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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO

DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL

CÉLIA MARIA PAULI

MATERIAL DIDÁTICO

O Grêmio Estudantil na Escola de Ensino Fundamental e sua relação com o contexto escolar - uma tentativa de fortalecimento e resgate do

seu papel frente à comunidade

JACAREZINHO

2011

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CÉLIA MARIA PAULI

O GRÊMIO ESTUDANTIL NA ESCOLA DE ENSINO FUNDAMENTAL E

SUA RELAÇÃO COM O CONTEXTO ESCOLAR – UMA TENTATIVA DE

FORTALECIMENTO E RESGATE DO SEU PAPEL FRENTE À

COMUNIDADE

Unidade Didática apresentada para o Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE. Secretaria de Estado da Educação da área de Gestão Escolar.

Orientador: José Carlos da Silva.

JACAREZINHO

2011

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SUMÁRIO

1.

IDENTIFICAÇÃO .......................................................................................

3

2.

TEMA DE ESTUDO ..................................................................................

3

3.

TÍTULO ......................................................................................................

3

4.

INTRODUÇÃO ..........................................................................................

4

5.

OBJETIVOS ..............................................................................................

5

6.

METODOLOGIA ........................................................................................

5

7.

AVALIAÇÃO ..............................................................................................

7

8.

ATIVIDADES .............................................................................................

7

9.

REFERÊNCIAS .........................................................................................

29

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1. IDENTIFICAÇÃO

Professor PDE: Célia Maria Pauli

Área PDE: Políticas e Legislação Nacional no contexto histórico-político do

Estado Brasileiro

NRE: Jacarezinho

Escola de Implementação: E.E.Dr. João da Rocha Chueiri – Ens.

Fundamental

Público objeto da intervenção: Alunos dos anos finais do Ensino

Fundamental

2. TEMA DE ESTUDO

Grêmio Estudantil – limites e possibilidades de atuação e legislação vigente

3. TÍTULO

O Grêmio Estudantil na Escola de Ensino Fundamental e sua relação com o

contexto escolar - uma tentativa de fortalecimento e resgate do seu papel frente à

comunidade

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4. INTRODUÇÃO

Para garantir a participação popular na gestão e no controle social das políticas

públicas e para garantir a universalização dos direitos sociais que promovam o

exercício da cidadania, foram criados no Brasil, mecanismos institucionais de

participação direta e representativa nos órgãos públicos envolvidos com a educação,

como órgãos colegiados, sendo o Grêmio Estudantil um deles.

O Grêmio Estudantil é uma importante instância colegiada representativa do

corpo discente, instituída nas escolas com o objetivo de defender os interesses dos

alunos, principalmente no que se refere ao trabalho pedagógico. Tem o papel de

colaborar na construção da autonomia, da identidade, da consciência individual e

coletiva dos estudantes sobre a importância do processo participativo para efetivação

da cidadania, além de também contribuir para que os objetivos educacionais sejam

alcançados.

De forma geral, os Grêmios Estudantis ainda não conseguiram consolidar seu

papel na maioria das escolas públicas. Numa gestão escolar democrática pressupõem-

se um planejamento participativo, onde todos os envolvidos no processo possam

participar desde a concepção de uma ideia até a sua efetivação através da ação

coletiva.

Acontece que essa participação ainda é muito tímida e limitada, principalmente

na escola que oferta exclusivamente os anos finais do Ensino Fundamental, com alunos

em processo de formação física e psicológica e, totalmente dependentes para o

exercício da cidadania, ou seja, essa escola – seguindo a referência do ECA (Estatuto

da Criança e do Adolescente) - Lei 8.069, atende um alunado em fase de transição da

infância para a adolescência, fase da vida em que os conflitos se tornam mais

acentuados.

Existem motivos que levam a escola e às vezes os próprios alunos a ter uma

relação conflituosa com o Grêmio Estudantil, e essa situação talvez possa ser revertida,

e o papel do Grêmio Estudantil resgatado. Talvez as razões que levem a essa relação

conflituosa estejam na falta de conhecimento de ambas as partes (escola e Grêmio),

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acerca das atribuições, limites e possibilidades, ou seja, do papel do Grêmio Estudantil

dentro da escola: essa é uma hipótese que foi considerada para projetar a intervenção

nessa realidade.

5. OBJETIVOS

Esse material foi produzido com o objetivo de apoiar didática e

metodologicamente na implementação do Projeto de Intervenção Pedagógica

construído para intervir nos meandros do Grêmio Estudantil de uma Escola de Ensino

Fundamental e tentar promover o fortalecimento e resgate do seu papel na gestão

escolar democrática, através de capacitação e formação continuada dos seus

integrantes no próprio contexto escolar, tendo em vista que este órgão colegiado e

representativo dá aos alunos a possibilidade de transformarem a sua realidade,

proporem alternativas, lutarem por seus direitos e, o mais importante, exercerem a sua

cidadania.

6. METODOLOGIA

O Grêmio Estudantil e os alunos da Escola Estadual Dr. João da Rocha Chueiri –

Ensino Fundamental, do município de Ribeirão Claro, se constituirão em objetos de

estudo e intervenção pedagógica, num projeto que será desenvolvido entre os meses

de agosto e novembro de 2011 dentro da própria escola.

Seguindo um cronograma pré-estabelecido, que prevê uma carga horária de 32

horas para a realização das atividades de intervenção, o trabalho com os alunos do

Grêmio se desenvolverá por meio de encontros periódicos com a proponente do

presente projeto, que coordenará todos os trabalhos.

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O conhecimento do objeto, será o primeiro passo para a intervenção, por isso,

nesse momento, será necessário fazer uma avaliação da realidade, realizada através

de pesquisa com aplicação em momentos distintos de questionários aos alunos do

Grêmio Estudantil e com o Conselho Escolar, eleito para esse fim por representar toda

a comunidade escolar: direção, equipe pedagógica, professores, funcionários, alunos,

APMF e segmentos organizados da comunidade. Será utilizado um questionário, sem

exigência de identificação e com questões abertas para que os entrevistados possam

expressar sua opinião livremente e sem constrangimento.

