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Espírito Santo _________________________________________________________________________________________________ __ _________________________________________________________________________________________________ __ SENAI Departamento Regional do Espírito Santo 1 CPM - Programa de Certificação de Pessoal de Manutenção Instrumentação Procedimento de Segurança e Higiene do Trabalho

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Espírito Santo___________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________SENAIDepartamento Regional do Espírito Santo 1

CPM - Programa de Certificação de Pessoal de Manutenção

InstrumentaçãoProcedimento de Segurançae Higiene do Trabalho

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CST2 Companhia Siderúrgica de Tubarão

Procedimento de Segurança e Higiene do Trabalho - Instrumentação

© SENAI - ES, 1999

Trabalho realizado em parceria SENAI / CST (Companhia Siderúrgica de Tubarão)

SENAI - Serviço Nacional de Aprendizagem IndustrialCETEC-AF – Centro de Educação e Tecnologia Arivaldo FontesDepartamento Regional do Espírito SantoAv. Marechal Mascarenhas de Moraes, 2235Bento Ferreira - Vitória - ES.CEP 29052-121Telefone: (027) 334-5211Telefax: (027) 334-5217

CST - Companhia Siderúrgica de TubarãoDepartamento de Recursos HumanosAV. Brigadeiro Eduardo Gomes, s/n, Jardim Limoeiro - Serra - ES.CEP 29160-972Telefone: (027) 348-1286Telefax: (027) 348-1077

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Sumário

Segurança e Higiene do Trabalho.......................................... 05• Introdução ......................................................................... 05

Acidente do Trabalho ............................................................. 06• Definição ........................................................................... 06• Por que o Acidente do Trabalho deve ser evitado ............. 07• Identificação das Causas do Acidente ............................... 08• Classificação do Acidente.................................................. 11• Padrão Operacional........................................................... 12

Equipamento de Proteção...................................................... 13• Introdução ......................................................................... 13• Equipamento de Proteção Coletiva.................................... 13• Equipamento de Proteção Individual ................................. 14

Riscos Ambientais.................................................................. 21• Introdução ......................................................................... 21• Classificação dos Riscos ................................................... 21• Fatores que Colaboram para que os Produtos ou Agentes causem

danos à Saúde .................................................................. 22• Vias de Entrada dos Materiais Tóxicos no Organismo....... 23• Riscos Químicos................................................................ 24• Riscos Físicos.................................................................... 26• Riscos Biológicos............................................................... 28• Principais Medidas e Controle dos Riscos Ambientais....... 29• Medidas Relativas ao ambiente ......................................... 29• Medidas Relativas ao pessoal ........................................... 31

Riscos de Eletricidade............................................................ 33• Introdução ......................................................................... 33• O que é Eletricidade .......................................................... 33• Lei de OHM ....................................................................... 34• Efeitos da Corrente Elétrica............................................... 35• Principais Sintomas Causados pelo Choque ..................... 36• Riscos Elétricos ................................................................. 37

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CST4 Companhia Siderúrgica de Tubarão

• Cuidados nas Instalações Elétricas ................................... 38• Medidas Preventivas em Instalações Elétricas .................. 39• Aterramento Elétrico .......................................................... 40

Noções Básicas de Demarcações de Segurança ..... .............41• Introdução........................................................ .............41• Cores e Sinalização na Segurança do Trabalho...........41

Noções Básicas de Combate à Incêndio.. ................ .............49• Princípios Básicos do Fogo.............................. .............49• Condições Propícias para a Combustão.......... .............52• Combustão ...................................................... .............56• Combate à Incêndio......................................... .............66• Tipos de Equipamentos para Combate à Incêndios......69

Primeiros Socorros ................................................... .............79• Introdução........................................................ .............79• Material necessário para Emergência.............. .............80• Ferimentos....................................................... .............81• Hemorragias .................................................... .............85• Queimaduras ................................................... .............88• Choque Elétrico ............................................... .............89• Calor ................................................................ .............90• Frio .................................................................. .............92• Estado de Choque ........................................... .............93• Desmaios......................................................... .............94• Convulsão........................................................ .............95• Intoxicações e Envenenamentos ..................... .............96• Corpos Estranhos ............................................ .............98• Fraturas e Lesões de Articulação .................... .............99• Acidentes por Animais Peçonhentos................ ...........101• Parada Cardíaca - Massagem Cardíaca......................103• Parada Respiratória - Respiração Artificial ..................105• Resgate e Transporte de Pessoas Acidentadas..........107

Controle Ambiental ...............................................................115• Meio Ambiente.............................................................115• Poluição.......................................................................115• Controle Ambiental na CST .........................................118• Padronização Ambiental ..............................................118• Responsabilidade Ambiental ..........................................119

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Segurança e Higiene do Trabalho

Introdução

É sabido que o brasileiro, tradicionalmente, não se apega à Prevenção, seja ela deacidentes do trabalho ou não.A nossa formação escolar não nos enseja qualquer contato com técnicas dePrevenção de Acidentes, nem ao menos com a sua necessidade. Assim, até o nossoingresso no mercado de trabalho e, assim mesmo, dependendo do setor de atividade e,pior ainda, da empresa em que trabalharemos, é que teremos o primeiro contato com aPrevenção de Acidentes, isso, já na idade adulta!Na verdade, embora de forma precária, a única vez em que normalmente temosalguma noção de prevenção é no lar, através da mãe, ao nos puxar a orelha, dar-nosumas palmadas por alguma travessura, mas, incoerentemente, é, também, no própriolar que somos desafiados, pela primeira vez, a demonstrar coragem, praticando o AtoInseguro, juntamente, pelo próprio pai.Daí, a grande necessidade que a empresa moderna tem de aplicar recursos, investirem treinamento, em equipamentos e em métodos de trabalho para incutir em seupessoal o Espírito Prevencionista e, através de técnicas e de sensibilização, combaterem seu meio o Acidentes do Trabalho que, conforme tem sido demonstrado, atingeforte e danosamente a Qualidade, a Produção e o Custo.

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Acidente do Trabalho

Definição

O Acidente é toda e qualquer ocorrência imprevista e indesejável, instantânea ou não,que provoca lesão pessoal ou de que decorre risco próximo ou remoto dessa lesão. Setal ocorrência estiver relacionada com o exercício do trabalho, estará, então,caracterizado o Acidente de Trabalho. Trocando o conceito em miúdos:A ocorrência é imprevista por não ter um momento pré-determinado (dia ou hora) paraacontecer. É preciso distinguir previsto/imprevisto de previsível/imprevisível.O "previsto" significa programa, enquanto o "previsível" sugere possibilidade. Assim,pode-se dizer que o acidente é previsível em função de circunstâncias (uma escada dedegraus defeituosos, um mecânico esmerilhando sem óculos, por exemplo), isto é,existe a possibilidade, clara, de ocorrer o acidente. No entanto, a ocorrência não estáprevista, por não estar programada.O indesejável, é óbvio, é por não se querer o acidente. Daí, se alguém,intencionalmente, joga, por exemplo, um alicate contra outro e o atinge, caracteriza-seo acidente, apesar de o indivíduo ter desejado atingir o outro. Isso se dá porque aocorrência é caracterizada em função da vítima (ou vítima potencial) e é claro que elanão queria ser atacada.O "instantânea ou não" faz a diferença entre o acidente típico, como o conhecemos(queda, impacto sofrido, aprisionamento, etc.) e a doença ocupacional ou do trabalho(asbestose, saturnismo, silicose, etc.). Esclarecendo: o acidente propriamente dito é aocorrência que tem conseqüência (lesão) imediata em relação ao momento daocorrência (queda = fratura, luxação, escoriações). A Doença Ocupacional éconseqüência mediata em relação à exposição ao risco (exposição ao vapor de chumbohoje, saturnismo após algum tempo).O acidente, não implica, necessariamente em lesão, podendo ficar somente no risco deprovocá-la (acidente sem vítima). Assim, a queda de uma marreta, por exemplo, é oacidente que pode ser com vítima (provoca lesão) ou sem vítima (não atinge ninguém).A ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), em sua NB 18 (Norma Brasileirano 18) focaliza o acidente sob os seguintes aspectos:Tipo: Classifica o acidente quanto à sua espécie, como Impacto de Pessoa Contra (quese aplica aos casos em que a lesão foi produzida por impacto do acidentado contra umobjeto parado, exceto em casos de queda); Impacto Sofrido (o movimento é de objeto);Queda com Diferença de Nível (ação da gravidade, com o objeto de contato estandoabaixo da superfície em que se encontra o acidentado); Queda em Mesmo Nível(movimentado devido à perda de equilíbrio, com o objeto de contato estando no mesmonível ou acima da superfície de apoio do acidentado); Atrito ou Abrasão;Aprovisionamento, etc.

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Por que o Acidente do Trabalho deve ser evitado

Sob todos os ângulos em que possa ser analisado, o acidente do trabalho apresentafatores altamente negativos no que se refere ao aspecto humano, social e econômico,cujas conseqüências se constituem num forte argumento de apoio a qualquer ações decontrole e prevenção dos infortúnios ocasionais.

Aspecto HumanoBastaria a consulta as estatísticas oficiais, que registram os acidentes que prejudicam aintegridade física do empregado, para conhecimento do grande índice de pessoasincapacitadas para o trabalho e de tantas vidas truncadas, tendo como conseqüência adesestruturação do ambiente familiar, onde tais infortúnios repercutem por tempoindeterminado.

Aspecto SocialEm referência a este aspecto, vamos analisar o acidente do trabalho e suasconseqüências sociais, visando a estes dois aspectos:

• o acidente do trabalho como efeito;

• o acidente do trabalho como causa.

Pode-se considerar o acidente do trabalho como efeito quando ele resulta de uma açãoimprudente ou de condições inadequadas, isto é, quando ele resulta de umainobservância das normas de segurança; pode-se considerá-lo como causa quando setem em vista as conseqüências dele advindas.Como se deduz, são imensuráveis, em termos de extensão e proporção, asconseqüências dos acidentes do trabalho. Mas, o importante diante de todos osaspectos que possam ser apresentados, é que as pessoas se inteiram dessa realidade,interessando-se pela aplicação correta das medidas de prevenção do acidente, paranão se tornarem vítimas do mesmo.

Aspecto EconômicoUm dos fatores altamente negativos, resultante dos acidentes do trabalho, é o prejuízoeconômico cujas conseqüências atingem ao empregado, a empresa, a sociedade e,em uma concepção mas ampla, a própria nação.Quanto ao empregado, apesar de toda a assistência e das indenizações recebidas porele ou por seus familiares através da Previdência Social, no caso de acidentar-se, osprejuízos econômicos fazem-se sentir na medida em que a indenização não lhe garantenecessariamente o mesmo padrão de vida mantido até então. E, dependendo do tipode lesão sofrida, tais benefícios, por melhores que sejam, não repararão uma invalidezou a perda de uma vida.Na empresa, os prejuízos econômicos derivados dos acidentes variam em função daimportância que ela dedica à prevenção de acidentes. A perda ainda que de alguns

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CST8 Companhia Siderúrgica de Tubarão

minutos de atividade no trabalho traz prejuízo econômico, o mesmo acontecendo com adanificação de máquinas, equipamentos, perda de materiais etc. Outro tipo de prejuízoeconômico refere-se ao acidente que atinge o empregado, variando as proporçõesquanto ao tempo de afastamento do mesmo, devido à gravidade da lesão.As conseqüências podem ser, dentre outras: a paralisação do trabalho por tempoindeterminado, devido à impossibilidade de substituição do acidentado por um elementotreinado para aquele tipo de trabalho e, ainda, a influência psicológica negativa queatinge os demais empregados e que interfere no rítmo normal do trabalho, levandosempre a uma grande queda da produção.Em termos gerais, esses são alguns fatores que muito contribuem para os prejuízoseconômicos tanto do empregado quanto da empresa.

Identificação das Causas do Acidente

É fundamental que se entenda que a busca da causa de um acidente não tem,absolutamente, o objetivo de punição, mas, sim, o de encontrar a partir das causas, asmedidas que possibilitem impedir ocorrências semelhantes.A causa do acidente pode estar em fatores hereditários (herança sangüínea) ou demeio-ambiente (cultura). Pode, também, originar-se de falha pessoal. Clareando: aHereditariedade, processo de transmissão de características físicas e mentais dosascendentes (pais, avós, etc.) para os descendentes (filhos, netos, etc.), quando oambiente é propício, manifesta-se sob a forma de fobias, principalmente asclaustrofobia ( medo de lugares fechados), acrofobia (medo de altura), etc., e de outrasformas. Tal manifestação interfere na formação do homem, dando oportunidade aoafloramento das falhas pessoais (atitudes impróprias, inadequadas, por exemplo:imprudência, negligência, exibicionismo, insubordinação, etc.).A falha pessoal, por sua vez, leva o homem a cometer Atos Inseguros ou criar/permitirCondições Inseguras.Resumindo: o acidente tem origem nos antecedentes hereditários e no meio-ambienteda primeira infância do homem. As características indesejáveis, herdadas(hereditariedade) ou adquiridas (meio-ambiente) manifestam-se através da falhapessoal que, por sua vez, induz o homem a criar ou permitir a condição insegura e/oupraticar o ato inseguro, que são as causas aparentes do acidente que pode, ou não,resultar em lesão pessoal.Para esclarecer, imaginemos uma situação: a companhia admite um novo empregadoque terá a ocupação de escarfador. O candidato selecionado é jovem e a CST é suaprimeira empresa. Até então, trabalhará no quiosque do pai, na praia de Camburi, o diatodo, à vontade, de sunga, vez por outra tomando uma aguinha de coco, enquantoinspecionava biquínis e similares. Pois bem, esse rapaz começa a trabalhar na CST e,após treinamento, se vê todo equipado para o trabalho; possivelmente, não seadaptará, sentir-se-á agoniado, preso: A SITUAÇÃO É MUITO DIFERENTE E ATENDÊNCIA É CHEGAR AO ACIDENTE.

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Ato InseguroO Ato Inseguro é a desobediência a um procedimento seguro, comumente aceito. Nãoé necessariamente a desobediência a norma ou procedimento escrito, mas tambémàquelas normas de conduta ditadas pelo bom senso, tacitamente aceitas. Nacaracterização do Ato Inseguro cabe a seguinte questão: nas mesmas circunstânciasuma pessoa prudente agiria da mesma maneira?Um exemplo: não se conhece nenhuma norma escrita que oriente para não se segurar,na palma da mão, um ferro elétrico aquecido, porém, se alguém o fizer, estarácometendo um Ato Inseguro.O Ato Inseguro ocorre em três modalidades:Omissão: A pessoa Não Faz o que deveria fazer.Exemplo: Deixar de impedir equipamento.

Comissão: A pessoa faz o que Não Deveria FazerExemplo: Operar equipamento sem estar capacitado e/ou autorizado.

Variação: A pessoa faz algo De Modo Diferente do que deveria fazer.Exemplo: Para "encurtar caminho", salta da plataforma em lugar de descer pela

escada.

É claro que a "Omissão" implica em existência/conhecimento de norma/procedimentoespecífico. Quanto às "Comissão" e "Variação", a desobediência pode ocorrer aopróprio bom senso, não, necessariamente a normas/procedimentos/instruções.

Condição InseguraA Condição Insegura são as condições de ambiente, cuja correção não são da alçadado acidentado. A Condição Insegura compreende máquinas, equipamentos, materiais,métodos de trabalho e deficiência administrativa.Para efeito de maior clareza, podemos classificar a condição insegura em quatroclasses:Mecânica: máquina/ferramenta/equipamento defeituoso, sem proteção, inadequado,etc.

Física: "Lay-out" (arrumação, passagens, espaço, acesso, etc.).

Ambiental: Ventilação, iluminação, poluição, ruído, etc.

Método: Procedimento de Trabalho inadequado, padrão inexistente, processo perigoso,método arriscado, supervisão deficiente, etc.

A Condição Insegura ocorre, também, em três modalidades, todas elas, derivadas dasposições de comando:

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Negligência: (corresponde à omissão do Ato Inseguro): deixar de fazer o que deve serfeito.Exemplo: Deixar de reparar escada defeituosa. Permitir práticas inseguras.Imperícia: derivada da falta de conhecimento/experiência específica. Mandar Fazersem Estabelecer ProcedimentoExemplo: Não fixar padrão/procedimento de trabalho.

Imprudência: Mandar fazer de forma diferente do estabelecido.Exemplo: Mandar improvisar ferramenta.

É importante frisar que a Condição Insegura e Ato Inseguro são a causa final de umacidente, ou seja, a ação que deflagrou a ocorrência, a "gota d'água" que feztransbordar o conteúdo do copo, mas outros fatores concorreram para a ocorrência eesses fatores, "as causas de causa" precisam ser identificadas para a prevenção. Daí,a importância de estudar as "Hereditariedade e Meio-Ambiente" (muito difícil para aindústria comum) e as "Falhas Pessoais", estas mais visíveis, a partir das convivência eobservação. Aliás, as convivência e observação precisam ser valorizadas. Aobservação é tão importante que a sua negligência tem o poder de alterar o AtoInseguro para a Condição Insegura. É verdade, a norma diz que se um ato insegurovem sendo cometido repetidas vezes, por tempo suficiente para ter sido "observado" e"corrigido" e não é, deixa de ser Ato para ser Condição Insegura, enquadrando-se como"Negligência" da supervisão.

Classificação do Acidente

O acidente pessoal, em termos de gravidade da lesão que provoca, é classificado deduas maneiras:1º Se o acidente provoca lesão tal que impeça o acidentado de retornar ao trabalho, em

suas funções, no dia imediato ao da ocorrência, ele é dito Com Lesão, ComAfastamento, o conhecido CPT (Com Perda de Tempo). Mesmo que o acidentadopossa trabalhar, em suas funções, no dia seguinte ao da ocorrência, a lesão podeser classificada de "Com Afastamento" (CPT), desde que dela resulte umaincapacidade permanente, por exemplo, a perda de uma falange (nó) de um dedo.

2º Se a lesão decorrente do acidente não impede o acidentado de trabalhar no diaseguinte ao da ocorrência, temos o conhecido SPT (Sem Perda de Tempo),oficialmente classificado de Lesão Sem Afastamento.

É importante frisar que tal classificação se refere unicamente à gravidade da lesão e doacidente. Podemos ter acidentes até mesmo impessoais de alta gravidade.Padrão Operacional

É o estabelecimento do método correto e, consequentemente, seguro de execuçãodo trabalho. Fundamentado no conhecimento do trabalho, exige constante

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aperfeiçoamento, adequando-se quanto ao como, onde, quando e com o que fazer.O Padrão Operacional somente pode ser considerado se estiver registrado (escrito),ser conhecido e estar ao alcance de todos os envolvidos no trabalho. Seu pontochave é o Detalhe, o detalhe que não pode ser negligenciado ou esquecido, já que,de imediato, a curto, médio ou longo prazos pode representar o fracasso do trabalho,do seu trabalho.

Ninguém está mais capacitado que você para saber qual a melhor maneira deexecutar o seu trabalho. Organizando a tarefa, discutindo-a com seus colegas,aperfeiçoando-a sempre e mantendo o seu registro, você chegará naturalmente aoPadrão ideal quer requer constantes avaliações e adequações, obtidas através deAnálise de Riscos que é, em resumo, a ferramenta de atualização do Padrão.

Lembre-se, o Padrão Operacional precisa ser registrado, escrito e receberconstantes adequações. O bom Padrão Operacional não sobrevive sem retoques.Busque o Padrão junto ao seu Gerente Supervisor, é ele o centralizador, o catalisadordo Padrão, você é o usuário, o gerador de aperfeiçoamento do mesmo. Zele por eleque é seu melhor companheiro.

