secretaria de estado da segurança pública corpo de bombeiros

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SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANÇA PÚBLICA CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DE GOIÁS COMANDO DE ENSINO BOMBEIRO MILITAR ACADEMIA BOMBEIRO MILITAR CURSO DE FORMAÇÃO DE OFICIAIS PAULO CÉSAR DE CAMPOS FILHO RADIOCOMUNICAÇÃO OPERACIONAL A importância da inserção da disciplina de comunicações no Curso de Formação de Oficiais do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás. Goiânia, 2013 PAULO CÉSAR DE CAMPOS FILHO

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SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANÇA PÚBLICACORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DE GOIÁS

COMANDO DE ENSINO BOMBEIRO MILITARACADEMIA BOMBEIRO MILITAR

CURSO DE FORMAÇÃO DE OFICIAIS

PAULO CÉSAR DE CAMPOS FILHO

RADIOCOMUNICAÇÃO OPERACIONAL

A importância da inserção da disciplina de comunicações no Curso de Formação de Oficiais

do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás.

Goiânia, 2013

PAULO CÉSAR DE CAMPOS FILHO

Page 2: secretaria de estado da segurança pública corpo de bombeiros

RADIOCOMUNICAÇÃO OPERACIONAL

A importância da inserção da disciplina de comunicações no Curso de Formação de Oficiais

do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás.

Artigo Monográfico apresentado em cumprimento àsexigências para término do Curso de Formação deOficiais sob a orientação do Prof. Cel QOC BM RRSebastião Dirlei Alves.

Goiânia, 2013

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SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANÇA PÚBLICACORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DE GOIÁS

COMANDO DE ENSINO BOMBEIRO MILITARACADEMIA BOMBEIRO MILITAR

CURSO DE FORMAÇÃO DE OFICIAIS

PAULO CÉSAR DE CAMPOS FILHO

RADIOCOMUNICAÇÃO OPERACIONAL

A importância da inserção da disciplina comunicações no Curso de Formação de Oficiais do

Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás.

Artigo Monográfico apresentado em cumprimento asexigências para término do Curso de Formação deOficiais Bombeiro sob a orientação do Prof. Cel. QOCBM RR Sebastião Dirlei Alves.

Avaliado em _____/_________/________

Nota Final: ( )_________________

_________________________________________________________________

Professor – Orientador Sebastião Dirlei Alves – Cel QOC BM RR

Goiânia, 2013

Page 4: secretaria de estado da segurança pública corpo de bombeiros

RESUMO

Este trabalho tem como objetivo principal, mostrar a importância da inserção da

matéria de comunicações no curso de Formação de Oficiais (CFO) do Corpo de Bombeiros

Militar do Estado de Goiás (CBMGO), especificamente, o conteúdo programático de

comunicação operacional – radiocomunicação, uma das linhas de ensino da disciplina;

delimitando assim o tema por ser muito abrangente, enfatizando que a falta de

conhecimentos técnicos e didáticos da disciplina de comunicações, poderá haver um

descontrole e percas na excelência do serviço prestado pela Instituição. Uma comunicação

eficaz depende da capacidade dos que enviam e dos que recebem, porém, essa capacidade

não é limitada apenas a proficiência técnica, inclui a própria habilidade de se comunicar,

isso significa que o agente público deve ser capaz de ouvir como iniciar uma mensagem,

para tanto, é necessário manter o controle emocional, manter-se calmo durante a situação

de estresse inerente aos atendimentos emergenciais. Os resultados dos questionários

aplicados aos cadetes em formação deixam clara a necessidade da inserção da cadeira de

comunicações no CFO CBMGO.

PALAVRAS-CHAVE: Comunicações, Radiocomunicação, Conhecimentos Técnicos

e Didáticos.

ABSTRACT

This work has as main goal, to show the importance of integrating the field of

communications in the course of Training Officer ( CFO ) of the Fire Department of the

Military State of Goiás ( CBMGO ), specifically, the curriculum operational communication -

radio, one the lines of teaching the subject, thereby delimiting the topic to be very

comprehensive, emphasizing that the lack of technical knowledge and teaching the discipline

of communication, there may be a lack of control and lose the excellence of the service

provided by Fireman Military Institution. Effective communication depends on the ability of

sending and receiving, however, this ability is not limited only to technical proficiency,

including their own ability to communicate, it means that the public officer should be able to

start listening to a message, therefore, it is necessary to maintain emotional control, remain

calm during stressful situation inherent in emergency care. The results of questionnaires

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administered to cadets in training make clear the need to insert the communications chair

CFO CBMGO.

KEYWORDS: Communications, Radio Communication, Technical Knowledge and

Teaching.

1. INTRODUÇÃO

Dentro das atribuições do Corpo de Bombeiro Militar - ligado à execução de

atividades de defesa civil, prevenção, combate a incêndios, buscas, salvamentos e resgates

- a comunicação operacional representa a base das atividades de bombeiros, pois regulam

o comando em todos os escalões, propiciando agilidade, flexibilidade e segurança frente às

anomalias, permitindo a continuidade das operações, possibilitando que mensagens fluam

durante o atendimento de sinistros, porém, apesar da tecnologia dispor de meios cada vez

mais avançados, esse desafio cresce frente à complexidade das situações emergenciais,

onde a coordenação das equipes de socorro em ambientes adversos exige treinamento e

conhecimento dos fundamentos para o exercício da comunicação.

A partir desta conexão, aduz que a radiocomunicação, como uma ponta de um

iceberg que são a comunicações em geral, se torna imprescindível no mitie do profissional

de segurança pública no cumprimento de seu dever legal e institucional, não havendo

espaço para uma segregação da radiocomunicação em relação a este profissional.

Nesta pesquisa, busca-se evidenciar que inserção da disciplina de comunicações é

de suma importância na formação do Oficial de Bombeiro Militar, pois é uma ferramenta

primordial na condução de missões de salvamento e segurança. Esta afirmação pode ser

comprovada pela simples observação das rotinas operacionais. Para tanto, objetiva-se

nortear a pesquisa especificamente em analisar o desempenho comunicativo rotineiro das

turmas em questão; identificar as dificuldades das respectivas turmas com a ausência da

referida matéria no curso; avaliar a familiaridade das turmas em formação com o código “Q”,

alfabeto fonético internacional e o algarismo fonético e por derradeiro, propor ou não a

inserção da disciplina de comunicações no Curso de Formação de Oficiais - CFO do Corpo

de Bombeiro Militar do Estado de Goiás - CBMGO, com base nos resultados obtidos na

pesquisa.

Com base no tema Radiocomunicação Operacional, enfocado na importância da

inserção da disciplina comunicações no Curso de Formação de Oficiais do Corpo de

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Bombeiros Militar do Estado de Goiás – CBMGO, desenvolveu-se a pesquisa com uma

delimitação das opiniões dispares das 7ª e 8ª turmas em formação na Academia de

Bombeiro Militar do Estado de Goiás.

De acordo com os planos de ensinos da Academia de Bombeiro Militar dos diversos

cursos, o de Formação de Oficiais especificamente a 7ª e 8ª turmas não constam nas

ementas, a disciplina de Comunicações.

Diante da ausência didática desta matéria, buscou-se investigar cientificamente o

seguinte problema de pesquisa: Qual a real importância e necessidade da inserção da

disciplina de comunicações no plano de ensino da Academia Bombeiro Militar no Curso de

Formação de Oficiais (CFO) do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás (CBMGO)?

