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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO – SUED

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA

ALBA TISQUE MACHADO

Reconstruindo Histórias Infantis

Ponta Grossa 2010

Reconstruindo Histórias Infantis

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO – SUED

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA

ALBA TISQUE MACHADO

Reconstruindo Histórias Infantis

Artigo Científico apresentado Ao Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE Universidade Estadual de Ponta Grossa Orientadora: Professora Doutora – Jane Kelly de Oliveira.

Ponta Grossa

2010

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ARTIGO PDE 2010: RECONSTRUINDO HISTÓRIAS INFANTIS

Autora: Alba Tisque Machado 1

Orientadora: Doutora Jane Kelly de Oliveira 2

RESUMO

O presente artigo apresenta resultados do projeto “Reconstruindo Histórias Infantis”,

o qual foi elaborado para o Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE/2010,

do estado do Paraná. Relatamos aqui sua implementação, que teve início com a

elaboração de uma Unidade Didática. Para sua elaboração, utilizamos a obra “Que

História é Essa?” do autor Flávio de Souza e desenvolvemos atividades voltadas

para alunos da 5ª série do ensino fundamental, do Colégio Estadual Ary Barroso, na

cidade de Wenceslau Braz, Paraná. Através do conto e reconto de histórias infantis,

incentivamos o desenvolvimento do gosto pela leitura, bem como a compreensão

dos textos e a manifestação dos alunos como contadores de histórias. Ao término do

projeto, observei a socialização da comunidade escolar e o despertar do gosto pela

leitura nos alunos envolvidos, bem como a descoberta da biblioteca escolar como

um palco para as mais diversas leituras.

PALAVRAS CHAVE: Histórias Infantis – leitor – reconstrução

1 Introdução

O Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE é uma proposta que

pode mudar os caminhos do ensino paranaense, pois a arrojada parceria entre o

1 Especialista em Didática e Metodologia do Ensino pela Universidade Norte do Paraná; Graduada em Letras

pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Itararé. 2 Doutora em Estudos Literários pela Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho (2009); Mestre em

Estudos Literários pela Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho (2005); Graduada em Letras pela

Universidade Paulista Julio de Mesquita Filho (2002).

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Governo do Estado do Paraná e as Instituições de Ensino Superior visa à formação

e transformação teórica e metodológica dos professores da rede estadual de Ensino.

O afastamento dos professores de suas atividades de ensino contribui para

que a elaboração do projeto, do material didático, do GTR (Grupo de Trabalho em

Rede) e da intervenção na escola se concretize em profissionais valorizados e num

ensino/aprendizagem de qualidade.

O projeto de intervenção pedagógica vai de acordo com as Diretrizes

Curriculares para o Ensino de Língua Portuguesa (2008), pois se faz necessário

conduzir o aluno a leituras significativas, que visem sua formação crítica e atuante.

Diante das mais diversas possibilidades de intervenção pedagógica, julgamos

que seria muito importante desenvolver um trabalho que fizesse o aluno perceber a

importância da biblioteca escolar, e fazê-lo percebê-la como o palco onde as

crianças possam desenvolver o prazer pela leitura, compreendendo o enredo dos

diversos textos e, assim, poderem expressar suas emoções e sentimentos,

tornando-se contadores de histórias.

Através da leitura e interpretação das histórias propostas e do ouvir e cantar

músicas relacionadas ao tema, como também da montagem e criação de finais

diferentes para as histórias lidas e na criação de novas histórias é que encontramos

nas histórias infantis uma magia que se alia aos educadores, porque ouvir e contar

histórias são fundamentais para a identidade de nossos alunos.

Elegemos a biblioteca escolar como o espaço para o desenvolvimento do

projeto, pois a entendemos como um espaço democrático, no qual interagem alunos,

professores e informação, e, por meio desta interação, realiza-se a função

educativa. A biblioteca, desta forma, contribui para a formação intelectual e o

desenvolvimento dos alunos-cidadãos.

Evidentemente, ao pensar um ensino de qualidade, reportamo-nos à

biblioteca escolar como espaço dinâmico, que, além de desenvolver o

conhecimento, está intimamente ligada à leitura prazerosa e a momentos que levem

os alunos a manusear livros de histórias, e realizar todos os tipos de práticas que lá

existem, visando à apropriação de conteúdos disponíveis naquele espaço.

