termofixo, geralmente XLPE,

    aplicado em todo o comprimento do condutor.

    O isolamento deve ser compatvel com os nveis de tenso do servio. Ensaios, para aferir e

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    certificar a qualidade desses isolamentos so regulamentados pela NBR 6813.

    Esses dispositivos devem ser bem acondicionados para evitar o acmulo de sujeira e umidade

    que comprometam a isolao e podem torn-los condutivos, devendo ser inspecionados e

    submetidos a testes peridicos.

    Sobretenses transitrias, assim como sobrecarga podem danificar o isolamento de condutores

    em funo do aquecimento causado pelas altas correntes.

    Ateno especial deve ser dada s emendas, que juntamente com as conexes constituem as

    partes mais sensveis de um circuito eltrico e devem garantir isolamento adequado ao nvel

    de tenso.

    4.20 Isolamento Duplo ou Reforado

    O objetivo da isolao dupla ou reforada propiciar uma segunda linha de defesa contra

    contatos indiretos. Comumente so utilizados sistemas de isolao dupla em alguns

    eletrodomsticos e ferramentas portteis (furadeiras, lixadeiras, etc.). A simbologia que indica

    a isolao dupla so dois quadrados com lados diferentes um dentro do outro.

    Um exemplo de dupla isolao est nos condutores de um padro, em que alm da isolao

    dos cabos, existe tambm a isolao conferida pelo eletroduto, por onde passam os cabos.

    A isolao reforada um tipo de isolao nica que confere a mesma proteo que a isolao

    dupla.

    Os cabos com isolao reforada podem ser instalados em locais inacessveis sem a utilizao

    de invlucros ou barreiras (eletrodutos, calhas fechadas, etc.).

    4.21 Colocao Fora de Alcance

    Este tipo de proteo destina-se apenas a impedir contatos involuntrios com as partes vivas.

    A colocao fora de alcance consiste basicamente no estabelecimento de distncias mnimas a

    serem obedecidas nas passagens destinadas operao e/ou manuteno.

    As concessionrias de energia eltrica estabelecem por meio de suas NDs (normas de

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    distribuio) o espaamento mnimo entre a rede e as residncias para que as pessoas estejam

    seguras quanto a contatos involuntrios com o - SEP- Sistema Eltrico de Potncia.

    A NBR 14039 estabelece os espaamentos mnimos para instalaes internas e externas.

    Em seu anexo a NR10 apresenta as distncias mnimas que delimitam radialmente as zonas de

    risco, controlada e livre.

    4.22 Separao Eltrica

    A separao eltrica uma das medidas de proteo contra choques eltricos prevista na NBR

    5410/2004. O uso da separao eltrica, como medida de proteo, especfico para

    determinados circuitos, no como a proteo por seccionamento que pode ser utilizada para

    qualquer circuito.

    Muitos profissionais tm dvidas quanto aplicao da separao eltrica, Um

    questionamento comum sobre o fato de que a proteo por separao eltrica tal como

    apresentada na NBR 5410 traduz-se pelo uso de um transformador de separao cujo circuito

    secundrio isolado (nenhum condutor vivo aterrado, inclusive o neutro).

    A norma diz ainda que as massas dos equipamentos alimentados no devem ser aterradas e

    nem ligadas a massas de outros circuitos ou elementos condutivos estranhos instalao.

    Exemplos de instalaes que possuem separao eltrica so salas cirrgicas de hospitais em

    que o sistema tambm isolado usando, igualmente, um transformador de separao mas

    todos os equipamentos alimentados por ele tm suas massas aterradas.

    - A separao eltrica uma medida de aplicao limitada.

    Os transformadores de separao utilizados na alimentao de salas cirrgicas tambm se

    destinam a criar um sistema isolado. Mas no por ser transformador de separao que seu

    emprego significa necessariamente proteo por separao eltrica.

    5. Normas Tcnicas Brasileiras

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    5.1 NBR da ABNT NBR 5410 - Instalaes Eltricas de Baixa Tenso

    Esta norma estabelece as condies que as instalaes eltricas de baixa tenso devem

    satisfazer a fim de garantir a segurana de pessoas e animais, o funcionamento adequado da

    instalao e a conservao dos bens.

    E la se aplica principalmente s instalaes de edificao residencial, comercial, pblica,

    industrial, de servios, agropecuria, hortigranjeiras etc., como segue:

    A - reas descobertas das propriedades, externas s edificaes.

    B - Reboques de acampamento, locais de acampamento, marinas e instalaes anlogas.

    C - Canteiros de obras, feiras, exposies e outras instalaes temporrias.

    D - Aos circuitos eltricos alimentados sob tenso nominal igual ou inferior a 1.000V em

    corrente alternada com frequncia inferior a 400Hz, ou a 1.500V em corrente contnua.

