seguimento farmacoterapÊutico -...

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Escola Superior de Saúde Instituto Politécnico da Guarda SEGUIMENTO FARMACOTERAPÊUTICO CARLOTA MARIA DE ALMEIDA PACHECO FERREIRA TRABALHO REALIZADO PARA OBTENÇÃO DO GRAU DE LICENCIATURA EM FARMÁCIA julho|2014

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Escola Superior de Saúde

Instituto Politécnico da Guarda

S E G U I M E N T O

FA R M AC O T E R A P Ê U T I C O

CARLOTA MARIA DE ALM EIDA PACHECO FERREIR A

TRABALHO REALIZADO PARA OBTENÇÃO DO GRAU DE LICENCIATURA EM FARMÁCIA

julho|2014

_____________________________________________________________________________________

Escola Superior de Saúde

Instituto Politécnico da Guarda

CURSO FARMÁCIA - 1º CICLO

4º ANO / 2º SEMESTRE

S E G U I M E N T O

FA R M AC O T E R A P Ê U T I C O

CARLOTA MARIA DE ALM EIDA PACHECO FERREIR A

SUPERVISOR NO LOCAL DE ESTÁGIO: ANA RAQUEL VIDEIRA LOPES ANDRADE

PROFESSOR ORIENTADOR: ANDRÉ ARAÚJO

junho|2014

SIGLAS

ESS-IPG – Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico da Guarda

H. pylori- Helicobacter pylori

HSM – Hospital Sousa Martins

IMC – Índice de Massa Corporal

PRM – Problemas Relacionados com os Medicamentos

RNM – Resultados Negativos da Medicação

SF – Seguimento Farmacoterapêutico

ÍNDICE TABELAS

Tabela 1 - Classificação de PRM Segundo Consenso de Granada-------------------------12

Tabela 2 – Informação revelada pelo doente sobre os problemas de saúde---------------14

Tabela 3 – Informação revelada sobre a Domperidona 10 mg------------------------------15

Tabela 4 – Medidas Antropométricas---------------------------------------------------------- 16

Tabela 5 – Parâmetros Bioquímicos em Jejum------------------------------------------------16

Tabela 6 – Dados Laboratoriais---------------------------------------------------------------- -16

Tabela 7 – Medicamentos para a gastroenterite-----------------------------------------------17

Tabela 8 – Problema de saúde sem medicamentos associados------------------------------18

Tabela 9 – Problema de saúde sem medicamentos associados------------------------------18

Tabela 10 – Avaliação do medicamento para o tratamento da gastroenterite------------- 20

Tabela 11 – Nova terapêutica derivada do resultado da intervenção----------------------- 21

Tabela 12 – Nova avaliação da terapêutica para a gastrite por helicobacter pylori-------22

Tabela 13 – Entrevistas Sucessivas--------------------------------------------------------------25

ÍNDICE GERAL

INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 9

1. MÉTODO DE DADDER ................................................................................................ 11

1.1– OFERTA DO SERVIÇO .................................................................................................. 13

1.2– PRIMEIRA ENTREVISTA ............................................................................................. 13

1.2.1 – Fase de preocupações e problemas de saúde ............................................................ 14

1.2.2 – Fase em que o doente expõe todos os medicamentos que utiliza ............................ 15

1.2.3 – Fase de revisão ............................................................................................................ 15

1.3– ESTADO DA SITUAÇÃO .............................................................................................. 17

1.4– FASE DE ESTUDO ......................................................................................................... 18

1.4.1 – Problemas de saúde .................................................................................................... 18

1.4.2 – Medicação utilizada pelo doente ............................................................................... 19

1.5– FASE DE AVALIAÇÃO ................................................................................................. 20

1.6– FASE DE INTERVENÇÃO ............................................................................................. 20

1.7– RESULTADO DA INTERVENÇÃO .............................................................................. 21

1.8– NOVO ESTADO DA SITUAÇÃO .................................................................................. 21

1.8.1 – Nova fase de estudo..................................................................................................... 22

2. CONCLUSÃO ................................................................................................................. 26

3. BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................. 27

9

INTRODUÇÃO

Este Seguimento Farmacoterapêutico (SF) está inserido na Unidade Curricular de

Estágio Profissional II do 4ºano/2ºsemestre do curso de licenciatura em Farmácia da Escola

Superior de Saúde do Instituto Politécnico da Guarda (ESS-IPG), tendo como principal

objetivo complementar os conhecimentos do aluno realizando um acompanhamento

farmacoterapêutico a um utente, de forma a melhorar a sua qualidade de vida e atenuar os

seus problemas de saúde. Este SF foi supervisionado no local de estágio pela Dr.ª Vanina

Nunes, farmacêutica da Farmácia Moderna da Guarda e como professor orientador, o

professor André Araújo, docente na ESS-IPG.

Os medicamentos contribuíram para que a esperança de vida à nascença quase

triplicasse nos últimos 100 anos. Contudo, os medicamentos nem sempre alcançam os

objetivos terapêuticos a que se propõem e são, por vezes, causa de problemas de segurança.

