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Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude Secretaria Executiva de Assistência Social Gerência de Projetos e Capacitação Centro Universitário Tabosa de Almeida – ASCES-UNITA

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Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e JuventudeSecretaria Executiva de Assistência Social

Gerência de Projetos e CapacitaçãoCentro Universitário Tabosa de Almeida – ASCES-UNITA

ATUALIZAÇÃO SOBRE A ORGANIZAÇÃO E OFERTA

DOS SERVIÇOS DA PROTEÇÃO SOCIAL

ESPECIAL

CURSO

Facilitador(a): Brigida Taffarel

PÚBLICO DA PSE E AS SITUAÇÕES DE VIOLAÇÃO DE DIREITOS

SITUAÇÕES DE VIOLAÇÃO DE DIREITOS

violência física; violência psicológica; negligência; maus tratos; violência sexual (abuso e/ou exploração

sexual); afastamento do convívio familiar devido à

aplicação de medida socioeducativa ou medida de proteção;

tráfico de pessoas;

SITUAÇÕES DE VIOLAÇÃO DE DIREITOS

situação de rua; Abandono; vivência de trabalho infantil; discriminação em decorrência da

orientação sexual e/ou raça/etnia; e descumprimento de condicionalidades do

Programa Bolsa Família em decorrência de violação de direitos.

PENSANDO O PÚBLICO

CRIANÇA E ADOLESCENTE :

- O atendimento depende do desenvolvimento de

ações integradas dos serviços

socioassistenciais e das políticas setoriais

(Sujeitos de vários direitos imprescindíveis ao

seu desenvolvimento integral: ECA / convivência

familiar e comunitária = PNDCFC)

- Se são sujeitos de direitos, não devem/não

podem ser considerados menores incapazes,

objetos de tutela e de submissão.

PENSANDO O PÚBLICO

Número da violação de direitos no Brasil (2015):Disk 100: 137.516 atendimentos sobre violação direitos, sendo:• 80,4 mil contra criança e adolescentes. 17.588 violência sexual.

• 32,2 mil contra pessoa idosa.• 9,6 mil contra pessoa com deficiência• 1,9 mil contra população LGBT (Lésbicas, Gays,

Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros).• 1,06 mi relacionado a desigualdade racial• 1,5 mil contra a mulher.

EXEMPLO

UNICEF: a face mais trágica das violações de direitos que afetam meninos e meninas no Brasil são os homicídios de adolescentes. De 1990 a 2014, o número de homicídios de brasileiros de até 19 anos mais que dobrou: passou de 5 mil para 11,1 mil casos ao ano (Datasus, 2014). Isso significa que, em 2014, a cada dia, 30 crianças e adolescentes foram assassinados*.As vítimas têm cor, classe social e endereço. São em sua maioria meninos negros, pobres, que vivem nas periferias e áreas metropolitanas das grandes cidades.

Brasil está em segundo lugar no ranking dos países com maior número de assassinatos de meninos e meninas de até 19 anos, atrás apenas da Nigéria (Hidden in Plain Sight, UNICEF, 2014).PE 10º BRASIL – como está essa realidade em seu município?????

PENSANDO O PÚBLICO

GÊNERO :

- A Proteção Social deve considerar a igualdade entre

mulheres e homens, o respeito às diferentes

orientações sexuais e a igualdade de oportunidades

para todas as pessoas.

- Mulher: pensar no papel reservado e na

responsabilização e culpabilização por situações

que envolvem membros da família.

- Subalternidade e negação da cidadania são

frequentes = compreender a relação homem x

mulher.

- Plano Nacional de Políticas para as Mulheres (PNPM)

– alinha o Brasil às convenções internacionais.

EXEMPLO

Embora muitos avanços tenham sido alcançados com a Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006), ainda assim, hoje, contabilizamos 4,8 assassinatos a cada 100 mil mulheres, número que coloca o Brasil no 5º lugar no ranking de países nesse tipo de crime.