    E - Aos circuitos eltricos que no esto dentro de equipamentos, funcionando sob tenso

    superior a 1.000V e alimentados por uma instalao de tenso igual ou superior a 1.000V em

    corrente alternada (por exemplo, circuitos de lmpadas de descarga, precipitadores

    eletrostticos, etc.).

    F A toda fiao e a toda linha eltrica que no so cobertas pelas normas relativas aos

    equipamentos de utilizao.

    G - s instalaes novas e reformas em instalaes existentes.

    Notas:

    1. A aplicao s linhas de sinal concentra-se na preveno dos riscos decorrentes das

    influncias mtuas entre essas linhas e as demais linhas eltricas da instalao, sobretudo sob

    os pontos de vista da segurana contra choques eltricos, segurana contra incndios e efeitos

    trmicos prejudiciais e da compatibilidade eletromagntica.

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    2. Modificaes destinadas a, por exemplo, acomodar novos equipamentos eltricos, inclusive

    de sinal ou substituir equipamentos existentes, no caracterizam necessariamente uma reforma

    geral da instalao.

    Essa norma no se aplica a:

    1. A - Instalaes de trao eltrica.

    2. B - Instalaes eltricas de veculos automotores.

    3. C - Instalaes de embarcaes e aeronaves.

    4. D - Equipamentos para supresso de perturbaes radioeltricas, na medida em que no comprometam a segurana das instalaes.

    5. E - Instalaes de iluminao pblica.

    6. F - Redes pblicas de distribuio de energia eltrica.

    7. G - Instalaes de proteo contra quedas diretas de raios. No entanto, esta norma considera as conseqncias dos fenmenos atmosfricos sobre as instalaes (por exemplo,

    seleo dos dispositivos de proteo contra sobretenses).

    8. H - Instalaes em minas.

    9. I - Instalaes de cercas eletrificadas.

    Os componentes da instalao so considerados apenas no que concerne sua seleo e

    condies de instalao. Isso igualmente vlido para conjuntos em conformidade com as

    normas a eles aplicveis.

    A aplicao dessa norma no dispensa:

    1. O atendimento a outras normas complementares aplicveis a instalaes e locais especficos.

    2. O respeito aos regulamentos de rgos pblicos aos quais a instalao deve satisfazer.

    5.2 NBR 14039- Instalaes Eltricas de Mdia Tenso

    A NR10 estabelece a diviso dos nveis de tenso entre extra baixa; baixa e alta. Logo o que

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    essa NBR trata como mdia a NR10 chama de alta.

    Essa norma estabelece um sistema para o projeto e execuo de instalaes eltricas de mdia

    tenso com tenso nominal de 1,0kV a 36,2kV, frequncia industrial, de modo a garantir

    segurana e continuidade de servio.

    Ela se aplica a partir de instalaes alimentadas pelo concessionrio, o que corresponde ao

    ponto de entrega definido por meio da legislao vigente emanada da Agncia Nacional de

    Energia Eltrica (ANEEL). Tambm se aplica s instalaes alimentadas por fonte prpria de

    energia em mdia tenso.

    Essa norma abrange as instalaes de gerao, distribuio e utilizao de energia eltrica,

    sem prejuzo das observaes presentes em outras normas referentes ao assunto. As

    instalaes especiais tais como martimas, de trao eltrica, de usinas, pedreiras, luminosas

    com gases (nenio ou semelhantes), devem obedecer, alm da referia norma, s normas

    especficas aplicveis em cada caso.

    As prescries da norma constituem as exigncias mnimas a que devem obedecer as

    instalaes eltricas s quais se referem para que no venham, por suas deficincias, a

    prejudicar e perturbar as instalaes vizinhas ou causar danos a pessoas e animais e

    conservao dos bens e do meio ambiente.

    Ela se aplica s instalaes novas, s reformas em instalaes existentes e s instalaes de

    carter permanente ou temporrio.

    Os componentes da instalao so considerados apenas no que diz respeito sua seleo e s

    suas condies de instalao e no ao processo construtivo.

    A aplicao dessa norma no dispensa o respeito aos regulamentos de rgos pblicos aos

    quais a instalao deve satisfazer. Em particular, no trecho entre o ponto de entrega e a

    origem da instalao, pode ser necessrio, alm das prescries da norma, o atendimento das

    normas e/ou padres do concessionrio quanto conformidade da seleo de dispositivos de

    proteo quanto capacidade de interrupo de corrente.

    Na norma se aplica:

  • Pgina 35

    construo e manuteno das instalaes eltricas de mdia tenso de 1,0 a 36,2kV a partir

    do ponto de entrega definido pela legislao vigente, incluindo as instalaes de gerao e

    distribuio de energia eltrica. Deve-se considerar a relao com as instalaes vizinhas a

    fim de evitar danos s pessoas, animais e meio ambiente.

    A norma no se aplica:

    1. s instalaes eltricas de concessionrias dos servios de gerao, transmisso e distribuio de energia eltrica no exerccio de suas funes em servio de utilidade pblica.