Esperava-se que os alunos buscassem respostas às suas indagações e

pudessem, por meio dessa atividade, desenvolver maturidade para o uso da

biblioteca e autonomia na escolha da leitura, utilizando o espaço cada qual de um

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jeito próprio, seguindo os interesses pessoais e fazendo valer as novas informações,

vivências e emoções adquiridas nos livros, pois conforme Chartier,

Cada leitor, a partir de suas próprias referências, individuais ou sociais, históricas ou existenciais, dá um sentido mais ou menos singular, mais ou menos partilhado, aos textos de que se apropria. Reencontrar esse fora – do – texto de que se apropria. Reencontrar esse fora – do – texto não é tarefa fácil, pois são raras as confidências dos leitores comuns sobre suas leituras. (CHARTIER, 1996, p. 20).

Para o desenvolvimento de nossa proposta, partiu-se do pressuposto de que

a leitura é uma atividade de lazer que dá asas à imaginação, possibilitando-nos

mergulhar em águas profundas e dialogar com seres conhecidos, desconhecidos e

consigo mesmo.

Por causa do desenvolvimento de tais habilidades, consideramos a leitura

uma das competências mais importantes a serem trabalhadas com os alunos.

Alguns problemas em relação ao uso que os alunos faziam da biblioteca eram

facilmente percebidos e os motivos para este mau uso são variados e começam fora

da escola.

No início de nosso trabalho fizemos uma enquete e ficou claro que alguns dos

alunos não compreendiam a biblioteca escolar como um espaço de aprendizagem e

de estudo. Além disso, a família não é presente no momento da leitura em casa e

também não se faz presente na escola, a não ser quando solicitados. Incorporamos

a estes fatos, o de que perdemos nossos alunos no momento em que os mesmos

caminham para o seu primeiro dia de aula na 5ª série do ensino fundamental,

chegando com muitas expectativas e, como eles nos disseram: “somos recebidos

como um aluno a mais na escola.”.

É nesse momento que perdem o contato com as fantasias infantis e começam

a enfrentar um mundo desconhecido e cheio de uma realidade insatisfatória, que

não deveria existir num ambiente em que se desenvolve a educação como um todo.

Nos momentos em que se fala em leitura ou mesmo em biblioteca, os alunos

em uníssono reclamam que os livros são muito chatos, as histórias esquisitas, não

há livros novos, sempre os mesmos, com leituras cansativas que não interessam,

porém, segundo Perissé (2005), a leitura deveria ser elogiada por sua total

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importância em nosso dia a dia, nos dando acesso a informações e formando

valores em nossas vidas, pois.

Ao ler, ponho em ação os sentimentos, a vontade, a memória, a imaginação, a inteligência. Nasce dentro de nós uma agitação bem organizada, como a dos formigueiros e das colméias. Prazer trabalhoso, sem dúvida, mas cheio de vida e de jogo. (PERISSÉ, 2005, p. 24).

A falta de leitura na família, uma biblioteca escolar sem estímulo, inexistência

de coordenação organização da leitura, o despreparo dos profissionais que lá

atuam, a desarmonia entre sala de aula e biblioteca, a imposição de leituras

uniformes para os alunos, fazem com que no plano cultural a biblioteca seja menos

procurada e a análise crítica menos exercitada.

A falta de união entre os professores das outras disciplinas, também contribui

para que não haja um aprendizado satisfatório.

Na tentativa de mudar este quadro, pensamos em ações que viabilizassem a

autoconstrução do conhecimento na formação para a cidadania, através da leitura e

reconstrução das histórias infantis, tendo como objetivos específicos: (a) Propiciar

aos alunos momentos de pensar a biblioteca escolar como um local de grande

potencial de aprendizagem; (b) Estimular o gosto pela leitura das histórias infantis

clássicas e suas interpretações; (c) Promover a prática da leitura entre os alunos,

além da reflexão crítica sobre as obras; (d) Propor leituras de textos que abarcam

diversidades culturais, bem como reconstruir as histórias infantis; (e) Incentivar

visitas das famílias à escola através de apresentações referentes à contação de

histórias.