Durante os encontros será realizado a capacitação dos alunos num processo de

formação continuada, quando acontecerá exibições de vídeos, apresentação de slides

informativos, leituras de textos e documentos oficiais da escola: Projeto Político

Pedagógico (PPP), Regimento Escolar, Estatuto do Grêmio Estudantil e exemplar da

Cartilha “Grêmio Estudantil na escola pública do Paraná”.

Embasados legalmente e com um pouco mais de conhecimento adquirido pela

troca de experiências, é possível supor que a equipe do Grêmio terá condições de

passar para a próxima etapa: a reflexão conjunta sobre os dados coletados inicialmente

na pesquisa com a comunidade e entre eles e assim, de forma organizada, definir as

ações para superar as dificuldades levantadas e promover a qualidade do trabalho do

Grêmio em prol dos estudantes.

O resultado desse trabalho será a construção do seu Plano de Ação e de uma

Cartilha do Grêmio, onde conste a legislação e as funções de cada integrante da

diretoria, o perfil exigido para cada cargo e informações sobre a história das

agremiações e dos movimentos estudantis, e outras que poderão surgir do universo

discente em questão.

A partir daí, e levando-se em conta que a diretoria do Grêmio se renova através

de eleições diretas entre os discentes, será necessário capacitar também os demais

alunos para atuarem e exigirem ações coerentes do Grêmio. Essa capacitação deverá

ser organizada junto com a atual equipe diretiva do Grêmio, que promoverá por turma e

série, estudos a respeito da legislação e funções do Grêmio Estudantil. A cartilha será

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um valioso material didático que poderá ser distribuído aos alunos, se houver condições

e patrocínio para sua edição.

Nessa etapa será promovido o concurso para a escolha do nome do Grêmio da

Escola. Cada turma irá escolher um nome que fará parte de uma lista que será

apresentada à comunidade para que seja eleito, através do voto de todos os alunos da

escola, o nome do Grêmio Estudantil.

7. AVALIAÇÃO

A avaliação será processual, diagnóstica e formativa e terá como objetivo

analisar o conhecimento que se deve produzir em cada momento previsto no projeto de

intervenção, para daí iniciar novas aprendizagens. Acontecerá também ao final da

intervenção, para analisar todo o processo e os resultados alcançados. Desta forma a

avaliação possibilitará a percepção dos sujeitos, suas fragilidades, seus avanços e

nesse ínterim mediar o processo de apropriação do conhecimento.

8. PROPOSTA DE ATIVIDADES

ATIVIDADE 1

Para dar início ao processo avaliativo, faremos a leitura de trechos do PPP

(Projeto Político Pedagógico) da escola, documento que referencia todas as ações que

se realizam no âmbito escolar. Vale salientar que todos, alunos, professores, pais,

enfim todos os profissionais são protagonistas no processo de sua construção. Por isso,

os princípios coletivamente delineados e expostos no PPP devem orientar a

organização e o funcionamento escolar, imprimindo direção comum, significado e

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sentido para as ações de todos aqueles que nela convivem e com ela interagem. Da

mesma forma, as estratégias de ação delineadas através de um processo democrático

e participativo, são entendidas como capazes de promover mudanças desejadas na

realidade escolar.

Os fragmentos selecionados do PPP, falam diretamente sobre o Grêmio e a

gestão escolar democrática, no que se refere á participação das instâncias colegiadas,

e subsidiarão os participantes na sua auto-avaliação.

ENCONTRO PARA AVALIAÇÃO

Para traçar um perfil do Grêmio Estudantil, será utilizado a metodologia da auto-avaliação através de depoimentos e observações dos integrantes, em painel aberto, após a leitura de alguns trechos do PPP que fazem referência à atuação do Grêmio Estudantil e a necessidade de participação na gestão escolar. Também serão abordadas questões referentes à clareza sobre seu papel enquanto órgão representativo dos estudantes, competência de cada diretor e conhecimento sobre a legislação vigente.

Trechos da versão preliminar do PPP - PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DA ESCOLA ESTADUAL DR. JOÁO DA ROCHA CHUEIRI.

No MARCO SITUACIONAL do PPP consta que: “Os Órgãos Colegiados, como Conselho Escolar, APMF e Grêmio Estudantil não são muito atuantes. Invariavelmente só se reúnem e desenvolvem algum trabalho quando são chamados pela escola. Não têm iniciativa e não se envolvem diretamente com a escola. Existe dificuldade até mesmo para compor e eleger a diretoria desses órgãos dentro da escola, com exceção do Grêmio Estudantil. Os pais e comunidade que deveriam apoiar a escola não têm tempo nem disposição para estar acompanhando e ajudando a escola. Até mesmo nas reuniões em que são convocados, observamos que as ausências são bem maiores que as presenças. Como são sempre os mesmos pais e elementos da comunidade que participam, a escola procura aproveitá-los da melhor maneira possível, mas o trabalho é normalmente realizado pelas mesmas pessoas. O Grêmio Estudantil ainda não está bem organizado, mas seus membros são prestativos quando chamados. Já tivemos ocasiões de lhes dar o comando quando da realização de campeonatos e gincanas e os resultados foram bastante satisfatórios.”