Estas “falhas” da farmacoterapia produzem resultados clínicos negativos e provocam elevados

custos sociais. Uma adequada intervenção profissional no processo de uso dos medicamentos

pode contribuir para reduzir a morbilidade e a mortalidade provocadas pelos medicamentos

(1).

Atualmente define-se seguimento farmacoterapêutico (SF) como o serviço profissional

que tem como objetivo detetar problemas relacionados com medicamentos (PRM), para

prevenir e resolver os resultados negativos associados à medicação (RNM). Este serviço

implica um compromisso e deve ser disponibilizado de um modo contínuo, sistemático e

documentado, em colaboração com o doente e com os profissionais do sistema de saúde, com

a finalidade de atingir resultados concretos que melhorem a qualidade de vida do doente (2).

Para a realização deste SF foi seguido o Método Dádder, que é um procedimento

operativo simples permitindo a realização do mesmo a qualquer doente, em qualquer âmbito

assistencial, de forma sistematizada, continuada e documentada. A aplicação deste método

permite registar, monitorizar e avaliar os efeitos da farmacoterapia utilizada por um doente,

através de procedimentos simples e claros.

Desta forma, vão ser abordadas e descritas de forma sucinta as várias etapas sucessivas

a que este trabalho se predispôs, nomeadamente a oferta do serviço ao utente, a primeira

entrevista realizada, a avaliação do estado de situação do utente, o estudo dos problemas de

10

saúde e da medicação utilizada pelo utente, seguindo-se a fase de avaliação e por fim a fase de

intervenção que dará origem a um novo estado de situação e a entrevistas sucessivas.

É pretendido com este trabalho que se desenvolvam capacidades e competências no

que toca ao diálogo utente/profissional de farmácia, à ética e deontologia, capacidade de

pesquisa de informação e ainda aperfeiçoar conhecimentos relacionados com a farmacologia e

farmacoterapia.

11

1. MÉTODO DE DADDER

O Método Dádder de Seguimento Farmacoterapêutico foi desenhado pelo Grupo de

Investigação em Atenção Farmacêutica, da Universidade de Granada, em 1999, com o

objetivo inicial de fornecer ao profissional de farmácia uma ferramenta que lhe permitisse

prevenir, identificar e resolver os Problemas Relacionados com Medicamentos.

De uma forma geral, existem fontes que defendem que é um método que se baseia na

obtenção da história farmacoterapêutica do doente, isto é, os problemas de saúde que

apresenta, os medicamentos que utiliza e a avaliação de seu estado de situação, numa

determinada data, para identificar e resolver os possíveis problemas relacionados com os

medicamentos (PRM) que o doente possa apresentar. Após esta identificação, realizam-se as

intervenções farmacêuticas necessárias para resolver os PRM, avaliando-se posteriormente os

resultados (3).

O conceito de PRM encontra-se definido no Segundo Consenso de Granada como um

conjunto de problemas de saúde entendidos como resultados clínicos negativos, derivados do

tratamento farmacológico que por diversas causas tem como consequência, o não alcance do

objetivo terapêutico desejado ou o aparecimento de efeitos indesejáveis.

Assim, um PRM é uma variável de resultado clínico, uma falha do tratamento

farmacológico que conduz ao aparecimento de um problema de saúde, a um mau controlo da

doença ou a algum efeito indesejado. Estes PRM podem ser de três tipos: relacionados com a

necessidade de medicamentos por parte do paciente, com sua efetividade ou segurança, tal

como é apresentado na tabela 1 (4).

12

NECESSIDADE

PRM 1: O doente tem um problema de saúde por não utilizar a medicação que necessita.

PRM 2: O doente tem um problema de saúde por utilizar um medicamento que não

necessita.

EFETIVIDADE

PRM 3: O doente tem um problema de saúde por uma inefetividade não quantitativa da

medicação.

PRM 4: O doente tem um problema de saúde por uma inefetividade quantitativa da

medicação.

SEGURANÇA

PRM 5: O doente tem um problema de saúde por uma insegurança não quantitativa de um

medicamento.

PRM 6: O doente tem um problema de saúde por uma insegurança quantitativa de um

medicamento.

Tabela 1 - Classificação de PRM Segundo Consenso de Granada

O Método de Dadder propõe um procedimento concreto, no qual se elabora um estado

de situação objetivo do paciente. Deste, derivam-se as intervenções do profissional de

farmácia correspondentes, nas quais cada profissional clínico conjuntamente com o paciente e

seu médico decidem o que fazer em função dos conhecimentos e condições particulares que

afetam cada caso (4).