METODOLOGIA

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A metodologia de intervenção pedagógica usada no projeto foi à pesquisa-

ação. Hugues (2007), tendo como centro um problema concreto, propõe uma ação

que visa à mudança social. O autor detalha essa intervenção da seguinte forma:

A pesquisa-ação é antes de tudo um modo de intervenção coletiva que se insere em um processo de mudança social. É realizada junto a grupos reais e é centrada em uma situação concreta, que constitui problema. Sua duração é a de um projeto de intervenção. Persegue dois objetivos concomitantes: modificar uma dada situação e adquirir novos conhecimentos. Pressupõem-se vínculos estreitos entre pesquisadores e atores. Fortalece o relacionamento entre teoria e prática. Permite gerar conhecimentos novos e originais. Tem um alcance sócio político maior. (HUGUES, 2007, p.77)

Adotando a proposta de Hugues, desenvolvemos um trabalho por meio do

qual propiciamos aos alunos momentos de pensar a biblioteca escolar como um

local de grande potencial de aprendizagem. Estimulamos o gosto pela leitura de

histórias infantis, interpretação e sua reconstrução. Promoveu-se a prática da leitura

entre os alunos, além da reflexão crítica sobre as mesmas, propusemos leituras de

textos que continham tanto diversidades culturais, como também o incentivo a visita

das famílias na escola.

Portanto, a proposta levou os alunos a serem inseridos no mundo da escrita e

dos mais variados escritores. Foram enfatizadas histórias infantis clássicas

explorando-as como uma das possibilidades de enfrentamento de problemas reais

com coragem de adulto e inocência de criança, que, segundo Bettelheim (2004, p.

20).

(...) enquanto diverte a criança, o conto de fadas esclarece sobre si mesmo e favorece o desenvolvimento de sua personalidade. Oferece significado em tantos níveis diferentes, e enriquece a existência da criança de tantos modos que nenhum livro pode fazer justiça à multidão e diversidade de contribuições que esses contos dão à vida da criança. (BETTELHEIM, 2004, p.20)

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O aspecto relevante deste trabalho estava em compreender a importância da

conquista do leitor através da relação prazerosa com as histórias infantis, em que o

sonho e a fantasia misturam-se numa única realidade, e o levam a viver as emoções

juntamente com os personagens da história conseguindo, assim, relacionar

situações de ficção com a vida real.

Nessa perspectiva, o trabalho proposto e desenvolvido foi de extrema

importância para o Colégio Estadual Ary Barroso – Ensino Fundamental e Médio,

pois obtivemos a interação dos alunos com as obras literárias, e encontrou-se a

riqueza dos aspectos formativos e maior compreensão do texto e do contexto,

formando-se um leitor fluente e crítico.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

As Diretrizes Curriculares da Educação Básica da Língua Portuguesa do

Estado do Paraná (2008) propõem aos alunos que ampliem seus horizontes de

expectativas, no que se refere à leitura. Esta proposta das Diretrizes deveria ser

mais que uma proposta e, sim, se concretizar nas práticas escolares dos alunos.

Mas, diante da nossa realidade educacional, observamos que é urgente que esta

ampliação de horizontes via formação de leitores aconteça. Pensando assim,

consideramos que é de extrema importância que os alunos adquiram o hábito da

leitura como forma de lazer e possuam consciência de que a biblioteca escolar é a

válvula que proporciona esse conhecimento. Se isso é atingido, temos verdadeiros

alunos leitores.

Outro ponto de muita importância neste processo é que os alunos sejam

ativos no processo ensino/aprendizagem, e considerem sua experiência de vida

através do discurso que se tem. Tendo esta expectativa em nosso horizonte, foi que

propusemos e implementamos nosso projeto.

Um trabalho prévio foi procurar teóricos que pudessem embasar nossa

proposta teoricamente. Dentre vários autores estudados antes da implementação,

Chartier (1990, p. 17) propõe que se faça uma relação da experiência de vida do

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aluno leitor, com as obras literárias lidas por eles, levando-os a compreender a

apropriação dos mesmos sobre conceitos variados.

Por isso, é necessário acreditar numa escola que forme leitores fluentes e

críticos, que possam fazer opções conscientes e de forma livre.

A leitura prazerosa é bem vinda a esse leitor fluente, pois fará parte de sua

formação.

A leitura é um processo constante, que deve ser desenvolvido desde cedo em

casa, com o apoio da família, a qual deve propiciar momentos de leitura formando

assim o interesse e o hábito de mergulhar nas diferentes histórias.

Tal hábito se aperfeiçoa na escola e continua por toda a vida e, quanto mais

cedo o estudante tiver contato com os livros, antes perceberá o prazer que a leitura

produz e, maior será a chance de se tornar um adulto leitor.

