secretaria da saÚde do estado de goiÁs superintendÊncia de vigilÂncia em saÚde

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SECRETARIA DA SAÚDE DO ESTADO DE GOIÁS SECRETARIA DA SAÚDE DO ESTADO DE GOIÁS SUPERINTENDÊNCIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE SUPERINTENDÊNCIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE CENTRO DE INFORMAÇÃO CENTRO DE INFORMAÇÃO TOXICOLÓGICA DE GOIAS/CIT- TOXICOLÓGICA DE GOIAS/CIT- GO GO RENACIAT RENACIAT 0800 646 4350 0800 646 4350 0800 722 6001 0800 722 6001 Plantão 24 hs Plantão 24 hs

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SECRETARIA DA SAÚDE DO ESTADO DE GOIÁS SUPERINTENDÊNCIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE. CENTRO DE INFORMAÇÃO TOXICOLÓGICA DE GOIAS/CIT-GO RENACIAT 0800 646 4350 0800 722 6001 Plantão 24 hs. ACIDENTES OFÍDICOS. CONCEITOS ANIMAL PEÇONHENTO - PowerPoint PPT Presentation

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SECRETARIA DA SAÚDE DO ESTADO DE GOIÁSSECRETARIA DA SAÚDE DO ESTADO DE GOIÁSSUPERINTENDÊNCIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE SUPERINTENDÊNCIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE

CENTRO DE INFORMAÇÃO CENTRO DE INFORMAÇÃO TOXICOLÓGICA DE GOIAS/CIT-TOXICOLÓGICA DE GOIAS/CIT-

GOGORENACIATRENACIAT

0800 646 43500800 646 43500800 722 60010800 722 6001

Plantão 24 hsPlantão 24 hs

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ACIDENTES OFÍDICOS ACIDENTES OFÍDICOS

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CONCEITOSCONCEITOS

ANIMAL PEÇONHENTOANIMAL PEÇONHENTO

Possui veneno e um aparelho inoculador (presa ou ferrão) de veneno.

ANIMAL VENENOSOANIMAL VENENOSO

Possui substância tóxica na sua constituição e intoxica quem o ingerir.

Venenoso: podem ser de origem animal, vegetal ou mineral

Peçonhentos: são exclusivamente de origem animal

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Em 1986 foi implantado no Brasil o Em 1986 foi implantado no Brasil o Programa Nacional de Controle de Programa Nacional de Controle de Acidentes por Animais Peçonhentos. Acidentes por Animais Peçonhentos.

Notificação obrigatória de acidentes por Notificação obrigatória de acidentes por serpentes, escorpiões, aranhas, insetos serpentes, escorpiões, aranhas, insetos (como as abelhas e as lagartas) e (como as abelhas e as lagartas) e acidentes por animais aquáticos.acidentes por animais aquáticos.

Portaria 2472 publicada 01/09 de 2010 – Portaria 2472 publicada 01/09 de 2010 – Ampliação da lista de notificação Ampliação da lista de notificação compulsóriacompulsória

ACIDENTES COM ANIMAIS ACIDENTES COM ANIMAIS PEÇONHENTOS NO BRASILPEÇONHENTOS NO BRASIL

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Famílias de serpentes no Famílias de serpentes no BrasilBrasil

Nova classificaçãoNova classificação Anomalepididae Anomalepididae – 7 espécies– 7 espécies

TyphlopidaeTyphlopidae - 6 espécies - 6 espécies

Dipsadidae Dipsadidae – 241 espécies– 241 espécies

Leptotyphlopidae Leptotyphlopidae – 14 espécies– 14 espécies

Elapidae Elapidae –– 27 espécies27 espécies

BoidaeBoidae – 12 espécies– 12 espécies

Colubridae Colubridae - 34 espécies - 34 espécies

Viperidae – Viperidae – 28 espécies28 espécies

Aniliidae Aniliidae – 1 espécie– 1 espécie

Tropidopheidae Tropidopheidae – 1 espécie– 1 espécie

BothropsBothrops

BothriopsisBothriopsis

BothropoidesBothropoides

Caudisona (crotalus)Caudisona (crotalus)

LachesisLachesis

RhinocerophisRhinocerophis

MicrurusMicrurus

Philodryas olfersiiPhilodryas olfersii

Clelia cleliaClelia clelia

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SERPENTES PEÇONHENTASSERPENTES PEÇONHENTAS

Fosseta Loreal

Presas

A identificação entre os gêneros referidos também pode ser feita pelo tipo de cauda

Cauda lisa Bothrops

Guizo ou ChocalhoCrotalus

Escamas eriçadasLachesis

Todas as serpentes destes gêneros são providas de dentes inoculadores bem desenvolvidos e móveis situados na porção anterior do maxilar.As serpentes do gênero Micrurus não apresentam fosseta loreal e possuem dentes inoculadores pouco desenvolvidos e fixos na região anterior da boca.

