sebenta teste intermédio 1ª parte

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1 Colégio de S. Gonçalo Grupo de Geografia A TERRA: ESTUDOS E REPRESENTAÇÕES Noção de Geografia A geografia é a ciência que estuda a localização e a descrição dos lugares à superfície da Terra, que interpreta e explica as inter-relações entre os fenómenos Naturais e os humanos da Terra. FORMAS DE REPRESENTAÇÃO DA TERRA OS GLOBOS O globo terrestre não é mais do que uma esfera em cuja superfície está desenhada a Terra. Os globos são a forma de representação mais fiel da Terra e representam-na na totalidade. Têm como desvantagens serem de difícil transporte e arrumação e representam a Terra de forma muito reduzida. Fig. 1 Globo terrestre OS MAPAS Os mapas são representações do espaço terrestre. Os mapas apresentam as seguintes vantagens: são fáceis de arrumar, de transportar e de utilizar. Tanto podem representar a totalidade da superfície terrestre como apenas uma parte. Fig. 2 Planisfério Fig. 3 - Mapa de Portugal Em Geografia utilizamos diferentes tipos de mapas. Esta distinção faz-se de acordo com a área representada. Assim, temos: A) os planisférios - que são representações planas da superfície da Terra (fig. 2) B) os mapas corográficos que utilizamos para representar países (fig. 3) C) os mapas topográficos que representam áreas relativamente mais pequenas, com muita informação (aspectos físicos e humanos) e representam o relevo através de uma técnica específica que são as curvas de nível. (fig. 4). As curvas de nível são linhas que unem pontos (locais) com igual valor de altitude. D) as plantas que são representações de áreas muito pequenas com muita riqueza de pormenor (fig.5)

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Geografia 7º ano resumos

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  • 1 Colgio de S. Gonalo Grupo de Geografia

    A TERRA: ESTUDOS E REPRESENTAES

    Noo de Geografia

    A geografia a cincia que estuda a localizao e a descrio dos lugares superfcie da Terra, que interpreta e

    explica as inter-relaes entre os fenmenos Naturais e os humanos da Terra.

    FORMAS DE REPRESENTAO DA TERRA

    OS GLOBOS

    O globo terrestre no mais do que uma esfera em cuja superfcie est desenhada a Terra. Os globos so a forma de representao mais fiel da Terra e representam-na na totalidade. Tm como desvantagens serem de difcil transporte e arrumao e representam a Terra de forma

    muito reduzida.

    Fig. 1 Globo terrestre

    OS MAPAS

    Os mapas so representaes do espao terrestre. Os mapas apresentam as seguintes vantagens: so fceis de arrumar, de transportar e de utilizar. Tanto podem representar a totalidade da superfcie terrestre como apenas uma parte.

    Fig. 2 Planisfrio Fig. 3 - Mapa de Portugal

    Em Geografia utilizamos diferentes tipos de mapas. Esta distino faz-se de acordo com a rea representada. Assim, temos:

    A) os planisfrios - que so representaes planas da superfcie da Terra (fig. 2)

    B) os mapas corogrficos que utilizamos para representar pases (fig. 3)

    C) os mapas topogrficos que representam reas relativamente mais pequenas, com muita informao (aspectos fsicos e humanos) e representam o relevo atravs de uma tcnica especfica que so as curvas de nvel. (fig. 4). As curvas de nvel so linhas que unem pontos (locais) com igual valor de altitude.

    D) as plantas que so representaes de reas muito pequenas com muita riqueza de pormenor (fig.5)

  • 2 Colgio de S. Gonalo Grupo de Geografia

    Fig. 4 - Mapa topogrfico Fig. 5 - Planta

    E) os mapas temticos que representam um determinado tema seja de geografia fsica ou de geografia humana ( fig 6).

    F) as fotografias areas e imagens de satlite so duas formas de representao da Terra muito recentes, comparativamente, com as anterior e tem muita utilidade quer para fins civis como para fins militares. Tm enormes vantagens como seja a possibilidade de se obter um vasto conjunto de informaes sobre a superfcie terrestre e permitirem estudar a evoluo das paisagens ao longo do tempo (fig.7).

    Fig. 6 - Mapa climtico de Portugal Fig. 7 - Imagem de satlite da regio de Lisboa

    G) as ortofotocartas so formas de representao da superfcie terrestre com base nas fotografias areas mas a que se acrescentam os nomes das localidades e ruas (fig.8).

  • 3 Colgio de S. Gonalo Grupo de Geografia

    fig. 8 - Ortofotocarta do Parque das Naes Elementos Fundamentais dos Mapas

    O ttulo indica-nos o assunto que aparece contemplado no mapa

    A orientao indica-nos o Norte Geogrfico

    A escala indica-nos o nmero de vezes que a realidade foi reduzida

    A legenda d-nos o significado de todos os sinais convencionais representados nos mapas

    A escalas nos mapas...

    As vantagens e desvantagens da utilizao das escalas grficas e numricas...

    Escala grfica Escala numrica

    Vantagens Desvantagens Vantagens Desvantagens

    Mantm-se a proporcionalidade quando

    surgem redues, ampliaes

    Menor preciso/rigorosa Maior preciso/rigorosa Imprpria para redues, ampliaes

    ( ver continuao nas pginas 27 32)

    A descrio da PAISAGEM...

    Espaos dinmicos: tm vida, movimento, funes, uma localizao prpria, elementos de diferente natureza (naturais, humanos) que existem no espao terrestre e do a cada lugar uma personalidade geogrfica.

    ESCALA

    O que uma Escala?

    Que tipos de Escalas existem?

    Grfica

    a Numric

    Grande

    Pequena

    1

    50m

    1:25 000

    1:10 000

    Ex. Planisfrio

    Relao

    Entre

    Distncia no Mapa

    Distncia na

    Realidade

  • 4 Colgio de S. Gonalo Grupo de Geografia

    Continentes e Oceanos

    > Oceanos enormes extenses de gua; cobrem a maior parte da superfcie da Terra.

