seed - paraná...pirâmide alimentar, caça palavras e o crucigrama. a análise dos dados mostra que...

23

Upload: others

Post on 10-Jul-2020

3 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO - SUED

DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS - DPPE

Ficha para Catálogo

Artigo Final

Professor PDE/2010

Título Lúdico: uma ferramenta no ensino de Ciências

Autor Rosilene Machado Corrêa Michellon

Escola de Atuação Colégio Estadual “Jardim Panorama”

Município da Escola Sarandi

Núcleo Regional de Educação Maringá

Orientador Prof. Dra. Josiane Medeiros de Mello

Instituição de Ensino Superior Universidade Estadual de Maringá

Área do Conhecimento/Disciplina Ciências

Relação Interdisciplinar

Público Alvo Alunos do 8º. Ano C

Localização Colégio Estadual Jardim Panorama

Rua Euclides da Cunha, 504 – Município de

Sarandi, PR.

Resumo: Este trabalho teve como objetivo elaborar meios didáticos, aliados à metodologia adequada, na construção de conceitos fundamentais para a compreensão dos conteúdos da disciplina de Ciências. Os dados desta pesquisa foram obtidos a partir da construção e aplicação de atividades lúdicas, com questionário semi estruturado para investigar possíveis mudanças de conceitos após a utilização dos jogos e atividades. Observou-se que o lúdico é um instrumento eficaz na aprendizagem, que garante a participação, a compreensão e o prazer do aluno em aprender e contribui para a construção do conhecimento.

Palavras-chave Aprendizagem; Ludicidade; Metodologia; Ensino.

ROSILENE MACHADO CORRÊA MICHELLON

LÚDICO: uma ferramenta no ensino de Ciências

Artigo apresentado ao Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE), da Secretaria de Estado de Educação do Paraná (SEED), em convênio com a Universidade Estadual de Maringá (UEM), como requisito para conclusão do curso na área de Ciências, sob a orientação da Professora Drª Josiane Medeiros de Mello.

Maringá

2012

LÚDICO: uma ferramenta no ensino de Ciências

Autora: Rosilene Machado Corrêa Michellon1

Orientadora: Drª Josiane Medeiros de Mello2

Resumo

Esta pesquisa objetivou investigar o efeito da aplicação de atividades lúdicas no ensino de ciências, utilizando a temática Nutrição e Sistema Digestório. Para avaliação, utilizou-se da metodologia qualitativa e quantitativa, envolvendo 30 alunos, matriculados no 8° ano, do ensino fundamental do Colégio Estadual do Jardim Panorama, no município de Sarandi, Paraná. As atividades aplicadas foram: dominó dos nutrientes, trilha do sistema digestório, pirâmide alimentar, caça palavras e o crucigrama. A análise dos dados mostra que os alunos pesquisados melhoraram a aprendizagem em geral sobre a temática abordada. O lúdico é um instrumento eficaz na melhoria da aprendizagem, pois ampliou a participação, a compreensão e o prazer do aluno em aprender, potencializando a capacidade de exploração e de construção do conhecimento. Conclui-se que houve uma considerável melhoria no conhecimento teórico e prático relacionado à alimentação correta e equilibrada, lançando luz sobre os desafios de se utilizar com mais frequencia essa ferramenta no ensino, além de ser um campo aberto às novas pesquisas e produções científicas. Palavras-Chave: Aprendizagem; Ludicidade; Jogos; Conhecimento. Abstract This study investigated the effect of recreational activities in science education, using the theme Nutrition and Digestive System. For evaluation, it was used the qualitative and quantitative methodology, involving 30 students enrolled in the 8th year of elementary school in State College Panorama Garden, the city of Sarandi, Paraná. The activities were implemented: domino nutrients, the digestive track, food pyramid, word searches and crucigrama. The data analysis shows that the students surveyed improved learning in general on the theme. The play is an effective tool in enhancing learning, for expanded participation, understanding and enjoyment of student learning, enhancing the ability of exploration and knowledge construction. It is concluded that there was a considerable improvement in theoretical and practical knowledge related to proper nutrition and balanced, shedding light on the challenges of using this tool more often in teaching, and is a field open to new scientific research and production. Keywords: Learning; Playfulness; Games; Knowledge.

1 Especialista em Didática e Metodologia do Ensino e em Administração, Supervisão e

Orientação Educacional. Graduada em Ciências Biológicas e Professora de Ciências no Colégio Estadual Jardim Panorama – Sarandi – PR. 2 Professora Doutora docente da Universidade Estadual de Maringá – UEM. Departamento de

Ciências Morfológicas – Maringá - PR.

1-Introdução

Durante o desenvolvimento do indivíduo, é comum o educando construir

seu conhecimento a partir de suas representações cotidianas, formando as

bases para a construção dos conhecimentos científicos. No processo

educacional, a ludicidade é uma temática que tem conquistado espaço por

permitir que o trabalho pedagógico dê possibilidades à produção do

conhecimento, do desenvolvimento e da aprendizagem.