Sendo as comunicações à base das atividades de bombeiros, bem como o meio de

interação mais frequente com sociedade, obviamente, o ente público, tem por obrigação,

dispor de todos os meios necessários na elaboração do planejamento, execução, verificação

e ajustes das ações do seu sistema de atendimento ao público interno e externo.

Neste sentido, fundamenta-se que o Cadete em formação tenha conhecimento das

regras básicas de exploração dos equipamentos de comunicações, de modo a aperfeiçoar a

utilização desta ferramenta, pois é o meio mais frequente utilizado na ligação entre a

sociedade, o atendente, o socorrista e a cadeia de comando.

Se esta assertiva é verdadeira, então existe uma hipótese de que a inserção da

disciplina de comunicações proporcionaria uma maior eficiência, eficácia e celeridade aos

trabalhos diários com uma melhor efetividade, dando ao futuro oficial, conhecimentos

técnicos e táticos com cientificidade acadêmica, podendo implementar ou corrigir possíveis

falhas encontradas na comunicação operacional da tropa ordinária ou especializada,

especificamente a radiocomunicação.

Busca-se neste trabalho, entender porque futuros oficiais de uma instituição com

nível conceitual da sociedade brasileira elevadíssimo são excluídos do conhecimento

didático da disciplina de comunicações.

Caminhando por esta seara de proporções infinitas que é o meio de comunicação,

vislumbra-se timidamente uma provável inserção da matéria no Curso de Formação de

Oficias Bombeiro Militar, traçando assim objetivos na construção desta pesquisa, realizando

uma avaliação - sem muita profundidade por questões acadêmica temporal - da efetividade

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da inserção da disciplina de comunicações; fins mensurar quantitativa e qualitativamente o

assunto em voga.

Norteia-se esta pesquisa na capacitação técnica da comunicação operacional dos

futuros oficiais em formação, correlacionando-os às atividades de bombeiro militar, pois a

comunicação operativa é um dos vieses que facilitam o comando escalonado em operações

emergenciais.

2. REVISÃO LITERÁRIA

2.1. GÊNESE DA COMUNICAÇÃO

A comunicação enquanto processo, é a transmissão de informação, ideia, emoção,

habilidades, etc., pelo uso de símbolos, palavras, imagens, números, gráficos, etc. É o ato

de transmissão que usualmente se designa como comunicação. (LITTLEJOHN, 1982).

Destarte, afere-se que a comunicação faz com que o homem interage com o seu

semelhante na transmissão de seus pensamentos e ideias, sentindo-se a necessidade de

estabelecer formas e meios de se relacionarem, organizando-se em pequenos grupos,

comunicando-se através de gestos; com seu desenvolvimento, começou a dominar a arte de

transmitir sons articulados.

Como a sociedade antiga era pequena, as palavras eram um meio eficaz de

comunicação; com o passar do tempo, os povos descobriram os instrumentos como meio de

se comunicarem, através de chifres, tambores, conchas, gravuras, sinais de fumaça, etc.

Na obra intitulada O Livro de Ouro da Comunicação, relata que houve um tempo em

que a comunicação à longa distância era o som da voz humana ecoando pelos vales, e a

tecnologia mais avançadas significava um jeito melhor de lascar a pedra. O mundo, por mais

vasto que fosse, acabava no horizonte, onde a vista alcançava. Outras formas de

comunicação foram importantes para o desenvolvimento da cultura, como o gesto, o

desenho, a comunicação visual e a escrita, porém, na visão da historiadora, a linguagem

oral foi a aquisição mais valiosa de toda a humanidade (GONTIJO, 2004).

Os meios de comunicações sofrem constantes e acelerados modificações

tecnológicas, com informações em tempo real, a distância entre as pessoas era o principal

obstáculo à comunicação oral, por muitos anos, os sinais visuais serviram como principal

meio de comunicação a distâncias. O exemplo mais expressivo é o sistema de faróis que

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orientava os navegantes. Na metade do século XIX, o pintor e físico norte-americano

Samuel Morse desenvolveu um código para telégrafos elétricos dando início à exploração

comercial de uma descoberta tecnológica que inaugurou a era das telecomunicações por

ondas eletromagnéticas, (GONTIJO, 2004).

Na apostila de Eletrônica Industrial de Telecomunicações – ENSITEC (2000), ensina

que a comunicação surge da necessidade do homem encurtar as distâncias, rompendo

desta maneira, um obstáculo à comunicação em grandes distâncias, sendo a comunicação

inata ao homem e é graças a esta virtude, ao seu raciocínio e ao seu dinamismo que ele

atinge o progresso. A história das Telecomunicações nasce quando o homem sente a

necessidade de expressar o seu pensamento a um semelhante; e isto ele faz através da

mímica, da palavra e da grafia, porém, a distância é um obstáculo a uma comunicação,

principalmente quando se usam os processos naturais. O progresso do mundo tecnológico

e a necessidade de comunicar-se a grandes distâncias exigiram do homem uma solução

que buscasse os anseios de todos os setores de atividade onde as comunicações se

fizessem necessárias. A solução técnica do problema surgiu então com o invento da

telegrafia, da comunicação via rádio e, finalmente, da telefonia.

2.2. A COMUNICAÇÃO NO BRASIL

Entre 1852 ano da inauguração da primeira linha de telegrafo elétrico no Brasil

ligando o palácio da Quinta da Boa Vista ao quartel da Polícia e 1870 quando o inglês

Charles Bright recebeu autorização do Imperador para instalar e operar linhas que ligariam o

norte ao sul do Brasil, todas as iniciativas de instalação de telégrafos permaneceram nas

mãos do governo. Sob o pretexto de expandir o serviço de telegrafia, que dependia do

lançamento de cabos submarinos e consequentemente de investimentos pesados e novas

tecnologias; o poder público lançou mão de concessões de exploração, porém, manteve a

propriedade das linhas de transmissão (SOUZA, 2011).

Em relação à telefonia, as iniciativas de exploração experimentaram maior liberdade.

Em 1879, três anos após a invenção do telefone, a empresa americana Bell Telephone Co,

recebeu concessão para construir e operar linhas na capital do Império. Durante os anos

que se seguiram, apesar da importância comercial, o Império apenas exerceu o poder

normativo sobre a rede, que por definição legal, era de fato, sua propriedade. A telegrafia no

Brasil, no entanto, desenvolveu-se sobre marcos regulatórios que se alternavam. Ora o

governo monopolizava a construção e a manutenção das linhas para explorar diretamente

os serviços através de seus órgãos, ora terceirizava a exploração através de concessões,

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principalmente quando os investimentos necessários superavam a capacidade do Império

(SOUZA, 2011).

No livro que relata a história da Empresa Brasileira de Telecomunicações –

EMBRATEL (1998), diz que a Constituição de 1891, foi o principal responsável pela

emergência de um conjunto de medidas referentes à área de telecomunicações, cujo traço

comum era a atuação do setor privado em mercados fragmentados. As unidades da

federação passaram a dispor de políticas próprias para as telecomunicações e muitos

estados reproduziram este espírito descentralizador para os municípios.

Após a descentralização política com a Constituição do Brasil de 1891, o país

começou um crescimento acelerado na área das telecomunicações.