Para sua concretização, o Método de Dadder exige as seguintes fases (3):

1.1. Oferta do Serviço;

1.2. Primeira Entrevista;

1.3. Estado da Situação;

1.4. Fase de Estudo;

1.5. Fase de Avaliação;

1.6. Fase de Intervenção;

1.7. Resultado da Intervenção;

1.8. Novo Estado de Situação;

1.9. Entrevistas Sucessivas.

13

1.1– OFERTA DO SERVIÇO

O SF inicia-se pela oferta do serviço por parte do profissional de farmácia, e é nesta

fase que se deve explicar, de forma clara e concisa, a prestação dos cuidados de saúde que o

doente vai receber: o que é, o que pretende e quais são as suas características principais, com

o fim de incluir o doente no SF.

Esta oferta do serviço pode surgir por vários motivos, desde a suspeita do profissional

de farmácia que possam existir problemas relacionados com os medicamentos, medição dos

parâmetros fisiológicos ou bioquímicos e que se encontram anormais, consulta sobre algum

problema de saúde, medicamento ou parâmetro fisiológico ou bioquímico até ao pedido feito

pelo próprio doente.

Nesta etapa, é necessário abordar a pessoa e incentivá-la a ir a uma primeira entrevista,

pedindo para trazer todos os medicamentos que toma no momento, bem como todos os

documentos referentes à sua saúde que tenha em casa, para uma possível obtenção de

informação objetiva e completa.

Este seguimento farmacoterapêutico foi iniciado no dia 30 de dezembro de 2013

aquando um individuo do sexo masculino de 43 anos, se dirigiu à Farmácia Moderna com

episódios de desmaios, náuseas, vómitos, sensação de falta de ar e um batimento cardíaco

muito acelerado. Neste primeiro contacto não foi evidente que pudesse existir um potencial

PRM, pois o doente não estava a tomar quaisquer medicamentos na altura. O doente foi

encaminhado no mesmo dia para o Hospital Sousa Martins (HSM) onde lhe foi diagnosticado

uma gastroenterite. No dia seguinte o doente perante esta manifestação de preocupação

relativa ao sucedido, voltou à Farmácia Moderna contar o sucedido e onde lhe foi dado a

conhecer a existência do seguimento farmacoterapêutico na farmácia. Explicou-se ao doente o

objetivo do serviço e os possíveis benefícios terapêuticos e informou-se que se trata de um

serviço que se prolongará no tempo, o que irá requerer visitas periódicas à farmácia.

Esclareceu-se no entanto que o doente pode abandonar livremente o serviço quando o desejar,

sem prejuízo dos cuidados que sempre recebeu na farmácia.

Foi então agendada a primeira entrevista para o dia 2 de janeiro de 2014, pedindo ao

doente para trazer toda a documentação e medicamentos prescritos referentes ao seu historial

clinico.

1.2– PRIMEIRA ENTREVISTA

A primeira entrevista, tem como objetivo recolher a informação inicial sobre os

problemas de saúde e os medicamentos do doente, permitindo assim, iniciar a história

14

farmacoterapêutica do mesmo. A primeira entrevista poderá também servir, para fornecer

informações de interesse para o doente e, inclusivamente, para iniciar determinadas ações

destinadas a resolver alguma situação indesejável para a sua saúde.

A estrutura da entrevista e o seu seguimento é distinguida em três importantes fases:

- Fase de preocupações e problemas de saúde;

- Fase em que o utente expõe todos os medicamentos que utiliza;

- Fase de revisão.

A entrevista foi iniciada à hora marcada do dia 2 de janeiro de 2014, num gabinete

destinado a este serviço. O doente trazia todos os medicamentos e documentos relativos à sua

saúde e foi recolhida toda a informação referente aos problemas de saúde, medicamentos e

parâmetros do doente, registando-se o que se observou.

1.2.1 – Fase de preocupações e problemas de saúde

A finalidade desta fase é conseguir que o paciente expresse os problemas de saúde e os

sintomas que mais lhe preocupam, como se encontra descrito na tabela 2.

Tabela 2 – Informação revelada pelo doente sobre os problemas de saúde

PROBLEMAS DE SAÚDE DATA: 02.01.14

Problema de saúde: Gastroenterite

Inicio: dezembro 2013

Problema de saúde: Aperto na zona do

diafragma

Inicio: dezembro 2013

Gastroenterite diagnosticada no serviço de

urgência do HSM, desde então o doente

diz que nunca mais conseguiu comer

determinados alimentos nem a quantidade

que comia.

O doente queixa-se muitas vezes de

sensação de aperto na zona do diafragma

que só alivia se comer alguma coisa, ou se

tomar um modificador da motilidade

gástrica antes das refeições

Problema de saúde: Cansaço

Inicio: dezembro 2013

Desde o diagnóstico de gastroenterite o

doente sente-se cansado o que o impede de

trabalhar

Outra informação relevante (alergias, intervenções cirúrgicas, outros antecedentes)

O doente não fuma e bebe apenas socialmente, já fez uma cirurgia em consequência de

uma peritonite, não tem alergia a alimentos mas tem alergia às gramíneas

15

1.2.2 – Fase em que o doente expõe todos os medicamentos que utiliza

O objetivo desta fase é a obtenção de toda a informação sobre a terapêutica

medicamentosa, atual ou anterior, utilizada pelo doente, o grau de conhecimento deste sobre

os medicamentos que toma e da sua adesão a essa mesma terapêutica, como fica descrito na

tabela 3.

