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abcdefghijklmnopqrstuvwxyyz Distribuição Gratuita PROIBIDA A VENDA Órgão divulgador do Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança” - Ano 9 - nº 81 - Julho/2008 Remédio Contra a Vaidade Obsessores nos Presídios O Orgulho e a Humildade Educar ou Instruir? O Homem no Mundo Sugestões Mentais Escolha das Provas Livros: Renúncia; Coragem Veja nesta edição: Leopoldo Cirne

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Page 1: seareiro 07 2008entre os interessados em âmbito mundial. Ninguém está autorizado a arrecadar materiais em nosso nome, a qualquer título. Conceitos emitidos nos artigos assinados

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Distribuição Gratuita

PROIBIDA A VENDA

Órgão divulgador do Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança” - Ano 9 - nº 81 - Julho/2008

Remédio Contra a VaidadeObsessores nos PresídiosO Orgulho e a HumildadeEducar ou Instruir?

O Homem no MundoSugestões MentaisEscolha das Provas

Livros: Renúncia; Coragem

Veja nesta edição:

LeopoldoCirne

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EditorialSeareiroeditorial

Publicação MensalDoutrinária-espírita

Direção e Redação

Endereço para correspondência

Conselho Editorial

Revisão

Jornalista Responsável

Diagramação e Arte

Imagens da Capa

Impressão

Tiragem

Ano 9 - nº 81 - Julho/2008Órgão divulgador do Núcleo de

Estudos Espíritas Amor e EsperançaCNPJ: 03.880.975/0001-40

CCM: 39.737

Seareiro é uma publicação mensal,destinada a expandir a divulgação daDoutrina Espírita e manter o intercâmbioentre os interessados em âmbitomundial. Ninguém está autorizado aarrecadar materiais em nosso nome, aqualquer título. Conceitos emitidos nosartigos assinados refletem a opinião deseu respectivo autor. Todas as matériaspodem ser reproduzidas, desde quecitada a fonte.

rua das Turmalinas, 56 / 58Jardim Donini

Diadema - SP - BrasilCEP: 09920-500

Caixa Postal 42Diadema - SP

CEP: 09910-970Tel: (11) 4044-5889 com Eloisa

E-mail: [email protected]

Eduardo PereiraFátima Maria Gambaroni

Geni Maria da SilvaMarcelo Russo Loures

Reinaldo GimenezRoberto de Menezes PatrícioRosangela Neves de AraújoRuth Correia Souza Soares

Silvana S.F.X. GimenezVanda NovickasWilson Adolpho

A. M. Gauvin

Eliana Baptista do NorteMtb 27.433

Reinaldo GimenezSilvana S.F.X. Gimenez

Van Moorsel, Andrade & Cia Ltdarua Souza Caldas, 343 - Brás

São Paulo - SPCNPJ: 61.089.868/0001-02

Tel.: (11) 6764-5700

12.000 exemplaresDistribuição Gratuita

Leopoldo Cirne: livro “A Personalidade deJesus” - Ed. FEB; paisagem:

http://existologopenso.files.wordpress.com/2007/09/floresta.jpg

Muito temos visto, na mídia, acontecimentos onde a violência está presente,ocasionando desencarnes dolorosos ou problemas físicos que limitam a criatura.

Procuremos analisar as possibilidades desses acontecimentos à luz do Espiritismo.Sabemos que muitas situações, quando não buscadas pelas criaturas, fazem parte de

planificações reencarnatórias, em processos de resgate (expiação). Estas situaçõesocorrem muito em acidentes coletivos, que não foram provocados mas que,aparentemente, são de causa natural ou, como se denomina: fatalidade.

Nestes processos, onde a Justiça Divina, aliada à Misericórdia do Pai Celestial, fazcom que as criaturas envolvidas (e não estão neles apenas aquelas participantesdiretamente do acidente, por exemplo, mas também todos os parentes e amigos quesofrerão igualmente a dor da perda) procurem despertar, diante da Vida, os valoreseternos que relutamos em aceitar, mesmo nós que já adentramos na Doutrina do Cristo.

O que precisaríamos entender e aceitar seria a nossa realidade espiritual - de espíritoseternos que somos - e deveríamos ter uma compreensão maior quanto às nossasresponsabilidades perante a reencarnação. Vivemos como se não fôssemos espíritoseternos. A vida terrena, sendo de aprendizado, não é um local para vivermos por toda aeternidade. O nosso apego às coisas materiais e, mesmo às pessoas, nos impede dealcançarmos um entendimento do Evangelho de Jesus, por exemplo, quando Ele disseque deveríamos nos desfazer dos bens e segui-Lo.

Muitas situações que, para nós, seriam uma violência aos nossos anseios,deveríamos encarar como uma oportunidade de renovarmos os nossos valores,mudando o nosso interior com a incorporação dos ensinamentos do Cristo, na busca davivência da nossa existência pautada com a máxima:

.A busca espontânea (livre-arbítrio) pelo Bem, a que todos nós deveríamos optar em

cada pensamento, palavra, ato e toda exteriorização de nossos sentimentos, isto sim,seria aproveitar a reencarnação em ascensão à vida eterna, com o Cristo.

Todo processo de violência, a que estamos expostos, dependerá de como estivermosajustados em nossa caminhada, já que, em desequilíbrio, facilitamos para que estesprocessos dolorosos nos alcancem, como também poderíamos amenizar estasexpiações pelo esforço em nos melhorarmos interiormente, na sedimentação dosensinamentos de nosso Mestre em nós.

Nas situações de violência que estamos presenciando, nos dias de hoje, existemmuitas que fazem parte de processos verdadeiramente expiatórios, mas muitos sãoaqueles em que a criatura, por fazer mau uso de seu livre-arbítrio, atrai esses tormentosvoluntários pela inferioridade de suas tendências e pensamentos, pela sua invigilância eacomodação no mal.

Com as oportunidades que estão sendo dadas a espíritos ainda muito arraigados nomal, mas que necessitam de aprendizado, estes irmãos nossos estão reencarnando emgrande número, em nome da Misericórdia do Pai, que ama a todos os Seus filhos, semdistinção; e os filhos que estão em situações ainda mais precárias espiritualmente são osque necessitam de maior amparo e atenção do MaisAlto.

A violência a que estamos sujeitos e as que nos incomodam, na verdade, estão dentrode nós, e tudo o que ocorre à nossa volta, atingindo-nos em maior ou menor grau, fazparte do nosso próprio interior, e é quando deveríamos tentar entender essas situações evermos onde e como deveríamos auxiliar a todos, em nome do Bem Maior.

Portanto, encaremos a violência de que tomamos conhecimento com os olhos dacaridade, estendendo as mãos para amenizar a dor alheia, e busquemos utilizar operdão, que o Cristo nos ensinou, para não julgarmos a quem quer que seja, já queseremos julgados com a mesma intensidade. As criaturas que erram estão também emprocesso de aprendizado, assim como nós, que também erramos. Basta que tenhamosindulgência, paciência, tolerância e fé para aceitarmos cada uma no patamar em que seencontra, sem querermos diminuí-la, para que não cresçamos em nosso orgulho.

Humildade e caridade, perdão e amor! Lembremo-nos sempre de JESUS!

“Fora da caridade não hásalvação”

Equipe Seareiro

SeareiroSeareiro2

Grandes Pioneiros:Atualidade:

Tema Livre:

Curiosidade:Contos:Família:Kardec em Estudo:

Canal Aberto:

Pegadas de Chico Xavier:

Clube do Livro:Cantinho do Verso e Prosa:

Livro em Foco:

Leopoldo Cirne - Pág. 3Sugestões Mentais - Pág. 7; Homem

de Bem - Pág. 8O Orgulho e a Humildade - Pág. 9;

Escolha das Provas - Pág. 10; Divórcio - Pág. 11Um Caso de Segunda Vista - Pág. 11

O Rei Sete Palmos - Pág. 12Educar ou Instruir? - Pág. 13

O Homem no Mundo - Pág. 14

Problemas do Mundo -Pág. 15; Teu Problema... - Pág. 15;Embeleza a Vida - Pág. 15

OPequeno Chico - 16; Obsessoresnos Presídios - Pág. 17; RemédioContra a Vaidade - Pág.17

Renúncia - Pág. 18Carta a

meu Pai - Pág. 19Coragem - Pág. 19

ÍNDICE

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O Livro dos EspíritosEditora FEB

O Evangelho Segundo oEspiritismo - Editora FEB

“Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens”— Jesus (Mateus, 5° 16)

Diante desse despertar, Jesus conclama os homens parafazer brilhar a “Centelha Divina”, existente em cada ser,executando a Lei deAmor.

Muitas dessas luzes já brilharam sobre a Terra, ondeespíritos, de grande potencial fraterno, nela reencarnarampara dar testemunho desse Amor vivenciado pelo Cristo.Viveram e conviveram como Ele, entre seres de todas asprocedências, para deixarem o exemplo do crescimentoespiritual. Esses espíritos superiores reencarnam, comoseres comuns, mostrando toda a fragilidade inerente ao serhumano, mas demonstrando, através do tempo, comovencer as tentações, os desvios do caminho, cultivando a féno coração e a bússola da “Boa Nova”, com Jesus.

Assim vem a reencarnar na Paraíba do Norte, no dia 31 deabril de 1870, mais um ser para cumprir sua capacidade dedivulgar a Doutrina redentora, o menino querecebeu de seus pais o nome de LeopoldoCirne.

Embora as dificuldades pelas quais todopovo dessa região passa (com os pais deLeopoldo não foi diferente), ele sedesenvolveu normalmente, tornando-se umacriança sadia.

Desde cedo, mostrava-se inteligente.Aprendeu a andar e a falar precocemente.Porém, com as necessidades crescendo, afamília, para obter uma melhoria de vida,muda-se para Recife, onde o pequenoLeopoldo vê seu rumo de vida ampliado. Aescola era a sua alegria. Os professoresadmiravam sua responsabilidade. Aprendia,com muita facilidade, todas as matérias.Portanto, o curso primário foi para ele comouma boa recordação, pois nada lhe eranovidade.

Já adolescente, indo à procura de um emprego paracontinuar a estudar, pois esse era o seu maior desejo,consegue empregar-se no comércio.

Trabalho árduo, para uma pessoa que começava a lutatão cedo. Mal despontava o dia, e lá ia Leopoldo para sualida, ativamente.

Naquela época, o trabalhador não tinha folgas. Somenteno domingo, quando o comércio abria suas portas,funcionando até o meio-dia. Com isso, o tempo queLeopoldo tinha para estudar era mínimo. Mesmo assim, emqualquer hora livre ele se dedicava para se aprofundar naleitura educativa.

No decorrer dos anos, sempre trabalhando e estudando,estando seu futuro garantido, Leopoldo decidiu partir para oRio de Janeiro.

Não pôde ele completar seus estudos sobreHumanidades, mas tornou-se, através dos seus esforços einteligência, um dos maiores vernaculistas da época.(estudioso nos assuntos nacionais e regionais).

Leopoldo Cirne considerava-se ateu. Nada o demovia

para algum estudo religioso. Sua formação pelas Letras olevava para a Ciência e Filosofia. Mas que ninguém oimagine como uma criatura insensível: ele estava sempresorridente, tratando a todos com muita educação e erapaciente em assuntos sérios e de difícil solução.

Com o passar dos anos, Leopoldo atingindo a idade maissegura de seus ideais, começou a se interessar pelasreligiões. Ouvia muitas controvérsias a respeito de Deus e deJesus.

Começaram em seu interior as questões sobre a vida.Onde, propriamente, a vida começa? E o seu fim? Afinal, oque haveria de verdadeiro na vinda do Cristo à Terra? A vidaseria um castigo imposto por Deus? Todas essas perguntasfez ele a uma pessoa que o acolheu, com muita alegria, noRio de Janeiro, após sua chegada.

