seguranÇa contra risco de incÊndio · resistÊncia ao fogo de elementos de construÇÃo ......

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Reabilitação/Ampliação das Escolas Básicas do 1º Ciclo e Pré-Escolar de Porto de Mós Para Centro Escolar SEGURANÇA CONTRA RISCO DE INCÊNDIO Peças Escritas

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Reabilitação/Ampliação das Escolas Básicas do 1º Ciclo e Pré-Escolar de Porto de Mós Para Centro

Escolar

SEGURANÇA CONTRA RISCO DE INCÊNDIO

Peças Escritas

INDICE

TERMO DE RESPONSABILIDADE DO AUTOR DO PROJECTO FOTOCÓPIA DOS DOCUMENTOS DE IDENTIFICAÇÃO DO PROJECTISTA DECLARAÇÃO DA ORDEM DOS ENGENHEIROS TÉCNICOS

1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 1

1.1. OBJECTIVO ............................................................................................................... 1 1.2. LOCALIZAÇÃO ........................................................................................................... 1 1.3. CARACTERIZAÇÃO E DESCRIÇÃO ................................................................................ 1

1.3.1. Utilizações-tipo ..................................................................................................................1 1.3.2. Descrição funcional e respectivas áreas, piso a piso .......................................................2 1.3.3. Cálculo do Efectivo ...........................................................................................................2

1.4. CLASSIFICAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DO RISCO ................................................................ 3 1.4.1. Locais de risco ..................................................................................................................3 1.4.2. Factores de classificação de risco aplicáveis ...................................................................3 1.4.3. Categorias de risco ...........................................................................................................3

2. CONDIÇÕES EXTERIORES ............................................................................... 4

2.1. VIAS DE ACESSO E PRONTIDÃO .................................................................................. 4 2.2. ACESSIBILIDADE ÀS FACHADAS ................................................................................... 4 2.3. LIMITAÇÕES À PROPAGAÇÃO DO INCÊNDIO PELO EXTERIOR ......................................... 5 2.4. DISPONIBILIDADE DE ÁGUA PARA OS MEIOS DE SOCORRO............................................. 5

3. RESISTÊNCIA AO FOGO DE ELEMENTOS DE CONSTRUÇÃO ..................... 6

3.1. RESISTÊNCIA AO FOGO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS E INCORPORADOS EM

INSTALAÇÕES................................................................................................................... 6 3.2. ISOLAMENTO ENTRE UTILIZAÇÕES-TIPO DISTINTAS ....................................................... 6 3.3. COMPARTIMENTAÇÃO GERAL CORTA-FOGO ................................................................ 7 3.4. ISOLAMENTO E PROTECÇÃO DE LOCAIS DE RISCO ........................................................ 7 3.5. ISOLAMENTO E PROTECÇÃO DE MEIOS DE CIRCULAÇÃO ................................................ 8

3.5.1. Protecções das vias horizontais de evacuação ................................................................8 3.5.2. Protecções das vias verticais de evacuação ....................................................................9 3.5.3. Isolamento de outras circulações verticais .......................................................................9 3.5.4. Isolamento e protecção das caixas dos elevadores .........................................................9 O elevador está compartimentado com elementos REI90 (paredes resistentes) e vãos E30c (de acordo com o nº 1 do artº27º da portaria 1532/2008). ..........................................................9 3.5.5. Isolamento e protecção de canalizações e condutas ......................................................9

4. REACÇÃO AO FOGO DE MATERIAIS ............................................................ 10

4.1. REVESTIMENTOS EM VIAS DE EVACUAÇÃO ................................................................. 10 4.1.1. Vias horizontais .............................................................................................................. 10 4.1.2. Vias verticais .................................................................................................................. 10 4.1.3. Câmaras corta-fogo ........................................................................................................ 10

4.2. REVESTIMENTOS EM LOCAIS DE RISCO ...................................................................... 10 4.3. OUTRAS SITUAÇÕES ................................................................................................ 10

5. EVACUAÇÃO ................................................................................................... 11

5.1. EVACUAÇÃO DOS LOCAIS ......................................................................................... 11 5.1.1. Dimensionamento dos caminhos de evacuação e das saídas ...................................... 12 5.1.2. Distribuição e localização das saídas ............................................................................ 12

5.2. CARACTERIZAÇÃO DAS VIAS HORIZONTAIS DE EVACUAÇÃO ......................................... 13 5.3. CARACTERIZAÇÃO DAS VIAS VERTICAIS DE EVACUAÇÃO ............................................. 13 5.4. LOCALIZAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DAS ZONAS DE REFÚGIO ....................................... 13

6. INSTALAÇÕES TÉCNICAS ............................................................................. 13

6.1. INSTALAÇÕES DE ENERGIA ELÉCTRICA ...................................................................... 13 6.1.1. Fontes centrais de energia de emergência e equipamentos que alimentam ............... 14 O gerador será localizado no exterior devidamente resguardado ........................................... 14 6.1.2. Fontes locais de energia de emergência e equipamento que alimentam ..................... 14 6.1.3. Condições de segurança de grupos electrogéneos e unidades de alimentação ininterrupta ................................................................................................................................ 14 6.1.4. Cortes geral e parciais de energia ................................................................................. 15

6.2. INSTALAÇÕES DE AQUECIMENTO ............................................................................... 15 6.2.1. Condições de segurança das Centrais Térmicas .......................................................... 15 Nos locais de instalação existirão botoneiras de alarme e extintores de CO2 e serão também instalados extintores de Pó Quimico ABC até uma distância máxima de 15m. ...................... 16 6.2.1. Condições de segurança da aparelhagem de aquecimento .......................................... 16

6.3. INSTALAÇÕES DE CONFECÇÃO E DE CONSERVAÇÃO DE ALIMENTOS ............................. 16 6.3.1. Instalação de aparelhos ................................................................................................. 16 6.3.2. Ventilação e extracção de fumo e vapores .................................................................... 17 6.3.3. Dispositivos de corte e comando de emergência .......................................................... 17

6.4. EVACUAÇÃO DE EFLUENTES DE COMBUSTÃO ............................................................. 17 6.5. VENTILAÇÃO E CONDICIONAMENTO DE AR ................................................................. 17 6.6. ASCENSORES .......................................................................................................... 19

6.6.1. Condições gerais de segurança ..................................................................................... 19 6.6.2. Ascensor para uso exclusivo dos bombeiros em caso de incêndio............................... 19

6.7. INSTALAÇÕES DE ARMAZENAMENTO E UTILIZAÇÃO DE LÍQUIDOS E GASES COMBUSTÍVEIS19

7. EQUIPAMENTOS E SISTEMAS DE SEGURANÇA ......................................... 20

7.1. SINALIZAÇÃO........................................................................................................... 20 7.2. ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA ................................................................................... 21 7.3. SISTEMA DE DETECÇÃO, ALARME E ALERTA ............................................................... 22

7.3.1. Concepção do sistema e espaços protegidos ............................................................... 22 7.3.2. Configuração de alarme ................................................................................................. 23 7.3.3. Características técnicas dos elementos constituintes do sistema ................................. 23 7.3.4. Funcionamento genérico do sistema (alarmes e comandos) ........................................ 26

7.4 SISTEMA DE CONTROLO DE FUMO ............................................................................. 31 7.4.1. Locais protegidos ........................................................................................................... 31 7.4.2. Caracterização da instalação ......................................................................................... 31

7.5. MEIOS DE INTERVENÇÃO .......................................................................................... 32 7.5.1. Critérios de dimensionamento e de localização ............................................................. 32 7.5.2. Meios portáteis e móveis de extinção ............................................................................ 34 7.5.3. Concepção da rede de incêndios e localização das bocas de incêndio ........................ 35 7.5.4. Caracterização do depósito privativo do serviço de incêndios e concepção da central de bombagem ................................................................................................................................ 35 7.5.5. Caracterização e localização das alimentações da rede de incêndios ......................... 36

7.6. POSTO DE SEGURANÇA ............................................................................................ 37 7.6.1. Localização e protecção ................................................................................................. 37

7.7. OUTROS MEIOS DE PROTECÇÃO DOS EDIFÍCIOS ......................................................... 37

TERMO DE RESPONSABILIDADE DO AUTOR DO PROJECTO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIOS

José Manuel Ribeiro Ruaz, Engenheiro Técnico Civil, portador do cartão de cidadão

nº11382656 com validade até 30 de Setembro de 2014, Contribuinte n.º 11382656 com

morada na Rua Campos Rodrigues nº 39 2º Esq., código postal 2910-452

Setúbal, inscrito na OET/ANET com o n.º 12602, declara para efeitos do disposto no n.º 1 do artigo 10º do Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de Dezembro, com a redacção dada pelo Decreto-Lei nº 26/2010, de 30 de Março e pelo Decreto-Lei 136/2014 de 9 de Setembro, que o Projecto de Segurança Contra Incêndios , relativo à Reabilitação/Ampliação das Escolas Básicas do 1º Ciclo e Pré-Escolar de Porto de Mós Para Centro Escolar, localizado em Porto de Mós, cuja execução foi requerida pela Câmara Municipal de Porto de Mós, observa as normas técnicas gerais e específicas de construção, bem como as disposições legais e regulamentares aplicáveis, designadamente o Decreto lei 220/2008 de 12 de Novembro, A Portaria 1532/2008 de 29 de Dezembro, as Notas Técnicas da ANPC, com as condicionantes referidas na memória descritiva enquadráveis no procedimento urbanístico em causa.

Lisboa, Dezembro de 2014

O Engº Téc.Civil (OET nº12602)

(José Manuel Ribeiro Ruaz)

Fotocópia dos documentos de identificação do projectista Fotocópia do Cartão de Cidadão

Declaração da Ordem dos Engenheiros Técnicos

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1 Introdução

Refere-se esta memória à Reabilitação/Ampliação das Escolas Básicas do 1º Ciclo e Pré-Escolar de Porto de Mós Para Centro Escolar, (adiante designado Centro Escolar de Porto de Mós, ou CEPM) que Município de Porto de Mós pretende erigir.

1.1. Objectivo

O presente projecto pretende reunir de forma sistemática todas as medidas de segurança que foram tomadas nos diversos projectos das especialidades, no que concerne à segurança contra incêndios, de forma a constituir um documento único e global, com a descrição das medidas, os materiais e equipamentos de segurança que aqueles projectos contemplam. No contexto do projecto de segurança contra incêndios sobressai a problemática do combate a um eventual incêndio e as medidas tomadas no projecto para minimizar a ocorrência desse sinistro. Desta forma destacam-se as noções de compartimentação ao fogo, a resistência e reação ao fogo dos materiais empregues na construção, a carga térmica, os caminhos de evacuação, a sinalização destes percursos, os meios de alarme e combate ao incêndio, o cumprimento dos regulamentos, quer no que concerne à eliminação das barreiras arquitectónicas, ao cálculo das estruturas, à protecção adequada e regulamentar dos circuitos das instalações eléctricas e seu dimensionamento. Deste modo, este edifício tem uma predominância de instalações e medidas adoptadas para prevenir e combater um eventual sinistro de incêndio, tendo sempre presente o cumprimento dos regulamentos aplicáveis, o Dec.º Lei n.º 220/2008, a Portaria nº 1532/2008, as notas técnicas da ANPC bem como as noções teóricas e os conceitos conhecidos sobre estas matérias.

1.2. Localização

Este edifício escolar, situa-se em Porto de Mós, concelho de Porto de Mós, distrito de Leiria, conforme planta de localização respectiva.

1.3. Caracterização e descrição

No edificado em questão será destinado ao funcionamento do Centro Escolar de Porto de Mós. Existirão dois edifícios um pré-existente com remodelação sem alterações profundas, e outro com remodelação parcial (parte demolida) e ampliação nova. O edifício mantido é térreo com 3 acessos directos do exterior e desenvolvimento quadrangular; o outro edifício terá uma implantação em “T” desenvolvido por 2 pisos com 3 circulações verticais, uma exterior periférica, uma central interior protegida e outra interior periférica. O edificado ficará condicionado às características de infra-estruturas exteriores pré-existentes, apesar desses condicionalismos permitirá a aproximação de viaturas de emergência junto das suas fachadas. Sendo um Centro Escolar JI + EB1, serão previstos amplos espaços exteriores de recreio no interior do recinto, funcionando o edifício a manter como sala polivalente do jardim-de-infância. Nota: Quando esta memória se referir ao edifício secundário o mesmo será indicado, se nada for referido estará a ser tratado o edifício principal.

1.3.1. Utilizações-tipo

O edificado em análise é da Utilização Tipo IV, “Escolares“.