    2. s instalaes de cercas eletrificadas.

    3. Aos trabalhos com circuitos energizados.

    6. Regulamentaes do MTE

    6.1 Normas Regulamentadoras

    A Constituio Federal, ao relacionar os direitos do trabalhador, inclui entre eles a proteo

    sade e segurana por meio de normas especficas. o Ministrio do Trabalho e Emprego

    (MTE) que estabelece essas normas regulamentadoras (NR), por intermdio da portaria

    n3.214/78. Sobre a segurana em instalaes e servios em eletricidade a referncia a NR-

    10, que estabelece as condies mnimas exigveis para garantir a segurana dos empregados

    que trabalham em instalaes eltricas, em suas diversas etapas incluindo elaborao de

    projetos, execuo, operao, manuteno, reforma e ampliao em quaisquer das fases de

    gerao, transmisso, distribuio e consumo de energia eltrica.

    6.2 Norma Regulamentadora NR-10

    As atividades exercidas em instalaes eltricas envolvem a exposio ao risco eltrico,

    causando muitos acidentes graves. A perfeita identificao desse risco assim como o

    conhecimento dos procedimentos de segurana no trabalho, equipamentos de proteo

    individual e coletiva e principalmente, o simples reconhecimento de que os acidentes no

    acontecem apenas com os outros, diminuir muito o ndice de acidentes do trabalho em

    atividades eltricas. Isso nos leva constatao da necessidade de um programa intenso de

  • Pgina 36

    treinamento na rea eltrica associado a um treinamento de segurana do trabalho em

    instalaes eltricas.

    6.3 Autorizao, Habilitao, Qualificao e Capacitao

    O item 10.8 da NR-10 descreve detalhadamente as definies de trabalhador autorizado,

    habilitado, qualificado e capacitado, evitando-se que funcionrios sem treinamento especfico

    e de segurana venham a exercer atividades em rea de risco, sem o devido treinamento.

    O profissional qualificado aquele que tem formao na rea, ou seja, fez um curso

    reconhecido pelo Sistema Oficial de Ensino; podemos citar os tcnicos em eletrotcnica e os

    engenheiros eletricistas como exemplo. Vale ressaltar que os cursos livres no so

    reconhecidos pelo sistema oficial de ensino.

    Para que o profissional qualificado, se torne habilitado preciso que faa o seu registro no

    CREA (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia). Logo, o profissional habilitado

    aquele que concluiu um curso reconhecido pelo Sistema Oficial de Ensino e alm disso fez o

    seu registro no CREA.

    Segundo a NR10 o trabalhador capacitado:

    1. Foi treinado por profissional habilitado e autorizado,

    2. Trabalha sob a responsabilidade de profissional habilitado e autorizado.

    Essa capacitao s tem valor para a empresa que o capacitou (esse trecho da norma, aplica-se

    ao trabalhador que recebeu treinamento dentro da empresa para exercer suas atividades).

    Os trabalhadores capacitados so autorizados a exercer atividades em instalaes eltricas

    com anuncia formal da empresa em que trabalham e a autorizao deve constar em seus

    registros.

    necessrio, ainda, passar por exames de sade que lhes permitam trabalhar em instalaes

    eltricas, conforme definido pela NR-7 Programa de Controle Mdico de Sade

    Ocupacional - PCMSO.

  • Pgina 37

    A autorizao para trabalhadores capacitados, ou qualificados e habilitados um

    consentimento formal da empresa para que o trabalhador possa realizar as atividades. Esse

    consentimento se d quando o trabalhador participa com aproveitamento dos cursos previstos

    no Anexo II da NR-10 treinamento especfico sobre os riscos das atividades eltricas e

    medidas de preveno de acidentes em instalaes eltricas. Para os que trabalham nas

    proximidades do sistema eltrico de potncia alm do curso bsico citado acima deve-se

    tambm concluir com aproveitamento o curso complementar, que tem seu contedo

    programtico previsto na norma.

    1. Curso Bsico: Segurana em Instalaes e Servios de Eletricidade: Para todos os

    profissionais que trabalham em reas, onde existe o risco de acidentes com eletricidade.

    2. Curso Complementar: Segurana no Sistema Eltrico de Potencia (SEP) e em suas

    Proximidades: Para profissionais que trabalham nas proximidades do sistema eltrico de

    potncia.

    Essa norma prev treinamentos de reciclagem, caso o trabalhador mude de funo ou de

    empresa, fique afastado do trabalho por perodo superior a 90 dias ou acontea modificaes

    significativas nas instalaes eltricas ou troca de mtodo, processos e organizao do

    trabalho. A carga horria do curso de reciclagem no especificada na norma, ela diz apenas

    que a carga horria para o treinamento de reciclagem deve ser compatvel com o motivo que a

    gerou.