Apresentou-se como Alfredo Pereira. Passaram a ter umconvívio de parceria nos assuntos religiosos. Alfredo contou

a Leopoldo ser espírita convicto, que, como ele,também fazia muitas indagações e que só obteveas respostas através da Doutrina Espírita.Leopoldo passou a ouvi-lo falar sobre oEspiritismo até que concordou em acompanhá-loa uma reunião de estudos, em seu núcleo. Otema que serviria de comentário naquela noiteseria: “Como conciliar o livre-arbítrio com odeterminismo da prova”. Isso chamou a atençãode Leopoldo.

Alfredo fizera questão de que ele participasse,expondo sua opinião de “materialista”, como diziaser. O doutor Canuto de Abreu, dignorepresentante e defensor do Espiritismo, vem ac o n h e c e r L e o p o l d o e a m b o s f a l a mentusiasmados sobre o tema, acompanhadospelo firme interesse de Alfredo, que ficaabismado com o conhecimento de Leopoldo.Num certo momento, ele fala:

— Leopoldo, meu amigo, você não é e nemnunca foi materialista. Suas dúvidas serão todas desfeitas,após sua leitura de “O Livro dos Espíritos”. Tenho certeza deque você será mais umdefensor e trabalhador nadivulgação doutrinária. Deimediato, Dr. Canuto deAbreuse fez presente, doando-lhe oexemplar de “O Livro dosEspíritos”, que tinha emmãos, dizendo:

— Você encontrará aquitudo o que se refere aFilosofia, Ciência e Religião.Allan Kardec nos trouxetambém “O EvangelhoSegundo o Espiritismo”, fontes e g u r a d o s c a m i n h o sevolutivos, que um diadeveremos alcançar.

L e o p o l d o f i c o u

Grandes Pioneirosgrandes pioneiros

Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança 3

Leopoldo CirneLeopoldo Cirne

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entusiasmado. As conversações emassuntos tão sérios chegaram aos seusouvidos como lembranças. Cada palavradita pelos amigos era como uma recordação.Alfredo tinha razão, pensava... Deus faziaparte de sua existência... além de ser oCriador, era Pai soberano e justo. Leopoldodespede-se dos amigos, prometendo ler eretornar ao assunto. Sentia que seu espíritodespertava, após uma longa viagem.Naquela noite, concentrou-se em ler aintrodução de “O Livro dos Espíritos”. A cadatrecho, sua imaginação trabalhavaintensamente, absorvendo o conteúdoedificante, ali expressado por Allan Kardec...e refletia:

“Onde ouvira esse nome, se nunca lheviera às mãos algo parecido?”

Por tudo o que estava aprendendo, chegava à conclusãode que ele, assim como toda a humanidade, eram espíritosreencarnados, num processo evolutivo.

Leopoldo fecha “O Livro dos Espíritos”; não passara daintrodução, mas já se tornara convicto e adepto doEspiritismo.

Com os novos conhecimentos adquiridospelos estudos, nos quais colocou todo o seudevotamento a Jesus, Leopoldo sentia-seoutro, ou melhor, reconhecia que as idéiasespirituais já eram natas em seu interior eisso o fazia sentir-se um novo homem.

Procurou aliar mais valores, freqüentandoa Federação Espírita Brasileira. Veio aconhecer a sabedoria do Dr. Bezerra deMenezes. Melhor fonte não poderia achar,para dar início às tarefas espirituais arealizar.

Leopoldo, a cada dia, admirava aprofunda sabedoria daquela figura simples erespeitosa do Dr. Bezerra de Menezes.Aprendia, com ele, como tratar as pessoassimples e carentes. Via que não existiadiferença no trato, de um para com outro.

Dr. Bezerra a todos atendia com o mesmo carinho, sem seimportar com as diferenças de cor ou status sociais. Seuolhar penetrante transmitia fluidos restauradores,lembrando a nobre figura do Mestre Jesus.

Daí para diante, Leopoldo dedicou toda a sua vida em prolda Doutrina Espírita. Escrevia e falava com tantoentusiasmo, que as pessoas que vieram a conhecê-loficavam admiradas pelos conhecimentosque ele exprimia, tanto através da penacomo na forma oral. Tornou-se fiel ao Dr.Bezerra, aprendendo que o trabalho dopasse, ao qual Leopoldo era dedicado,representava a união com Jesus, pela preceelaborada com amor cristão. Os benefíciosrecebidos, portanto, vinham doAlto.

Por essa época, Dr. Adolfo Bezerra deMenezes era o estimado Presidente daFederação Espírita Brasileira, o qual porvontade sua e dos confrades que faziamparte dessa diretoria apontou e elegeu,como Vice-Presidente da “Casa de Ismael”,o senhor Leopoldo Cirne. Foi para este umagrata referência, o qual, agradecido, dizia

tudo fazer para cumprir com lealdade seusdeveres para com a Casa e, principalmente,com os espíritos que demandavam adisciplina das tarefas, ali desenvolvidas.

Tudo corria normalmente, quando umatriste notícia veio abalar os espíritos e todosque respeitavam o venerável “apóstolo dacaridade”, Dr. Adolfo Bezerra de Menezes.Ele deixava esse mundo físico paracontinuar sua nobre tarefa de amor nomundo espiritual. Era o dia 11 de abril de1900!

Leopoldo Cirne, assim como todos,chorava pela ausência física do inolvidávelespírita brasileiro que realizou a maiormissão, pelos exemplos deixados dehumildade e responsabilidade na seara do

Cristo. Partira o “Allan Kardec brasileiro”.Após esse difícil momento, Leopoldo Cirne, como Vice-

Presidente da Federação, recebeu a incumbência desubstituir Dr. Bezerra. Dessa forma, tornou-se Presidenteoficial da “Casa de Ismael”.

Com toda simplicidade, recordando os exemplosdeixados por seu mestre, Dr. Bezerra, embora achando que

sua capacidade não chegava a tantaresponsabilidade, exerceu esse cargo comdignidade por longos anos.

Leopoldo lutou intensamente para que aFederação tivesse uma sede própria. Essasua idéia foi tomando vulto, quando viuconcretizado seu ideal por uma senhoraespírita, dona Mary Henrieth Hoffman, quedoou à Federação um prédio localizado à ruaS. José, n° 60, em 1905, Rio de Janeiro.

Dona Mary, continuou doando recursospara as reformas necessárias da obra.Porém, com a ajuda dos companheiros,Leopoldo achou por bem angariar maisrecursos, para que a Federação tivesse maisespaço. E juntando todos os esforços desimpatizantes, ou não, conseguiramcomprar dois velhos prédios na rua

Sacramento, hoje avenida Passos, n 28 e 30, quedemolidos deram início aos alicerces do edifício atual daFederação Espírita Brasileira. Era o dia 14 de julho de 1910.E, no prazo de 17 meses, a obra tornou-se realidade.

Muitas foram as festividades para a inauguração da “Casade Ismael”, como ficou consagrada até hoje. Destacou-se,pelo brilho da palavra clara e incentivadora, o homem público

e defensor da Doutrina Espírita, QuintinoBocaiúva, entre muitas outras notáveisfiguras do meio espírita. Calculou-se, naépoca, que participaram dos festejos maisde mil pessoas, que ali se fizeram presentes.

O jornal “O Paiz”, órgão público edemocrático do Rio de Janeiro, estampouem sua 1ª página, fotos referentes àinauguração, com um belo comentário doque fazia a Federação Espírita Brasileira, emseu atendimento social e esclarecedordoutrinário. O objetivo principal, continuavao comentarista, seria a realizaçãoespontânea da Caridade, virtude tão bemexpressa em “O Evangelho Segundo oEspiritismo”, lembrando aos corações

os

SeareiroSeareiro4

Allan KardecAllan Kardec

Dr. Bezerra de enezesMDr. Bezerra de enezesM

Quintino BocaiúvaQuintino Bocaiúva

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A Personalidade de JesusEditora FEB

O Livro dos MédiunsEditora FEB

sofridos, o consolo e a féimorredoura de se fazer o bem, commodéstia e sem ostentação.

Outros jornais como: “ANoite”, “AImprensa” e o “Correio da Manhã”fizeram seus relatos sobre oacontecimento, tendo esse últimojornal salientado os resultadosefetuados por todos aqueles que seempenharam nessa construção degrande vulto, onde em cada pedracolocada sobre argamassa se deraa resistência sólida de corações ede consciências, voltados pelodesejo de ver consolidado o deverpara com o povo e para com Jesus,sempre lembrado em atos desublime amor.

E Leopoldo Cirne, às 14 horasdesse dia 10 de dezembro de 1910,dava início à 1ª reunião fraternadesse marco histórico na vida dosEspíritas.

Teceu ele agradecimentos atodos que ajudaram na feitura dessaobra, não se esquecendo de mencionar o nome de donaMary Henrieth Hoffman a quem se deveu a primeira doaçãodo prédio à rua São José, 60, onde tudo começara. Ela foi a

impulsionadora do que hojeinauguramos, dizia Cirne.Também, naquela primeirareunião de junho de 1905,muito se comemorou porquedaí para a frente puderamreunir -se companheiros,agradecendo a Deus o que forac o n s e g u i d o . L e o p o l d omostrou-se emocionado, aorelembrar as dificuldadespassadas. Os companheirosque desistiram da luta e outrosque naturalmente continuarama a j u d a r m a s , a g o r a ,residentes na Espiritualidade.

Referiu-se também aodístico que fora colocado nafachada do edifício: “Deus,

Cristo e Caridade”. Fez bela explanação a respeito dessatrindade, concluindo que “a Doutrina Espíritatraz à tona todas as consciências que sãochamadas à razão, para elucidar aoportunidade de redimirem-se dos erroscometidos. É nesse acontecimento que a pazpoderá estar entre os povos, trazendo afraternidade, que se estenderá sobre todas asnações, sem guerras e sem preconceitos”.

Leopoldo, aplaudidíssimo, deixou a tribunacom os olhos rasos de lágrimas. Muitos outrosfizeram uso da palavra, enquanto que poesiastambém vieram elevar o ambiente, pelasentonações de vozes que trouxeram maisbrilho às festividades.

Entre os palestrantes ouvidos figuravam:Dr. Miguel R. Galvão, João Loyola, José LuisMagalhães, Dr. Inácio Bittencourt, o famoso

m é d i u m F e r n a n d o d eLacerda, que falou em nomedos espíritas portugueses. Deoutro que, nos idos de 1884,época dos primeiros contatospara que a inauguração daantiga sede da FEB fosseconcretizada, foi a palavracomoven te de Manoe lFernandes Figueira. Trouxeele, de retorno, as grandesdificuldades enfrentadasn a q u e l a é p o c a d epreconce i tos con t ra aDoutrina Espírita: “Ergueu-sena avenida Passos não só umprédio vigoroso na suaalvenaria, mas um idealrepleto de união para com astarefas designadas pelo Alto.O pequeno salão da rua daAlfândega, serviu de liçãopara esse presente, onde umnúmero maior de coraçõesaflitos poderá receber os

fluidos renovadores da Espiritualidade Superior.” Encerrousuas lembranças dizendo que as origens do Espiritismopassaram pelos Estados Unidos, desenvolveram-se naFrança, com todos os estudos feitos por Allan Kardec. Suapenetração na Inglaterra, na Rússia, Alemanha, Espanha,Itália e principalmente no Brasil, futura Pátria do Evangelho,nos dizeres de nosso Mestre Jesus.

Com isso, Leopoldo Cirne volta à tribuna para agradecer,numa comovente prece ao Pai Criador, pela confiança deque, de ora em diante, as responsabilidades fossemdivididas entre todos aqueles que gostariam de serservidores de Jesus. Que a nova sede, ali inaugurada, fossesempre fiel aos princípios do Evangelho segundo oEspiritismo.