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1.3.2. Descrição funcional e respectivas áreas, piso a piso

O edifício principal é constituído por dois pisos (Térreo e +1), ambos acima do nível do solo, com uma altura máxima para efeitos regulamentares de 4,0m, a sua implantação encontra-se de nível com o arruamento; o edifício secundário é constituído por um piso acima no nível do solo, embora também se encontre de nível com o arruamento exterior, o acesso a viaturas de emergência será mais viável pelo arruamento interior na lateral do edificado. O edifício secundário terá apenas a função de sala polivalente do jardim-de-infância, constituído por um espaço amplo com possibilidade de compartimentação em harmónio de madeira, mantendo no entanto a evacuação directa ao exterior de qualquer compartimento; possui ainda instalações sanitárias para crianças e adultos. O edifício principal poderá ser subdividido em três alas ou blocos, ao nível do piso térreo funciona um com salas de actividades do Jardim-de-Infância, outro com salas de aula da EB1 e outro com áreas técnico-funcionais, com refeitório e sala polivalente, cozinha e áreas de apoio e do pessoal não docente; no piso superior, dois blocos estarão ocupados com salas de aula da EB1 (no entanto parte de um bloco será área técnica exterior) e outro bloco será ocupado com espaços funcionais comuns, com a biblioteca e a sala multiusos da biblioteca, a Sala AEC’s, a Sala dos Professores (e uma pequena área técnica exterior), estando uniformemente distribuídas instalações sanitárias em todos os blocos. Existem pequenos gabinetes no piso térreo (três) e no piso superior (dois), para atendimento e zona de trabalho de professores O posto de segurança encontra-se ao nível do piso térreo junto a um acesso lateral ao edifício principal e ao acesso principal do edifício secundário A entidade exploradora definiu que este edificado não possui portaria, nem recepção, pela experiência anterior desta utilização.

1.3.3. Cálculo do Efectivo

O efectivo total do edifício é calculado pelo número de ocupantes de cada espaço por unidade de área, de acordo com os rácios do artigo 51º da Portaria nº 1532/2008, ou pelo número de lugares de acordo com o layout e as indicações do Ministério da Educação. Assim nas salas de aula foi tomada a ocupação máxima indicada pelo Ministério da Educação de 26 alunos por Sala + 1 Professor e no JI 26 alunos + 1 professor e 2 auxiliares, nos gabinetes foi adoptado o mais gravoso entre o rácio de 0,2/m2 e o layout. Na biblioteca, sala de reuniões (AE e professores adoptou-se o rácio de 0,5/m2 e no conjunto sala polivalente/refeitório (havendo um uso indicado e ajustado de sala de convívio) 1,0/m2, na cozinha e lavagem foi considerado 0,2/m2 e nos balneários 0,3/m2. Tem-se em atenção que existem espaços ocupados pelas mesmas pessoas em horários diferentes, não coexistindo em simultâneo. Nos locais como a biblioteca, a Sala polivalente/Refeitório, Sala de Professores e Reuniões, e Vestiários o efectivo não é considerado para o cálculo do efectivo total, por se considerar que o efectivo que ocupa esses espaços já está contabilizado nos outros espaços (locais marcados com “ * ” –asterisco). De acordo com o efectivo representado nas peças desenhadas, apura-se um efectivo Total de 417 pessoas e um efectivo em locais de Risco D de 118 pessoas. Para efeitos de evacuação (vias e saídas) o efectivo em locais de Risco D é majorado por 1,3. Nas peças desenhadas o efectivo marcado com esse (s) indica que o mesmo está sobredimensionado (calculado pelo total da área do espaço, não pela área útil), e marcado com asterisco (*) sem coexistência simultânea (não contabilizado para o efectivo total

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As áreas, efetivo e classificaçãos dos locais figuram nas peças desenhadas nos respectivos espaços.

1.4. Classificação e identificação do risco

1.4.1. Locais de risco

Quanto ao risco de incêndio, temos a seguinte classificação:

Salas de aula e circulações integrantes por aglomeração de espaços: Risco B

Salas técnicas, Gestão Documental, Cozinha: Risco C (o local de implantação da Central de Incêndio foi também isolado e compartimentado nas condições de local de Risco C)

Refeitório/Sala Polivalente (pela percentagem de ocupação por pessoas limitadas na mobilidade, percepção e reacção a um alarme), Salas Atividades/ocupação e Polivalente do Jardim de Infância: Risco D

Restantes locais são considerados do risco A ou sem classificação (pela não permanência de pessoas e não equadramento em espaços de Risco C ou F)

Nas peças desenhadas estão indicados o risco associado ao locais e respectivo efectivo.

Nota: Alguns locais figuram com 2 classificações de risco, sendo uma a atribuída directamente ao local e outra pelo enquadramento do local na utilização e compartimentação (aglomeração de espaços) do edifício num todo; sendo pois aplicáveis as condições mais gravosas de cada classificação.

1.4.2. Factores de classificação de risco aplicáveis

De acordo com o disposto nos quadros referidos no nº1 do artigo 12º, temos para este edifício, os seguintes factores de risco:

A altura da utilização-tipo (4≤9m) O efectivo (417 pessoas ≤500 pessoas) O efectivo em locais de risco D (118≥100)

Para efeitos de evacuação (vias e saídas) o efectivo em locais de Risco D é majorado por 1,3.

1.4.3. Categorias de risco

Com base no efectivo locais de Risco D, o edifício é considerado de 3ª categoria de risco.

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2. Condições exteriores

2.1. Vias de acesso e Prontidão

O edifício possui três pontos de acesso a viaturas de emergência, pelo alçado principal junto à via pública, 2 de topo que permitem a penetração no recinto e um central,acesso principal. Esta via pública, sendo uma rua secundária (Rua nova a ser executada aquando da implementação deste edificado) possui uma largura livre de cerca de 7,0m e será exclusiva para acesso ao CEPM, localizando-se entre a Rua Francisco Serra Frazão, a Norte e a Av Dr. Francisco Sá Carneiro, a Sul. Os acessos laterais ao recinto permitem o acesso às fachadas do edifício principal e o acesso a norte permite também o acesso ao edifício secundário, apesar desta via conter um impasse de cerca de 60m, estão colocados marcos de incêndio no início (ainda na via pública) e no fim desta via de acesso lateral. Não existem quaisquer tipos de limitações quanto à altura útil das vias de acesso. A distância à Corporação de Bombeiros mais próxima é cerca de 500 metros, sendo o tempo espectável de intervenção inferior a 5min após o alerta exterior. A Corporação de Bombeiros de Porto de Mós (Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Porto de Mós) deverá deter os meios considerados necessários para o grau de prontidão exigível, conforme quadro seguinte:

Tipo de Veículos de Socorro

Guarnições Mínimas por Veículo

Número de Veículos

VLCI Veículo Ligeiro de Combate a Incêndios

4 1

VUCI Veículo Urbano de

Combate a Incêndios 5 1

VTTU Veículo Tanque Táctico Urbano

2 1

ABSC Ambulância de

Socorro 3 1

VETA Veículo c/ Equipamento Técnico de Apoio (gerador)

2 1

VETA Veículo c/ Equipamento Técnico de Apoio (enchimento para 10 “aricas”)

2 1

VCOT Veículo de Comando

Táctico ou VCOC Veículo de Comando e Comunicações

2 1

2.2. Acessibilidade às fachadas

O edifício, possuindo uma escadas exteriores permitirá o acesso directo à fachada (piso superior) neste ponto. É também possível ao longo de todo o alçado principal o acostamento de viaturas de emergência a uma distância em projecção horizontal, inferior a 8m. Esta fachada, bem como todas as outras, possui vãos com abertura projectante e com dimensões superiores de 1,05x1,35m, podendo deste modo qualquer um ser tomado como ponto de penetração. Existe ainda uma área técnica exterior que possui uma porta de acesso directo, com resguardo de maquinaria de 4,0m podendo ainda pelo tardoz aceder-se por este ponto exterior.

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Assim o edifício possuirá pontos de penetração em número que excede o mínimo de um ponto por cada 800 m2. Podendo o ataque a um eventual sinistro efetuar-se a partir de qualquer um dos pisos.

2.3. Limitações à propagação do incêndio pelo exterior

O edifício objecto deste projecto não possui zonas em confrontação com edifícios vizinhos, estando a uma distância superior a 4 metros de qualquer edifício pré-existente.

A reacção ao fogo dos materiais aplicados nas fachadas do edifício e respectivos vãos será, pelo menos:

D-s3 d1, para os revestimentos exteriores aplicados directamente sobre fachadas sem aberturas;

C-s2 d0, para os revestimentos exteriores aplicados directamente sobre fachadas com aberturas e os materiais dos elementos transparentes dos vãos;

D-s3 d0 para as caixilharias, estores ou persianas em vãos. Para os revestimentos exteriores descontínuos, afastados das fachadas, que envolvam mais do que piso, deixando uma caixa-de-ar entre a fachada e o revestimento, a reacção ao fogo será de, pelo menos:

C-s2 d0 para a estrutura de suporte do isolamento, para os revestimentos exteriores e os que confinam com o espaço ventilado;

D-s3 d0, para o isolante térmico. No caso de sistemas compósitos para isolamento térmico exterior com revestimento sobre isolante (ETICS), das fachadas que envolvam mais do que piso, a reacção ao fogo será de, pelo menos:

C-s3 d0, para o sistema completo;

E-d2, para o isolante térmico.

2.4. Disponibilidade de água para os meios de socorro

Serão instalados marcos de incêndio, junto às entradas do edifício e periferia de forma a ficarem a menos de 30m das saídas que façam parte das vias de evacuação e alimentados pela rede de distribuição pública, caso se verifique necessário de acordo com as condições pré-existentes, num número mínimo de 5. Os referidos marcos estarão conformes a norma NP EN 14384 e respeitarão também a Nota Técnica n.º 7 da ANPC.

Serão alimentados directamente da rede por ramal de ligação com calibre mínimo de = 100 mm, dotado de válvula, sendo a rede dimensionada para a operação de um marco de incêndio à pressão mínima de 150 kPa e com um caudal de 20 l/s.

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3. Resistência ao fogo de elementos de construção

3.1. Resistência ao fogo de elementos estruturais e incorporados em instalações

Os elementos estruturais do edifício possuirão as seguintes qualidades de resistência ao fogo:

R90, para elementos que desempenhem apenas a função de suporte;

REI90, para elementos que desempenhem cumulativamente as funções de suporte e de compartimentação.

Os elementos incorporados (na generalidade): As cablagens serão protegidas de modo a minimizar ignições ou a propagação de eventuais incêndios. No caso de servirem os sistemas ou equipamentos necessários à segurança, será garantida ainda a manutenção da sua funcionalidade em caso de incêndio, pelo que essas cablagens bem como os seus acessórios, tubos e meios de protecção, serão protegidos conforme se expõe a seguir. A referida protecção não se considera necessária para os percursos no interior de câmaras corta-fogo de vias de evacuação verticais protegidas. Nos restantes casos será satisfeita pelo cumprimento de uma das seguintes condições de protecção desses elementos:

Estarem inseridos em ducto próprio que garanta o tempo de funcionamento requerido para o dispositivo ou sistema que servem;

Estarem embebidos em elementos de construção com um recobrimento que os proteja durante o tempo de funcionamento requerido para o dispositivo ou sistema que servem;

Possuírem uma resistência ao fogo (P ou PH, consoante o caso) com o escalão de tempo necessário ao dispositivo ou sistema que servem. Os tempos de funcionamento (escalão de tempo) em situação de incêndio referidos serão no mínimo os indicados no quadro seguinte, para cada sistema de segurança.

Tempo de funcionamento mínimo para cada sistema de segurança

Aplicação da instalação de energia ou de sinal Tempo

Sistemas de alarme e detecção de incêndios 30 min

Iluminação de emergência e sinalização de segurança suportada por fonte central de energia

60 min

Controlo de fumo, pressurização de água para combate ao incêndio, ascensores prioritários de bombeiros, ventilação de locais afectos a serviços eléctricos, sistemas e meios de comunicação necessários à segurança contra incêndio, sistema de bombagem para drenagem de águas residuais e Locais Risco F

90 min

3.2. Isolamento entre utilizações-tipo distintas

Não existe nenhum espaço considerado como utilização tipo diferente da principal que é UT IV, “Escolares“. O única situação susceptível seria o conjunto refeitório sala polivalente, no entanto não foi considerado, esta situação deve-se pelo enquadramento explanado no caderno Prociv 16 relativamente à integração da sala polivalente e do refeitório. Atribuindo-se à sala polivalente a ocupação de 1Pessoa/m2 bem como ao refeitório, ultrapassando este a ocupação de 200pessoas (206) pela área total, no entanto o layout de ocupação ao explorar a área útil apenas prevê uma ocupação máxima de 148 pessoas, não sendo pois de considerar uma utilização tipo distinta.

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Estes espaços aglomerados num compartimento de risco B/D estão devidamente isolados e compartimentados por elementos EI60 e vãos E30c de acordo com o previsto para a compartimentação geral e EI90 e Vãos E60c nos espaços confinantes com maior exigência.