Segundo o Mapa da Violência 2015, dos 4.762 assassinatos de mulheres registrados em 2013 no Brasil, 50,3% foram cometidos por familiares, sendo que em 33,2% destes casos, o crime foi praticado pelo parceiro ou ex. Essas quase 5 mil mortes representam 13 homicídios femininos diários em 2013.

PENSANDO O PÚBLICO

DIVERSIDADE SEXUAL:

- A vulnerabilidade da população LGBT (Lésbicas,

Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) se

refere à vivencia de preconceito e discriminação,

com impactos na fragilização e/ou rompimento

dos vínculo, abandono dos estudos, fragilidade

no acesso ao mercado de trabalho.

CURIOSIDADE?

No dia 17 de março de 1991, a Organização das Nações Unidas(ONU) retirava a homossexualidade do Código Internacional de Doenças da OMS (Organização Mundial da Saúde). Desde então, a data foi instituída historicamente como o Dia Internacional de Combate à Homofobia, em diversos países, inclusive no Brasil. Mas mesmo com os avanços no campo dos direitos sociais, a população LGBTT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros) ainda luta contra violência física e moral que pode partir do ambiente acadêmico, trabalhista e até mesmo do familiar

EXEMPLO

Brasil é o país que mais mata homossexuais no mundoVulnerabilidade: renda, cor, território (acessos), vínculos.

Pesquisa feita pelo Grupo Gay da Bahia (GGB) revela que o Brasil segue como campeão mundial em homicídios de homossexuais: de cada cinco gays ou transgêneros assassinados no mundo, quatro são brasileiros.

(VÍDEO: https://www.youtube.com/watch?v=KXYtmju2mkw)

PENSANDO O PÚBLICO

IDOSO:

- O idoso é um dos públicos prioritários da Assistência

Social. A Lei no 10.741- Estatuto do Idoso preceitua a

garantia de que os idosos tenham acesso à rede de

serviços de saúde e de assistência social local.

- Estatuto idoso: A assistência social aos idosos será

prestada de forma articulada e àqueles sem condições de

prover sua subsistência o direito a benefício mensal de

1(um) salário-mínimo (LOAS);

- A garantia do direito à convivência familiar e à convivência

social, aos cuidados e à promoção da autonomia e do

protagonismo dos idosos, também são objetivos dos

serviços da PSB.

EXEMPLO

- Negligência ainda é a principal forma de violência contra o idoso Segundo a coordenadora-geral do Conselho Nacional dos Direitos do Idoso, Ana Lúcia da Silva: “é a primeira violência identificada e faz com que se abram portas para outras formas de violações”.

- “ As pessoas não estão se preparando psicologicamente para compreender e assumir o envelhecimento. Existe uma negação, as pessoas querem continuar jovens. Com isso, é muito mais difícil definirmos o perfil do que será o espaço mais adequado para que possamos ter essa convivência”.

- 76,48% = violações são cometidas nas casas das vítimas; 51,55% dos casos denunciados, os próprios filhos são os suspeitos das agressões

- Fonte: EBC

PENSANDO O PÚBLICO

RAÇA E ETNIA: NEGROS

- A Proteção Social diz respeito a responsabilidade de atuar na

prevenção e combate as diversas expressões de preconceito,

discriminação e subalternização dos negros e negras.

- Estatuto da Igualdade Racial e o Plano Nacional de Promoção da

Igualdade Racial.

- Governo golpista Portaria 1.129 que facilita trabalho escravo

Vídeo: CONSCIÊNCIA NEGRA

PENSANDO O PÚBLICO

RAÇA E ETNIA: INDÍGENA

Vídeo: INDIOS EM PROTESTO

PERÍODO COLONIAL: Havia entre 3 e 5 milhões de indígenas no Brasil

ATUALMENTE / IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística):- Pessoas que se consideram

indígenas: 734.131 mil pessoas- Pessoas vivendo em reservas:

385 mil pessoas.