Durante a gestão de Leopoldo Cirne, com sua simpatia epaciência, conseguiu reunir vários centros espíritas do Riode Janeiro e dos arredores para trabalhos mais organizadose esclarecedores. Com isso, Cirne deu início à conclusão do“Pacto Áureo”, o qual resultou na idéia mais amadurecidapara o surgimento do Conselho Federativo Nacional. E foijustamente, por todos esses acertos, que a FEB promoveu o1º Centenário do nascimento de Allan Kardec, no dia 04 deoutubro de 1949. Cirne já havia começado, entre todas as

suas funções na FEB, as traduções dos livros deLéon Denis, profundo admirador que era desseescritor francês. Dentre essas obras, destacam-se: “No Invisível” e “Cristianismo e Espiritismo”,editadas pelo Departamento Editorial da FEB.Por esse motivo, foi ele cognominado, “O LéonDenis Brasileiro”.

Cirne exerceu funções relevantes, não sócomo grande incentivador pela purezadoutrinária, mas também como escritor. Seusartigos foram publicados no Reformador, órgãode divulgação da FEB. Entre as suas obrasfilosóficas, destaca-se “A Personalidade deJesus”. Coube a Guillon Ribeiro a apresentaçãodesse livro, onde ressalta a feliz descrição comque Cirne fez a figura de Jesus. Baseou-se oescritor em “O Livro dos Médiuns” e em “O Livro

Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança 5

Federação Espírita Brasileira - foto de André Mendonça ( 2006)

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dos Espíritos” para que,através das respostasdadas pelos Espíritos,f o s s e r e v e l a d a adignidade do preclaroMissionário da granderevelação.

Nessa mesma obra,C i r n e d e s t a c a adescrição que o entãosenador romano, PúblioLêntulus, fez de Jesus,a t r a v é s d e u mdocumento deixadocomo testemunho de seuencontro com o Cristo.

Organizou, em 1904,o opúsculo “Memória Histórica do Espiritismo”, começando,assim, o seu interesse em conhecer e escrever artigos sobreEspiritismo. Dando continuidade às suas tarefas doutrináriase aperfeiçoando-se na leitura das obras fundamentais deAllan Kardec, deu-se-lhe o impulso de estudar a línguachamada de “Universal”, por poder ser entendida em todasas nações: “O Esperanto”.

O Esperanto é uma língua criada pelo Dr. Zamenhof.Conseguiu ele reunir muitos adeptos que estudaram esseprocesso de comunicação com povos dedi ferentes id iomas. Dizem muitosestudiosos dessa matéria que há indícios deque o Esperanto tenha sido intuído porespíritos de várias camadas da hierarquiaespiritual.

O fato é que, em 19/01/1940, Emmanuel,através da psicografia de Francisco CândidoXavier, passa uma mensagem com o título“A Missão do Esperanto” e outra, do espíritode Francisco Valdomiro Lorenz, com o títulode “O Esperanto como Revelação”, essa em19/01/1959. Ambas foram transcritas noReformador.

Essas mensagens chamaram a atençãode Cirne, que passou a adotar esse sistemade comunicação, enviando suas correspondências sobre aDoutrina Espírita, para muitos países, sem esperar retorno.O essencial seria que alguém pudesse apreciar a Verdadesobre os ensinamentos cristãos.

Leopoldo Cirne assim agia, pela profunda tristeza quesentia por saber que povos de outras nações guerreavamem nome de Deus, por defenderem apenas a matéria,matando pessoas, dizimando famílias pelo egoísmoexagerado.

Em suas oratórias, Cirne recitava comentusiasmo versos de Castro Alves, GuerraJunqueiro e Casimiro de Abreu. Esses que,através das poesias, falavam da nódoa quemanchara nossa Pátria com a escravidão edefenderam com bravura a libertação dosescravos. Cirne também trazia à tona,sempre que possível, as obras de VictorHugo, principalmente “Os Miseráveis”, ondeesse digno escritor expusera a misériasocial. Com tudo isso, Leopoldo Cirne queriachamar a atenção da sociedade para ummundo melhor, sem ódios e sem laresdesfeitos, por não entenderem os desígnios

de Deus. Era esse o seuponto de vista e suapregação evangélica.

Leopoldo Cirne viviaem seu lar o exemplo doque pregava. Correto eamoroso chefe familiar,sabia dedicar à família ashoras necessárias para,junto com sua dignacompanhe i ra , donaM a r i e t t a C i r n e ,r e s o l v e r e m o sproblemas comuns noque se referisse àeducação dos filhos.Mas o essencial, paraambos, era transmitir-lhes os preceitos cristãos.

Tempos depois, Cirne afastou-se da Federação, por acharque sua gestão como Presidente da Casa de Ismael estavamuito prolongada. Caberia a outro espírita continuardesenvolvendo o que ele chamava de oportunidade paratreinar os verdadeiros sentidos para a vida espiritual, emfavor dos semelhantes. Claro que vários protestos seouviram dos companheiros que já estavam habituados àcalma e à transparência de Cirne em saber apaziguar vários

conflitos que surgiam, sem deixar que nadainterferisse no processo de paz entre todos.Nunca deixou de colaborar no que fossepreciso. Deixou o posto, mas não a DoutrinaEspírita. Passou a usar todo o seu tempopara escrever.

Muitas obras doutrinárias de grande valiae esclarecimentos vieram a público:“Doutrina e Prática do Espiritismo”, “OAnticristo, senhor do mundo”, “O HomemColaborador de Deus”. E toda uma gama deartigos, publicados em coletâneas peloReformador. Todo esse material deveria sermencionado e estudado pelos espíritas,porque os objetivos da leitura seriamregiamente compensados, pela facilidade

com que Cirne colocava seus conhecimentos no campoespiritual.

Ao alvorecer do dia 31 de julho de 1941, no Rio de Janeiro,Leopoldo Cirne parte de retorno à pátria de origem, deixandoseus rastros de fidelidade a Jesus, após tê-lo encontrado.Divulgou os ensinamentos cristãos desde seus atos, atéonde pôde estender seus conhecimentos e convicção doque escrevia ou pregava. Sua partida foi muito comentada e

todos tinham a certeza de que sua falta físicaseria muito sentida.

Seus familiares entenderam o momentoda separação e dona Marietta Cirne, suaesposa e fiel companheira, dirigiu ao PaiCriador, uma prece de agradecimento, porter tido a felicidade desse longo convíviofísico. Com ele, continuava, pôde sentir apresença de espíritos do Bem.

E dirigindo-se ao Alto entre lágrimas, diziapara Cirne, espírito:

— “Que Deus em Sua infinita misericórdiao acolha na paz que semeou aqui na Terra,entre os que puderam compartilhar de suastare fas . E, por favor, se houver

SeareiroSeareiro6

Guillon RibeiroGuillon Ribeiro

Dr. ZamenhofDr. Zamenhof

Manoel Fernandes FigueiraManoel Fernandes Figueira

Victor HugoVictor Hugo

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O Esperanto comorevelação - Editora IDE

atualidadeAtualidade

Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança 7

possib i l idades, não nosesqueça, estando conosco nacontinuidade dos trabalhosaqui, com Jesus”.

T o d o s o s q u ea c o m p a n h a v a m o sp e n s a m e n t o s d e d o n aMar ie t ta , comoveram-see n t r e r e c o n h e c i m e n t o sverbalizados. Leopoldo Cirne,foi enterrado entre aplausos,repletos de profunda dor pelaausência e pela saudadegerada por aquele que souberealizar e cumprir seu deverperante o Pai Celestial.

A certeza ficara de que

poderia Leopoldo Cirne,se pudesse, estar junto aJesus e dizer-lhe comfirmeza:

— “Senhor, Seu servoretorna, após ter feito opossível para cumprir osSeus desígnios. Aquiestou a Seus pés, paraexecutar novas tarefasque o Senhor ordenar”.

Bom seria se toda ah u m a n i d a d e s edispusesse a fazer omesmo, real izar osideais cristãos.

Eloísa

Francisco Valdomiro LorenzFrancisco Valdomiro Lorenz

Bibl

iogr

afia �

APersonalidade de JesusGrandes Espíritas do Brasil

- Leopoldo Cirne, Editora FEB, 4ª ed., 1983.- Zeus Wantuil, Editora FEB,1ª ed., 1969.

Dados a mais, por orientação espiritual.Imagens:

http://www.livrariachicoxavier.com.br/fotos/bio5.jpghttp://bezerra.net/cec/IMG/bezerrapb.jpghttp://photos1.blogger.com/x/blogger/7962/3567/1600/83454/Quintino%20Bocaiuva%203.jpghttp://k43.pbase.com/o4/77/326177/1/62612682.WvDug5jQ.DSC01455.jpg

http://www.espirito.org.br/portal/biografias/images/manoel_fernandes_figueira.jpghttp://www.grupodosoito.com.br/imagens/fotos/guillon_ribeiro/guillon_ribeirotb.jpghttp://bp3.blogger.com/_waHqo7COehs/SAnf0SnD7iI/AAAAAAAABAA/9uJeYkzATCg/S220/zamenhof.jpghttp://upload.wikimedia.org/wikipedia/eo/c/c0/LORENZ.JPGhttp://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/2/25/Victor_Hugo_001.jpg

Em todos os planos em que o homem amadurece, eleinscreve o êxito como seu ponto de chegada. Por isso, oinsucesso, tão freqüente em todos os caminhos daexistência, geralmente se levanta por surpresa dolorosa queo acolhe num determinado ponto de suas realizaçõesindividuais ou coletivas, provocando-lhe enorme desalento,porque raramente o homem examina com frieza asadversidades naturais em toda e qualquer empresa.

Antevivendo a vitória, numa ruidosa manifestação íntima,espiritualmente está desajustado para as aparentesderrotas, as quais mais não são que avisos de retificação nocaminho tomado, em função da necessidade de ascensãoespiritual a que todos nos destinamos.

***Ele também caíra, contra todas as suas expectativas

menos otimistas... e estava mergulhado nesse estadomental depressivo do desengano, sentindo o gosto

desagradável dos problemas.Tentara reerguer-se e, contra todas as suas suposições,

não conseguia reencontrar-se na galeria dos vencedoresmateriais, de que fora brusca e inesperadamente alijado!

Tensão nervosa... cólera... mágoa imensa!Espíritos obsessores encontraram as portas de seu

coração inteiramente abertas, com acesso facilitado, e alicomeçaram a deitar a semente do suicídio, ampliando-lhe, apouco e pouco, as reflexões derrotistas. Parecia-lhe nãohaver nenhuma alternância a mais; nenhum outro recursopara o equilíbrio... Diziam-lhe e mostravam-lhe o fracasso,mais o fracasso, somente o fracasso!

Cada conversação que se suspendesse por estar finda, àsua chegada, ou sussurros que ele não pudesse aclararpareciam-lhe críticas e punhaladas de ironia que lhedesfechavam em surdina.

Mas ele lutava, tentando a reação. Era espírita convicto.Precisava vencer a depressão mental resultante do amor-próprio ferido, da humilhação pouco experimentada, da faltade numerário até para a condução coletiva!

E o obsessor surgiu-lhe à frente:— Você é espírita. Conhece bem as leis

da Espiritualidade. Pode, por razão de seusconhecimentos, do lado de cá, muito maisfacilmente do que aí, desembaraçar-se dasdificuldades. Você não pode deslustrar oumanchar a sua doutrina. Preferível é osuicídio nobre, o sacrifício valoroso paraque sua queda não venha a macular oCristianismo Redivivo. Interrompa estaexistência, e reiniciará outra depois deretemperar-se! Afinal, Você sabe quetemos aqui o Instituto de Recuperação dosSuicidas Justificados...

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SeareiroSeareiro8

Mas ele sacudiu de si as insinuações.Sabia — avivaram-lhe os Mentores Espirituais — que o

suicídio jamais se justifica, por ser uma deserção voluntáriado cadinho de provas, as quais se apresentam na pauta daVida para testar-nos as aquisições incorporadas nopatrimônio do Espírito. E sabia que, por conhecer o seuponto de chegada na Vida Eterna e as leis que regem a suacaminhada em direção do aperfeiçoamento espiritual, nadao autorizava a aceitar o abandono das dificuldades.