A IMPORTÂNCIA DO DETALHE:

"Pela falta de um cravo, a ferradura foi perdida;

Pela falta da ferradura, o cavalo foi perdido;

pela perda do cavalo, o cavaleiro se perdeu;

pela perda do cavaleiro, a batalha foi perdida,

pela perda da batalha, o reino foi perdido,

e tudo porque um cravo de ferradura foi perdido!" Benjamim Frankilin

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CST12 Companhia Siderúrgica de Tubarão

Equipamentos de Proteção

Introdução

A CST, conforme Portaria 3.214 do MTb, NR4, é uma empresa enquadrada no Grau deRisco 4 (risco elevado de acidentes) e portanto, podem existir nos locais de trabalho,condições que poderão acasionar danos à saúde ou à integridade física do empregado.Estes riscos devem ser neutralizados ou eliminados por meio da utilização dosequipamentos de proteção, que oferecem:

Proteção Coletiva: beneficiam a todos os empregados indistintamente.

Proteção Individual: protegem apenas a pessoa que utiliza o equipamento.

Nota: A empresa é obrigada fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado aorisco e em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintescircunstâncias:a) Sempre que as medidas de proteção coletiva forem tecnicamente inviáveis ou

não oferecerem completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalhoe/ou de doenças profissionais e do trabalho;

b) Enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas;c) Para atender situação de emergência.

Equipamento de Proteção Coletiva - EPC

São os que, quando adotados, neutralizam o risco na própria fonte.As proteções em furadeiras, serras, prensas; os sistemas de isolamento de operaçõesruidosas; os exaustores de gases e vapores; as barreiras de proteção; aterramentoselétricos; os dispositivos de proteção em escadas, corredores, guindastes e esteirastransportadoras são exemplos de proteção coletivas.

Equipamento de Proteção Individual - EPI

DefiniçãoO equipamento de proteção individual (EPI) é todo dispositivo de uso individual, defabricação nacional ou estrangeira, destinado a proteger a saúde e a integridade físicado trabalhador.

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Seleção do EPIA seleção deve ser feita por pessoal competente, conhecedor não só dos equipamentoscomo, também, das condições em que o trabalho é executado.É preciso conhecer as características, qualidade técnicas e, principalmente, o grau deproteção que o equipamento deverá proporcionar.

Características e Classificação dos EPIPode-se classificar os EPI, agrupando-os segundo a parte do corpo que devemproteger:

Proteção da CabeçaCapacete: Protege de impacto de objeto que cai ou é projetado e de impacto contraobjeto imóvel e somente estará completo e em condições adequadas de uso secomposto de: *Casco: é o capacete propriamente dito; *Carneira: armação plástica, semi-elástica, que separa o casco do couro

cabeludo e tem a finalidade de absorver a energia do impacto; *Jugular: presta-se à fixação do capacete à cabeça.

O capacete de celeron se presta, também, à proteção contra radiação térmica.

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Proteção dos Olhos

Óculos de segurança: Protegem os olhos de impacto de materiais projetados e deimpacto contra objetos imóveis. Os óculos de segurança utilizados na CST são,comprovadamente, muito eficazes quanto à proteção contra impactos.Para a proteção contra aerodispersóides (poeira), a CST fornece os óculos amplavisão, que envolvem totalmente a região ocular.Onde se somam os riscos de impacto e intensa presença de aerodispersóides (poeira),a afetiva proteção dos olhos se obtém com o uso dos dois EPI - óculos de segurança(óculos basculavel) óculos ampla visão, ao mesmo tempo.

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Proteção Facial

Protetor facial: Protege todo o rosto de impacto de materiais projetados e de calorradiante, podendo ser acoplado ao capacete. É articulado e tem perfil côncavo etamanho e altura que permitem cobrir todo o rosto, sem tocá-lo, sendo construído emacrílico, alumínio ou tela de aço inox.

Proteção das Laterais e Parte Posterior da Cabeça

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Capuz: Protege as laterais e a parte posterior da cabeça (nuca) de projeção defagulhas, poeiras e similares. Para uso em ambientes de alta temperatura, o capuz éequipado com filtros de luz, permitindo proteção também contra queimaduras.

Proteção Respiratória

Máscaras: Protegem as vias respiratórias contra gases tóxicos, asfixiantes e contraaerodispersóides (poeira). Elas protegem não somente de envenenamento e asfixias,mas, também, da inalação de substâncias que provocam doenças ocupacionais(silicose, siderose, etc.).

Há vários tipos de máscaras para aplicações específicas, com ou sem alimentação dear respirável.

Proteção de Membros Superiores

Protetores de punho, mangas e mangotes: Protegem o braço, inclusive o punho,contra impactos cortantes e perfurantes, queimaduras, choque elétrico, abrasão eradiações ionizantes e não ionizantes.

Luvas: Protegem os dedos e as mãos de ferimentos cortantes e perfurantes, de calor,choques elétricos, abrasão e radiações ionizantes.

Proteção Auditiva

Protetor auricular: Diminui a intensidade da pressão sonora exercida pelo ruído contrao aparelho auditivo. Existem em dois tipos básicos:

*Tipo Plug (de borracha macia, espuma, de poliuretano ou PVC), que éintroduzido no canal auditivo.

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*Tipo Concha, que cobre todo o aparelho auditivo eprotege também o sistema auxiliar de audição(ósseo).

O protetor auricular não anula o som, mas reduz o ruído (queé o som indesejável) a níveis compatíveis com a saúde auditiva.Isso significa que, mesmo usando o protetor auricular, ouve-se osom mais o ruído, sem que este afete o usuário.

Proteção do Tronco

Paletó: Protege troncos e braços de queimaduras, perfurações,projeções de materiais particulados e de abrasão, calor radiantee de frio.

Avental: Protege o tronco frontalmente e parte dos membrosinferiores - alguns modelos (tipo barbeiro) protegem também osmembros superiores - contra queimaduras, calor, radiante,perfurações, projeção de materiais particulados, ambospermitindo uma boa mobilidade ao usuário.

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Proteção da Pele

Luva química: Creme que protege a pele, membros superiores,contra a ação dos solventes, lubrificantes e outros produtosagressivos.

Proteção dos Membros Inferiores

Calçado de segurança: Protege os pés contra impactos deobjetos que caem ou são projetados, impactos contra objetosimóveis e contra perfurações. Por norma, somente é desegurança o calçado que possui biqueira de aço para proteçãodos dedos.

Perneiras: Protegem a perna contra projeções de aparas,fagulhas, limalhas, etc., principalmente de materiais quentes.

Proteção Global Contra Quedas

Cinto de segurança: Cinturões anti-quedas que protegem ohomem nas atividades exercidas em locais com altura igual ousuperior a 2 (dois) metros, composto de cinturão, propriamentedito, e de talabarte, extensão de corda (polietileno, nylon, aço,etc.) com que se fixa o cinturão à estrutura firme.

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Guarda e Conservação do EPIQuando na troca de usuárioDe um modo geral, os EPI devem ser limpos e desinfetados,cada vez em que há troca de usuário.

Guarda do EPIO empregado deve conservar o seu equipamento de proteçãoindividual e estar conscientizado de que, com a conservação,ele estará se protegendo quando voltar a utilizar o equipamento.

Conservação do EPIO EPI deve ser mantido sempre em bom estado de uso.Sempre que possível, a verificação e a limpeza destesequipamentos devem ser confiados a uma pessoa habilitadapara esse fim. Neste caso, o próprio empregado pode se ocupardesta tarefa, desde que receba orientação para isso.Muitos acidentes e doenças do trabalho ocorrem devido à nãoobservância do uso de EPI. A eficácia de um EPI depende douso correto e constante no trabalho onde exista o risco.

Exigência Legal para Empresa e EmpregadoO uso de equipamento de proteção individual, além da indicaçãotécnica para operações locais e empregados determinados, éexigência constante de textos legais. A Seção IV, do Capítulo Vda CLT, cuida do Equipamento de Proteção Individual em doisartigos, a saber:

"Art. 166 - A empresa é obrigada a fornecer aos empregados,gratuitamente, equipamento de proteção individual adequado aorisco e em perfeito estado de conservação e funcionamento,sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completaproteção contra os riscos de acidentes e danos à saúde dosempregados."

"Art. 167 - O equipamento de proteção só poderá ser posto àvenda ou utilizado com a indicação do Certificado de Aprovaçãodo Ministério do Trabalho - CA.

Por outro lado, a regulamentação de segurança e medicina dotrabalho em sua Norma Regulamentadora 1 - item 1.8, cuidaminuciosamente do Equipamento de Proteção Individual,mencionando, entre outras coisas, as obrigações doempregado, que incluem o dever de utilizar a proteção fornecidapela empresa.

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Riscos Ambientais

Introdução

Os ambientes de trabalho podem conter, dependendo daatividade que neles é desenvolvida, um ou mais fatores ouagentes que, dentro de certas condições, irão causar danos àsaúde do pessoal. Chamam-se, esses fatores, riscosambientais. Os riscos ambientais exigem a observação decertos cuidados e a tomada de medidas corretivas nosambientes, se pretende evitar o aparecimento das chamadasdoenças do trabalho.A Portaria 3214 de Segurança e Medicina do trabalho doMinistério do Trabalho na sua Norma Regulamentadora de nº09, contempla o Programa de Proteção aos Riscos Ambientais -PPRA - que tem como objetivo de antecipação, identificação,avaliação e controle de todos os fatores do ambiente de trabalhoque podem causar doenças ou danos à saúde dos empregados.Segue-se uma série de informações básicas relativas aosRiscos Ambientais, com enumeração dos principais fatores, dascondições possíveis de risco para a saúde e das medidas geraispara o controle desses fatores nos ambientes de trabalho.

Classificação dos Riscos

Os riscos ambientais estão divididos em três grupos: riscosquímicos, riscos físicos e riscos biológicos.

Riscos QuímicosSão representados por um grande número de substâncias quepodem contaminar o ambiente de trabalho.

Riscos FísicosSão representados por fatores do ambiente de trabalho quepodem causar danos à saúde, sendo os principais: o calor, oruído ou barulho, as radiações, o trabalho com pressõesanormais, a vibração e a má iluminação.

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Riscos BiológicosSão representados por uma variedade de microrganismos comos quais o empregado pode entrar em contato, segundo o seutipo de atividade, e que podem causar doenças.

Fatores que colaboram para que os Produtos ouAgentes causem danos à Saúde

Nem todo produto ou agente, presente no ambiente, irá causarobrigatoriamente um dano à saúde. Para que isso ocorra, épreciso que haja uma inter-relação entre os fatores que serãoexpostos a seguir:

O tempo de exposiçãoQuanto maior o tempo de exposição, de contato, maiores são aspossibilidades de se desenvolver um dano à saúde e vice-versa.

A concentração do contaminante no ambienteQuanto maiores as concentrações, maiores as chances deaparecerem problemas.

O quanto a substância é tóxicaAlgumas substâncias são mais tóxicas que outras secomparadas em relação a uma mesma concentração.

A forma em que o contaminante se encontraIsto é, se em forma de gás, líquido ou neblina, ou poeira. Istotem relação com a forma de entrada do tóxico no organismo,como será visto adiante.

A possibilidade de as pessoas absorverem as substânciasAlgumas substâncias só são capazes de entrar no organismopor inalação ou, então, pela pele.Deve-se acentuar que é importante conhecer cada caso emseparado. Havendo dúvida quanto à existência ou não deperigo, o interessado deve procurar um membro da CIPA ou doServiço Especializado ou, ainda, o seu gerente.

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Vias de Entrada dos Materiais Tóxicos no Organismo

Três são as formas pelas quais os materiais tóxicos podempenetrar no organismo humano:

Por inalaçãoQuando se está num ambiente contaminado, pode-se absorveruma substância nociva por inalação, isto é, pela respiração.

Por contato com a pele, ou via cutâneaA pele pode absorver certas substâncias se houver contato,mesmo que por poucos instantes. Dessa forma, o tóxico podeatingir o sangue e causar dano à saúde.

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Por ingestãoou seja, ao se engolir, acidentalmente, o tóxico Isso acontecemuito quando são comidos ou bebidos alimentos que estãocontaminados com quantidades não visíveis de substânciasnocivas. É por essa razão que nunca se deve fazer as refeiçõesno próprio posto de trabalho. E, também, não se deve ir para orefeitório ou para casa sem antes efetuar um perfeito asseiopessoal: lavar as mãos e rosto com sabão e bastante água.

Riscos Químicos

As substâncias químicas podem estar na forma de gases,vapores, líquidos, fumos, poeiras e névoas ou neblinas. Porexemplo:

VaporesEmanados de solventes como o benzol, o toluol, "thinners" emgeral, desengraxantes como o tetracloreto de carbono, otricloroetileno.

GasesMonóxido de carbono, gases dos processos industriais como ogás sulfídrico.

LíquidosQue podem ser corrosivos, como os ácidos e a soda cáustica,ou irritantes, causando doenças da pele. Muitos líquidostambém podem ser absorvidos pela pele, causando prejuízo àsaúde.

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Névoas ou neblinasNos banhos de galvanoplastia, fosfatização e outros processos,onde se formam névoas ou neblinas de ácidos.

FumosNos banhos de metais fundidos como o chumbo. Os fumos sãopequenas partículas de metal ou de seus compostos,provenientes do banho que ficam suspensos no ar.

Poeiras ou pósPó de serragem, poeira de rebarbação de peças fundidas nojateamento de areia ou granalha de aço.

Principais Efeitos no OrganismoDentre os efeitos dos riscos químicos no organismo, destacam-se, como principais, os seguintes:

IrritaçãoIrritação dos olhos, nariz, garganta, pulmões, da pele.Geralmente, as substâncias que causam irritação se encontramna forma de gás ou vapor, mas podem, também, estar noestado líquido ou sólido. Exemplos: vapores de ácidos, a amônia(amoníaco), certas poeiras. A irritação da pele é causada pelocontato direto com líquidos ou poeiras, sendo exemplos ossolventes "thinners", e a poeira de caviúna.

AsfixiaOu seja, falta de oxigênio no organismo. Exemplos: monóxidode carbono (CO), gás carbônico (CO2), acetileno.

AnestesiaIsto é, uma ação sobre o sistema nervoso central, causandoestado de sonolência ou tonturas. Geralmente, as substânciasanestésicas estão no estado de gás ou vapor. Exemplos:vapores de éter etílico, acetona.

IntoxicaçãoPode ser causada tanto por inalação como por contato com apele ou ingestão acidental do tóxico, que pode estar na formasólida, líquida ou gasosa. Exemplos: benzol, toluol,tricloroetileno, metanol, gasolina, inseticidas, fumos de chumbo,pó de chumbo (nas tipografias).

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PneumoconioseIsto é, uma alteração da capacidade respiratória devido a umaalteração no pulmão da pessoa. As substâncias que causamesse tipo de doença estão na forma de poeira. Exemplos: poeirade sílica livre cristalizada, contida no pó de mármore, areia,carepa de fundição (areia), poeira de amianto ou asbesto, pósde algodão.

Riscos Físicos

Há fatores no ambiente do trabalho cuja presença, tendendoaos limites de excesso ou falta, podem tornar-se responsáveispor variadas alterações na saúde do empregado.

CalorO calor ocorre geralmente em fundições, siderúrgicas,cerâmicas, indústrias de vidro, etc. Quanto aos efeitos, sabe-seque o organismo pode adaptar-se aos ambientes quentes,dentro de certos limites. Quando há exposição excessiva aocalor, pode ocorrer uma série de problemas, como câimbras,insolação ou intermação, ou, ainda, uma afecção nos olhoschamada de catarata.

Ruído ou barulhoOcorre na indústria em geral, mas, principalmente, nastecelagens, estamparias, no rebarbamento por marteletes nasfundições, etc. O ruído excessivo tem vários efeitos no serhumano, variando de pessoa para pessoa, como a irritabilidade,entre outros. Entretanto, seu efeito principal, comprovadoquando as pessoas são expostas a altos níveis de ruído portempos longos, é o dano à audição, que leva a vários graus desurdez.

Radiação infravermelhoÉ o calor radiante cujos efeitos são, justamente, osmencionados acima em "calor". Onde há corpos aquecidos, hácalor radiante que é emitido em todas as direções.

Radiação ultravioletaÉ um tipo de radiação que está presente principalmente nasseguintes operações: solda elétrica, fusão de metais atemperatura muito alta, nas lâmpadas germicidas, nosgeradores de ozona. Seus efeitos são térmicos, causandoqueimaduras, eritemas (vermelhidão) na pele, e, também,

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inflamação nos olhos (conjuntivite). Os efeitos são retardados,aparecendo com maior força 6 a 12 horas após a exposição.Radiações ionizantesPodem ser provenientes de materiais radioativos ou deaparelhos especiais. Exemplos: aparelhos de raio-x (quandoindevidamente utilizados), radiografias industriais de controle(gamagrafia). Os efeitos das exposições descontroladas aradiações ionizantes, por mau controle dos processos, são emgeral sérios: anemia, leucemia, certos tipos de câncer e efeitosque só aparecem nas gerações seguintes (genéticos).

Trabalhos com pressões anormaisSão os trabalhos em que o homem é submetido a pressõesdiferentes da atmosférica, na qual vive normalmente. Essestrabalhos exigem um controle rígido das operações,principalmente na etapa de descompressão e volta à pressãonormal. Ocorrência: em trabalhos submarinos, no trabalho emtubulações e caixões pneumáticos. Os efeitos são: problemasnas articulações, desde dores até paralisia, e outros problemasmais graves que podem ser fatais.

VibraçõesAs vibrações ocorrem, principalmente, nas grandes máquinaspesadas: tratores, escavadeiras, máquinas de terraplanagem,que fazem vibrar o corpo inteiro, e nas ferramentas manuaismotorizadas que fazem vibrar as mãos, braços e ombros. Osproblemas provenientes das vibrações aparecem em geral apóslongo tempo de exposição (vários anos). No caso de vibração docorpo inteiro, podem aparecer dores na coluna, problemas nosrins, enjôos (mal de mar); no caso de vibrações localizadas nasmãos e braços, podem aparecer problemas circulatórios (mácirculação do sangue) e problemas nas articulações. O tempolongo de exposição e fatores como o frio têm muita influência noaparecimento desses problemas.

Má iluminaçãoA iluminação inadequadas nos locais de trabalho pode levar,além de ser causa de baixa eficiência e qualidade do serviço, auma maior probabilidade de ocorrência de certos tipos deacidentes e a uma redução da capacidade visual das pessoas, oque é um efeito negativo muito importante em alguns tipos detrabalho que exigem atenção e boa visão.

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Riscos Biológicos

São os microrganismos presentes no ambiente de trabalho quepodem trazer doenças de natureza moderada e, mesmo, grave.Eles se apresentam invisíveis a olho nu, sendo visíveis somenteao microscópio. Exemplos: as bactérias, bacilos, vírus, fungos,parasitas e outros.Todos estão sujeitos à contaminação por esses agentes, sejaem decorrência de ferimentos e machucaduras, seja pelapresença de colegas doentes ou por contaminação alimentar.

Exemplo: Nos ferimentos e machucaduras, pode ocorrer, entreoutras, a infecção por tétano que pode até matar oempregado.

Os colegas podem trazer ao ambiente de trabalho osmicróbios que causam hepatite, tuberculose, micosedas unhas e da pele.

Se o pessoal da copa e cozinha não tiver higiene easseio, pode ocorrer contaminação das refeições,tendo como possível conseqüência as diarréias.

Para prevenção, usam-se as seguintes medidas:

• vacinação;

• equipamento de proteção individual;

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• rigorosa higiene pessoal, das roupas e dos ambientes detrabalho;

• controle médico permanente.