    Pacfico; Atlntico; ndico; Glacial rtico; Glacial Antrtico.

    > Mar extenso de gua mais pequena do que a do oceano, cercada por terra total ou parcialmente.

    > Continente grande extenso de terra emersa, rodeada de gua (1/3 da Terra). A maior parte dos continentes

    situa-se no hemisfrio norte.

    sia; Amrica; frica; Antrtida; Europa; Ocenia.

    PAISAGEM

    O que que podemos observar numa

    paisagem?

    Elementos Naturais/fsicos

    Elementos

    Humanos

    Formando uma

    Que pode ser

    interpretada/analisada atravs:

    Qual a importncia da

    paisagem para o estudo da

    Geografia?

    O que ?

    Extenso

    geogrfica que

    apresenta uma viso

    de conjunto

    Objecto de estudo da

    geografia, permite

    observar a relao do

    homem com o meio.

    Paisagem Natural

    Paisagem

    Humanizada

    Esboo da

    Paisagem

    Descrio da

    Paisagem

    Primeiro Plano *

    Plano Intermdio *

    Plano de Fundo *

    OBSERVAO

    DIRECTA/INDIRECTA

  • 5 Colgio de S. Gonalo Grupo de Geografia

    Tipos de localizao dos lugares

    > Localizao relativa localizao em relao a outro

    lugar, a partir da rosa dos ventos.

    Ex: Portugal localiza-se a sudoeste da Europa.

    Esta localizao simples (logo, muito utilizada), mas pouco

    exata e pouco precisa, permitindo uma localizao

    aproximada. Varia no tempo e no espao.

    > Localizao absoluta localizao a partir da latitude e longitude (que se determinam a partir dos crculos

    terrestres).

    Esta localizao no varia no tempo ou no espao, objetiva (exata e precisa).

    Elementos geomtricos da esfera terrestre

    >Crculos mximos - Crculos imaginrios que dividem a Terra em duas partes iguais.

    1. Equador > perpendicular ao eixo da Terra, divide-a em hemisfrios norte e sul.

    2. Meridianos -> perpendiculares ao equador, que passam pelos plos, formados por semimeridianos (dois

    semicrculos opostos). O meridiano de Greenwich divide a Terra em hemisfrio ocidental e oriental.

    >Crculos menores

    Crculos imaginrios que dividem a Terra em partes diferentes

    Exemplo:

  • 6 Colgio de S. Gonalo Grupo de Geografia

    Lugar Latitude Longitude

    A 50Norte 100 Oeste

    B 40Norte 80 Este

    C 20 Sul 40 Oeste

    D 10 Sul 20 Este

    Aspetos Naturais da Europa

    Os limites Naturais da Europa

    A Norte: Oceano Glacial rtico

    A Sul: Montanhas do Cucaso, Mar Negro e Mar Mediterrneo

    A Este: Montes Urais, Rio Ural e Mar Cspio

    A Oeste: Oceano Atlntico

  • 7 Colgio de S. Gonalo Grupo de Geografia

    Pases e Capitais da Europa

    Regies geogrficas:

    Europa do Norte: Islndia; Noruega; Sucia; Finlndia; Estnia; Dinamarca; Letnia; Litunia;

    Europa do Sul: Portugal; Espanha; Itlia; Eslovnia; Crocia; Bsnia-Herzegovina; Srvia; Montenegro; Albnia;

    Macednia; Bulgria; Grcia; Malta; Chipre; Turquia.

    Europa Ocidental: Irlanda; Reino Unido; Frana; Blgica; Holanda; Alemanha; Sua; ustria.

    Europa de Leste: Polnia; Rep. Checa; Eslovquia; Hungria; Romnia; Moldvia; Ucrnia; Bielorrssia; Rssia.

    Pases e capitais da Europa

    Albnia - Tirana

    Andorra - Andorra - a -velha

    Austria - Viena

    Blgica - Bruxelas

    Bielorrssia - Minsk

    Bsnia-Herzegovina -

    Sarajevo

    Bulgria - Sfia

    Chipre - Nicsia

    Crocia - Zagreb

    Dinamarca - Copenhaga

    Eslovquia - Bratislava

    Eslovnia - Liubliana

    Espanha - Madrid

    Finlndia - Helsnquia

    Frana - Paris

    Grcia - Atenas

    Holanda - Amsterdo

    Hungria - Budapeste

    Irlanda - Dublin

    Islndia - Reiquejavique

    Itlia - Roma

  • 8 Colgio de S. Gonalo Grupo de Geografia

    Letnia - Riga

    Liechtenstein - Vaduz

    Litunia - Vilnius

    Luxemburgo

    Macednia - Skopje

    Malta - La Valeta

    Moldvia - Chisinau

    Mnaco - Cidade do Mnaco

    Montenegro - Podgorica

    Noruega - Oslo

    Polnia - Varsvia

    Portugal - Lisboa

    Reino Unido -Londres

    Repblica Checa - Praga

    Romnia - Bucareste

    Rssia - Moscovo

    So Marino

    Srvia - Belgrado

    Sucia - Estocolmo

    Suia - Berna

    Turquia - Ankara

    Ucrnia - Kiev

    Regies geogrficas:

    Europa do Norte: Islndia; Noruega; Sucia; Finlndia; Estnia; Dinamarca; Letnia; Litunia;

    Europa do Sul: Portugal; Espanha; Itlia; Eslovnia; Crocia; Bsnia-Herzegovina; Srvia; Montenegro; Albnia;

    Macednia; Bulgria; Grcia; Malta; Chipre; Turquia.

    Europa Ocidental: Irlanda; Reino Unido; Frana; Blgica; Holanda; Alemanha; Sua; ustria.

    Europa de Leste: Polnia; Rep. Checa; Eslovquia; Hungria, Romnia; Moldvia; Ucrnia; Bielorrssia; Rssia.