Se desempenhava tarefas no Espiritismo-cristão, aDoutrina não sofreria pelos problemas econômicos efinanceiros que ele vivia, porque ela estava codificadajustamente para servi-lo em sua infância espiritual e para

orientá-lo sempre, e não para exigir-lhe o holocausto, em seunome, qual se fora um Moloc a exigir o sacrifício de vítimaspara aplacar a sua biliosidade de gênio virulento do mal.

Caíram, assim, as argumentações sutis, as sugestõesmentais da Espiritualidade inferior, aparentemente lógicas,mas que nunca resistem a uma análise fria ajustada aosquadros reais do Cristianismo. E ele não se rendeu aodesequilíbrio, com essa influenciação direta dos queintentavam envolvê-lo em seu estado mental doentio,servindo-se do aviltamento de princípios eternos para fazer oconvite ao suicídio.

J. Alexandre

O Homem de BemOs sinais pelos quais se pode reconhecer o progresso real

que eleva o homem na hierarquia espiritual, comprovando asua elevação, são todos os atos de sua própria vida diária,em praticando a Lei Divina e é nesse estágio que o homempassa a compreender a vida espiritual.

O verdadeiro homem de Bem é o que vivencia a Lei daJustiça, do Amor, da Caridade, com toda a sua maior purezae, se ele indagar de sua consciência os atos que praticou, elese pergunta se não transgrediu essa lei, se não fez o mal e sefez, por outro lado, todo o bem que poderia fazer e indagará,também, se alguém tem motivos para dele se queixar e,enfim, quererá saber se fez aos outros tudo o que desejariaque os outros lhe fizessem.

Esse homem, envolvido do sentimento da caridade e doamor ao próximo, por certo que faz pelo Bem, sem aguardarquaisquer retribuições, sacrificando, por outro lado, todos osseus interesses por amor à Justiça.

Esse homem é, por certo, bom, humano e benevolentecom todo o mundo, porque ele vê, em todos os demaishomens, seus irmãos de Humanidade, sem distinção deraças e nem de crenças religiosas.

Se Deus o dotou de riqueza e de poder, ele considera ariqueza e o poder como um depósito sublime, de que lhecumpre usar para fazer o bem e, por isso, não se envaidecede coisa alguma, por saber que aquilo que Deus lheemprestou, lhe poderá ser retirado.

Se pela organização social, Deus lhe colocou outroshomens sob a sua dependência, ele os trata com bondade ebenevolência, porque os considera iguais diante do Criadore ele usa a sua autoridade para lhes erguer a moral e nãopara os esmagar com o seu orgulho.

Ele é indulgente para com as fraquezas alheias porquesabe que ele mesmo precisa para si da indulgência dosoutros e repete, para si mesmo, as palavras de Jesus: "Atirea primeira pedra aquele que estiver sem pecado".

Esse homem não é, em nenhum momento, vingativo e, aexemplo de Jesus, ele perdoa as ofensas, para somentelembrar dos benefícios que recebeu, já que não ignora queele próprio será perdoado, assim como houver perdoado aseus semelhantes.

Esse homem respeita os seus semelhantes em todos osdireitos que as leis da Natureza lhes concedem, como querque os seus mesmos direitos lhe sejam respeitados.

Segundo o Espírito deAgostinho:“O meio mais prático e mais eficaz que o homem tem para

se melhorar nesta vida e de resistir à atração do mal, estánuma máxima de um sábio da Antiguidade que recomenda:

‘Conheça-se a si mesmo’.Você conhece, também, toda a sabedoria dessa

recomendação, porém a sua dificuldade estáprecisamente em você conhecer-se a si próprio.

O meio de você conhecer-se a si mesmo poderá ser oque fiz, quando vivia na Terra e que é o seguinte: ao final decada dia, interrogava a minha consciência, passando emrevista o que eu mesmo fizera e, então, perguntava, a mimmesmo, se eu não faltara com qualquer um de meus deverese se nenhuma pessoa tivera motivo de queixar-se de mim.

Foi assim que cheguei a me conhecer e a ver em mim oque precisa ser reformado.

Aquele, pois, que todas as noites relembrasse todas asações praticadas a cada novo dia e perguntasse a si próprioo que fizera de bem ou de mal, rogando a Deus e ao seuEspírito Protetor que o esclarecesse, conquistaria umagrande força para se aperfeiçoar. Já que Deus lhe daria aassistência necessária.

Dirija, pois, a você mesmo essas questões cruciais,interrogando-se sobre o que você fez e com que objetivovocê agiu, nesta ou naquela outra circunstância e sobre porque você agiu assim, também nesta ou naquelacircunstância e pergunte-se também se você teria ou nãofeito qualquer coisa que, se fosse feita por outra pessoa, sevocê a censuraria ou não.

Indague-se, ainda mais: Se Deus o tivesse de chamá-loneste momento para reentrar no mundo dos Espíritos, sevocê temeria o olhar de alguém que lá estivesse, onde nada,absolutamente nada pode ser ocultado.

Examine, pois, o que você possa ter feito contra a JustiçaDivina e, depois, examine o que você possa ter feito contra oseu próximo e, finalmente, o que você possa ter feito contrasi mesmo.

As respostas, naturalmente vindas de sua própriaconsciência, lhe darão um repouso justo à sua consciênciaou lhe darão a indicação exata da existência de algum malque haja em si e que necessita ser superado.

O conhecimento de si mesmo é a chave da evoluçãoindividual. Mas você indagará: Como há alguém de julgar a sipróprio? Não estará aí, também, a ilusão do amor-própriopara justificar as faltas e torná-las desculpáveis?

Em verdade, se tomarmos um avarento para exemplo, elese crê como se fosse simplesmente econômico e previdente;o orgulhoso crê que em si só existe dignidade.

Essas posições são muito reais.Você, porém, tem um outro meio de controle e de

verificação que jamais deixará que você se iluda em relaçãoa si próprio, ou seja, quando você estiver indeciso sobre ovalor de cada um de seus atos, pergunte-se como osclassificaria, se esses atos fossem praticados por uma outrapessoa e, conseqüentemente, pergunte-se se você não os

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tema livreTema Livre

O Orgulho e a Humildade

Esta lição já começa com exemplo de humildade, ondeLacordaire pede a Jesus que o ilumine e o ajude a tornarsuas palavras compreensíveis.

Faz uma colocação muito séria e profunda para quereflitamos: “A humildade é uma virtude bem esquecida entrevocês.”

Qual será o motivo que faz com que a esqueçamos?Bastaria que nos olhássemos no espelho, encarando-nos,de olhos bem abertos (se o conseguirmos), e começaremosa compreender porque é tão difícil praticarmos a caridade,pois, sem humildade, a “caridade” que fazemos só servepara massagear o nosso ego; puro engodo, pois esse tipo decaridade que queima a mão de quem recebe e nossa mãoesquerda, nossos olhos, pensamentos ficam atentos paraobservar se estão nos observando (Que homem bom!...);isto nada mais é que o crescimento do nosso orgulho,fazendo-nos cada vez mais a humildade.

O orgulho é o terrível adversário da humildade.Reflitamos, pois a morte não nos poupa e, a qualquer

momento, poderá nos buscar.

Como somos todos iguais na Balança Divina, somente acaridade e a humildade têm peso na nobreza espiritual.

Que esta lição comece a despertar, em nosso interior, asmudanças de instintos para benevolência, paciência,tolerância e, como não são fáceis tais mudanças edependem só de nós, de nossa boa vontade, basta darmos oprimeiro passo e começarmos a ter esperança parachegarmos à fé.

Porém, como Deus é infinitamente misericordioso e temoscomo mestre Jesus e vários espíritos superiores que estãosempre ao nosso lado, basta que quebremos, um pouco queseja, o nosso orgulho e será como se abríssemos uma portapara recebermos o amparo.

Obrigado Mestre, obrigado Kardec, e criemos coragempara começar.

Vamos acordar?...José Robertoesquecer

Bibliografia: - Allan Kardec -Tradução de Roque Jacintho - Capítulo VII “Bem aventurados osPobres de Espírito” - Item 11- Ed. Luz no Lar, 2ª ed., 1988.

O Evangelho Segundo o Espiritismo-

“... Aos pobres Espíritos que, outrora, habitaram a Terra, Deus concedeu a missão de vir esclarecê-los. Bendito seja o Pai da graça que nosdá de podermos ajudá-los na evolução. Que o Santo Espírito me ilumine e me ajude a tornar minhas palavras compreensíveis e que me dê a graça

de pô-las ao alcance de todos!...”

Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança 9

censuraria.Se você censurar esses atos, quando praticados

por outras pessoas, não poderá considerá-loscomo legítimos quando for autor de qualquer umdeles, já que Deus não usa duas medidas naaplicação de Sua Justiça e você deverá fazer omesmo.

Procure, também, saber o que os outros homenspensam e não despreze jamais a opinião de seusinimigos ou opositores, já que aqueles que não lhe têm porvocê simpatia, não têm interesse em mascarar a verdade e,por isso, Deus muitas vezes os coloca diante de você, comose eles fossem um espelho de seu próprio interior e para queesteja advertido, com muito mais franqueza, do que lhe fariaum amigo.

Se você tem uma vontade séria de melhorar-se, examinea sua própria consciência com rigor, a fim de extirpar de simesmo as suas más inclinações, procedendo à semelhançado que você faz diante das ervas daninhas de seu jardim, ouseja, arrancando-as decididamente.

Faça, pois, diariamente um balanço de seu dia-a-diamoral, à semelhança do exemplo de um comerciante queavalia as suas perdas e os seus lucros, ao final de cadajornada, e lhe asseguro que, em assim procedendo, os seuslucros serão superiores a qualquer eventual perda.

Se você pode dizer que o seu dia foi bom, poderá dormirem paz e aguardar sem receio o despertar duma outra vida.

Levante, pois, para você mesmo, questões e indagaçõesclaras e exatas e não tenha receio algum em multiplicá-las,uma vez que é justo e necessário gastar alguns minutos parase questionar, se quiser conquistar uma felicidade eterna.

Afinal, não trabalha você todos os dias para ajuntarrecursos que lhe garantam o repouso em sua idade mais

avançada? E esse repouso não é o objeto de todos os seusdesejos, o fim que o faz suportar todas as fadigas e todas asprivações temporárias?

Que é esse repouso de alguns dias, se você forperturbado freqüentemente pelas enfermidades do corpofísico, em comparação com o que espera todo homem debem?

Não valerá a pena fazer alguns esforços?Sabemos que há muitos homens que dizem que o

momento atual é certo e que o futuro é incerto e, em verdade,este é precisamente o pensamento confuso que estamosencarregados de eliminar em você, já que desejamosdescortinar-lhe o futuro de um outro modo, muito acima dehorizontes estreitos e acanhados, para que não reste dúvidaalguma em sua alma sobre o que lhe convém fazer.

É para que isso se realize em você, que, primeiramente,despertamos a sua atenção através de fenômenos denatureza tão gritantes, capazes de tocar os seus sentidoscomuns e que só agora lhe desdobramos informações einstruções que cada um de vocês fica encarregado dedivulgá-las.

Com esse objetivo é que ditamos O Livro dos Espíritos.”Roque Jacintho

Imagem: http://img.olhares.com/data/big/0/9211.jpg

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Informe-se através:E-mail: [email protected](11) 4044-5889 (com Eloísa)Caixa Postal 42 - CEP 09910-970 - Diadema - SP

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Clube do Livro Espírita “Joaquim Alves (Jô)”

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Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança”Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança”

Rua das Turmalinas, 56 / 58 - Jardim Donini - Diadema - SP

Tratamento Espiritual: 2ª e às 19h453 e às 14h45

4ªª 6ªAtendimento às Gestantes: 2ª às 15 horas

Evangelização Infantil: ocorre em conjunto às reuniõesReuniões: 2ª, 4 e 5 às 20 horas3 e 6 às 15 horas

Domingo às 10 horas

ª ªª ª

Artesanato: Sábado das 10 às 16 horas

Questão 259 de “O Livro dos Espíritos”: —“Do fato de pertencerao Espírito a escolha do gênero de provas que deva sofrer, seguir-se-á que todas as tribulações que experimentamos na vida nós aprevimos e buscamos ?”