Principais Medidas de Controle dos Riscos Ambientais

As principais medidas de controle dos riscos ambientais podemreferir-se ao ambiente ou ao pessoal:

Medidas relativas ao ambiente

Substituição do produto tóxicoO produto tóxico pode ser substituído por outro produto menostóxico ou inofensivo. Esta é a medida ideal, desde que osubstituto tenha qualidades próximas às do original. Também,deve-se tomar cuidado para não se criar um risco maior,substituindo um produto tóxico por outro menos tóxico masaltamente inflamável. Exemplos de substituições corretas:benzeno substituído pelo tolueno; substituição de tintas à base

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de chumbo por tintas à base de zinco; jateamento com areiasubstituído por jateamento de óxido de alumínio, etc.

Mudança do processo ou equipamentoCertas modificações em processos ou equipamentos podemreduzir muito os riscos ou, até, eliminá-los. Exemplos: pintura aimersão ao invés de pintura a pistola (diminuindo-se a formaçãode vapores dos solventes); rebitagem substituída por solda(menor barulho).

Enclausuramento ou confinamentoConsiste em isolar determinada operação do resto da área,diminuindo assim o número de pessoas expostas ao risco.Exemplos: cabine de jateamento de areia; enclausuramento deuma máquina ruidosa.

VentilaçãoPode ser exaustora, retirando o ar contaminado no local deformação do contaminante, ou diluidora, que é aquela que jogaar limpo dentro do ambiente, diluindo o ar contaminado.Exemplos: nos tanques de solventes, nas operações com colas,nas operações geradoras de poeiras, nos rebolos derebarbamento de peças fundidas.

UmidificaçãoOnde há poeiras, o risco de exposição pode ser eliminado oudiminuído pela aplicação de água ou neblina. Muitas operações,feitas a úmido, oferecem um risco bem menor à saúde.Exemplos: mistura de areias de fundição, varredura a úmido.

SegregaçãoSegregação quer dizer separação. Nesta medida de controle,separa-se a operação ou equipamento do restante, seja notempo seja no espaço. Separar no tempo quer dizer fazer aoperação fora do horário normal do resto do pessoal; separar no

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espaço significa colocar a operação a distância, longe dosdemais. O número de pessoas expostas ficará bastantereduzido e aqueles que devem ficar junto à operação irãoreceber proteção especial.Boa manutenção e conservaçãoRigorosamente, estas medidas não podem ser consideradasformas específicas de prevenção de riscos. Entretanto, sãocomplementos de quaisquer outras medidas. Muitas vezes, amá manutenção é a causa principal dos problemas ambientais.Os programas e cronogramas de manutenção devem serseguidos à risca, dentro dos prazos propostos pelos fabricantesdos equipamentos. Exemplos: ruído excessivo em estruturas emancais; vazamentos de produtos tóxicos; superaquecimento.

Ordem e limpezaBoas condições de ordem e limpeza e asseio geral ocupam umlugar-chave nos sistemas de proteção ambiental. O pó, embancadas, rodapés e pisos, que se deposita nas horas calmas,pode rapidamente ser redispersado, no ar da sala, por correntesde ar, movimento de pessoas ou funcionamento deequipamentos. O asseio é sempre importante e onde hámateriais tóxicos é importantíssimo, é primordial. A limpezaimediata de qualquer derramamento de produtos tóxicos éimportante medida de controle. Para a limpeza de poeira, deveser preferida a aspiração a vácuo; nunca o pó deve ser sopradocom bicos de ar comprimido, para efeito de limpeza. Éimpossível manter um bom programa de prevenção de riscosambientais sem um preocupação constante nos aspectos deordem e limpeza.

Medidas relativas ao pessoal

Equipamento de Proteção IndividualO equipamento de proteção individual deve ser sempreconsiderado como uma segunda linha de defesa, após seremtentadas medidas relativas ao ambiente de trabalho. Nassituações onde não são eficientes medidas gerais e coletivasrelativas ao ambiente, a critério técnico, o EPI é a forma deproteção, aliada à limitação da exposição.

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O uso correto do EPI por parte do empregado, o conhecimentodas suas limitações e vantagens, são aspectos que todoempregado deve conhecer através de treinamento específico,coordenado pelo pessoal especializado em Segurança eMedicina do Trabalho.Especial cuidado deve ser tomado na conservação da eficiênciado EPI, sob pena de o mesmo se tornar uma arma de doisgumes, fornecendo ao empregado confiança numa proteçãoinexistente.

Limitação de exposiçãoA redução dos períodos de trabalho tornam-se importantemedida de controle onde e quando todas as outras foremimpraticáveis por motivos técnicos, locais (físicos) oueconômicos, não se conseguindo reduzir ou eliminar o risco.Assim, a limitação da exposição, dentro de critérios bemdefinidos tecnicamente, pode tornar-se uma solução eficienteem muitos casos. Exemplos: controle do tempo de exposição aocalor. às pressões anormais, às radiações ionizantes.

Controle MédicoExames médicos pré-admissionais e periódicos são medidasfundamentais de caráter permanente, constituindo-se numa dasatividades principais dos serviços médicos da empresa. Umaboa seleção na admissão pode evitar a contratação de pessoasque têm maior sensibilidade e que poderiam adquirir doençasrelacionadas com certas atividades. Os exames médicosperiódicos dos empregados possibilitam, além de um controlede saúde geral do pessoal, a descoberta e a detenção defatores que podem levar a uma doença profissional, num estágioainda inicial e com pouca probabilidade de danos.

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Riscos de Eletricidade

Introdução

A eletricidade é de grande utilidade no mundo atual, facilitandomuito o trabalho nas indústrias, acionando máquinas eequipamentos. Proporciona, também, conforto e bem-estar emcasa, acendendo lâmpadas, fazendo funcionar rádiostelevisores, geladeiras, aquecedores etc.A eletricidade é uma forma de energia (energia elétrica)transportada através de condutores (fios elétricos), sendo muitoconhecidas três das suas unidades, que são: volts (V), ampères(A) e watts (W).A tensão, medida em V (volts), é o potencial elétrico e pode-sefazer analogia com a pressão d'água numa tubulação. Pode-seter várias voltagens, como, por exemplo, numa fábrica ondeexiste tensão de 110 V para as lâmpadas, de 220 V paraacionar pequenos aparelhos, de 440 V para acionar motores eequipamentos e, mesmo, tensões maiores.A corrente elétrica (I), medida em ampères (A), em analogiacom a rede de água, é a vazão. A corrente depende dasolicitação do aparelho elétrico, assim como a vazão da torneiradepende de quando se abre a válvula.A multiplicação da tensão pela corrente elétrica dá a potência(P), que é medida em watts (W) ou c.v. (cavalo-vapor).Em eletricidade, há outro fator importante: a resistência elétrica(R), medida em Ohm (Ω), que, a grosso modo, pode sercomparada com a perda de carga de uma tubulação ou de umescoamento de fluido.Mas, enquanto uma rede d'água não mata, quando se toca natubulação, a energia elétrica, que tanto benefício traz, podematar pelo choque elétrico.

O que é Eletricidade

Para uma maior compreensão dos acidentes e riscos causadospela eletricidade, é preciso explicar alguns conceitos e algumascaracterísticas da eletricidade.

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Lei de OHM

A Lei de Ohm estabelece que a corrente elétrica que atravessaum condutor está em proporção direta à diferença de potencial eem proporção inversa à resistência do condutor.

SÍMBOLO SIGNIFICADO UNIDADEV Corrente volts (V)I Tensão ampères (A)R Resistência Ohms (Ω)

Da lei de Ohm tem-se que: I = V/R.Segundo essa lei, para uma dada tensão, que geralmente é fixa(110, 220, 440 volts), quanto maior for a resistência elétricamenor será a corrente.Exemplo: V = 110 volts Para R = 10 I = 110/10 = 11 Ampères V = 110 volts Para R = 20 I = 110/20 = 5,5 Ampères

Para acontecer qualquer acidente com uma pessoa, énecessário que passe pelo seu corpo uma determinada correntee, conforme o lugar por onde passa e o tempo de contato dessacorrente, ter-se-á a gravidade e o tipo de efeito do acidente.Como se vê anteriormente, a corrente depende da tensão e daresistência elétrica, e a passagem da corrente elétrica pelocorpo humano depende da resistência elétrica do mesmo.A resistência elétrica do corpo humano depende de diversosfatores, como exemplo variação da tensão aplicada, tipo depele, os meios internos como vasos sangüíneos e sistemanervoso, tipo de contato e condição da pele.Existem dois tipos principais de resistência do corpo humano,sendo a cutânea (da pele) a que oferece maiores variações devalores, dependendo da espessura da pele no local, da umidadeda pele, variando de 1.000 a 100.000 Ohms, podendo atingirvalores maiores. A outra resistência, a dos meios internos, variamenos, de 500 a 1.000 Ohms aproximadamente.Portanto, a resistência elétrica do corpo humano varia de 1.500a 100.000 Ohms, em média.

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Efeitos da Corrente Elétrica

Considerando que uma corrente de 25 miliampères pode causaracidentes fatais, e considerando-se uma resistência de 1.500Ohms para o corpo humano, tem-se:

V = I x R = 0,025 x 1.500 = 37,5V

Portanto, uma tensão de 37,5 volts já poderá causar acidentesfatais em casos especiais de contato.

Intensidade(miliampères)

Estado Possívelde Choque

Perturbações Possíveis Resultado FinalProvável

1 Normal Nenhuma Normal1 a 3 Normal Pequena sensação

desagradávelNormal

3 a 9 Normal Sensação de choquedesagradável; contraçõesmusculares

Normal

9 a 20 Morteaparente

Sensações dolorosas;contrações muscularesviolentas;dificuldade de respirar;perturbações circulatórias

Restabelecimentoou Morte

20 a 100 Morteaparente

Sensação insuportável;contrações muscularesviolentas;asfixia;perturbação circulatória;desmaios.

Restabelecimentoou Morte

acima de 100 Morteaparente

Desmaios;asfixia imediata;fibrilação ventricular.

Morte

O tempo de contato com a corrente é muito importante nagravidade dos acidentes, porque, como foi visto na tabelaanterior, determinadas intensidades de corrente produzemcontrações musculares que levam à asfixia e à fibrilaçãoventricular, o que, por tempo prolongado, causa acidente fatalou, então dificulta a recuperação. Estima-se em menos de 2minutos o tempo de choque em que as contrações musculareslevam à asfixia.

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O trajeto da corrente no corpo humano tem grande influênciapara as conseqüências do choque elétrico, pois é mais difícilreanimar uma pessoa com fibrilação ventricular, que exige umprocesso de massagem cardíaca, difícil de se executar, do queuma pessoa que, simplesmente, tem uma asfixia e que pode serreanimada com o processo de respiração artificial.Abaixo, um tipo de contato elétrico onde há passagem decorrente elétrica pelo corpo e a porcentagem de corrente quepassa pelo coração:

Principais Sintomas Causados pelo Choque

As principais conseqüências devidas a choques elétricos podemser divididas em dois tipos; os que causam:

Choques que não causam lesões orgânicas

• Os casos de pequenos choques elétricos de simplesdescargas elétricas de baixa intensidade num intervalo detempo pequeno, sem causar danos, em que a vítima senteapenas um formigamento no local de contato;

• Os choques elétricos um poucos mais fortes, por poucotempo, quando a pessoa atingida sofre uma violentacontração muscular;

• Os choques elétricos em que a vítima, além da violentacontração muscular, sofre um estado de comoção que sedissipa rapidamente;

• Os choques elétricos que, causando a contração dosmúsculos das regiões próximas à do contato, levam a lesõesprofundas, como queimadura no local e outros acidentes, porexemplo, quedas.

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Choques que causam lesões orgânicas:A vítima do choque elétrico fica em estado de morte aparentedevido a um ou mais fatores que são explicados abaixo:

• Inibição do centro respiratório. É o caso em que devido aochoque elétrico os músculos respiratórios se contraemviolentamente e perdem a sua capacidade muscular,podendo levar à parada respiratória;

• Fibrilação do coração. É o caso em que, após a passagem deuma corrente elétrica pelos músculos do coração, estesentram num estado de batimento insatisfatório, fazendo queo coração não execute a sua função de bombear sangue.

Riscos Elétricos

Como já foi visto, até uma tensão de 37,5 volts poderá causarum acidente fatal em determinadas condições. Como a maioriadas instalações elétricas são de uma voltagem de 110 V oumais, sempre existirão perigos potenciais de acidentes elétricos.Os principais tipos de riscos elétricos são:

• Fios e partes metálicas sob tensão, desprotegidos, quepoderão ser tocados acidentalmente ou sem conhecimentode que estejam energizados.

• Máquinas, equipamentos e ferramentas que estejam comsuas carcaças energizadas, devido a falha do isolamentointerno da sua fiação, poderão causar choques elétricosquando não aterradas eletricamente e quando a mão dooperador estiver úmida ou ele estiver sobre o piso úmido semcalçados apropriados.

Estes tipos de contato poderão causar o surgimento de umadiferença de potencial entre uma pessoa e a terra e com isso apassagem de corrente elétrica através do seu corpo.Além desses acidentes, o choque elétrico poderá desencadearoutros efeitos mais graves como, por exemplo, os casos em quea vítima, após o contato com partes energizadas da instalaçãoem lugares altos, em passarelas ou andaime, pode sofrer umaqueda, se não estiver devidamente segura no local.Existe o risco de se provocar incêndio devido a um condutorsubdimensionado ou por haver nele uma sobrecarga, ou seja, acorrente que passa no condutor é mais que a corrente que elepode suportar, a ponto de o seu isolamento entrar emdeterioração, com conseqüente curto-circuito.

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Ligações de fios com contatos mal feitos criarão uma maiorresistência elétrica que poderá aquecer o local da ligação.Desligar chave tipo faca, com aparelhos ligados, poderá fazercom que haja a formação do arco voltaico (formação de faísca),o que poderá ser perigoso, principalmente em ambiente onde searmazenam inflamáveis.

Cuidados nas Instalações Elétricas

Algumas providências são essenciais. Deve-se, assim:

• Tomar alguns cuidados com as instalações elétricas como,por exemplo, não deixar fios, partes metálicas ou objetosexpostos que possam ser tocados por pessoas. Em casosde emergência, colocar placas de advertência de forma bemvisível com o nome do responsável;

• Não deixar chaves tipo faca e nem quadro de comando deforça expostos, com suas partes energizadas oferecendoriscos de contato acidental;

• Proteger os equipamentos elétricos de alta tensão através deguardas fixas, como cercas, ou instalá-los em locais que nãooferecem perigo;

• Usar fiação correta para as ligações, dimensionando a bitolada mesma de acordo com a carga (corrente) que iráconduzir, usando para isso, de preferência, as tabelas da NB-3 da ABNT;

• Proteger as instalações elétricas, usando fusíveis edisjuntores para que, em caso de sobrecarga, o circuito sejadesligado, queimando o fusível ou desligando o disjuntor,provocando o corte do fornecimento de energia e com issonão danificando a instalação elétrica e o equipamento;

• Ao ligar um aparelho e uma tomada elétrica ou ao fazer umaligação de um aparelho a uma rede elétrica, verificar se atensão da linha de fornecimento corresponde à do aparelho ese, ligando-se o aparelho, não se irá sobrecarregar a linha,provocando a queima do fusível, queda de disjuntores oudanos na fiação elétrica;

• Não ligar simultâneamente mais de um aparelho à mesmatomada de corrente;

• Usar ferramentas manuais com isolamento elétrico;• Certificar se o circuito elétrico esta energizado ou não,

através do detector de tensão;• Identificar o nível de tensão das instalações elétricas, e

colocar placas de advertência.

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Medidas Preventivas em Instalações Elétricas

As medidas a seguir têm importância capital na prevenção deacidentes.

• Somente usar material, aparelhos e equipamentos, dequalidade comprovada;

• Permitir a instalação e manutenção somente por profissionaisqualificados e obedecendo às normas técnicas vigentes nopaís;

• Manter as instalações e os aparelhos em ótimo estado deconservação e manutenção;

• Tomar cuidado em qualquer serviço nas instalações elétricas,mesmo as de baixa tensão;

• Usar somente fios com capacidade adequada para oequipamento a ser utilizado, devidamente protegidos contratoque acidental, preferivelmente isolados e protegidosmecanicamente, fazendo-se a instalação aérea ou poreletroduto (conduíte) rígido ou flexível;

• Aterrar eletricamente as carcaças e as proteções metálicasdos equipamentos. Ver, no fim deste capítulo, como aterraradequadamente máquinas e equipamentos;

• Proteger de toques acidentais os equipamentos sob tensão,colocando-os dentro de caixas especiais ou cercando-os combarreiras fixas (cerca de tela ou balaustrada).

Nos acidentes de origem elétrica, o número de casos fataispoderá ser consideravelmente diminuído se medidas desocorros forem postas imediatamente em prática, já que otempo de exposição à corrente é um fator muito importante noagravamento deste tipo de acidentes.E o ideal é que todos conheçam os métodos de primeirossocorros para acidentes causados por eletricidade ou, pelomenos, o pessoal que trabalha com ela ou em lugares onde orisco de choques elétricos é alto.Na reanimação de um acidentado, devem-se observar algunscuidados como, por exemplo:• antes de tocar no corpo da vítima, procurar livrá-la do circuito

elétrico, com segurança e rapidez;• não usar as mãos nuas ou qualquer objeto metálico para

cortar o circuito ou afastar fios; usar luvas ou bastõesisolantes;

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• verificar se o desligamento da corrente não causará umagrande queda da vítima e, se isto for ocorrer, procurar ummeio de ampará-la.

Passos a seguir na reanimação:a) desligar imediatamente circuito;b) mover o menos possível a vítima;c) examine as narinas, abra a boca, desenrole a língua e retire

objetos estranhos (dentaduras, palitos, alimentos, etc.) se foro caso;

d) se for o caso de respiração artificial, seguir as instruções doCapítulo de Primeiros Socorros;

e) afrouxar o colarinho e peças de roupa que impeçam a livrecirculação;

f) se for o caso, iniciar imediatamente a massagem cardíaca.

Aterramento Elétrico

O aterramento elétrico é uma maneira entre várias de eliminaros riscos:

Choque elétrico - proveniente de defeitos de equipamentoselétricos e causado por processos industriais;

Incêndios ou explosões - resultantes da manipulação deprodutos inflamáveis e/ou explosivos.

Além das duas finalidades mencionadas, ele é mais comumenteutilizado com o propósito de oferecer segurança aosequipamentos e às instalações elétricas.O emprego do aterramento elétrico, quando visa à proteção deequipamentos e instalações elétricas, normalmente se dá quercomo meio de proteção às instalações elétricas, quer comomeio de proteção a equipamentos elétricos; tal é o caso dosdispositivos como o pára-raios, que visam a proteger as linhasaéreas quanto aos perigos decorrentes de sobretensões ou,então, a evitar a interferência que surge em equipamentoseletrônicos devido à falta do aterramento elétrico.Em ambos os casos descritos acima, os cuidados a seremobservados na instalação não são tão críticos quanto aquelesdirigidos à proteção de pessoas, por causa dos riscos dechoque elétrico e quanto à proteção de instalações, no caso deincêndios e explosões.

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A obrigatoriedade do uso do aterramento elétrico como medidade controle dos riscos provenientes do uso da eletricidade, édada pela portaria 3214 de 8 de junho de 1978 do Ministério doTrabalho, através da Norma Regulamentadora nº 10,"Instalações e Serviços em Eletricidade".Noções Básicas de Demarcações de Segurança

Introdução

Sendo, a visão, a capacidade sensitiva mais usada pelo homem(aproximadamente 87% das sensações recebidas passam peloórgão da visão), e como em muito caso há necessidade de umarápida distinção entre o perigoso e o seguro, ou da localizaçãode certos equipamentos, com segurança e rapidez, resolveu-sepadronizar o uso das cores.Com o uso de cores padronizadas, pode-se, em caso deincêndio, localizar os equipamentos de combate ao fogo, comrapidez, distinguir os dispositivos de parada de emergência demáquinas ou notar suas partes perigosas.O uso de tubulações pintadas em cores padronizadas permitedistinguir cada elemento transportado em uma tubulação entrediversas tubulações existentes dentro de uma empresa.