3.3. Compartimentação geral corta-fogo

No edifício principal foi adoptada a compartimentação por aglomeração de espaços não perfazendo no seu total áreas uteis superiores a 400m2 (incluindo o compartimento composto pelo refeitório/sala polivalente, ao nível do piso térreo com 3 saídas directas ao exterior com pelo menos 2 unidades de passagem cada, perfazendo a área deste compartimento cerca de 302m2), sendo que cada compartimento poderá contemplar (de acordo com o artº 18º da portaria 1532/2008) mais que um único piso. Estão assim criados 7 compartimentos principais (excluindo circulações compartimentadas, cozinha e áreas técnico-funcionais), existindo um compartimento (compartimento C3), com mais do que um piso, englobando uma circulação vertical. Foram ainda compartimentadas as áreas técnicas incluindo as duas exteriores, ao nível do piso1. Esta aglomeração de espaços altera a classificação de risco da nalguns dos espaços passando na generalidade das salas de locais de risco A para a inserção em compartimentos de risco B e pontualmente para risco D. A compartimentação no edifício, também por questões de homogeneização, efectua-se por meios de elementos de resistência EI60 e/ou REI60 e vãos E30c nos corredores, não possuindo, estes, comprimentos superiores a 30 metros, mantendo-se as portas (em situação normal) abertas através da acção de electro-imans. Estes dispositivos serão controlados pelo SADI, devendo soltar as portas, que se fecharão em caso de incêndio. Os caminhos de evacuação horizontais dispensam isolamento e protecção pois estão inseridos dentro dos compartimentos, à excepção do corredor no piso superior junto ao acesso à área técnica exterior e compartimento C7; esta via de evacuação devidamente isolada, possui controlo de fumo por varrimento. As vias verticais de evacuação (escadas) dispensam isolamento e protecção pelo nº 9 do artº 64º da portaria 1532/2008, pois não constituem (nenhuma delas) a única via vertical de evacuação dos compartimentos de risco B, podendo sempre a evacuação realizar-se através de outro compartimento e deste para o exterior ou para uma via de evacuação protegida (que neste caso dispensam a proteção), no entanto a via de evacuação vertical central, constitui uma via de evacuação isolada e protegida, fazendo conjunto com o hall que lhe dá acesso em ambos os pisos, permitindo a evacuação sempre protegida através da circulação horizontal superior (compartimento C7). A compartimentação geral adotada e as condições do edifício permitem de acordo com o Caderno Prociv 16, a evacuação direta de cada um dos compartimentos para outro compartimento adjacente e deste para o exterior, acepção prevista pela generalização do nº2 do artº22 da portaria nº1532/2008 de 29 de Dezembro. Deste modo foram também seguidas as permissas indicadas no Caderno Prociv 16.

3.4. Isolamento e protecção de locais de risco

Os locais de risco B possuirão os seguintes elementos para garantir o seu isolamento e protecção:

Paredes e pavimentos que os isolam dos restantes espaços interiores do edifício com uma resistência ao fogo mínima de EI 30 e REI 30 (sendo adoptado 60minutos em vez de 30);

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Portas que guarnecem os vãos interiores de acesso, com uma resistência ao fogo mínima de E 15 C (sendo adoptados 30minutos em vez de 15).

Os locais de risco C possuirão os seguintes elementos para garantir o seu isolamento e protecção:

Coretes:

Paredes e pavimentos que os isolam dos restantes espaços interiores do edifício com uma resistência ao fogo mínima de EI 60 ou REI60;

Locais afectos a serviços eléctricos:

Paredes e pavimentos que os isolam dos restantes espaços interiores do edifício com uma resistência ao fogo mínima de EI 60 ou REI60;

Portas que guarnecem os vãos interiores de acesso, com uma resistência ao fogo mínima de E 30 C.

Os locais de risco D possuirão os seguintes elementos para garantir o seu isolamento e protecção:

Coretes:

Paredes e pavimentos que os isolam dos restantes espaços interiores do edifício com uma resistência ao fogo mínima de EI 60 ou REI60;

Locais afectos a serviços eléctricos:

Paredes e pavimentos que os isolam dos restantes espaços interiores do edifício com uma resistência ao fogo mínima de EI 60 ou REI60;

Portas que guarnecem os vãos interiores de acesso, com uma resistência ao fogo mínima de E 30 C.

Os locais de risco F possuirão os seguintes elementos para garantir o seu isolamento e protecção:

Coretes:

Paredes e pavimentos que os isolam dos restantes espaços interiores do edifício com uma resistência ao fogo mínima de EI 90 ou REI90;

Locais afectos a serviços eléctricos:

Paredes e pavimentos que os isolam dos restantes espaços interiores do edifício com uma resistência ao fogo mínima de EI 90 ou REI90;

Portas que guarnecem os vãos interiores de acesso, com uma resistência ao fogo mínima de E 45 C.

3.5. Isolamento e protecção de meios de circulação

3.5.1. Protecções das vias horizontais de evacuação

Os caminhos horizontais de evacuação (corredores/circulações comuns horizontais interiores) acessíveis ao público possuirão a largura mínima de 2 UP. As vias horizontais de evacuação devem de conduzir a vias verticais de evacuação ou ao exterior do edifício.

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Como já descrito, os caminhos de evacuação encontram-se inseridos dentro dos compartimentos, logo sujeitos às medidas de isolamento e protecção dos mesmos, à excepção da referida via horizontal no piso superior de utilização ao compartimento C7, estando devidamente isolada e protegida por elementos resistentes EI60 e vãos E30c, com controlo de fumos por varrimento.

3.5.2. Protecções das vias verticais de evacuação

Neste edifício, as vias de evacuação verticais dispensam a condições de isolamento e protecção (conforme já descrito pelo nº 9 do artº 64º da portaria 1532/2008) pois não perfazem a única solução de evacuação (cada uma delas), além da que está centralizada (escada 1) inserida no compartimento com o átrio e entrada principal estando isolada por elementos EI90 e vãos E45c e protegida por controlo de fumos por sobrepressão, a escada 02 é exterior, livre de fumos (isolada por elementos EI e REI90) e a escada 03 está inserida no compartimento de risco B C3, sujeita às medidas inerentes a este.

3.5.3. Isolamento de outras circulações verticais

Não existem outras circulações no edifício que estejam abrangidas por condições extra de isolamento e protecção, apenas as previstas para os compartimentos onde as mesmas se inserem.

3.5.4. Isolamento e protecção das caixas dos elevadores

O elevador está compartimentado com elementos REI90 (paredes resistentes) e vãos E30c (de acordo com o nº 1 do artº27º da portaria 1532/2008).

3.5.5. Isolamento e protecção de canalizações e condutas

(Genericamente) As canalizações e as condutas que possuam diâmetro superior a 315 mm (ou secção equivalente) e as atravessem paredes ou pavimentos para os quais se exige uma qualidade resistente ao fogo serão alojadas em ductos, com excepção das condutas de sistemas de ventilação ou de tratamento de ar, que possuirão as características referidas no ponto (Ventilação e condicionamento de ar) desta memória descritiva. Nos atravessamentos de elementos de construção resistentes ao fogo, as condutas ou canalizações com diâmetro nominal superior a 75 mm (ou secção equivalente) serão dotadas de meios de isolamento que garantam a classe de resistência ao fogo exigida para os elementos atravessados. Adicionalmente, os troços de canalizações ou condutas com diâmetro nominal superior a 125 mm (ou secção equivalente) que se desenvolvam no interior de locais de risco C, referidos nesta memória descritiva, serão dotados de meios de isolamento que garantam a classe de resistência ao fogo padrão exigida para a envolvente desses locais.

Os septos, registos (corte) e atravessamentos e respectivos isolamentos deverão cumprir com a classe de protecção/resistência do elemento atravessado

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4. Reacção ao fogo de materiais

4.1. Revestimentos em vias de evacuação

(Genericamente) A reacção ao fogo dos materiais de revestimento utilizados nos revestimentos de vias de evacuação respeitará, no mínimo, as condições que se indicam a seguir:

4.1.1. Vias horizontais

Circulações horizontais:

Pavimentos – classe DFL-s3;

Paredes e tectos – classe C-s3 d1.

Neste caso não existentes, pois estão iseridas dentro dos compartimentos corta-fogo.

4.1.2. Vias verticais

Escadas exteriores:

Pavimentos – classe CFL-s1;

Paredes e tectos – classe A2-s1 d0.

4.1.3. Câmaras corta-fogo

Não existentes

4.2. Revestimentos em locais de risco

A reacção ao fogo dos materiais de revestimento utilizados nos locais de risco respeitará, no mínimo, as condições que se indicam no quadro seguinte.

Elemento Local

Risco A Risco B Risco C Risco D,F

Paredes e tectos D-s2 d2 A2-s1 d0 A1 A1

Pavimentos EFL-s2 CFL-s2 A1FL CFL-s2

4.3. Outras situações

Ainda serão cumpridos os requisitos mínimos de reacção ao fogo que se indicam a seguir:

Materiais de septos em ductos – classe A1;

Condutas de ar, de evacuação de efluentes de combustão ou do sistema de controlo de fumo – classe A1;

Materiais de isolamento exterior de condutas de ar – classe A1;

Tectos falsos:

Materiais constituintes – classe C-s2 d0;

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Materiais de equipamentos embutidos para difusão de luz, não ultrapassando 25% da área total do espaço a iluminar – classe D-s2 d0;

Elementos de suporte e fixação – classe A1;

Materiais de construção do mobiliário fixo – classe C-s2 d0;

Elementos de informação, sinalização, decoração ou publicitários, dispostos em relevo ou suspensos, nas vias de evacuação não ultrapassando 20% da área da parede ou do tecto – classe B-s1 d0.

5. Evacuação

Define-se como caminhos de evacuação os núcleos de comunicações verticais convenientemente localizados e em número adequado e de circulações horizontais devidamente isolados e protegidos, que asseguram uma evacuação fácil, rápida e segura do efectivo do edifício em situações de emergência, compreendendo o princípio de tomar como prioritária a evacuação na horizontal. Os caminhos de evacuação foram dimensionados de acordo com o número de efectivo susceptíveis de os utilizar, com um número mínimo de 2UP, uma UP por cada 100 pessoas, mais uma.

Foi adoptado que nos compartimentos, desde que tenham área útil superior a 400 m2, deve também ser subcompartimentados por elementos da classe de resistência ao fogo padrão EI60,REI60, E30c para paredes não resistentes, paredes resistentes (estrutura) e portas respectivamente, tornando possível a evacuação horizontal dos ocupantes por transferência de um para outro dos subcompartimentos de acordo com o carderno prociv 16 e com a generalização do nº 2 do artº 22º da portaria nº1532/2008.

5.1. Evacuação dos locais

Os caminhos de evacuação devem permitir uma evacuação rápida e segura dos ocupantes para o exterior;

Devem ainda estar ordenados e distribuídos, de forma a desembocar independentemente uns dos outros numa rua ou espaço livre, para possibilitar aos ocupantes afastarem-se do edifício;

Não devem ser colocados peças de mobiliário nem quaisquer obstáculos que possam dificultar a circulação e representar um risco de propagação de incêndio;

Não devem ser colocados espelhos susceptíveis de induzir em erro os ocupantes relativamente ao sentido correcto do percurso para as saídas e para as escadas;

As portas situadas nos caminhos de evacuação deverão ser munidas de um dispositivo automático que as mantenha fechadas (não trancadas) em situação de sinistro;

A porta de saída de um caminho de evacuação deverá poder ser, em qualquer circunstância, facilmente aberta pelo interior do estabelecimento por qualquer pessoa que, em caso de sinistro, tenha de abandonar o edifício

Todos os percursos que incluem escadas com largura igual ou superior a 2UP possuem corrimão de ambos os lados e degraus com revestimento antiderrapante.

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A largura útil das saídas e dos caminhos de evacuação deve ser assegurada desde o pavimento até à altura útil de 2 m. Sem prejuízo de soluções mais gravosas, a largura mínima das saídas deve ser de 2 UP quando o efectivo no edifício é igual ou superior a 200 pessoas. No nosso caso o efectivo por piso é superior a 200 pessoas e inferior a 200 pessoas/compartimento (à excepção do Refeitório/Sala Polivalente). No entanto, existem situações que constituem excepções, como sejam:

As saídas dos locais de risco A com efectivo inferior a 20 pessoas dotadas de portas de largura normalizada inferior a 1UP;

Nos locais de risco B (todas as salas ao nível do piso térreo) possuem saídas diretas ao exterior com no mínimo 1UP, para além das circulações principais com saídas com no mínimo 2UP, e salas com um efectivo superior a 50 pessoas que disporão de duas saídas, totalizando um mínimo de 2UP.

Nos locais de risco A, B e D o mobiliário, os equipamentos e os elementos decorativos devem ser aplicados para que os percursos até às saídas sejam clara e perfeitamente definidos.