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Micrurus – coral verdadeira

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TIPO DE DENTIÇÃO DAS TIPO DE DENTIÇÃO DAS SERPENTESSERPENTES

A – A – ÁglifaÁglifa – sem presa inoculadora – sem presa inoculadora B – B – OpistóglifaOpistóglifa – um ou mais dentes – um ou mais dentes

modificados (posterior)modificados (posterior) C – C – ProteróglifaProteróglifa – presa anterior no – presa anterior no

maxilar e canal de veneno parcialmente maxilar e canal de veneno parcialmente fechado. (Micrurus)fechado. (Micrurus)

D – D – SolenóglifaSolenóglifa – presa grande, móvel, – presa grande, móvel, agudo e oco. (laquesis, crotalus, agudo e oco. (laquesis, crotalus, botrops)botrops)

ProteróglifaProteróglifa Solenóglifa Solenóglifa

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O veneno da serpente:O veneno da serpente:

Mais de 20 tipos de componentes diferentes.Mais de 20 tipos de componentes diferentes.90% do peso do veneno é constituído por proteínas, grande 90% do peso do veneno é constituído por proteínas, grande variedade de enzimas, toxinas não enzimáticas e proteínas variedade de enzimas, toxinas não enzimáticas e proteínas não tóxicas.não tóxicas.

aminas biogênicas-histamina, pequenos pepitídeos, proteínas como a fosfolipase A2, esterases, proteases, liberadores de histamina, liberadores de autacóides/atividade inflamatória, enzimas liberadores de cininas...)

Fração não protéica (carboidratos, lipídeos, metais na Fração não protéica (carboidratos, lipídeos, metais na forma de glicoproteínas e enzimas metaloproteicas, aminas forma de glicoproteínas e enzimas metaloproteicas, aminas biogênicas, nucleotídeos e aminoácidos livres)biogênicas, nucleotídeos e aminoácidos livres)

Alteração da composição do veneno:Alteração da composição do veneno:-idade do animal (quanto mais jovem mais pró-coagulante e -idade do animal (quanto mais jovem mais pró-coagulante e

menos inflamatória)menos inflamatória)-distribuição geográfica-distribuição geográfica-caráter individual da serpente-caráter individual da serpente

Bothrops jararaca (descobrimento da bradicinina, captopril foi isolado no Bothrops jararaca (descobrimento da bradicinina, captopril foi isolado no veneno da jararacaveneno da jararaca

CARACTERÍSTICA DA PEÇONHA

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GÊNERO BOTHROPS

Bothrops moojeni (caiçaca)

Espécies presentes em Goiás

Bothropoides neuwiedi (jararaca pintada, jararaca de rabo

branco)Rhinocerophis alternatus (urutu-

cruzeiro, cruzeira)

Nome popular:Jararaca, jararacuçu, urutu-cruzeiro, caiçaca, jararaca- do-norte, ouriçana, malha de sapo, patrona, combóia, surucucurana, entre outras.

Encontradas em áreas mais limitadas, como as áreas de mata, ambientes úmidos, áreas cultivadas, apesar de alguns tipos habitarem também zonas de caatinga e cerrado. Mais de 30 espécies no Brasil90% dos acidentes no Brasil

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ACIDENTES OFÍDICOSACIDENTES OFÍDICOSGÊNERO BOTHROPS

Ação Proteolítica – Possivelmente devido a atividade de proteases, hialuronidases e fosfolipases, da liberação de mediadores da resposta inflamatória, liberadores de autacoides, aminas do tipo histamina, ampliado pela ação da hemorraginas sobre o endotélio vascular e da ação pró-coagulante do veneno.Lesões locais (edemas, bolhas e necroses)

Ação Coagulante – Produzem distúrbios da coagulação caracterizados por consumo dos seus fatores, ativa fatores da coagulação consumo de fibrinogenio, formação de fibrina, formação de trombos na microvasculatura, podendo induzir incoagulabilidade sanguínea.