Cores e Sinalização na Segurança do Trabalho

Tem por objetivo fixar as cores que devem ser usadas noslocais de trabalho para prevenção de acidentes, identificando osequipamentos de segurança, delimitando áreas, identificando ascanalizações empregadas nas empresas para a condução delíquidos e gases, e advertindo contra riscos.Deverão ser adotadas cores para segurança emestabelecimentos ou locais de trabalho, a fim de indicar eadvertir acerca dos riscos existentes.A utilização de cores não dispensa o emprego de outras formasde prevenção de acidentes.O uso de cores deverá ser o mais reduzido possível, a fim denão ocasionar distração, confusão e fadiga ao trabalhador.

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As cores aqui adotadas serão as seguintes:

• Vermelho, amarelo, branco, preto, azul, verde, laranja,púrpura, lilás, cinza, alumínio, marrom.

A indicação em cor, sempre que necessária, especialmentequando em área de trânsito para pessoas estranhas ao trabalho,será acompanhada dos sinais convencionais ou a identificaçãopor palavras.

VermelhoO vermelho deverá ser usado para distinguir e indicarequipamentos e aparelhos de proteção e combate a incêndio.Não deverá ser usada na indústria para assinalar perigo, por serde pouca visibilidade em comparação com o amarelo (de altavisibilidade) e o alaranjado (que significa Alerta).É empregado para identificar:

• Caixa de alarme de incêndio;• Hidrantes;• Bombas de incêndio;• Sirene de alarme de incêndio;• Extintores e sua localização;• Indicações de extintores (visível à distância, dentro da área

de uso do extintor);• Localização de mangueiras de incêndio (a cor deve ser usada

no carretel, suporte, moldura da caixa ou nicho);• Tubulações, válvulas e hastes do sistema de aspersão de

água;• Transporte com equipamentos de combate a incêndio;• Portas de saídas de emergência;• Rede de água para incêndio (SPRINKLERS);• Mangueira de acetileno (solda oxiacetilênica).

A cor vermelha será usada excepcionalmente com sentido deadvertência de perigo:

• Nas luzes a serem colocadas em barricadas, tapumes deconstruções e quaisquer outras obstruções temporárias;

• Em botões interruptores de circuitos elétricos para paradasde emergência.

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AmareloEm canalizações, deve-se utilizar o amarelo para identificargases não liqüefeitos.

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O amarelo deverá ser empregado para indicar "Cuidado!",assinalando:

• Partes baixas de escadas portáteis;• Corrimões, parapeitos, pisos e partes inferiores de escadas

que apresentem risco;• Espelhos de degraus de escadas;• Bordos desguarnecidos de aberturas no solo (poço, entradas

subterrâneas, etc.) e de plataformas que não possam tercorrimões;

• Bordas horizontais de portas de elevadores que se fechamverticalmente;

• Faixas no piso de entrada de elevadores e plataformas decarregamento;

• Meios-fios, onde haja necessidade de chamar atenção;• Paredes de fundo de corredores sem saída;• Vigas colocadas à baixa altura;• Cabines, caçambas, guindastes, escavadeiras, etc;• Equipamentos de transporte e manipulação de material tais

como: empilhadeiras, tratores industriais, pontes-rolantes,vagonetes, reboques, etc;

• Fundos de letreiros e avisos de advertência;• Pilastras, vigas, postes, colunas e partes salientes da

estrutura e equipamentos em que se possa esbarrar;• Cavaletes, porteiras e lanças de cancelas;• Bandeiras como sinal de advertência (combinado ao preto);• Comandos e equipamentos suspensos que ofereçam risco;• Pára-choques para veículos de transporte pesados, com

listras pretas.

Listras (verticais ou inclinadas) e quadrados pretos serãousados sobre o amarelo quando houver necessidade demelhorar a visibilidade da sinalização.

BrancoO branco será empregado em:

• Passarelas e corredores de circulação, por meio de faixas(localização e largura);

• Direção e circulação, por meio de sinais;• Localização e coletores de resíduos;• Localização de bebedouros;

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• Áreas em torno dos equipamentos de socorro de urgência, decombate a incêndio ou outros equipamentos de emergência;

• Áreas destinadas à armazenagem;• Zonas de segurança.

PretoO preto será empregado para indicar as canalizações deinflamáveis e combustíveis de alta viscosidade (ex.: óleolubrificante, asfalto, óleo combustível, alcatrão, piche, etc.).O preto poderá ser usado em substituição ao branco, oucombinado a este quando condições especiais o exigirem.

AzulO azul será utilizado para indicar "Cuidado!", ficando o seuemprego limitado a avisos contra uso e movimentação deequipamentos, que deverão permanecer fora de serviço.

• Empregado em barreiras e bandeirolas de advertência aserem localizadas nos pontos de comando, de partida, oufontes de energia dos equipamentos.

Será também empregado em:

• Canalizações de ar comprimido;• Prevenção contra movimento acidental de qualquer

equipamento em manutenção;• Avisos colocados no ponto de arranque ou fontes de

potência.

VerdeO verde é a cor que caracteriza "segurança".Deverá ser empregado para identificar:

• Canalizações de água;• Caixas de equipamentos de socorro de urgência;• Caixas contendo máscaras contra gases;• Chuveiros de segurança;• Macas;• Fontes lavadoras de olhos;• Quadros para exposição de cartazes, boletins, avisos de

segurança, etc;

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• Porta de entrada de salas de curativos de urgência;• Localização de EPI; caixas contendo EPI;• Emblemas de segurança;• Dispositivos de segurança;• Mangueiras de oxigênio (solda oxiacetilênica).

LaranjaO laranja deverá ser empregado para identificar:

• Canalizações contendo ácidos;• Partes móveis de máquinas e equipamentos;• Partes internas das guardas de máquinas que possam ser

removidas ou abertas;• Faces internas de caixas protetoras de dispositivos elétricos;• Faces externas de polias e engrenagens;• Botões de arranque de segurança;• Dispositivos de corte, bordas de serras, prensas;

PúrpuraA púrpura deverá ser usada para indicar os perigos provenientesdas radiações eletromagnéticas penetrantes de partículasnucleares.Deverá ser empregada a púrpura em:

• Portas e aberturas que dão acesso a locais onde semanipulam ou armazenam materiais radioativos ou materiaiscontaminados pela radioatividade;

• Locais onde tenham sido enterrados materiais eequipamentos contaminados;

• Recipientes de materiais radioativos ou de refugos demateriais e equipamentos contaminados;

• Sinais luminosos para indicar equipamentos produtores deradiações eletromagnéticas penetrantes e partículasnucleares.

LilásO lilás deverá ser usado para indicar canalizações quecontenham álcalis. As refinarias de petróleo poderão utilizar olilás para a identificação de lubrificantes.

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Cinza

Cinza ClaroO cinza claro deverá ser usado para identificar canalizações emvácuo.

Cinza EscuroO cinza escuro deverá ser usado para identificar eletrodutos.

AlumínioO alumínio será utilizado em canalizações contendo gasesliqüefeitos, inflamáveis e combustíveis de baixa viscosidade (ex.:óleo diesel, gasolina, querosene, óleo lubrificante, etc.).

MarromO marrom pode ser adotado, a critério da empresa, paraidentificar qualquer fluido não identificável pelas demais cores.

Cores em MáquinasO corpo das máquinas deverá ser pintado em branco, preto ouverde.

Cores em CanalizaçõesAs canalizações industriais, para condução de líquidos e gases,deverão receber a aplicação de cores, em toda sua extensão, afim de facilitar a identificação do produto e evitar acidentes.Obrigatoriamente, a canalização de água potável deverá serdiferenciada das demais.Quando houver a necessidade de uma identificação maisdetalhada (concentração, temperatura, pressões, pureza, etc.),a diferenciação far-se-á através de faixas de cores diferentes,aplicadas sobre a cor básica.A identificação por meio de faixas deverá ser feita de modo quepossibilite facilmente a sua visualização em qualquer parte dacanalização.Todos os acessórios das tubulações serão pintados nas coresbásicas de acordo com a natureza do produto a sertransportado.O sentido de transporte de fluido, quando necessário, seráindicado por meio de seta pintada em cor de contraste sobre acor básica da tubulação.

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Para fins de segurança pelo mesmo sistema de cores que ascanalizações.Sinalização para Armazenamento de Substância PerigosasO armazenamento de substâncias perigosas deverá seguirpadrões internacionais.Para fins do disposto no item anterior, considera-se substânciaperigosa todo o material que seja, isoladamente ou não,corrosivo, tóxico, radioativo, oxidante, e que durante o seumanejo, armazenamento, processamento, embalagem,transporte, possa conduzir efeitos prejudiciais sobretrabalhadores, equipamentos, ambiente de trabalho.

Símbolos para Identificação dos Recipientes naMovimentação de MateriaisNa movimentação de materiais no transporte terrestre, marítimo,aéreo e intermodal, deverão ser seguidas as normas técnicassobre simbologia vigentes no país.

Rotulagem PreventivaA rotulagem dos produtos perigosos ou nocivos à saúde deveráser feita segundo as normas constantes deste item.Todas as instruções dos rótulos deverão ser breves, precisas,redigidas em termos simples e de fácil compreensão.A linguagem deverá ser prática, não se baseando somente naspropriedades inerentes a uma produto, mas dirigida de modo aevitar os riscos resultantes do uso, manipulação earmazenagem do produto.Onde possa ocorrer misturas de duas ou mais substânciasquímicas, com propriedades que variem, em tipo ou graudaquelas dos componentes considerados isoladamente, o rótulodeverá destacar as propriedades perigosas do produto final.Do rótulo deverão constar os seguintes tópicos:

• Nome Técnico do Produto;• Palavra de Advertência, designando o grau de risco;• Indicações de Risco;• Medidas Preventivas, abrangendo aquelas a serem tomadas;• Primeiros Socorros;• Informações Para Médicos, em casos de acidentes;• Instruções Especiais em Caso de Fogo, Derrame ou

Vazamento, quando for o caso.

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No cumprimento do disposto no item anterior dever-se-á adotaro seguinte procedimento:

Nome Técnico CompletoO rótulo especificando a natureza do produto químico. Exemplo:"Ácido Corrosivo", "Composto de Chumbo" etc. Em qualquersituação a identificação deverá ser adequada, para permitir aescolha do tratamento médico correto, no caso de acidente.

Palavra de AdvertênciaAs palavras de advertência que devem ser usadas são:"PERIGO" - para indicar substâncias que apresentam alto risco."ATENÇÃO" - para substâncias que apresentam risco leve.

Indicação de RiscoAs indicações deverão informar sobre os riscos relacionados aomanuseio de uso habitual ou razoavelmente previsível doproduto. Exemplos: "Extremamente Inflamáveis", "Nocivo seAbsorvido Através da Pele", etc.

Medidas PreventivasTêm por finalidade estabelecer outras medidas a seremtomadas para evitar lesões ou danos decorrentes dos riscosindicados. Exemplos: "Mantenha Afastado do Calor, Faíscas eChamas Abertas" e "Evite Inalar a Poeira".

Primeiros SocorrosMedidas específicas que podem ser tomadas antes da chegadado médico.

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Noções Básicas de Combate à Incêndio

Princípios Básicos do Fogo

Para nossa própria segurança, devem-se conhecer os doisaspectos fundamentais da proteção contra incêndio.O primeiro aspecto é o da prevenção de incêndios, isto é, evitarque ocorra o fogo, utilizando certas medidas básicas, as quaisenvolvem a necessidade de se conhecerem, entre outros itens:

a) as características do fogo;b) as propriedades de risco dos materiais;c) as causas de incêndios;d) o estudo dos combustíveis.

Quando, apesar da prevenção, ocorre um princípio de incêndio,é importante que ele seja combatido de forma eficiente, paraque sejam minimizadas suas conseqüências. A fim de que essecombate seja eficaz, deve-se, ainda:

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a) conhecer os agentes extintores;b) saber utilizar os equipamentos de combate a incêndios;c) saber avaliar as características do incêndio, o que

determinará a melhor atitude a ser tomada.

Pode-se definir o fogo como a conseqüência de uma reaçãoquímica denominada combustão, que produz calor ou calor eluz.Para que ocorra essa reação química, dever-se-á ter, nomínimo, dois reagentes que, a partir da existência de umacircunstância favorável, poderão combinar-se.Os elementos essenciais do fogo são:

• combustível (carbono, hidrogênio)• comburente (oxigênio);• calor (energia de ativação).

CombustívelEm síntese, combustível é todo material, toda substância quepossui a propriedade de queimar, de entrar em combustão.

Os combustíveis podem apresentar-se em 3 estados físicos:

• sólido (madeira, papel, tecidos, etc.);• líquido (álcool, éter, gasolina, etc.);• gasoso (acetileno, butano, propano, etc.).

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ComburenteNormalmente, o oxigênio combina-se com o materialcombustível, dando início à combustão.O ar atmosférico contém, na sua composição, cerca de 21% deoxigênio.Para demonstrar a importância do oxigênio na reação,recomendamos a seguinte experiência:

1º acender uma vela;2º colocar um copo de material resistente ou um recipiente de

vidro sobre a vela.

Observe que a chama diminuirá gradativamente até a extinçãodo fogo; isso porque o oxigênio existente no recipiente vai sendoconsumido na reação, até atingir uma quantidade insuficientepara mantê-la.

Genericamente, o comburente é definido como "mistura gasosaque contém o oxidante em concentração suficiente para que emseu meio se desenvolva a reação de combustão".

CalorÉ o elemento que fornece a energia de ativação necessária parainiciar a reação entre o combustível e o comburente, mantendoe propagando a combustão, como a chama de um palito defósforos.Note-se que o calor propicia:

a) elevação da temperatura;b) aumento do volume dos corpos;c) mudança no estado físico das substância.

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Há casos de materiais em que a própria temperatura ambientejá serve como fonte de calor, como o magnésio, por exemplo.

Condições Propícias para a Combustão

Além dos elementos essenciais do fogo, há a necessidade deque as condições em que esses elementos se apresentamsejam propícias para o início da combustão.Se uma pessoa trabalha em um escritório iluminado com umalâmpada incandescente de 100 watts e, além disso, ela fuma,haverá no ambiente:

Combustível: mesa, cadeira, papel, etc.;

Comburente: oxigênio presente na atmosfera;

Calor: representado pela lâmpada incandescente ligada e pelocigarro acesso.

Apesar de esses três elementos estarem presentes noambiente, só ocorrerá incêndio, se, por distração da pessoa queestá trabalhando, uma folha de papel, por exemplo, encostar nocigarro aceso.Neste caso, o calor do cigarro aquecerá o papel e estecomeçará a liberar vapores que, em contato com a fonte decalor (brasa do cigarro), se combinará com o oxigênio do ar eentrará em combustão.

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IMPORTANTE: Somente quando o combustível se apresentarsob a forma de vapor (ou gás), ele poderá, normalmente, entrarem ignição. Se esse combustível estiver no estado sólido oulíquido, haverá necessidade de que seja aquecido, para quecomece a liberar vapores ou gases.

Esquematicamente, podem-se considerar vários casos:

aquecimento

a) sólido ----------------------------------> vaporExemplo: Papel

aquecimento aquecimento

b) sólido -------------------------> líquido --------------------------> vapor

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Exemplo: Parafina aquecimento

c) líquido ----------------------------------> vaporExemplo: Óleos combustíveis

d) gás (já se apresenta no estado físico adequado à combustão)Exemplo: Acetileno

Quanto ao oxigênio, ele deverá estar presente no ambiente, emporcentagens adequadas.Para cada combustível haverá a necessidade da presença deuma porcentagem mínima de oxigênio, a partir da qual a misturapoderá entrar em combustão. A concentração de oxigênioabaixo desse limite inviabiliza a combustão, pois a misturacombustível-comburente estará muito "rica".

Reação em CadeiaToda reação química envolve troca de energia. Na combustão,parte da energia desprendida é dissipada no ambiente,provocando os efeitos térmicos derivados do incêndio; orestante continua a aquecer o combustível, fornecendo aenergia (fonte de calor)) necessária para que o processocontinue.Didaticamente, representa-se a reação química da seguinteforma:

COMBUSTÍVEL + COMBURENTE FONTE DE IGNIÇÃO LUZ +CALOR + FUMOS + GASES (vapor)

Essa reação vai ter uma velocidade de propagação relacionadacom diversos fatores, tais como temperatura, umidade do ar,características inerentes ao material combustível, forma físicadesse material (sólido bruto ou particulado, líquido, etc.),condições de ventilação aspectos que serão adiante analisados:

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ER - Energia das substâncias reagentesEA - Energia de ativaçãoEI = ER + EA = Energia do processo que desencadeia a reaçãoEP = Energia final dos produtos da reação

∆E1 = parte da energia desprendida que é reaproveitada noprocesso, continuando a aquecer as substâncias reagentes;

∆E2 = parte da energia desprendida que é dissipada noambiente.

Triângulo do FogoOs três elementos básicos para que um fogo se inicie são,portanto, o material combustível, o comburente e a fonte deignição ou fonte de calor. A representação gráfica desseconjunto é tradicionalmente chamada de Triângulo do Fogo.

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Conforme ao exposto no item anterior, a propagação do fogo vaidepender da existência de energia suficiente para manter areação em cadeia.

Combustão

A combinação dos três elementos do triângulo do fogo sobcondições propícias permite a ignição e a continuação dasreações químicas, as quais podem ser classificadas em:

• oxidação lenta,

• combustão simples,

• deflagração,

• detonação,

• explosão.

O parâmetro empregado para classificar as combustões é avelocidade de propagação.

A velocidade de propagação é definida como a velocidade dedeslocamento da frente de reação, ou a velocidade dedeslocamento da fronteira entre a área já queimada (zona dosprodutos da reação) e a área ainda não atingida pela reação(zona não destruída).

ClassificaçãoOxidação lenta - A energia despendida na reação é dissipadano meio ambiente sem criar um aumento de temperatura naárea atingida (não ocorre a reação em cadeia). É o que ocorrecom a ferrugem (oxidação do ferro) ou com o papel, quando ficaamarelecido. A propagação ocorre lentamente, com velocidadepraticamente nula.

Combustão simples - Há percepção visual do deslocamento dafrente de reação, porém a velocidade de propagação é inferior a1 metro por segundo (m/s). Os incêndios normais, como acombustão de madeira, papel, algodão, são exemplos de

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CST58 Companhia Siderúrgica de Tubarão

combustão simples, onde a energia desprendida na reação édissipada, indo parte para o ambiente e sendo parte utilizadapara manter a reação em cadeia, ativando a misturacombustível-comburente.

Deflagração - A velocidade de propagação é superior a 1 m/s,mas inferior a 400 m/s. Surge o fenômeno de elevação dapressão com valores limitados entre 1 e 10 vezes a pressãoinicial. Ocorre a deflagração com a pólvora, misturas de póscombustíveis e vapores líquidos inflamáveis.

Detonação - A velocidade de propagação é superior a 400 m/s.Pela descontinuidade das ondas de pressão geradas, cria-seuma onda de choque que pode atingir até 100 vezes a pressãoinicial. Ocorre com explosivos industriais, como a nitroglicerina,e, em circunstâncias especiais, com mistura de gases e vaporesem espaços confinados.

Explosão - O termo pode ser aplicado genericamente aosfenômenos onde o surgimento de ondas de pressão produzemefeitos destrutivos, quando o ambiente onde ocorre a reaçãonão pode suportar a pressão gerada.

Comportamento do CombustívelPelos efeitos possíveis de uma combustão em função davelocidade de propagação, fica evidente a necessidade de seconhecerem os fatores que influem na velocidade depropagação, para que o técnico prevencionista possa calcularos riscos oriundos de determinada mistura combustível-comburente.