“Todas, não, porque não escolhestes e previstes tudo o que vossucede no mundo, até às mínimas coisas. Escolhestes apenas ogênero das provações. As particularidades correm por conta daposição em que vos achais; são, muitas vezes, conseqüências dasvossas próprias ações. Escolhendo, por exemplo, nascer entremalfeitores, sabia o Espírito a que arrastamentos se expunha;ignorava, porém, quais os atos que viria a praticar. Esses atosresultam do exercício da sua vontade, ou do seu livre-arbítrio.Sabe o Espírito que, escolhendo tal caminho, terá que sustentarlutas de determinada espécie; sabe, portanto, de que naturezaserão as vicissitudes que se lhe depararão, mas ignora severificará este ou aquele êxito. Os acontecimentos secundários seoriginam das circunstâncias e da força mesma das coisas.Previstos só são os fatos principais, os que influem no destino. Setomares uma estrada cheia de sulcos profundos, sabes que terásde andar cautelosamente, porque há muitas probabilidades decaíres; ignoras, contudo, em que ponto cairás e bem pode sucederque não caias, se fores bastante prudente. Se, ao percorreres umarua, uma telha te cair na cabeça, não creias que estava escrito,segundo vulgarmente se diz.”

Quando o Espírito tem a oportunidade de escolher o tipo deprova a que irá se submeter em sua nova existência não serápossível prever ou adivinhar tudo o que irá lhe acontecer. Todos osmales, situações e perigos que irá correr, só lhe serão dado saberas situações previstas de acontecimentos necessários para odevido cumprimento das provas que são fatores necessários eimportantes para que o Espírito possa saldar seus débitos, seuscompromissos com a Lei da Vida. A sua prova poderá ser de umadoença, de uma deficiência física ou mental que poderá ter osmais variados graus de intensidade, a pobreza, a riqueza, amiséria, a orfandade, a família, o local, o meio social etc. e, a partirdaí, já poderá deduzir as dificuldades e sofrimentos que haverá deenfrentar, mas quanto a prever tudo o que irá lhe acontecer, até ascoisas mínimas do dia-a-dia, como cair uma telha ou uma pedra nacabeça, ao percorrer uma rua, isso não será possível prever e nemestará escrito num terrível determinismo de uma provairrevogável, de onde não se pode mudar ou melhorar as situações,pois Deus, como Pai, é todo Amor e Misericórdia e dá todas asoportunidades a todos os seus filhos e também o livre-arbítrio,

para que todos façam o seu caminho de aprendizado rumo à evolução espiritual. E, assim sendo, é bom lembrar que cadacriatura estará sintonizada a uma Força de Atração e atuação da Faixa Vibratória Espiritual a que se ligar por sua vontadeprópria e pela predileção de seus gostos que, se forem inferiores, serão movidos pelo orgulho, egoísmo, inveja e ciúme,manifestando-se através dos instintos e irão causar perturbação à sua volta e principalmente em si mesma pela Lei de Açãoe Reação, Causa e Efeito.

Como também, se o Espírito procurar se ligar à Faixa Vibratória do Bem e do Amor, a favor de todos, receberá em si osbenefícios da Lei do Retorno. É por isso que não se podem prever os acontecimentos futuros; pois que o futuro dependerásempre da vivência do presente, dia a dia, ato a ato.

Por isso, entendemos que cada criatura, se quiser prever um futuro feliz para si, deverá buscar renovar suas atitudes,pensamentos e sentimentos, na prática do Bem e do Amor ao Próximo, pois este é o único caminho que nos levará àVerdadeira Felicidade, pois o “Amor cobre a multidão dos nossos pecados”.

FátimaBibliografia: O Livro dos Espíritos 76- Allan Kardec - tradução Guillon Ribeiro - Capítulo “Da Vida Espírita”, Ed. FEB, ª ed., 1995.

Imagem: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/a/ae/Sisyrinchium_platense.JPG

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Escolha das Provas

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Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança 11

curiosidadeCuriosidade

Um Caso de Segunda Vista

Imitação do EvangelhoFenômeno de Clarividência

Paris, 20 de outubro de 1863A senhorita V... natural de Lyon, é dotada de uma

notável segunda vista, conseguindo não só ver osEspíritos no estado normal, sem que estejasonambulizada, como também observar, com grandeprecisão, os fatos que se desenrolam à distância.

Uma vez em Paris, onde veio passar alguns dias,

deliberou visitar-me, na rue Sainte-Anne, tendoencontrado minha esposa, vez que, desde meu retornode Sainte-Adresse, me havia eu retirado para seguir afim de, com mais tranqüilidade, trabalhar em minha obrasobre o Evangelho. Nosso encontro foi impossível, emvista de ter a senhorita empreendido viagem deregresso, ainda naquela tarde. Mas, durante a conversacom minha esposa, diz esta:

“Uma vez que não poderei avistar-vos com meu—

Dados da direção da FEB — (Página inédita deAllan Kardec) — Pesquisando velhos documentos, alusivos aAllan Kardec, para serem colocados no

órgão de divulgação da FEB,“Reformador”, foi encontrada, entre muitos manuscritos do Mestre Lionês, essa preciosidade inédita, pertencente à

Sociedade Espírita, fundada porAllan Kardec. De imediato, a direção do“Reformador”, publicou-a no mês de“outubro de 1975”.

No início de um romance, juntam-se ali os primeiros sinais,quando vemos a felicidade em nossos corações. Qual não ésenão a felicidade de, inconscientemente, encontrarmos apessoa em cujo passado contraímos vínculos de amor ou deódio! Passa o tempo e a união, muita vezes, passa a serapenas o compromisso com a sociedade ou os familiares.

Surgem os compromissos mais íntimos;oriundam daí as pequenas diferenças e asgrandes cobranças.

Quando não suportamos maisolhar para nosso(a) companheiro(a),é sinal de que débitos mais pesados,talvez de ódio, envolvem o casal. Dá-se inicio às “pequenas” traições.

Chegam os compromissosmaiores: os filhos, que são as dívidasde nosso passado, nos pedindosacr i f íc ios incessantes. Nãodevemos nos esquecer de que, seseu companheiro(a) é de difícilconvivência ou tem vícios, pode tersido pelas suas mãos que chegara aessa situação. Aquela jovem que nosamava muito e por nós abandonadasem o menor respeito humano, ospais, irmãos e esposa deixados àmargem do desespero pelos nossosatos, levados pelos vícios, pelamiséria da pobreza, do abandononum asilo, até mesmo à mingua nasruas e tantos outros cálices amargosdo “ontem”.

Menos dolorido será afundar-mo-nos cada vez mais,buscando em outros braços a falsa e ilusória felicidade,esquecendo-nos de que começam ali novos resgates,acumulando mais seres que, pela Misericórdia Divina,voltarão aos nossos lares, em condições de familiares-problemas.

O Evangelho Segundo o Espiritismo nos diz: “as leis daNatureza são as mesmas em todos os tempos e em todos os

lugares.” (capítulo XXII - Não separeis o que Deus juntou. -Indissolubilidade do casamento).

Não há como negar esse conhecimento. Devemos negar,sim, nossos atos impensados, trazendo de volta ao templode Jesus, que é o nosso lar, a compreensão dessa lei,voltando nossos olhos aos trabalhos designados a cada ume, juntos, sempre que houver contendas, ao invés da troca deofensas, elevar aos céus uma oração, que irá fortalecer ocasamento e dará a luz para que pais, filhos e familiares

sejam unidos pelos laços do amor eterno e cadacriatura que vier a fazer parte dele, seja

sempre um espírito a colaborar com ocrescimento espiritual de todos.

No sofr imento contido nasseparações, seja de corpos ou até odivórcio, ficamos apenas na análisedo “hoje”.

Emmanuel, em sua mensagem“Em Casa”, faz o retrato fiel da provae seus “porquês”.

Fugir da Lei da Reencarnaçãoreforça a nossa condição deincrédulos, mas o resgate seráinevitável e intransferivelmenteexercido.

Em raras exceções, o divórciodeve acontecer sem que seassumam novos débitos, como noscasos de uniões efetuadas apenascom fins específicos nos interessesmateriais de ambas as partes, semque tenha havido envolvimentossentimentais.

N a h e r a n ç a d o d i v ó r c i o ,lembramos ainda o sofrimento

silencioso dos filhos que, comprovadamente, afeta a suaformação moral e educacional.

Apaciência, conjugada com o perdão, ajuda a reconstruir.Continua Emmanuel: “E, sejam quais sejam os teus

obstáculos na família, é preciso reconhecer que todaconstrução moral do Reino de Deus, perante o mundo,começa nos alicerceres universais da luta em casa.”

Vanda e WilsonImagem: http://www.bible.ca/marriage/couple-fighting-kids.jpg

Divórcio

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SeareiroSeareiro12

Era uma vez, um dia em que a boneca Nequinha sumira.Zito e Chim, o coelho, saíram à sua procura, por esse

mundo afora. Anda pra lá, anda pra cá... e os dois caíram!E, num mundo estranho, encontraram um pequeno ser

que disse:— Sou o Pequeno Polegar, oras... E o que fazem aqui?— Estamos procurando a boneca Nequinha. Onde

estamos?— Estamos em Linguolândia. Era a conhecida

terra do tempo perdido, todas as pessoasque se ocupavam na Terra de falar mal davida alheia, quando desencarnavam,terminavam vindo morar aqui.

— Escute, disse Chim. Será que nãohá um lugar chamado Cenouralândia?

— Eu só me lembro de um lugarchamado Glutolândia, disse oPequeno Polegar.

Quando perceberam, estavamcercados por Tamanduás-Soldados quecom a língua enrolada disseram:

Levaram-nos até o Rei Sete Palmos.O Rei começou a cantar:

“Sou Sete Palmos, na vida,Sou o Rei do disse-que-disse:Estico a língua comprida,E adoro conversas fiadas...”

Contrariado, o Rei chutou a harpa, gritando:— NÃO RIMOU O MEU VERSO! E era uma beleza e

não RIMOU!Zito e Chim foram olhados pelo Rei que ficou espantado:— Como estas coisas estranhas vieram parar aqui! Olha

o tamanico de língua que eles têm! São uns monstros!Chamaram o médico para vê-los. O doutor disse que era

uma doença chamada “lingüinha” e que eraproibido falar nela!

Chim, o coelho, disse que podia contar, ele seriadiscreto.

— Discreto? disse o doutor. O que é isso? Aqui sóconhecemos a maledicência. Gostamos de falar da vida alheia.

Vou contar um segredo, houve um outro caso de lingüinha. Foicom a filha do Rei. Ela tinha uma língua pequena, horrorosa!Então o Rei a mandou para a Floresta Cinzenta, mas todas asvezes que acontece aqui um caso de “febre consciência”, elaaparece, pega a pessoa e a leva e nunca mais a pessoa retorna.

— Vocês consideram consciência uma doença? disse, Chim.No nosso mundo é a maneira de enxergarmos os

nossos erros. E para onde a filha do Rei levaas pessoas?

— Dizem que leva estas pessoasdoentes para virar criança num outro lugar!

Zito falou:— Para reencarnarem em outra família, é

isso! A fim de renascerem, um dia, num laramigo que as reeduquem.

O pequeno Polegar subiu escondidinhona orelha do Doutor e cochichou que nãodeixassem levar Zito para a FlorestaCinzenta.

O Doutor Achou que estava com a “febreda consciência”.

Quando foram até o Rei, ele estavachorando, com a febre da consciênciaporque pensava em sua filhinha e a sua

língua havia até diminuído. Perdeu sua coroa para o “bajulador-mor” e foi levado, sabe por quem? Pela boneca Nequinha,amiga de Zito e Chim, para o Departamento da Reencarnação,junto com outras pessoas que se arrependeram de falar mal davida alheia e, por isso, terão outra oportunidade de vida.