De acordo com Carniatto (2002), um conhecimento superficial não dá

conta de enxergar as inter-relações existentes entre os conceitos, entre

conteúdos de uma mesma área e, ainda, não possibilita o trabalho inter e

transdisciplinar. Para a construção dos significados das palavras, existem

meios de ensino que, quando trabalhados dentro de uma metodologia

apropriada, facilitam a elaboração de conceitos, dentre eles o uso de jogos e

materiais concretos, como por exemplo, maquetes e modelos.

Atualmente o lúdico tem sido utilizado como uma ferramenta

metodológica que leva o estudante a interagir com o mundo científico, podendo

utilizar-se de instrumentos que promovam a imaginação, a exploração, a

curiosidade e o interesse. As atividades podem variar desde jogos, brinquedos,

modelos e exemplificações realizadas habitualmente pelo professor (PARANÁ,

2008).

No ensino de Ciências do Ensino Fundamental percebe-se o descaso

que os alunos demonstram durante as aulas. Muitas vezes o desinteresse

ocorre pela não compreensão do assunto abordado e a falta de relação do

conteúdo com seu cotidiano. Entende-se que inovando os métodos de ensino

aprendizagem, estas aulas seriam mais atrativas e poderiam despertar maior

interesse em desenvolver e aprimorar o conhecimento do educando. Assim, a

hipótese principal a ser testada nesta pesquisa é se o lúdico pode ser

considerado um importante aliado na relação ensino aprendizagem.

Segundo Murcia (2005), o jogo é a forma mais eficaz de se relacionar os

conteúdos, e visa melhorar o processo desta interação ensino e aprendizagem,

auxiliando os educadores na obtenção de resultados crescentes para se formar

uma mentalidade crítica e sistemática dos conteúdos. Por estar sendo utilizado

nas práticas pedagógicas, tem contribuído para que os alunos reflitam e

reelaborem o conhecimento já existente.

Portanto, esta pesquisa objetivou investigar o efeito da aplicação de

atividades lúdicas no ensino de ciências, utilizando a temática Nutrição e

Sistema Digestório, bem como o efeito que essas atividades exercem sobre a

motivação de estudantes do ensino fundamental.

2-Desenvolvimento

Os jogos e as brincadeiras estão presentes em todas as fases da vida

do ser humano. Como sugere Kishimoto (2005), quando utilizamos o jogo na

educação infantil, significa que estamos transferindo para o campo do ensino

aprendizagem, condições que potencializam a construção do conhecimento,

inserindo as características do lúdico.

O termo lúdico vem etimologicamente do vocábulo latino iocus, que

significa brincadeira, graça, diversão, frivolidade, rapidez, passatempo, já o

vocábulo ludus-i, significa o ato de jogar, o prazer da dificuldade gratuita. O

lúdico é considerado uma prática pedagógica, que segundo Murcia (2005),

quando inserido no processo ensino aprendizagem, contribui para que as aulas

sejam mais dinâmicas e atrativas.

Para Rizzo (2001), a atividade lúdica constitui-se em um importante

recurso e estímulo ao desenvolvimento integral do educando. Eles

desenvolvem a atenção, disciplina, autocontrole, respeito, regras e habilidades

relacionadas a cada tipo de jogo oferecido. Assim sendo, esta prática não só

enriquece o conhecimento científico, mas traz maior interação entre os alunos

e o professor. Na visão do autor, os jogos deveriam estar presentes todos os

dias na sala de aula.

Já Miranda (2001) enfatiza que existem várias formas de se conseguir

resultados positivos quando se utiliza o jogo didático, por exemplo, por meio da

cognição, que trabalha o desenvolvimento da inteligência e da personalidade,

aspectos estes fundamentais na construção do conhecimento. Outro objetivo

alcançado com a utilização de jogos é o afeto que desenvolve a sensibilidade e

auto-estima, estreitando laços afetivos entre os participantes. Desenvolve

também a socialização, a motivação e a criatividade. Aspectos estes, que

juntos, promovem a harmonia e principalmente despertam o indivíduo ao

conhecimento científico.

Neste sentido, considera-se que a apropriação da aprendizagem se

torna real quando se utiliza o jogo didático, que pode assumir diversas formas,

como jogos de tabuleiro, jogos de memória, dominó, entre outros, já que os

conteúdos de Ciências, muitas vezes são abstratos e de difícil compreensão

pelos educandos.

Para Vygotsky (1991), brincar tem um importante papel no

desenvolvimento do ser humano. Por meio do conceito de zona de

desenvolvimento proximal, que consiste na distância entre o que o estudante já

sabe e consegue resolver por ele mesmo e o que o estudante ainda não sabe,

mas pode vir saber com a mediação de outras pessoas, o jogo torna-se um

desafio no qual o aluno desenvolve sua capacidade intelectual e criativa. Nesse

caso, o professor tem o importante papel de ser mediador, já que cada

estudante encontra-se em nível de conhecimento diferenciado.