Estado FísicoPara avaliação do risco de incêndio, o estado físico docombustível é o primeiro aspecto a ser analisado:

Combustível sólido - em condições normais, o aquecimento deum combustível no estado sólido provoca inicialmente avaporização da umidade, obtendo-se um resíduo sólido(carbono fixo); posteriormente, pela ação do calor, são liberadoscompostos gasosos que reagirão com o oxigênio em presençado calor, até que seja consumida toda a matéria combustível.

Combustível líquido - a combustão dos líquidos, decomposição CN Hm, é decorrente de dois processos:

Teoria da Hidroxilização

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Os hidrocarbonetos pulverizados são decompostos, quando soba ação do oxigênio e do calor, em compostos hidroxilados (tipoaldeído) de cadeia menor. A ação contínua do calor e dooxigênio acaba por transformar estes compostos em espéciesquímicas mais simples, como monóxido de carbono ehidrogênio, que sofrerão nova combustão, produzindo,finalmente, dióxido de carbono e água. Assim, a chama azulproduzida no Bico de Bunsem, indicativa de combustão demonóxido de carbono e hidrogênio, teria explicação atravésdesta teoria, pois no interior do Bico teríamos um gradiente detemperatura e a conseqüente formação de compostoshidroxilados complexos.

Teoria do "Craking"Os hidrocarbonetos pulverizados, em mistura com o ar, aoserem submetidos a um aquecimento brusco, cindem,produzindo diretamente carbono e hidrogênio, que reagirão como oxigênio, resultando dióxido de carbono e água comoprodutos finais. Esta teoria pode ser explicada através daqueima de uma vela, pois a parafina liqüefeita, ao se vaporizarno pavio, cinde diretamente em carbono e hidrogênio, quandoem contato com a chama. A presença do carbono pode serfacilmente detectada por meio de introdução de uma superfíciefria no interior da chama, o que implicará um deposito defuligem (carbono) sobre aquela.Convém notar que na prática, esses dois processos ocorremsimultaneamente, com predominância de um ou outro,dependendo do caso.

Combustível gasoso - em mistura com o oxigênio emproporções adequadas pode entrar em combustão pela ação deum pequeno arco voltaico, ou faísca gerada por atrito.

Pelas teorias apresentadas, conclui-se que o combustível sólidoou líquido entra em combustão somente após a vaporização ouprodução de gás, a partir de sua decomposição, resultante daação do calor e do oxigênio.No entanto, há substâncias que são excluídas da regra geral,como o carvão vegetal e os metais piróforos, que, expostos aooxigênio, entram espontaneamente em combustão.

TemperaturaTodo material possui certas propriedades que o diferenciam deoutros, em relação ao nível de combustibilidade. Por exemplo,pode-se incendiar a gasolina com a chama de um isqueiro, não

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ocorrendo o mesmo em relação ao carvão coque. Isso porque ocalor gerado pela chama do isqueiro não seria suficiente paralevar o carvão coque à temperatura necessária para que eleliberasse vapores combustíveis.Cada material, dependendo da temperatura a que estiversubmetido, liberará maior ou menor quantidade de vapores.Para melhor compreensão do fenômeno, definem-se algumasvariáveis, denominadas:

• ponto de fulgor;

• ponto de combustão;

• temperatura de ignição.

Ponto de fulgor - É a temperatura mínima em que umcombustível começa a desprender vapores que, se entrarem emcontato com alguma fonte externa de calor, se incendeiam. Sóque as chamas não se mantém, não se sustentam, por nãoexistirem vapores suficientes. Se aquecermos pedaços demadeira dentro de um tubo de vidros de laboratório, a certatemperatura a madeira desprenderá vapor de água; esse vapornão pega fogo. Aumentando-se a temperatura, em certo pontocomeçarão a sair gases pela boca do tubo. Aproximando-se umfósforo aceso, esses gases transformar-se-ão em chamas. Poraí, nota-se que um combustível sólido (a madeira), a acertatemperatura, desprende gases que se misturam ao oxigênio(comburente) e que se inflamam em contacto com a chama dofósforo aceso.O fogo não continua porque os gases são insuficientes, formam-se em pequena quantidade. O fenômeno observado indica o"ponto de fulgor" da madeira (combustível sólido), que é de150ºC (cento e cinqüenta grau centígrados). O ponto de fulgorvaria de combustível a combustível: para a gasolina ele é de -42ºC (menos quarenta e dois graus centígrados); já para oasfalto é de 204ºC (duzentos e quatro graus centígrados).

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Ponto de combustão - Na experiência da madeira, se oaquecimento prosseguir, a quantidade de gás expelida do tuboaumentará. Entrando em contato com a chama do fósforo,ocorrerá a ignição, que continuará, mesmo que o fósforo sejaretirado. A queima, portanto, não para. Foi atingido o "ponto decombustão", isto é, a temperatura mínima a que essecombustível sólido, a madeira, sendo aquecido, desprendegases que, em contacto com fonte externa de calor, seincendeiam, mantendo-se as chamas. No ponto de combustão,portanto, acontece um fato diferente, ou seja, as chamascontinuam.

Temperatura de ignição - Continuando o aquecimento damadeira, os gases, naturalmente, continuarão se desprendendo.Em certo ponto, ao saírem do tubo, entrando em contato com ooxigênio (comburente), eles pegarão fogo sem necessidade dachama do fósforo. Ocorre, então, um fato novo: não há maisnecessidade da fonte externa de calor. Os gases desprendidosdo combustível, apenas ao contato com o comburente, pegamfogo e, evidentemente, mantêm-se em chamas. Foi atingida a"temperatura de ignição", que é a temperatura mínima em quegases desprendidos de um combustível se inflamam, pelosimples contacto com o oxigênio do ar. O etér atinge suatemperatura de ignição a 180ºC (cento e oitenta grauscentígrados) e o enxofre a 232ºC (duzentos e trinta e dois grauscentígrados).Uma substância só queima quando atinge, pelo menos, o pontode combustão. Quando ela alcançar a temperatura de ignição,bastará que seus gases entrem em contacto com o oxigêniopara pegar fogo, não havendo necessidade de chama ou deoutra fonte de calor para provocá-lo. Convém lembrar que,mesmo que o combustível esteja no ponto de combustão, senão houver chama ou outra fonte de calor não se verificará ofogo.Grande parte dos materiais sólidos orgânicos, líquidos e gasescombustíveis contêm grandes quantidades de carbono e/ou dehidrogênio. Citamos como exemplo o gás propano, cujasporcentagens em petracloreto de carbono, considerado nãocombustível, tem aproximadamente, 82% de carbono e 18% dehidrogênio. O tetracloreto de carbono, considerado nãocombustível, tem aproximadamente, em peso, 8% de carbono e92% de cloro.

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VentilaçãoQuanto mais ventilado for o local onde ocorre a combustão,mais viva ela será, pois haverá renovação do ar com a entradade mais oxigênio, permitindo manter a reação em cadeia.

É por esse motivo que se recomenda à pessoa cujas roupasestejam em chamas, que não corra, pois, dessa forma,aumentará a ventilação e, consequentemente, as chamas. Apessoa deve deitar-se e rolar pelo chão até abafarem-se aschamas.

Forma físicaQuanto mais subdividido estiver o material, mais rapidamenteentrará em combustão. A figura mostra um exemplo clássico,pois a velocidade de propagação é muito maior na serragem doque na madeira maciça, embora a composição seja a mesma.Isso se deve a maior superfície de contato entre combustível ecomburente.

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CST64 Companhia Siderúrgica de Tubarão

Outro exemplo é o da gasolina em recipientes com aberturas dedimensões diferentes.Na figura seguinte a queima será muito mais rápida e intensa no2º caso, embora a quantidade de líquido seja a mesma.

Comportamento do ComburenteConsiderando genericamente a combustão como uma reaçãode oxidação, a composição química das substânciasdeterminará o grau de combustibilidade do material.Há substâncias que liberam oxigênio em certas condições,como o cloreto de potássio. Outras podem funcionar comocomburentes: por exemplo, uma atmosfera contendo cloro. Taiscasos são mais esporádicos e seu estudo envolveria umacomplementação de conhecimentos.Em condições normais, a maior fonte de comburente é aopróprio ar atmosférico que em sua composição, possui cerca de21% de oxigênio.A partir de 16% de O2 (oxigênio) no ambiente, já pode havercombustão com labaredas, e quanto maior a presença deoxigênio, mais via será essa combustão.Com a presença de oxigênio numa proporção entre 8 e 16%,não haverá labaredas, e numa proporção ainda menor,praticamente não haverá combustão.Em ambientes hospitalares ou industriais, onde se manipuleoxigênio puro (100%), deve ser feita uma análise de riscos maissevera.Na presença de gases combustíveis, como propano, butano,metano, o limite inferior de concentração de oxigênio necessáriopara a combustão está próximo a 12%, e para o hidrogênio esselimite está próximo a 5%.

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Dessa forma, as medidas de prevenção devem serintensificadas.Fontes de CalorAs fontes de calor em um ambiente podem ser as maisvariadas:

• a chama de um fósforo;

• a brasa de um cigarro aceso;

• uma lâmpada;

• a chama de um maçarico, etc.

A própria temperatura ambiente já pode vaporizar um materialcombustível; é o caso da gasolina, cujo ponto de fulgor é de,aproximadamente, -40ºC. Considerando-se que o ponto decombustão é superior em apenas alguns graus, a umatemperatura ambiente de 20ºC já ocorre a vaporização.O calor pode atingir determinada área por condução, convecçãoou radiação.

ConduçãoA propagação do calor é feita de molécula para molécula docorpo, por movimento vibratório. A taxa de condução do calorvai depender basicamente da condutividade térmica do material,bem como de sua superfície e espessura. É importante destacara necessidade da existência de um meio físico.

ConvecçãoÉ uma forma característica dos fluídos. Pelo aquecimento, asmoléculas expandem-se e tendem a elevar-se, criando correntesascendentes a essas moléculas e correntes descendentes àsmoléculas mais frias. É um fenômeno bastante comum emedifícios, pois através de aberturas, como janelas, poços deelevadores, vãos de escadas, podem ser atingidos andaressuperiores.

RadiaçãoÉ a transmissão do calor por meio de ondas. Todo corpo quenteemite radiações que vão atingir os corpos frios. O calor do sol étransmitido por esse processo. São radiações de calor as que aspessoas sentem quando se aproximam de um forno quente.

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CST66 Companhia Siderúrgica de Tubarão

Classes de IncêndioOs incêndios em seu início, são muito mais fáceis de seremcontrolados e extintos. Quanto mais rápido for a ataque àschamas, maiores serão as possibilidades de reduzi-las, deeliminá-las. E a principal preocupação, no ataque, consiste emdesfazer, em romper o triângulo do fogo. Mas que tipo deataque se faz ao fogo em seu início? Qual a solução que deveser tentada? Como os incêndios são de diversos tipos, assoluções serão diferentes e os equipamentos de combatetambém serão de tipos diversos.É preciso conhecer, identificar bem o incêndio que se vaicombater, para escolher o equipamento correto. Um erro naescolha de um extintor pode tornar inútil o esforço de combateras chamas ou pode piorar a situação, aumentando as chamas,espalhando-as ou criando novas causas de fogo (curtos-circuitos).Os incêndios são divididos em quatro (4) classes:

Classe A - Fogo em materiais sólidos de fácil combustão, comotecidos, madeira, papel, fibras, etc., que têm a propriedade dequeimar em sua superfície e profundidade, e que deixamresíduos.

Classe B - Fogo em líquidos combustíveis e inflamáveis, comoóleos, graxas, vernizes, tintas, gasolina, etc., que queimamsomente em sua superfície, não deixando resíduos.

Classe C - Fogo em equipamentos elétricos energizados, comomotores, transformadores, quadros de distribuição, fios, etc.

Classe D - Fogo em elementos pirofóricos como o magnésio, ozircônio, o titânio, etc.

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Os incêndios em equipamentos elétricos energizados (classe C)são fogos de qualquer tipo de combustível em instalaçõeselétricas o em suas proximidades. São classificadosseparadamente pelo risco suplementar envolvido.Atualmente, não são considerados como classe de incêndiopelas normas de alguns países, exigindo-se apenas quesubstâncias extintoras que conduzam eletricidade não sejamutilizadas em instalações elétricas.

Riscos InerentesA avaliação dos riscos deve considerar ainda característicasinerentes a cada substância. As principais são:

Limite de Inflamabilidade ou ExplosividadeSão concentrações de vapor ou gás em ar, abaixo ou acima dasquais a propagação da chama não ocorre, quando em presençade fonte de ignição. O limite inferior é a concentração mínima,abaixo da qual a quantidade de vapor combustível é muitopequena (mistura pobre) para queimar ou explodir. O limitesuperior é a concentração máxima acima da qual a quantidadede vapor combustível é muito grande (mistura rica) para queimarou explodir).

Intervalo de Inflamabilidade ou ExplosividadeÉ o intervalo entre os limites inferior e o superior deinflamabilidade ou explosividade.

Densidade de Vapor ou GásÉ a relação entre os pesos de iguais volumes de um gás ouvapor puro e o ar seco, nas mesmas condições de temperaturae pressão.

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Combustão ExpontâneaReação exotérmica que ocorre com algumas substâncias comoos metais piróforos ou pirofóricos, ao entrarem em contato como oxigênio do ar ou com agentes oxidantes. Por um processo deaquecimento espontâneo, ao atingir a sua temperatura deignição, entram em combustão.Esse aquecimento, na maioria dos casos, processa-selentamente, como, por exemplo, em estopas embebidas emgraxa. O controle de elevação da temperatura e a armazenagemem recipientes de segurança são medidas recomendadas.

Combate à Incêndio

Quando, por qualquer motivo, a prevenção falha, ostrabalhadores devem estar preparados para o combate aoprincípio de incêndio o mais rápido possível, pois quanto maistempo durar o incêndio, maiores serão as conseqüências.Para que o combate seja eficaz, é necessário que:

• existam equipamentos de combate a incêndios emquantidade suficiente e adequados ao tipo de material emcombustão;

• o pessoal, que eventual ou permanentemente circule na área,saiba como usar esses equipamentos e possa avaliar acapacidade de extinção.

Como já foi visto, o fogo é um tipo de queima, de combustão, deoxidação; é um fenômeno químico, uma reação química, queprovoca alterações profundas na substância que se queima. Umpedaço de papel ou madeira que se inflama transforma-se emsubstância muito diferente.. O mesmo acontece com o óleo,com a gasolina ou com um gás que pegue fogo.A palavra oxidação significa também queima. A oxidação podeser lenta, como no caso da ferrugem. Trata-se de uma queimamuito lenta, sem chamas. Já na combustão de papel, háchamas, sendo uma oxidação mais rápida. Na explosão dodinamite, a queima, a oxidação, é instantânea e violenta.Chama-se oxidação porque é o oxigênio que entra natransformação, ajudando na queima das substâncias.O tipo de queima que interessa a este estudo é o que apresentachamas e/ou brasas.

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Métodos de ExtinçãoConsideremos o triângulo do fogo:

Eliminando-se um desses elementos, cessará a combustão.Tem-se aí uma indicação muito importante de como se podeacabar com o fogo. Pode-se eliminar a substância que estásendo queimada (esta é uma solução que nem sempre épossível). Pode-se eliminar o calor, provocando o resfriamentono ponto em que ocorre a combustão e a queima. Pode-se,ainda, eliminar ou afastar o comburente (o oxigênio) do lugar daqueima, por abafamento, introduzindo outro gás que não sejacomburente.O triângulo do fogo é como um tripé; eliminando-se uma daspernas, acaba a sustentação, isto é, o fogo extingue-se.De tudo isso, conclui-se que, impedindo-se a ligação dos pontosdo triângulo, ou seja, dos elementos essenciais, indispensáveispara o fogo, este não surgirá, ou deixará de existir, se já tivercomeçado.Quando num poço de petróleo que está em chamas éprovocada uma explosão para combater o incêndio, o que sedeseja é afastar momentaneamente o oxigênio, que é ocomburente, um dos elementos do triângulo do fogo, para que oincêndio acabe, se extinga.Em lugares onde há material combustível o oxigênio, lê-se umaviso de que é proibido fumar; com isso, pretende-se evitar aformação do triângulo do fogo, isto é, combustível,comburente e calor. O calor, neste caso, é a brasa do cigarro.Sem este calor, o combustível e o comburente não poderãotransformar-se em fogo.

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Basicamente, a extinção de um incêndio é feita por uma ação deresfriamento ou abafamento, ou por uma união das duas ações.

Ação de resfriamento: diminui-se a temperatura do materialincendiado a níveis inferiores ao do ponto de fulgor ou decombustão dessa substância. A partir deste instante, não haveráa emissão de vapores necessários ao prosseguimento do fogo.

Ação de abafamento: é resultante da retirada do oxigênio, pelaaplicação de um agente extintor que deslocará o ar da superfíciedo material em combustão.

Dependendo do tipo de agente extintor, ou da forma comoalguns deles são empregados, outros efeitos podem serconseguidos, como a diluição de um líquido combustível emágua ou a interferência na reação química.A retirada do material combustível (o que está queimando ou oque esteja próximo) evita a propagação do incêndio, sem anecessidade de se utilizar um agente extintor.

Agentes ExtintoresSão considerados agentes extintores, em virtude da suaatuação sobre o fogo, conforme os métodos expostosanteriormente, as seguintes substâncias:

• água;

• espuma;

• pó químico seco;

• gás carbônico;

• gases halogenados.

A água apresenta como característica principal a capacidade dediminuir a temperatura dos materiais em combustão, agindo,portanto, por resfriamento, quando utilizada sob a forma de jato.Pode também combinar uma ação de abafamento, se aspergidaem gotículas, isto é, sob a forma de neblina.A espuma pode ser química, quando resultante da mistura deduas substâncias (p. ex., bicarbonato de sódio e sulfato dealumínio, ambos em solução aquosa) ou mecânica (extratoadicionado à água, com posterior agitação da solução paraformação da espuma). Sua ação principal é de abafamento,

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criando uma barreira entre o material combustível e o oxigênio(comburente).Outro agente que atua por abafamento é o gás carbônico,também conhecido por dióxido de carbono ou CO2. É maispesado que o ar; no entanto, não é eficiente em locais abertos eventilados. É mais pesado que o ar; no entanto, não é eficienteem locais abertos e ventilados.O pó químico seco comum (bicarbonato de sódio) atua porabafamento; é preferível ao CO2 em locais abertos. Quando setrata de pós especiais, utilizados na chamada "classe D", eles sefundem em contato com o metal pirofórico, formando uma"camada protetora" que isola o oxigênio, interrompendo acombustão.

Tipos de Equipamento para Combate a Incêndios

Os mais utilizados são:

• extintores;

• hidrantes.

Tipos de ExtintorÉ preciso conhecer muito bem cada tipo de extintor, pois paracada classe de incêndio há um agente extintor mais indicado.

Extintor de espumaFunciona a partir da reação química entre duas substâncias: osulfato de alumínio e o bicarbonato de sódio dissolvidos emágua.

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A figura mostra, de modo simplificado, esse extintor. Dentro doaparelho estão o bicarbonato de sódio e um agente estabilizadorde espuma, normalmente o alcaçuz; num cilindro menor, écarregado o sulfato de alumínio. Ao ser virado o extintor, asduas misturas vão encontrar-se, acontecendo a reação química.O manejo do extintor de espuma é bastante simples:

• O operador aproxima-se do fogo com o extintor na posiçãonormal;

• Inverte a posição do extintor;

• Ataca o fogo de classe A dirigindo o jato para a sua base, e ofogo de classe B, dirigindo o jato para a parede do recipiente.