Ação Hemorrágica – ação das hemorraginas que provocam lesões na membrana basal dos capilares, ruptura das células endoteliais ampliando o quadro inflamatorio, degrada o colágeno, são inibidoras da agregação plaquetária e causa alterações na coagulação. Pode induzir incoagulabilidade sanguínea.

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ACIDENTES OFÍDICOSACIDENTES OFÍDICOSBOTHROPS

Observa-se bolha com conteúdo hemorrágico, equimose, edema e eritema em perna.

Edema extenso, tenso e firme. Pode atingir todo o Edema extenso, tenso e firme. Pode atingir todo o membro em até 24 hs. Geralmente aparecimento membro em até 24 hs. Geralmente aparecimento precoceprecoce

Sangramento no sítio de inoculação, nem sempre indica Sangramento no sítio de inoculação, nem sempre indica comprometimento sistêmico. Em poucas horas pode-se comprometimento sistêmico. Em poucas horas pode-se desenvolver desenvolver linfadenomegalialinfadenomegalia regional com gânglios regional com gânglios aumentados e dolorososaumentados e dolorosos

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Efeitos Sistêmicos:Efeitos Sistêmicos:

PequenosPequenos sangramentos sangramentos podem ocorrer podem ocorrer sem repercussão hemodinâmica.sem repercussão hemodinâmica.

Raros – hematúria macroscópica, Raros – hematúria macroscópica, hepistaxe, hemoptise, gengivorragia, etc...hepistaxe, hemoptise, gengivorragia, etc...

Casos graves observam Casos graves observam hemorragias hemorragias internas em regiões vitaisinternas em regiões vitais (hemorragias (hemorragias digestivas e no snc), choque e digestivas e no snc), choque e insuficiência renalinsuficiência renal

Fatores hemorrágicos não apresentam Fatores hemorrágicos não apresentam atividade sobre a coagulação sanguínea, atividade sobre a coagulação sanguínea, assim como a incoagulabilidade sanguínea assim como a incoagulabilidade sanguínea (causada pelo consumo de fibrinogênio) (causada pelo consumo de fibrinogênio) não constitui causa primária de não constitui causa primária de sangramento.sangramento.

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ACIDENTES OFÍDICOSACIDENTES OFÍDICOSGÊNERO BOTHROPS

Complicações:Complicações:Síndrome compartimentalSíndrome compartimental:: rara, precoce (primeiras 24 hs), decorre da rara, precoce (primeiras 24 hs), decorre da

compressão do feixe vásculo-nervoso. Dor desproporcional ao edema, compressão do feixe vásculo-nervoso. Dor desproporcional ao edema, paresia, paralisia dos musculos, hipoestesia ou anestesia da área. paresia, paralisia dos musculos, hipoestesia ou anestesia da área. Disfunção neuromuscular. Disfunção neuromuscular.

AbscessoAbscesso: 10 a 20% dos casos (bacilos gram negativos, anaeróbios e : 10 a 20% dos casos (bacilos gram negativos, anaeróbios e raramente gram-positivos)raramente gram-positivos)

NecroseNecrose: risco maior nas picadas em extremidades podendo evoluir para : risco maior nas picadas em extremidades podendo evoluir para gangrena.gangrena.

ChoqueChoque: raro. Sequestro de líquido e hemorragias. Instalação precoce.: raro. Sequestro de líquido e hemorragias. Instalação precoce.Insuficiencia renalInsuficiencia renal: 0,5 a 13%. Multifatorial (deposição intraglomerular de : 0,5 a 13%. Multifatorial (deposição intraglomerular de

fibrina, hipotensão, hemólise, consumo de complemento, septicemias, fibrina, hipotensão, hemólise, consumo de complemento, septicemias, antibióticos...) necrose tubular aguda. B. moojeni e B. jararacuçuantibióticos...) necrose tubular aguda. B. moojeni e B. jararacuçu

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Intervenções erradas!Intervenções erradas!

TorniqueteTorniquete: diminuição da perfusão, : diminuição da perfusão, concentração do veneno na região distal ao concentração do veneno na região distal ao torniquete, maior destruição tecidual.torniquete, maior destruição tecidual.