Na criança, as brincadeiras e jogos, ocorrem de forma espontânea e

crescem com ela até a fase adulta. Murcia (2005), afirma que o jogo faz parte

da evolução, do amadurecimento e da aprendizagem do ser humano.

Acompanha o desenvolvimento biológico, psicoemocional e espiritual do

homem. Brincar também estimula a criatividade e está associada com o

desenvolvimento e amadurecimento do indivíduo.

Kishimoto (2005) acrescenta que o uso do jogo potencializa a

exploração e a construção do conhecimento por contar com a motivação

interna típica do lúdico. Desta forma o jogo não é um fim em si mesmo, mas é

um eixo na condução do conteúdo didático específico que resulta na aquisição

de conhecimentos por meio da ação lúdica.

Para Moyles (2002), o ato de brincar oportuniza várias atividades, em

que tanto as habilidades físicas quanto as mentais podem ser praticadas.

Ainda, o lúdico se apresenta como um ingrediente indispensável no cotidiano

das pessoas e, na educação, tem função de ensinar o indivíduo, tornando-o

completo em seu saber, seus conhecimentos e sua compreensão de mundo

(KISHIMOTO, 2005).

Antunes (2003), afirma que sendo o jogo um recurso didático ele pode,

ao mesmo tempo, ensinar, aprimorar relações interpessoais e ainda causar

intensa sensação de alegria, prazer e motivação.

Partindo-se da idéia de que o jogo evolui e muda ao longo do

desenvolvimento, em função da estrutura cognitiva, Piaget (2005) propõe

quatro categorias de formas básicas deste desenvolvimento que caminharão

com o indivíduo até a fase adulta. São elas: Jogo de exercício, Jogo de

construção, Jogo Simbólico e Jogo de Regras. Este último, segundo Antunes

(2003), abriga desde brincadeiras em grupo, quanto ao uso de brinquedos que

se exploram princípios éticos e valores morais.

Assim, visando trazer orientação e subsídios para o educador, este

trabalho propõe mostrar por meio do lúdico o quanto é motivador e prazeroso

aprender Ciências, utilizando uma metodologia diferenciada e acessível ao

aluno, que segundo Campos et al, (2003), também favorece a apropriação de

conceitos e resolução de problemas atendendo as características da

adolescência.

3-Metodologia

A presente pesquisa foi realizada com alunos do Ensino Fundamental

do Colégio Estadual do “Jardim Panorama”, localizado no Jardim Panorama, no

município de Sarandi, estado do Paraná. Para avaliação, utilizou-se da

metodologia qualitativa e quantitativa, envolvendo 30 alunos, com idade entre

12 a 14 anos, matriculados no 8° ano.

As atividades foram desenvolvidas em sala de aula, biblioteca,

laboratório de informática e laboratório de ciências do Colégio. Para cada

atividade foram necessárias oito horas aulas de 50 minutos,

Explorando a temática Nutrição e Sistema Digestório foi aplicado

atividades lúdicas adaptadas à faixa etária da série em questão. Os jogos de

regras aplicados foram: “Dominó dos Nutrientes” e “Trilha do Sistema

Digestório”. Também foi feito a montagem da “Pirâmide Alimentar”, o caça

palavras e o crucigrama. As atividades foram confeccionadas pela professora,

exceto a pirâmide alimentar, que foi desenvolvida pelos alunos, com auxílio

docente.

Algumas etapas foram seguidas na aplicação das atividades lúdicas

descritas. No primeiro momento os alunos responderam o questionário sobre o

assunto que seria estudado, com o objetivo de investigar o conhecimento

prévio de cada item abordado, denominado nessa pesquisa de questionário

inicial, conforme mostra o Quadro 1.

Quadro 1: Questões pertencentes ao questionário inicial Questões Opções de respostas

1-O que você entende pela palavra Nutriente?

Um tipo de alimento;

Uma substância presente nos alimentos;

Um medicamento.

2-Você sabe de onde provém a energia utilizada pelas células para produzir outras substâncias necessárias ao nosso organismo?

Do sangue; Da água; Dos nutrientes.

3- Você sabe o que é ter uma alimentação saudável? Se sua resposta for sim, responda o que é ter uma alimentação saudável.

Sim Não

4- Quantas refeições você costuma fazer por dia?

Uma; Duas; Três; Quatro; Cinco; Seis.

5- Quantas vezes você consome frutas por dia?

Uma; Duas; Três; Nenhuma vez.

6- Em relação às frutas e verduras, você alimenta quantas vezes?

Todos os dias; Três vezes por semana; Uma vez; Nenhuma vez.

7- Para ter uma alimentação saudável, quais alimentos você considera necessário?

Alimentos enlatados; Alimentos orgânicos; Alimentos de preparo rápido.