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Quando o agente estabilizador não é colocado, a espumaformada pela reação rapidamente se dissolve, perdendo o seuefeito de abafamento. Esse tipo de extintor é utilizado apenasem incêndios classe A, denominando-se "carga líquida".No comércio, são vendidos extintores de 10 litros ou carretas de50, 75, 100 e 150 litros. Embora simples, o extintor de espumanecessita de uma série de cuidados para que, quando houvernecessidade, ele possa ser eficazmente usado:

• A cada 5 anos, deverá sofrer um teste hidrostático, em firmaidônea. É um teste em que é usada a pressão da água paraverificação da resistência do extintor à pressão da água paraverificação da resistência do extintor à pressão que se formadentro dele, quando em uso;

• A cada 12 meses, deverá ser descarregado e recarregadonovamente;

• Semanalmente, deverá sofrer inspeção visual e o bico do jatodeverá ser desobstruído, ou desentupido, se for o caso.

É um extintor relativamente barato e dá boa cobertura, evitandoque, num fogo já dominado, recomece a ignição, ou seja, quevoltem as chamas.

Extintor de águaO agente extintor é a água. Há dois tipos comerciais:

Pressurizado

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É um cilindro com água sob pressão. O gás que dá a pressão,que impulsiona a água, geralmente é o gás carbônico ou onitrogênio. Existem alguns a ar.

O extintor de água pressurizada deve ser operado da seguinteforma:

• O operador leva o extintor ao local do fogo;

• Retira a trava ou o pino de segurança;

• Empunha a mangueira;

• Ataca o fogo (classe A), dirigindo o jato d' água para a suabase.

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PressurizarHá uma ampola de gás e, uma vez aberto o registro da ampola,o gás é liberado, pressionando a água. A ampola pode serinterna ou externa ao cilindro que contém a água.Sua manutenção é mais simples que a do anterior; porémdevem ser tomados os seguintes cuidados:

• Revisão e teste hidrostático a cada 5 anos;

• Anualmente, deve ser descarregado.

São fornecidos extintores portáteis ou em carretas.O extintor de água a pressurizar (água-gás) deve ser operadoda seguinte forma:

• O operador leva o extintor ao local do fogo;

• Abre o cilindro de gás;

• Empunha a mangueira;

• Ataca o fogo (classe A), dirigindo o jato d' água para a suabase.

Extintor de gás carbônico (CO2)

O gás carbônico é encerrado num cilindro com uma pressão de61 atmosferas.Ao ser acionada a válvula de descarga, o gás passa por umtubo sifão, indo até o difusor, onde é expelido na forma denuvem.Como há possibilidade de vazamentos, este extintor deverá serpesado a cada 3 (três) meses, e toda vez que houver perda demais de 10% (dez por cento) no peso, deverá ser descarregadoe recarregado novamente (a norma técnica estabelece o prazode 6 (seis) meses para a pesagem).Como não deixa resíduos, é ideal para equipamentos elétricoscomuns. São fornecidos extintores portáteis de 1 kg até carretasde 50 kg ou mais.

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Ao utilizar o extintor de gás carbônico (CO2), o operador:

• Leva o extintor ao local do fogo;

• Retira o pino de segurança;

• Empunha a mangueira;

• Ataca o fogo, procurando abafar toda a área atingida.

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Extintor de pó químico secoUtiliza bicarbonato de sódio não higroscópico (que não absorveumidade) e um agente propulsor que fornece a pressão, quepode ser o gás carbônico ou o nitrogênio. É fornecido para usomanual ou em carretas, e pode ser sob pressão permanente (póquímico seco pressurizado) ou com pressão injetada (póquímico seco a pressurizar).Estes extintores são mais eficientes que os de gás carbônico,tendo seu controle feito pelo manômetro e, quando a pressãobaixa, devem ser recarregados. São semelhantes, no aspecto,aos extintores de água.Os extintores de pó químico seco devem ser operados daseguinte forma:Pressurizado

• O operador leva o extintor ao local do fogo;

• Retira a trava ou o pino de segurança;

• Empunha a mangueira;

• Ataca o fogo procurando formar uma nuvem de pó, a fim decobrir a área atingida.

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A pressurizar

• O operador leva o extintor ao local do fogo;

• Abre o cilindro de gás;

• Empunha a mangueira;

• Ataca o fogo procurando formar uma nuvem de pó, a fim decobrir a área atingida.

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CST80 Companhia Siderúrgica de Tubarão

Há outros tipos de extintores de pó químico seco, que podemser utilizados com eficiência nos incêndios classe A. Sãochamados extintores de pó tipo ABC ou Monex.

Utilização de Extintores

Tipo de ExtintorClasse de Incêndio Água Espuma CO2 Pó Químico

Seco

"A"

PapelMadeiraTecidosFibras

Sim Sim Não Não

"B"

ÓleoGasolina

GraxaTintaGLP

Não Sim Sim Sim

"C"Equipamentos

ElétricosEnergizados

Não Não Sim Sim

"D"MagnésioZircônioTitânio

Não Não NãoSim

Obs: um póquímicoespecial

NOTA: Variante para classe "D": usar o método de abafamentopor meio de areia seca ou limalha de ferro fundido.* Não é utilizada como jato pleno, porém pode ser usada sob a

forma de neblina.** Pode ser usado em seu início.*** Existem pós químicos especiais (tipo ABC)

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HidrantesAs empresas que possuem sistemas de hidrantes - instalaçõesde água com reservatórios apropriados - normalmente têmdireito a descontos na tarifa de seguro-incêndio. Para tanto,devem estar enquadrados nas especificações do IRB (Institutode Resseguros do Brasil) e posteriores recomendações daSusep.Devem ser distribuídos de forma que protejam toda a área daempresa por meio de dois jatos simultâneos, dentro de uma raiode 40 metros (30m das mangueiras e 10m do jato).Além da tubulação 1 1/2" ou 2 1/2"), dos registros e dasmangueiras (30 m ou 15 m), devem-se escolher requintes quepossibilitem a utilização da água em jato ou sob a forma deneblina (requinte tipo universal).

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CST82 Companhia Siderúrgica de Tubarão

Primeiros Socorros

Introdução

Na área de prevenção de acidentes, deve haver a concentraçãode esforços de uma equipe de profissionais especializados,assim como de empresário, empregados e leigos. Com odesenvolvimento, a complexidade das tarefas, o aumento damecanização, o perigo se torna cada vez mais presente eiminente, o que requer providências urgentes no sentido deevitar a ocorrência de fatos catastróficos.Entretanto é praticamente impossível anulá-los. Dai anecessidade de conhecimentos de Primeiros Socorros nosacidentes do trabalho que, nestas circunstâncias, desempenhaum papel preventivo do agravamento do mal ocorrido.Por definição, Primeiros Socorros são os cuidados imediatosque devem ser dispensados à pessoa, vítima de acidente ou malsúbito. Via de regra, os Primeiros Socorros serão prestados nolocal da ocorrência, até a chegada de um médico, e se destinama salvar uma vida ameaçada e a evitar que se agravem osmales de que a vítima está acometida.Qualquer pessoa treinada poderá prestar os Primeiros Socorros,conduzindo-se com serenidade, compreensão e confiança. Semficar na dúvida, a primeira providência é controlar-se a simesmo, porém o controle de outras pessoas é igualmenteimportante.A informação ao acidentado acerca do que ocorre e qual será aprovável evolução é um dos problemas mais difíceis que devemenfrentar as pessoas que realizam tratamento de emergência.Se não se diz nada, aumentar-se-á com isto o medo e aansiedade, mas, se se falar demasiado, poder-se-á provocar umalarme e uma situação de desespero desnecessária. As açõesfalam mais alto que as palavras.O tom de voz tranqüilo e confortante dará ao acidentadosensação de encontrar-se em boas mãos, e que a pessoa que oestá atendendo não se encontra alterada. A prática deemergência simuladas ajudará a realizar manobras corretas,serenas, suaves e seguras.Os acidentes industriais poderão ser de tipo especial, devidoaos perigos ou processos implicados, entretanto, ainda assim,serão aplicados os mesmos princípios de Primeiros Socorros.

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Material necessário para Emergência

InstrumentoTermômetro;Tesoura.

Material para curativoAlgodão hidrófilo;Gaze esterilizada;Esparadrapo;Ataduras de crepe;Band-Aid.

Anti-sépticosSolução de ido;Solução de temerosal;Água oxigenada, 10 volumes;Álcool;Água boricada.

Medicamentos (a critério médico)Analgésicos em gotas e em comprimidos;Colírio neutro;Sal de cozinha;Antídotos para substâncias químicas utilizadas na empresaSoro fisiológico.

OutrosConta-gotas;Copos de papel.

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CST84 Companhia Siderúrgica de Tubarão

Ferimentos

Toda vez que um agente traumático, como faca, prego ou umgolpe forte, entra em contato com a pele, produzindo rotura,teremos a ocorrência de um ferimento. Se houver lesão apenasdas camadas superficiais da pele, diremos que houve apenasuma escoriação local, porém se o trauma rompe todas ascamadas da pele, teremos uma ferida.Sempre que ocorrer um ferimento, haverá uma hemorragia, queé a perda de sangue em maior ou menor quantidade, devido aorompimento de um vaso (veia ou artéria) e que, dependendo daquantidade, poderá ser fatal.O ferimento é lesão das mais freqüentes e, na indústria, podeocorrer pelos mais variados motivos, entre os quais batidas emferramentas, máquinas, mesas, quedas, acontecendo tambémno trajeto residência-empresa-residência.

Ferimentos leves, superficiais e com hemorragia moderadaConduta:

• lavar as mãos com água e sabão, antes de fazer o curativo;• lavar a parte atingida com água e sabão, removendo do local

eventuais sujeiras como terra, graxa, caco de vidro, etc;• passar um anti-séptico, se houver;• cobrir o local com gaze esterilizada ou pano limpo e

esparadrapo, não deixando o ferimento descoberto;• procurar logo um Serviço Médico, pela necessidade de

tratamentos precisos.

Ferimentos profundos, extensos e com hemorragia nosmembrosConduta

a) estancar a hemorragia da seguinte maneira:

• manter o membro atingido em elevação e comprimir o localcom gaze esterilizada ou pano limpo, até parar a hemorragia;

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• se compressão não for suficiente para estancar ahemorragia, aplicar o torniquete, da seguinte maneira:

− enrolar no membro uma tira de pano largo,aproximadamente 5 cm acima do ferimento (não usar fios,barbantes ou corda no lugar do pano);

− fazer um meio nó;− colocar um pedaço de madeira no meio do nó;− completar o nó acima da madeira;− torcer a madeira até parar o sangramento, sem no

entanto, apertar demais;− desapertar o torniquete a cada 10 minutos. É importante

marcar no relógio o início da compressão, para saberquando desapertar;

− o torniquete deve ser desapertado antes do tempo exigidode 10 minutos, quando notarmos que as extremidades dosdedos estão arroxeadas ou frias.

Estes procedimentos estão ilustrados a seguir:

− Passe a tira ao redor do braço ou da perna;

− Dê um meio nó;

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CST86 Companhia Siderúrgica de Tubarão

− Coloque um pedaço de madeira (lápis, caneta, etc.);

− Dê um nó completo no pano, sobre a vareta;

− Aperte o torniquete fazendo girar a vareta;

− Fixe a vareta com as pontas do pano.

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b) lavar as mãos com água e sabão antes de fazer o curativo;

c) lavar a parte atingida com água e sabão, removendo do localeventuais sujeiras como terra, graxa, caco de vidro, etc.;

d) passar um anti-séptico, se houver;

e) cobrir o ferimento com gaze esterilizada ou pano limpo;

f) encaminhar logo a vítima a um Serviço Médico pelanecessidade de tratamento.

Ferimentos com exposição de órgãos internosNum acidente, pode acontecer que o ferimento seja extenso eprofundo. quando isso acontece, através da ferida, podemos veros órgãos internos como os músculos, tendões, ossos, pulmões,intestinos, etc.Devido à extensão do ferimento, os intestinos ou outros órgãospoderão inclusive sair pela ferida. Nesse caso, não se devetentar colocar órgãos afetados no lugar.

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CST88 Companhia Siderúrgica de Tubarão

São casos muito graves e a tomada de primeiros socorros sefaz urgente, chamando-se assistência médica e observando-sesinais vitais (pulso, batimentos cardíacos, respiração, etc.;).

Conduta

• passar anti-séptico nas bordas da ferida, nunca tocando nosórgãos expostos;

• cobrir com compressas esterilizadas ou gaze esterilizadas,molhadas, com água oxigenada, sem, no entanto, tentarrecolocar no lugar os órgãos expostos;

• prender a compressa ou gaze com atadura e esparadrapo,sem apertar.

Ferimentos na cabeçaNuma queda, tombo, ou cai sobre a cabeça um objeto pesado,pode ocorrer ferimento do crânio, assim como uma hemorragiaintensa.Não acontecendo a hemorragia, pode o acidentado ficardesmaiado ou simplesmente atordoado, formando no local dochoque traumático um hematoma, também conhecido como"galo".

O que fazer:

• deitar a vítima de costas, sem travesseiro;• afrouxar todas as roupas;• ocorrendo a hemorragia, tomar condutas como em

ferimentos hemorrágicos, comprimido bem o curativo.

Hemorragias

Hemorragia é a perda de sangue através de ferimentos ecavidades naturais como nariz, boca, etc.; pode ser tambéminterna, resultante de um traumatismo.

Hemorragia nasalPode ocorrer com empregados expostos a altas temperaturasou então provocada choque traumático.

O que fazer:

• sentar a vítima em uma cadeira, acalmando-a;• comprimir a narina sangrante com os dedos;• usar um chumaço de algodão tapando a narina sangrante;

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• colocar compressa de pano frio ou bolsa de gelo no nariz ena fronte.

Hemorragia por tosseEm ambientes onde existam muitas poeiras, podem acontecercrises de tosse. Em algumas crises, a tosse é acompanhada deescarro, e este de sangue. Neste caso, está acontecendo algumproblema pulmonar.

O que fazer:

• sentar a vítima, acalmando-a;• deixar tossir à vontade, evitar com que a vítima fale e não dar

líquidos para beber;• procurar a assistência médica imediatamente, para a

orientação adequada.

Hemorragia digestivaAcontece nas pessoas que ingerem produtos químicoscorrosivos, por acidente, ou é provocada por alguma doença noestômago.

O que fazer:

• deitar imediatamente a pessoa, acalmando-a;• afrouxar todas as roupas;• colocar uma bolsa de gelo na região do estômago;• dar pequenas quantidades de água, mas não outras bebidas;• deixar vomitar à vontade, colocando a vítima de lado para

que não aspire o vômito;• chamar a assistência médica imediatamente, para orientação

adequada.

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CST90 Companhia Siderúrgica de Tubarão

Hemorragia internaUma colisão, um choque com objeto pesado pode acarretar aotrabalho, muitas vezes, uma hemorragia interna. A hemorragiase traduz pelo rompimento de vasos (veias ou artérias)internamente, ou de órgãos importantes como o fígado ou baço.Como não vemos o sangramento, temos que prestar atenção aalguns sinais externos, para podermos diagnosticar eencaminhar ao tratamento médico imediatamente e evitar oestado de choque.

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___________________________________________________________________________________________________SENAIDepartamento Regional do Espírito Santo 91

PulsaçãoTemos em nosso corpo vários pontos onde podemos sentir apulsação. Colocando dois dedos (o indicador e o médio),conforme figura 2 (pulso radial) ou figura 1 (pulso carotídeo oufumeral), podemos notar, nesses casos, se o pulso está fraco ouacelerado.

PeleEstá fria, com bastante suor. Apresenta-se pálida, e as mucosasdos olhos e da boca estão brancas.Estando consciente, sentirá o acidentado muita sede e tonturase, com o tempo, poderá ir ao estado de choque clínico.

Mãos e dedosFicam arroxeados pela diminuição da irrigação sangüíneaprovocada pela hemorragia.

O que fazer:

• observar rigorosamente a vítima para evitar parada cardíacae respiratória;

• deitar o acidentado, com a cabeça num nível mais baixo queo do corpo, mantendo-o mais imóvel possível;

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CST92 Companhia Siderúrgica de Tubarão

• colocar uma bolsa de gelo ou compressas frias no local dotraumatismo.

Queimaduras

Queimaduras é toda e qualquer lesão ocasionada pela ação docalor sobre o corpo do empregado.Elas podem ser originadas por agentes químicos, térmicoselétricos. Temos como exemplos:

• contato com metais incandescentes;• contato direto com o fogo;• vapores quentes ou líquidos ferventes;• substâncias químicas como ácidos em geral, soda cáustica,

potassa cáustica, etc.;• contato elétrico;• radiação infravermelhas e ultravioletas emanadas por fornos

industriais.

Verificamos, de acordo com os agentes citados, que a suaocorrência na indústria se dá potencialmente em qualqueratividades, variando em função das condições de trabalho.

Classificação da queimadurasQuanto à profundidade

1º grau - quando a lesão é superficial, provocando apenas avermelhidão da pele, sem formar bolhas.

2º grau - quando provoca a formação de bolhas e apresentarestos da pele queimada soltos.

3º grau - além da formação de bolhas, atinge os músculos e acamada interna do corpo.

Quanto à extensãoÉ a mais importante e se baseia na área do corpo queimada.Quanto maior a extensão da queimadura, maior é o risco quecorre o empregado. Uma queimadura de 1º grau que abranjauma vasta extensão será considerada de muita gravidade.

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___________________________________________________________________________________________________SENAIDepartamento Regional do Espírito Santo 93

Procedimento em QueimadurasAgentes QuímicosRetirar a roupa do acidentado, pois o resto de substânciaquímica pode causar danos enquanto estiver em contato com apele.Em seguida, lavar a área queimada com bastante água fria.

Fogo, Metais Incandescentes, Líquidos Ferventes e VaporesApagar o fogo, utilizando água ou extintor apropriado, tomando-se o cuidado para não atingir os olhos. Pode-se abafar comcobertor ou rolar o acidentado no chão. No caso de metaisincandescentes, líquidos ferventes e vapores, afastar oacidentado desses agentes.Retirar a roupa do acidentado e lavar o ferimento com água fria.

EletricidadeTirar a vítima do contato elétrico, com toda a precauçãonecessária, desligando-se a energia.

Por Radiação Infravermelha e Ultravioleta (solar)Afastar o acidentado da fonte de calor radianteO Uso de Pomadas, Líquidos e CremesExistem várias modalidades de pomadas, líquidos e cremespara queimaduras. Elas poderão ser utilizadas, mas somenteem queimaduras de 1º grau, com orientação médica. Nas de2º e 3º graus, estão formalmente contra-indicadas.

O que fazer:

• retirar a roupa do acidentado, com cuidado. Se necessário,usar uma tesoura para cortá-la;

• lavar a área queimada com água fria ou soro fisiológico (sehouver), do centro para fora, com cuidado, para não perfuraras bolhas;

• dar de beber água, se a vítima estiver consciente;• cobrir, sem tocar com as mãos, a região com gaze

esterilizada (se houver) ou com pano limpo;• encaminhar logo à assistência médica, para tratamento.

Choque Elétrico

A eletricidade pode produzir inúmeros acidentes, muitos dosquais mortais.

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CST94 Companhia Siderúrgica de Tubarão

Quando uma pessoa sofre uma descarga elétrica, esta passapor seu corpo e as conseqüências podem ser mais ou menosgraves, dependendo da intensidade da corrente elétrica,resistência e voltagem.Na indústria, encontramos esse acidente quando há falta desegurança em eletricidade como: fios descascados, falta deaterramento elétrico, ferramentas portáteis, parte elétrica de ummotor que, por defeito, está em contato com sua carcaça, etc.