2.2.1. LEGISLAÇÃO E REGULAMETO

Em 16 de Julho de 1997 o Presidente da República sancionou a Lei nº 9.472, Lei

Geral de Telecomunicações, a qual dispõe sobre a organização dos serviços de

telecomunicações; a criação desta lei disciplina o funcionamento como órgão regulador e

outros aspectos institucionais, instruindo os meios de comunicação, sendo que no artigo

158, reza que as atribuições de faixas segundo tratados e acordos internacionais, deverá a

agência manter plano com a atribuição, distribuição e destinação de radiofrequências, com

detalhamento necessário ao uso das radiofrequências associadas aos diversos serviços e

atividades de telecomunicações. Atendidas suas necessidades específicas e as de suas

expansões, encontra-se no parágrafo primeiro da lei, que o plano destinará faixa de

radiofrequência para fins exclusivamente militares; serviços de telecomunicações a serem

prestados em regime público e em regime privado; serviços de radiodifusão; serviços de

emergência e de segurança pública e outras atividades de telecomunicações.

2.3. COMUNICAÇÃO OPERACIONAL

No Manual de Instrução de Comunicação Operacional do Centro Integrado de

Operações de Segurança Publica de Mato Grosso – CIOSP/MT (2011), encontramos as

seguintes definições abaixo:

Comunicação Operacional: É a correta utilização dos procedimentos e

equipamentos de comunicação, permitindo o fluxo de mensagens desde a solicitação de

emergência ao Centro de Comunicação até o retorno das viaturas a Unidade de Bombeiros.

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Bandas de Frequências: São utilizadas em radiocomunicação no Brasil e se

enquadram nos espectros eletromagnéticos em faixas de rádios de HF\SSB, VHF\FM banda

baixa, VFH\FM banda alta e UHF\FM, bem como em faixa UHF\FM Fullduplex– Sistema

Trunking e Celulares.

Rádio: É um transceptor que recebe e transmite a voz dos operadores. É composto

essencialmente de um transmissor que gera energia sob a forma de radiofrequência (ondas

eletromagnética), de um receptor que converte as ondas de rádio em sinais audíveis, de um

sistema adequado de antenas e de uma fonte de energia elétrica. O rádio possibilita que a

voz seja convertida em sinais e transportada pelas ondas eletromagnéticas até outro rádio;

Estação Fixa: Equipamento instalado em uma edificação, ligada à energia elétrica.

Sua antena é posicionada em local alto, sendo ideal a instalação em cima de uma torre. Na

falta de energia elétrica, pode ser ligado a uma bateria, que fornece alimentação até o

retorno das condições normais. A estação fixa é identificada pelo nome da localidade onde

está situada, por siglas ou por números.

Estação Móvel: Instalada em veículos, obtém energia da bateria do automóvel. A

estação móvel é identificada pelo cadastro operacional da viatura.

Estação Portátil: Transportável pelo Policial ou Bombeiro, alimenta-se com energia

de bateria recarregável, incorporada ao equipamento. A estação portátil é identificada por

códigos predeterminados.

Rede Rádio: O conjunto de estações funcionando em uma mesma frequência ou

grupo de frequências é denominado rede de rádio, isto é, um conjunto formado por estações

que estão no mesmo “canal” ou faixa de comunicação.

2.4. RADIOCOMUNICAÇÃO

Das diversas formas de comunicação existentes da atualidade, o rádio é o mais

versátil meio de comunicação desenvolvido pelo homem em situações normais ou

emergências.

A opção pelo rádio ocorreu há muitos anos, certamente em razão dos baixos custos,

considerando-se, todavia, as características no parágrafo posterior mencionadas, pois o

telefone convencional traz a limitação de transmitir mensagens apenas de um ponto fixo a

outro e o telégrafo, traz o inconveniente da necessidade de codificação e decodificação de

sinais. A comunicação é uma ferramenta primordial na condução de missões de salvamento

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e segurança. Esta afirmação pode ser comprovada pela simples observação das rotinas

operacionais. Uma equipe de campo ou um grupo de especialistas podem ser acionados

através da telecomunicação, sem a necessidade de que estejam em uma base fixa,

estabelecendo um canal de comunicação seguro e estável entre o local da operação e um

centro de comando. Em situações de desastre ou incidente de segurança uma informação

oportuna pode salvar vidas e evitar riscos comuns profissionais (SOUZA, 2011).

Segundo SOUZA (2011), o uso da radiocomunicação para a transmissão de

informações deve obedecer a uma padronização, não só em termos de formatação física,

mas também, em aspectos básicos ligados à segurança e à transcrição do seu conteúdo.

Em legislação do emprego das comunicações do Exército Brasileiro, no MANUAL DE

CAMPANHA (1997), constam 12 (doze) princípios de emprego das comunicações;

interessante se faz abordar alguns destes princípios na busca de uma melhor efetividade na

utilização da comunicação operacional.

Tempo integral - O sistema de comunicações opera durante as vinte e quatro horas

do dia a fim de cumprir sua finalidade. Se assim não acontecer, o apoio de comunicações

torna-se insuficiente e falho.

Integração - Um sistema de comunicações de determinado escalão não é isolado;

faz parte do sistema de comunicações do escalão superior e abrange os sistemas dos

escalões subordinados.

Confiabilidade - A confiabilidade de um sistema de comunicações deve ser

assegurada e protegida.

Emprego centralizado - A concentração dos meios em centros e eixos de

comunicações permite um melhor aproveitamento dos mesmos. A capacidade de apoio de

um sistema integrado é maior que a soma das capacidades de seus elementos

componentes, quando operando independentemente.

Prioridade - A instalação de um sistema de comunicações faz-se progressivamente,

iniciando-se com as ligações que merecem prioridade mais elevada, isto é, aquelas

consideradas essenciais ao exercício do comando e a conduta das operações.

Além dos princípios citados, o emprego das comunicações deve atender a outros

comuns a qualquer planejamento, tais como, economia de meios, simplicidade e etc.

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Em relação a exploração em radiotelefonia do Exército Brasileiro, em seu MANUAL

DE CAMPANHA (1995), destaca-se alguns procedimentos de operacionalização da

radiocomunicação, com a finalidade de melhorar a comunicação, na medida em que os

radioperadores passarem a adotar alguns procedimentos básicos, dos quais destacamos

alguns, fins adequarmos a nossa realidade: “escutar antes de transmitir, a fim de evitar

interferência nas transmissões de outros postos; transmitir os indicativos de chamada com

clareza e exatidão; transmitir na cadência do operador mais lento da rede; manter-se alerta

para as chamadas de rede e de outros postos e atender prontamente a qualquer chamada

que exija resposta e continuar operando mesmo que a clareza e intensidade do sinal

estejam aquém do desejável”.

A utilização inadequada da rede rádio causa transtornos desnecessários ao serviço

operacional das unidades, devendo haver uma disciplina na comunicação por parte dos

operadores.