8-Qual o percurso do alimento ao longo do sistema digestório?

Boca, faringe, laringe, traquéia e ânus; Boca, dentes, estômago, intestino reto e ânus; Boca, faringe, esôfago, estômago, intestino, reto e ânus;

9- Você já ouviu falar em bulimia e anorexia? Escreva o que entende de cada uma destas palavras.

10- Você se lembra de ter participado de aula com o uso de jogos? Caso sua resposta seja sim, conte como foi (local e data).

Sim Não

Na segunda etapa foram apresentados os conteúdos sobre Nutrientes,

destacando a importância de uma alimentação saudável e na sequencia,

apresentou-se o conteúdo sobre Sistema Digestório. As aulas foram

ministradas pela professora, nas quais utilizou como instrumento pedagógico o

livro didático, quadro de giz e cartazes.

Na terceira etapa os alunos tiveram a oportunidade de desenvolver suas

habilidades por meio da participação e realização das seguintes atividades:

jogaram “Dominó dos Nutrientes” e “Trilha do Sistema Digestório”,

responderam o “Caça-palavras”, o “Crucigrama” e com massa de modelar,

construíram alimentos com os diferentes nutrientes, montando a “Pirâmide

alimentar” em seus diferentes níveis.

Na quarta etapa, os alunos responderam o mesmo questionário aplicado

na primeira etapa desse trabalho, denominado nessa pesquisa de questionário

final. Ao questionário final foram acrescidas as seguintes questões: O que

achou de utilizar jogos nas aulas de Ciências? Utilizar os jogos permitiu

estabelecer uma maior relação com o conteúdo?

Os resultados dos questionários aplicados na turma foram estimados em

porcentagem dos respondentes para cada um dos itens. Os dados foram

analisados e compilados em Gráficos.

O encerramento do projeto ocorreu no último dia de aula do ano letivo, e,

a pedido dos alunos, foi realizado um café da manhã, colocando em prática os

conteúdos abordados.

4-Resultados e Discussões

Na análise da compreensão da palavra nutriente, observa-se pela Figura

1, que houve um ganho na aprendizagem. A definição da palavra nutriente

passou de 90 para 100% nas fases antes e após a aplicação das atividades. O

alto índice de acertos inicial atribui-se ao fato destes alunos terem tido contato

com o conteúdo na quarta série do ensino fundamental.

Figura 1 – Gráfico mostra os resultados obtidos nos questionário inicial e final para todas as respostas da questão o que você entende pela palavra Nutriente.

A Figura 2 mostra que houve uma pequena melhoria no entendimento

sobre a origem da energia utilizada pelas células para produzir outras

substâncias necessárias ao organismo humano, pois passou de 89 para 90%.

Figura 2 – Gráfico mostra os resultados obtidos no questionário inicial e final para todas as respostas da questão você sabe de onde provém a energia utilizada pelas células para produzir outras substâncias necessárias ao nosso organismo.

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Um tipo de alimento

Uma substância presente nos

alimentos

Um medicamento

Questionário inicial

Questionário final

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

Do sangue Da água Dos nutrientes

Questionário inicial

Questionário final

Este índice de respostas assertivas já na primeira etapa do trabalho está

relacionado ao fato apontado, entre outros, por Freire (1997), para o qual o

aluno não é um recipiente que está sempre vazio para ser cheio. Ao contrário,

ele mostra que tanto educador quanto educando devem ser sujeitos na

construção do conhecimento. Assim, quem ensina aprende ao ensinar e quem

aprende ensina ao aprender.

Por isso, educador e educando devem negar a passividade, aquela

postura de ser o “depósito” de conteúdos em um “recipiente vazio”. E, esse

processo fica claro não só nesta questão, mas também em outras, nas quais os

alunos revelaram altos índices de acertos já no questionário inicial.

No questionamento você sabe o que é ter uma alimentação saudável, a

maioria respondeu que sim, embora com ganho de qualidade após a

ministração das aulas, pois o número de respostas assertivas subiu de 83%

para 90% no questionário final, conforme mostra a Figura 3.

Figura 3 – Gráfico mostra os resultados obtidos nos questionário inicial e final para todas as respostas da questão você sabe o que é ter uma alimentação saudável.

Quando as respostas eram sim, com relação a ter uma alimentação

saudável, o aluno deveria descrever o que ele considera uma alimentação

saudável, observou-se que as respostas obtidas para esse questionamento

tiveram pouca variação, em ambos os questionários.

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

Sim Não

Questionário inicial

Questionário final

No questionário feito no início do processo as respostas mais

expressivas foram: “Alimentação saudável é você comer bastantes frutas,

verduras, não tomar muito refrigerante, não comer fora do horário.” (A.L.M);

“Comer frutas, alimentos com pouca gordura e açúcar, comer saladas,

verduras e carnes” (A.A.C.S); “Comer nas horas certas, comer os alimentos

certos, não comer muitas bobagens, comer frutas.” (A.C.C); “Comer frutas e

não exagerar na comida”. (B.I.I). “É você se alimentar bem e comer um pouco

de tudo e não exagerar em algumas coisas”. (C.M.F). “Uma alimentação

saudável é quando nós não comemos muitas besteiras e sim mais coisas

naturais.” (C.S.P).