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Já no MARCO CONCEITUAL é possível verificar a preocupação com o tipo de aluno que a escola pretende formar e defende a participação como princípio democrático:

“A escola pretende formar o aluno cidadão. Quer alunos críticos, participativos, responsáveis, cidadãos conscientes e com perspectiva de futuro. Sabemos que este não é um trabalho isolado, exclusivo da escola; o aluno já vem com suas ideologias e preconceitos e trabalhar reflexivamente em cima desses valores historicamente construídos e muitas vezes cristalizados pela sociedade é um desafio que precisamos enfrentar. A escola precisa ter clareza a respeito dos valores que permeiam a sociedade na qual está inserida, mas sem perder de vista o universo maior da qual faz parte. Contribuir para a construção de uma sociedade mais justa, implica em cada um fazer a sua parte, tendo consciência de que essa participação está relacionada com um contexto maior, globalizado e envolvido por interesses. Levar o aluno a fazer essa reflexão para somente a partir daí formar uma opinião, significa ir além dos conceitos historicamente difundidos na escola a respeito do que é cidadania. A educação tem um grande desafio que é o de tornar o cidadão consciente do seu direito de participação no processo de construção político-social e cultural.“ […] “A administração colegiada pressupõe a participação da comunidade nas tomadas de decisões do processo educativo buscando uma nova prática do exercício do poder. A escola deve ser concebida como instância de articulação de projetos pedagógicos partilhados pela direção, professores, alunos e comunidade.

Na escola assim concebida, segundo BORDIGNON, não há lugar para burocratas, nem súditos. Nela todos os envolvidos são considerados cidadãos, atores participantes de um processo coletivo de fazer educação. Educação que se constrói a partir de suas organizações e processos, a cidadania e a democracia. Assim, a administração democrática, ao se firmar na decisão coletiva constitui-se em efetivo espaço de comprometimento dos representantes da comunidade interna e externa com o projeto pedagógico elaborado de forma compartilhada.

Dentro de um processo participativo poderá ser consolidada uma proposta de escola progressista, que vise a construção de uma nova realidade social, promovendo a transformação através do compromisso da direção, equipe pedagógica, administrativa e dos professores com a totalidade do processo escolar, percebendo a dimensão político-pedagógica de seu trabalho e o significado social de corresponsabilidade na definição do projeto pedagógico assumido pela escola em conjunto com a sociedade, garantindo dessa forma a efetivação da prática pedagógica progressista para o pleno exercício da cidadania, assegurando o direito ao aluno da produção e posse sistemática do saber científico historicamente acumulado, valorizando as experiências de vida e a realidade social da qual fazem parte.”

Foram previstas ações para o Grêmio Estudantil, e Representantes de Turma, no MARCO OPERACIONAL. Vejamos o que consta no PPP:

PAPEL E PARTICIPAÇÃO DAS INSTÂNCIAS COLEGIADAS

GRÊMIO ESTUDANTIL

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Promover com a diretoria do Grêmio reuniões periódicas para estudarem o seu estatuto e saberem quais são as suas obrigações e direitos, entender que é preciso bom senso em relação a participação, responsabilidade e consciência, entendendo o sentido de trabalho coletivo e cooperativo.

Desenvolver atividades como:

- Conscientização dos alunos para manterem a disciplina e o respeito no ambiente escolar, tanto dentro das salas de aula como no refeitório durante os intervalos e recreio.

- Realização de eventos culturais como teatro, música, palestras que possam esclarecer aos alunos que o bom funcionamento da escola depende de uma ação conjunta.

- Envolvimento dos alunos em atividades culturais, esportivas e recreativas como futebol e vôlei, queimada, ping-pong, gincana, danças, teatro, etc.

REPRESENTANTES DE TURMA

Servir de porta voz da sala sempre que for necessário, uma vez que foram eleitos por seus próprios colegas de sala, segundo critérios baseados em amizade, companheirismo, responsabilidade e aproveitamento escolar.

Participar de reuniões em tomadas de decisão coletiva, enfim, servir de ponte entre a sala da qual fazem parte e o resto da escola.

QUESTIONÁRIO PARA REFLEXÃO DO GRÊMIO

ORIENTAÇÕES: O presente questionário deverá ser respondido por cada um, individualmente. Não há a necessidade de se identificar, sinta-se livre para expressar sua opinião sinceramente.

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Dentre os modelos de Grêmio apresentados nos slides sobre “que Grêmio somos?”, qual o que melhor define o Grêmio da Escola?

O PPP é um importante documento construído coletivamente na escola por toda a comunidade. Ele traz o

registro da realidade, os conceitos, valores e projetos da escola. Vocês já participaram ativamente da sua construção, em reuniões ou encontros promovidos pela escola. Sabiam da existência desse documento?

O Grêmio Estudantil assim como a APMF foi avaliado como sendo instância sem iniciativa e pouco atuantes na escola. Esse parecer é verdadeiro? Se for esse o caso, o que tem impedido a ação desses órgãos e mais especificamente do Grêmio e o que poderia ser feito para mudar essa realidade?

“A administração colegiada pressupõe a participação da comunidade nas tomadas de decisões do processo educativo buscando uma nova prática do exercício do poder.” Comente sobre como a escola vem promovendo essa participação.

Na implementação da proposta de ação descrita no PPP para o Grêmio Estudantil, quais ações já foram desenvolvidas? Que outras necessitam de atenção? Sugiram outras ações que acham ser necessárias na escola.

Vocês conhecem alguma Lei que ampara o Grêmio? Qual?

O Regimento Escolar regulamenta as ações do Grêmio. Vocês têm conhecimento sobre a existência do Regimento e o que ele significa para a escola?

O Grêmio Estudantil possui um Estatuto próprio. Vocês sabem o que ë um Estatuto? Conhecem e já fizeram uma leitura ou estudo desse documento?

Deixe suas observações, comentários e críticas.

Sugira um nome (fantasia ou homenagem) para o Grêmio da Escola.

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ATIVIDADE 2

A representatividade e participação do Grêmio Estudantil nas decisões e

planejamentos escolares são fatores muito importantes para a construção de uma

escola democrática e de qualidade, motivo que fez com que a presente pesquisa fosse

realizada, juntos aos alunos representantes de turma, e representantes do Conselho

Escolar, através da aplicação de um questionário com questões abertas.