5.1.1. Dimensionamento dos caminhos de evacuação e das saídas

5.1.2. Distribuição e localização das saídas

As portas existentes nos caminhos horizontais de evacuação que sirvam mais de 50 pessoas devem abrir facilmente no sentido da evacuação e dispôr de sinalização indicativa do modo de operar. As portas inseridas nos percursos de evacuação do edifício não possuirão ferrolhos ou sistemas de bloqueamento dos fechos que inviabilizem a sua abertura em caso de emergência. Exceptuam-se as portas das saídas de espaços que, pela natureza dos ocupantes (utentes com limitações ou outras), não devam poder ser abertas em situação normal, possuirão dispositivo de segurança positiva que iniba, em situação normal, a actuação da sua abertura e que será desactivado em situação de emergência por qualquer dos seguintes processos:

Comando automático da central do SADI, em caso de alarme de incêndio;

Comando manual accionável pelos funcionários que se encontram em permanência nos respectivos espaços. A distância máxima a percorrer de qualquer ponto de um local até se atingir uma saída, uma via de evacuação protegida ou outro compartimento corta-fogo (com acesso directo ao exterior) devidamente isolado e protegido, não ultrapassará o máximo constante da legislação aplicável (30 m), sendo os percursos em impasse limitados a 15 m. Existem nos compartimentos caminhos de evacuação com impasses parciais, permitindo no entanto a alternativa até se percorrerem 15m, distando as opções distintas a menos de 30 metros do ponto útil de qualquer espaço. No edifício principal existem três saídas uniformemente distribuídas no piso superior pela configuração do edifício (uma centralizada e uma em cada extremidade da edificação principal, sendo estas exteriores), podendo na sua totalidade retirar até 630pessoas deste piso (mínimo de 1,80m de largura em cada escada). No piso inferior todas as salas com Risco D de aula/actividades/atl terão saídas diretas ao exterior (1UP) bem como no conjunto refeitório/Sala Polivalente que terá 5 saídas diretas ao exterior com pelo menos 2UP cada No edifício secundário, composto pelas instalações sanitárias de apoio e sala polivalente com cerca de 186m2, existirão 3 saídas com 3UP no mínimo.

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5.2. Caracterização das vias horizontais de evacuação

O edifício apenas terá uma via de evacuação horizontal propriamente dita (isolada e compartimentada, não inserida num compartimento) com um desenvolvimento de cerca de 15metros. Os caminhos horizontais de evacuação (corredores/circulações comuns interiores) possuirão a largura mínima de 3 UP e possuirão um percurso tão recto e curto quanto possível, além das condições já descritas possuirão ainda características seguintes:

Não existirão degraus em número inferior a 3 (altura de espelho 15-18cm)

Não existirão saliências no pavimento nem remates superiores a 2cm, devendo ser sinalizados.

Se existirem rampas deverão ter no máximo 6% de inclinação (ou 8% justificando) com revestimento antiderrapante.

Terão uma altura livre mínima de 2,0m

Os elementos de decoração, equipamentos, placas poderão ser instalados desde que sejam solidamente fixados, não reduzam as larguras mínimas impostas em mais de 0,1m e não possuam saliências susceptíveis de prender o vestuário ou os objectos normalmente transportados pelos ocupantes.

Poderá ser reduzida a largura de forma contínua até 1,1m de altura num máximo de 0,1m para circulações com mais que 1UP.

5.3. Caracterização das vias verticais de evacuação

As escadas, para além das condições de isolamento e protecção descritas: Disporão de, pelo menos, um corrimão; Declive máximo de 78 % (38º); Número de lanços consecutivos sem mudança de direcção no percurso não

superior a 2; Número de degraus por lanço compreendido entre 3 e 25; Todos os degraus em cada lanço terão as mesmas dimensões; Distância a percorrer no patamar intermédio da escada, medida ao eixo, não

inferior a 1 m. Todas as escadas possuirão a largura mínima de 3UP.

5.4. Localização e caracterização das zonas de refúgio

Neste edifício não é necessário a introdução de zonas de refúgio

6. Instalações Técnicas

6.1. Instalações de energia eléctrica

As instalações eléctricas dos edifícios cumprirão as disposições legais e normas em vigor, nomeadamente as Regras Técnicas das Instalações Eléctricas de Baixa Tensão, aprovadas pela Portaria Nº949-A/2006 de 11 de Setembro e Decreto Lei 226/2005 de 28 de Dezembro. No projecto das instalações eléctricas, elaborado sob a responsabilidade dum Técnico credenciado pela Direcção Geral de Energia, os aspectos regulamentares referidos serão inteiramente respeitados.

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6.1.1. Fontes centrais de energia de emergência e equipamentos que alimentam

Existirá fonte central para garantir a alimentação de energia eléctrica de emergência, a cada um dos seguintes dispositivos e equipamentos:

Pressurização de águas para combate a incêndios

Controlo de Fumos

Sistemas de Segurança necessários à comunicação (em duplicação com alimentação local)

Posto de Segurança (funcionamento operacional) As fontes locais e central de energia de emergência possuirão condições que garantam a autonomia mínima que se indica no quadro seguinte.

Autonomia das fontes de alimentação de emergência

Fonte de alimentação Autonomia

Fontes locais das centrais do SADI 72 horas

Fontes locais para iluminação de emergência e sinalização de segurança 60 min

Fontes locais de outros meios de comunicação necessários à segurança 60 min

Fonte central (gerador) 90 min

O gerador será localizado no exterior devidamente resguardado

6.1.2. Fontes locais de energia de emergência e equipamento que alimentam

Existirão diversas fontes locais para garantir a alimentação de energia eléctrica de emergência, que serão baterias estanques dedicadas, pelo menos, a cada um dos seguintes dispositivos e equipamentos:

Iluminação de emergência e sinalização de segurança;

Retenção de portas resistentes ao fogo;

Obturação de outros vãos e condutas;

Sistemas de detecção e de alarme de incêndios, bem como, de gases combustíveis ou dispositivos independentes com a mesma finalidade;

Sistemas e meios de comunicação necessários à segurança contra incêndios; Nos locais de risco B, no posto de segurança e recepção, a protecção dos circuitos de iluminação normal deve ser efectuada de modo a que um defeito de isolamento num circuito não prive o espaço de iluminação.

6.1.3. Condições de segurança de grupos electrogéneos e unidades de alimentação ininterrupta

As UPS com potência nominal superior a 40 kVa, serão instaladas em compartimentos corta-fogo, cujas condições de isolamento e protecção serão garantidas pelos seguintes elementos:

Paredes interiores ou pavimentos com uma resistência ao fogo mínima de REI ou EI 60;

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Portas que guarnecem os vãos abertos nessas paredes com uma resistência ao fogo mínima de E 30.

No entanto o tipo de equipamento previsto terá potencias inferiores a 10kVa, existindo sempre junto ao local de instalação extintores de CO2.

6.1.4. Cortes geral e parciais de energia

Os quadros eléctricos devem ser instalados à vista ou em armários próprios para o efeito sem qualquer outra utilização, devendo ter, em ambos os casos, acesso livre de obstáculos de qualquer natureza, permitindo a sua manobra e estar devidamente sinalizados, quando não for fácil a sua identificação. A potência estipulada de cada quadro deve ser entendida como a correspondente ao somatório das potências nominais dos aparelhos de protecção dos alimentadores que lhes possam fornecer energia simultaneamente. O quadro eléctrico geral encontra-se junto à entrada principal do edifício e os secundário estão disposto ao longo do edifício, estando representados nas plantas da especialidade. Podendo proceder-se ao corte geral quer através de botoneira de corte junto à entrada, quer através da CDI no posto de segurança. Deverão existir os seguintes cortes (nos locais de corte assinalados em planta)

Corte geral de electricidade

Corte de Segurança (gerador/ups de segurança)

Corte de UPS (caso o edifício disponha deste equipamentos; considera-se ainda que a botoneira de corte geral possa cortar a alimentação da UPS, desde que esta apenas suporte equipamentos desnecessários para efeitos de Segurança.)

Nota: Os sistemas de Gestão Técnica Centralizada, não devem interferir com as instalações relacionadas com a segurança contra incêndio, podendo apenas efectuar registos de ocorrências.

6.2. Instalações de aquecimento

6.2.1. Condições de segurança das Centrais Térmicas

Não se prevê a instalação interior de centrais térmicas, estando o equipamento no exterior devidamente isolado e compartimentado com elementos de características para locais de risco C.

Nos locais de instalação existirão botoneiras de alarme e extintores de CO2 e serão também instalados extintores de Pó Quimico ABC até uma distância máxima de 15m.

6.2.1. Condições de segurança da aparelhagem de aquecimento

O sistema de aquecimento ambiente do edifício será baseado ou em sistema de tratamento de ar ou em aparelhos autónomos exclusivamente alimentados a energia eléctrica.

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Se existirem aparelhos autónomos de aquecimento colocados em locais de risco B ou nas circulações horizontais que façam parte dos caminhos de evacuação encontrar-se-ão rigidamente fixos a paredes ou ao pavimento, ou deslocalizados dos percursos de evacuação.

6.3. Instalações de confecção e de conservação de alimentos

a) Instalações de Aparelhos As instalações de confecção de alimentos não possuem uma potência de gás instalada superior a 70kW, sendo consideradas locais de risco C, estando devidamente compartimentadas e sujeitas às medidas de isolamento e protecção previstas para estes locais. b) Ventilação e extracção de fumo e Vapores c) Dispositivos de Corte e Comando de Emergência Existem distribuídos uniformemente extintores de CO2 e pó químico ABC. Existe também no local um corte de abastecimento de gás combustível bem como um detector de fugas do mesmo e existem botoneiras de alarme junto à saída. O corte de gás combustível também poderá ser feito no exterior (na caixa de entrada) manualmente ou automaticamente por ordem da CDI. No exterior à cozinha também se encontra o corte eléctrico pelo quadro parcial.

6.3.1. Instalação de aparelhos

As instalações de confecção de alimentos não possuem uma potência de gás instalada superior a 70kW, sendo consideradas locais de risco C, estando devidamente compartimentadas e sujeitas às medidas de isolamento e protecção previstas para estes locais. A instalação:

Não deverá ter uma potência eléctrica útil total superior a 250kW

Os aparelhos móveis deverão ter potências até 4kW

Deverá distar a 2m do público

6.3.2. Ventilação e extracção de fumo e vapores

O local da confecção é dotado de uma hotte (construída em material de reacção ao fogo A1) por cima dos queimadores, equipada com filtro de gorduras e com potência de desenfumagem em caso de sinistro, possuindo uma instalação local. Está prevista a ventilação mecânica do local (conforme projecto da especialidade), existirá comando manual da exaustão em ponto acessível. O abastecimento de gás terá encravamento pelo ventilador de extracção da Hotte, electroválvula normalmente fechada com abertura com o funcionamento do ventilador.

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6.3.3. Dispositivos de corte e comando de emergência

Existem distribuídos uniformemente extintores de CO2 e pó químico ABC. Existe também no local um corte de abastecimento de gás combustível bem como um detector de fugas do mesmo e existem botoneiras de alarme junto à saída. O corte de gás combustível também poderá ser feito no exterior manualmente ou automaticamente por ordem da CDI. No exterior à cozinha também se encontra o corte eléctrico pelo quadro parcial. Além de uma electroválvula normalmente fechada no abastecimento de gás, conforme descrito no ponto anterior, deverá de existir outra normalmente aberta, ligada ao comado da CDI para efectuar o referido corte. Será ainda possível “disparar” o ventilador em desenfumagem através de comando manual (além do comando através da CDI) instalado no interior da cozinha.

6.4. Evacuação de efluentes de combustão

Como equipamentos com produção de efluentes de combustão, temos o Gerador, as Caldeiras e o Fogão na cozinha. Devido à sua localização no exterior, inseridos na área técnica com acesso directo do piso superior, devidamente resguardado, as seguintes premissas encontram-se satisfeitas, para o Gerador e Caldeiras: • Deve ser prevista a evacuação dos efluentes de combustão do gerador e caldeiras, de modo a que esta seja feita para o exterior do edifício por meio de condutas estanques construídas com materiais da classe A1 e isolamento EI90 e que possuam reduzida permeabilidade, devendo ser instaladas de modo a que estejam elevadas no mínimo 0.5m acima da cobertura do edifício que servem; • A distância, medida na horizontal, a qualquer obstáculo que lhes seja mais elevado não seja inferior à diferença de alturas, com um máximo de 10m; • O seu acesso seja garantido, para efeitos de limpeza, manutenção, ou intervenção em caso de incêndio. Relativamente ao fogão a exaustão irá efectuar-se conforme já descrito nos pontos anteriores

6.5. Ventilação e condicionamento de ar

Os sistemas de ventilação e de tratamento de ar a instalar, satisfarão os seguintes requisitos:

A alimentação de unidades individualizadas de ar condicionado será cortada, por comando da central do sistema automático de detecção de incêndios (SADI), em caso de alarme de incêndio;

A alimentação a todos os ventiladores será igualmente cortada, por comando da central do SADI, em caso de alarme de incêndio;

Se existirem condutas de ar nos sistemas de ventilação e ar condicionado, essas condutas respeitarão, ainda, as seguintes condições:

Serão constituídas por materiais cuja reacção ao fogo será da classe A1L, com excepção dos acessórios de dispositivos terminais de condutas exclusivas aos locais que servem;

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Nos eventuais atravessamentos de elementos com função de compartimentação ao fogo existirão registos com a mesma qualidade resistente ao fogo dos elementos que atravessam. Estes registos serão fechados por comando da central do SADI, em caso de alarme de incêndio;

Excepto se forem utilizados permutadores de calor em que a temperatura do fluido no circuito primário seja inferior a 110ºC, a instalação de tratamento de ar possuirá dispositivo de segurança que assegure automaticamente a paragem dos ventiladores e de eventuais aparelhos de aquecimento, quando a temperatura do ar na conduta ultrapasse 120 ºC;

As baterias de resistências eléctricas, eventualmente existentes nas condutas de ar forçado, serão protegidas por invólucros constituídos por materiais da classe de reacção ao fogo A1 devendo, ainda, respeitar as seguintes condições:

Os materiais combustíveis eventualmente existentes, no interior das condutas, junto a essas baterias serão resguardados da radiação directa das resistências;

Imediatamente a jusante de cada bateria, a uma distância não superior a 0,15 m, serão instalados curto-circuitos térmicos que assegurem o corte no fornecimento de energia às baterias quando a temperatura do ar na conduta ultrapasse 120 ºC;

A alimentação de energia eléctrica das baterias centrais ou terminais será impossibilitada em caso de não funcionamento dos ventiladores de impulsionamento de ar.