SucçãoSucção: contaminação do local da picada, : contaminação do local da picada, intensificação de efeitos isquêmicos, intensificação de efeitos isquêmicos,

IncisãoIncisão: aumenta via de acesso de : aumenta via de acesso de microorganismos e sangramento local.microorganismos e sangramento local.

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ACIDENTES OFÍDICOSACIDENTES OFÍDICOSGÊNERO BOTHROPS

*TC normal até 10 min; TC alterado de 10 a 30 min; TC incoagulável > de 30 min.*TC normal até 10 min; TC alterado de 10 a 30 min; TC incoagulável > de 30 min.**Manifestações locais intensas, podem ser o único critério para classificação de gravidade.**Manifestações locais intensas, podem ser o único critério para classificação de gravidade.

Manifestações e tratamento Classificação

Leve Moderada Grave

Locais: dor, edema, equimose

Ausentes ou discretas

Evidentes Intensas **

Sistêmicas: hemorragia grave, choque, anúria

Ausentes Ausentes presentes

Tempo de coagulação (TC)*

Normal ou alterado

Normal ou alterado

Presentes

Soroterapia (nº ampolas)

SAB/SABC/SABL

2 – 4 4 – 8 12

Via de administração intravenosa Determinação do TC 12 e 24 hs após a soroterapiaDeterminação do TC 12 e 24 hs após a soroterapia

Se após 12 hs da soroterapia o TC permanecer incoagulável, ou após 24 hs não Se após 12 hs da soroterapia o TC permanecer incoagulável, ou após 24 hs não tiver normalizado, recomenda-se dose adicional de 2 ampolas de soro antibotrópico.tiver normalizado, recomenda-se dose adicional de 2 ampolas de soro antibotrópico.

Page 17: SECRETARIA  DA SAÚDE DO ESTADO DE GOIÁS SUPERINTENDÊNCIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE

Tratamento geral:Tratamento geral: Manter elevado e estendido o segmento picado. Analgésicos, hidratação Manter elevado e estendido o segmento picado. Analgésicos, hidratação

com diurese entre 30 a 40 ml/hora no adulto e 1 a 2 ml/kg/hora na com diurese entre 30 a 40 ml/hora no adulto e 1 a 2 ml/kg/hora na criança. criança. AntibioticoterapiaAntibioticoterapia quando houver evidência de infecção quando houver evidência de infecção (cloranfenicol, clindamicida com aminoglicosídeo).(cloranfenicol, clindamicida com aminoglicosídeo).

Debridamento cirúrgicoDebridamento cirúrgico: debridamento da necrose qdo a área necrótica : debridamento da necrose qdo a área necrótica estiver delimitada (alguns dias após acidente)estiver delimitada (alguns dias após acidente)

Aspiração do conteúdo de bolhasAspiração do conteúdo de bolhas: tem sido observado presença do : tem sido observado presença do veneno, sendo recomendado a aspiração deste conteúdo em condições veneno, sendo recomendado a aspiração deste conteúdo em condições adequadas de antissepsia. adequadas de antissepsia.

FaciotomiaFaciotomia: minimizar déficits de função do membro pela imediata : minimizar déficits de função do membro pela imediata restauração do fluxo sanguíneo local.restauração do fluxo sanguíneo local.

Profilaxia do tétanoProfilaxia do tétano

Fatores que influenciam o prognósticoFatores que influenciam o prognóstico Tempo entre picada e o início da soroterapiaTempo entre picada e o início da soroterapia

Qualidade da assistênciaQualidade da assistência

Peso e idade do pacientePeso e idade do paciente

Região anatômica em que ocorreu a picadaRegião anatômica em que ocorreu a picada

Uso procedimentos inadequadosUso procedimentos inadequados

Via de inoculação da peçonha (IM,IV,SC)Via de inoculação da peçonha (IM,IV,SC)

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ACIDENTES OFÍDICOSACIDENTES OFÍDICOSGÊNERO CROTALUS – 5 espécies

As cascavéis (boicininga, maracambóia, maracá) são facilmente encontradas em áreas abertas e secas, mesmo áreas agriculturáveis de grande parte do Brasil, excluindo-se áreas de vegetação mais densa.9% dos acidentes

Crotalus durissus – Caudisona durissa

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ACIDENTES OFÍDICOSACIDENTES OFÍDICOSGÊNERO CROTALUS

AÇÃO DO VENENO:

Ação Neurotóxica – Neurotoxina de ação pré-sináptica atua nas terminações nervosas motoras inibindo a liberação de acetilcolina causando bloqueio neuromuscular (paralisias motoras). 3 a 6 hs após acidente (regridem de 3 a 4 dias)

Ação Miotóxica – CROTOXINA - Produz lesão de fibra muscular esquelética, com liberação de enzimas e mioglobina para o soro e que são posteriormente excretadas pela urina (rabdomiólise).