A formação do pequeno leitor através da leitura é um processo de

conhecimento que envolve a atenção, pensamento e linguagem. Ao passar por esse

processo, o aluno torna-se crítico/reflexivo, pois desenvolve habilidades que o

permite entrarem em contato com o mundo letrado e nele interferir.

Com base em informação provinda de nossa experiência como docente,

afirmo que, se soubermos aproveitar esse interesse nato na criança, podemos

formar melhor um adulto que pode interagir criticamente com a sociedade na qual

está inserido. Luckesi (1993, p.140) ajudou-nos a formular esta proposta, pois ele,

ao refletir sobre a educação, propõe uma ligação entre teoria, prática e sociedade,

bem como a postura pedagógica e procedimentos do ensino de forma extremamente

filosófica. O autor ainda diz que

A apropriação dos conteúdos exige um esforço mental de compreensão e de exercitação, que por si possibilita uma elevação do nível de compreensão, de abstração e de formalização da mente, cada vez mais necessário ao ser humano. Assim, esse trabalho de inserção e aderência à leitura na infância será muito propício à formação do adulto. (LUCHESI, 1993, p. 140)

E, entre os autores que ressaltam a importância da leitura, Rangel (2005, p.

92) acredita que ler por prazer nos leva a desejar ler sempre e reler cada vez mais e

é aí que vem à tona em nossas vidas o que ainda não havia sido revelado.

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Além de a atividade de ler auxiliar a formação cognitiva do homem, estudos

indicam que a leitura infantil está ligada historicamente a ideologias, como a de

valorizar a família e também as crianças, conforme nos diz Zilberman (2003).

Histórias infantis nos levam a educar, pois é um exercício da imaginação que

traz muitos proveitos às crianças. As fantasias ajudam na formação da

personalidade possibilitando aos alunos fazer questionamentos (Dohme 2010).

Ao se referir à leitura do texto literário, Jouve (2002) traça uma discussão

fundamentada das teorias da recepção e suas perspectivas teóricas, ressaltando

que o ato de ler é complexo e por este motivo destaca caminhos que identificam a

leitura e o leitor, o qual tem o conteúdo narrativo antecipado, isto é, o leitor formula

hipóteses e faz previsões às quais podem ser confirmadas ou descartadas.

RELATO DA IMPLEMENTAÇÃO

Diante da teoria e pensando em um ensino de qualidade, reportei-me à

biblioteca escolar como espaço dinâmico, que, além de desenvolver conhecimento,

está intimamente ligada à leitura, e às práticas que dela decorrem.

A biblioteca escolar contribui para a formação intelectual e o desenvolvimento

dos alunos/cidadãos, pois é palco onde buscarão a riqueza dos aspectos formativos

e maior compreensão do texto e do contexto, visando a sua formação leitora, crítica

e fluente.

Esta proposta de leitura é um desafio aos alunos da 5ª série do ensino

fundamental e coube a mim, professora de língua portuguesa, dar vida ao material

que foi utilizado, organizando, conduzindo, orientando todo o processo

ensino/aprendizagem que visou ressignificar a biblioteca escolar e que promoveu o

envolvimento dos alunos na revalorização do espaço.

Ao desafiar os alunos à descoberta, como se fosse um jogo de ideias,

objetivei viabilizar a autoconstrução do conhecimento na formação para a cidadania,

através da leitura e reconstrução das histórias infantis.

Este processo, guiado metodologicamente pela pesquisa-ação, gerou alunos

apaixonados pela leitura, pois eles foram conduzidos por um jogo proposto pelo

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material e se envolveram com as atividades. A prática da leitura foi estimulada

através da obra “Que História é Essa?” do autor Flávio de Souza.

O material foi desenvolvido em quatro unidades e cada uma apresenta

atividades com dificuldades progressivas em formato de jogo. Apresento, a seguir,

as unidades do material.

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Unidade 1

Na unidade 1 propusemos um questionário que permitiu ao professor

conhecer a vida dos alunos, proporcionando um perfil à formação dos leitores.

Para a realização da coleta de dados foram utilizados os seguintes

questionamentos:

1. Data do preenchimento do questionário, município e estado;

2. Mora com os pais?

3. Nome do pai e nome da mãe;

4. Mora com parentes?

5. Nome do parente;

6. Você costuma utilizar a biblioteca escolar fora do período de aula?

7. Considera o horário de atendimento da biblioteca escolar adequado aos seus

interesses?