Essa atividade será realizada na escola, e terá o objetivo de verificar o

conhecimento que a comunidade escolar tem sobre o Grêmio Estudantil e sua atuação

na gestão escolar.

QUETIONÁRIO PARA OS REPRESENTANTES DO CONSELHO ESCOLAR

ORIENTAÇÕES: O presente questionário deverá ser respondido por cada um, individualmente. Não há a necessidade de se identificar, sinta-se livre para expressar sua opinião sinceramente.

Br.freepik.com

Na escola em que vocês trabalham, o Grêmio é uma realidade atuante? Há participação dos alunos? As eleições são disputadas? Em caso contrário, por que será que isso não acontece?

Quais são as dificuldades e empecilhos para que o Grêmio se transforme numa organização positiva e dinâmica da vida escolar e da comunidade?

A escola como um todo concorda e incentiva a existência de um Grêmio Estudantil bem constituído e participante?

Você sabe o que é Grêmio Estudantil? Por que, na sua opinião, existe o Grêmio Estudantil numa escola de Ensino Fundamental? Você sabe quem são os integrantes da atual diretoria do Grêmio? Que atividades o Grêmio da sua escola se envolveu ou está envolvido? Avalie a atuação do Grêmio Estudantil. Faça considerações, críticas, observações e também apresente

alguma sugestão.

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ATIVIDADE 3

O vídeo “Movimento Estudantil – uma breve história”, será exibido aos alunos do

Grêmio para comprovar através de fatos históricos que a luta coletiva e a participação

na vida política é necessária para a construção de um ideal de cidadania. Os direitos e

benefícios que desfrutamos, são consequências de lutas e mobilizações nem sempre

pacíficas, de pessoas que saíram da passividade de meros espectadores e se

constituíram em agentes transformadores da sociedade

Após a exibição, os alunos farão a leitura do texto ”Cidadania e Participação”

para embasá-los na posterior discussão.

Essas atividades serão realizadas na escola, se constituindo no primeiro

momento da capacitação do Grêmio Estudantil.

VÍDEO “MOVIMENTO ESTUDANTIL – UMA BREVE HISTÓRIA”

Os estudantes sempre estiveram presentes nos momentos decisórios.

O vídeo a seguir mostra as manifestações dos estudantes

no decorrer da história do Brasil.

MOVIMENTO ESTUDANTIL – UMA BREVE HISTÓRIA

disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=-MrFpxWN9GY&feature=related

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O texto “Cidadania e Participação”, irá contribuir para a construção do conceito

de cidadania, mais especificamente de cidadania participativa.

CIDADANIA E PARTICIPAÇÃO

“A cidadania expressa um conjunto de direitos, mas fundamentalmente proporciona à pessoa a possibilidade de participar ativamente da vida e do governo de seu povo. Quem não exerce ativamente sua cidadania está marginalizado ou excluído da plenitude da vida social, pois não participa da definição do seu próprio futuro e não colabora na construção do destino da humanidade. É alguém que não luta, não vive, só sobrevive. É alguém pela metade.” (Herbert de Souza, “Betinho”)

A evolução do conceito de Cidadania

Na Grécia antiga, alguns séculos antes de Cristo, as cidades gregas eram denominadas pólis, e nelas existia a “praça pública”, chamada naqueles tempos de ágora., que era um espaço social muito importante, onde se discutiam os assuntos públicos e eram realizadas as trocas comerciais. Os participantes da pólis, com exceção das mulheres e dos escravos que não podiam participar, debatiam ali abertamente os destinos da cidade. É desse debate que surge a ideia de política. Na Roma Antiga, a cidade era a comunidade organizada politicamente, tal como era a pólis grega. O conjunto de cidadãos que constituíam uma cidade era chamado de civitate, da qual faziam parte todo homem que estivesse integrado politicamente à vida da cidade. Durante muitos séculos, na Antiguidade – a cidadania, ou discussão e deliberação dos assuntos públicos, esteve ligada a privilégios. Ela não era universal, era explicitamente restrita aos homens, adultos e proprietários de terras que não fossem estrangeiros ou escravos. A definição de cidadania foi sofrendo alterações com o passar do tempo. As mudanças econômicas, políticas e sociais e, principalmente, as lutas daqueles destituídos de seus direitos, atribuíram novos significados às noções de política e cidadania. Os direitos civis, políticos e sociais são a base da Declaração Universal dos Direitos Humanos, que é a principal referência da Constituição da República Federativa do Brasil, promulgada em 1988, considerada uma das mais amplas e completas do mundo. Segundo o pensador T. H. Marshall, os direitos civis, que envolvem as liberdades de ir e vir, o direito à justiça, o direito à propriedade e, principalmente, o direito de viver surgiram no século XVIII. No século XIX, surgiram os direitos políticos, sendo um deles o direito de participação de homens e mulheres na vida política de seu país, votando, sendo votado e/ou criando associações políticas como o Grêmio Estudantil. Os direitos sociais, como os que garantem aos indivíduos acesso aos serviços de educação, saúde, bem estar social etc surgiram no século XX.

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Participar para ser cidadão ou ser cidadão para participar?

Ser cidadão é participar. E participar é ir além de simplesmente criticar. Um verdadeiro cidadão sabe que usufruir de um conjunto de direitos, devendo respeitar um outro conjunto de deveres, é apenas uma parte do significado de cidadania. A Constituição Federal do Brasil ainda não está totalmente efetivada. Grande parte dos direitos garantidos ao povo brasileiro não está sendo desfrutado ou exercido pela maioria da população, a que é privada ou não tem acesso à riqueza social e a seus benefícios. T. H. Marshall, afirma que precisamos desenvolver maneiras de ampliar o número de indivíduos que gozam plenamente dos direitos, afinal cidadania implica também responsabilidade com os outros, o que pode ser chamado de solidariedade.