Os elementos de filtragem de ar utilizados em centrais de tratamento com capacidade superior a 10 000 m3 de ar por hora satisfarão as seguintes condições:

As caixas que os comportam serão construídas com materiais da classe A1 excepto no que se refere a colas e a juntas de estanquidade, e serão afastadas de 0,2 m de quaisquer materiais combustíveis, ou deles separadas por painéis que assegurem protecção equivalente;

Imediatamente a jusante de cada conjunto de filtros serão instalados detectores de fumo, inseridos em circuito independente do SADI, que assegurem o corte no fornecimento de energia aos ventiladores e às baterias de aquecimento, quando existam, bem como a interrupção da conduta respectiva, por comando da central do SADI;

Junto ao acesso das caixas que alojam filtros serão afixadas placas metálicas com a inscrição «Perigo de incêndio — Filtro com poeiras inflamáveis».

Todos os comandos referidos neste ponto serão de segurança positiva, possuirão comando manual alternativo e a reposição da situação normal (rearme) processar-se-á sempre de forma manual. Os comandos pela central do SADI referidos neste ponto respeitarão o esquema de accionamento constante desta memória descritiva.

6.6. Ascensores

6.6.1. Condições gerais de segurança

O ascensor será equipado com dispositivos de chamada em caso de incêndio, accionáveis por operação de uma fechadura localizada junto das portas de patamar do piso de saída, mediante uso de chave especial, e também a partir da central do sistema automático de detecção de incêndio que cobre o edifício. Esses dispositivos terão os seguintes efeitos:

Envio das cabinas para o piso de saída, onde ficarão estacionadas com as portas abertas;

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Anulação de todas as ordens de envio ou de chamada eventualmente registadas;

Neutralização dos botões de chamada dos patamares, dos botões de envio e de paragem das cabinas e dos dispositivos de comando de abertura das portas.

A referida chave estará disponível junto às portas de patamar dos pisos de saída, alojada em caixa protegida contra o uso abusivo e sinalizada com a frase «chave de manobra de emergência do elevador». Junto de todos os acessos aos ascensores será afixada a inscrição «Não utilizar os ascensores em caso de incêndio» ou o pictograma equivalente.

6.6.2. Ascensor para uso exclusivo dos bombeiros em caso de incêndio

Não Aplicável

6.7. Instalações de armazenamento e utilização de líquidos e gases combustíveis

No local destinado ao grupo gerador existirá uma bacia de retenção, constituída por materiais da classe de reacção ao fogo A1 e que possuirá meio próprio que proporcione a fácil remoção de eventuais produtos derramados. A capacidade máxima para o depósito incorporado no grupo gerador será de 500 litros, devendo este ser a gasóleo.

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7. Equipamentos e sistemas de segurança

7.1. Sinalização

Um aspecto importante em termos de segurança contra incêndios é a sinalização de segurança, entendendo-se por tal o conjunto de sinais destinados a orientar os ocupantes do edifício em situações de emergência. Os sinais em questão permitem identificar, de forma inequívoca, os caminhos de evacuação horizontais e verticais (corredores e escadas) e as saídas, bem como a localização dos meios e equipamentos de primeira intervenção, nomeadamente os extintores portáteis e as bocas-de-incêndio. Para além dos sinais de segurança já referidos foram previstos, em todos os pisos, em locais bem visíveis nos caminhos de evacuação, plantas de emergência (evacuação) destinados a permitir aos utentes da instalação ter uma visão global de cada piso, no que se refere à localização das saídas e equipamentos de primeira intervenção. As plantas de emergência (evacuação) serão constituídas por painéis que incorporam as plantas de cada piso, em escala reduzida, com indicação da posição do observador, dos percursos de saída normal e alternativo (de emergência), a localização dos extintores portáteis, bocas-de-incêndio e dispositivos de alarme e alerta e contendo instruções de segurança relativas à conduta a adoptar pelo pessoal e pelo público, em caso de incêndio, existirão também, apenas nos pisos de saída, junto dos acessos a partir do exterior, “planos de emergência”, semelhante às plantas de emergência (evacuação), mas contendo informações adicionais para utilização pelos Bombeiros em caso de emergência. Dessas informações deverão constar, obrigatoriamente, procedimentos em caso de incêndio, localização dos caminhos de evacuação e das zonas críticas, dos equipamentos de alarme e alerta, da iluminação de emergência de segurança, dos dispositivos de corte geral das instalações de distribuição de água, gás, electricidade, bem como a implantação das diferentes centrais técnicas e das instalações e locais que apresentam riscos particulares. Além dos elementos referidos, serão cumpridas as condições de sinalização passiva, garantida por placas de material rígido e foto luminescente. Os ascensores disporão de sinalização de proibição de uso em caso de emergência. Os meios de primeira intervenção (extintores e bocas de incêndio) disporão de sinais adequados. Os seguintes comandos serão igualmente sinalizados de forma adequada:

Cortes sectoriais e geral de alimentação de energia eléctrica, incluindo os de UPS (se existirem);

Os cortes de gás;

Comandos do sistema de controlo de fumo. As dimensões dos sinais serão de modo a que as suas áreas mínimas estejam dependentes da distância a que devem ser vistos com base na fórmula:

2000

d²A

em que A é a área afecta a cada pictograma e d a distância a que deve ser avistado, com um mínimo de 6 m. A sinalização referente às indicações de evacuação e localização de meios de 1ª intervenção, botões alarme e comandos de equipamentos e sistemas de segurança, será colocada preferencialmente na perpendicular dos caminhos de evacuação. Elencando: Colocação na Parede: • Extintores portáteis;

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• Manta ignífuga; • Comando de extinção automática da hotte; • Bocas-de-incêndio armadas (BIA); • Coluna húmida, incluindo bocas de piso e de alimentação; • Botoneira de alarme de incêndio; • Central de detecção de incêndio (CDI); • Central de detecção de gás (CDG); • Comando de controlo de fumos; • Corte de energia eléctrica de qualquer fonte (parcial ou geral); • Corte de gás combustível (parcial ou geral); • Paragem do sistema de AVAC; • Caminhos ou saídas de evacuação (pode ser suspenso no tecto); • Piso de uma via vertical; • Ascensores (proibição de uso em caso de incêndio), incluindo dispositivo de

chamada em caso de incêndio. Colocação na Porta: • Quadros eléctricos, com indicação de risco eléctrico; • Porta corta-fogo a manter fechada; • Porta corta-fogo de fecho automático; • Barra antipânico ou outros dispositivos de aberturas das portas de evacuação; • Locais de acesso reservado a pessoal especializado; • Locais com instalações eléctricas, incluindo UPS; • Locais com central térmica; • Locais com filtros de poeiras inflamáveis; • Locais onde é proibido fumar ou foguear. De qualquer ponto dos caminhos horizontais de evacuação, será visível pelo menos um sinal indicador de saída ou de sentido de evacuação susceptível de ocupação, deverá também ser contemplada a indicação «Porta corta-fogo. Não colocar obstáculos que impeçam o fecho» ou com pictograma equivalente, nas portas resistentes ao fogo providas de retentor e nas portas normalmente sem utilização, mas que façam parte dos caminhos de evacuação. As instruções de segurança e as plantas de emergência que vierem a ser elaboradas para os edifícios serão colocadas nos locais previstos nas respectivas medidas de auto-protecção a serem elaboradas para cada espaço antes da sua entrada em funcionamento e conforme a respectiva descrição nelas contidas. Como meios de sinalização activa existirão blocos de sinalização luminosa autónomos e permanentes ou não permanentes, com os pictogramas adequados não colados sobre estes, que orientam inequivocamente as pessoas no sentido da evacuação e sinalizam as saídas. A sua distribuição foi concebida e será instalada de modo a que, pelo menos, um desses sinais seja visível de qualquer ponto dos caminhos de evacuação, seguindo as regras ateriormente decritas.

7.2. Iluminação de emergência

Serão utilizadas luminárias equipadas com blocos autónomos e providas de pictogramas nos difusores (não colados sobre estes) para fazer a sinalização activa das saídas dos caminhos de evacuação e dos locais com ocupação superior a 50 pessoas. Deverão ser do tipo permanente e instaladas de forma a não distar mais de 2m em projecção horizontal das situações referidas no art.114º no ponto 5 (garantindo 5 lux medidos a 1m do pavimento).

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Da intersecção de corredores;

De mudanças de direcção de vias de comunicação;

De patamares de acesso e intermédios de vias verticais;

De câmaras corta-fogo

De comandos de equipamentos de segurança

De meios de primeira intervenção

De saídas Nos restantes casos as luminárias a aplicar poderão ser do tipo não permanente, permitindo uma orientação das pessoas dentro de um espaço mais reduzido e/ou mais familiar. Devendo ser garantida a iluminância mínima de 1lux nos seguintes locais:

• Locais de Risco B;

• Locais de Risco C;

• Locais de Risco D;

• Locais de Risco F;

• Vestiários e sanitários com área superior a 10 m2;

• Sanitários destinados a utentes com mobilidade condicionada;

Estas instalações foram previstas no âmbito do projecto de instalações eléctricas, respeitando as Regras Técnicas das Instalações Eléctricas de Baixa Tensão, nomeadamente quanto ao tipo de circuitos e suas protecções. A instalação de sinalização activa será baseada em blocos autónomos permanentes/não permanentes que possuem um fluxo luminoso mínimo de 60 lumens, dispostos de modo a que, conforme se representa nas peças desenhadas, pelo menos um deles seja visível de qualquer ponto dos locais de risco B, D e A e das circulações horizontais. Os blocos destinados à sinalização possuirão os pictogramas adequados de acordo com a Portaria n.º 1456-A/95, de 11 de Dezembro. Os blocos devem ter autonomia mínima de 1h30min e o seu tempo de recarga não deverá ultrapassar 24 h. Foi admitido que no interior das salas de aula as luminárias serão do tipo não permanente de modo a não prejudicar a habitual utilização do espaço. 7.3. Sistema de detecção, alarme e alerta O sistema será dotado de uma instalação de alarme de configuração 3 prevista no Regulamento Técnico de SCIE.

7.3.1. Concepção do sistema e espaços protegidos

Foi projectado um SADI (sistema automático de detecção e alarme de incêndio), sendo constituído por uma central, detectores ópticos, na generalidade dos compartimentos, do tipo térmico e/ou multicritério nas zonas técnicas, botões de alarme manual nas circulações, painéis repetidores e sirenes de alarme, com os devidos módulos de comando e monitorização, fontes de alimentação e retentores. O sistema será microprocessado e tem o objectivo de assegurar uma identificação, o mais precoce possível, de todo e qualquer foco de incêndio e de desencadear, subsequentemente, no mais curto espaço de tempo, um alarme, permitindo a evacuação, em tempo útil, dos utentes do edifício e uma intervenção atempada das equipas de socorro.

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Os detectores vigiarão o estado ambiente dos compartimentos reagindo face as alterações que aí se verifiquem, ao fazer-lo a central de detecção será avisada, interpretando o sinal e sendo um alarme de incêndio a central tratará a informação de forma a dar sequência ao sistema. A informação de alarme será dada na central através de sinalizadores ópticos e acústicos. Em seguida a central fará o alarme sonoro na zona sinistrada, e avisará a Corporação dos Bombeiros através de uma linha telefónica privativa. Este aviso será temporizado por programação na central e de acordo com a Corporação dos Bombeiros. A central poderá ainda ordenar o corte dos combustíveis e de electricidade. A actuação dos botões de alarme produzirá a mesma sequência de operações na central. A central vigiará ainda toda a instalação -SADI-, detectando e assinalando por sinalizadores ópticos e acústicos as avarias que ocorram naquela. De acordo com legislação preconizou-se fazer uma protecção global do edifício com o SADI, de forma a assegurar:

A vigilância automática e permanente de todos os locais;

Uma evacuação rápida do edifício, caso tal se revele necessário, em condições se segurança adequadas;

A intervenção rápida do pessoal e/ou de vigilantes contratados, com os meios de combate a incêndio previstos, minimizando os prejuízos;

Um alerta tão rápido quanto possível aos bombeiros.