    7. Equipamento de Proteo Coletiva (EPC)

    No desenvolvimento de servios em instalaes eltricas e em suas proximidades, devem ser

    previstos e adotados equipamentos de proteo coletiva, que de acordo com a NR-10 devem

    ter prioridade sobre os equipamentos de proteo individual.

    Equipamento de Proteo Coletiva EPC todo dispositivo, sistema ou meio, fixo ou mvel,

    de abrangncia coletiva destinado a preservar a integridade fsica e a sade dos trabalhadores,

    usurios e terceiros. Essa definio est no glossrio da NR-10.

  • Pgina 38

    Tipo de EPC Imagem Finalidade

    Banqueta isolante

    Isolar o operador do

    potencial da terra,

    ampliando sua segurana

    nas intervenes.

    Manta isolante

    Isolar as partes

    energizadas da rede

    durante a execuo de

    tarefas.

    Tapete isolante

    Isolar o operador do

    potencial da terra,

    ampliando sua segurana

    nas intervenes.

    Cone

    Tem por objetivo

    advertir, sinalizar,

    delimitar reas de risco e

    orientar o fluxo de

    trnsito.

    Dispositivo DR

    Tem por finalidade

    proteger as pessoas e os

    animais contra os efeitos

    do choque eltrico por

    contato direto ou

    indireto (causado por

    fuga de corrente).

  • Pgina 39

    Aterramento

    Proteger o usurio do

    equipamento das

    descargas atmosfricas,

    por meio da viabilizao

    de um caminho

    alternativo para a terra.

    8. Equipamento de Proteo Individual (EPI)

    Conforme Norma Regulamentadora NR-6 - Equipamento de Proteo Individual EPI todo

    dispositivo de uso individual utilizado pelo empregado, destinado proteo de riscos

    suscetveis de ameaar a segurana e a sade no trabalho.

    A empresa obrigada a fornecer ao empregado, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em

    perfeito estado de conservao e funcionamento, nas seguintes circunstncias:

    1. Sempre que as medidas de ordem geral no ofeream completa proteo contra

    os riscos de acidentes do trabalho ou de doenas ocupacionais.

    2. Enquanto as medidas de proteo coletiva estiverem sendo implantadas.

    3. Para atender situaes de emergncia.

    O texto da Norma Regulamentadora NR-10 inclui a vestimenta como um dispositivo de

    proteo complementar para os empregados, incluindo a proibio de adornos, mesmo que

    no sejam metlicos.

  • Pgina 40

  • Pgina 41

    9. Rotinas de trabalho - Procedimentos

    9.1 Instalaes Desenergizadas

    De acordo com a NR-10, a medida de controle prioritria a desenergizao do circuito,

    entretanto, ao contrrio do que muitos acreditam, desenergizar um circuito no consiste

    apenas em desligar o disjuntor.

    Segundo o item 10.5.1 da NR-10, somente sero consideradas desenergizadas as instalaes

    eltricas liberadas para o trabalho mediante os procedimentos apropriados, obedecida a

    seguinte: seccionamento; impedimento de reenergizao; constatao da ausncia de tenso;

    instalao do aterramento temporrio com equipotencializao dos condutores do circuito;

    proteo dos elementos energizados; instalao de sinalizao de impedimento de

    reenergizao.

    Para entender as rotinas e procedimentos de trabalho importante conhecer algumas

    definies:

    - Impedimento de equipamento

    Isolamentos eltricos dos equipamentos ou instalao eliminando a possibilidade de

    energizao indesejada, inviabilizando a operao enquanto permanecer a condio de

    impedimento.

    - Responsvel pelo servio

    Empregado da empresa ou de terceirizada que assume a coordenao e superviso efetiva dos

    trabalhos.

    responsvel pela viabilidade da execuo da atividade e por todas as medidas necessrias

    segurana dos envolvidos na execuo das atividades, de terceiros e das instalaes, bem

    como por todos os contatos em tempo real com a rea funcional e responsvel pelo sistema ou

    instalao. Assim como responsvel pela conduo do preenchimento da APR.

    Pedido para Execuo de Servio - PES

  • Pgina 42

    Documento emitido para solicitar ao setor responsvel o impedimento de equipamento,

    sistema ou instalao visando realizao dos servios.

    O pedido para a execuo de servio deve conter as informaes necessrias realizao dos

    servios tais como:

    1. Descrio do servio,

    2. Nmero do projeto,

    3. Local, trecho ou equipamento isolado,

    4. Data e horrio,

    5. Condies do isolamento,

    6. Responsvel, emitente,

    7. Observaes etc.

    9.2 Autorizao para Execuo de Servio - AES

    a autorizao fornecida pelo setor ao responsvel pelo servio, liberando e autorizando a

    execuo dos servios.

    Desligamento Programado

    Toda interrupo programada do fornecimento de energia eltrica deve ser comunicada aos

    clientes afetados, formalmente e com antecedncia, contendo data, horrio e durao pr-

    programada do desligamento.