Texto adaptado por Rosangela

— Estejam presos!

Bibliografia: - Roque Jacintho Ed. Luz no Lar 4ª.ed., 1992.Imagem osta r extraída da capa do livro

O Rei Sete Palmos - ,

, O Rei SetePalmos

de Mario da C Ma tins

Contoscontos

O Rei Sete Palmos

marido, o que ele muito lamentará, não podereistransportar-vos em Espírito até onde se encontra, e vê-lo?”

Por um instante, recolheu-se a senhorita e disse:“Sim, vejo-o; acha-se num aposento muito

iluminado, no pavimento térreo, há ali três janelas...Oh!... e como tudo é alegre! A casa é circundada porjardins... por toda a parte árvores e flores... Tudo respiraa calma e tranqüilidade... Ele está sentado, próximo auma janela, trabalhando... Está cercado por umamultidão de Espíritos que lhe conservam a boa saúde...alguns há que parecem muito elevados, e o inspiram; umdeles especialmente parece ser superior a todos osdemais, sendo-lhes objeto de deferências.

Pergunta: Acaso percebeis a natureza do trabalhode que meu marido se ocupa?

Resposta: Um momento... vejo um Espírito quesegura um livro de grandes proporções... abre-o emostra-me o que se acha escrito... leio-o: Evangelho.

Observação: Com efeito, trabalhava eu em meu livro

sobre os Evangelhos, e cujo título constituía-se aindaem segredo para todos. A senhorita V... não poderiaconhecê-lo. Quanto à minha esposa, ignorava ela se,naquele momento, me ocupava disso ou de outroqualquer assunto. Nada, conseqüentemente, podiainfluenciar o pensamento da clarividente.

A descrição dos recantos é, além do mais, precisa,sendo de ressaltar que ela jamais viu esses lugares.

A peça onde me instalara está provida de exatamentetrês janelas, o que não é comum, e, de todos os lados,confina com os jardins. Minha esposa ignoravaestivesse eu nesse cômodo, que é o salão. Poderia, commuito maior probabilidade, supor-me no escritório.Todas as circunstâncias comungam na prova de que,em realidade, a senhorita V... a tudo presenciava, nãosendo joguete da própria imaginação. Tal fato constitui-se, para mim, numa prova do interesse que os Espíritostinham por esse trabalho, bem como da assistência quea mim dispensam e às minhas atividades.

Allan Kardec

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Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança 13

Através do estudo da Doutrina Espírita, esclarecemo-nosde que a família é a instituição mais importante da sociedade.

No seu seio é forjado o caráter do indivíduo que, ao atuarna sociedade mais ativamente, colocará em prática toda aeducação moral que recebeu.

Neste sentido, a criança que foi educada para ter respeitopelas pessoas, a ouvir antes de tomar decisões, a se colocarà disposição para auxiliar na solução de problemas, seráuma prestadora de serviços digna do cargo que ocupará e,com esta atitude, irá tornando a sociedade em que ela atuamais humana.

Mas, para que estebenefício se reflita portodos os setores dasociedade e a mudançaseja sentida, é necessárioque a família eduquemora lmente os seusparticipantes.

Novamente a DoutrinaEspírita, através dos váriosesclarecimentos que nospresta, orienta que ap r e p a r a ç ã o p a r a aeducação moral comece naunião do casal, antesmesmo do nascimento dosfilhos.

V i v e r u m a u n i ã of r a t e r n a , l e m b r a n d osempre os momentos decarinho que uniu o casal eperdoando as faltas quepossam ocorrer.

Diz o verso:

Targélia Barreto - livro “Família”E o céu referido é aquela paz de consciência do dever

moral cumprido.Para isso, o casal deve implantar o Culto do Evangelho no

Lar, ou seja, reunir-se sempre em dia e hora marcados efazer uma oração, ler um trecho de “O Evangelho Segundo oEspiritismo”, cada um faz um comentário do que entendeu dotrecho lido e encerra-se com uma oração de agradecimento.E ao que leva esta prática? À harmonização do climaespiritual do lar, à criação de barreiras espirituais evitando ainfluenciação de espíritos infelizes na vida do casal.

Devemos lembrar também que os espíritos que estão parareencarnar como filhos do casal, ao verem que não estáligado a nenhuma religião e não pratica a oração, recusam-se a reencarnar. Acontece isso pelo medo de não seremorientados, moralmente, para o caminho correto e tememcometer os mesmos erros do passado.

Deus oferece, através de Sua misericórdia, oportunidade

de quitarmos as nossas dívidas através do amor. Poristo, pela reencarnação chegam em nosso lar aquelesadversários do pretérito, os afetos mal vividos ou osque se tornaram obstáculos como resultado de nosso

próprio descuido. Chegam para cobrar dívidas de amor nãovivido.

Para que haja esta superação própria, libertando a criaturaque chega, como nossa filha, dos seus impulsos primitivos,devemos lhe oferecer noções religiosas ainda no ventrematerno.

Parece que a criança, que se desenvolve no útero, aindanão adquiriu as faculdades necessárias para entender o quea mãe ou os que a rodeiam falam, mas só parece, pois nãopodemos esquecer que o espírito que aí está ligado àquele

corpo frágil é espírito velho,p o s s u i d o r d e t o d apercepção do que o rodeia.Por esta razão, a mãe deveconversar com o seu filhoainda no ventre, orandocom ele, lendo trechos doEvangelho para que ele osescute e se sinta querido.

Logo após o nascimento,os pais entram em umestado de “fascinaçãoa t o r d o a d a ” . F i c a minebriados de felicidadepela chegada do filho. Sópensam nos mimos eenfeites que lhe possamoferecer. Consideramosesta felicidade natural es a u d á v e l , p o i sinconscientemente é umar e s p o s t a a u m aoportunidade oferecida por

Deus de refazimento espiritual.Passada a fase do “deslumbramento”, natural a todos os

pais, é chegada a hora de reflexão sobre a real função dafamília.

Alerta-nos “O Evangelho Segundo o Espiritismo”:“Oh! Espíritas! Compreendei, nesse momento, o grande

papel da Humanidade! Compreendei que quando gerais umcorpo, a alma que nele reencarna vem do mundo espiritualpara evoluir. Inteirai-vos de vossos deveres e colocai todo ovosso amor em aproximar essa alma de Deus. Esta é amissão que vos foi confiada e recebereis a vossarecompensa se a cumprirdes fielmente.

Vossos cuidados, a educação que lhe derdes, auxiliarão oseu aperfeiçoamento e a sua felicidade futura.” (capítulo XIV,item 9).

A recomendação é para que nos descuidemos naorientação religiosa e da educação moral de nossos filhos!

Para isso, devemos também nos fiscalizar para não darexemplos equivocados para as crianças seguirem.

Falamos para a criança que mentir é feio e que ela nuncadeve mentir, mas, quando alguém bate à nossa porta e nãoqueremos atender, mandamos falar que não estamos. Qual éo ensinamento que exemplificamos?

Casal que resguarda os votos,Sem atirá-los ao léu,Constrói o claro caminhoDo amor que conduz ao Céu

nunca

Famíliafamilia

Educar ou Instruir?

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SeareiroSeareiro14

Este é um simples exemplo que pode ser traduzido paramuitas outras situações.

Nesta fase da vida familiar, também devemos não nosesquecer do culto do Evangelho no Lar, como já mencionadoe com a participação da criança.

Por que não ensinamos às crianças a prática da caridade,levando-as a visitarem asilos ou creches e colocando-as emcontato com aqueles que sofrem, explicando que o nossopapel no mundo é fazer esforço para minorar o sofrimentoalheio?!

Isto é educação! Transformar em sentimentos elevados osvícios morais que os nossos filhos trazem das experiênciasvividas no passado.

Equivocados estão os pais que “internam” seus filhos emcolégios, pagos ou não, para que recebam educação.

O máximo que a criança receberá na escola é instrução,porque já diz o velho ditado: “Educação se traz do berço.”

Estudemos profundamente o comportamento de nossosfilhos e identificaremos que trazem muito do orgulho e doegoísmo, que irão atrapalhar o seu desenvolvimento

espiritual.Triste situação a dos pais que, “em vez de eliminar pela

educação os maus princípios inatos dos filhos, trazidos deencarnações anteriores, mantêm e desenvolvem essasinclinações viciosas por uma culposa fraqueza ou por falta decuidados.” (O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítuloXIV, item 9).

Por todo o exposto, rogamos a Deus que abençoe os paise fortaleça a sua vontade de aproximar os seus filhos doCriador.

WilsonBibliografia: Família

Filhos, como educá-los na visão espírita

O Evangelho Segundo o Espiritismo

- Francisco Cândido Xavier Espíritos Diversos,Ed. CEU, 3ª ed., 1986.

- Roque Jacintho, Ed. Luz noLar, 1ª ed., 1993.

- Allan Kardec - tradução deRoque Jacintho, Ed. Luz no Lar, 3ª ed., 1991.Imagem: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/7/78/B%C3%BCrkner_Tanzliedchen.jpg

A tarefa é árdua, mas os Amigos Espirituais estarão aonosso lado, nos ajudando.

Diante do manual das vidas terrena e espiritual que é OEvangelho Segundo O Espiritismo, devemos refletir no querepresenta o “

A palavra “mundo” indica a existência de vários mundos eem vários lugares; no entanto, dentro de nosso pequenoconhecimento, falaremos sobre a vida terrena (material) eespiritual e que, enquanto encarnados, devemos aprender edesenvolver nossas responsabilidades para bem viver emambas.

Na terrena, integramo-nos logo cedo: na escola, a seguir,no trabalho, seguindo-se ainda a família, filhos e tantasoutras, buscando nossa melhoria social e intelectual que irágarantir nossas necessidades.

O Evangelho lembra-nos sempre que essasresponsabilidades se fazem necessárias para nossasobrevivência e desenvolvimento; no entanto, se estamosneste mundo, tido como a grande escola preparatória paravidas futuras, devemos nos “preparar” também para a vidaespiritual, a verdadeira.

Se identificamos perfeitamente a vida terrena (material),quando começa nossa responsabilidade com a vidaespiritual?

Essa lacuna nos leva à insegurança, até normal, quando adesconhecemos ou nela não acreditamos.

O mesmo Evangelho cita que o sentimento de piedadedeve estar sempre presente em nossos corações, para que

não percamos tempo somente com as coisas do mundomaterial.

A prece, assim como a caridade, o perdão e tantas outrasvirtudes são chaves que abrem a porta da Espiritualidade,integrando-nos com o mundo espiritual.

Ligados à Espiritualidade Maior, através de nossos bonspensamentos, ações e palavras, teremos cumprida apromessa de Cristo que nos aliviará de fardos tão pesados,causados pelas nossas más inclinações.

No entanto, quando buscamos os Amigos tão especiais,pedimos para que atendam às nossas necessidades,resolvendo todas as dificuldades criadas por nós mesmos eque seja sempre da maneira que melhor satisfaça nossosdesejos. Quando não atendidos, duvidamos de suaspresenças junto de nós.

Sejamos alegres sim, conforme nos aconselha oEvangelho, agradecendo sempre a possibilidade doconhecimento de ambos os mundos, e neles permanecer emtrabalho contínuo no Bem, desenvolvendo os antídotos paraos nossos vícios, lembrando que devemos compreender queo conhecimento que possuímos é tão ínfimo diante dagrandeza de Deus, o que nos tornará os mais simples ehumildes dos homens, no entanto os grandes e verdadeirosfilhos amados de nossos pais. Os da Terra como o do Céu.