- Agosto 2017: assassinato 20 índios flecheiros = garimpeiros

POP INDIGENA

COLONIA ATUAL

POPULAÇÃO INDIGENA EM PERNAMBUCOIBGE/2010

MUNICÍPIO POP MUNICÍPIO URB MUNICÍPIO RURAL

PESQUEIRA 9335 PESQUEIRA 4048 PESQUEIRA 5287

TACARATU 4095 RECIFE 3665 TACARATU 3635

CARNAUBEIRA P. 3961 ÁGUAS BELAS 3236 CARNAUBEIRA P. 3249

ÁGUAS BELAS 3675 JABOATÃO 1513 JATOBÁ 2614

RECIFE 3665 CABROBÓ 1151 CABROBÓ 2488

CABROBÓ 3639 PETROLÂNDIA 1137 IBIMIRIM 1703

JATOBÁ 3010 OLINDA 941 INAJÁ 1555

PETROLÂNDIA 2157 PAULISTA 830 SALGUEIRO 1480

SALGUEIRO 2040 CARNAUBEIRA 712 FLORESTA 1229

IBIMIRIM 1901 MIRANDIBA 656 PETROLÂNDIA 1020

TOTAL 37.478 16.738 24.260

http://indigenas.ibge.gov.br/graficos-e-tabelas-2.html

TEMER: Revoga decreto de demarcação das terras. indígenas... “esse governo é mesmo subserviente do poder econômico vinculado ao agronegócio”.

TEMER: Assinou um parecer que pode bloquear novas demarcações de terras indígenas = só poderão ser demarcadas áreas ocupadas pelos índios até a data da Constituição Federal (1988) ... “aceno à bancada ruralista”.

https://brasil.elpais.com/brasil/2017/07/21/politica/1500589783_221019.htmlhttp://cartacampinas.com.br/2017/08/governo-temer-acaba-com-reserva-e-poe-em-risco-biodiversidade-e-indigenas/

EXEMPLO DO QUE SE PERPETUA NO SISTEMA CAPITALISTA

Reconhecimento e Indenização deTerritórios Quilombolas

29.500.000

8.003.248

4.920.000

1.846.611

0

5.000.000

10.000.000

15.000.000

20.000.000

25.000.000

30.000.000

35.000.000

2015 2016 2017 2018

PLOA 2018Corte de 62.5%

Apoio ao Desenv. Sust. das Comunidades Quilombolas

Povos Indígenas e Comunidades Tradicionais

1.790.167

1.288.920 1.268.718

00

200.000

400.000

600.000

800.000

1.000.000

1.200.000

1.400.000

1.600.000

1.800.000

2.000.000

2015 2016 2017 2018

PLOA 2018EXTINTO

EXEMPLO

MAPA DA VIOLÊNCIA 2016

No período compreendido entre 2003 e 2014, o número de homicídios por arma de fogo entre a população branca diminuiu 26,1% e entre a população negra aumentou 46,9%.

Em 2003 morreram 71,7% mais negros do que brancos e, em 2014, esse número saltou para 158,9%, o que significa que morreram 2,6 vezes mais negros que brancos vitimados por arma de fogo.

PENSANDO O PÚBLICO

PESSOA COM DEFICIÊNCIA:

- Atuação da política de assistência social é progressiva, seja por

meio da oferta do BPC ou dos programas e serviços.

- No caso da PSB, a Tipificação Nacional prevê que para aquelas

famílias com pessoas com deficiência que vivenciam situações de

risco social, devem ser ofertados serviços de convivência e

fortalecimento de vínculos nos equipamentos públicos ou no

domicílio, articulados com o PAIF e com a oferta dos benefícios

monetários.

- O Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência - Plano

Viver sem Limite (2011) expressa o compromisso firmado pelo

Estado Brasileiro com os termos da Convenção da Organização

das Nações Unidas (ONU) sobre os Direitos das Pessoas com

Deficiência.