É interessante observar que vários alunos repetiram as palavras “não

comer besteiras e bobeiras”, como um possível resultado da forma como os

professores e pais em geral chamam os alimentos industrializados.

Em boa medida, isso é fruto da publicidade distorcida, sem limites e sem

restrições, mesmo sobre a alimentação saudável, que na maioria das vezes,

mais fragmenta o ser humano do que ajuda na construção de uma identidade

coerente, pois se busca o lucro pelo lucro, como bem observou Villagelim et al,

(2012).

Ademais, para se obter a façanha de se vender mais, a propaganda e a

publicidade usam e abusam do imaginário, especialmente na venda do mundo

dos sonhos, no despertar de desejos, na apresentação de paisagens

fabricadas, nos apelos à beleza e tantas outras formas irreais, que nem sempre

cumpre as necessidades nutricionais e biomédicas requeridas (VILLAGELIM et

al, 2012).

Por sua vez, as respostas qualitativas feitas no questionário realizado ao

final do processo, melhoraram o padrão de compreensão e profundidade de

conhecimento, como mostra as escritas mais expressivas: “É ter uma

alimentação saudável com tudo natural”. (A.S); “Alimentação saudável é comer

frutas, cereais, nutrientes etc. tudo equilibrado”. (A.A.T.C); “Alimentação

saudável é sempre comer nas horas certas, não comer exageradamente,

comer bastantes frutas”. (A.C); “Temos que comer bastante nutrientes e ter

pelo menos 5 cores na hora de se alimentar. Devemos comer verduras,

legumes, proteínas, etc.” (C.M.F); “Comer a cada duas horas não bobageiras,

mais uma fruta, comer de forma balanceada.” (G.H); “Alimentação saudável é

comer frutas, verduras todos os dias. Ingerir nutrientes, proteínas, carboidratos,

ter uma alimentação balanceada, beber bastante água”. (J.K.S).

Pelas respostas obtidas, percebe-se que os alunos têm o conceito do

que seja uma alimentação saudável, sendo o maior desafio colocar em prática

esses conhecimentos teóricos. Cabe ao estado a formulação de políticas

públicas que colaborem neste processo.

Nesta linha, o Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional para

o Brasil, de 2012 a 2015, aprofundou vários aspectos aqui abordados, bem

como aponta para o Estado e para a sociedade civil as suas tarefas para

alcançar dois objetivos básicos: a soberania alimentar e o direito humano à

alimentação saudável, para os quais o processo educativo é fundamental.

(BRASIL, 2011).

Por outro lado, percebe-se também que mesmo quando os alunos

respondem sim, as afirmações não são totalmente corretas, pois esse é um

processo que leva tempo para ser assimilado e praticado e que também

depende de uma nova postura da sociedade nesta linha, à semelhança do que

começa a ocorrer no Brasil, especialmente com o risco de aumento gritante da

obesidade.

Em outras palavras, essas sinalizações dos adolescentes desta

pesquisa mostram que eles possuem o conhecimento adequado sobre o

padrão de alimentação saudável que tem sido divulgado e ensinado, mas que

precisa alcançar também os demais membros da família para realizar as

intervenções nutricionais rumo à alimentação adequada e à soberania

alimentar, pela qual é possível se alimentar com mais qualidade e de forma

mais simples.

Em suma, observou-se a melhoria na compreensão do tema após as

aulas seguidas de atividades lúdicas, cujas respostas sobre alimentação

saudável foram bem melhor estruturadas e com mais densidade de

conhecimento por parte dos educandos. Também se notou, além das respostas

obtidas, e pelas conversas informais com os alunos, melhorias, principalmente

na atenção à qualidade dos alimentos, caminhando-se mais para o

entendimento da importância de uma alimentação mais natural e menos

artificial.

Sobre o número de refeições diárias, observa-se que duas refeições por

dia antes era 10% e caiu para 5%; três, houve um decréscimo de 43% para

22%; quatro subiu de 24% para 39% e cinco a seis refeições diárias passaram

de 14% para 17%, conforme se observa na Figura 4.

Figura 4 – Gráfico mostra os resultados obtidos nos questionário inicial e final para as respostas da questão, quantas refeições você costuma fazer por dia.

Pode-se inferir que o número de refeições diárias muitas vezes, está

limitado pelas condições socioeconômicas das famílias, pela ausência,

especialmente da mãe em casa durante o dia, o que torna um incentivo para o

adolescente não se preocupar com o que come, e ainda, pelo fato de fazerem

uma refeição na escola às 10 horas da manhã, almoçarem ao meio dia e

fazerem o jantar às 19 horas, o que explica a tendência em torno de três a

quatro refeições diárias.