8. A biblioteca escolar é agradável e atrativa?

9. O local da biblioteca escolar é favorável para a utilização por vários alunos ao

mesmo tempo?

10. Livros para pesquisa são fáceis de serem encontrados na biblioteca escolar?

11. Procura livros de aventuras e romances na biblioteca escolar e os encontra?

12. Seus pais ou responsáveis leem com você?

13. Na biblioteca escolar você:

( ) pesquisa ( ) conversa ( ) lê

14. Quais histórias clássicas infantis você conhece? Cite 3.

As respostas do questionário estabeleceu um perfil da turma e permitiu que

eu avaliasse melhor minhas atitudes e o modo com que iria expor e conduzir as

atividades propostas no material didático “Reconstruindo Histórias Infantis”.

Os alunos se sentiram à vontade para responder o questionário.

E, com o intuito de analisar e interpretar todas as respostas obtidas, as

explicações trouxeram muitos comentários que esclareceram significativamente

vários pontos sobre o tema “leitura”.

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A elaboração deste questionário foi muito importante para a pesquisa, pois

possibilitou fazer uma coleta de dados a respeito dos conhecimentos dos alunos, no

que se refere à leitura, bem como os anseios em expandir e ampliá-los.

Ao analisar, as respostas do questionário, verificou-se a falta de leitura e o

desconhecimento por parte de alunos sobre alguns clássicos infantis e a

consequência é constatada na sala de aula, desde a interpretação de atividades

simples, problemas matemáticos, até percorrer todas as disciplinas e resultando na

defasagem de conteúdos. Confirmamos a hipótese de que nossos alunos possuem

grandes dificuldades na leitura, em especial a leitura de livros.

A partir dos resultados foi moldado o material didático para aceitação e

interpretação dos alunos.

Através das informações verifiquei nos alunos uma mudança tanto de

opiniões como interesse em frequentar a biblioteca escolar e em leituras variadas.

O primeiro passo foi promover uma situação em que os alunos se sentissem

parte integrante do processo de construção do espaço escolar. Para que isso

acontecesse, sugerimos aos alunos, que déssemos um nome à biblioteca escolar e

para minha felicidade aceitaram e, logo após, foram lançados dois nomes e um foi

escolhido através da votação de todos os estudantes, professores, funcionários e a

direção do Colégio. Este foi o primeiro passo para que os alunos se sentissem

cidadãos que interagem em sua comunidade.

Seguiu-se com a organização e inauguração da biblioteca escolar “Asas da

Imaginação”, que foi um sucesso, pois contamos com a participação da comunidade

escolar, Prefeito e autoridades. Os alunos perceberam como o empenho deles

motivou a comunidade escolar e a externa, pois a inauguração virou notícia na

cidade e demos entrevistas e as notícias foram veiculadas em vários Blogs e no

“Jornal do Paraná”.

Uma vez vencida esta etapa, iniciou-se outra ação, a de exploração da

biblioteca.

A primeira atividade foi a busca do nome de um conto que fez com que os

alunos explorassem a biblioteca escolar e estabelecessem com ela uma relação de

amor/cuidado e busca, busca das histórias infantis, amor e cuidado com o espaço e

toda sabedoria que lá existe.

Essa proposta fez com que os alunos desfizessem a ideia estereotipada de

que biblioteca escolar é local de casmurrice e ensimesmamento.

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Os alunos puderam entender a biblioteca escolar como espaço de um jogo de

descobertas.

Unidade 2

Na unidade 2 a organização do material seguiu as mesmas diretrizes.

Organizamos a unidade como um jogo a começar pelo título da unidade “A Vrapala

ou A Palavra” que já remetia os alunos a um desafio de adivinhação. Quando

trocamos a ordem das sílabas, já indicamos aos alunos a nossa intenção em

desafiá-los.

Queremos ressaltar dois objetivos desta unidade. O primeiro é o desafio de

busca na biblioteca. À princípio, foi dito aos alunos que eles teriam que descobrir

qual era a história clássica da qual a unidade falava. Eles tiveram acesso ao título,

com as sílabas trocadas, “Ora Camalba de Die ou O Dragão”. O aluno teria que

decifrar qual era o título da história ao mesmo tempo em que fazia uma busca pela

biblioteca do livro em questão.

A história foi lida para os alunos. Tratava-se da versão de um famoso conto

de fadas.