MEDICAMENTO DOMPERIDONA 10 mg

ESTÁ A TOMÁ-LO? Sim

PARA QUÊ? Náuseas e sensação de aperto no diafragma.

ESTÁ MELHOR?

O doente refere que ao tomar este

medicamento os alimentos já não lhe causam

vómitos e não sente a sensação de aperto no

diafragma.

DESDE QUANDO TOMA AO

MEDICAMENTO? dezembro de 2013.

POSOLOGIA 1comprimido 15min antes das refeições

principais.

MODE DE USO E DE

ADMINISTRAÇÃO

Toma corretamente porque reconhece o seu

benefício no seu estado de saúde.

ALGO DE ESTRANHO? O doente diz que se não tomar o medicamento

fica mal disposto chegando mesmo a vomitar.

OBSERVAÇÕES Preocupação com todo o seu estado geral.

Tabela 3 – Informação revelada sobre a Domperidona 10 mg

1.2.3 – Fase de revisão

Chegada a esta fase da entrevista é de extrema importância fazer uma revisão de modo a

verificar se toda a informação recolhida está correta. No decorrer desta fase devem também realizar-se

uma série de perguntas sobre o funcionamento ou estado do organismo e efetuar um estudo completo

ao doente, nomeadamente problemas de cabeça, cabelo, ouvidos, olhos, nariz, garganta, boca,

pescoço, mãos, braços e músculos, coração, pulmão, aparelho digestivo, rins, fígado, órgãos

genitais, pernas, pés, músculo-esquelético, pele e do foro psicológico.

Esta revisão permite também obter mais informações sobre outros problemas de saúde

que o doente se esqueceu de referir, obter informação sobre quaisquer outros medicamentos

que o doente possa tomar mas que não informou anteriormente, outras situações fisiológicas e

hábitos sociais.

Posto isto, passou-se então à medição dos parâmetros da doente, representados nas

tabelas 4 e 5:

16

Tabela 4 – Medidas Antropométricas

Ao observar estas medidas antropométricas pode-se constatar que o valor do IMC do

doente se encontra acima dos valores saudáveis de referência compreendidos entre 18,5 e 24,9

(5).

PARÂMETROS BIOQUÍMICOS EM JEJUM

GLICÉMIA

CAPILAR

PRESSÃO

ARTERIAL

FREQUÊNCIA

CARDÍACA

COLESTEROL

TOTAL TRIGLICÉRIDOS

91 152/90 mm Hg 61 p/min 209 mg/dl 98 mg/dl

Tabela 5 – Parâmetros Bioquímicos em Jejum

Como se pode verificar existem valores como a colesterolémia que estão um pouco

elevados relativamente aos valores de referência, da mesma forma os valores da tensão

arterial também estão um pouco elevados (6), (7).

Na tabela 6 estão representados os resultados das análises clínicas que o doente

efetuou depois do diagnosticada a gastroenterite e que tive oportunidade de observar.

DADOS LABORATORIAIS

PARÂMETROS VALORES

(EM JEJUM) UNIDADES

VALORES DE

REFERÊNCIA

Ácido Úrico 3.2 mg/dL 2.4 – 5.7

Colesterol – HDL 50 mg/dL >60

Colesterol Total 212 mg/dL <190

Creatinina 1.1 mg/dL 0.50 – 1.3

Eritrócitos 5.01 x106/mm

3 4,0 – 5,6

Glicose em Jejum 91 mg/dL 60-110

Hemoglobina 15.7 g/dL 13,0 – 17,0

Leucócitos 7.8 /mm3 4.500 – 11.000

Plaquetas 249.000 /mm3 150.000 – 400.000

Triglicéridos 98 mg/dL <150

Tabela 6 – Dados Laboratoriais

MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS

Altura Peso IMC (Índice de Massa Corporal)

180Cm 88 Kg 27

17

Após a análise e estudo sobre cada um dos parâmetros avaliados nestas análises foi

possível constatar que os valores da colesterolémia se encontram acima dos valores normais e

o valor dos eritrócitos está perto do limite superior, o que pode revelar uma infeção.

Relativamente aos outros parâmetros, estes estão todos dentro dos valores normais.

1.3– ESTADO DA SITUAÇÃO

Nesta fase o profissional de saúde dispõe de toda a informação obtida da primeira

entrevista, facilitando assim o estudo dos medicamentos, dos hábitos de toma dos mesmos e

das patologias do doente. Ao fazer-se o ponto de toda a situação, irá perceber-se se todos os

problemas de saúde do doente em causa estão a ser devidamente medicados, fazendo-se uma

classificação dos RNM.