O que se busca atualmente é ensinar a população em geral, e

adolescentes em particular, sobre a importância de se ingerir de cinco a seis

pequenas porções diárias. Ou seja, mantêm-se as três refeições principais com

duas a três refeições menores em intervalos de três horas intercaladas. Esta é

uma recomendação do Ministério da Saúde, por meio do guia alimentar para a

população brasileira (BRASIL, 2006).

Também se observou melhoria na quantidade de frutas ingeridas por

dia, conforme mostra a Figura 5, pois o consumo de fruta uma vez por dia caiu

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

uma duas três quatro cinco seis

Questionário inicial

Questionário final

de 40% para 27%, elevando-se a quantidade de duas e três vezes diariamente

de 22% para 32% e de 22% para 23%, respectivamente.

Esse incremento é significativo, especialmente por tratar-se de

adolescentes, que tem disponível toda propaganda de alimentos artificiais

bombardeando-os constantemente, constituindo-se, assim, um grande desafio

para os educadores contrapor esse modelo midiático dos alimentos com baixo

teor nutricional.

Figura 5 – Gráfico mostra os resultados obtidos nos questionário inicial e final para todas as respostas da questão, quantas vezes por dia você consome frutas.

Nesta linha do consumo de alimentos mais saudáveis, pesquisou-se o

consumo de verduras e legumes nos dois momentos, nota-se aumento no

consumo diário de 34 para 37%; e três vezes por semana aumentou de 39 para

50%. Na análise do consumo de verduras e legumes 1 vez por semana, essa

porcentagem caiu de 17 para 13% e nenhuma vez por semana, foi observado

apenas no questionário inicial, conforme demonstrado na Figura 6.

De maneira geral, pode-se observar que houve melhoria no

desempenho da turma, quando aqueles que não tinham o hábito de ingerir

verduras e legumes, passaram a fazê-lo, outros aumentaram seu consumo

para uma frequencia de 3 vezes por semana e até diariamente. Além disso,

esses resultados estão próximos ao recomendado pela Agência Nacional de

Vigilância Sanitária (ANVISA, 2012), que preconiza ingerir três porções de

frutas e três porções de hortaliças por dia.

0

5

10

15

20

25

30

35

40

uma duas três nenhuma vez

Questionário inicial

Questionário final

Esses resultados mostram que atividades que envolvem os alunos de

maneira prazerosa, auxiliam no processo de educação, além de motivar e

estimular o uso de uma alimentação mais saudável. Toral et al, (2009)

perceberam a importância da participação e valorização dos educandos no

processo de construção e aplicação dos materiais educativos de caráter lúdico,

como instrumento de veiculação do conteúdo alimentação e nutrição.

Figura 6 - Gráfico mostra os resultados obtidos nos questionário inicial e final para todas as respostas da questão, consumo semanal de verduras e legumes. Ainda, fica mais evidente, que ensinar não é transferir conhecimento,

mas, sim, criar as possibilidades para a sua produção ou a sua construção.

Desse modo, Freire (1997), deixa claro que o ensino não depende

exclusivamente do professor, assim como aprendizagem não é algo apenas de

aluno, as duas atividades se explicam e se complementam; os participantes

são sujeitos e não objetos um do outro.

Por sua vez, corroborando com os itens acima, quando questionados

sobre ingestão de alimentos enlatados, de preparo rápido e orgânico, com

relação a uma alimentação saudável, as respostas mostraram melhoria no

entendimento, conforme mostra a Figura 7. Percebe-se que o consumo de

alimentos orgânicos saiu de 78 para 95%. Ou seja, o que já era bom ficou bem

melhor.

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

você se alimenta todos os

dias

uma vez por semana

três vezes por semana

nenhuma vez

Questionário inicial

Questionário final

Figura 7 - Gráfico mostra os resultados obtidos nos questionário inicial e final para todas as respostas da questão para ter uma alimentação saudável, quais alimentos você considera necessário.

Também se verificou uma melhoria considerável no entendimento do

percurso do alimento ao longo do tubo digestório, conforme mostra a Figura 8,

pois a resposta correta – boca, faringe, esôfago, estômago, intestino, reto e

ânus, de 44% subiram para 86%.

Na análise das respostas sobre os distúrbios como bulimia e anorexia,

observou-se que houve entendimento total (100%) no questionário final. Na

fase inicial, as respostas não foram claras e, ainda, 39% deixaram de

responder por desconhecer o assunto.

Sobre a definição de bulimia e anorexia, o questionário inicial mostra

respostas confusas e com pouco conhecimento: “Não sei” (A.O.R.); “São

pessoas que comem e se acham que estão gordas e ai vai vomitar” (A.C.C.);

“Bulimia é o desmaio pós vomitar. Anorexia é se ver gordo(a) sendo se está

magro(a)” (A.M.S.); “Anorexia é quando a pessoa fica fraca e perde o apetite”

(C.M.F.); “Sim, bulimia é quando a pessoa come e se acha gorda e anorexia é

quando a pessoa come e vomita” (C.S.P.); “Nunca ouvi falar” (E.C.O.). “Já ouvi,

bulimia é quando a pessoa come e vomita e anorexia é mais forte” (G.H.L.)