O que fazer:

• antes de socorrer a vítima, cortar a corrente elétrica,desligando a chave geral de força, retirando os fusíveis dainstalação ou puxando o fio da tomada;

• se o item anterior não for possível, usar luvas de borrachagrossa ou um amontoado de roupas ou jornais secos eafastar da vítima o fio ou aparelho elétrico:

• se o acidente ocorrer ao ar livre, afastar o fio da vítima com oauxílio de uma vara comprida e seca ou um galho de árvoreseco, fazendo esta operação com todo o cuidado para nãoencostar no fio;

• se o choque foi leve, seguir os itens do Estados de Choque;• se o choque for acompanhado de parada cardíaca ou

respiratória, fazer as manobras de reanimação conformeParada Cardíaca e Para Respiratória;

• se houver queimaduras, proceder conforme Queimaduras;• encaminhar ao Serviço Médico para diagnóstico e tratamento

preciosos.

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___________________________________________________________________________________________________SENAIDepartamento Regional do Espírito Santo 95

Calor

O empregado que exerce a sua atividade em ambientes cujatemperatura é alta está sujeito a uma série de alteração em seuorganismo, com graves consequências à sua saúde.São ambientes onde, geralmente, existem fornos, forjas,caldeiras, fundições, etc.Os transtornos térmicos mais comuns são:

• problemas circulatório;• anidrose (deficiência de suor).

O problema circulatório ocorre por deficiência de circulação egeralmente acontece com indivíduos inaptos ao ambiente. Apessoa sente cansaço, náuseas, calafrios e apresentarespiração superficial e irregular, palidez ou tonalidade azuladano rosto, temperatura do corpo elevada, pele úmida e fria,diminuição da pressão arterial.

O que fazer

• retirar a vítima do ambiente de trabalho, onde esteja expostaao calor;

• deitá-lo com a cabeça mais baixa que o resto do corpo;• afrouxar a roupa da vítima;• se estiver consciente, dar de beber água fresca, em pequena

quantidade;• levar imediatamente ao atendimento médico, para

tratamento.

A deficiência do suor (anidrose) ocorre quando uma parte dasuperfície corpórea não transpira. A vítima sente a pela seca,vermelha e quente. Apresenta pulsação rápida, dificuldaderespiratória, náuseas, vômitos, convulsão, desmaios,temperatura do corpo elevada, podendo chegar até a morte.

O que fazer

• levar a vítima a um lugar arejado e fresco, despir suas roupase colocar sua cabeça sobre um travesseiro;

• banhar o corpo da vítima com água fria;• envolver a vítima com lençol úmido;

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CST96 Companhia Siderúrgica de Tubarão

• se a vítima estiver consciente, dar líquidos para ela tomar,mas nunca bebidas alcoólicas ou estimulantes como café,chá, etc.;

• procurar logo um Serviço Médico, pela necessidade dediagnóstico e tratamento preciosos.

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___________________________________________________________________________________________________SENAIDepartamento Regional do Espírito Santo 97

Frio

Temos acidentes por frio nas empresas que trabalham comindustrialização de alimentos congelados, armazenamento dealimentos e medicamentos que necessitam de temperaturasbaixas.O equipamento de proteção individual; que serve isolar do frio,pode causar dificuldades na movimentação, quer para segurarobjetos, quer porque a visão fica prejudicada. As luvas e asbotas, com a umidade, podem congelar as mãos e pés. Issotudo pode levar a acidentes do trabalho, como quedas,derrubada de materiais, congelamento das mãos e dos pés,desmaios, etc.

No caso de congelamento dos pés ou das mãosO que fazer

• levar a pessoa a um lugar aquecido, mantendo-a deitada;• tirar imediatamente as botas, meias e luvas;• aquecer as partes congeladas com água quente (não

fervente) ou panos molhados com água quente, realizandomassagens delicadas para ativar a circulação nas partespróximas do membro congelado;

• dar bebidas quentes, como café ou chá (nunca bebidasalcoólicas);

• pedir ao acidentado para movimentar os pés ou as mãos,para ajudar a recuperação da circulação (nunca massagear aparte congelada).

No caso de desmaios em ambientes friosO que fazer:

• retirar imediatamente o acidentado do ambiente de trabalho;• retirar toda a roupa de trabalho (nunca deixar o empregado

com as mesmas roupas).• cobrir com um cobertor ou dar um banho de água morna;• fornecer bebidas quentes como chá ou café, se estiver

consciente, nunca bebidas alcoólicas;• observar sinais vitais (pulso, respiração, batimentos

cardíacos, etc.);• levar imediatamente à assistência médica.

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CST98 Companhia Siderúrgica de Tubarão

Estado de Choque

O estado de choque se dá quando há mau funcionamento entreo coração, vasos sangüíneos (artérias ou veias) e o sangue,instalando-se um desequilíbrio no organismo.As causas que levam ao estado de choque podem sercardíacas: infartos, taquicardias (coração trabalhando de modoacelerado), bradicardias (coração trabalhando lentamente),processos inflamatórios do coração; diminuição da quantidadede sangue dentro dos vasos: hemorragias, alteração dos vasos,traumatismos cranianos, envenenamentos, queimaduras.Na indústria, todas as causas citadas acima podem ocorrer,merecendo especial atenção os acidentes graves comhemorragias extensas, com perda de substâncias orgânicas emprensas, moinhos, extrusoras, ou por choque elétrico, ou porenvenenamentos por produtos químicos, ou por exposição atemperaturas extremas.O indivíduo em estado de choque pode apresentar palidez,arroxeamento dos lábios, suor intenso, respiração rápida, curtae irregular, batimentos do coração mais freqüentes, agitação,pele fria, muitas vezes tremores, pulso fraco e rápido.

O que fazer:

• deixar a vítima deitada com a cabeça mais baixa que os pés;• afrouxar as roupas da vítima;• agasalhar a vítima, envolvendo-a com cobertores, toalhas,

jornais;• estancar a hemorragia, se houver, conforme o capítulo -

Hemorragia;• observar para cardiorrespiratória (pulso, respiração,

batimentos cardíacos, etc.);• procurar logo um Serviço Médico, pela necessidade de

diagnóstico e tratamento precisos.

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___________________________________________________________________________________________________SENAIDepartamento Regional do Espírito Santo 99

Desmaios

É a perda de consciência temporária e repentina, devida àdiminuição de sangue e oxigênio no cérebro.O desmaio pode-se dar por falta de alimentos, emoção, susto,acidentes, principalmente os que envolvem perda sangüínea,ambiente fechado e quente, mudança brusca de posição.

Na indústria, o desmaio pode ocorrer em qualquer atividade,desde que esteja presente alguma das causas acima citadas.Antes do desmaio, o indivíduo sente fraqueza, sensação de faltade ar, tontura, zumbido nos ouvidos e ânsia de vômitos.A pessoa torna-se pálida, apresentando suor frio. A seguir háescurecimento da vista, falta de controle dos músculos e ela cai,perdendo os sentidos.

O que fazer:

• manter o indivíduo deitado, colocando sua cabeça e ombrosem posição mais baixa em relação ao resto do corpo;

• afrouxar as roupas;• manter o ambiente arejado;• se a pessoa estiver sentada ou for difícil deitá-la, colocar a

sua cabeça entre as coxas e pressioná-la para baixo;• se a vítima parar de respirar, fazer imediatamente a

respiração artificial;• nos desmaios causados por calor intenso, depois de

reanimar a pessoa, e esta estiver consciente, oferecer água àvítima.

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CST100 Companhia Siderúrgica de Tubarão

Convulsão

É a perda súbita da consciência, acompanhada de contraçõesmusculares bruscas e involuntárias.Como causas de convulsões, podemos citar a febre muito alta,traumatismo na cabeça, intoxicações, epilepsia e outrasdoenças.Na indústria, podemos encontrar esta afecção em indivíduos dequalquer função e tanto em pessoas com história anterior deconvulsão, como o aparecimento do quadro pode dar-se já nacondição de empregados de empresas. De modo específico,podemos encontrar empregados com convulsão quandoexpostos a agentes químicos de poder convulsígeno, tais comoos inseticidas clorados e o óxido de etileno.No ataque típico, o indivíduo perde a consciência, pode parecerque pára a sua respiração e, ao mesmo tempo, seu corpo vai setornando rígido. Aparecem movimentos incontrolados daspernas e braços. Pode-se notar a contração do rosto ou corpo.Geralmente os movimentos incontrolados duram de 2 a 4minutos, tornando-se, então menos violentos e o paciente vai serecuperando gradativamente. Mas as contrações podem variarna sua gravidade e duração.Durante a recuperação há perda da memória, que retorna aospoucos.

O que fazer:

• amparar a cabeça;• acomodar o indivíduo;• retirar da boca pontes, dentaduras e eventuais detritos;• afrouxar as roupas da vítima;• virar o rosto para o lado, para evitar asfixia por vômitos ou

secreções;• colocar um lenço entre os seus dentes para evitar que morda

a língua ou a engula provocando asfixia;• afastar o indivíduo de objetos pontiagudos, que possam

causar traumatismos durante as contrações;• deixar repousar até que volte a consciência;

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___________________________________________________________________________________________________SENAIDepartamento Regional do Espírito Santo 101

• não estimular a vítima com sacudidas, álcool, amoníaco,vinagre, etc.;

• não jogar água;• não ficar com medo da salivação;• encaminhar ao Serviço médico para orientação e tratamento

adequado.

Intoxicações e Envenenamentos

São muito freqüentes, numa indústria, os casos deenvenenamentos e/ou intoxicações por substâncias químicas.Essas substâncias podem ser diversas naturezas, dependendodo tipo de empresa e do produto que produz ou utiliza.Os meios de intoxicação são: via oral, via respiratória e pele.A via oral é importantes, em virtude de o acidente provocadoatravés dela ocorrer quase acidentalmente. O hábito de fumar,lanchar ou tomar refeições sem lavar as mãos, portanto a faltasde higiene, pode levar ao acidente.A via respiratória, quando se fala em intoxicações industriais, éa mais importante. O empregado exposto a agentes químicosacima de determinadas quantidades, sem o uso de equipamentode proteção respiratória, poderá em pouco tempo intoxicar-se.Ocorre intoxicação pela pele, quando alguns agentes penetramatravés das roupas, contaminando a pessoa.Para socorrer um acidentado, devemos conhecer todas assubstâncias químicas que são utilizadas na empresa.

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CST102 Companhia Siderúrgica de Tubarão

Intoxicação por via oralSubstâncias ácidas

O que fazer:

• retirar o intoxicado do local de trabalho;• se estiver consciente, dar de beber água em pequena

quantidade, para diluir o ácido; dar leite de magnésia ou leitecomum, ou 1/4 de copo de azeite;

• se estiver inconsciente, retirar todos os objetos que estãodentro da boca, como dentaduras, restos de comida, saliva,vômito, etc.

Intoxicação por via respiratóriaO que fazer:

• retirar o acidentado do local de trabalho;• verificar a respiração da pessoa intoxicada;• se houver parada respiratória, iniciar imediatamente a

respiração artificial.

Intoxicação por peleO que fazer:

• retirar o acidentado do ambiente de trabalho, levando-o a umlugar fresco e arejado;

• retirar toda a roupa do acidentado;• lavar com bastante água o corpo.

Substâncias alcalinas (solda, potassa)O que fazer:

• retirar o intoxicado do local de trabalho;• se estiver inconsciente, retirar todos os corpos estranhos da

boca;• eventualmente se pode dar 1/4 de copo de azeite.

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___________________________________________________________________________________________________SENAIDepartamento Regional do Espírito Santo 103

Outras substânciasO que fazer:

• retirar o intoxicado do local de trabalho;• estando inconsciente, prevenir a parada cardiorrespiratória,

observando as pulsações e a respiração.

Corpos Estranhos

Chamamos de corpo estranho qualquer elemento que possaentrar nas cavidades naturais, como os olhos, ouvidos, nariz egarganta. Geralmente, nas partes desprotegidas do empregado.

Corpo estranho nos olhosOs olhos são os órgãos que estão mais em contato com otrabalho e, portanto, mais suscetíveis de receber corpoestranho, seja estilhaço, farpas, estrepes, pó de metal ou deterra e produtos químicos.

Tratamento:• pedir para que a vítima feche os olhos, pois as lágrimas

poderão retirar o corpo estranho; não esfregar ou mexer oolho atingido;

• se for uma quantidade grande de poeira ou produto químico,lavar com bastante água corrente, de preferência água quefoi fervida anteriormente (águas desligada). No caso de ter o"lava-olhos", usá-lo adequadamente mas não tentar retirar oobjeto com qualquer instrumento ou assoprar o olho;

• se com essas medidas não sair o corpo estranho, tapar oolho afetado com gaze esterilizada ou pano limpo limpo semcomprimir. Encaminhar ao médico imediatamente.

Corpo estranho no ouvidoO ouvido não sofre em locais de trabalho a penetração decorpos estranhos.Geralmente são colocados grãos de feijão, soja, pequenaspérolas, etc.., voluntariamente, pelas crianças, ignorantes doperigo. Pode ser ainda que insetos, como besouros, moscas,entrem involuntariamente.

O que fazer:• Levar imediatamente ao médico, para atendimento

especializado.

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CST104 Companhia Siderúrgica de Tubarão

Corpo estranho no narizIncidente raro ambientes de trabalho e comum entre ascrianças, no lar. Estas, quando cometem este ato, geralmentenão o comunicam aos pais, ele pode se notado pela obstrução,dores nas narinas, secreção nasal purulenta e sangramento. Osobjetos podem ser diversos, por exemplo, grãos de cereais epequenos artefatos de plásticos, madeira ou papelão.

O que pode ser feito:

• fechar a narina que está livre e, mantendo a boca fechada,assoar com força, impelindo para foras o objeto;

• se não der resultado, não tentar retirar com instrumentospontudos, pinças, palitos, agulhas e levar ao médicoimediatamente.

Corpo estranho na gargantaGeralmente, um corpo estranho na garganta provém deingestão voluntária ou não de pedaços grandes de qualquerelemento que não consegue passar dessa região. O problemamaior que pode causar é a asfixia e a morte por insuficiênciarespiratória.As crianças, por curiosidade, por ingenuidade, ingerem botões,moedas, bolas de gude, etc., causando transtornos sérios.

O que se pode fazer:

• baixar a cabeça e o tórax, batendo levemente entre asomoplatas, provocando a tosse;

• encaminhar imediatamente ao médico.

Fraturas e Lesões de Articulação

É o rompimento total ou parcial de um osso ou cartilagem.

As fraturas podem ser fechadas, quando a pele não é rompidapelo osso quebrado, e expostas ou abertas, quando o ossoatravessa a pele e fica exposto.Todas as supostas fraturas e lesões de articulação devem serimobilizadas.Nas indústrias, a fratura pode ocorrer em razão de quedas emovimentos bruscos do empregado, batidas contra objetos,ferramentas, maquinário, assim como quedas dos mesmossobre o empregado.

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___________________________________________________________________________________________________SENAIDepartamento Regional do Espírito Santo 105

Suspeita-se de uma fratura ou lesão articular quando houversido constatado pelo menos dois itens abaixo mencionados:

• dor intensa no local, que aumente ao menor movimento outoque na região;

• edema local (inchaço);• crepitação ao movimento (som parecido com o amassar de

papel);• hematoma (rompimento de vaso com acúmulo de sangue no

local) ou equimose (mancha de coloração azulada na pele),que aparece horas após a fratura;

• paralisia (lesão dos nervos).

Observação: nunca se deve tentar colocar o osso no lugar. Issodeverá ser feito em local e por pessoal qualificado.

O que fazer:

A) em caso de fraturas:

• colocar a vítima deitada em posição confortável;• estancar eventual hemorragia, conforme o Hemorragias, em

caso de fraturas expostas ou abertas;• imobilizar as articulações mais próximas do local cm suspeita

de fratura, a fim de impedir a movimentação, utilizandojornais, revistas, tábuas, papelão, etc.; convém acolchoarcom algodão, lã ou trapos os pontos em que os ossos ficarãoem contato com a tala;

• não deslocar ou arrastar a vítima antes de imobilizar osegmento fraturados;

• encaminhar a vítima ao Serviço Médico para diagnóstico etratamento precisos;

B) em caso de lesão articular: (entorses, luxações e contusões)

• colocar a vítima deitada ou sentada em posição confortável;• nas primeiras 24 horas, aplicar frio intenso no local com bolsa

de gelo ou compressas frias úmidas; posteriormente, aplicarcalor local;

• imobilizar a região afetada com faixas ou panos para impediros movimentos, diminuindo assim a dor;

• após decorridas as primeiras 24 horas, pode-se aplicar calorno local e imobilizá-lo, mantendo a região aquecida;

• encaminhar a vítima ao Serviço Médico para diagnóstico etratamento preciosos.

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CST106 Companhia Siderúrgica de Tubarão

Observação: não massagear ou friccionar o local afetado.

Acidentes por Animais Peçonhentos

Serpente ou cobrasNão é comum, se não rara, a ocorrência de acidentes no meiourbano por animais peçonhentos, que são as serpentes,aranhas e escorpiões.Usualmente, temos mais acidentes com escorpiões e aranhas.Como é difícil distinguir quais as espécies venenosas e as não-venenosas, deve-se agir como se fossem todas venenosas epotencialmente perigosas para a vítima.

O que se deve fazer:

A) Dentro dos primeiros trinta minutos:

• deitar a vítima o mais rápido possível, mantendo-a calma;• manter o membro lesado num nível inferior ao do coração,

para que o veneno inoculado e já circulante na correntesangüínea tenha seu processo de difusão retardado;

• afrouxar as roupas da vítima, retirando calçados, anéis,relógio, prevenindo assim complicações decorrentes deedemas que freqüentemente ocorrem em picadas de cobras;

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___________________________________________________________________________________________________SENAIDepartamento Regional do Espírito Santo 107

• não deixar a vítima andar ou correr, o que favoreceria oagravamento da lesão no local da picada e ira acelerar oprocesso de difusão do veneno, podendo levar à morte;

• observar os sinais vitais, evitando parada cardíaca e choque;• encaminhar a vítima imediatamente para atendimento médico

e, caso tenha sido possível matar o réptil, enviá-lo juntamentepara identificação e aplicação do soro específico.

B) Após decorridos 30 minutos:Passados trinta minutos da picada, as providencias acima setornam desnecessárias. Levar imediatamente o acidentado a umhospital, para a aplicação do soro adequado; se possível, enviarjuntamente o réptil para identificação e aplicação do soroespecífico.

EscorpiõesOs escorpiões vivem em casas velhas, sob montes de lenhas,telhas e pedra, madeiras velhas e úmidas. No Brasil, os maisconhecidos são os amarelos e os de coloração vermelho-escura, quase pretos.

Conduta

O que se deve fazer:

• colocar a vítima deitada;• colocar compressas frias sobre o local afetado de retardar a

disseminação do veneno na corrente sangüínea;• encaminhar a vítima imediatamente para atendimento médico

e, caso tenha sido possível matar o animal, enviá-lojuntamente para identificação e aplicação do soro específico;

• tratando-se de criança, agir com maior rapidez, pois, se otratamento demorar ou não for realizado em tempo hábil, istopoderá levar a vítima à morte.

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CST108 Companhia Siderúrgica de Tubarão

Parada Cardíaca - Massagem Cardíaca

A parada cardíaca é a interrupção do funcionamento docoração, que pode ser constatada quando não se percebe osbatimentos do mesmo (ao encostar o ouvido na região anteriordo tórax da vítima), não se puder palpar o pulso e ainda quandohouver dilatação das pupilas (menina dos olhos).O indivíduo acometido apresenta palidez, ausência de pulsaçãotanto nos membros como no pescoço, dilatação das pupilas,inconsciência e aparência de estar morto. Geralmenteapresenta, concomitantemente, parada da respiração.A parada cardíaca pode ser causada por infarto do miocárdio(coração), choque elétrico, intoxicação medicamentosa,monóxido de carbono, defensivos agrícolas e outros, casos dehipersensibilidade do organismo a certos medicamentos,acidentes graves e afogamentos.No ambiente de trabalho deve-se dedicar especial atenção aostrabalhos com monóxido de carbono, defensivos agrícolas,especialmente organosfosforados, e trabalhos em eletricidade,embora o infarto do miocárdio ou um acidente grave possaocorrer nas mais variadas situações, inclusive no trajetoresidência-empresa-residência.