    7 micro-estados

    Luxemburgo; Liechtenstein; So Marino; Vaticano; Mnaco; Andorra; Malta.

    A Unio Europeia

    1957 Comunidade Econmica Europeia

    Frana, Blgica, Holanda, Luxemburgo,

    Alemanha e Itlia

    1973 Reino Unido, Irlanda, Dinamarca (9

    pases no total)

    1981 Grcia (10 pases no total)

    1986 Portugal, Espanha (12 pases no total)

    1995 Sucia, ustria, Finlndia (15 pases no

    total)

    2004- Estnia, Letnia, Litunia, Polnia, Rep.

    Checa, Eslovquia, Eslovnia, Hungria, Chipre e

    Malta ( 25 pases no total).

  • 9 Colgio de S. Gonalo Grupo de Geografia

    2007 Bulgria, Romnia (27 pases no total)

    O MEIO NATURAL

    Qual a diferena entre estado do tempo e clima? O estado do tempo varia de lugar para lugar e est dependente do conjunto das condies atmosfricas, que ocorrem num determinado momento e num determinado lugar. Quando falas que faz calor ou frio, ou vai chover, ou qual a intensidade do vento, ests a falar de estado do tempo. As condies atmosfricas que caracterizam o estado do tempo so:

    Temperatura;

    Precipitao;

    Humidade;

    Vento;

    Nebulosidade;

    Presso atmosfrica.

    Por outro lado, ao conjunto dos estados do tempo mais frequentes, observados e registados durante 30 anos, denomina-se clima. Quais so os elementos e os factores climticos? Para estudares o clima de uma dada regio deves considerar os diferentes elementos climticos. Os principais elementos climticos so a temperatura e precipitao. Estes elementos variam no tempo e no espao, devido aos factores climticos:

    Latitude;

    Relevo;

    Proximidade ou afastamento do mar;

    Correntes martimas.

    2.Temperatura: distribuio e variao A temperatura e a latitude Como varia a distribuio da temperatura de lugar para lugar? A temperatura do ar varia ao longo do dia e do ano, num mesmo lugar, mas tambm varia de lugar para lugar. A variao da temperatura depende, essencialmente, de dois factores:

    Inclinao dos raios solares quanto maior for a inclinao dos raios solares, maior superfcie aquecida e mais baixa a temperatura.

    Espessura da atmosfera a espessura da atmosfera atravessada pelos raios solares tanto mais quanto maior for a inclinao dos raios solares. Quanto maior a inclinao, maior o trajecto percorrido pelos raios solares, logo a energia dispersa-se e a temperatura diminui.

    A variao diurna da temperatura, ao longo de 24 horas, deve-se ao movimento de rotao da Terra:

    Ao nascer do Sol os raios solares incidem de forma oblqua (Fig.1 A), e a espessura de atmosfera por eles atravessada maior. A temperatura do ar relativamente baixa, porque a energia solar espalha-se por uma rea maior (A1).

    Quando chegamos ao meio-dia, a radiao emitida pelo sol incide directamente sobre superfcie, j que a inclinao dos raios solares menor (Fig.1 B) e atravessa uma espessura de atmosfera mais pequena. A temperatura mais elevada, mas no a mxima diria.

    Ao pr-do-sol, os raios solares voltam a estar oblquos (Fig.1 C), sendo, mais uma vez, grande a espessura de atmosfera atravessada pelos raios solares e a superfcie aquecida volta a ser maior (C1). Desta forma, a temperatura volta a baixar.

  • 10 Colgio de S. Gonalo Grupo de Geografia

    Ao longo da noite, a ausncia de radiao solar juntamente com a libertao de energia calorfica da Terra para o espao, a temperatura vai baixando gradualmente. No entanto, quando h presena de nuvens no cu, durante os perodos da noite, existe uma manuteno das temperaturas, no se perdendo toda a energia acumulada durante o perodo diurno.

    Figura Movimento aparente do sol

    A1 Superfcie aquecida ao princpio da manh B1 Superfcie aquecida ao meio-dia C1 Superfcie aquecida ao fim da tarde A variao anual da temperatura tem como principal explicao o movimento de translao da Terra. Os raios solares no incidem da mesma forma na superfcie terrestre, devido inclinao do eixo da Terra em relao sua rbita. Figura Movimento de translao da Terra

  • 11 Colgio de S. Gonalo Grupo de Geografia

    Como podes observar na figura 2, devido forma arredondada da Terra, os raios solares atingem a superfcie terrestre com diferentes graus de inclinao. Entre os trpicos de Cncer e de Capricrnio, a inclinao dos raios solares menor do que nas regies polares. Por isso, entre os trpicos, a energia dos raios solares distribuda por uma superfcie menor do que nas regies polares:

    Na regio intertropical (entre o trpico de Cncer e o trpico de Capricrnio), h uma maior concentrao da energia os raios solares e, por consequncia, um maior aquecimento;

    Nas regies polares, a menor concentrao da energia dos raios solares provoca um menor aquecimento.

    Desta forma, podes concluir que quanto maior o valor da latitude, menor o aquecimento da superfcie terrestre, ou seja, a temperatura diminui medida que a latitude aumenta. A temperatura e o relevo A temperatura diminui com o aumento da latitude e o mesmo acontece com a altitude, ou seja, medida que vai aumentando a altitude vai diminuindo a temperatura. A temperatura baixa 6,5C por cada mil metros gradiente trmico. Esta situao acontece porque diminui a capacidade de absoro da radiao solar e da radiao terrestre, em virtude da diminuio da quantidade de vapor de gua e dixido de carbono, entre outros. Contudo, tambm a orientao das vertentes pode fazer varia a temperatura:

    As vertentes expostas a Sul no hemisfrio Norte e expostas a Norte no hemisfrio Sul so vertentes soalheiras temperatura elevada;

    Vertentes expostas a Norte no hemisfrio Norte expostas a Sul no hemisfrio Sul so vertentes umbrias temperaturas baixas.