As respostas obtidas no questionário realizado ao final do processo

melhoraram o padrão de compreensão como mostra as escritas mais

expressivas: “Bulimia é que a pessoa come acha que está gorda e provoca o

vômito. E a anorexia é que a pessoa vai parando de comer por achar que está

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

comidas de rápido preparo;

alimentos enlatados;

alimentos orgânicos.

Questionário inicial

Questionário final

gorda”. (A.A.C.S.); “Bulimia é quando a pessoa come bastante e depois

provoca o vômito. Anorexia é quando seus ossos já estão aparecendo e ainda

vai ao espelho e fala que está gorda” (A.C.); “Bulimia, quando a pessoa está

gorda e vomita. Anorexia, quando a pessoa está magra e se acha gorda”

(B.F.I.); “Bulimia, é quando a pessoa come muito e depois fica querendo

eliminar o que comeu vomitando e anorexia, é quando a pessoa não come e

fica em regime completo e vai morrendo aos poucos” (C.M.F.); “Bulimia são

pessoas que após a alimentação, provoca o vômito e anorexia são pessoas

que se acham gordas e não come muito” (J.K.S.).

Figura 8 - Gráfico mostra os resultados obtidos nos questionário inicial e final para todas as respostas da questão qual o percurso do alimento ao longo do sistema digestório.

Apenas um aluno citou que já havia participado de aulas, na qual o

professor utilizou jogos como ferramenta de aprendizagem, os demais

afirmaram que não haviam participado de aula com esses recursos. Isso

mostra que os próprios educadores devem superar suas resistências em

relação ao uso dos jogos e reconhecer a sua importância no processo de

ensino aprendizagem.

Mas, cabe o questionamento: Se as atividades lúdicas cooperam para o

desenvolvimento e aprendizagem de professores e alunos, por que alguns

educadores resistem em adotá-las em seus planejamentos educativos? Para

Moratori (2003), essa prática não ocorre mais vezes por tratar-se de algo que

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

boca, faringe, laringe, traquéia,

intestino delgado e ânus;

boca, dentes, estomago, coração,

intestino, reto e ânus;

boca, faringe, esôfago, estômago,

intestino, reto e ânus;

Questionário inicial

Questionário final

exige certo cuidado na execução de seu planejamento, além de que os

incentivos prestados aos professores raramente fornecem os subsídios

necessários para os mesmos se adaptarem e utilizarem às novas

metodologias.

Ao questionar-se sobre o que os alunos haviam achado da utilização dos

jogos nas aulas de Ciências, a maioria respondeu que foi “muito legal,

divertido, facilitou a aprendizagem e motivou a estudar para não perder as

partidas dos jogos”.

Sobre a participação no projeto, as respostas pró-lúdico foram

animadoras, conforme segue alguns depoimentos. “As aulas foram muito

diferentes, pois quase não temos algo diferente assim. Gostei. Parabéns pela

idéia, professora” (A. M.); “Para mim foi muito bom, aprendi bastante e me

distraí” (A. C.); “Muito bom. Achei que nos incentivou a estudar e aprender

sobre o conteúdo” (A. S.); “Ótimo, por que é mais fácil de entender” (A. C. C.);

“Legal, e é bom para aprender brincando” (B. I.); “Foi ótimo, pois a professora

nos ensinou bem. Gostei de tudo, além de aprendermos, passamos mais

tempo com os amigos e aprendemos como ter uma alimentação saudável” (C.

F.).

Esses depoimentos são animadores para estimular os educadores no

uso e criação de mais jogos e atividades lúdicas, nesta árdua tarefa de

transformar vidas, em uma sociedade que precisa aprender cada vez mais a

valorizar o papel da educação no processo de desenvolvimento integral do ser

humano.

A análise dos dados mostra que os alunos pesquisados melhoraram a

aprendizagem em geral sobre a temática abordada, com a realização das

atividades lúdicas. Também, observa-se que o lúdico contribui para o aumento

da criatividade, interesse, participação e envolvimento nas aulas, além de

tornar o aprendizado mais dinâmico tanto para os alunos como para os

professores.

O encerramento do projeto ocorreu no último dia de aula do ano letivo, e,

a pedido dos alunos, realizou-se um café da manhã preparado pelos

participantes, com direito a por em prática conceitos de alimentação saudável e

equilibrada, enfatizando a importância de se ingerir de forma balanceada o

maior número de nutrientes, lembrando que esta refeição deve ser considerada

a principal refeição do dia. Em outras palavras, este foi um momento único no

qual, de forma descontraída houve interação, participação e aprendizagem, já

que os próprios alunos à medida que se serviam, expressavam prazer por

colocar na prática os conhecimentos adquiridos.