É importante buscarmos na Espiritualidade as orientaçõestão necessárias para o nosso dia-a-dia, mas com a

Homem no Mundo”.

kardec em estudoKardec em Estudo

O Homem no Mundo

A perfeição está toda inteiramente, como disse o Cristo, na prática da caridade sem limites. Mas os deveres da caridade alcançam todas asposições sociais, desde aqueles que estão abaixo quanto os que estão no topo dessas posições. O homem que vivesse isolado da sociedade nãopoderia praticar nenhuma caridade. Somente no contato com os seus semelhantes, nas lutas e nos sofrimentos, é que ele encontrará ocasiãode pô-la em prática.Aquele que se isola, portanto, se priva voluntariamente de utilizar esse meio de evolução espiritual e, por não pensar emninguém a não ser em si próprio, a sua vida é a de um egoísta.

O Evangelho Segundo o Espiritismo“ ” -Capitulo XVII Sede Perfeitos Item 10

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Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança 15

O mundo tem mais alimentos do que precisa,Mais terras, mais casas, roupas, ouro.

O mundo está repleto de organizaçõesE de informações, teorias, tecnologias.

Mas o mundo também está cheio de fome,De crimes, miséria, ignorância.

Se temos recursos mais do que os necessários,Se sabemos onde e como estão os problemas,Se compreendemos de que forma solucioná-los,Por que nós não os solucionamos?

Nós.Precisamos desatar os nós.Porque somos nós que retemosCasas, terras, roupas, ouro, informação e afetoE distorcemos tudo.

Mas como fazer para desatar os nós?Como entender que é fundamentalDar aos outros o que gostaríamos de receber?Como religar, de verdade, as criaturas ao Criador?Como fazer para sermos os deuses que podemos ser?

Para desenvolver o mundo, é preciso desatar-nos.Para libertar-nos, é preciso reconhecer que estamos presos,Desejar, sinceramente, abrir nossas vidas, nossos coraçõesE desenvolver novos valores.Mudança que não partir, passar, nem alcançar-nos,Ao final, será nada.

Texto enviado por e-mail pelo Sr. Maurício Zomignani

Este texto foi elaborado a partir da mensagem "Problemas doMundo" de Bezerra de Menezes, do livro "Espírito daVerdade", psicografado por Francisco Cândido Xavier e WaldoVieira, editado pela FEB.

Problemas do Mundo

Canal Abertocanal aberto

Este espaço é reservado para respondermos às dúvidas que nos são enviadas e para publicações dos leitores.Agradecemos todas as correspondências e e-mails recebidos. Reservamo-nos o direito de fazer modificações nos textos a serem publicados.

O problema aparece amargo no teu coração,empanando o horizonte, na desventura,entretanto, não te entregues à aflição,retorna ao dever, na esperança e bravura.

Aprece iluminará teu caminho,o trabalho trará a colheita abençoada,Deus te envolverá em carinho,o céu brilhará, novamente, em tua estrada.

Recorda Jesus na evangelização,abrindo a senda da salvação,sofrendo problemas e inimigos.

Jesus abraçou a Humanidade em amor,suportou adversários, não se rendeu na dor,até na cruz, Ele foi o Divino Amigo.

Teu Problema...

Textos enviados pelo Sr. Carlos Prates Castanho - São Vicente - SP

Avida é como tu a pintas,pára de vê-la no olhar tristonho,dá-lhe o colorido em belas tintas,lembrando, em festa, o sol risonho.

Ama-te em valores! Vá à luta!És tu que fazes o teu dia,torna-o belo, na tua conduta;na Natureza tudo reluz em alegria.

Pratica o bem, na luz doAmor,sorri, cultiva o bom humor,levanta o teu astral.

Jesus é o teu maior amigo;no amor ao próximo, Ele está contigo,na alegria de servir, celestial.

Embeleza a Vida

compreensão de que os amigos nos darão o caminho aseguir e que eles nos acompanharão sempre, vibrando pelasnossas pequenas conquistas e sofrendo pelas nossasquedas, mas que as pedras encontradas no caminhodeverão ser superadas por nossos esforços, perseverança efé.

Se acreditamos que “” tenhamos a

compreensão de que não criaria o homem para uma vida fútile pequena, mas, sim, para a grandeza de Sua obra.

“...” (O Evangelho de Chico

Xavier - lição 230).Preparemo-nos já!E que Jesus esteja sempre conosco!

VandaDeus é a inteligência suprema,

causa primária de todas as coisas

A nossa fé é raciocinada mas, na Casa de Deus,ninguém deve duvidar de nada

Bibliografia: O Evangelho Segundo O Espiritismo

O Livro dos EspíritosO Evangelho de Chico Xavier

- Allan Kardec, Ed.Luz no Lar, 3ª ed., 1991.

- Allan Kardec, Ed. FEB, 84ª ed., 2003.- Carlos A. Baccelli, Ed. Didier, 6ª ed.,

2003.

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pegadas de chico xavierPegadas de Chico Xavier

O Pequeno ChicoO dia dois de abril de 1910 foi um dia feliz para o lar de Seu

João e de Dona Maria. Nesse dia, nasceu o sexto filho decasal.

Era um garoto forte e lhe deram o nome de Francisco.Seu João e dona Maria ainda teriam mais três filhos.

Chico, assim chamavam o pequeno Francisco, teve doisirmãos e seis irmãs.

O nosso garoto tinha apenas cinco aninhos quando tevesua primeira grande tristeza. Sua mãezinha ficou muitodoente e morreu.

Chico ficou muito triste e chorou bastante. Sentia muitafalta de sua querida mãe.

Dona Maria, antes de morrer, pediu para que algumasparentas e amigas cuidassem de seus filhos. Eles erammuito pobres e o pai não poderia cuidar de todos eles.

Foi por isso que o pequeno Chico foi morar com suamadrinha, Dona Rita, depois do falecimento de sua mamãe.

Infelizmente, foram dias tristes que o menino viveu com amadrinha. Ela era muito brava e má. Castigava e batia nelesem qualquer motivo.

Um dia, estava no fundo do quintal chorando muito. Derepente, que alegria, viu sua mãe bem pertinho dele.

Ela estava tão linda e sorria, quando lhe falou:— Chico, meu querido filho, não fique triste, eu não morri,

estou na Espiritualidade. Você não poderá me ver nem meouvir sempre, mas estou olhando e cuidando de você.

O menino, feliz, prestava muita atenção. Ela continuou:— Meu filho, seja bonzinho e obediente. Não fique muito

triste com sua madrinha. Ela está doentinha e nós devemosaprender a ter paciência e confiança. Mamãe vai pedir aJesus que lhe mande outra mãezinha para cuidar de você ede seus irmãos. Eu virei sempre aqui conversar com você.

Agora, dê-me um beijo que eu preciso ir embora.Chico deu-lhe muitos beijos e ela voltou para a

Espiritualidade.Acredito que o nosso leitor esteja curioso para saber como

Chico pôde ver sua mãe que já tinha morrido.Vamos explicar:A morte realmente não existe. Por esse motivo, nós,

espíritas, não dizemos que uma pessoa morreu, dizemosque desencarnou.

Quando ficamos muito doentes, nosso corpo carnal podemorrer. Mas, notem bem, quem morre é apenas o corpo. Oespírito continua a viver, embora, normalmente não o vemosnem o ouvimos. Esse lugar é a Espiritualidade.

Existem pessoas que podem ver os espíritos que são,como já sabemos, as pessoas que já desencarnaram.

Foi isso o que aconteceu com o pequeno Chico: ele viu oespírito de sua mãezinha que já vivia na Espiritualidade.

Bem. Voltemos à nossa história.Chico voltou a ver e ouvir sua mãe, muitas vezes. Ela

sempre lhe dava conselhos para tolerar aos que lhe fizessemmal e tivesse sempre muita fé em Jesus. Ela dizia que Jesusgosta muito de todos nós e que, sempre que precisamos, Elenos ajuda. Ele é nosso eterno e sublime companheiro.

Seu João, pai do Chico, sentia muita falta de seus amadosfilhinhos e vivia triste e solitário. Mas não podia trazê-los parasua casa porque não tinha quem cuidasse deles.

Um dia, ele conheceu Dona Cidália. Ela era uma mulhermuito boa e caridosa.

Os dois resolveram se casar. Depois de casados, DonaCidália pediu ao marido que trouxesse as crianças de voltapara casa, pois ela queria cuidar deles com amor e carinho.

Foi assim que o nosso menino e seus irmãos voltarampara a casa do pai e ganharam uma nova mãezinha.

Realilizou-se, dessa forma, o que a mãe de Chico lhehavia prometido.

Dias de tranqüilidade e paz foram aqueles em que ogaroto viveu com seu pai e com a boa madrasta, seus oitoirmãos e mais seis novos irmãos, filhos de Dona Cidália e de

seu pai.Chico sempre teve muita facilidade de ver e falar

com espíritos. Um dia, quando já estava mocinho, viuum Espírito lindo, que irradiava muita luz e que lhedisse que iria ajudá-lo, durante toda sua vida, paraque ele pudesse realizar uma missão muito

importante. Ele devia trazer, para todos nós, muitosensinamentos sobre a Espiritualidade.

Chico, que se chamava Francisco CândidoXavier, trabalhou a vida toda com esse amigoespiritual chamado Emmanuel, que o ajudou acumprir a bela missão que Jesus lhe confiara.

Chico possuía o maravilhoso dom damediunidade muito desenvolvido: podia ver,ouvir, conversar com os espíritos e, ainda,escrever ou falar o que eles desejassem. Dessaforma, serviu de intermediário dos espíritos,falando ou escrevendo o que desejassemtransmitir às pessoas.

Esse querido médium foi incansável nodesempenho de sua nobre tarefa. Diariamenteatendia todos que o procuravam, pedindo ajudae orientação. Escrevia horas e horas o

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Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança 17

pensamento dos espíritos.Desde 1927, quando começou a exercer a mediunidade,

até 2002, quando desencarnou, escreveu (psicografou) 412livros e milhares de mensagens de bons espíritos e cartas deirmãos nossos, desencarnados, para amigos e parentes.

Seus livros e cartas mediúnicas ensinam, esclarecem,consolam e divulgam os ensinamentos de Jesus, sob a luzdo Espiritismo, codificado porAllan Kardec.

Chico Xavier morreu, isto é, desencarnou com 92 anos de

idade, deixando lindos ensinamentos e o exemplo de umavida dedicada ao Bem e à Caridade.

Elevemos um pensamento de imensa gratidão ao queridoEspírito Francisco Cândido Xavier e roguemos a Jesus que oabençoe, na esfera elevada onde se encontra, com certeza,continuando seu apostolado junto à nossa Terra.

Homero Moraes BarrosImagem: http://www.universoespirita.org.br/chicoxavier/CHIXAVIER_0003.jpg

Obsessores nos PresídiosChico, em companhia de vários amigos encarnados e

desencarnados, chegava ao Grupo Espírita da Prece,vindo da capital paulista, após visitar o presídio doCarandiru, em São Paulo.

Todos se mostravam entusiasmados pelo retorno deChico a Uberaba. E, naturalmente, muitos estavamcuriosos para saber o resultado dessa visita aospresidiários. Um dosconfrades, presentes,pergunta ao médium:

— E então Chico,como receberam oEvangelho de Jesus,esses delinqüentes ecriminosos?

C h i c o , a i n d ademonstrando calma ealegria, assim falou,percebendo o ar irônicoda pessoa:

Mesmo com essa resposta tão direta do médium, apessoa insistiu:

Chico voltando sério para o companheiro, respondeu

com certa tristeza na voz:

Os obsessores aliestavam representadosem cada fisionomiaperturbada, pelos visa t o s c o m e t i d o s .Procuramos levar oc o n s o l o e n ã o acondenação. Oramos echoramos junto às mãesespirituais, que viam emcada ser ali sofrendo,por atos cometidoslevados pelo ódio e pelavingança. Pedimos aJesus que mui tosnaquela hora pudessems e n t i r o s i n c e r oar rependimento , acaminho do perdão. Foiexatamente isso quevimos e sentimos.

Cremos que cumprimos o nosso dever, junto aosensinamentos cristãos.

Todos que ali estavam, recolheram-se em reflexõespelas respostas tão lógicas e afirmativas do “não julgueis”,segundo o Evangelho de Jesus. Como sempre, Chico,passou uma bela lição de exercício da caridade moral.