    As montanhas podem ter, uma orientao em relao linha de costa:

    Concordantes montanhas paralelas linha de costa, constituem uma barreira passagem de ventos hmidos vindo do oceano;

    Discordantes montanhas perpendiculares ou oblquas linha de costa, permitindo a penetrao dos ventos hmidos nas regies do interior, amenizando a temperatura.

    A temperatura e a proximidade/ afastamento do mar A proximidade ou afastamento de um lugar em relao ao mar explica as diferenas de temperatura entre o litoral e o interior. De facto, a gua tem um papel de regulador trmico, diminuindo o efeito das diferenas de temperatura temperaturas muito elevadas e temperaturas muito baixas. Nas reas prximas do litoral menor a amplitude trmica, sendo que no so muito elevadas no Vero nem muito baixas no inverno. Por outro lado, as regies afastadas do mar registam maiores amplitudes trmicas anuais, ou seja, o Vero muito quente e o inverno muito frio. De facto, estas as amplitudes trmicas explicam-se com base na capacidade calorfica dos continentes e dos oceanos. Os continentes ganham e perdem muito facilmente o calor que recebem durante o dia, ao passo que os oceanos aquecem menos e de forma mais lenta. A temperatura e as correntes martimas As caractersticas das correntes martimas quentes ou frias influenciam a temperatura e a humidade das regies junto ao litoral. Desta forma, nas regies influenciadas por uma corrente martima fria, as temperaturas so muito mais baixas no Inverno, enquanto nas regies banhadas por uma corrente quente, as temperaturas so sempre amenas, mesmo no Inverno.

    As correntes quentes contribuem para moderar as temperaturas dos lugares localizados junto costa so mais amenas no Inverno. A corrente quente do Golfo do Mxico desloca-se para o Noroeste da Europa, permitindo que os Invernos sejam mais amenos.

    As correntes frias contribuem para um maior arrefecimento do ar no Inverno e temperaturas mais amenas no Vero.

    3. A precipitao: distribuio e variao

    Como e por que que ocorre precipitao? A precipitao est associada existncia de nuvens, no entanto, nem sempre ocorre. Para que ocorra precipitao necessrio que as gotculas em suspenso que formam as nuvens originem gotas de gua maiores e com um peso que lhes permita vencer a gravidade e atingir o solo.

  • 12 Colgio de S. Gonalo Grupo de Geografia

    Mas para ocorrer precipitao necessrio que exista a subida do ar. Deste facto, o ar ao subir, vai expandir-se e arrefecer, at atingir o ponto de saturao, a partir deste momento o ar pode condensar, formando nuvens, que por sua vez podem levar ocorrncia de precipitao. Tipos de precipitao A subida do ar pode acontecer atravs de quatro processos diferentes, originando quatro tipos de precipitao:

    Orogrficas subida do ar ao longo das vertentes montanhas; Convergente subida do ar devido convergncia dos ventos numa determinada zona;

    Convectiva subida do ar, causada pelo seu aquecimento, aps ter contactado com uma superfcie mais quente. Ao aquecer, torna-se mais leve e sobe;

    Frontal subida do ar devido ao contacto de duas massas de ar diferente.

    A precipitao, como a temperatura influenciada pela latitude, altitude, afastamento e proximidade do mar e das correntes martimas, o que explica a sua desigual distribuio superfcie da Terra. A Precipitao, a latitude e a presso atmosfrica A circulao do ar na atmosfera influncia a presso atmosfrica, que por sua vez influncia o estado do tempo. O ar desloca-se sempre das altas para as baixas presses, o que origina a convergncia e a subida do ar nas reas de baixas presses, e divergncia e descida do ar nos centros de altas presses.

    Altas presses polares (no hemisfrio norte e hemisfrio sul);

    Baixas presses subpolares (no hemisfrio norte e hemisfrio sul);

    Altas presses subtropicais (no hemisfrio norte e hemisfrio sul);

    Baixas presses equatoriais.

    A distribuio dos principais centros de presso atmosfrica em latitude influencia a distribuio da precipitao mundial. Mapa Distribuio da precipitao anual e dos centros de presso atmosfrica em latitude

    Os centros de baixas presses esto associados a cu muito nublado e ao mau tempo contribuem para o aumento da precipitao.

    Os centros de altas presses esto associados a cu limpo e a tempo seco contribuem para a diminuio da precipitao.

    Tabela O movimento do ar, nos centros de baixas e de altas presses, no hemisfrio norte.

  • 13 Colgio de S. Gonalo Grupo de Geografia

    Assim, podemos verificar:

    Nas regies equatoriais, onde h elevadas temperaturas, o ar sobe, formando centros de baixas presses que originam precipitao muito abundante.

    Prximo dos trpicos, o ar desce, originando altas presses, que so responsveis pelo tempo seco predominante nessas latitudes.

    Nas latitudes mdias, d-se a convergncia do ar tropical com o ar polar, formando-se as baixas presses que explicam a ocorrncia de precipitao abundante.

    Nos plos, onde h baixas temperaturas, formam-se altas presses e, por isso, h baixos valores de precipitao.

    A precipitao e o relevo A precipitao influenciada pela altitude e pela sua exposio em relao linha de costa. De facto, a precipitao mais elevada em reas de maior altitude e nas reas montanhosas concordante. As reas de montanhas concordantes so paralelas linha de costa e so fortemente influenciadas pelos ventos hmidos. As montanhas podem ter vertentes barlavento, que esto expostas aos ventos hmidos e vertentes sotavento, que esto abrigadas dos ventos hmidos. Nas vertentes barlavento maior a precipitao do que nas vertentes sotavento, que normalmente so muito secas. A precipitao e a proximidade/ afastamento do mar As reas prximas do mar so influenciadas pelos ventos hmidos martimos registando valores elevados de precipitao, medida que os ventos martimos vo avanando para o interior do territrio, perdem humidade e o seu efeito amenizador da temperatura. Assim, verifica-se um contraste litoral/interior. A precipitao e as correntes martimas

    4. Os climas e as formaes vegetais Os principais climas do mundo A conjugao dos factores climticos origina trs grandes tipos de clima quentes, temperados e frios.

