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HIGIPLUS | 1º TRIMESTRE/2016 31 SEGURANÇA DO TRABALHO A NR-17 É UMA NORMA REGULADORA DO Ministério do Trabalho relativa à ergonomia, que esta- belece os parâmetros para a adaptação das condições de trabalho às necessidades psicofisiológicas do trabalhador e às tarefas a serem executadas. Tais condições envolvem mobiliário, ferramentas, equipamentos, ambiente (iluminação, nível de ruído do local, temperatura) e a organização do modus operandi da atividade, considerando as normas de produção, o ritmo e tempo disponíveis, além do conteúdo das tarefas. “A NR-17 é tão importante para a empresa quanto para o trabalhador”, afirma o ergonomista da Funda- centro, Ricardo da Costa Serrano. “Ela define as regras para o trabalho, minimizando os riscos da atividade que possam causar alguma incapacidade no funcionário e, por consequência, possíveis afastamento e indenizações. O trabalhador tem seu direito garantido e a empresa fica assegurada por estar dentro da lei”. Para estar em dia com a norma, é imprescindível uma análise ergonômica do ambiente laboral e o desen- volvimento de um programa ergonômico adequado à realidade da empresa. “No caso da Limpeza Profissional, é importante estudar o melhor modo para o trabalhador executar cada tarefa, buscando a eficiência, evitando a monotonia e investindo para que tudo aconteça de ma- neira segura e saudável”, destaca Serrano. Entre as opções estão: programar pausas, adotar a ginástica laboral para evitar a fadiga muscular ou usar equipamentos adequa- dos ao perfeito manuseio, como baldes de rodinha ao invés de baldes manuais, evitando lordoses, escolioses ou outras patologias da coluna. “Para se ter uma ideia da importância do tema, a cada dez pessoas, oito têm ou vão sofrer algum problema relacionado à coluna, dependendo da atividade que realizam”, aponta Serrano. TIPOS DE ERGONOMIA Mas a ergonomia ocupacional não envolve apenas a preocupação com a parte física ou postural. De maneira geral, há três domínios da especialização*: a Ergonomia Física, relacionada à anatomia humana, antropometria, postura no trabalho, movimentos repetitivos e distúr- bios músculo-esqueletais, entre outros. A Ergonomia Cognitiva, que se refere aos processos mentais, como percepção, memória, raciocínio e resposta motora, incluindo o estudo da carga mental de trabalho, inte- ração homem-computador, desempenho e estresse. E a Ergonomia Organizacional, que concerne à otimização de estruturas organizacionais e de processos. “É pre- ciso olhar para todos os aspectos”, finaliza Serrano. *Fonte: Ergonomia no Trabalho. NR-17: a ergonomia na atividade laboral O FANTASMA DO NEXO CAUSAL Unanimidade entre os empresários, a preocupação com o nexo causal pode ter relação direta também com a ergonomia. No sentido legal, o termo doença ocupacional envolve dois significados: Doença Pro- fissional e Doença do Trabalho. O primeiro designa patologias cujo nexo causal é legalmente reconhe- cido. Já o segundo abrange doenças cuja relação com a situação de trabalho deve ser comprovada. O estabelecimento do nexo causal ocupacional é um procedimento médico-pericial que identifica a doença, sua origem e sua relação com o trabalho**. **Fonte: Portal Ocupacional.

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Page 1: sEgUranÇa do traBalHo nr-17: a ergonomia na … · ergonomia organizacional, que concerne à otimização de estruturas organizacionais e de processos. “É pre-ciso olhar para

HIGIPLUS | 1º TRIMESTRE/2016 31

sEgUranÇa do traBalHo

a nr-17 É uma norma reGuladora do

ministério do trabalho relativa à ergonomia, que esta-

belece os parâmetros para a adaptação das condições de

trabalho às necessidades psicofi siológicas do trabalhador

e às tarefas a serem executadas.

tais condições envolvem mobiliário, ferramentas,

equipamentos, ambiente (iluminação, nível de ruído do

local, temperatura) e a organização do modus operandi da

atividade, considerando as normas de produção, o ritmo

e tempo disponíveis, além do conteúdo das tarefas.

“a nr-17 é tão importante para a empresa quanto

para o trabalhador”, afi rma o ergonomista da Funda-

centro, Ricardo da costa Serrano. “ela defi ne as regras

para o trabalho, minimizando os riscos da atividade que

possam causar alguma incapacidade no funcionário e,

por consequência, possíveis afastamento e indenizações.

o trabalhador tem seu direito garantido e a empresa fi ca

assegurada por estar dentro da lei”.

para estar em dia com a norma, é imprescindível

uma análise ergonômica do ambiente laboral e o desen-

volvimento de um programa ergonômico adequado à

realidade da empresa. “no caso da limpeza profi ssional,

é importante estudar o melhor modo para o trabalhador

executar cada tarefa, buscando a efi ciência, evitando a

monotonia e investindo para que tudo aconteça de ma-

neira segura e saudável”, destaca serrano. entre as opções

estão: programar pausas, adotar a ginástica laboral para

evitar a fadiga muscular ou usar equipamentos adequa-

dos ao perfeito manuseio, como baldes de rodinha ao

invés de baldes manuais, evitando lordoses, escolioses

ou outras patologias da coluna. “para se ter uma ideia

da importância do tema, a cada dez pessoas, oito têm

ou vão sofrer algum problema relacionado à coluna,

dependendo da atividade que realizam”, aponta serrano.

tiPos de erGonomia

mas a ergonomia ocupacional

não envolve apenas a preocupação com

a parte física ou postural. de maneira

geral, há três domínios da especialização*: a ergonomia

Física, relacionada à anatomia humana, antropometria,

postura no trabalho, movimentos repetitivos e distúr-

bios músculo-esqueletais, entre outros. a ergonomia

Cognitiva, que se refere aos processos mentais, como

percepção, memória, raciocínio e resposta motora,

incluindo o estudo da carga mental de trabalho, inte-

ração homem-computador, desempenho e estresse. e a

ergonomia organizacional, que concerne à otimização

de estruturas organizacionais e de processos. “É pre-

ciso olhar para todos os aspectos”, fi naliza serrano. •

*Fonte: Ergonomia no Trabalho.

nr-17: a ergonomia na atividade laboral

O FANTASMA DO neXo causaL

Unanimidade entre os empresários, a preocupação com o nexo causal pode ter relação direta também com a ergonomia. No sentido legal, o termo doença ocupacional envolve dois significados: Doença Pro-fissional e Doença do Trabalho. O primeiro designa patologias cujo nexo causal é legalmente reconhe-cido. Já o segundo abrange doenças cuja relação com a situação de trabalho deve ser comprovada. O estabelecimento do nexo causal ocupacional é um procedimento médico-pericial que identifica a doença, sua origem e sua relação com o trabalho**.

**Fonte: Portal Ocupacional.