2.4.1. REGRAS BÁSICAS NA UTILIZAÇÃO DA REDE RÁDIO

Em consulta a apostila de instrução de Comunicação Operacional do Centro

Integrado de Operações de Segurança Pública – CIOSP/MT (2011), pertencente a

Secretaria Estadual de Segurança Pública do Estado de Mato Grosso – SESP/MT;

destacam-se algumas atribuições de como o operador de Radiocomunicação deve observar

algumas regras para utilização da rede rádio, tais como:

a) A fim de evitar interferência na transmissão de outrem, o operador deve escutar

por algum tempo, antes de iniciar uma transmissão, isto é, certificar-se de que a frequência

ou canal esta livre e desocupado. (devendo observar o LED);

b) Fazer a transmissão tão breve quanto possível, com o máximo de abreviações

possíveis (uso do código Q);

c) Ocupar a frequência ou canal por um mínimo de tempo possível;

d) Ser muito claro e preciso nas transmissões dos indicativos de chamadas;

e) A transmissão deve ser cadenciada, facilitando o entendimento do operador de

rede, garantindo o recebimento da mensagem;

f) Somente usar a rede de rádio para assuntos de serviço;

g) Responder prontamente a qualquer chamado;

h) A maneira como o radio operador expressa no rádio, representa a qualidade da

Instituição;

i) Não confie somente em sua memória, comunicados importantes devem ser

anotados e afixados em local visível;

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j) O radio operador que repassa informações de localização, devendo ao lidar com

endereços, pedir referências do local ou rua próxima mais conhecida. Referência é

fundamental para andamento rápido da situação;

k) Ao coletar informações não se esqueça das três palavras: Onde, Quando, Por

que. Exemplo: Onde foi o acidente, quando, causas e envolvidos;

l) Não se esqueça de anotar nomes, se possível sobrenome, de solicitantes;

m) Fale em tonalidade normal. Lembre-se que o aumento da tonalidade de sua voz

em nada contribui para aumentar o alcance de sua transmissão.

2.4.2. PRECEDÊNCIA DE TRANSMISSÃO

Segundo consta na apostila de instrução da comunicação operacional do CIOSP/MT

(2011); existe uma hierarquia entre as mensagens, recebendo uma classificação de

precedência na transmissão de acordo com o seu grau de urgência, tal classificação é dada

pelo próprio emissor da mensagem e se classificam da seguinte maneira:

Urgentíssima “UU”: tem precedência sobre todas as demais mensagens,

provocando inclusive a interrupção de processamento e transmissão de todas as demais

mensagens. É usada em casos muito especiais, naquelas ocorrências de grande

envergadura e que necessita de apoio imediato de todas as demais viaturas e bombeiros

que estejam disponíveis no momento.

Urgente “U”: tem precedência sobre as de precedência mais baixa e interrompe a

transmissão das mesmas, se necessário. Como exemplo as mensagens que anunciam

acometimento agressivo a ordem.

Prioridade: é a precedência maior das administrativas. São processados e

transmitidos na ordem em que são expedidos, como exemplo, os assuntos relativos ao

movimento de tropas.

Rotina – Reservada a todos os tipos de mensagens cuja importância não justifique

precedência elevada.

2.4.3 PRONÚNCIA DE LETRAS E ALGARISMOS

No Manual de Campanha C 24-9 (1995), diz que a pronúncia de letras e algarismos

em radiotelefonia deve seguir determinadas regras, a fim de evitar erros e confusões que

aumentam o tempo total de transmissão e, em consequência a exposição à GE inimiga. Tais

regras consistem no emprego do alfabeto e dos algarismos fonéticos.

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Neste manual traz os elementos básicos para a exploração da radiotelefonia, os

quais são também utilizados na rede rádio das forças auxiliares e pelos serviços de rádio

amadores civis. O alfabeto fonético e o código “Q” são conhecidos e utilizados

internacionalmente, já os algarismos fonéticos são exploração especifica do Brasil, desta

forma, a familiaridade dos cadetes com estas pronuncia corretamente, se torna importante

no seu processo de formação acadêmica.

2.4.3.1 ALFABETO INTERNACIONAL FONÉTICO

Ainda, de acordo com o Manual de Campanha C 24-9 (1995), O alfabeto fonético

utilizado na exploração é internacional e seu uso está consagrado pelas Forças Armadas. A

parte em negrito das palavras corresponde à sílaba tônica das mesmas, isto é, à sílaba que

deve ser pronunciada com maior inflexão de voz, com exemplo a letra “A” , pronuncia-se daseguinte forma: AL – FA.

2.4.3.2. ALGARISMOS FONÉTICOS

Encontramos também no mesmo Manual de Campanha C 24-9 (1995), a afirmação

de que os algarismos fonéticos utilizados na exploração radiofônica são específicos de

nosso País e seu uso é obrigatório para a Força Terrestre, como também já o é para a

Aviação Civil e Militar, quando sobrevoando o BRASIL. A parte em negrito corresponde à

sílaba tônica do algarismo fonético, com exemplo o número “1” e “2”, pelas forças armadas,

pronunciam-se da seguinte forma: U – NO, DÔ – IS , respectivamente, mas pelas forças

estaduais, os mesmos números são pronunciados como números ordinais, ou seja: primeiro

e segundo sucessivamente.

Quando se depara com dois ou mais números ou letras idênticas e sequenciais, na

pronuncia das forças estaduais, utiliza-se a seguinte forma especial:

duas vezes: → dobrado; três vezes: → ao triplo; quatro vezes: → ao

quádruplo

Exemplo: KKK 1500 → kilo ao triplo – primeiro – quinto - negativo dobrado

2.4.3.3. CÓDIGO “Q”

No mesmo Manual C 24-9 (1995) do Exército Brasileiro, encontra-se o Código Civil

Internacional Q - Abreviadamente Código Q – foi aprovado na Convenção Internacional de

Telecomunicações em 1959, em GENEBRA, da qual o Brasil foi um dos países signatários.

Page 15: secretaria de estado da segurança pública corpo de bombeiros

É usado no meio civil e no meio militar, sendo que, neste último, com algumas restrições.

Basicamente, a utilização fonética do código “Q”, visa simplificar as comunicações,

proporcionando maior rapidez na exploração do equipamento.

2.5. AUSÊNCIA DA DISCIPLINA DE COMUNICAÇÕES NO CURSO DE FORMAÇÃO DE

OFICIAIS

A lei nº 14.383/2002 introduziu modificações na estrutura organizacional básica do

Poder Executivo, passando a chamar Reforma Administrativa do Estado de Goiás.

Dentre estas medidas, foram extintas a Diretoria de Ensino Instrução e Pesquisa e a

Academia de Polícia Militar, a Superintendência da Academia de Polícia Civil e o Centro

Tecnológico de Ensino do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás. Esta lei também

previu a criação da Superintendência da Academia Estadual de Segurança Pública, que é a

responsável pela formação, orientação, capacitação e aperfeiçoamento dos integrantes da

Polícia Militar, Corpo de Bombeiros Militar, Polícia Civil e do pessoal da Segurança

Penitenciária. O aluno-oficial/cadete destas instituições deve estar habilitado a exercer o

oficialato e atividades de comando.

Com advento da criação da Academia de Bombeiro Militar do Estado de Goiás, se

tornando parte integrante do Organograma Geral do CBMGO, passando a ser responsável

por várias seções, como pode-se destacar a Seção de Capacitação, Doutrina e Pesquisa –

SECAP, Seção Técnica de Ensino – STE, Escola de Formação e Aperfeiçoamento de

Oficiais – EsFAO e também pela Escola de Formação e Aperfeiçoamento de Praças –

EsFAP; sendo a ABM do CBMGO uma Instituição, com o sagrado mister na qualidade da

qualificação dos integrantes da corporação.