  • 14 Colgio de S. Gonalo Grupo de Geografia

    Como se distribuem os climas no mundo? Os climas distribuem-se em trs zonas climticas:

    Zona Quente ou Intertropical temperaturas mdias mensais e anuais elevadas e pouca variao anual; Zona Temperada do Norte e do Sul temperaturas mdias anuais moderadas e com variao das

    temperaturas mdias mensais ao longo do ano;

    Zona Fria do Norte e do Sul temperaturas mdias anuais negativas e um grande contraste nas temperaturas mdias mensais.

    Mapa Distribuio dos climas

  • 15 Colgio de S. Gonalo Grupo de Geografia

    Mapa Distribuio dos biomas

    Tabela Classificao climtica e as formaes vegetais associadas

  • 16 Colgio de S. Gonalo Grupo de Geografia

  • 17 Colgio de S. Gonalo Grupo de Geografia

    O clima e as formaes vegetais Portugal Portugal tem caractersticas climticas das regies de clima temperado mediterrneo, mas apresenta grandes contrastes regionais. Assim, podemos distinguir vrias regies climticas:

    Regio mediterrnica Sul de Portugal Continental e Regio Autnoma da Madeira; Regio atlntica Litoral Norte e Regio Autnoma dos Aores;

    Regio continental do norte Interior Norte; Regio de influncia da altitude reas de montanhas de maior altitude.

    As caractersticas climticas reflectem-se no tipo de vegetao. Desta forma, podemos encontrar em Portugal continental, espcies diferentes, consoante os traos climticos dominantes:

    Floresta caduciflia;

    Floresta mediterrnea;

    Maquis;

    Garrigues.

    Nas regies Autnomas, a vegetao natural tambm apresenta caractersticas predominantemente mediterrnicas. Devido influncia do oceano, que modera as temperaturas e gera grande humidade, ainda se preserva a floresta laurisilva, que em tempos remotos, cobriu uma boa parte da Europa do Sul. Esquemas sntese Clima e formaes vegetais

  • 18 Colgio de S. Gonalo Grupo de Geografia

    Relevo

    Relevo conjunto de formas da superfcie

    terrestre

    >Montanhas - Forma de relevo de grande

    altitude, normalmente superior a 1000m, com

    encostas de inclinao acentuadas, vales

    profundos e topos pontiagudos.

    >Planaltos - Forma de relevo de mdia ou

    elevada altitude, superior a 200m com topos

    planos. So antigas montanhas desgastadas

    pela eroso.

  • 19 Colgio de S. Gonalo Grupo de Geografia

    >Colinas - Elevaes de baixa altitude, geralmente inferiores a 400m, de formas arredondadas.

    > Vales - As vertentes podem ser mais ou menos inclinadas ou abruptas. So por vezes atravessados por cursos de

    gua.

    > Plancies - Planas, inferiores a 200m. Podem resultar da ao da eroso ou da deposio de sedimentos

    transportados pelos rios plancies aluviais.

    A rede hidrogrfica

    Caudal: volume que passa por uma seco do rio por segundo (m /s)

    Regime hidrogrfico: variao do caudal de um rio ao longo do ano.

    Rede hidrogrfica: rio, afluentes e subafluentes.

    Bacia hidrogrfica: rea drenada por uma rede hidrogrfica.

    O caudal dos rios e a densidade de uma rede hidrogrfica dependem da precipitao registada na respetiva

    bacia hidrogrfica.

    A construo de barragens

    VANTAGENS DESVANTAGENS

    Produo de energia Hidroelctrica Submergirem campos com boas aptides agrcolas

  • 20 Colgio de S. Gonalo Grupo de Geografia

    Armazenamento e abastecimento de gua * Uso domstico * Agricultura (aumento da rea irrigada) * Indstria

    Reterem os sedimentos dos rios, que deixam de fertilizar os solos

    Constituio de Reserva Hdricas * Perodos de caudal de estiagem (secas)

    Aparecimento de sais provenientes da evaporao da gua

    Regularizao dos Caudais * Prevenir Cheias * Amenizar as secas

    Impactes na fauna e na flora locais

    Aproveitamento das Albufeiras para fins tursticos

    Povoaes submersas, provocando a deslocao da populao

    Tipos de Leitos

    Leito de estiagem Leito normal Leito de cheia

    Vero Inverno

    Perfil longitudinal de um rio linha que une os pontos do fundo do leito do rio, desde a nascente at foz.

    > A montante: seco inicial do curso de gua (Nascente) - desgaste a altitude mais elevada.

    > A seco intermdia: seco mdia do curso de gua -

    transporte o declive diminui.

    > A jusante: seco final do curso de gua - acumulao

    o declive fraco.

    Perfil transversal de um rio: linha resultante da

    interseo de um plano vertical com o vale, perpendicular

    direo deste, num determinado ponto.

    Devido altitude, aos diferentes graus de dureza das

    rochas e ao relevo, surgem vrios tipos de vales:

    A - Vale em V fechado/ garganta nascente; muito estreitos e profundos; muito encaixados.

    B - Vale em U/ V aberto/ vale normal em direo foz; mais largo; menos encaixado.

    C - Vale aberto/ plano/ caleira aluvial foz, plancies aluviais; muito largos; muito pouco encaixados.

  • 21 Colgio de S. Gonalo Grupo de Geografia

    Gesto dos Recursos Hdricos ex: Barragens

    A gua um recurso ameaado devido:

    a) Ao elevado consumo de gua

    b) sua intensa explorao

    c) desflorestao

    d) Aos incndios

    e) sua poluio

    A gesto dos recursos hdricos tem como objetivo:

    -> a racionalizao do seu consumo.

    -> o controlo da qualidade da gua.

    -> o tratamento das guas residuais.