O trabalho com versão nos leva ao segundo objetivo da unidade que

gostaríamos de ressaltar, o trabalho com a intertextualidade entre diferentes

histórias.

Ao interpretar a história “Ora Camalba de Die”, os alunos contaram a história,

porém cada um do seu jeitinho.

Utilizamos algumas perguntas para o desenvolvimento da interpretação

crítica:

a. Quem era a personagem principal?

b. A história se passou na lua?

c. Porque o dragão queria ganhar um montão de salsichas?

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Logo após, assistimos ao filme da Bela Adormecida e os alunos traçaram um

paralelo entre a História “Ora Camalba de Die ouo Dragão” e a Bela Adormecida.

Ampliamos nossos horizontes de conhecimentos, sabendo “Quem é Flávio de

Souza”.

Unidade 3

Propusemos, na unidade 3, que os alunos percebessem a relação entre

diferentes histórias e diferentes linguagens narrativas, como o livro, o filme e o

teatro. O título dado à unidade foi “Ao Roã Meija ou o Passarinho” e para que o jogo

acontecesse foram feitas três brincadeiras:

a. A história foi contada por meio de bonecos;

b. Foi organizado um tribunal, para serem julgados os personagens tidos como

bons no conto de fadas proposto, por meio dele, eles se exercitaram na prática do

debate, aprenderam a ouvir e a falar de forma mais organizada e propícia para a

prática social;

c. Em bolinhas de isopor, foram colocadas personagens para que fossem

relacionados à história lida, através de mímica e a turma tentou descobrir também o

nome de várias histórias infantis.

Para que as famílias se envolvessem nas atividades, enviamos uma tarefa

para que fosse realizada em casa, onde os pais ou responsáveis auxiliaram seus

filhos na elaboração de um final diferente para a história.

E, para incentivar esta prática, as produções foram lidas em sala de aula e

afixadas em painel para apreciação de todos, então a atividade não ficou restrita a

ela mesma.

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Unidade 4

Rateratuli e Satomenpen ou Literatura e Pensamento define o processo de

Produção de Texto que está inserido na unidade 4, em que a imaginação está a mil

por hora, pois do texto “Opão Jéfe e Doe Jóia ou A Vaca” foi contado apenas o final,

para que o início fosse elaborado pelos alunos.

O aluno/leitor já possui subsídios para a elaboração de contos de fada e para

a produção da história dos seus sonhos.

Aprendeu-se que cada um pode contar histórias do seu jeito. E, conforme

Flávio de Souza, você pode mudar uma história inteira, o final, o começo e o meio,

trocar os personagens, acrescentar, pode fazer o que quiser, pois a história é sua.

A proposta de uma publicação coroou o processo de aprendizado dos alunos.

A apresentação de seus textos foi feita na Feira da Lua, um evento da cidade

de Wenceslau Braz que acontece semanalmente.

As atividades realizadas pelos alunos não ficaram restritas à escola,

finalmente puderam perceber que existe uma relação entre o que se aprende dentro

dos muros e o mundo lá fora.

Baseados na história elaborada, cada aluno fez um desenho para a capa do

livreto e a classe toda escolheu o melhor. Houve a exposição das histórias em

painéis.

À noite mais sonhada da vida de cada aluno, aconteceu com a realização da

contação de suas histórias escritas e o Baile a fantasias.

GTR – GRUPO DE TRABALHO EM REDE

O Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE previu que, além do

trabalho com os alunos, os professores participassem de um GTR (Grupo de

Trabalho em Rede), propondo assim um trabalho em várias frentes.

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A produção didático-pedagógica foi apresentada aos professores da rede

pública através do GTR e a capacitação foi muito participativa resultando inúmeras

sugestões de atividades didáticas para serem usadas com nossos alunos.

Os professores se sentiram contaminados com a ideia e com um material

didático diferenciado, pois encontraram nesta proposta a possibilidade de solução

dos problemas que temos em comum.

E, enquanto trocávamos experiências através do GTR, algumas professoras

tomaram para si a proposta de leitura, fizeram alguns ajustes de acordo com a

realidade de suas turmas e estavam tendo resultados maravilhosos quanto à prática

da leitura.

Vale ressaltar a experiência de uma professora de sala de recursos, que

adaptou o projeto proposto e trabalhou fantoches com seus alunos, desde a

confecção até a apresentação, obtendo sucesso.