    Desligamento de Emergncia

    Interrupo do fornecimento de energia eltrica sem aviso prvio aos clientes afetados e se

    justifica por motivos de fora maior, caso espordico ou pela existncia de risco integridade

    fsica de pessoas, instalaes e equipamentos.

    Interrupo Momentnea

    Toda interrupo provocada pela atuao de equipamentos de proteo com religamento

  • Pgina 43

    automtico.

    Observao:

    Todo o servio deve ser planejado e executado por equipes devidamente treinadas e

    autorizadas de acordo com a NR-10, e com a utilizao de equipamentos em boas condies

    de uso.

    O responsvel pelo servio dever estar devidamente equipado com um sistema que garanta a

    comunicao confivel e imediata com o setor responsvel pelo sistema ou instalao durante

    todo o perodo de execuo da atividade.

    9.3 Liberao para Servios

    Constatada a necessidade da liberao de determinado equipamento ou circuito, dever ser

    obtido o maior nmero possvel de informaes para subsidiar o planejamento.

    No planejamento ser estimado o tempo de execuo dos servios, adequao dos materiais,

    previso de ferramentas e, nmero de empregados, levando-se em conta o tempo

    disponibilizado na liberao.

    As equipes sero dimensionadas e alocadas garantindo a agilidade necessria obteno do

    restabelecimento dos circuitos com a mxima segurana no menor tempo possvel.

    Na definio das equipes e dos recursos alocados, sero considerados todos os aspectos tais

    como:

    1. Extenso do circuito;

    2. Dificuldade de acesso;

    3. Perodo de chuvas;

    4. Existncia de cargas e clientes especiais.

  • Pgina 44

    Na definio e liberao dos servios, sero considerados:

    1. Os pontos estratgicos dos circuitos,

    2. Tipo de defeito,

    3. Tempo de restabelecimento,

    4. Importncia do circuito,

    5. Comprimento do trecho a ser liberado,

    6. Cruzamento com outros circuitos,

    7. Sequncia de manobras necessrias para liberao dos circuitos envolvidos.

    Na liberao dos servios, para minimizar a rea a ser atingida pela falta de energia eltrica

    durante a execuo dos servios, a rea funcional responsvel dever manter os cadastros

    atualizados de todos os circuitos.

    Antes de iniciar qualquer atividade, o responsvel pelo servio deve reunir os

    envolvidos na liberao e execuo da atividade e:

    Certificar-se de que os empregados envolvidos na liberao e execuo dos

    servios esto munidos de todos os EPIs necessrios,

    Explicar aos envolvidos as etapas da liberao dos servios a serem executados

    e os objetivos a serem alcanados,

    Transmitir claramente as normas de segurana aplicveis, dedicando especial

    ateno execuo das atividades fora de rotina,

    Certificar de que os envolvidos esto conscientes do que fazer, onde fazer,

    como fazer, quando fazer e porque fazer.

  • Pgina 45

    10. Procedimentos Bsicos para Liberao

    O programa de manobra deve ser conferido por um empregado diferente daquele que o

    elaborou.

    Os procedimentos para localizao de falhas dependem especificamente da filosofia e padres

    definido pela empresa, e devem ser seguidos na ntegra conforme procedimentos

    homologados, impedindo as improvisaes do restabelecimento.

    Em caso de qualquer dvida quanto execuo da manobra para liberao ou trabalho, o

    executante dever consultar o responsvel pela tarefa ou a rea funcional responsvel sobre

    quais os procedimentos que devem ser adotados para garantir a segurana de todos.

    A liberao para execuo de servios (manuteno, ampliao, inspeo ou treinamento) no

    poder ser executada sem que o empregado responsvel esteja de posse do documento

    especfico, emitido pela rea funcional responsvel, que autoriza a liberao do servio.

    Havendo a necessidade de impedir a operao ou condicionar as aes de comando de

    determinados equipamentos, deve-se colocar sinalizao especfica para essa finalidade, de

    modo a propiciar um alerta claramente visvel ao empregado autorizado a comandar ou

    acionar os equipamentos.

    As providncias para retorno operao de equipamentos ou circuitos liberados para

    manuteno no devem ser tomadas sem que o responsvel pelo servio tenha devolvido

    todos os documentos que autorizavam sua liberao.

    10.1 Sinalizao de Segurana

    A sinalizao de segurana consiste num procedimento padronizado destinado a orientar,

    alertar, avisar e advertir as pessoas quanto aos riscos ou condies de perigo existentes,

    proibies de ingresso ou acesso e cuidados e identificao dos circuitos ou parte dele.

    de fundamental importncia a existncia de procedimentos de sinalizao padronizada,

    documentados e que sejam conhecidos por todos os trabalhadores (prprios ou prestadores de

    servios).