Esta pesquisa permitiu apontar, diante dos dados obtidos, que a

utilização de jogos e atividades diferenciadas em sala de aula, estimula o

desenvolvimento e a aprendizagem, além de ajudar o adolescente a consolidar

suas habilidades e destrezas. Assim, a hipótese central desta pesquisa foi

confirmada, revelando que o lúdico pode ser considerado um importante aliado

na relação ensino aprendizagem.

5-Conclusão

A melhoria, obtida nos conceitos dos alunos participantes dessa

pesquisa, nos faz considerar que o lúdico deve ser explorado com mais

frequencia no ensino, além de ser um campo aberto às novas pesquisas e

produções científicas.

Os dados mostram uma considerável melhoria no conhecimento

relacionado à alimentação correta e equilibrada. Mas, algo que talvez não

possa ser mensurado, foi a satisfação de produzir o material didático, aplicá-lo

e vivenciar a euforia e entusiasmo dos alunos no momento do jogo obtendo

resultados significativos, deixando um campo aberto às novas pesquisas e

produções.

Mas, é preciso ter-se em conta que adolescentes devem ser alvo de

políticas e programas que enfatizem a importância da adoção de alimentação

adequada e saudável para melhorar a qualidade de vida e prevenir futuros

agravos à saúde, já que é conhecida a resistência desses às modificações

alimentares.

Por último, espera-se que esta abordagem possa ir de encontro às

necessidades dos educadores que já atuam no ambiente escolar, servindo de

suporte para que suas aulas sejam permeadas de prazer, entusiasmo,

motivação e, principalmente, estimule na produção de outras atividades lúdicas

envolvendo os demais conteúdos da disciplina de Ciências.

6-Referências Bibliográficas

ANTUNES, C. O jogo e a educação infantil: falar e dizer, olhar e ver, escutar e ouvir. 15° fac. Petrópolis: Vozes, 2003.

ANVISA. Guia de bolso do consumidor saudável. Disponível em: http://www.anvisa.gov.br/alimentos/rotulos/guiadebolso.pdf> Acesso em: 05 jul. 2012.

BRASIL. Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional. Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional: 2012/2015. Brasília: MDS; Consea, 2011.

_____. Ministério da Saúde. Guia Alimentar para a população brasileira: promovendo a alimentação saudável. Série A. Normas e Manuais Técnicos. Brasília, 2006. Disponível em: http://189.28.128.100/nutricao/docs/geral/guia_alimentar_conteudo.pdf> Acesso em: 02 jul. 2012.

CAMPOS, l.M.l; BORTOLOTO, T.M.; FELICIO, A.K.C. A produção de jogos didáticos para o ensino de ciências e biologia: uma proposta para favorecer a aprendizagem. Cadernos dos Núcleos de Ensino. São Paulo, 2003.

CARNIATTO, I. A formação do sujeito professor. Cascavel: Edunioeste, 2002.

FREIRE, P. Pedagogia da autonomia. São Paulo: Paz e Terra, 1997.

KISHIMOTO, T. M. (Org.). Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. 8. ed. São Paulo: Cortez, 2005.

MIRANDA, S. No Fascínio do jogo, a alegria de aprender. Ciência Hoje, v.28, p.64-66, 2001.

MORATORI, P. B. Por que utilizar jogos educativos no processo de ensino aprendizagem? 2003, Disponível em: http://pt.scribd.com/doc/6770926/Por-Que-Utilizar-Jogos-Educativos-No-Processo-de-Ensino-Aprendizagem> Acesso em: 10 jun. 2012.

MOYLES, J. R. Só brincar? O papel do brincar na educação infantil. Porto Alegre: Artmed, 2002.

MURCIA, J. A. M. Aprendizagem através do jogo. Porto Alegre: Artmed, 2005.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Ciências para o Ensino Fundamental. Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Superintendência da Educação. Brasília: 2008.

PIAGET, J. A formação do símbolo na criança. Rio de Janeiro: Zahar editores, 2005.

RIZZO, G. Jogos Inteligentes: a construção do raciocínio na escola natural. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2001.

TORAL, N.; CONTI, M. A; SLATER, B. A. A alimentação saudável na ótica dos adolescentes: percepções e barreiras à sua implementação e características esperadas em materiais educativos. Cad. Saúde Pública, vol.25, n.11, p.2386-2394, nov. 2009.

VILLAGELIM, A. S. B.; PRADO, S. D.; FREITAS, R. F.; CARVALHO, M. C. da V. S.; CRUZ, C. O. da; KLOTZ, j.; FREIRE, G. de B. A vida não pode ser feita só de sonhos: reflexões sobre publicidade e alimentação saudável. Ciênc. saúde coletiva, vol.17, n.3, p.681-686, mar. 2012.

VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1991.