7.3.2. Configuração de alarme

O sistema será constituído pelos seguintes elementos:

Unidade de Controlo Central de detecção;

Terminal Repetidor

Detectores;

Botões de alarme;

Avisadores acústicos(sirenes) ;

Indicadores de acção/sinalizadores luminosos de alarme;

Módulos de comando.

Retentores

7.3.3. Características técnicas dos elementos constituintes do sistema

Detectores Os detectores previstos para a generalidade dos locais e compartimentos são do tipo "óptico de fumos" permitindo a detecção de um incêndio na sua fase inicial, regra geral muito antes do aparecimento de chamas, desencadeando um alarme precoce que facilite a intervenção humana e, consequentemente, uma rápida extinção do foco de incêndio. A razão de utilização sistemática deste tipo de detectores reside no facto de, na grande maioria dos compartimentos, os materiais existentes darem origem, com grande probabilidade, como primeira manifestação de incêndio, a um desprendimento de produtos de combustão (fumos, gases, aerosóis, etc.) visíveis e invisíveis.

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Os detectores previstos reagirão a alterações sensíveis das condições ambiente (aparecimento de fumos, aerosóis e gases de combustão), causadas por um princípio de incêndio, susceptíveis de perturbar a difusão do feixe luminoso no interior das câmaras existentes em cada um deles, sendo qualquer perturbação identificada por um circuito electrónico. Sempre que forem ultrapassados determinados valores limite, previamente estabelecidos, o detector que reagiu enviará um sinal para a central de comando, desencadeado assim um alarme. Na determinação do número de detectores a instalar em cada um dos locais foram utilizados os valores de área de cobertura usualmente definidos, tendo em atenção o seu tipo, as características (configuração, pé direito, etc.) dos diversos compartimentos e os riscos em presença. Assim:

• Cada compartimento do edifício, possuirá pelo menos um detector;

• A posição de cada detector permitirá o fácil acesso para manutenção;

• A superfície vigiada será sempre inferior a 60 m2 para cada detector pontual de fumo em compartimentos com área superior a 80 m2 e de 80 m2 para áreas inferiores;

• A superfície vigiada será sempre inferior a 40m2 para cada detector termovelocimétrico;

• A distância entre dois detectores ópticos de fumos vizinhos que vigiam o mesmo compartimento será sempre inferior a 9 m e devem distar no máximo 4,5 m das paredes;

• A distância máxima entre dois detetores termovelocimétricos é de 6,5 m e devem distar no máximo 3,5 m das paredes;

• Os detetores são agrupados por circuitos de deteção (loops);

• Os detectores cujo sinalizador não for facilmente visível disporão de repetidor luminoso de activação colocado em posição visível.

Indicadores de acção Apenas são previstos indicadores luminosos de alarme para a a situação de detecção de gás, com a indicação de “Atmosfera Perigosa”.

Botões de alarme Para além dos detectores automáticos serão instalados nos caminhos de evacuação, em todos os pisos junto das saídas, botões de pressão para alarme manual destinados a permitir complementar, pela intervenção humana, o sistema de detecção automática melhorando, portanto, a sua eficácia. Os botões serão inseridos nos circuitos de detecção constituindo, zonas ou grupos lógicos independentes dos de detecção, de forma a facilitar uma correcta organização de alarme.

O accionamento manual de um botão de alarme para além de sinalizado por meio de um dispositivo luminoso, no próprio botão, desencadeará a actuação de dispositivos avisadores acústicos e luminosos na respectiva unidade de controlo/central de detecção permitindo, deste modo, identificar claramente o local onde se situa o botão que deu origem à situação de alarme. Serão instaladas a uma altura do solo de cerca de 1.50m e protegidas de modo a evitar o seu accionamento abusivo. Devem apresentar as seguintes características:

• Ser construídas em policarbonato vermelho auto extinguível.

• Possuir dimensões que não excedam 87 x 87 x 52 mm.

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• Ser operadas por quebra de vidro. Os vidros devem possuir inscrição em português. A condição de alarme deve ser mantida até que se efectue a substituição do mesmo.

• Ser possível testar as botoneiras com a introdução de uma chave de teste num dos lados da unidade. A introdução desta chave de teste deve deslocar o vidro de forma a simular a sua quebra.

Sirenes Nos locais de maior ocupação e técnico-funcionais e corredores foi prevista a instalação de sirenes. Todos estes dispositivos serão accionados pela central de detecção. Deverá ser possível, em cada zona corta-fogo de forma permitir mediante programação adequada na central, accionar, em caso de incêndio, somente os avisadores/sirenes das zonas em alarme e das que lhe são contíguas.

Central de detecção Será instalada no gabinete/posto de segurança, assegura a alimentação dos respectivos circuitos e dispositivos a ela ligados e têm as seguintes funções:

Sinalizações de alarme e avaria;

Vigilância permanente de todas as suas componentes e eventos;

Uma rápida identificação dos dispositivos em alarme (endereçável);

Desencadeamento de determinadas operações pré-programadas (fecho de portas e registos corta-fogo, chamada de elevadores ao piso de saída, paragem da ventilação e climatização ambiente, accionamento dos sistemas de controlo de fumos, etc.)

Transmissão de alarmes remotos. A central possuirá ainda fonte alternativa de energia, incorporada no respectivo armário, constituída por baterias e respectivo carregador, funcionando em tampão com a alimentação a partir da rede e dispondo de uma capacidade para garantir um funcionamento autónomo do sistema de detecção durante 72h (setenta e duas horas).

Terminal Repetidor CDI

Deve ser previsto dois painéis repetidores que garantam as funcionalidades existentes na central de detecção de incêndios, onde seja possível entre outros:

• Possibilitar alarmes de incêndio sinalizados acústicos e visualmente no visor do painel de detecção de forma digital. A informação deverá conter o número da zona de detecção, a identificação numérica do endereço actuado, descrição clara e em português do local envolvido bem como hora e data da ocorrência;

• Os alarmes de avaria deverão ser sinalizados acústica e visualmente devendo ser identificados de forma idêntica á situação de alarme de incêndio;

• Visualização das avarias no “loop” de deteção (corte ou curto-circuito do cabo, detector retirado da base, sirene desligada);

• O teclado de comando do painel deverá permitir, além do acesso a nível de utilização e a nível de instalação, o seguinte:

Rearme de sistema;

Confirmações;(presença)

Teste de todas as indicações acústicas/luminosas do painel;

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Silenciamento de acústicos;

Possibilidade de executar procedimentos de teste a todos os elementos ligados á central a partir do teclado da mesma.

7.3.4. Funcionamento genérico do sistema (alarmes e comandos)

A alimentação de energia eléctrica da central de alarme será garantida por duas fontes distintas:

Uma será baseada na rede pública de distribuição de energia eléctrica através de circuito independente com origem e protecção própria no quadro geral de baixa tensão que serve o respectivo espaço;

A outra fonte será baseada num acumulador com capacidade para garantir todas as funções do sistema em vigília durante um período de tempo mínimo de 72 horas e, em qualquer momento, o accionamento de todos os dispositivos de alarme e comando durante um tempo mínimo de 30 minutos.

O acumulador não alimentará qualquer equipamento estranho ao serviço de detecção, alarme e alerta. A alimentação da rede pública terá características suficientes para alimentar todo o sistema, incluindo os dispositivos de alarme e comando e, ainda, para carregar o acumulador garantindo que a sua recarga total, a partir da situação de totalmente descarregado, se processe em menos de 12 horas. A recarga do acumulador será automática.

A central será instalada no posto de segurança do edifício (piso 0) em local devidamente resguardado do público. A central terá uma capacidade de circuitos de detecção (incluindo detectores ou botões de alarme) adequada ao tipo de endereçamento e à discriminação dos alarmes e comandos descrita neste documento, sendo possível ensaiar um circuito de detecção sem perda de vigilância dos restantes. Nas centrais serão sinalizadas simultaneamente de forma óptica e acústica diferente, pelo menos, cada uma das seguintes situações:

Avaria;

Alarme de incêndio;

Falha da rede pública de alimentação de energia eléctrica ou dos acumuladores.

Serão ainda sinalizados de forma óptica as seguintes situações:

Alarme;

Alerta aos bombeiros;

Cancelamento do alarme;

Alimentação pela rede pública ou pelos acumuladores;

Colocação de um ou mais circuitos de detecção fora de serviço. A sinalização óptica das avarias não poderá ser desactivada manualmente. A sinalização de incêndio na central indicará, pelo menos, o circuito origem do alarme. O sistema será microprocessado e foi tido como base um modelo tipo Siemens Sinteso FC20XX, podendo optar-se por outro equivalente, que tem o objectivo de assegurar uma identificação, o mais precoce possível, de todo e qualquer foco de incêndio e de desencadear, subsequentemente, no mais curto espaço de tempo, um alarme, permitindo a evacuação, em tempo útil, dos utentes do edifício e uma intervenção atempada das equipas de socorro.

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Central de Detecção de Incêndios deverá ser da mais recente geração completa de centrais de detecção de incêndios de tecnologia da Siemens, na sua gama Sinteso ou equivalente.

Este sistema deverá respeitar a norma de segurança máxima, com inovações de produtos e da mais moderna tecnologia.

Todas as centrais de detecção de incêndios, terminais e a rede que os une (FCnet) deverão estar em conformidade com as normas EN54-2, EN54-4 e os requisitos nacionais em vigor.

Em combinação com os dispositivos inteligentes periféricos Sinteso™ ou equivalente, será alcançada uma máxima segurança de detecção com uma adaptabilidade óptima aos requisitos do Parque Escolar (por exemplo).

Para organização, vigilância e processamento das informações geradas pelos equipamentos de campo e cumulativamente dar origem a todas as actividades e interdependências previstas em caso de emergência.

Deverá ser totalmente electrónica e microprocessada, integrando todos os meios técnicos adequados a uma operação autónoma e independente de outras instalações ou sistemas.

Deverá incorporar uma unidade central de processamento onde residirá, em memória não volátil, todo o conjunto de programas de utilização que constituem o seu sistema operativo, bem como a respectiva base de dados e os relativos à instalação.

Deverá integrar uma unidade de comunicação bidireccional a partir da qual se estabelece o diálogo com os equipamentos de campo assim como a monitorização e controlo dos algoritmos simples ou complexos instalados em cada elemento activo e sua verificação de adequabilidade face ao risco de cada compartimento.

Incluirá cartas electrónicas de linhas, devendo poder coexistir na mesma central electrónicas de diferentes tecnologias de sistema, nomeadamente colectivas e analógicas/endereçáveis.

As cartas de linhas devem assegurar o seu fecho em anel ou loop de acordo com a norma UL classe A, permitindo o seu funcionamento nos dois sentidos.

Cada linha de detecção, analógica/endereçável, deverá admitir a ligação de um máximo de 126 elementos activos, individualmente endereçados e, como tal, reconhecidos pela central

A criação de zonas ou grupos lógicos, derivados da conjugação de um ou mais elementos activos e individualmente endereçados, deverá ser livre e apenas limitada pelo número máximo de elementos activos.

Deverá ser também possível criar zonas ou grupos lógicos com elementos activos de linhas diferentes.

Deverá incorporar ainda toda a electrónica necessária para alimentação eléctrica, incluindo transformador de entrada de rede (220Vac/ 24Vac), com equipamento de protecção contra sobretensões, electrónica de tratamento para a sua utilização de modo adequado e estabilizado à tensão de funcionamento geral do sistema (24Vdc) e sistema próprio de baterias com carregador, conjunto que deverá assegurar uma autonomia de funcionamento global ao sistema de 72h acrescidas de 30 minutos em alarme.

Também deverá ser incluído equipamento electrónico para vigilância e controlo do sistema de carga de baterias, conforme à norma EN54-4, dando origem a sinalização de anomalia de alimentação em caso de falha.

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As baterias deverão ser do tipo ácido, estanques, isentas de manutenção, com termosensor exterior para controlo de sobrecarga/temperatura ligado ao módulo de controlo e vigilância das baterias.

Complementarmente deverá incorporar cartas electrónicas para realização de comandos sobre os dispositivos acústicos de alarme, assim como para actuação sobre instalações técnicas de conforto e utilização, conforme previsto em CE.

Todo o conjunto de equipamentos electrónicos componentes da central deverão ser interligados, internamente, de forma a assegurar redundância nas comunicações entre si, pelo que existirá uma rede interna tipo BUS.

Relativamente ao modo operativo a central deverá dispor de relógio interno de referência e memória buffer para 2.000 ocorrências.