Ação Coagulante – Atividade do tipo trombina que converte o fibrinogênio em fibrina. O consumo de fibrinogênio pode levar a incoagulabilidade sanguínea. As manifestações hemorrágicas qdo presentes são discretas.

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Manifestações sistêmicas: Mal estar, prostração, sudorese, náuseas, vômitos, sonolência, inquietação, sialosquiese, fácies miastênica, ptose palpebral, flacidez da musculatura da face, oftalmoplegia, visão turva ou dupla, mialgias (precoce), mioglobinúria causada pela rabdomiólise.

As manifestações locais são bastante discretas, geralmente não há dor, edema e eritema são discretos no ponto da picada

ACIDENTES OFÍDICOSACIDENTES OFÍDICOSGÊNERO CROTALUS

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ACIDENTES OFÍDICOSACIDENTES OFÍDICOSGÊNERO CROTALUS

Tratamento geral:Tratamento geral:

Hidratação adequada, com controle e balanço hídrico. Manter PH Hidratação adequada, com controle e balanço hídrico. Manter PH urinário acima de 6,5, pois a urina ácida potencializa a urinário acima de 6,5, pois a urina ácida potencializa a precipitação intratubular de mioglobina, assim a alcalinização precipitação intratubular de mioglobina, assim a alcalinização urinária deve ser feita pela administração de bicarbonato de sódio, urinária deve ser feita pela administração de bicarbonato de sódio, monitorada por controle gasométricomonitorada por controle gasométrico. .

Tratamento Tratamento específico:específico:Manifestações e tratamento Classificação (avaliação inicial)

Leve Moderada Grave

Fácies miastêmica/visão turva Ausente ou tardia Discreta ou evidente Evidente

Mialgia Ausente ou discreta Discreta Intensa

Urina vermelha ou marrom Ausente Pouco evidente ou ausente

Presente

Oligúria/anúria Ausente Ausente Presente ou ausente

Tempo de coagulação Normal ou alterado Normal ou alterado Normal ou alterado

Soroterapia (n° ampolas) SAC/SABC

5 10 20

Via de administração intravenosa

Page 22: SECRETARIA  DA SAÚDE DO ESTADO DE GOIÁS SUPERINTENDÊNCIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE

Tratamento GeralTratamento Geral

Na prevenção da IRA será satisfatório se o paciente mantiver Na prevenção da IRA será satisfatório se o paciente mantiver fluxo fluxo urinário de 1 a 2 ml/kg/h na criança e 30 a 40 ml/h no adultourinário de 1 a 2 ml/kg/h na criança e 30 a 40 ml/h no adulto

A A diurese osmóticadiurese osmótica pode ser induzida com o emprego de solução pode ser induzida com o emprego de solução de de manitolmanitol a 20% (5ml/kg na criança e 100 ml no adulto). Caso a 20% (5ml/kg na criança e 100 ml no adulto). Caso persista a oligúria, indica-se o uso de persista a oligúria, indica-se o uso de diuréticos de alçadiuréticos de alça tipo tipo furosemida EV (1 mg/kg na criança e 40 mg dose no adulto)furosemida EV (1 mg/kg na criança e 40 mg dose no adulto)

Lavagem abundante do local com água e sabão;Lavagem abundante do local com água e sabão;

Controle gasométrico.Controle gasométrico.

ComplicaçõesComplicações

Locais: rarasLocais: raras

Sistêmicas:Sistêmicas: Insuficiência renal aguda com necrose tubular, Insuficiência renal aguda com necrose tubular, geralmente nas primeiras 48 hs (precipitação intratubular de geralmente nas primeiras 48 hs (precipitação intratubular de mioglobina, oligúria e urina ácida são potencializadores para mioglobina, oligúria e urina ácida são potencializadores para necrose tubular).necrose tubular).