    -> o aumento da capacidade de aprovisionamento (para garantir o abastecimento de gua).

    O relevo litoral

    Eroso marinha: ao de desgaste, transporte e acumulao exercida pelo mar.

    As alteraes da linha de costa dependem:

    Das caractersticas das rochas em contacto com o mar.

    Da intensidade da eroso do mar.

    Dos movimentos da crosta terrestre.

    Das alteraes climticas.

    Tipos de costa

    >Baixa (praia)- relevo baixo; arenoso; rochas pouco resistentes eroso.

    >Alta (Arriba)- relevo alto; escarpado; rochas resistentes eroso. o tipo de costa mais sensvel eroso pois o

    mar desgasta a base da arriba, o topo da arriba cai (por falta de apoio), provocando o seu recuo, o surgimento da

    Diminuio da temperatura

    Descida do nvel do mar

    Regresso marinha

    Costa de emerso

    Aumento da temperatura

    Subida do nvel do mar

    Transgresso marinha

    Costa de transgresso

  • 22 Colgio de S. Gonalo Grupo de Geografia

    plataforma de abraso e a de acumulao. Como o mar deixa de l chegar, transforma-se numa arriba morta ou

    fssil.

    As arribas fsseis tambm podem resultar da regresso marinha ou das movimentaes das placas continentais. O

    Homem tambm tem um papel importante.

    Cabos: promontrios ou penhascos que se projetam para o mar.

    Dunas: relevo totalmente constitudo pela ao do vento que pode migrar, por ao dos ventos dominantes, ou ficar

    fixo, por ao da vegetao.

    Baas: reentrncias das costas martimas, semicirculares, geralmente entre dois cabos, mais pequenas que os golfos.

    Golfos: Grande reentrncia da costa, geralmente semicircular.

    Rias: enseadas compridas e estreitas na costa martima, provocada pelo levantamento do nvel do mar.

    Ilhas: massa de Terra de menores dimenses que as de um continente, totalmente rodeada de gua.

    Riscos e Catstrofes Naturais

    Plataforma de acumulao

    Plataforma de abraso

  • 23 Colgio de S. Gonalo Grupo de Geografia

    Riscos: uma probabilidade de ocorrer um fenmeno catastrfico.

    Catstrofes: um acontecimento sbito quase sempre imprevisvel, com vtimas e danos materiais que afecta

    gravemente a segurana das pessoas e as suas condies de vida.

    De entre os fenmenos naturais capazes de provocar enormes catstrofes para a Humanidade destacam-se, pelo

    seu maior impacto, os Riscos Climticos ou Atmosfricos e os Riscos

    Geolgicos ou Internos.

    Os Riscos Climticos ou Atmosfricos so

    constitudos por:

    _ Furaces;

    _ Secas;

    _ Vagas de Calor;

    _ Inundaes;

    _ Tempestades;

    _ Tornados;

    _ Avalanches;

    _ Incndios.

    Os Riscos Geolgicos ou Internos so constitudos por:

    _ Sismos;

    _ Erupes Vulcnicas;

    _ (Avalanches);

    _ Deslizamentos de Terra.

    Os Furaces (no Atlntico), tambm conhecidos por Ciclones

    tropicais (no ndico) e por Tufes (no Pacfico), um dos tipos de

    tempestade mais poderosa e destrutiva. A distribuio deste tipo

    de fenmenos est limitada a seis regies do globo, todas elas

    situadas sobre oceanos tropicais e subtropicais, pois a que se

    verificam as condies necessrias para que uma ligeira

    instabilidade no ar possa transformar-se numa violenta

    tempestade. Nessas regies, o vapor da gua do mar quente

    sugado violentamente para reas de baixa presso, elevando-se e condensando-se em bancos de nuvens de grande

    desenvolvimento vertical. Dando origem a chuvadas torrenciais acompanhadas de ventos muito fortes, que podem

    atingir os 300 km/h.

    As formas de preveno so:

    Impedir construes nas reas de Risco;

    Utilizao dos Sistemas de Alerta;

  • 24 Colgio de S. Gonalo Grupo de Geografia

    A Observao atravs de Satlites Meteorolgicos.

    As secas relacionam-se com perodos longos sem precipitao e

    temperaturas demasiado elevadas, ocorrendo sobretudo em reas

    de clima Desrtico, Tropical seco e Temperado Mediterrnico. As

    principais consequncias das secas fazem-se sentir na reduo das

    produes agrcolas, na reduo da produo de energia

    hidroelctrica e na maior possibilidades de ocorrncia de fogos

    florestais.

    Para prevenir os efeitos da seca deve-se:

    Reduzir o consume de gua na agricultura;

    Limpar as matas;

    Evitar fazer lumes e queimadas;

    Fazer transvases1.

    1 Transferncia de gua das regies de maior abundncia para aquelas em os problemas

    de seca, se faz mais sentir.

    As vagas de calor resultam de situaes meteorolgicas anormais, cuja

    durao pode variar de algumas semanas a alguns meses. Estes

    fenmenos climticos extremos e imprevisveis estai a tornar-se cada

    vez mais frequentes, devido em parte aco do Homem pela

    destruio da vegetao, pela plantao de espcies inadequadas, a

    sobre pastorcia e a sobre explorao dos aquferos. As

    consequncias das vagas de Calor so extremamente negativas e

    fazem sentir-se a nvel material com humano. Destas destacam-se aquelas que tm efeitos nas actividades

    econmicas, nas produes agrcolas, e aquelas que dizem respeito vida quotidiana das populaes, e especial

    sua mobilidade e estado de sade.

    INUNDAES

    A sua ocorrncia relaciona-se com precipitaes

    abundantes, precipitaes duradouras, rpido degelo e agitao

    martima. As principais consequncias deste fenmeno fazem-se

    sentir principalmente nas reas de baixa altitude, em certas reas

    deprimidas e junto costa e traduzem-se na submerso de vastas

    reas, tanto agrcolas como urbanas (obrigando as pessoas a

    abandonar as suas residncias habitais, podendo provocar vtimas).