Observa que nos planos de ensinos dos cursos da ABM, encontra inserida a

disciplina de comunicações nos cursos de Formação de Praças – CFP e o Curso

Atendimento Operacional de Bombeiros – CAOB destinado ao Curso de Aperfeiçoamento

de Sargentos – CAS, sendo que na grade curricular do Curso de Formação de Oficiais,

especificamente a 7ª e 8ª turmas, 3ª ano e 2ª ano respectivamente, não está inserido a

disciplina de comunicações, nem tampouco a radiocomunicação, parte importantíssima em

uma operação.

O Corpo de Bombeio Militar do Estado de Goiás – CBMGO, encontra-se em fase de

implantação do Sistema de Comando de Incidentes – SCI, e para nortear as ações do

Page 16: secretaria de estado da segurança pública corpo de bombeiros

Sistema de Comando de Incidentes – SCI, o Manual do SCI (2011), adotou 09 (nove)

princípios que permitem assegurar o deslanche rápido, coordenado e efetivo dos recursos,

minimizando a alteração das políticas e dos procedimentos operacionais próprios das

instituições envolvidas, sendo que destes nove princípios, 02 (dois) referem-se a área de

comunicação operacional, a saber:

Terminologia comum: Durante a resposta ao incidente, não podemos nos dar ao

luxo de tentar aprender novos termos, por isso, se não temos uma linguagem única, a

confusão se instala. Adotam-se, portanto, nomes comuns para os recursos e as instalações,

funções e níveis do Sistema Organizacional, padronizando-se a terminologia;

Comunicações integradas: Na estrutura do SCI, as comunicações são

estabelecidas em um único plano, no qual é utilizada a mesma terminologia, os canais e

frequências são comuns ou interconectados e as redes de comunicação são estabelecidas

dependendo do tamanho e complexidade do incidente. É indispensável que o SCI processe

um Plano de Comunicações que deverá prever uma série de condições operacionais,

administrativas e outras que forem necessárias, como: quem falará com quem, como,

quando, por meio de que, etc. O plano também deve prever o estabelecimento de diferentes

redes de comunicação para evitar um congestionamento de transmissões, que findam por

atrapalhar o bom desenvolvimento da resposta ao incidente.

3. METODOLOGIA

Em busca de resultados científicos da importância ou não da inserção da disciplina

de comunicações, vislumbramos pesquisar através de um estudo de caso, os cadetes do 2º

e 3º anos respectivamente 7ª e 8ª turmas em formação na Academia Bombeiro Militar do

Estado de Goiás, trabalhou-se com uma pesquisa envolvendo teorias de comunicações,

comunicação operacional e radiocomunicação. Tentou-se buscar informações documentais

da existência da matéria no plano de ensino de cursos anteriores, encontrando-se em

alguns cursos, principalmente nos cursos de praças.

Realizou-se pesquisa nos meses de agosto, setembro e outubro do ano de 2013,

sendo aplicados os questionários no dia 26 de setembro de 2013 na Academia de Bombeiro

Militar, sendo o público alvo 100% dos cadetes da 7ª e 8ª turmas em formação.

Devo ressaltar que a pesquisa foi realizada somente no conhecimento geral do

cadete da disciplina de comunicações, afunilando-se tão somente no conhecimento

Page 17: secretaria de estado da segurança pública corpo de bombeiros

genérico, sendo mais especificado o conhecimento da radiocomunicação operacional, ou

seja, não foram exploradas as demais comunicações sonoras, escrita, audiovisual,

multimídia, não verbal, etc, ficando esta diversidade e outros tipos de comunicações a

serem pesquisadas futuramente.

Demonstrado na revisão bibliográfica que a comunicação é de suma importância

para a atividade Bombeiro Militar, buscou-se saber dos entrevistados o grau de

conhecimento em relação à disciplina, bem como a importância do conhecimento técnico

para a profissão, fins concluirmos se realmente há ou não necessidade da inserção da

disciplina de comunicação no curso de oficiais.

Fundamentou a pesquisa na legislação vigente, obras literárias, internet, manuais de

comunicação operacional, apostilas de cursos de comunicações, radiocomunicações, plano

de ensino e demais documentos acadêmicos disponíveis na Academia de Bombeiro Militar

do Estado de Goiás.

Utilizou-se para tanto, procedimentos metodológicos dedutivo, realizando a pesquisa

de forma exploratória e qualitativa, sendo os dados coletados em documentos, bibliografias

e questionários.

De posse das informações, apresentar-se-á os dados em forma de tabelas de

distribuição de frequência das respostas coletadas dos entrevistados, as quais serão

lançadas em gráficos representativos, bem como outro gráfico sócio-demográfico dos

entrevistados, havendo breves parágrafos explicativos de algumas tabelas e gráficos, devida

a limitações acadêmicas.

As análises nesta pesquisa envolvem essencialmente a distribuição de frequência,

indicando uma opinião majoritária ou dispare em relação aos itens/perguntas do

questionário.

Page 18: secretaria de estado da segurança pública corpo de bombeiros

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES DOS RESULTADOS

Os questionários foram aplicados nos cadetes em formação da 7ª e 8ª turmas do

Curso de Formação de Oficial Bombeiro Militar na Academia Bombeiro Militar do Estado de

Goiás, num total de 78 cadetes, não havendo nenhuma mortalidade amostral.

Passamos a analisar os resultados obtidos, conforme questionários aplicados, num

total de 15 perguntas com respostas objetivas, sendo aqui discutido a maioria das

respostas.

Gráfico 1 - Conhecimento do cadete à disciplina de comunicação operacional

Do rol de 78 cadetes entrevistados, 53,8% disseram não conhecerem a disciplina de

comunicações (Gráfico 1), sendo que somente 46,2% (36) disseram ter conhecimento da

disciplina; deste percentual, 81,6% (31) fizeram cursos militares de praças antes de

entrarem no curso de formação de oficiais (Tabela 1).

Tabela 1 - Didática de comunicação operacional aprendida pelo cadete em formação

Opções de Atendimento Porcentagem deResposta

Quantidade deRespondentes

Cursos militares (Soldados, cabos , sargentos eoutros) 81,6% 31

Autodidata (livros, internet, manuais, etc) 5,3% 2Empírico 7,9% 3Outro (especifique) 5,3% 2Respondeu à pergunta 38Não Respondeu à pergunta 40

Constatou-se ainda que 48,71% (38) dos cadetes em formação (Tabela 1),

disseram ter conhecimentos da disciplina de comunicação operacional, através de cursos

militares de praças (31), autodidata (2) e empiricamente (3) e de outras formas (2), ou seja,

46,2%

53,8%

Sim

Não

40,0% 45,0% 50,0% 55,0%

Page 19: secretaria de estado da segurança pública corpo de bombeiros

os futuros oficiais, não possuem conhecimentos didáticos, técnicos gerenciais em escalão

de comando da disciplina de comunicação operacional. Sendo que 81,6% do percentual

acima, possuem conhecimentos de comunicação operacional no nível de execução por

serem praças anteriormente, 5,3% autoditadas por curiosidade ou necessidade da profissão,

7,9% empiricamente e outros 5,3% em outras formas existentes de contato com a

comunicação operacional.

Nota-se que entre os dados do gráfico 1 e a tabela 1, existem divergências em

torno de 5,5% entre os números dos que disseram terem conhecimento da disciplina de

comunicação operacional e a didática aprendida, sendo que este fato não invalida a

pesquisa, por ser insignificativo em relação ao quantitativo total.