Quanto ao perfil da utente, como já foi referido, sabemos que:

- Sexo: masculino

- Idade: 43 anos

- IMC: 27

- Alergias: gramíneas

Na tabela 7, 8 e 9 estão representados os problemas de saúde da utente em relação com

a medicação tomada.

(N = Necessidade; E = Efetividade; S = Segurança)

Tabela 7 – Medicamentos para a gastroenterite

GASTROENTERITE

Início: dezembro 2013

Controlado: Não

Preocupação: Elevada

Medicamento

(substância ativa) Desde

Posologia

Prescrita

Posologia

Utilizada

Avaliação

(N/E/S)

Classificação

RNM

Domperidona

10mg

dezembro

2013 1-1-1 1-1-1 - Não tem

18

(N = Necessidade; E = Efetividade; S = Segurança)

Tabela 8 – Problema de saúde sem medicamentos associados

(N = Necessidade; E = Efetividade; S = Segurança)

Tabela 9 – Problema de saúde sem medicamentos associados

1.4– FASE DE ESTUDO

Nesta etapa reúne-se a informação que vai permitir avaliar se a terapêutica

medicamentosa que o doente utiliza é necessária, efetiva e segura, relacionando os

medicamentos usados pelo doente com os seus problemas de saúde. A informação obtida vai

permitir que se desenhe um plano de atuação que terá como objetivo melhorar ou manter os

resultados da farmacoterapia durante um período alargado.

1.4.1 – Problemas de saúde

GASTROENTERITE – caracteriza-se pela inflamação do trato gastrointestinal que

afeta o estômago e o intestino delgado e que se manifesta através de diarreia, vómito e cólicas

abdominais. Os sintomas têm normalmente início entre 12 a 72 horas depois de se contrair o

APERTO NA ZONA DO DIAFRAGMA

Início: dezembro 2013

Controlado: Não

Preocupação: Elevada

Medicamento

(substância ativa) Desde

Posologia

Prescrita

Posologia

Utilizada

Avaliação

(N/E/S)

Classificação

RNM

NÃO TOMA - - - - -

CANSAÇO

Início: dezembro 2013

Controlado: Não

Preocupação: Elevada

Medicamento

(substância ativa) Desde

Posologia

Prescrita

Posologia

Utilizada

Avaliação

(N/E/S)

Classificação

RNM

NÃO TOMA - - - - -

19

agente infecioso Nos adultos, a causa mais comum são os norovírus e as Campylobacter Entre

as causas menos frequentes estão outras bactérias, ou as suas toxinas, e parasitas.

Quando tem origem viral, a doença desaparece normalmente ao fim de uma semana.

Alguns agentes virais podem estar na origem de sintomas associados como febre, fadiga,

dores de cabeça e dores musculares. No caso de as fezes conterem sangue, é pouco provável

que a causa seja viral sendo muito provável que seja bacteriana. Algumas infeções bacterianas

podem estar associadas a cólicas abdominais muito intensas e podem persistir por várias

semanas.

O contágio pode ocorrer através do consumo de alimentos mal preparados, água

contaminada ou contacto com indivíduos infetados.

O tratamento tem como base uma hidratação adequada. Para casos menos graves, isto

é normalmente feito com recurso a terapia de reidratação oral. Nos casos mais graves pode ser

necessária a administração de soro por via intravenosa (8).

CANSAÇO / FRAQUEZA – o cansaço refere-se a uma sensação subjetiva que é

distinto de fraqueza. Ao contrário da fraqueza, cansaço pode ser aliviado por períodos de

descanso. Pode ter causas físicas ou mentais. A fraqueza é também referida em termos

médicos como astenia, tratando-se de uma condição em que o corpo não tem ou perdeu força.

O cansaço pode ter muitas causas possíveis sendo um sintoma de muitas doenças e

condições, tais como as doenças autoimunes, incluindo a artrite. Por outro lado, a astenia

ocorre em muitas doenças crónicas debilitantes como por exemplo, a anemia ou cancro,

distúrbios do sono ou distúrbios crónicos ao nível do coração, pulmões ou rins, em doenças da

glândula adrenal.

1.4.2 – Medicação utilizada pelo doente

Domperidona – pertence ao grupo farmacoterapêutico 6.3- Modificadores da

Motilidade Gástrica, mais especificamente ao grupo 6.3.1- Modificadores da motilidade

gástrica ou procinéticos. Aumenta o tónus de repouso do esfíncter esofágico e a motilidade do

trato gastrointestinal, acelerando o esvaziamento gástrico e o trânsito duodenal e jejunal.

Exerce efeito antiemético central por ação em neurónios dopaminérgicos do centro

desencadeador do vómito. A domperidona não passa a barreira hematoencefálica sendo

desprovida de efeitos extrapiramidais. Pode determinar arritmias ventriculares (9).

20

1.5– FASE DE AVALIAÇÃO

A fase de avaliação consiste especificamente em relacionar todos os problemas de

saúde com a medicação e averiguar se existe algum problema com a toma de medicamentos.