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ACIDENTES OFÍDICOSACIDENTES OFÍDICOSGÊNERO MICRURUS – 22 espécies

Popularmente conhecida por coral, coral verdadeira ou boicorá, pode medir cerca de 1m. Apresentam anéis vermelhos, pretos e brancos em qualquer tipo de combinação. Na Região Amazônica e áreas limítrofes, são encontradas corais de cor marrom-escura (quase negra), com manchas avermelhadas na região ventral. Em todo o país, existem serpentes não peçonhentas com o mesmo padrão de coloração das corais verdadeiras, porém desprovidas de dentes inoculadores (falsas-corais).responsável por 0,4% dos acidentes

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ACIDENTES OFÍDICOSACIDENTES OFÍDICOSGÊNERO MICRURUS

Ações do veneno

NEUROTOXINAS de ação pré-sináptica Estão presentes em algumas corais (M. coralliunus) e também em alguns

viperídeos, como a cascavel sulamericana. Atuam na junção neuromuscular, bloqueando a liberação de Ach pelos impulsos nervosos, impedindo a deflagração do potencial de ação. Esse mecanismo não é antagonizado pelas substâncias anticolinesterásicas.

NEUROTOXINAS de ação pós-sináptica Possui baixo peso molecular podem ser rapidamente absorvidas. As NTXs

competem com a acetilcolina (Ach) pelos receptores colinérgicos da junção neuromuscular, atuando de modo semelhante ao curare. Manifestações Clínicas

Os sintomas são precoces (< 1 h) após a picada. Inicialmente, Vômitos, fraqueza muscular progressiva, ptose palpebral, oftalmoplegia e a presença de fácies miastênica ou “neurotóxica”. mialgia localizada ou generalizada e dificuldade para deglutir.

A paralisia flácida da musculatura respiratória, insuficiência respiratória aguda e apnéia.Recomenda-se a observação clínica do acidentado por 24 horas, pois há relatos de aparecimento tardio dos sintomas e sinais.

Manifestações locais Há discreta dor local, geralmente acompanhada de parestesia

com tendência a progressão proximal.

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ACIDENTES OFÍDICOSACIDENTES OFÍDICOSGÊNERO MICRURUS

Tratamento EspecíficoO soro antielapídico (SAE) deve ser administrado na dose de 10 ampolas, pela via intravenosa.

10 ml de soro neutraliza 15 mg do veneno

Tratamento geral Tratamento de suporte (Máscara e AMBU, intubação traqueal ou até

mesmo ventilação mecânica).

Atropina – 0,5 mg IVAtropina – 0,5 mg IV

Neostigmina (anticolinesterásico) - 0,05 mg/kg, sempre precedida da 0,05 mg/kg, sempre precedida da administração de atropina administração de atropina

Tratamento medicamentoso da insuficiência respiratória aguda

Todos os casos de acidente por coral com manifestações clínicasdevem ser considerados como potencialmente graves.

* Ficar atento a assistência respiratória precoce.* Ficar atento a assistência respiratória precoce.

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SOROTERAPIA - princípiosSOROTERAPIA - princípios

Os soros anti-venenos, são concentrados de imunoglobulinas obtidos por sensibilização de diversos animais, sendo mais utilizados os de origem eqüina.

A dose utilizada independe do peso e idade do paciente, (objetivo do tratamento é neutralizar a maior quantidade possível de veneno circulante).

A via de administração - intravenosa (IV) e o soro diluído ou não deve ser infundido em 20 a 60 minutos. No caso de soro antilatrodectus, a via de administração recomendada é a via intramuscular (IM).

A diluição pode ser feita, a critério médico, na razão de 1:2 a 1:5, em soro fisiológico ou glicosado 5%, infundindo-se na velocidade de 8 a 12 ml/min, observando, entretanto, a possível sobrecarga de volume em crianças e em pacientes com insuficiência cardíaca.

Medidas iniciais prévias a soroterapia:Medidas iniciais prévias a soroterapia:

Manter paciente em repouso evitando deambulação e tranqüilizá-loManter paciente em repouso evitando deambulação e tranqüilizá-lo

Monitorar sinais vitais e controlar volume urinárioMonitorar sinais vitais e controlar volume urinário

Limpar cuidadosamente o local da ferida sem fazer curativo oclusivoLimpar cuidadosamente o local da ferida sem fazer curativo oclusivo