    As formas de preveno so:

    Construo de Diques;

    Ereco de barragens;

    Limpeza do leito dos rios;

    Proibir construo nas plancies de inundao.

  • 25 Colgio de S. Gonalo Grupo de Geografia

    Os incndios florestais so das catstrofes naturais mais graves em

    Portugal, no s pela elevada frequncia com que ocorrem e extenso

    que alcanam, como pelos efeitos destrutivos que causam. Para alm

    dos prejuzos econmicos e ambientais, podem constituir uma fonte de

    perigo para as populaes e bens, provocando muitas vezes a morte.

    No basta existir uma fonte de calor para que um incndio se propague.

    tambm necessrio que as condies atmosfricas sejam favorveis

    a essa mesma propagao. Que so:

    _ Vento intenso;

    _ Baixa humidade relativa no ar;

    _ Temperaturas elevadas;

    _ Por vezes a ocorrncia das trovoadas.

    _ Existncia de combustveis mortos com baixos nveis de humidade;

    _ Existncia de uma fonte de ignio.

    As formas de preveno dos seus efeitos passa por:

    Limpar as matas;

    Evitar fazer lumes e queimadas;

    Evitar o lanamento de foguetes.

    A ocorrncia de avalanche determinada pelas condies meteorolgicas que se verificam em determinados

    lugares e pelas caractersticas do relevo, ali existentes. Efectivamente, nas reas de relevo acidentado, a conjuno

    de temperaturas baixas, vento intenso e grande acumulao de neve pode fazer com que esta se precipite

    rapidamente ao longo das vertentes de maior inclinao e origine avalanches significativas, capazes mesmo de

    submergir reas considerveis.

    Os sismos, vulgarmente conhecidos por tremores de terra ou terramotos,

    correspondem a vibraes repentinas (normalmente, de poucos segundos a um minuto),

    mais ou menos violentas, da superfcie terrestre, relacionando-se com o movimento da

    crosta terrestre e das exploses nucleares.

    As formas de preveno so:

    Os estudos geolgicos sobre o interior da Terra;

    E os sistemas de alertas baseados nos estudos de sismgrafos.

    Quando os tremores de terra ocorrem no fundo do oceano, podem dar origem a ondas gigantescas, frequentemente

    designadas de tsunamis ou maremotos. Estas ondas gigantescas, quando chegam a terra, varrem tudo o que

    encontram pelo caminho, provocando milhares de mortes e estragos.

    As formas de preveno deste so:

    Evitar a construo nas reas baixas do litoral;

  • 26 Colgio de S. Gonalo Grupo de Geografia

    E os sistemas de alerta trans-ocenicos coordenados.

    Apesar de mltiplos esforos cientistas, ainda no

    possvel prever com rigor a ocorrncia dos sismos

    De todos os fenmenos que ocorrem superfcie da Ter, os vulces so talvez os que

    assumem caractersticas mais ameaadoras e aterrorizantes e tambm os que melhor

    ilustram a grandiosa fora da natureza. semelhana do que se passa com os

    sismos, os vulces esto tambm extremamente relacionados com a

    movimentao das placas tectnicas que constituem a superfcie terrestre.

    Embora ainda no seja possvel prevenir as erupes vulcnicas, j existem alguns sinais de alerta para essa

    ocorrncia. De entre esses sinais, destacam-se:

    _ A dilatao da superfcie;

    _ O aumento da temperatura do solo;

    _ E a libertao de jactos de gua quente (gisers) e vapores (fumarolas).

    Para prevenir possveis efeitos das erupes vulcnicas devem ser tomadas medidas:

    No construir em reas prximas de vulces;

    Construir valas para desviar as correntes de lava;

    Esclarecer a populao;

    Manter o servio da proteco civil.

    Deslizamentos

    Ao longo das vertentes de maior inclinao, os detritos rochosos

    tendem a deslocar-se por aco da gravidade. Esses movimentos de

    partculas ao longo das superfcies podem ocorrer de forma lenta, ou

    pelo contrrio, de forma rpida.

    As formas de preveno so:

    Impedir a construo nas reas de declive acentuado;

    Construo de muros de suporte;

    Construo de barreiras de Drenagem.

  • 27 Colgio de S. Gonalo Grupo de Geografia

    ..

    ESCALAS NUMRICAS E ESCALAS GRFICAS

    ESCALAS NUMRICAS:

    A escala numrica representada sob a forma de fraco. O numerador sempre a unidade (1) e indica a distncia no mapa, e o denominador a distncia real (nmero de vezes que a realidade foi reduzida para ser cartografada) correspondente, sempre em centmetros (cm).

    A escala numrica pode ser representada de trs formas diferentes.

    Exemplo:

    ESCALAS GRFICAS:

    A escala grfica representada sob a forma de um segmento de recta, normalmente subdividido em seces e ao longo do qual so registadas as distncias reais correspondentes s dimenses do segmento. Nalguns mapas essas distncias surgem na escala mtrica europeia ( fig. 1) e noutros conjugam-se as unidades de medida europeias com as anglo-saxnicas (fig. 2) - em milhas ( utilizadas pelos ingleses e americanos).

    Fig. 1 - Escala grfica em Km ( escala mtrica) Fig. 2 - Escala grfica em Km e milhas

    Ex.: Na escala 1: 100 000 - "1 cm" representa a distncia no mapa enquanto que o "100 000 cm" representa a distncia real. Isto significa que 1 cm no mapa corresponde a 100 000 cm na realidade, ou seja 1 km

    COMPARAO ENTRE ESCALAS:

    Aplicao rea representada Tamanho da escala

    Nvel de anlise (n e

    qualidade dos

    pormenores

    Quantidade de territrio

    representado

    Planta da casa 1:100/1:200 Grande escala (Escala igual ou superior a 1/100.000)

    Nvel de anlise

    maior (muitos

    pormenores)

    Reduzido (menor rea representada)

    escala descritiva Planta de arruamentos 1:500/1.1000

    Planta de bairros de cidades, aldeias.