Devem ser relacionados todos os aspetos estudados e analisados na fase de estudo. Nesta fase,

é crucial percecionar se a utente necessita dos medicamentos, se estes são efetivos, se são

seguros e se há possíveis medicamentos em falta, como podemos verificar na tabela 10.

GASTROENTERITE

Início: dezembro 2013

Controlado: Sim

Preocupação: Elevada

Medicamento

(substância ativa) Desde

Posologia

Prescrita

Posologia

Utilizada

Avaliação

(N/E/S)

Classificação

RNM

Domperidona

10mg

dezembro

2013 1-1-1 1-1-1 N e S

Ineficácia

Quantitativa

(N = Necessidade; E = Efetividade; S = Segurança)

Tabela 10 – Avaliação do medicamento para o tratamento da gastroenterite

1.6– FASE DE INTERVENÇÃO

A finalidade desta fase é elaborar um plano de atuação de acordo com o doente dando

início às intervenções necessárias para resolver os problemas relacionados com os

medicamentos com que o doente se esteja a deparar. Na fase de intervenção é fundamental

definir quais são os problemas de saúde que mais preocupam o doente e quais são os objetivos

primordiais a alcançar. É de extrema importância trabalhar em conjunto com o doente,

estabelecendo objetivos comuns e que o mesmo entenda que é o cerne deste trabalho e a parte

mais interessada no resultado deste plano, pois se não o respeitar e cumprir não se obterão

resultados positivos.

Assim, o meu plano de atuação foi realizado no dia 09 de janeiro do corrente ano,

baseando-se nos seguintes objetivos e intervenções:

OBJETIVO 1 – Tratamento da gastroenterite, aconselhando, vivamente, o doente a

consultar um médico gastroenterologista para que este o pudesse observar e que lhe fizesse

mais exames para se poder concluir se o diagnóstico inicial estaria correto.

21

1.7– RESULTADO DA INTERVENÇÃO

O objetivo desta fase é determinar que os resultados que se obtiveram com as

intervenções foram essenciais para a resolução dos problemas de saúde estabelecidos. Não se

pode afirmar que existe um PRM até que o resultado da intervenção tenha sido o

desaparecimento ou controlo do problema de saúde. A avaliação das intervenções foi efetuada

no dia 23 de janeiro de 2014. O resultado da intervenção dará lugar a um novo Estado de

Situação do paciente, como está patente na tabela 11.

MEDICAMENTO ESOMEPRAZOL 40MG

ESTÁ A TOMÁ-LO? Sim

PARA QUÊ? Como protetor gástrico contra os ácidos do

estômago provocados por alguns alimentos.

ESTÁ MELHOR? Sim, já não sente tanto aperto na zona do

diafragma, nem tem tanta má disposição

DESDE QUANDO TOMA O

MEDICAMENTO? 17 de janeiro de 2014

POSOLOGIA Um comprimido em jejum.

MODO DE USO E DE

ADMINISTRAÇÃO

Após a consulta no médico (16.01.14), o

doente iniciou esta nova terapêutica

ALGO DE ESTRANHO? Não refere nada estranho relacionado com o

medicamento.

OBSERVAÇÕES

O doente foi consultado por um médico da

especialidade e este desconfia que seja uma

gastrite provocada por helicobacter pylori ,

modificando assim a terapêutica até à

realização de novos exames médicos.

Tabela 11 – Nova terapêutica derivada do resultado da intervenção

1.8– NOVO ESTADO DA SITUAÇÃO

Após resolução do primeiro estado de situação, estabelece-se um novo estado de

situação, onde vão ser registadas alterações do estado de saúde do doente, como podemos

verificar na tabela 12.

22

(N = Necessidade; E = Efetividade; S = Segurança)

Tabela 12 – Nova avaliação da terapêutica para a gastrite por helicobacter pylori

1.8.1 – Nova fase de estudo

GASTRITE POR HELICOBACTER PYLORI - A notável descoberta de que a infeção pela

Helicobacter pylori (H. pylori) está relacionada com diversas doenças gastroduodenais

constituiu um dos mais importantes avanços na história da gastrenterologia, revolucionando a

forma de entender e tratar tais infeções.

A H. pylori é uma bactéria espiralada gram-negativa que, estima-se, infeta mais de

metade da população mundial. Existem, atualmente, diversas possibilidades técnicas de

pesquisar a infeção, cada qual com as suas vantagens e inconvenientes.

Por outro lado, o efeito clínico da erradicação desta bactéria é variável, desde um

grande benefício na doença ulcerosa gastroduodenal até um impacto modesto na dispepsia

funcional.

Existem, atualmente, diversos métodos de pesquisa deste microrganismo, testes diretos

não invasivos, teste respiratório (ureia-C13) e pesquisa de antigénios da H. pylori nas fezes.

Testes diretos invasivos (associados à endoscopia digestiva alta), como o exame histológico-

hematoxilina & eosina, coloração argêntica e o teste rápido da urease. Existem ainda testes

indiretos de serologia por doseamento dos anticorpos IgG anti-H.pylori.