O que fazer:

• colocar a vítima deitada de costas sobre uma superfície dura;

• se a vítima for adulta, dar dois a três golpes no peito, na partemediana do tórax sobre o osso externo, na sua parte inferior;

• logo a seguir, apoiar a metade inferior da palma de uma mãonesse local e colocar a outra mão por cima da primeira. osdedos e o restante da palma da mão não devem encostar notórax da vítima;

• fazer regularmente compressões curtas e fortes, cerca de 60por minuto;

• concomitantemente, associar a respiração aplicada (videParada respiratória - Respiração artificial), caso haja 2socorristas;

• no caso de 1 socorrista deverão ser feitas 15 compressõescardíacas para 2 respirações aplicadas;

• continuar a massagem cardíaca até que a vítima sejaatendida por um médico.

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Parada Respiratória - Respiração Artificial

Chamamos de parada respiratória o cessamento total darespiração, devido a falta de oxigênio e excesso de gáscarbônico no sangue. Pode ocorrer por afogamento, choqueelétrico, intoxicação por medicamentos, monóxido de carbono,defensivos agrícolas, etc.A parada respiratória pode ser constatada pela coloraçãoazulada da face, lábios e extremidades e pela não-movimentação do tórax. Através de um espelho ou metal polidocolocado próximo ao nariz, nota-se o não-embaçamento queocorreria normalmente.O oxigênio é vital para o cérebro e, quando há falta de oxigênioe excesso de gás carbônico no sangue, ocorre o cessamentototal da respiração, chamado de parada respiratória.O que fazer:

A - Respiração Boca-a-Boca

• agir com rapidez, deitando a vítima de costas sobre umasuperfície dura;

• afrouxar as roupas da vítima;• retirar da boca da vítima dentaduras, pontes, lama ou outros

corpos estranhos que encontrar e limpar a boca com umlenço ou pano limpo;

• levantar a nuca da vítima com uma das mãos e com a outrainclinar a cabeça para trás ao máximo, ficando a ponta doqueixo voltada para cima. Manter a vítima nesta posiçãodurante toda a respiração artificial, estabelecendo umapassagem livre para o ar;

• tampar as narinas da vítima com o polegar e indicador deuma mão e abrir completamente a boca da vítima;

• encher bem os pulmões e colocar sua boca sobre da vítima,sem deixar nenhuma abertura, e assoprar com força atéperceber que o tórax da vítima está elevando;

• afastar a boca e destampar as narinas da vítima, deixandoque os pulmões se esvaziem naturalmente e enquanto issoinspirar novamente, prosseguindo num ritmo de 12 vezes porminuto;

• se não houver pulsação, efetuar concomitamente amassagem cardíaca. No caso de haver um único socorrista,fazer 15 compressões cardíacas e, com rapidez, aplicar duasrespirações artificiais;

• se houver dois socorristas, um fará a respiração artificialalternadamente com a outra pessoa, que fará massagem

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___________________________________________________________________________________________________SENAIDepartamento Regional do Espírito Santo 111

cardíaca. Nesse caso, fazer 5 compressões cardíacas parauma respiração aplicada;

• levar a vítima ao Ambulatório Médico ou Pronto Socorro, masmantendo a respiração artificial durante todo percurso.

B - Respiração Boca-a-NarizÉ usada em bebês e quando a vítima sofreu fratura damandíbula, cortes com hemorragia na boca ou quando não seconseguir abrir sua boca:

• executar os itens a, b, c e d, do método Respiração Boca-a-Boca;

• apertar os maxilares para evitar a saída de ar pela boca(soprada pelas narinas);

• colocar sua boca em contato com as narinas da vítima esobrar com força;

• afastar a boca;• abrir a boca da vítima o quanto puder e observar o

esvaziamento natural dos pulmões;• recomeçar a operação e prosseguir num ritmo de 12 vezes

por minuto;• levar a vítima para o Ambulatório Médico ou Pronto Socorro

mantendo a respiração artificial durante o percurso.

Observação: a freqüência respiratória média é a seguinte: homens = 16 a 18 movimentos/minuto; mulheres = 18 a 20 movimentos/minuto; crianças = 20 a 25 movimentos/minuto;

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crianças menor de um ano = 30 a 40movimentos/minuto.

Resgate e Transporte de Pessoas Acidentadas

Antes de transportar o acidentado, deve-se lembrar que umamanipulação sem cuidado pode causar problemas, às vezes, atéirreversíveis para a vítima, principalmente se houver ferimentosna coluna, tórax, bacia ou crânio.Ao socorrer uma vítima que tenha caído de uma alturaconsiderável ou tenha sido atropelada, devemos sempreconsiderar a possibilidade de fraturas, hemorragias, paradacardíaca ou respiratória e, portanto, devemos tomar muitocuidado para transportá-la ou mudá-la de posição. Só se podeiniciar o transporte, conhecendo-se o estado da vítima.O socorrista deverá saber identificar a extensão do perigo, bemcomo ser capaz de resolver o problema, evitando expor-se,inutilmente, a riscos.Transporte de acidentado com suspeita de lesão na colunaO indivíduo com fraturas de coluna pode apresentar dor intensa,impossibilidade de movimentação do tronco, formigamento ouparalisia nas extremidades (braços e pernas) e dificuldade derespiração.Aja sempre com o máximo cuidado.

O que fazer:Colocar a vítima sobre uma tábua, chapa de metal ou qualquersuperfície firme e lisa (para não curvar ou deslocar a espinha):

• colocar a tábua de madeira no chão, no lado da vítima; rolaro acidentado sobre seu próprio corpo e a seguir, sobre amaca, sem dobrar a coluna;

• se possível, socorrer em três pessoas, sendo que a primeirasegura a cabeça do acidentado e as costas; a segunda, asnádegas e as coxas; e a terceira, as pernas e os pés. Todos,ao mesmo tempo, levantam o acidentado e o colocam sobrea tábua de madeira, tomando cuidado para não dobrar-lhe acoluna. Prestar muita atenção para que a cabeça da vítimagire junto com o corpo, sem ficar deslocada para trás ou paraos lados. Se houver suspeita de fratura da região cervical(pescoço), tomar cuidado para não movimentar a cabeça doacidentado;

• prevenir o estado de choque;• imobilizar a vítima antes do transporte: colocar almofadas de

panos ou toalhas de cada lado da cabeça e amarrar a testa àtábua com uma faixa ou qualquer tira de pano; amarrar

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também o corpo à tábua, na altura do peito, quadril, joelhos epróximo aos pés. Se o acidentado apresentar deformação nacoluna, é melhor imobilizá-lo sobre a maca na posiçãoadotada pela coluna, evitando o agravamento dos males;

• encaminhar a vítima para atendimento médico.

Resgate de vítima de incêndioO que fazer:

• envolver o corpo da vítima em pano de algodão (cortina,toalha, tapete, cobertor, lençol ou outro material semelhante);

• apagar, primeiramente, as chamas na cabeça, ombros, tóraxe seguir em sentido descendente até os pés;

• deixar-lhe o rosto descoberto para que não inale fumaça;• retirar sua roupa para evitar que cole e arranque a pele

lesada, envolvendo-o com um lençol limpo;• dar-lhe água para beber, se estiver consciente;• encaminhá-la imediatamente para um serviço médico para

diagnóstico e tratamento precisos.

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CST114 Companhia Siderúrgica de Tubarão

Transporte de acidentado consciente por uma pessoaA - Quando a vítima está deitada e com ferimentos leves,podendo andar com o auxílio de uma pessoa;

• colocar-se à esquerda do acidentado, com o joelho esquerdono chão;

• passar o braço direito logo abaixo das axilas e segurar firmesob a axila direita do acidentado;

• fazer a vítima segurar em torno de sua nuca e, com a mãoesquerda, segurar a mão esquerda da vítima;

• levantar-se, puxando a vítima junto.

B - Quando a vitima está deitada e não pode caminhar, mas temferimentos leves:

• colocar-se à esquerda do acidentado, com o joelho esquerdono chão;

• passar o braço direito sob suas costas na altura das axilas;• passar o braço esquerdo sob seus joelho;• falar para a vítima segurar firmemente no seu pescoço;• levantar-se, carregando-a no colo.

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C - Quando a vítima é muito pesada:

• colocá-la em pé e dar-lhe as costas, inclinando-se um poucopara a frente;

• sustentar as pernas da vítima, segurando-lhe os joelhos, epedir a ela que se apoie no socorrista.

Transporte de acidentado inconsciente por uma pessoa

• colocar o acidentado de bruços;• segurá-la por debaixo das axilas;• levantá-lo até que fique de joelhos;• apoiá-lo de pé colocando sua axila direita sobre a nuca;• levantá-lo e carregá-lo sobre suas costas;• somente realizar o transporte tendo a certeza de não haver

lesão de coluna.

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Transporte de acidentado consciente por duas pessoas

A - se a vítima puder andar, os dois socorridos colocam-se aoseu lado e ela se apoia nos seus pescoços;

B - quando a vítima não puder andar, usar o método da"cadeirinha":

• os dois socorridos ajoelham-se perto da vítima, que porá osbraços sobre os seus ombros;

• os dois socorridos fazem a "cadeirinha", levantando-se aomesmo tempo e andam com os passos desencontrados.

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Transporte de acidentado inconsciente por duas pessoas

• colocar a vítima sentada em uma cadeira;• um dos socorristas levantará a cadeira pelo espaldar;• o outro socorrista, de costas, levantará a cadeira pelas

pernas da frente, próximo ao assento;• a cadeira deve ficar inclinada para que o peso do acidentado

se apoie no espaldar.

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CST118 Companhia Siderúrgica de Tubarão

Este tipo de transporte dever ser utilizado em elevadores onde amaca não consiga entrar.

Transporte por três pessoas

• os três socorristas devem alinhar-se de um dos lados davítima;

• o primeiro colocará suas mãos debaixo da cabeça, ombros edorso do acidentado;

• o segundo colocará suas mãos sob as nádegas;• o terceiro as colocará sob as pernas e coxas;• os três devem suspender o acidentado e caminhar

lentamente, marcando o passo;

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Este tipo de transporte é o mais seguro e indicado paraacidentados com suspeita de lesão de coluna.Como improvisar uma maca

• com cabos de vassoura, galhos de árvores, guarda-chuvasou qualquer material semelhante e resistente;

• pegar dois paletós, enfiar as mangas para dentro deles,abotoá-los inteiramente e enfiar os cabos mangas do paletó;

• enrolar uma toalha grande ou cobertor em torno dos doiscabos;

• também podem ser utilizadas tábuas ou portas paratransportar principalmente os acidentados com lesão decoluna.

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Controle Ambiental

Meio Ambiente

Constitui-se num conjunto de elementos e fatoresindispensáveis à vida, de ordem física, química e biológica.

Poluição

É a degradação da qualidade ambiental resultante de atividadesque direta ou indiretamente:

• Prejudicam a saúde, a segurança e o bem estar dapopulação;

• Criam condições adversas as atividades sociais eeconômicas;

• Afetam desfavoravelmente a flora e a fauna;• Afetam as condições estáticas ou sanitárias do Meio

Ambiente;• Lançam matérias ou energias em desacordo com os padrões

ambientais estabelecidos.

Poluição do Solo/ResíduosSão modificações ocasionais no solo adivinhas de disposiçãoinadequada de materiais sólidos, líquidos e gazes.Exemplo: Rejeitos industriais, lixo doméstico, etc.

Controle da Poluição por ResíduosO controle de poluição por resíduos não pode consistir apenasno controle da sua disposição, mas principalmente na reduçãoda geração, reutilização, reciclagem e comercialização.

Sistemática para Controle da Poluição por ResíduosSegregação - Consiste em separar os resíduos para que nãohaja contaminação entre eles.Exemplo: Papel/papelão, vidro, metal, lixo orgânico/rejeito.

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CST122 Companhia Siderúrgica de Tubarão

Acondicionamento - consiste em depositar cada materialseparadamente em recipientes específicos.Exemplo: Papel/papelão na lixeira de papel; plástico na lixeira

de plástico; vidro na lixeira de vidro; metal na lixeirade metal; lixo orgânico/rejeito na lixeira de lixo; óleoem tambores; etc.

Baias de Contençãoconsiste em uma área com proteção de mureta normalmente emtijolo/bloco ou concreto, para que o material ali depositado, nãoseja carregado pela a chuva para as pistas e sistema dedrenagem.

Disposição Adequadaconsiste em depositar o material em recipientes apropriados.Exemplo: Lixeira, cestos, tambores, caixas e baias de

contenção, etc.

Pátios ApropriadosConsiste em áreas pré-estabelecidas para depositar umdeterminado tipo de material, e com proteção de muretas,cortinas de proteção com árvores e sistema de drenagemapropriado para o escoamento da água e recolhimento domaterial ali depositado.

C.A.S.P.A CST dispõe em uma área de 360.000 m2, com 14 pátiosseparados com a finalidade de estocar materiais que ainda nãoestão sendo reutilizados na usina e/ou comercializados, comdisposição adequada para que não haja contaminação entreeles.Esta área chamada de “C.A.S.P”, ou seja, uma Central deArmazenamento de subprodutos que foi construída na área deexpansão da C.S.T.

Poluição AtmosféricaSão alterações no ar atmosférico em sua composição natural,por introdução de elemento estranho fora dos padrõesambientais, ou por desequilíbrio na porção de seuscomponentes, de maneira a causar prejuízos ambientais comdanos a saúde e à economia.Exemplo: Poeira, fumaça, gases, etc.

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Controle da Poluição AtmosféricaO controle das emissões atmosférica industriais deve ser feitoatravés de introdução adequada dos equipamentos industriaisque são na sua maioria despoeiramento e instalação desistemas específicos para controle da poluição.

Equipamentos de Controle da Poluição Atmosférica

• Precipitadores Eletrostáticos - a poeira é carregadaeletricamente e a seguir retirada por ação magnética.

• Filtros de Mangas - indicados para a remoção de poeiras,estas são retidas ao atravessarem um tecido industrial(similar ao aspirador de pó).

• Ciclones - removem poeiras mais grossas, por ação de forçacentrífuga.

• Lavadores - a poeira é retirado do ar por spray de água à altapressão.

Poluição HídricaSão alterações na composição e nas características da água,provocada por lançamentos de efluentes industriais e esgotos.Exemplo: Vazamento de óleo, lamas, esgotos sem tratamento,

materiais sólidos, etc.

Controle da Poluição HídricaO controle da poluição hídrica é feita através de técnicas detratamento, que tem por finalidade reduzir as impurezasmelhorando a qualidade da água sobre os seguintes aspectos:sanitário, estético e econômico.

Sistemas de Controle da Poluição Hídrica

• Tratamento Biológico (valor de oxidação) - o tratamentobiológico do esgoto doméstico ou industrial, consiste nadecomposição biológica, através de microorganismos queconsomem o material poluente nos esgotos.

• Caixa de Separação óleos e graxas - este tratamentoconsiste em separar o óleo presente nos efluentesprincipalmente de oficinas, em função da diferença dedensidade entre o óleo e a água.

• Bacias de decantação - consiste em se passar o efluente portanques de decantação, com períodos de detenção quepossibilitam a decantação do material em suspensãopresente nos efluentes.

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• Tratamento Químico - são processos de neutralização e oucoagulamento através dos quais substâncias químicastóxicas / ou não, são eliminados dos efluentes industriais.

Controle Ambiental na CST

• Diariamente os técnicos de meio ambiente da IDC percorremtodas as áreas da usina, verificando se existe algumprocedimento que possa causar dano ambiental. Caso sejaencontrado alguma ocorrência ambiental, é feito um contatocom o gerente da área para providenciar ações corretivas.Semanalmente todas estas ocorrências são relatadas emdocumento denominado Boletim Ambiental para se informar atodo corpo gerencial, e para posteriores providências.

• A CST recebe freqüentemente fiscalização por parte dosÓrgãos Ambientais que acompanham o desempenho dosequipamentos, os lançamentos hídricos e disposição dosresíduos sólidos. Caso o desempenho ambiental não estejaem conformidade com a legislação, a empresa é notificadacom prazo estabelecido corrigir o desvio encontrado.

• A auditoria ambiental é um importante instrumento de gestãoda empresa, que tem como objetivo avaliar o cumprimentodos padrões, legislação e melhoria do desempenho daEmpresa.

• Para analisar o desempenho ambiental de cadaempreendimento, são realizados monitoramento para avaliar,a quantidade do ar ambiental, emissões das fontes(chaminés) e do corpo recepto (mar). No caso específico desiderurgia os principais parâmetro são: Dióxido de enxofre,material particulado, e poeira sedimentável no ar e sólidos emsuspensão, pH, amônia, cianeto, fenol em efluentes hídricos.

Padronização Ambiental

A Empresa tem como diretriz, que todas as ativadas que sãodesenvolvidas de forma repetitiva, devam ser padronizadas. Emvista disto, as áreas operacionais, de manutenção e de apoiovem implantando seus respectivos padrões, contemplandoinclusive o item meio ambiente e segurança.A padronização do meio ambiente à nível de usina, compete aárea ambiental a sua elaboração e aprovação (IDC). Destaforma, a IDC já implantou Padrões Técnicos Ambientais deemissão e de lançamento para cada área da Companhia, ealguns de caracter geral dentre os quais podemos citar:

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• PA-11 - Comunicação e Análise de Ocorrências Ambientaisque regulamenta as responsabilidade da área em comunicartoda e qualquer ocorrência que afete meio ambiente noâmbito da empresa.

• PA-14 - Procedimento de Aprovação de Custos Ambientais -Este padrão orienta os responsáveis por cada centro decustos, como processar a apuração dos gastos relacionadoscom os sistemas ou equipamentos de controle ambiental.

• PA-15 - Procedimento de Meio Ambiente para Contratadas -Este padrão tem por objetivo informar as empresas queprestam serviços à CST, quais são suas obrigações paracom o meio ambiente.

Para controle das emissões das chaminés. a CST temestabelecido para cada Equipamento de Controle Ambiental umpadrão de emissão, cujo valor não pode ser ultrapassado sobrisco de penalização por parte dos Órgãos de Meio Ambiente.Para conhecer o desempenho dos equipamentos de ControleAmbiental, a Empresa mantém um programa deacompanhamento onde são realizadas medições periódicaspara avaliar se suas emissões encontram-se enquadradas aospadrões.Para controle das emissões hídricas todo lançamento efetuadopelas áreas devem estar dentro dos padrões de lançamentoestabelecidos pela legislação. Para controlar seus lançamentos,a Empresa dispõe de um programa de monitoramento hídriconas diversas áreas da usina.

Responsabilidade Ambiental

Como toda instituição jurídica a CST tem suas obrigações paracom o meio ambiente. Assim, sua obrigação primeira é exercersuas atividade sempre em conformidade com que determina alegislação, ou seja, atendendo aos padrões de controleambiental. Outra responsabilidade da Empresa e o Termo deCompromisso, que contempla melhorias com objetivoaperfeiçoar ainda mais o seu desempenho ambiental.Para que estes compromissos se tornem uma validade, o corpogerencial tem como um de suas atribuições fazer cumprir asobrigações assumidas pela Empresa.Para que o objetivo da empresa seja alcançado, no que serefere ao meio ambiente, é necessário que cada empregado,exerça suas atividade sem agredir o meio ambiente, procurando

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reconhecer entre suas tarefas, quais as práticas ambientalmentecorreta para executá-las.