Nas palavras da pensadora Hannah Arendt, é preciso garantir a todos “o direito a ter direitos”. E isso só é possível quando participamos politicamente, nos associando, reivindicando e negociando melhorias a toda a sociedade. Cidadãos conscientes sabem que só há cidadania efetiva se houver ação e cooperação na luta por uma sociedade melhor, em que os direitos humanos sejam respeitados e efetivados em sua totalidade. É essa a verdadeira cidadania, a cidadania ativa, na qual todos devem participar de forma ampla e irrestrita

Adaptação do texto Cidadania e participação. Guia Grêmio em Forma, p. 27

disponível em www.soudapaz.org

QUESTÓES PARA REFLEXÃO

O que cada um de vocês entende por cidadania?

O que e quais são os direitos humanos?

Reflita sobre o questionamento: “Participar para ser cidadão ou ser cidadão para participar?”

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ATIVIDADE 4

Vamos conhecer nesse segundo encontro algumas dessas leis, com o objetivo de conhecê-las e de

analisar a sua importância através da apresentação dos slides abaixo.

Slide 1

Slide 2

LEGISLAÇÃO DO GRÊMIO ESTUDANTIL

O movimento estudantil surge

oficialmente em 1937 com a criação da

UNE – União Nacional de Estudantes,

como entidade representativa dos

estudantes universitários e

secundaristas.

LEGISLAÇÃO DO GRÊMIO ESTUDANTIL

Em 1968, durante um conflito em

jovens estudantes e o governo militar,

a sede da UNE é invadida e incendiada

e Getúlio Vargas, então presidente do

Brasil, coloca todas as organizações

estudantis em condição de ilegalidade.

Slide 3

Slide 4

LEGISLAÇÃO DO GRÊMIO ESTUDANTIL

Somente em 1985 o Grêmio Estudantil

aparece legalmente instituído com a Lei

7.398 de novembro de 1.985

LEGISLAÇÃO DO GRÊMIO ESTUDANTIL

A partir daí surgiram outras lei que

garantiram aos estudantes o direito de

se organizaram e participarem

efetivamente não só dos assuntos

referentes à sua vida estudantil como

também da sociedade enquanto

cidadãos.

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Slide 5

Slide 6

LEGISLAÇÃO DO GRÊMIO ESTUDANTIL

Lei Federal Nº 7.398, 4 de novembro de

1985

Dispõe sobre a organização de

entidades estudantis de 1º e 2º graus e

assegura aos estudantes o direito de se

organizar em Grêmios Estudantis, como

entidades autônomas representativas

dos interesses dos estudantes

secundaristas, com finalidades

educacionais, culturais, cívicas,

desportivas e sociais.

LEGISLAÇÃO DO GRÊMIO ESTUDANTIL

Estabelece que a organização, o

funcionamento e as atividades do

Grêmio, sejam estabelecidas em

Estatuto próprio, e aprovados em

Assembleia.

A aprovação do Estatuto assim como a

eleição dos dirigentes devem ser

realizadas através do voto direto e

secreto de cada estudante em.

Slide 7

Slide 8

LEGISLAÇÃO DO GRÊMIO ESTUDANTIL

Lei Nº 8.069, de 13/07/1990

O ECA, no artigo 53º dispõe que “A

criança e o adolescente tem direito à

educação, visando ao pleno

desenvolvimento de sua pessoa, preparo

para exercício da cidadania e

qualificação para o trabalho,

assegurando lhes:

IV - garante o direito dos estudantes de

se organizar e participar de entidades

estudantis.

LEGISLAÇÃO DO GRÊMIO ESTUDANTIL

LEI ESTADUAL Nº 11.057, DE 17 DE

JANEIRO DE 1995

Assegura, nos Estabelecimentos de

Ensino de 1º e 2º graus, públicos ou

privados, no Estado do Paraná, a livre

organização de Grêmios Estudantis

para representar os interesses e

expressar os pleitos dos alunos.

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Slide 9

Slide 10

LEGISLAÇÃO DO GRÊMIO ESTUDANTIL

Esta Lei dispõe que é de competência

exclusiva dos estudantes a definição das

formas, dos critérios, dos estatutos e

demais questões referentes à

organização dos Grêmios Estudantis.

LEGISLAÇÃO DO GRÊMIO ESTUDANTIL

Aos estabelecimentos paranaenses de

ensino caberão assegurar espaço para

divulgação das atividades do Grêmio

estudantil em local de grande

circulação de alunos, bem como para

as reuniões de seus membros.

Slide 11

Slide 12

LEGISLAÇÃO DO GRÊMIO ESTUDANTIL

Lei Nº 7.844, de 13 /05/1992

Esta lei

regulamenta o direito

a meia entrada para os

estudantes, em eventos

de ordem cultural.

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Slide 13

Slide 14

LEGISLAÇÃO DO GRÊMIO ESTUDANTIL

Lei Nº 9.394, de 20 /12/ 1996

Esta lei estabelece as Diretrizes e Bases

da Educação Nacional. A partir dela,

estão garantidas a criação de pelo menos

duas instituições, a Associação de Pais e

Mestres e o Grêmio Estudantil, cabendo

à Direção da Escola criar condições para

que os alunos se organizem no Grêmio

Estudantil.

A lei determina ainda a participação de

alunos no Conselho de Classe e Série.

LEGISLAÇÃO DO GRÊMIO ESTUDANTIL

MEDIDA PROVISÓRIA Nº 2.208,

DE 17 /08/ 2001.

Dispõe sobre a comprovação da

qualidade de estudante e de menor de

dezoito anos.