A implicação da H. pylori na fisiopatologia de algumas doenças do trato digestivo alto

está, atualmente, bem definida. Existem, no entanto, outras condições nas quais a relação com

este microrganismo não se encontra ainda devidamente esclarecida. A indicação para

erradicar a H.pylori deve ser considerada em diferentes condições clínicas (10).

Gastrite por helicobacter pylori

Início: dezembro 2013

Controlado: Sim

Preocupação: Elevada

Medicamento

(substância ativa) Desde

Posologia

Prescrita

Posologia

Utilizada

Avaliação

(N/E/S)

Classificação

RNM

Ezomeprazol 40mg janeiro

2013 1 em jejum

1 em

jejum - Não tem

Amoxicilina

1000mg

janeiro

2013 1 de 8h/8h 1 de 8h/8h - Não tem

Claritromicina

500mg

janeiro

2013 1 de 8h/8h 1 de 8h/8h - Não tem

23

AMOXICILINA 1000mg - As penicilinas foram os primeiros "verdadeiros

antibióticos" a ser introduzidos na prática clínica e continuam a desempenhar um papel

importante no tratamento das infeções bacterianas. Pertencentes ao grande grupo dos beta

lactâmicos, as penicilinas são antibióticos bactericidas que atuam por inibição da síntese da

parede bacteriana e ativação do seu sistema autolítico endógeno.

Apresentam uma boa difusão em todos os tecidos do organismo com exceção da

próstata, olho e SNC (meninges não inflamadas). São excretadas por via renal sendo

recomendada uma redução da sua posologia em doentes com IR moderada a grave (em geral

para Clcr < 50 ml/min).

Este antibacteriano pertence especificamente às penicilinas semissintéticas que

apresentam um espectro de atividade que inclui, para além de cocos gram+, um número

significativo de bactérias gram- como o Haemophilus influenzae e várias estirpes de E. coli,

Proteus mirabillis, Salmonella e Shigella. São habitualmente resistentes: a quase totalidade

dos estafilococos produtores de lactamases beta, outras Enterobactereaceae, Bacteroides

fragillis e Pseudomonas. Está indicado para o tratamento da úlcera péptica (erradicação do

Helicobacter pylori) em associação com outros antimicrobianos e inibidores da secreção ácida

gástrica.

Reações adversas: Das suas reações adversas, para além das já referidas na introdução

às penicilinas, destacam-se as náuseas e diarreia que são suscetíveis de induzir com alguma

frequência. A ampicilina e a amoxicilina induzem frequentemente erupções cutâneas que

não são, contudo, descritas como resultado de uma verdadeira alergia às penicilinas (9).

CLARITROMICINA 500mg - Os macrólidos são antibióticos que atuam por inibição

da síntese proteica, sendo bactericidas quando utilizados em doses altas. São ativos contra

numerosos cocos e bacilos gram + e contra alguns cocos e bacilos gram -, incluindo o

Haemophilus influenzae, Legionella pneumophila, Brucella, Mycoplasma pneumoniae e

outros. Enterobactereacea e Pseudomonas aeruginosa são resistentes. Os macrólidos são

úteis no tratamento de infecções devidas a estreptococos e enterococos, constituindo uma

alternativa às penicilinas, bem como nas infecções respiratórias por Haemophilus influenzae,

Mycoplasma pneumoniae, Legionella pneumophila (primeira escolha) e infecções devidas a

espiroquetas.

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Indicações: Infeções respiratórias. Infeções da pele e tecidos moles. Tratamento da

úlcera péptica (erradicação do Helicobacter pylori) em associação com outros

antimicrobianos e inibidores da secreção ácida gástrica.

Reações adversas: As reações adversas graves induzidas pelos macrólidos são raras.

Os efeitos gastrintestinais - náuseas, vómitos, epigastralgias, dores abdominais e diarreia - são

os mais frequentemente descritos. A claritromicina e a azitromicina são usualmente melhor

toleradas. Toxicidade hepática e erupções cutâneas podem ocorrer (9).

ESOMEPRAZOL 40mg - Neste grupo incluem-se medicamentos de largo emprego,

mas de duvidoso interesse terapêutico, fora de indicações precisas (nomeadamente os laxantes

e obstipantes). Excluem-se deste grupo medicamentos que interferem com as funções

gastrintestinais por mecanismo essencialmente localizado a nível dos centros (por ex:

antieméticos) ou que exercem os seus efeitos por interferência com o sistema nervoso

vegetativo (por ex: espasmolíticos com ação anticolinérgica).

Indicações: Úlcera péptica, esofagite de refluxo, síndrome de Zollinger-Ellison.

Erradicação do H. pylori, em associação.

Reações adversas: As alterações digestivas (diarreia, obstipação, flatulência) são as

mais frequentes. Podem determinar elevação das enzimas hepáticas e em casos de doença

grave está descrita a ocorrência de hepatite e de encefalopatia. Estão descritas perturbações do

sono, mialgias e artralgias. Verificaram-se casos de citopenias (9).