Gráfico 2 - Noção de planejamento das comunicações em operações de emergenciais

Questionados aos entrevistados a respeito do nível de conhecimento em planejar

as comunicações em operações emergenciais (Gráfico 2), levando em consideração o

aprendizado extra curso de oficiais, 56,4% classificaram o seu nível como regular e

péssimo, sendo que outros 43,5% classificaram o nível como bom e ótimo, ou seja, mais da

metade das turmas terão dificuldades em planejar e coordenar as transmissões em

operações de emergências.

Em busca de saber o conhecimento dos cadetes em relação aos códigos utilizados

na radiocomunicação, 57,69% dos entrevistados (tabela 2 em anexo), não responderam a

pergunta, subentendendo que não conhecem nenhum dos códigos mais utilizados em

radiocomunicação nacionalmente e internacionalmente, principalmente pelas forças de

segurança pública.

Outros 27,3% (tabela 2 em anexo), só conhecem um tipo de código da

radiocomunicação, aumentando ainda mais o percentual de desinformação dos cadetes.

14,1%

42,3%

39,7%

3,8%

0,0%

Péssimo

Regular

Bom

Ótimo

Excelente

0,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0%

Page 20: secretaria de estado da segurança pública corpo de bombeiros

Indagados a respeito da importância ou não da inserção da disciplina de

comunicações (Gráfico 7 em anexo), quase 3/4 dos entrevistados (73,1%) disseram ser

muito importante a inserção da disciplina no curso de formação de oficiais.

Consta na analise dos dados coletados, que os cadetes que responderam (59) à

pergunta conforme consta no Gráfico 6, foram quase unanimes em dizerem ser benéfico à

extremamente benéfico à inserção da disciplina de comunicações, chegando a um

percentual de 96,6% (57) dos entrevistados (Gráfico 6), sendo somente 3,4% (02) não

concordaram ser benéfico a inserção da disciplina de comunicações no curso.

Perguntado aos cadetes se com a implementação do Sistema de Comando de

Incidentes - SCI pelo Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás, a inserção da

disciplina de comunicações daria uma melhor eficiência e eficácia na aplicabilidade do

sistema na padronização das comunicações, obtendo respostas positiva de 79,5% dos

entrevistados (Tabela 3 em anexo), concordando com a assertiva acima.

Interpelados a respeito da importância da ferramenta comunicações na condução

de missões de salvamento e segurança, 82,1% responderam ser verdadeiro e essencial à

atividades de salvamento e segurança (Tabela 4 em anexo).

Verificou-se ainda no rol dos entrevistados, que 56,4% já eram militares antes de

ingressarem no Curso de Formação de Oficiais (Gráfico 8 em anexo), sendo que dos 78

cadetes da 7ª e 8ª turmas, somente 24,4% não pertencem ao CBMGO (Tabela 6 em anexo),

sendo oriundos de outras co-irmãs.

Em analise ainda dos dados coletados, encontra-se um percentual de 53,8%

pertencente a 7ª turma em formação neste ano (Grafico 9), ou seja, ficarão prejudicados por

não terem a disciplina de comunicações; podendo ser corrigido tal situação com a 8ª turma,

a qual irá formar no ano vindouro.

Reforça a tese da importância da inserção da disciplina de comunicações, quando

66,7% dizem que a ausência da matéria é prejudicial à extremamente prejudicial (Gráfico 11

em anexo), referindo-se a implantação do SCI.

Page 21: secretaria de estado da segurança pública corpo de bombeiros

5. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

Após exaustivo, mas gratificante pesquisa buscando fazer o melhor, obviamente

dentro das minhas limitações, o trabalho trouxe alguns resultados a serem discutidos em

outras pesquisas, pois surgiram fatos que não foram explorados por questões temporais e

acadêmicas.

Aferido a importância da inserção da disciplina de comunicações como objetivo

geral deste trabalho, observou-se que há uma clarividência nos dados coletados e

apresentado nesta pesquisa, tanto teórico como prático.

Sendo a comunicação operacional o alicerce das atividades de bombeiro, a

complexidade das situações emergências exige treinamento e conhecimento dos

fundamentos para o exercício da comunicação, não podendo um curso de formação de

futuros comandantes, serem furtados nos conhecimentos didático da disciplina.

Comunicação é uma ferramenta primordial na condução de missões de salvamento

e segurança, isto pode comprovada pela simples observação das rotinas operacional

situações de desastre ou incidente de segurança, uma informação oportuna pode salvar

vidas e evitar riscos comuns a profissionais.

Não se trata aqui de pegar um rádio, apertar a tecla e transmitir uma ordem ou

orientação simplesmente; uso de linguagem codificada tornou-se uma necessidade devido à

baixa qualidade das transmissões, o comando deve monitorar suas equipes para que usem

o rádio de acordo com os procedimentos exigidos em planejamentos prévios.

Comunicação deve ser tão concisa quanto possível ou as frequências ficarão

congestionadas e inúteis, para assegurar a concisão, a supervisão operacional deve

aprender a planejar suas transmissões, comunicações podem se perder se não forem

controladas; uma comunicação eficaz depende da capacidade dos que enviam e dos que

recebem, porém, essa capacidade não é limitada apenas a proficiência técnica, inclui a

própria habilidade de se comunicar.

O uso da radiocomunicação - delimitado neste estudo no campo das comunicações

- para a transmissão de informações deve obedecer à padronização, não só em termos de

formatação física, mas também, em aspectos básicos ligados à segurança e à transcrição

do seu conteúdo.

Page 22: secretaria de estado da segurança pública corpo de bombeiros

É fundamental que o Cadete em formação tenha conhecimento das regras básicas

de exploração do equipamento, de modo a se obter a eficiência e a eficácia na utilização da

radiocomunicação.

É inconcebível que futuros oficiais de uma instituição com nível conceitual da

sociedade brasileira elevadíssimo, não tenham conhecimento didático da disciplina de

comunicações e não conheçam os códigos de transmissão na radiocomunicação.

A questão inquietadora é que em um sistema globalizado, de avanços tecnológicos,

principalmente na área de comunicação; como pode vindouros Oficiais de Bombeiro Militar

não possuir em sua grade curricular a disciplina de comunicações; como poderá este oficial

ensinar didaticamente algo que não aprendeu? Ou como poderá corrigir possíveis falhas na

área de comunicação operacional em suas unidades, se o seu conhecimento é empírico,

autodidata ou somente em nível de execução (antigas praças)?

Destarte, após a revisão literária do conteúdo de comunicação operacional,

confrontado com o conhecimento dos cadetes em formação da 7ª e 8ª turmas, observa ser

imperativa a inserção de disciplina de comunicações no Curso de Oficiais de Bombeiro

Militar do Estado de Goiás.

Recomenda-se que a Seção Técnica de Ensino da Academia de Bombeiro Militar,

reveja o planejamento da grade curricular do Curso de Formação de Oficiais e insira a

disciplina de comunicações, fins evitarem embaraços operacionais com futuros oficiais por

desconhecerem regras básicas de radiocomunicação operacional, podendo deixar em

situações de sinistros, a sociedade, superiores, pares e subordinados em situações

embaraçosas, como já ocorreu em determinadas missões desempenhadas pelos cadetes

em que por falta de conhecimento das regras básicas relacionadas à radiocomunicação

operacional, quando se comunicavam com militares que possuíam conhecimento dos

códigos e regras, pediam para repetir a mensagem, pois não entenderam nada; disto,

despertou o meu interesse em pesquisar a respeito do tema radiocomunicação operacional.