A comprovação da situação jurídica de

estudante, para obtenção de descontos

concedidos para o ingresso em

estabelecimentos de diversão e eventos

culturais, esportivos e de lazer, será

feita pela exibição de documento de

identificação estudantil expedido pelos

Estabelecimentos de Ensino ou pela

associação ou agremiação estudantil a

que pertença.

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LEGISLAÇÃO DO

GRÊMIO

ESTUDANTIL

Essa medida aplica-

se também nas hipóteses em que sejam

oferecidos descontos a estudantes pelos

transportes coletivos públicos locais,

acompanhada do comprovante de

matrícula ou de frequência Escolar

fornecida pelo seu Estabelecimento de

Ensino.

LEGISLAÇÃO DO GRÊMIO ESTUDANTIL

A qualificação da situação de

menoridade não superior a dezoito

anos, para efeito da obtenção de

eventuais descontos sobre o valor

efetivamente cobrado para o ingresso

em estabelecimentos de diversão e

eventos culturais, esportivos e de lazer,

será feita pela exibição de documento

de identidade expedido pelo órgão

público competente.

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Nesse encontro também faremos contato com o Regimento Escolar, documento

que traduz toda a organização, normas e regras que regulam a atividade pedagógica e

administrativa da escola, para verificar quais são as disposições legais sobre o Órgão

Colegiado Grêmio Estudantil. Esse documento deixa evidente o compromisso dos

profissionais que atuam na escola levando em conta a especificidade de cada um

deles, além de assegurar a gestão democrática, valorizar a comunidade escolar através

dos colegiados e fazer cumprir as ações educativas estabelecidas no Projeto Político-

Pedagógico da escola.

O Regimento Escolar da Escola Estadual Dr. João da Rocha Chueiri – Ensino

Fundamentação, escola de implementação do Projeto em questão está em fase de

atualização, mas as regulamentações referentes ao Grêmio Estudantil não sofreram

alterações em relação ao Regimento anterior, aprovado em 2010.

Faremos na sequência a leitura do Título III, Capítulo III do Regimento, com o

objetivo de relembrar os integrantes do Grêmio e Representantes de Turma da sua

condição de alunos que no momento fazem parte de uma organização representativa, e

que portanto devem ter clareza sobre o que está regimentado a seu respeito.

Será permitido aos alunos fazerem intervenções durante a leitura para

esclarecimentos ou observações que julgarem pertinentes. Dessa forma, espera-se que

ao final do trabalho não persistam dúvidas ou questões obscuras.

Capa do Regimento Escolar Versão Preliminar

2011

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ATIVIDADE 5

Por se tratar de uma organização que faz parte de uma Instituição de Ensino, o

Grêmio necessita de um Estatuto onde conste seus princípios básicos, e garantam a

organização e a sua autonomia através da definição dos objetivos e finalidades da

entidade, a estrutura administrativa, o processo eleitoral, os direitos e deveres de seus

membros, etc.

Nessa atividade faremos o estudo do Estatuto do Grêmio com o objetivo de

reforçar o conhecimento daqueles que dominam o seu conteúdo e esclarecer as

dúvidas dos integrantes do Grêmio e Representantes de Turma.

AÇÃO/REFLEXÃO:

Em conjunto, em painel aberto, os participantes deverão apontar sugestões de supressão, modificação ou adição no texto original do Estatuto.

Capa do Estatuto do Grêmio Estudantil da

Escola Estadual Dr. João da Rocha Chueiri, fundado em

01/06/2004

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ATIVIDADE 6

Um Plano de Ação é composto por uma série de providências e tarefas a serem

efetuadas a partir de um planejamento. Nele as providências são devidamente

priorizadas e listadas por ordem cronológica devendo indicar o responsável pela

execução, qual o prazo ou limite para sua conclusão e quais serão os recursos

necessários.

Observe esse exemplo de Plano de Ação de um Grêmio Estudantil

PLANO DE AÇÃO PARA 2008.

PLANEJAMENTO DAS AÇÕES A SEREM DESENVOLVIDAS EM 2008.

1. Diagnóstico.

Felizmente, em nossa escola não possuímos sérios problemas que precisam de atuação efetiva do Grêmio Estudantil. O Grêmio realiza o trabalho de colaboração e participação em todas as atividades realizadas pela escola destinadas a toda a comunidade.

Em compensação, as atividades na quais os alunos mais se envolvem são as atividades relacionadas ao esporte, cultura e festivas.

2. Área de Ação.

Pretendemos continuar nosso trabalho como sempre foi feito, englobando assuntos de todas as áreas de que os alunos precisam conhecer para que sua formação seja completa e sem nenhuma defasagem. Entre elas se destaca a cultura, o esporte, a saúde, o meio ambiente, a segurança, a educação entre outras.

3.Projetos.

l. Auxiliar no cadastramento de alunos do Programa Paraná Alfabetizado;

2. Concurso Cultural;

3. Excursão para Museu;

4. Jornal da Escola;

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5. Campeonato de Xadrez;

6. Baile do Estudante;

7. Palestra sobre Drogas; Violência e Saúde;

8. Baile do Halloween.

4. Níveis dos Estudantes Envolvidos.

Os projetos que acima mencionamos serão direcionados para os seguintes níveis de ensino:

5ª, 6ª e 7ª Série:Concurso Cultural, Jornal da Escola, Campeonato de Xadrez, Palestras sobre Drogas, Violência e Saúde e Festa do Halloween.

8ª Série, 1º, 2º, 3º e 4º Ano:Concurso Cultural, Excursão para Museu, Jornal da Escola, Campeonato de Xadrez, Baile do Estudante, Palestras sobre Drogas, Violência, Saúde, Baile do Halloween.

5. Ações Previstas:

A ação será coordenada pela Diretoria do Grêmio e também pela Direção do estabelecimento de ensino. Será executada pelo Grêmio Estudantil em parceria com todos os alunos da escola. A data de início para as ações será após a posse da nova diretoria, no dia onze de agosto de dois mil e oito e o término das ações acima enumeradas se dará no fim do ano letivo de dois mil e oito.