  • Pgina 46

    Os materiais de sinalizao constituem-se de cone, bandeirola, fita, grade, sinalizador etc..

    10.2 Exemplos de Placas

    Perigo de Morte - Alta Tenso

    PLACA FINALIDADE

    Advertir sobre o perigo de alta tenso.

    No Operar: Trabalhos

    PLACA FINALIDADE

    Advertir sobre a proibio de operao do equipamento.

    Equipamento Energizado

    PLACA FINALIDADE

    Destinada a advertir para o fato do equipamento, mesmo

    estando no interior da rea delimitada para trabalhos,

    encontrar-se energizado.

  • Pgina 47

    Equipamento com Partida Automtica

    PLACA FINALIDADE

    Destinada a alertar quanto possibilidade de exposio a rudo

    excessivo e partes volantes quando da partida automtica de

    grupos auxiliares de emergncia.

    Perigo - No Fume - No Acenda Fogo - Desligue o Celular

    PLACA FINALIDADE

    Destinada a advertir quanto ao perigo de exploso quando

    houver contato de fontes de calor com os gases presentes em

    salas de baterias e depsitos de inflamveis, devendo ser fixada

    no lado externo do ambiente.

    Uso Obrigatrio

    PLACA FINALIDADE

    Destinada a alertar quanto obrigatoriedade do uso de

    determinado equipamento de proteo individual.

  • Pgina 48

    Ateno - Gases

    PLACA FINALIDADE

    Destinada a alertar quanto necessidade do acionamento do

    sistema de exausto das salas de baterias antes de entrar para a

    retirada de possveis gases do local.

    Ateno para Banco de Capacitores e Cabos a leo

    PLACA FINALIDADE

    Destinada a alertar a operao, manuteno e construo quanto

    necessidade de espera de um tempo mnimo para fazer o

    aterramento mvel temporrio de forma segura e iniciar os

    servios.

  • Pgina 49

    Perigo - No Entre - Alta Tenso

    PLACA FINALIDADE

    Advertir terceiros quanto aos perigos de choque eltrico nas

    instalaes dentro da rea delimitada. Instalada nos muros e cercas

    externas das subestaes.

    Perigo - No Suba

    PLACA FINALIDADE

    Advertir terceiros para no subir devido ao perigo de alta

    tenso. Instaladas em torres, prticos e postes de subestao

    com condutores energizados.

    A sinalizao de segurana deve atender a outras situaes:

    Identificao de Circuitos Eltricos

    Travamentos e Bloqueios de Dispositivos e Sistemas de Manobra e Comandos

  • Pgina 50

    Restries e Impedimentos de Acesso

    Delimitaes de reas

    Sinalizao de reas de Circulao de Vias Pblicas, de Veculos e de Movimentao de

    Cargas

    Sinalizao de Impedimento de Energizao

    Identificao de Equipamento ou Circuito Impedido

    11. Inspees de reas, Servios, Ferramental e Equipamentos

    As inspees regulares nas reas de trabalho, nos servios a serem executados, no ferramental

    e nos equipamentos utilizados, consistem em um dos mecanismos mais importantes de

    acompanhamento dos padres desejados cujo objetivo a vigilncia e controle das condies

    de segurana do meio ambiente laboral, visando identificao de situaes perigosas e que

    oferecem riscos integridade fsica dos empregados, contratados, visitantes e terceiros que

    adentram a rea de risco, evitando que situaes previsveis possam levar a ocorrncias de

    acidentes.

    Essas inspees devem ser realizadas para que as providncias possam ser tomadas com vistas

    s correes. Em caso de risco grave e iminente (exemplo: empregado trabalhando em altura

  • Pgina 51

    sem cinturo de segurana, sem luvas de proteo de borracha, sem culos de segurana etc.)

    a atividade deve ser paralisada e imediatamente contatado o responsvel pelo servio para que

    as medidas cabveis sejam tomadas.

    Os focos das inspees devem ser centralizados nos postos de trabalho, nas condies

    ambientais, nas protees contra incndios, nos mtodos de trabalho desenvolvidos, nas aes

    de trabalhadores, nas ferramentas e nos equipamentos.

    As inspees internas, por sua vez, podem ser divididas em:

    Inspees Gerais

    Devem ser realizadas anualmente com o apoio dos supervisores das reas envolvidas. Estas

    inspees atingem a empresa como um todo. Algumas empresas j mantm essas inspees

    sob o ttulo de auditoria, uma vez que so sistemticas, documentadas e objetivas.

    Inspees Parciais

    So realizadas nos setores seguindo um cronograma anual com escolha predeterminada ou

    aleatria. Quando se usam critrios de escolha, estes esto relacionados com o grau de risco

    envolvido e com as caractersticas do trabalho desenvolvido na rea. So inspees mais

    comuns, atendem legislao e podem ser feitas por integrantes da CIPA no seu prprio local

    de trabalho.