Page 23: secretaria de estado da segurança pública corpo de bombeiros

6. REFRÊNCIAS BIBLIOGRAFICASALVES-MAZZOTTI, Judith; GEWANDSZNAJDER, Fernando. O método nas ciênciassociais; pesquisa quantitativa e qualitativa. São Paulo: Editora Pioneira, 1998.

ANDRADE, Maria Margarida de. Como preparar trabalhos para cursos de pós-graduação.São Paulo: Atlas, 1997.

BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. Lisboa: Ed. 70, 1977.

BRASIL. Lei Geral das Telecomunicações. Lei nº 9.472, de 16 de Julho de 1997.

MATO GROSSO. Centro Integrado de Segurança Pública – CIOSP. Manual de Instrução,2011.

DISTRITO FEDERAL. Manual de Sistema de Comando de Incidentes – SCI – Corpo deBombeiros Militar do Distrito Federal-CBMDF, 2011.

ESTADO DE SÃO PAULO. Coletânea de Manuais Técnicos de Bombeiros – MTB 13, 1ªEdição, 2006.

EXÉRCITO BRASILEIRO. Manual de Campanha C 11-1 - Emprego das Comunicações, 2ªEdição, 1997.

_________. Manual de Campanha C 24-9 - Exploração em Radiotelefonia, 3ª Edição, 1995.

_________. Manual de Campanha C 24-17 - Centro de Comunicações - 1ª Parte, 2ªEdição, 2001.

GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1991.

GOLDENBERG, Mirian. A arte de pesquisar: como fazer pesquisa qualitativa em ciênciassociais. Rio de Janeiro: Record, 1997.

GONTIJO, Silvana. Livro de Ouro da Comunicação. São Paulo: Ediouro, 2004.

LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de metodologiacientífica. São Paulo: Atlas, 1991.

LITTLEJOHN, Stephen W. Fundamentos teóricos da comunicação humana. Rio de Janeiro:Zahar, 1982.

MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de MetodologiaCientífica. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2010.

RICHARDSON, Robert Jarry et al. Pesquisa social: métodos e técnicas. 3. ed. São Paulo:Atlas, 1999.

SOUZA, José Luiz Povill de. Rede Brasileira de radiocomunicação: uma opção nacional /Delegado de Polícia Federal José Luiz Povill de Souza. Rio de Janeiro: ESG, 2011.

7. ANEXOS

Tabela 2 - Tipos de códigos de conhecimento do cadete

Page 24: secretaria de estado da segurança pública corpo de bombeiros

1. Alfabeto Fonético Internacional; 2. Código Civil Internacional (código “Q”);3. Algarismo Fonético Nacional.

Opções de Atendimento Porcentagem deResposta Quantidade de Respondentes

Somente o 1 3,0% 1Somente o 2 18,2% 6Somente o 3 6,1% 2Somente o 1 e o 2 12,1% 4Somente o 1 e o 3 12,1% 4Somente o 2 e o 3 9,1% 3Todos 39,4% 13Respondeu à pergunta 33Não Respondeu à pergunta 45

Tabela 3 - Eficiência e Eficácia na aplicabilidade do sistema de SCI com a inserção

Com a implementação do SCI no CBMGO, você acha que a inserção da matéria decomunicação daria uma melhor eficiência e eficácia na aplicabilidade do sistema napadronização das comunicações?

Opções de Atendimento Porcentagem de Resposta Quantidade deRespondentes

Sim 79,5% 62Não 20,5% 16Respondeu à pergunta 78Não Respondeu à pergunta 0

Gráfico 3 - Eficiência e Eficácia na aplicabilidade do sistema de SCI com a inserção

79,5%

20,5%

Sim

Não

0,0% 20,0% 40,0% 60,0% 80,0% 100,0%

Page 25: secretaria de estado da segurança pública corpo de bombeiros

Tabela 4 - Importância da Comunicação Operacional em missões de salvamento esegurança

Você entende que a comunicação operacional é uma ferramenta primordial na conduçãode missões de salvamento e segurança?

Opções de Atendimento Porcentagem de Resposta Quantidade de Respondentes

Sim 82,1% 64

Não 17,9% 14

Respondeu à pergunta 78

Não Respondeu à pergunta 0

Gráfico 4 - Importância da Comunicação Operacional em missões de salvamento esegurança

Gráfico 5 - Conhecimento dos códigos de comunicação operacional da rede rádio

82,1%

17,9%

0,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 60,0% 70,0% 80,0% 90,0%

Sim

Não

Sim

Não

0,0% 20,0% 40,0% 60,0% 80,0%

25,6%

74,4%

Page 26: secretaria de estado da segurança pública corpo de bombeiros

Gráfico 6 - Beneficio com a inserção da matéria de comunicações

Tabela 5 - Conhecimento do cadete da disciplina de comunicação operacional

Você já teve instrução da matéria de comunicação operacional?

Opções de Atendimento Porcentagem de Resposta Quantidade de Respondentes

Sim 46,2% 36

Não 53,8% 42

Respondeu à pergunta 78

Não Respondeu à pergunta 0

Gráfico 7 – Importância da inserção da matéria de comunicação operacional

3,4%

0,0%

27,1%

28,8%

40,7%

Muito pouco benéfico

Pouco benéfico

Benéfico

Bastante benéfico

Extremamente benéfico

0,0% 5,0% 10,0% 15,0% 20,0% 25,0% 30,0% 35,0% 40,0% 45,0%

0,0%

20,0%

40,0%

60,0%

80,0%

SimNão

73,1%

26,9%

Page 27: secretaria de estado da segurança pública corpo de bombeiros

Gráfico 8 - Origem social do cadete

Tabela 6 - Unidade militar de origem

Você pertence ao CBMGO?

Opções de Atendimento Porcentagem de Resposta Quantidade de Respondentes

Sim 75,6% 59

Não 24,4% 19

Respondeu à pergunta 78

Não Respondeu à pergunta 0

Gráfico 9 - Origem da turma em formação

43,6%

56,4%

Civil

Militar

0,0% 20,0% 40,0% 60,0%

Série140,0%

50,0%

60,0%

7ª Turma8ª Turma

53,8%

46,2%

7ª Turma

8ª Turma

Page 28: secretaria de estado da segurança pública corpo de bombeiros

Tabela 7 - Conhecimento básico na utilização da rede rádio

Você conhece alguma regra básica na utilização da rede rádio?