6. Resultados Esperados.

Concurso Cultural.

a) Desenvolver o conhecimento dos alunos dentro do assunto que será abordado como tema;

b) Incentivar a participação dos alunos como uma das diversas maneiras de adquirir aprendizado;

c) Despertar nos alunos o interesse da pesquisa, do descobrimento e principalmente do sendo de participação.

Excursão para Museu.

a) Proporcionar um maior conhecimento dos alunos sobre os temas específicos de cada exposição;

b) Interar os alunos sobre a história que o cerca e da qual ele faz parte;

c) Dar oportunidades para que os alunos conheçam a relação entre passado e presente ao analisar as exposições.

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Jornal da Escola

a) Informar os alunos sobre os acontecimentos da escola;

b)Apresentar a toda a comunidade, através do Jornal, o trabalho desenvolvido com alunos, professores e funcionário, dentro da Escola.

Campeonato de Xadrez.

a) desenvolver as potencialidades dos alunos dentro do Xadrez;

b) propiciar um ambiente de conhecimento e aprendizado desse esporte;

c) Mostrar aos alunos a importância do Xadrez para o desenvolvimento do raciocínio e para a saúde da mente.

Palestras sobre Saúde, Violência e Drogas.

a) Trazer para a escola, profissionais que entendam do assunto e que conscientizem os alunos sobre os prejuízos e malefícios que as drogas trazem para o corpo e para a vida em geral;

b) Mostrar para os alunos a importância da preservação do corpo e o sério problema das doenças sexualmente transmissíveis;

c) Frisar o quão importante é ficar longe das drogas, mostrando-lhes também o dano que elas trazem para a vida de todos, tanto dos fumantes, quanto de seus familiares e amigos.

Baile do Estudante e Halloween.

a) Propiciar aos alunos um momento de diversão e descontração dentro do espaço escolar;

b) Aproveitar as festas para que os alunos possam conhecer a sua tradição e principalmente sua importância para o local onde estuda e mora.

7. Acompanhamento e Avaliação.

Para acompanhar o desenvolvimento do projeto e sua repercussão na escola e sociedade, observaremos, durante a sua efetivação, a participação, interesse, colaboração e aproveitamento dos alunos sobre a atividade que está sendo realizada. E também, com forma de comprovar o resultado do trabalho, utilizaremos o método de pesquisa, após a realização de cada projeto, para verificar a opinião, aproveitamento e aprendizado dos alunos em cada um deles.

Fim!!! (será?)

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Estamos só começando... então, mãos a obra!

PLANO DE AÇÃO PASSO A PASSO:

Vejam que o Plano de Ação se inicia, com um diagnóstico da realidade. Essa observação é

importante, pois precisamos saber onde, com quem, para quem, o quê, para quê, quais as necessidades e

possibilidades de ação frente ao Grêmio Estudantil.

Em seguida, é necessária a definição sobre em que frentes o Grêmio vai agir: se na cultura, no

esporte, nas ciências, meio ambiente, segurança, saúde, ou seja, aquelas que observaram serem prioritárias

e cujas ações sejam possíveis de serem executadas.

Definidas as áreas parte-se para a definição dos projetos que se pretende desenvolver. Esses

projetos devem ser previstos para acontecer a curto, médio e longo prazo. Lembrem-se de que esses projetos

visam o aluno e escola e que talvez necessitem de continuidade em outras gestões.

Estabelecidos as áreas e os projetos que as atenderão, a próxima etapa será a delegação de

responsabilidades, em outras palavras, a distribuição do trabalho.

O tempo é um elemento que deve constar do Plano de Ação. Sugere-se, a construção de um

cronograma onde sejam elencadas as ações e datas, previstas para início e término, se for o caso.

É preciso ter clareza acerca dos objetivos que se pretende com cada um dos projetos. As

expectativas sobre cada projeto deverão estar previstas no Plano de Ação.

A avaliação é outro marco importante do Plano de Ação. Ela deve acontecer durante todo o

processo, que se inicia com a concepção das ideias, perpassa pela implementação, observação dos resultados

e reavaliação dos projetos.

Concluído o Plano de Ação deverá ser apreciado pela direção e pelo Conselho Escolar, para

deliberação.

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ATIVIDADE 7

Visando a capacitação dos alunos, será proposto aos participantes a

produção de uma versão adaptada da cartilha “Grêmio Estudantil no governo do estado

do Paraná”, para ser utilizada como material didático, caso seja possível sua edição.

Essa atividade contará com a participação dos professores de Língua

Portuguesa, que auxiliarão na revisão dos textos produzidos.

CONSTRUINDO NOSSA CARTILHA

1. Fazer a leitura da Cartilha “Grêmio Estudantil no governo do estado do Paraná” com o objetivo de referenciar o trabalho de produção. 2. Determinar quais os conteúdos que irão compor a Cartilha. 3. Pesquisar e selecionar os conteúdos. 4. Construir o texto de Apresentação. 5. Redigir e revisar os textos produzidos. 6. Produzir a ilustração e a capa. 7. Definir um nome para a Cartilha. 8. Encaminhar a Cartilha para revisão. 9. Buscar patrocínio para edição. 10. Editar a Cartilha.

A Cartilha foi elaborada a partir de um trabalho de equipe após reuniões

realizadas com representantes da UPES (União Paranaense de Estudantes) e UBES (União Brasileira de Estudantes) e contou

com a participação de várias coordenadorias da Secretaria de Estado

da Educação.

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ATIVIDADE 8

A partir da formação teórica e política dos alunos, torna-se possível que eles

passem a atuar instituindo processos participativos de natureza cidadã na escola, e

dessa forma, enquanto coletivo escolar bem preparado exercer efetivamente o seu

papel frente à comunidade.