    Inspees Peridicas

    So realizadas com o objetivo de manter a regularidade para uma rastreabilidade ou estudo

    complementar de possveis incidentes. Esto ligadas ao acompanhamento das medidas de

    controle sugeridas para os riscos da rea. So utilizadas nos setores de produo e

    manuteno.

    Inspees por Denncia

    Por meio de denncia annima ou no, pode-se solicitar uma inspeo em local onde h riscos

    de acidentes ou agentes agressivos sade e ao meio ambiente.

  • Pgina 52

    Sendo cabvel, alm de realizar a inspeo no local, deve-se ainda efetuar levantamento

    detalhado sobre o que de fato est acontecendo, buscando informaes adicionais junto a

    fabricantes, fornecedores e responsveis onde a situao ocorreu. Detectando-se o problema,

    cabe aos responsveis implementar medida de controle e acompanhar sua efetiva implantao.

    Inspees Cclicas

    So aquelas realizadas com intervalos de tempo pre-definidos, uma vez que exista um

    parmetro que direcione esses intervalos.

    Podemos citar, por exemplo, as inspees realizadas no vero, quando aumentam as

    atividades nos segmentos operacionais.

    Inspees de Rotina

    So realizadas em setores em que h possibilidade de ocorrer incidentes/acidentes. Nesses

    casos, o responsvel pelo servio deve estar alerta aos riscos bem como conscientizar os

    empregados do setor para que observem as condies de trabalho de tal modo que o ndice de

    incidentes/acidentes diminua.

    Essa inspeo no pode ser duradoura, ou seja, medida que os problemas forem

    regularizados, o intervalo entre inspees ser maior at que se torne peridico. O importante

    que o empregado no se acostume com a presena da superviso de segurana, para que

    no se caracterize que a ocorrncia de acidentes/incidentes s vencida com sua presena

    fsica.

    Observaes:

    Antes do incio da inspeo deve-se preparar uma lista de itens (check-list) por setor com as

    principais condies de risco existentes em cada local e ela dever ter um campo em branco

    para anotar as condies de riscos no presentes nesta lista.

    Trata-se de um roteiro que facilitar a observao. importante que o empregado tenha uma

    viso crtica para observar novas situaes (atitudes de empregados e locais) no previstas

    na anlise de risco inicial.

  • Pgina 53

    No basta reunir o grupo e fazer inspeo. necessrio que haja um padro em que todos

    estejam conscientes dos resultados que se deseja alcanar. Nesse sentido, importante que se

    faa uma inspeo piloto para que todos os envolvidos vivenciem a dinmica e tirem dvidas.

    As inspees devem perturbar o mnimo possvel as atividades do setor inspecionado. Alm

    disso, todo encarregado/supervisor deve ser previamente comunicado de que seu setor passar

    por uma inspeo de segurana. Chegar de surpresa pode causar constrangimentos e criar um

    clima desfavorvel.

    Sugesto de Passos para uma Inspeo

    1.o passo Setorizar a empresa e visitar todos os locais fazendo uma anlise dos riscos

    existentes. Pode-se usar a ltima anlise preliminar de risco (APR) ou a metodologia do mapa

    de risco como ajuda.

    2.o passo - Preparar uma folha por setor de todos os itens a serem observados.

    3.o passo - Realizar a inspeo anotando na folha de dados se o requisito ou no atendido.

    Toda a informao adicional sobre os aspectos que possam levar a acidentes deve ser

    registrada.

    4.o passo - Levar os dados para serem discutidos em reunio diretiva, propor medidas de

    controle para os itens de no-conformidade levando-se em conta o que prioritrio.

    5.o passo - Encaminhar relatrio referente inspeo citando o(s) setor(es), a(s) falha(s)

    detectada(s) e a(s) sugesto(es) para que seja(m) regularizada(s).

    6.o passo - Solicitar regularizao(es) e fazer o acompanhamento das medidas de controle

    implantadas. Alterar a folha de inspeo inserindo esse item para as novas inspees.

    7.o passo - Manter a periodicidade das inspees a partir do terceiro passo.

  • Pgina 54

    12. Documentao das Instalaes Eltricas

    Em todas as intervenes nas instalaes eltricas, subestaes, salas de comando, centro de

    operaes, painis eltricos, painis de controle/comando, devem ser adotadas medidas

    preventivas de controle do risco eltrico e de outros riscos adicionais mediante tcnicas de

    anlise de risco de forma a garantir a segurana e a sade no trabalho bem como a

    operacionalidade, prevendo eventos no intencionais, focando a gesto e controle operacional

    do sistema eltrico.

    As medidas de controle adotadas devem integrar-se s demais iniciativas da empresa, tais

    como polticas corporativas e normas no mbito da preservao da segurana, da sade e do

    meio ambiente de trabalho.