Opções de Atendimento Porcentagem de Resposta Quantidade de Respondentes

Sim 75,6% 59

Não 24,4% 19

Respondeu à pergunta 78

Não Respondeu à pergunta 0

Gráfico 10 - Nível de conhecimento de comunicação operacional

Gráfico 11 - Prejuízo da ausência da matéria com a implantação do SCI

5,1%

42,3%42,3%

6,4% 3,8%

Péssimo

Regular

Bom

Ótimo

Excelente

12,8%

20,5%

38,5%

14,1%

14,1%

Muito pouco prejudicial ao cadete

Pouco prejudicial ao cadete

Prejudicial ao cadete

Bastante prejudicial ao cadete

Extremamente prejudicial ao cadete

0,0%5,0%10,0%15,0%20,0%25,0%30,0%35,0%40,0%45,0%

Page 29: secretaria de estado da segurança pública corpo de bombeiros

Tabela 8 - Noção de planejamento de transmissões em operações de emergenciaisA comunicação deve ser tão concisa quanto possível, caso contrário, as frequênciasficarão congestionadas e inúteis, para tanto, o oficial responsável deve aprender a planejarsuas transmissões. Qual o seu nível de conhecimento no planejamento de transmissõesem operações de emergências?Opções de Atendimento Porcentagem de Resposta Quantidade de RespondentesPéssimo 14,1% 11Regular 42,3% 33Bom 39,7% 31Ótimo 3,8% 3Excelente 0,0% 0Respondeu à pergunta 78Não Respondeu à pergunta 0

Tabela 09 - Algarismos Fonéticos NacionalALGARISMOS

NUMÉRICOS

PRONUNCIA DO EXÉRCITO

MANUAL C 24-9

PRONUNCIA

FORÇAS ESTADUAIS

1

2

3

4

5

6

7

8

9

0

U - NO

DÔ - IS

TRÊS

QÜA - TRO

CIN - CO

MÊI - A

SÈ - TÊ

ÔI - TÔ

NÓ - VÊ

ZÉ - RÔ

PRIMEIRO

SEGUNDO

TERCEIRO

QUARTO

QUINTO

SEXTO

SÉTIMO

OITAVO

NONO

NEGATIVO

Page 30: secretaria de estado da segurança pública corpo de bombeiros

Tabela 10 - Alfabeto Internacional FonéticoLETRA ESCRITA PRONUNCIA

A ALPHA (AL-FA)

B BRAVO (BRA-VO)

C CHARLIE (CHAR-LIE)

D DELTA (DEL-TA)

E ECHO (E-CO)

F FOXTROT (FOX-TROT)

G GOLF (GOLF)

H HOTEL (HO-TEL)

I INDIA (IN-DIA)

J JULIET (DJU-LI-ET)

K KILO (QUI-LO)

L LIMA (LI-MA)

M MAIQUE (MAI-QUE)

N NOVEMBER (NO-VEM-BER)

O OSCAR (OS-CAR)

P PAPA (PA-PA)

Q QUEBEC (QUE-BEC)

R ROMEU (RO-MEU)

S SIERRA (SIER-RA)

T TANGO (TAN-GO)

U UNIFORM (IU-NI-FORM)

V VICTOR (VIC-TOR)

W WHISKEY (UIS-QUEI)

X X-RAY (ECS-RAY) (XIN-GU)

Y YANKEE (IAN-QUI)

Z ZULU (ZU-LU)

Page 31: secretaria de estado da segurança pública corpo de bombeiros

Tabela 11 - Códigos “Q” mais utilizadosCÓDIGO SIGNIFICADO

QRA Nome do operador

QSAIntensidade dos sinais ( 5/1 - Apenas perceptível, 5/2 - Muito fraco, 5/3 -Regular, 5/4 - Bom, 5/5 - Ótimo)

QRM Interferência de outra estação

QRN Interferência Estática ou atmosférica

QRT Parar de transmitir

QRU Novidade

QAP Na escuta

QRV Pronto para receber

QRX Espere, aguarde um momento.

QSJ Dinheiro

QSL Entendido

QSO Contato direto entre duas estações

QSP Ponte entre duas estações, contato indireto

QTF Telefone

QTA Ultima forma

QTC Mensagem

QTH Endereço

QTI Localização

QTJ Velocidade do veículo

QTR Hora certa

QTU Horário de funcionamento

QUA Notícia

QRG Frequência de operação

QUF Sinal de perigo

QUD Sinal de emergência

TKS Obrigado

Page 32: secretaria de estado da segurança pública corpo de bombeiros

Questionário de pesquisa cientifica, fins elaboração de trabalho de conclusão de curso do 3ºano CFO CBMGO – 7ª turma do Cadete Paulo César de Campos Filho.

QUESTIONÁRIOPublico Alvo: 7ª e 8ª turmas CFO CMBGO

1) Você é oriundo da sociedade civil ou militar antes de fazer o CFO?( ) Civil ( ) Militar

2) Você pertence ao CBMGO?( ) Sim ( ) Não

3) Qual turma do CFO você pertence?( ) 7º Turma ( ) 8º Turma

4) Você já teve instrução da matéria de comunicação operacional?( ) Sim ( ) Não

5) Caso a resposta da pergunta nº 4 for sim, como se deu tal conhecimento?( ) Cursos militares (Soldados, cabos , sargentos e outros)

( ) Autodidata (livros, internet, manuais, etc)

( ) Empírico (observando outros manuseando a rede rádio e outros)

( ) Outros : Especifique________________________________________________

6) Como você avalia o seu conhecimento na aérea comunicação operacional?( ) Péssimo ( ) Regular ( ) Bom ( ) Ótimo ( ) Excelente

7) Você conhece alguma regra básica na utilização da rede rádio?( ) Sim ( ) Não

8) Você conhece na integra os códigos utilizados no manuseio da radiocomunicação?( ) Sim ( ) Não

9) Caso a resposta da pergunta nº 8 for sim, Qual ou quais são do seu conhecimento?1. Alfabeto Fonético Internacional;

2. Código Civil Internacional (código “Q”);

3. Algarismo Fonético Nacional.

( ) Somente o 1 ( ) Somente o 1 e o 2

( ) Somente o 2 ( ) Somente o 1 e o 3

( ) Somente o 3 ( ) Somente o 2 e o 3

( ) Todos

Page 33: secretaria de estado da segurança pública corpo de bombeiros

10) Você acha importante a inserção da matéria de comunicação no CFO do CBMGO?( ) Sim ( ) Não

11) Caso a pergunta de nº 10 for “Sim”, como você classifica a inserção da matéria decomunicação no Plano de Ensino do CFO CBMGO?( ) Muito pouco benéfico

( ) Pouco benéfico

( ) Benéfico

( ) Bastante benéfico

( ) Extremamente benéfico

12) Com a implementação do SCI no CBMGO, você acha que a inserção da matéria decomunicação daria uma melhor eficiência e eficácia na aplicabilidade do sistema napadronização das comunicações?( ) Sim ( ) Não

13) A Terminologia Comum e a Comunicação Integrada, são 02 (dois) dos 09 (nove) princípios do

SCI, que permitem assegurar o deslanche rápido nos procedimentos operacionais, sendo de suma

importância observa-los na integra, fins padronização no gerenciamento de incidentes.Diante desta afirmação, como você mensura a ausência da matéria de comunicação no CFOCBMGO?( ) Muito pouco prejudicial ao cadete

( ) Pouco prejudicial ao cadete

( ) prejudicial ao cadete

( ) Bastante prejudicial ao cadete

( ) Extremamente prejudicial ao cadete

14) Você entende que a comunicação operacional é uma ferramenta primordial na condução demissões de salvamento e segurança?( ) Sim ( ) Não

15) A comunicação deve ser tão concisa quanto possível, caso contrário, as freqüênciasficarão congestionadas e inúteis, para tanto, o oficial responsável deve aprender a planejarsuas transmissões.Qual o seu nível de conhecimento no planejamento de transmissões em operações de emergências?

( ) Péssimo ( ) Regular ( ) Bom ( ) Ótimo ( ) Excelente