Conforme trocávamos ideias no GTR, fui moldando as atividades levadas aos

alunos.

A interação com outros professores foi muito enriquecedora como ficou

evidenciado em todo o processo da capacitação.

Muitos foram os testemunhos dos participantes, porém citarei apenas três:

DEPOIMENTOS

Professora, apesar das dificuldades que são tantas, devemos pensar num ensino de

qualidade e depende de nós professores esta mudança. Professor 1

Esta proposta nos leva a refletir sobre a leitura e as dificuldades que enfrentamos,

além de promover a prática da leitura entre os alunos. Professor 2

Compete à escola preservar a cultura, cultura formada por hábitos, brincadeiras,

músicas e uma série de costumes que caracterizam um povo, uma família, um grupo

social. Encontramos neste contexto cultural, clássicos literários que tendem a

extinguir-se em virtude da pouca valorização da leitura, e ainda pelo contato das

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novas gerações com recursos tecnológicos que disseminam os mais variados textos

da atualidade. Sendo assim, nos cabe preservar os textos infantis que favorecem a

imaginação, o sonho, a fantasia, tão peculiar do público infantil. Devemos inserir na

prática em sala de aula a contação de histórias voltadas para o resgate de valores

morais e das virtudes esquecidas pelos mesmos. Podemos utilizar pesquisas

biográficas, extraindo conteúdos de livros que abordem esses temas. Só assim

conseguiremos estimular nossas crianças, fazendo com que ela tenha prazer de ler,

tornando-se um futuro leitor, e para que isso se concretizasse, devemos

disponibilizar todo material de leitura. Professor 3

Assinalo neste artigo a importância do GTR no amadurecimento do projeto

Reconstruindo Histórias Infantis, como também na aplicação em sala de aula, pois a

troca de ideias e as sugestões enriqueceram o trabalho.

Além de crescermos profissionalmente, conquistamos amizades que nunca

serão esquecidas.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho traduziu o resultado da prática pedagógica através das

clássicas histórias infantis, em que foram enfatizadas as obras de Flávio de Souza,

como parte integrante do desenvolvimento do projeto PDE / 2010, da Secretaria de

Estado da Educação do Estado do Paraná.

Os alunos foram levados ao desenvolvimento linguístico, bem como a um

processo de crescimento intelectual e social.

O aspecto relevante deste trabalho esteve em compreender a importância da

conquista do leitor através da relação prazerosa com as histórias infantis, em que o

sonho e a fantasia misturam-se numa única realidade. A proposta levou o

aluno/leitor a viver as emoções juntamente com os personagens da história

conseguindo, assim, relacionar situações de ficção com a vida real, além disso,

posicionou o estudante como um indivíduo atuante frente à sua comunidade.

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O presente projeto foi de extrema importância para o Colégio estadual Ary

Barroso – Ensino Fundamental e médio, sendo visível a interação dos alunos com

as obras literárias, pois buscaram a riqueza dos aspectos formativos e maior

compreensão do texto e do contexto. Iniciamos então a formação de leitores fluentes

e críticos.

Temos bons alunos, precisamos de bons professores que queiram realmente

fazer a diferença na educação paranaense.

No decorrer de todo o processo, desde a elaboração do projeto até sua

implementação, obtive experiências variadas, mas a principal foi que o trabalho em

grupo, o estar aberta para receber novas ideias e partilhar um pouco do que se tem,

é muito gratificante.

Jouve (2002, p. 77) menciona que o requestionamento de si está na

interpretação da leitura, pois o leitor passa a se redescobrir e o PDE/2010 me

proporcionou momentos de descoberta e redescoberta na UEPG (Universidade

Estadual de Ponta Grossa), em contato com professores preparados e com uma

enorme bagagem de conhecimentos que nos possibilitou mergulhar em águas

profundas do conhecimento.

Passamos por momento de muitas dificuldades em que o desespero por

vezes tomou espaço em nossas vidas, mas deixo as palavras de Riomá Taquinna

rapa xaorefle3

As pessoas sem imaginação podem ter tido as mais imprevistas aventuras, podem ter visitado as terras mais estranhas... Nada lhes ficou. Nada lhes sobrou. Uma vida não basta apenas ser vivida: também precisa ser sonhada. (Mário Quintana)

3 Observação: Não conseguiu descobrir o que significa ”Riomá Taquinna rapa xaorefle”?Misture as

sílabas e terá: “Mario Quintana para reflexão”

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