Estatuto da Família (PL 6583/2013)

Se aprovado, o Estatuto irá retirar direitos de outras pessoas cuja composição familiar não é a de união entre homem e mulher, como homens e mulheres sem cônjuge e exclui diversos arranjos familiares, não apenas a família homoafetiva.Define como família a união entre homem e mulher, e exclui a união homoafetiva de direitos já conquistados como herança, guarda dos filhos e inclusão do(a) parceiro(a) em planos de saúde, dentre outros.

Maioridade Penal (PEC 171/1993)

Resumo: reduz a maioridade penal para 16 anosSituação: aprovado na Câmara, está agora no Senado.Perspectiva: o Senado não aprova e vai optar por modificar o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), aumentando o tempo de reclusão e, eventualmente, retirando a condição de primário do até então menor de idade.

Criminalização da vítima de violência sexual (PL 5069/2013)

Resumo: abre brechas para punir qualquer pessoa que oriente o uso de método contraceptivo e preste orientações sobre o aborto legal definido pela ConstituiçãoSituação: Aguarda inclusão na pauta da Câmara. Esse projeto deve perder densidade, caso Cunha seja afastado. Não tem apoio político suficiente para, sem ele, ser pautado. Depende de alguém muito conservador, mas a tendência é que não passe pelo colégio de líderes da Câmara.

Flexibilização do Conceito do Trabalho Escravo (PLS 432/13)

]Resumo: desconfigura e ameniza o conceito de trabalho escravoSituação: retirado da pauta do Senado após pressão dos movimentos sociais, passará por todas as comissões do SenadoPerspectiva: há várias iniciativas na Câmara e no Senado para modificar o Código Civil e dar conteúdo semelhante ao que a OIT (Organização Internacional do Trabalho) prevê e que é mais brando do que a legislação brasileira. Tema tem apelo popular contrário e pode cair, mas dependente também da sinalização do governo, que ainda não se manifestou.

Redução da idade de trabalho (PEC 18/2011)

Resumo: autoriza o trabalho de regime parcial a partir dos 14 anosSituação: está na CCJ (Comissão de Constituição Justiça e Cidadania da Câmara) e aguarda aprovaçãoPerspectiva: A PEC exige 308 votos, fórum qualificado. Não é um assunto que mobilize todas as bancadas conservadoras e não deve ir a plenário, porque depende da Constituição de uma comissão especial, que consumiria 40 sessões. Não é uma das maiores ameaças.

DIREITO A PROTEÇÃO FAMILIAR E A ALIMENTAÇÃO

DIREITO A TER VÍNCULOS FORTALECIDOS

DIREITO A MORADIA DIGNA E PROTEÇÃO

DIREITO AO LAZER E NÃO PRECISAR TRABALHAR, PRINCIPALMENTE EM SITUAÇÕES DEGRADANTES

ASSIM É COM IDOSO...

ASSIM É COM A MULHER...

ASSIM É COM PESSOA COM DEFICIÊNCIA...

ATIVIDADE

Grupos de trabalho

- Grupos devem ser formados por, no máximo,7 pessoas;

- O registro é coletivo e deve ser apresentadoao grupo (preencher o formulário e colocarem cartolina);

- Objetivo da atividade: identificar asdiferentes formas de expressão das situaçõesde risco por violação de direitos no municípioe refletir sobre a responsabilidade da políticade assistência social através dos serviços daproteção social especial;

- Responder as seguintes questões:

Grupos de trabalho

1. Identificar as diferentes formas de expressão das situações derisco por violação de direitos no município.

2. Refletir sobre a relação entre as situações de risco presentes nomunicípio e a responsabilidade da política de assistência socialatravés dos serviços da proteção social especial de média e altacomplexidades.

3. Possibilitar a troca de experiência das diversas realidades vividaspelos municípios no diagnóstico das situações de risco porviolação de direitos e nas respostas dos serviços da PSE à essassituações.

Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e JuventudeSecretaria Executiva de Assistência Social

Gerência de Projetos e Capacitação

www.sigas.pe.gov.brE-mail: [email protected]

Telefone: 81 3183 0702

Centro Universitário Tabosa de Almeida – ASCES-UNITA

E-mail: [email protected]: (081) 2103-2096