Do ponto de vista de exploração a central deverá permitir:

Atribuição livre de endereços aos diferentes elementos activos;

A programação dos algoritmos a instalar nos elementos activos e sua constante monitorização e vigilância assim como a sua correcção automática em caso desajuste face ao risco;

A parametrização das curvas de resposta algorítmicas dos detectores em função de zonas horárias;

Funções de interdependência entre níveis de resposta, eventualmente diferentes, gerados pelos detectores interactivos;

Organização de alarmes conforme DIA/NOITE;

Saídas de comandos programáveis por software dependentes da resposta de um ou vários eventos isolados ou relacionados;

Saída para transmissão aos bombeiros.

Na aplicação presente a central disporá de um total de 2 linhas analógicas/endereçáveis Sinteso ou equivalente, em anel, com capacidade de ampliação até 4, opcionalmente.

Na generalidade os detectores vigiarão o estado ambiente dos compartimentos reagindo face as alterações que aí se verifiquem, ao faze-lo a central de detecção será avisada, interpretando o sinal e sendo um alarme de incêndio a central tratará a informação de forma a dar sequência ao sistema. A informação de alarme será dada na central através de sinalizadores ópticos e acústicos. Em seguida a central fará o alarme sonoro na zona sinistrada, e avisará a Corporação dos Bombeiros através de uma linha telefónica privativa. Este aviso será temporizado por programação na central e de acordo com a Corporação dos Bombeiros. A central poderá ainda ordenar o corte dos combustíveis e de electricidade. A actuação dos botões de alarme produzirá a mesma sequência de operações na central. A central vigiará ainda toda a instalação -SADI-, detectando e assinalando por sinalizadores ópticos e acústicos as avarias que ocorram naquela. Mais especificamente e atendendo aos espaços que o SADI terá de vigiar e com o objectivo de evitar que se criem situações de pânico generalizado, é prevista para o sistema a seguinte organização dos alarmes:

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• Organização "Dia" ou “Modo Dia” (relativo ao horário normal de funcionamento do edifício); • Organização "Noite" ou “Modo Noite”; A comutação destes modos de organização poderá ser manual ou automática. Neste último caso a comutação será conforme programação prévia, em função do horário de funcionamento indicado pela entidade exploradora do edifício. Neste sistema estão previstos três níveis de alarme:

Alarme restrito (na CDI principal e painéis repetidores); Alarme sectorial (no sector de origem do alarme); Alarme geral (em todo o edifício).

O alarme restrito ocorrerá na CDI principal do SADI instalada no Posto de Segurança, sendo repetido no Painel Repetidor instalado na Portaria e quando o alarme tem origem no edifício a construir, este também deverá ser acionado. Quando o alarme restrito ocorre no edifício o alarme deve ocorrer na CDI principal e em painéis repetidores. A forma como o sistema processará os comandos para a realização de funções auxiliares de segurança e as sinalizações de alarme restrito, sectorial e geral, será sempre dependente do modo de operação em que se encontrar. A opção pelo modo de operação do SADI caberá ao Responsável da Segurança e/ou Delegado de Segurança. Organização "Noite" ou “Modo Noite”

• Neste modo de operação o sistema responderá de imediato ao accionamento de um qualquer detector automático ou botão manual, desencadeando o alarme restrito, o alarme geral e os comandos aplicáveis, indicados de seguida.

Organização "Dia" ou “Modo Dia”

• No modo de funcionamento diurno, qualquer detector ou botão de alarme desencadeará o alarme restrito na CDI, Painel Repetidor da CDI e só após uma temporização previamente estabelecida (temporização de presença), será desencadeado o alarme sectorial, os eventuais comandos se entretanto não for manualmente desencadeada na CDI ou Painel Repetidor da CDI uma segunda temporização (para reconhecimento). • Caso o alarme tenha sido reconhecido durante essa primeira temporização (de presença), desencadear-se-á uma segunda temporização (de reconhecimento). Durante essa segunda temporização, o accionamento de um botão de alarme ou de outro detector no sector origem do alarme desencadeará o alarme sectorial, os eventuais comandos; • O alarme sectorial, os comandos e o alerta aos bombeiros também serão desencadeados quando essa segunda temporização se esgotar, sem que tenha sido reposta manualmente a situação de vigília na CDI ou Painel Repetidor da CDI; • O alarme geral será desencadeado se após uma temporização previamente estabelecida em alarme sectorial se esgotar, sem que tenha sido reposta manualmente a situação de vigília na CDI ou Painel Repetidor da CDI; Cabe à entidade exploradora do edifício o estabelecimento das temporizações anteriormente indicadas, que devem ter duração adaptada às características do edifício e à sua exploração.

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Na central principal e painel repetidor da CDI poderão ser sempre desencadeados/parados manualmente os alarmes (sectorial ou geral), os comandos e o alerta aos bombeiros. A CDI principal é hierarquicamente superior ao Painel Repetidor da CDI, pelo que prevalecerão as instruções efectuadas na CDI Principal. Os sectores de alarme definidos para o edifício são os seguintes:

Cada um dos setores de fogo; Cada uma das zonas técnicas; Cada uma das vias verticais de evacuação;

O desencadear dos seguintes comandos ocorrerá em simultâneo com o desencadear do alarme sectorial do SADI, respeitando os seguintes critérios:

Será sempre accionado o sistema de alarme sonoro de evacuação do sector origem do alarme;

Serão comandados apenas os ventiladores ou os registos resistentes ao fogo das condutas de sistemas de tratamento de ar e ventilação que sirvam o sector origem do alarme;

Serão sempre accionados os sistemas de fecho de portas resistentes ao fogo, mantidas normalmente abertas por meio de retentores, que protejam os espaços dos compartimentos corta-fogo, do sector origem do alarme;

Se o alarme for proveniente dos sectores onde está instalado o ascensor, será accionado o respectivo comando que o colocará em segurança;

Se o alarme for proveniente das vias evacuação, ou se um detector destas for activado, será comandado o respectivo sistema de controlo de fumo (caso exista).

O desencadear dos seguintes comandos ocorrerá em simultâneo com o desencadear do alarme geral do SADI (caso não tenham já sido realizados no alarme sectorial), respeitando os seguintes critérios:

Será sempre accionado o sistema de alarme sonoro de evacuação de todo o edifício;

Serão sempre comandados todos os ventiladores (paragem total do sistema de AVAC) e os registos resistentes ao fogo das condutas de sistemas de tratamento de ar e ventilação;

Serão sempre accionados os sistemas de fecho de portas resistentes ao fogo, mantidas normalmente abertas por meio de retentores, que protejam os espaços dos compartimentos corta-fogo, de todo o edifício;

Será sempre accionado no ascensor o respectivo comando, que o coloca em segurança;

Será sempre comandado o respectivo sistema de controlo de fumo das vias de evacuação;

7.4 Sistema de Controlo de Fumo Irão existir sistemas mecânicos de controlo de fumos, suportados pela fonte central de alimentação (Gerador), os espaços a desenfumar estão devidamente isolados e pelos elementos com resistência adequada ao posicionamento no edifício.

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7.4.1. Locais protegidos

Os locais protegidos são a cozinha, sendo um local de risco C, a Hotte foi dotada da capacidade de desenfumagem; a circulação horizontal (corredor) no piso superior de utilização ao compartimento C7, entre o hall principal e a área técnica exterior; e a circulação vertical principal (escada 01) e os hall que lhe dão acesso, esta última compartimentação engloba ainda o “gab. de atendimento” que abre para este hall ao nível do piso térreo, pelo que é considerado ainda este espaço no controlo de fumos. Este Gabinete de Atendimento, terá um uso esporádico, como não existe recepção, pode também ser utilizado pelo auxiliar de educação de serviço à entrada do CEPM.

7.4.2. Caracterização da instalação

Circulações Horizontais Para o controlo de fumos das circulações horizontais será projectado um sistema constituído por grelhas terminais, interligadas a ventilador de desenfumagem localizado na cobertura, por intermédio de conduta corta-fogo, caso não seja possível um varrimento por desenfumagem passiva. As circulações horizontais possuirão bocas para admissão e extracção de fumos, sendo o espaço varrido por um caudal de extracção não inferior a 0,5 m3/s por unidade de passagem. A compensação de ar extraído será mecânica, devendo a velocidade de admissão estar compreendida entre 2 a 5 m/s. O caudal de extracção deverá ser igual a 1,3 vezes o de admissão. Quando o sistema estiver em funcionamento, a diferença de pressão entre a via horizontal e os caminhos verticais protegidos a que dê acesso deve ser inferior a 80Pa, com todas as portas de comunicação fechadas. As bocas de admissão devem localizar-se ao nível do pavimento (altura < 1m). E as bocas para saída de fumos existirão junto ao tecto (altura > 1.8m). Serão respeitadas sempre as distâncias regulamentares segundo os eixos da circulação (15 m entre insuflações e extracções e 5 m destas últimas a uma saída de um local de risco com permanência), as áreas das aberturas foram calculadas pelo rácio de 0,1m2 por unidade de passagem, ou de acordo com o caudal de extracção. Em situação de incêndio, serão desactivados os sistemas de climatização e ventilação (à excepção dos utilizados também para desenfumagem, sendo deste modo exclusivos do espaço e com condutas protegidas, e activado o ventilador de desenfumagem. O ventilador de desenfumagem será de grau de resistência ao fogo 400ºC/2 horas, pelo menos. Os sistemas de desenfumagem serão activados por comando da CDI (Central de Detecção de Incêndios). Os registos serão preferencialmente de fúsível térmico, se de actuação eléctrica, possuirão interruptores de início e fim de curso para sinalização de estado, deverá de haver em qualquer dos casos monitorização de estado centralizada no SADI pela CDI. Circulações Verticais Para estes espaços foram considerados sistemas de controlo de fumos por sobrepressão conforme indicado nas peças desenhadas, constituído por ventilador de insuflação que garantirá a diferença de pressão entre a caixa de escadas e o espaço sinistrado compreendida entre os 20 e os 80 Pa. O caudal de insuflação deverá permitir uma velocidade de passagem de ar através de uma porta aberta de 0,5 m/s quando não existir câmara corta-fogo, considerando-se ainda o espaço do gabinete de atendimento (piso térreo) desenfumado pela diferença de pressões idêntica à considerada para câmaras corta fogo (que possuem duas portas), sendo simulada a 2ª porta neste gabinete, pela instalação de uma grelha para o exterior que abrirá em caso de sinistro.

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Todas as condutas e elementos de ligação deverão ser revestidos a material corta-fogo EI 90, sendo que a caixa de ventilação deverá ser compartimentada em caixa corta-fogo acessível do mesmo grau de resistência ao fogo. Estas vias verticais possuirão ainda exutor de fumo no topo das mesmas, com uma área útil livre não inferior a 1 m2. O exutor deverá permanecer normalmente fechado, devendo ser dotado de dispositivo de comando manual (eléctrico ou pneumático), instalado no interior da escada ao nível da escada de acesso com indicação de uso exclusivo a bombeiros e delegados de segurança (caso este exutor seja utilizado para ventilação – possuindo assim sistema electromecânico- deverá o mesmo permitir ordem de fecho pela CDI, em caso de incêndio). Os sistemas de desenfumagem serão activados ou por comando da CDI (Central de Detecção de Incêndios) como já referido e/ou manualmente. Cozinha A ventilação de desenfumagem da cozinha será prevista na especialidade de AVAC e realizar-se-à através da hotte, com os caudais, extracção mínimo de 5400m3/hora. No entanto, e com intuito de permitir utilizar o mesmo sistema para a desenfumagem em caso de incêndio, deverão ser respeitados os seguintes pontos: • Ventilador de extracção com motor fora do fluxo do escoamento e com características de resistência ao fogo 400ºC/2H; • Conduta em chapa de aço inox com 1,2% de pendente, incombustível M0/A1 d0, isolada e visitável em todo o percurso; • As condutas revestidas exteriormente com material isolante corta-fogo, projectado, com espessura adequada ao grau corta-fogo necessário. • Em caso de incêndio serão parados os ventiladores de insuflação (se existirem).

7.5. Meios de intervenção

7.5.1. Critérios de dimensionamento e de localização

Como meios de 1ª intervenção serão previstas bocas de incêndio armadas tipo carretel e extintores de incêndio, que podem ser manuseados por qualquer pessoa, preferencialmente pelos funcionários do edifício que já tenham tido acções de formação em combate a incêndios.

Como meios de 2ª intervenção serão instaladas bocas de incêndio não armadas (BI DN52 de 2ª intervenção em coluna húmida) em número e com a localização que se representa nas peças desenhadas. A rede será húmida é alimentada por depósito privativo dotado de grupo hidropressor. Serão utilizados predominantemente extintores de pó químico, sendo também aplicados extintores de Co2. A colocação dos extintores será assegurada de forma a respeitar os locais estratégicos, bem visíveis e devidamente sinalizados, na proximidade imediata dos compartimentos onde é mais provável a eclosão de um incêndio, preferencialmente nos acessos e caminhos de evacuação. A pressão de enchimento deve ser da ordem dos 15 bar. Os extintores portáteis deverão ser fornecidos com suporte adequado para montagem mural e/ou caixas para embutir na parede.