1.9– ENTREVISTAS SUCESSIVAS

As entrevistas sucessivas têm como finalidade monitorizar o doente e garantir que são

cumpridas as estratégias para evitar o aparecimento de novos RNM, resolver possíveis RNM

ainda não eliminados e obter mais informações a fim de se estabelecerem novos estados de

situação, na tabela 13 estão patentes todas as entrevistas e respetivos resultados.

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Data Problema de Saúde e

Motivo da Consulta Observações Próxima

Revisão

09-01-14 Gastroenterite

O doente entende a necessidade do

médico intervir para verificar se este

diagnóstico está correto.

23.01.14

23.01.14 Novo diagnóstico,

gastrite por H. pylori

O médico depois de alguns exames

não evasivos concluiu que se tratava

de infeção por H. pylori,

prescrevendo terapia antibacteriana

conjunta para melhor erradicação da

bactéria, bem como um inibidor da

bomba de protões.

30.01.14

30.01.14 Gastrite por H.

pylori: evolução

O doente continua a fazer a

terapêutica prescrita com adesão à

mesma, encontrando-se muito

melhor.

06.02.14

06.02.14 Gastrite por H.

pylori: evolução

O doente terminou a terapêutica e

sente-se francamente melhor. Já não

sente nenhum dos sintomas iniciais e

voltou ao trabalho. No espaço de seis

meses irá realizar novamente os

exames não evasivos para ver se a H.

pylori ficou completamente

erradicada.

Tabela 13 – Entrevistas Sucessivas

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2. CONCLUSÃO

Com a realização deste trabalho ficou provado que o seguimento farmacoterapêutico

através do Método Dádder é um procedimento prático que tem como objetivo identificar,

resolver, prevenir de forma simples os resultados negativos da medicação quer sejam

manifestados ou não. Após deteção de problemas relacionados com a determinação de um

falso diagnostico inicial conclui-se que o seguimento farmacêutico permitiu melhorar o uso

dos medicamentos e a adesão à terapêutica do doente através da intervenção contínua do

técnico de farmácia, que o alertou e encaminhou na sua visita ao médico.

Este trabalho permitiu-me apreender conhecimentos sobre seguimento

farmacoterapêutico, sendo uma mais-valia para a minha profissão e uma grande aprendizagem

para aplicar na minha vida enquanto técnico de farmácia.

Contudo, também existiram algumas limitações, sendo as principais a dificuldade em

conciliar a minha disponibilidade com a do paciente, bem como, o tempo de contacto que

muitas vezes era diminuto

O profissional de farmácia, nomeadamente, o técnico de farmácia, uma vez que tem

maior contacto e aproximação à população com algum problema de saúde e devido à elevada

confiança que os utentes lhe confiam, deve ter informação sobre as diversas

questões/situações que lhe vão surgindo no dia-a-dia, para que desta forma possam aconselhar

corretamente e estar alerta sobre quaisquer problemas de saúde ou problemas relacionados

com a medicação, permitindo assim uma atempada ação, evitando-se problemas graves de

saúde e, como consequência, melhorando a qualidade de vida dos doentes.

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3. BIBLIOGRAFIA

1.

http://www1.ipq.pt/PT/Site/Eventos/Documents/CS09_Gestao%20da%20terapeutica_14_nov

_2013.pdf. Gestão da Terapêutica: a caminho do uso racional. [Online] 14 de novembro de

2013. [Citação: 11 de julho de 2014.]

2. http://pharmcare.pt/wp-content/uploads/file/Guia_dader.pdf. METODO DÁDER. [Online]

2009. [Citação: 10 de julho de 2014.]

3. Hernández, D., Castro, M., & Dáder, J.. Método Dáder - manual de seguimento

farmacoterapêutico. Granada : Edições Universitárias Lusófonas., 2009.

4. Santos, H., Ferreira, P., Ribeiro, P., & Cunha, I. Introdução ao Seguimento

Farmacoterapêutico. Lisboa : Grupo de Investigação em Cuidados Farmacêuticos da

Universidade Lusófona, 2007.

5. https://sites.google.com/site/imc22indicedemassacorporal/home. IMC - Índice de Massa

Corporal. [Online] 2014.

6. BIAL. BIAL - Colesterol. Web site da BIAL. [Online] julho de 2014. www.bial.com/pt.

7. Saúde, Portal da. Portugal - Portal da Saúde. Web site do Portal da Saúde. [Online] julho

de 2013. www.portaldasaude.pt.

8. wikipedia.org. Gastroenterite. http://pt.wikipedia.org/wiki/Gastroenterite. [Online] julho de

2014.

9. Infarmed. Prontuário Terapêutico Online . https://www.infarmed.pt/prontuario/index.php.

[Online] julho de 2014.

10. Jornal Português de Gastrenterologia .

http://www.scielo.oces.mctes.pt/img/pt/fbpelogp.gif. [Online] julho de 2014.