De maneira bem simples e direta, será apresentado aos alunos, através de slides, informações

elementares sobre a função do Grêmio.

Slide 1 Slide 2 Slide 3

GRÊMIO ESTUDANTIL

O grêmio é uma

organização sem fins

lucrativos que representa

o interesse dos estudantes

e que tem fins cívicos,

culturais, educacionais,

desportivos e sociais.

GRÊMIO ESTUDANTIL

O grêmio é o órgão máximo

de representação dos

estudantes da escola.

Atuando nele, você defende

seus direitos e interesses e

aprende ética e cidadania na

prática.

OBJETIVOS DO GRÊMIO

ESTUDANTIL

Congregar e representar os

estudantes da escola;

Defender seus direitos e

interesse;

Cooperar para melhorar a

escola e a qualidade do

ensino;

Slide 4 Slide 5 Slide 6

OBJETIVOS DO GRÊMIO

ESTUDANTIL

Incentivar e promover

atividades educacionais,

culturais, cívicas,

desportivas e sociais.

Realizar intercâmbio e

colaboração de caráter

cultural e educacional com

outras instituições de

caráter educacional

ATIVIDADES QUE O GRÊMIO

ESTUDANTIL PODE REALIZAR

Integrar os alunos e a

comunidade, promovendo

eventos culturais como

projeção de filmes, peças

teatrais, gincanas, concursos

de poesia, coral, festival de

dança, de música, etc.

Cursos de artesanato

ATIVIDADES QUE O

GRÊMIO ESTUDANTIL PODE

REALIZAR

Campeonatos esportivos

nas

diversas modalidades

Palestra sobre, violência,

drogas, sexualidade e

meio ambiente, etc.

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Slide 7 Slide 8 Slide 09

ATIVIDADES QUE O

GRÊMIO ESTUDANTIL PODE

REALIZAR

Jornal da escola

Premiação dos alunos

destaques

nas diversas modalidades

ATIVIDADES QUE O GRÊMIO

ESTUDANTIL PODE REALIZAR

Desenvolver projetos sobre

meio ambiente, saúde,

paisagismo, etc

Participar do Conselho

Escolar

e Conselho de Classe

GRÊMIO ESTUDANTIL,

VOCÊ PODE E DEVE

PARTICIPAR.

ATIVIDADE 9

A ESCOLHA DO NOME DO GRÊMIO

Essa atividade tem o objetivo de eleger um nome para o Grêmio da Escola. O processo eletivo será deflagrado com a construção de uma lista de nomes (fantasia ou homenagem) sugeridos por turma e segmento da comunidade escolar: professores (incluindo direção e equipe pedagógica), funcionários e pais. Essa lista, ficará à disposição no site da escola para votação. Após definição do nome, será organizada uma solenidade para oficializar o batismo do Grêmio.

Grêmio Estudantil

___________________________

___________________________

_

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9. REFERÊCIAS

BESSA, Valéria da Hora. Grêmio Estudantil: Um dispositivo para a participação dos

alunos na gestão do processo escolar. Disponível em

www.anped.org.br/reunioes/24/p2072242924183.doc. Acessado em 24/11/2010.

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil:

Texto constitucional promulgado em 5 de outubro de 1988, com as alterações adotadas

pelas Emendas Constitucionais n° 1/92 a 46/2005 e pelas Emendas Constitucionais n°

1 a 6/94. – Brasília: Senado Federal Subsecretaria de Edições Técnicas, 2005. 437p.

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. LDB nº. 9394, de 20 de

dezembro de 1996.

BRASIL, Lei Federal nº 8.069 de 13 de julho de 1990. Estatuto da Criança e do

Adolescente.

BRASIL, Lei Federal, nº 7.398, de 04 de novembro de 1985.

COSTA, Antonio Carlos Gomes da. CASCINO, Pasquale. SAVIANI, Demerval.

Educador: novo milênio, novo perfil? Paulus, São Paulo, 2000.

MELUCCI, Alberto. Juventude, tempo e movimentos sociais. Revista Brasileira de

Educação, São Paulo, n. 5 e 6, 1997. Tradução Angelina Teixeira Peralva, publicado

em: Revista Young. Estocolmo: v.4, n.2, 1996.

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Silvia, J. M. da (org.). Os educadores e o cotidiano escolar. São Paulo: Papirus, 2000. p. 67-

78)

PARO, Vitor Henrique. Educação para a Democracia: O elemento que falta na

discussão da qualidade do ensino. Disponível em

http://www.anped.org.br/reunioes/23/textos/0528t.PDF, acessado em 12/04/2011.

PARANÁ, Lei Estadual nº 11.057, de 17 de janeiro de 1995. Publicado em Diário

Oficial nº 4429, de 17 de janeiro de 1995.

PORTAL EDUCACIONAL DO ESTADO DO PARANÁ, disponível em

http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/portal/gremio/index.php, acessado em

18/09/2010.

SPOSITO, Marília Pontes e CARRANO, Paulo César Rodrigues. Juventude e políticas

públicas no Brasil. Revista Brasileira de Educação, São Paulo, n.24, 2003.

_________. Algumas hipóteses entre movimentos sociais, juventude e educação.

Revista Brasileira de Educação, São Paulo, n. 13, 2000.

SOU DA PAZ, Instituto. OSCIP, Organização da Sociedade Civil de Interesse

Público, voltada para a redução da violência. Caderno do Grêmio Estudantil. Fonte:

Caderno Grêmio em Forma, do Instituto Sou da Paz. Disponível em

<http://www.soudapaz.org/>. Acesso em 27/09/2010.

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TRASSI, M. L. T. – Uma relação delicada: a escola e o adolescente – disponível em

www.promenino.org.br, acessado em 19/09/2010

UNE, União Brasileira dos Estudantes. Disponível em <http://www.une.org.br>.

Acesso em 19/09/2010.