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Os extintores referidos serão instalados de modo a que o seu manípulo fique a uma altura de, aproximadamente, 1,20 m (máximo) do pavimento e estarão localizados conforme se representa nas peças desenhadas, respeitando os seguintes critérios:

• A distância máxima a percorrer até se atingir um extintor de qualquer ponto do edifício será inferior a 15 m;

• A capacidade equivalente de água dos extintores instalados em cada espaço do edifício será superior a 18l por cada 500m2 de área ou fracção;

• O número de extintores no edifício não será inferior a um por cada 200m2 de área ou fracção.

Deverá ser instalada uma rede de incêndio armada, com bocas-de-incêndio de calibre mínimo de 25 mm, tipo carretel com agulheta de três posições, e mangueiras com um comprimento de 25 metros. As bocas-de-incêndio devem ser encerradas em armários, dotados de porta equipada com trinco e devidamente sinalizados. O acesso às B.I. deve ser fácil e desimpedido, devendo observar-se para isso uma área livre de 1 m no sentido da sua utilização. Estarão dispostas cobrindo a totalidade do edifício de forma a que:

a) O comprimento das mangueiras utilizadas permita atingir, no mínimo, por uma agulheta, uma distância não superior a 5 m de todos os pontos do espaço a proteger;

b) A distância entre as bocas não seja superior ao dobro do comprimento das mangueiras utilizadas;

c) Exista uma boca-de-incêndio nos caminhos horizontais de evacuação junto à saída para os caminhos verticais, a uma distância inferior a 3 m do respectivo vão de transição;

d) Exista uma boca-de-incêndio junto à saída de locais que possam receber mais de 200 pessoas.

As bocas-de-incêndio da rede húmida (DN52) de 2ª intervenção devem ser dispostas, no mínimo, nos patamares de acesso das comunicações verticais, ou nas câmaras corta-fogo, quando existam, em todos os pisos, excepto: • No piso do plano de referência desde que devidamente sinalizadas. As bocas devem ser duplas, com acoplamento do tipo storz, com diâmetro de junção DN52, tendo o respectivo eixo uma cota relativamente ao pavimento variando entre 0,8m e 1,2m. Admite-se a localização das bocas-de-incêndio à vista, dentro de nichos ou dentro de armários, desde que devidamente sinalizados e a distância entre o eixo das bocas e a parte inferior dos nichos ou armários seja, no mínimo, de 0,5m.

7.5.2. Meios portáteis e móveis de extinção

Extintores de pó químico ABC e CO2 A escolha do tipo de extintores, da sua localização, distribuição e capacidade, teve em conta a legislação aplicável, complementada pelas Normas Portuguesas NP EN 3, NP 1800 e NP 3064 e pela Regra Técnica n.º 2 (RT 2) do ISP.

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Serão instalados extintores de pó químico ABC, com 6 kg de capacidade (eficácia 21 A- 113 B) protegendo a generalidade dos espaços do edifício, complementados por extintores de CO2, com 5 kg de capacidade, a instalar junto a locais afectos a serviços eléctricos e/ou técnicos. Todos os extintores a instalar estarão conformes com a NP EN 3. O corpo do extintor será construído em chapa de aço ou alumínio, de alta qualidade, resistente à corrosão, ao choque e à pressão interior e pintado na cor vermelha. A temperatura de funcionamento do extintor deve estar compreendida entre os valores de –20 ºC e +60 ºC. Os mecanismos de actuação devem estar providos de um dispositivo de segurança que impeça o seu accionamento intempestivo. As válvulas de comando devem permitir que a descarga seja interrompida em qualquer momento, com garantia de total estanquecidade. Os extintores em que a massa do agente extintor seja igual ou superior a 3 kg ou 3 l de volume, serão equipados com uma mangueira e com manómetros indicadores de pressão cujo mostrador tem o zero ao centro e uma zona vermelha e outra verde de cada lado do zero, sendo a zona verde a indicadora de que o extintor está em boas condições de operacionalidade. A esta mangueira deverão ser acopladas uma pistola, que incorporará um bico espalhador e uma válvula de controlo. Os extintores serão de tipo e modelo aprovado e homologado, tendo um rótulo com as seguintes informações:

Massa em vazio,

Natureza e qualidade do agente extintor,

Valores de temperatura limite de conservação e eficiência,

Indicação dos perigos ou das restrições do seu uso, mostrando claramente os modos de actuação dos extintores,

Classes de fogo para as quais o extintor é adequado,

Instruções sobre o modo de recarga dos extintores, quer decorrente do prazo de validade do agente extintor quer decorrente da utilização daquele, o que tem a ver com as inspecções programadas destes equipamentos,

Número de série de fabrico

Nome e endereço da organização responsável pela operacionalidade do extintor,

Ano de fabrico Estarão associados aos extintores sinais de segurança indicativos da sua localização, os quais deverão ficar instalados sobre o respectivo extintor a 2,0 m de altura.

Balde de areia Será a colocar junto ao gerador de forma a estar apto a utilizar sobre combustíveis líquidos. Deverá ser na cor vermelha, ter a inscrição do serviço de incêndios e ter a capacidade mínima de 5l (cinco litros).

7.5.3. Concepção da rede de incêndios e localização das bocas de incêndio

Rede de incêndio armada A rede interior de incêndio armada (RIA) – 1ª Intervenção será constituída pelas bocas de incêndio tipo carretel em número e com a localização que se representa nas peças desenhadas. A rede será alimentada pela rede privada. Os carretéis de incêndio armados possuirão as características definidas na Norma Portuguesa NP EN 671-1. A RIA possuirá um manómetro para controlo de pressão no ponto de cota mais elevada e uma válvula de retenção na alimentação.

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As canalizações da rede de incêndio armada serão dimensionadas para uma pressão de 250 kPa no ponto de cota mais elevada ou na boca de incêndio que for considerada em posição mais desfavorável. O caudal a considerar corresponderá ao funcionamento simultâneo de 4 bocas de incêndio em funcionamento, com metade das bocas abertas, com uma pressão dinâmica mínima de 250kPa e um caudal instantâneo mínimo de 1,5l/s por boca. A sinalização destas deverá ser segundo as Normas Portuguesas.

Rede de incêndio não armada As canalizações da rede de incêndio de 2ª intervenção serão dimensionadas para uma pressão de 350 kPa no ponto de cota mais elevada ou na boca de incêndio que for considerada em posição mais desfavorável. O caudal a considerar corresponderá ao funcionamento simultâneo de 2 bocas de incêndio em funcionamento, com metade das bocas abertas, com uma pressão dinâmica mínima de 350kPa e um caudal instantâneo mínimo de 4,0l/s por boca.

7.5.4. Caracterização do depósito privativo do serviço de incêndios e concepção da central de bombagem

O depósito privativo será enterrado, em betão armado e terá a capacidade para abastecer as bocas de incêndio de 1ª e 2ª intervenção O depósito terá a capacidade mínima de 65m3, apesar de o cálculo pela nota técnica 14 da ANPC, indicar que deverá ser contabilizada a 1ª ou a 2ª intervenção, neste caso optou-se pelo dimensionamento da 1ª intervenção por 60minutos somado ao da 2ª intervenção por 90 minutos. Será bicompartimentado tendo as células comunicação entre si. Deverá ser possível o total funcionamento do sistema enquanto uma célula está desactivada (para limpeza por exemplo), garantido pela célula ativa. Deverá ter o seguinte equipamento:

o em ferro galvanizado (mínimo 2”) terminando em pescoço de cavalo e protegido por rede de malha fina;

-vórtice;

2”);

reconhecida qualidade;

alarme, transmitido à distância para o posto de segurança, quando este existir.

Parâmetros mínimos de dimensionamento da rede SI

Sistema Duração (min) Caudal (m3/h) Reserva (m3)

RIA 60 21,6 21,6

RI - SI 90 28,8 43,2

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Sistema Duração (min) Caudal (m3/h) Reserva (m3)

Total 64,8

A central de bombagem possuirá, no mínimo, duas bombas principais e uma bomba equilibradora de pressão (jockey). As bombas principais serão eléctricas apoiadas por gerador de emergência a diesel. As bombas principais funcionarão em reserva e ajuda, com arranque da segunda em caso de falha ou incapacidade da primeira. Possuirão características semelhantes, elevado caudal e baixa altura manométrica. O arranque será exercido através dos pressostatos por encravamento eléctrico, sendo a paragem apenas manual ou pela SADI. As bombas poderão funcionar em série com a bomba “jockey” em qualquer ponto de caudal, em conformidade com a sua curva característica, independentemente da velocidade de cada uma. Cada uma das duas bombas principais poderá fornecer o caudal total de cálculo à pressão exigida. A bomba equilibradora de pressão terá características inversas às indicadas para as bombas principais, isto é, baixo caudal e grande altura manométrica, e os seus arranque e paragem serão automáticos através do respectivo pressostato. As tubagens e acessórios da instalação hidráulica para serviço de incêndio que forem instaladas à vista serão em ferro galvanizado, protegidas por pintura a duas demãos (sobre primário) de borracha cloretada à cor RAL 3000, de acordo com Nota Técnica. Todo o sistema deverá estar em perfeito acordo com as Notas Técnicas nº13, nº14, nº15 da ANPC.

7.5.5. Caracterização e localização das alimentações da rede de incêndios

Existirá uma boca siamesa de alimentação/reforço à rede de incêndios. A boca siamesa de alimentação (recalque à RIA) deve estar devidamente sinalizada e localizar-se no exterior do edifício junto a um ponto de acesso dos bombeiros, no plano de referência, de forma que a distância à coluna vertical, ou rede húmida não exceda, em regra, 14m. Esta boca dupla, siamesa, será dotada de válvula anti-retorno, onde cada uma das junções será de aperto rápido tipo “STORZ” DN 75. Todas as bocas devem ser munidas de bujão. A boca de alimentação deve:

Localizar-se na fachada junto à faixa de operação, se existir, localizada na via de acesso;

Ter o seu eixo a uma cota de nível relativamente ao pavimento da via de acesso compreendida entre 0,80 e 1,20 m;

Ser encerrada num armário próprio sinalizado com a seguinte frase «SI – REDE HÚMIDA» – no painel ou porta, pelo exterior, e «BOCA SECA» pelo interior do mesmo, ou os pictogramas equivalentes (ver NT n.º 11). 7.6. Posto de segurança Dadas as características, funcionalidade e finalidade do edificado, o posto de segurança ficará localizado num local específico par o efeito, dado não existir qualquer local de referência (portaria ou recepção) na entrada do edifício (quer principal quer secundário).

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O local será junto do acesso lateral a partir do exterior, com proximidade ao acesso ao edifício secundário, na localização descrita para a central do SADI em local técnico devidamente compartimentado de classificação de Risco F. O posto de segurança desempenhará as seguintes funções:

Centralizar toda a informação de segurança e os meios de recepção e difusão de alarmes e de transmissão do alerta, conforme descrito neste documento;

Coordenar os meios operacionais e logísticos em caso de emergência, centralizando os comandos de sistemas de segurança e os meios de comunicações de segurança, conforme descrito neste documento.

No posto de segurança existirá um chaveiro de segurança contendo as chaves de reserva para permitir o acesso fácil e imediato a todas as zonas do respectivo edifício.

7.6.1. Localização e protecção

O Posto de Segurança será localizado junto a uma entrada do edifício principal e acesso ao edifício secundário, próximo de uma das vias de acesso ao recinto. Sendo um espaço independente, encontra-se devidamente isolado e compartimentado.

7.7. Outros meios de protecção dos edifícios

Complementando as medidas de protecção referidas anteriormente a administração deverá estabelecer com especialistas da área de segurança um plano de emergência, tendo em conta as funcionalidades que a administração vier a implementar, muito embora estas estejam de certo modo delimitadas pelo programa funcional do mesmo. Para que seja estabelecido um plano de emergência é necessário saber à partida qual o número de pessoas a evacuar de cada zona. Este preconizará a organização e treino dos meios humanos, para desempenho de funções de detecção através de rondas e de combate a incêndios, incluindo a formação destes no cumprimento de normas de actuação e de manuais de procedimento. O plano de emergência deverá ser accionado sempre que:

Seja detectado, reconhecido e confirmado um incêndio;

Seja identificado o local, avaliada a dimensão e direcção em que se propaga o incêndio.

A primeira preocupação do plano de emergência deverá privilegiar a evacuação e salvamento das pessoas e em seguida a protecção e salvaguarda dos bens móveis e imóveis. O plano de emergência só será efectivamente válido se os ocupantes habituais do edifício, funcionários e outros profissionais, quando em serviço, estiverem perfeitamente familiarizados com o tipo de alarme produzido quando ocorra um incêndio, reconhecerem rapidamente qual a melhor saída para o exterior do edifício, promoverem o alerta para os Bombeiros e eventualmente iniciarem o ataque ao fogo, todavia sem correrem riscos pessoais.

Em tudo no que esta memória for omissa ou duvidosa, será dado rigoroso cumprimento à legislação em vigor.

Lisboa, Dezembro de 2014

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(José Manuel Ribeiro Ruaz OET 12602 ANPC 272)