    A Norma Regulamentadora NR. 10 obriga as empresas a manter pronturio com documentos

    necessrios para a preveno dos riscos durante a construo, a operao e manuteno do

    sistema eltrico tais como: esquemas unifilares atualizados das instalaes eltricas dos seus

    estabelecimentos, especificaes do sistema de aterramento dos equipamentos e dos

    dispositivos de proteo entre outros documentos.

    Estabelecimentos com carga instalada superior a 75 kW devem constituir e manter o

    pronturio de instalaes eltricas contendo, alm do disposto nos subitens 10.2.3 e 10.2.4 da

    NR-10, no mnimo:

    Conjunto de procedimentos, instrues tcnicas e administrativas de segurana

    e sade implantadas e relacionadas a esta NR, e descrio das medidas de controle

    existentes para as diversas situaes (manobras, manuteno programada, manuteno

    preventiva, manuteno emergencial, etc.).

    Documentao das inspees e medies do sistema de proteo contra

    descargas atmosfricas e aterramentos eltricos.

    Especificao dos equipamentos de proteo coletiva, proteo individual e do

    ferramental aplicveis conforme determina a NR-10.

  • Pgina 55

    Documentao comprobatria da qualificao, habilitao, capacitao,

    autorizao dos trabalhadores, os treinamentos realizados e descrio de

    cargos/funes dos empregados que so autorizados para trabalhos nestas instalaes.

    Resultados dos testes de isolao eltrica realizada em equipamentos de

    proteo individual e coletiva que ficam disposio nas instalaes.

    Certificaes dos equipamentos e materiais eltricos em reas classificadas.

    Relatrio tcnico das inspees atualizadas com recomendaes, cronogramas

    de adequaes contemplando as alneas de a a f.

    As empresas que operam em instalaes ou equipamentos integrantes do sistema eltrico de

    potncia devem constituir pronturio com o contedo do item 10.2.4 da NR-10 e acrescentar

    ao pronturio os seguintes documentos:

    Descrio dos procedimentos para emergncias.

    Certificaes dos equipamentos de proteo coletiva e individual.

    13. Riscos Adicionais

    Os riscos adicionais, citados na NR-10, so todos aqueles que no esto diretamente

    relacionados eletricidade, mas ainda assim esto presentes, mesmo que nem sempre e nem

    todos ao mesmo tempo, nas atividades realizadas pelos profissionais da rea.

    Os principais riscos adicionais aos quais esto sujeitos os trabalhadores que atuam em

    servios e instalaes em eletricidade so: altura; ambientes confinados; reas classificadas e

    condies atmosfricas adversas.

    13.1 Altura

    De acordo com a NR-35, trabalho em altura todo aquele executado acima de 2,00 m (dois

    metros) do nvel inferior, onde h risco de queda.

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    A norma diz ainda que cabe ao empregador desenvolver procedimento operacional para as

    atividades rotineiras de trabalho em altura, assim como capacitar o trabalhador, em

    treinamento que deve ser realizado bienalmente ou quando se fizer necessrio, de acordo o

    item 35.3.3 da mesma norma.

    Ao empregado cabe cumprir as determinaes exigidas pelo empregador quanto ao

    procedimento operacional padro, assim como exercer o direito de recusa, sempre que for

    identificado um risco no controlado durante o preenchimento da APR ( anlise preliminar de

    risco).

    Para trabalhos com energia eltrica realizados em altura, algumas das sugestes abaixo podem

    auxiliar o trabalhador na manuteno da sua segurana e de sua equipe.

    1. obrigatrio o uso do cinto de segurana e do capacete com jugular;

    2. Ferramentas e equipamentos nunca devem ser arremessados;

    3. Os equipamentos de proteo individual, fornecidos pelo empregador, devem

    ser inspecionados pelo trabalhador, quando do recebimento e apenas devem ser

    utilizados se estiverem em condies para tal.

    Caso seja inevitvel a utilizao de andaimes tubulares prximo rede eltrica, estes devem

    respeitar as distncias de segurana estabelecidas, assim como seguir as orientaes da NR-

    18, item 18.15. Algumas orientaes merecem destaque, como: os andaimes devem estar

    devidamente aterrados; ter estais a partir de trs metros e a cada cinco metros de altura; ter

    guarda corpo de 90 centmetros de altura em todo o permetro; as tbuas da plataforma devem

    ter no mnimo uma polegada de espessura, devem estar bem fixadas e nunca ultrapassar o

    andaime.

    Quanto utilizao de escadas, quando se fizer necessrio, o eletricista deve utilizar escadas

    de material isolante, as mais comuns so as de madeira e as de fibra de vidro. A escada deve

    ser amarrada e, na impossibilidade de amarr-la, um trabalhador deve segur-la para que o

    outro execute a atividade; deve ser inspecionada visualmente antes da utilizao, com a

    finalidade de evitar acidentes com degrau solto ou escorregadio; ao subir ou descer as escadas

    o trabalhador deve se manter de frente para ela e segurar firme