— Ah, meu amigo,f o r a m t a n t o s o sabraços e carinhos querecebi, que até agoraposso senti-los. Algunsderramaram lágrimasjunto às quais eutambém derramei .Erraram sim, mataram, roubaram, mas não se esqueçadas palavras de Jesus: “Não julgueis para não serdesjulgados”. Estávamos diante de mais ou menos quatro milinternos, naquela casa de correção.

— Mas acreditamos, Chico, que você deve ter visto,espiritualmente, muitos obsessores em estadosdeprimentes, não foi?

— Não... eu não vi obsessor algum... o que me foi dadover, foram corações de mães voltadas à prece, naquelemomento tão sublime, naquele lugar de dolorososresgates... vi muitos benfeitores espirituais, queprocuravam aliviar as tensões daqueles que não tinhamconseguido libertar-se das más influências do passado.

ÉricaBibliografia: Conversa baseada no livro “Encontros com ChicoXavier” - César Carneiro de Souza, Ed. Gráfica Portinho Cavalcante,1ª ed., 1986.

Remédio Contra a VaidadeComo fazia todos os dias, Chico caminhava para seu

trabalho na Fazendo Modelo, quando uma pessoa o alcançae após cumprimentá-lo, pede-lhe um conselho.

Chico, com toda sua humildade, responde-lhe:— Poderei ouvi-lo e pedir a Jesus que o ajude, pois eu não

sou ninguém para aconselhá-lo.O homem, então, falou:

Após ouvi-lo atentamente e buscando, através da prece, osocorro para o amigo, falou:

— Sabe Chico, há muito tempo sofro de insônia. Por maisque eu faça, não consigo dormir. Já fui a médicos, já tomei

remédios, chás e nada.

— Enquanto ouvia seu relato, lembrei-me do nosso amigoespiritual, André Luiz que, num de seus livros, orientava a umdoente que, para termos paz durante o sono noturno,necessário se fizesse oração, para pedir a Jesus,... dormirbem e viver bem e que para isso era importante o Evangelhode Jesus. Pela manhã, o mesmo ato deverá ser repetido

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para que os ensinamentos fossem praticados, no lar, notrabalho, onde quer que fosse.

— Dessa forma, com a mente ocupada por boas ações, ànoite, o seu sono será repleto de sonhos proveitosos, poisestará, com certeza, em boas companhias.

— Olha Chico, depois do que você me disse, procureitodas as mensagens desses espíritos e comecei a ler todasas noites e estou dormindo como nunca, Ensinei a família afazer o mesmo, aos amigos e até no serviço. E continuou...tenho lido o Evangelho e estou tentando praticar a caridade ea paciência... até o patrão achou que eu sou outra pessoa.Agora durmo bem, vivo bem... e como bem.

— Que Deus o conserve nessa paz, pois só assimconseguiremos estar ao lado de Jesus. Nunca deixe de ler oEvangelho.

— Você está feliz com a boa ação praticada, não é Chico?— Sim, meu amigo, creio que todos estamos felizes.— Claro, respondeu Emmanuel, mas não se envaideça,

você não fez mais que sua obrigação; portanto não houvevantagem nenhuma de sua parte...

— Mas por quê? Deveria ter feito mais?—

a

— Tem razão, esse meu ato está sendo praticado bem,mas com dois mil anos de atraso.

E o Chico concluiu:

Passado algum tempo, esse mesmo homem vai aoencontro do Chico. Estava alegre, bem disposto e retirandodo bolso várias mensagens de André Luiz e Emmanuel,mostrava-as ao Chico dizendo:

Chico riu e despediu-se do amigo, dizendo:

Entrando na sala de seu trabalho, quando ao iniciar atarefa do dia, viu Emmanuel ao seu lado que, sorrindo, falou:

Sim, Chico, porque esse ato deverá ser repetido todosos dias, com todos queles que estão longe de Jesus. Esseato está atrasado há dois mil anos...

Chico, refletindo muito, voltando-se respeitosamente aoseu guia espiritual, responde:

Entendo agora que o Evangelho é o remédio para todas ashoras do dia, não apenas para aqueles que sofrem deinsônias.

Fato verídico, adaptado do livro “Chico Xavier naIntimidade”.

ÉricaBibliografia: - Ramiro Gama, Ed. Lake, 1ªed., 1974.

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Livros básicos da doutrina espírita. Temos os 419 livrospsicografados por Chico Xavier, romances de diversosautores, revistas e jornais espíritas. Distribuiçãopermanente de edificantes mensagens.

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Clube do Livroclube do livro

Os associados do Clubedo Livro Espírita “JoaquimAlves (Jô)”, receberam nomês de abril de 2008 or o m a n c e m e d i ú n i c o

, d i tado porEmmanuel e psicografadopor Chico Xavier. Emmanuelnos relata, também, uma desuas reencarnações comoPadre Damiano, vigário daigreja de São Vicente, emÁvila, Espanha.

História real passada noséculo XVII, época em que reinava Luis XIV, vivenciada naFrança, Espanha, terra natal deAlcíone e seus ascendentes,Irlanda, terra Natal de Cirilo e seus pais e naAmérica.

Alcíone, Espírito de esferas elevadas, solicita areencarnação na Terra, abdicando do convívio nas esferassuperiores em que habitava, assim como de seus trabalhosno sistema de Sirius, a fim de auxiliar os companheiros bem-amados que no orbe terrestre se encontravam, incluindoPólux, o grande amor do passado, que acabara dereencarnar.

Apesar das ponderações do generoso mentor Antênio,resoluta, decide regressar à Terra, ciente do trabalhosacrificial que lhe exigiria muita renúncia.

Alcíone teve que se preparar por quase 10 anos para

adaptar-se às regiões inferiores (nosso mundo de expiaçõese provas, a Terra), antes do reencarne.

A história inicia na fase juvenil daqueles que seriam seuspais, relatando o amor que viveram; a aventura dosirlandeses na América; as dificuldades da época,culminando com a epidemia de varíola, causa de muitosdesencarnes em Paris; e a trama da qual Cirilo e Madalena,futuros pais deAlcíone foram vitimados.

Na segunda parte da obra, Alcíone, moça formada,trazendo desde a tenra infância um Espírito elevado que atodos encantava e surpreendia, com a humildade esabedoria daqueles que já adquiriram o entendimento alémdesta nossa visão material e ilusória, sobre o destino do ser,encontra Carlos, sobrinho de Padre Damiano. Nestaseqüência, Alcíone dá o testemunho de fé, coragem, moralilibada e resignação, colocando, em todas as situações desua vida, acima de qualquer interesse pessoal, os preceitosdo Cristo, agindo sempre de acordo com os Seus exemplos,até o martírio final. Podemos afirmar, sem erro, quevivenciou o Evangelho durante toda a sua existência terrena.

Este é um dos livros que, após algum tempo, deveríamosreler, pois há muitos ensinamentos a observar e refletir!

Ao iniciar a leitura, provavelmente, todos quererão mais emais beber da fonte inesgotável dos testemunhos de amordesta criatura angelical.

Fiquem com Deus!Rosangela e Marcelo

Renúnc ia

RenúnciaFrancisco Cândido Xavier

pelo espírito EmmanuelEditora FEB - 464 páginas

31ª edição - 2003

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Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança 19

Cantinho do Verso em Prosacantinho do verso em prosa

Poucas vezes sabemos de mensagem ou poesias que rendemhomenagens ao pai, que naturalmente ajuda na co-criação, juntoà mulher.

Sentimos nas palavras que compõem esses versos, do poetaPaulo Sergio, todo seu agradecimento ao coração paternal, que oenvolveu com amor ao tê-lo em seu regaço.

A frágil criança que ali estava, talvez já tivesse tido em erasremotas, recolhido em seu lar a mesma criatura, hoje seu pai.

Pela Lei de Deus, tinha-o agora como um herói, que por terlutado bravamente, o havia recuperado, quem sabe, para umareconciliação.

Mas a partida deixa novamente o coração paterno enlutadopela dor, guardando na lembrança a imagem do filho, repleto deamor.

E o filho, na Espiritualidade, juntando suas lágrimas àquele seubenfeitor, abraça-o ternamente, embora a névoa do tempo que lhecobra a esperança de retorno, pelo qual não soube avaliar. Masficou retido, em sua memória, que há vida além da morte e quetudo poderá recomeçar!

Elielce

Ninguém te ouviu a prece de esperança,Quando entregaste ao berço, de mansinho,Meu pobre coração de passarinhoEngastado no corpo de criança.

Calado herói do bem que não descansa,Tanta vez a lutar, mudo e sozinho,Ninguém te enxerga o pranto de carinhoCom que me guardas vivo na lembrança.

É por isso, meu pai, que dia a diaVaro a senda da névoa espessa e fria,Que o sepulcro de lágrimas nos junca,

Para ofertar-te, ao peito brando e forte,A certeza da vida além da morte,Na luz do Amor que não se apaga nunca.

Paulo Sergio Milliet Duarte da Costa e Silva

Carta a meu Pai

Paulo Sergio Milliet Duarte da Costa e SilvaNão temos dados das datas de nascimento e desencarne, apenas que seu retorno à pátria espiritual foi muito jovem, pois,aos quinze anos, fora acometido de grave enfermidade. Mas era muito inteligente e excelente poeta e trovador. Mesmosabendo de seu grave estado de saúde, não se deixou abater, demonstrando a sua fortaleza de espírito. Escreveu várioscontos, novelas e era um excelente crítico de literatura, escritos através de cartas. Partiu, sem poder ter reunido em livro aspoesias esparsas, o que foi feito após o seu desencarne.

Bibliografia: - Francisco Cândido Xavier / Espíritos Diversos, Ed. FEB, 1 ed., 1963.Antologia dos Imortais a

Francisco Cândido Xavier,Espíritos Diversos

Editora CEC160 páginas - 35ª edição - 2006

livro em focoLivro em Foco

Ensina-nos o Evangelho aperdoar, a oferecer a outraface, a calar perante asofensas, a enfrentar asdificuldades da vida com maisconfiança e tantas outras maisrecomendações para as horasdifíceis.

Para isso, dentre outrascoisas, é necessário terCORAGEM.

Este livro traz comentáriossobre as diversas situações

que nos envolvem constantemente, apontando as virtudesque devemos cultivar para não semearmos sofrimento pelonosso caminho.

Quando sofremos incompreensão, recomenda Meimei:”ajuda ainda e sempre aos que te não entendem eencontrarás Deus, no imo do próprio espírito a fortalecer-tecom o bálsamo da piedade pelos que se desequilibram nasombra.” (capítulo VI).

“Intrigas? Não lhes estenda a sombra. Faça alguma luzcom o óleo da caridade.” (André Luiz, capítulo VIII).

“Senhor, que saibamos agradecer a Tua proteção e a Tuabondade nas horas de alegria e de triunfo; entretanto, quenos dias de aflição e de fracasso, possamos sentir conosco aluz de Tua vigilância e de Tua benção!...” (Emmanuel,capítulo XXXVIII).

Vemos, então, por estes trechos selecionados, quenecessitamos estudar seriamente as lições de Jesus,explicadas pelos nossos amigos espirituais, para quepossamos fortalecer a nossa fé.

Dessa forma, com o conhecimento das atitudes corretas aserem tomadas, só nos falta mesmo a CORAGEM paracolocar as virtudes cristãs em prática, como nos recomendaEmmanuel, na introdução do livro: “Entretanto, para queobtenhas saúde e paz, afeto e compreensão, liberdade esimpatia, cultura e trabalho, não prescindas de umaalavanca, da qual nem sempre te lembras nas petições àProvidência Divina: a alavanca da coragem, a coragem deservir e viver.”

Não desanimemos perante as lutas e os sofrimentos.Busquemos forças nas páginas deste valoroso livro, pois

sempre há um caminho de refazimento e libertação, abertopela esperança, ante a Misericórdia de Deus.

Vitório

Coragem

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