Page 27: SECRETARIA  DA SAÚDE DO ESTADO DE GOIÁS SUPERINTENDÊNCIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE

PREPARO DO SOROPREPARO DO SORO

Page 28: SECRETARIA  DA SAÚDE DO ESTADO DE GOIÁS SUPERINTENDÊNCIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE

REAÇÕES PRECOCES:REAÇÕES PRECOCES:Urticária, tremores, tosse, náuseas, dor abdominal,

prurido e rubor facial, raramente reações semelhantes as reações anafilácticas

REAÇÕES TARDIAS:REAÇÕES TARDIAS:Doença do soro, (lesões urticariformes generalizadas)

ocorrem de cinco a 24 dias após o uso da SAV

FATORES QUE FAVORECEM O APARECIMENTO DAS REAÇÕES:

Dose, concentração de proteínas e imunoglobulinas, velocidade de infusão, Sensibilização à proteína de soro de cavalo (por utilização prévia de algum tipo de soro heterólogo), Tipo de antiveneno, Via de administração.

POSSÍVEIS REAÇÕES DA SOROTERAPIAPOSSÍVEIS REAÇÕES DA SOROTERAPIA

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Medidas para prevenção/redução das reações precoces

• teste de sensibilidade

• diluição

• pré-medicação anti-histamínicos

bloqueador H1

prometazinadextroclorfeniramina difenidramina

bloqueador H2

cimetidinaranitidina

corticosteróides

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Tratamento das reações precocesSuspender temporariamente a soroterapia

Na crise asmatiforme: bronco-dilatador b2, tipo fenoterol aminofilina 3-5 mg/kg/dose iv 6/6h

Adrenalina (1:1000) – diluída a 1:10 na dose de 0,1 ml/kg, até 3,0 ml por via IV, repetir se necessário até três vezes com intervalos de 5 minutos.0,1 ml/kg, até 3,0 ml

Hidrocortisona - 30 mg/kg IV com dose máxima de 1000 mg.

Prometazina - 0,5 mg/kg IV com dose máxima de 25 mg.

Expansão da volemia - SF ou solução de Ringer lactato 20 ml/kg peso.

Observar dosagem infantil.

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Referências BibliográficasReferências Bibliográficas

FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE. Manual de Diagnóstico e FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE. Manual de Diagnóstico e Tratamento de Acidentes por Animais Peçonhentos. Brasília: Tratamento de Acidentes por Animais Peçonhentos. Brasília: Ministério da Saúde, 2001.Ministério da Saúde, 2001.

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Schvartsman, S-Plantas venenosas e animais peçonhentos/Samuel Schvartsman, S-Plantas venenosas e animais peçonhentos/Samuel Schvartsman. São Paulo: SARVIER, 1992Schvartsman. São Paulo: SARVIER, 1992

Acidente por Animais Peçonhentos:Manual de rotinas/Pedro Acidente por Animais Peçonhentos:Manual de rotinas/Pedro Pereira de Oliveira Pardal, Maria Apolônia da Costa Gardelha-Pereira de Oliveira Pardal, Maria Apolônia da Costa Gardelha-Belém: SESPA- Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará, Belém: SESPA- Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará, 2010.2010.

Nova Classificação Serpentes SQUAMATA NEW - Sociedade Nova Classificação Serpentes SQUAMATA NEW - Sociedade Brasileira de Herpetologia, 2011Brasileira de Herpetologia, 2011

Catálogo da fauna terrestre de importância médica da Bahia/ Catálogo da fauna terrestre de importância médica da Bahia/ Tânia Kobler Brazil – Salvador: EDUFBA, 2010Tânia Kobler Brazil – Salvador: EDUFBA, 2010

Campolina, Délio. Georreferenciamento e Estudo clínico-Campolina, Délio. Georreferenciamento e Estudo clínico-epidemiológico dos acidentes escorpiônicos atendidos em Belo epidemiológico dos acidentes escorpiônicos atendidos em Belo Horizonte no Serviço de Toxicologia de Minas Gerais [manuscrito] / Horizonte no Serviço de Toxicologia de Minas Gerais [manuscrito] / Délio Campolina. – 2006.Délio Campolina. – 2006.

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Para orientação do tratamento de acidente por animais Para orientação do tratamento de acidente por animais peçonhentos peçonhentos

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PLANTÃO 24 HsPLANTÃO 24 Hs

CENTRO DE INFORMAÇÃO CENTRO DE INFORMAÇÃO TOXICOLÓGICA DE GOIÁS/TOXICOLÓGICA DE GOIÁS/

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