    1:1.000/1:2.000/1:5.000

  • 28 Colgio de S. Gonalo Grupo de Geografia

    Mapas de grandes propriedades (rurais ou industriais), provncia,

    regio.

    10.000/1:25.000/1:50.000/

    1:75.000/1:100.000

    Mapas de estados, pases, continentes,

    Mundo

    1:800.000/ 1:10.000.000/90.000.000/

    1: 600 000 000

    Pequena escala

    (Escala inferior a

    1/100.000)

    Nvel de anlise

    menor

    (poucos pormenores)

    Elevado (maior rea representada)escala

    explicativa

    Nota: Quanto maior o denominador da fraco, mais reduzida a escala.

    Consoante o grau de reduo efectuado para realizar o mapa vamos ter mapas de diferentes escalas. Vamos considerar duas grandes categorias de mapas atendendo ao grau de reduo; o mapas de grande escala e os mapas de pequena escala.

    Os mapas de grande escala mostram muitos pormenores da realidade ( ruas, quarteires, vias de comunicao, etc., sendo, por isso, muito teis para a explorao a p de uma pequena rea.

    Para representar a ocupao do solo numa cidade necessrio trabalhar com mapas de grande escala, em que a rea representada menor e o nvel de anlise maior

    Os mapas de grande escala so mapas que se aproximam muito da realidade, ou seja, no foram muito reduzidos. Tm escalas compreendidos entre 1/10 000 e 1 / 100 000. Por exemplo : 1/50.000 superior a 80.000. Estes mapas representam pequenas reas de territrio mas com uma grande riqueza a nvel do pormenor.

    As plantas e mapas topogrficos (que representam colinas, rios, cidade e comunicaes da rea representada) so exemplos de mapas de grande escala.

  • 29 Colgio de S. Gonalo Grupo de Geografia

    Carta topogrfica ( fonte: Instituto Geogrfico do Exrcito)1/50.000

    Os mapas de pequena escala so mapas em que a realidade foi muito reduzida, servindo para representar grandes superfcies ou a totalidade do planeta, mas com poucos pormenores ( mapa corogrfico, planisfrios ou mapas-mundi ). Tm escalas inferiores a 1/100 000. Estes mapas representam vastas reas de territrios mas com pouca riqueza de pormenor. Estes mapas servem sobretudo para termos uma viso de conjunto acerca dos fenmenos que se passam a nvel mundial, como o caso da distribuio mundial do climas..

    Mapa de pequena escala

    Dentro dos mapas de grande escala podemos encontrar as plantas (com escalas superiores a 1/10 000) e os mapas topogrficos. Na categoria dos mapas de pequenas escalas temos os mapas corogrficos e os planisfrios.

    A escala de um mapa um auxiliar precioso para calcularmos distncias. Face a um mapa podemos de ter de calcular:

    a distncia real;

    a distncia no mapa;

    a escala do mapa

  • 30 Colgio de S. Gonalo Grupo de Geografia

    Para trabalhar com escalas, ou seja, para saber quanto mede determinada distncia entre dois pontos na realidade, necessrio saber fazer redues.

    Quilmetro Hectmetro Decmetro Metro Decmetro Centmetro milmetro

    km hm dam m dm cm mm

    Nota: No te esqueas das redues. No podes misturar diferentes unidades na mesma operao.

    Segue as seguintes regras:

    Exemplos:

    6 000 000 cm = 60 km (conta-se 5 casas para a esquerda a partir das unidades)

    10 km = 1 000 000 cm (conta-se 5 casas para a direita a partir das unidades)

    COMO CALCULAR DISTNCIAS REAIS

    1. Identifica a escala presente no mapa - 1/21000000.

  • 31 Colgio de S. Gonalo Grupo de Geografia

    2. Mede com a rgua a distncia entre os lugares que queres saber.

    Exemplo :

    Lisboa - Londres ( 9cm )

    3. Usa a regra da proporcionalidade para calcular a distncia real.

    1cm 9cm -------------- = -------- 21000000cm X

    x = 21000000 x 9:1

    :X=189.000.000

    X= 1890Kms

    Problemas com escalas

    Problema A - Temos um mapa com escala 1 / 250 000. Nesse mapa as localidades A e B esto separadas 4 cm. Qual a distncia que as separa na realidade?

    Neste problema sabemos a escala e a distncia no mapa. Pretendemos saber a distncia real.

    Resoluo:

    1cm 4cm -------------- = -------- 250000 cm X

    x = 250000 x 4

    :X=250000cm=1000000cm

    X= 10 Kms

    Resposta: as duas localidades distam entre si 10 km.

  • 32 Colgio de S. Gonalo Grupo de Geografia

    Problema B - No mesmo mapa, queremos assinalar uma localidade K que se encontra situada 3 km a Norte da localidade A.

    Neste problema sabemos a escala do mapa e a distncia real. Queremos saber a distncia no mapa.

    Resoluo:

    1 - temos de reduzir os 3 km a centmetros, d 300000. Agora j podemos efectuar os clculos.

    1cm X -------------- = -------- 250000 cm 300.000

    X=300.000 : 250000 =1,2 cm

    Resposta: no mapa devemos medir 1,2 cm, para Norte da localidade A e assinalar a localidade K.

    Problema C - Temos uma planta de uma sala de aula sem escala. Nesta planta as janelas esto representadas com 1 cm, mas sabemos que na realidade medem 3 metros.

    Neste problema sabemos a distncia no mapa e a distncia real. Queremos saber a escala.

    Resoluo:

    1 - temos de reduzir os 3 m a centmetros, d 300. Agora j podemos efectuar os clculos.

    1cm 1 -------------- = -------- 300 cm X

    X=300 x 1:1 =300

    Resposta: a escala dessa planta de 1 / 300.