Se a Terra é esférica, como meu mapa é plano?

Dificuldade elementar da Cartografia : representar a Terra

: transpor 3D para 2D

: “desprezar” a curvatura da superfície

real para representação

Operação “matemática” para representar a Terra: Projeções Cartográficas

- Minimizam as deformações da geóide

- deformações matematicamente previsíveis

- opções para representar a “curvatura” do planeta

PLANA / AZIMUTAL CILÍNDRICA CÔNICA

Projeção Cilíndrica

Projeção Cônica

Projeção Azimutal

Cilíndrica:

- Paralelos e Meridianos retos

- Equatorial : perfeição

- Média e altas latitudes: deformações

- uso náutico + mapa-múndi

Cônica

- Paralelos circulares

- Meridianos: concêntricos

- uso em áreas polares

Azimutal

- Foca uma área específica

- uso político

- centraliza o que é projetado

- uso: ONU

Não existem Projeções Cartográficas Perfeitas: todas apresentam certas deformidades

Cada projeção distorce a seu modo o tamanho ou a forma dos continentes, dependendo do ponto de vista fornecido pelo tipo de projeção empregado.

As áreas próximas ao Equador possuem suas formas mostradas com precisão, mas as porções mais próximas dos pólos são distorcidas inevitavelmente.

Este tipo de projeção mostra as áreas em suas reais proporções, mas esta técnica acarreta na deformação das verdadeiras formas dos continentes e países.

O mapa mostra a forma de áreas bastante limitadas com grande precisão, mas hádistorção de dimensões de área para área. Esta projeção é utilizada principalmente para a representação das regiões do mundo adjacentes às latitudes médias.

Distorções Cartográficas

Uma notUma notáável ilustravel ilustraçção de distorão de distorçções e deformaões e deformaçções pode ser vista nas figuras. Um ões pode ser vista nas figuras. Um rosto foi desenhado sobre a projerosto foi desenhado sobre a projeçção globular, sendo depois transportado para as ão globular, sendo depois transportado para as projeprojeçções ortogrões ortográáfica, estereogrfica, estereográáfica e de Mercator.fica e de Mercator.

*Obs; para corrigir estas distorções, o ramo da Geomática desenvolveu os três tipos básicos de Projeções (Cônica – Azimutal – Cilíndrica)

Geopolítica e mapas: interesses

A produção de mapas leva em consideração o poder da Cartografia em destacar um país ou região, numa idéia de dominação. Neste aspecto, o mapa dá um caráter de subliminar a leitura do mapa, ou seja, quem lê a informação cartográfica estará sendo induzido a valorizar uma nação.

Quem produz um mapa produz uma idéia. Assim, cada mapa carrega uma concepção étnica (raça) de que o produziu destacando e supervalorizando uma sociedade. O mapa, também evidencia um “discurso político” que procura legitimar a hegemonia (liderança) de um país, sendo assim, um símbolo de uma realidade “pronta e institucionalizada”.

Cada mapa contextualiza uma época: quem domina, que área de influência pelo mundo, a ideologia dominante. A data do mapa conta a História da dominação e a Geografia da área de influância.

Resumidamente, os mapas são utilizados como “linguagem do poder”. No caso da Europa, dominante do mundo por séculos, institucionalizou o “norte” em cima, definiu o Meridiano-Baseem Greenwich e, definiu o padrão de mapa-múndi pela projeção de Mercator (Europa no centro e, com o tamanho distorcido para área maior).

Mercator

- Médias latitudes

- eurocentrismo

- etnocentrismo europeu

- Europa no centro e “em cima”

- deforma nas altas latitudes

- colonialista

- “conforme”: mantém a FORMA, mas distorce a área

- excelente para navegação: área tropical

Peters:

- Baixas latitudes

- terceiromundista

- “mapa para uma mundo solidário”

- valoriza os subdesenvolvidos

- oposta a Mercator

- “equivalente”: mantém a ÁREA, mas distorce a forma

- ressalta a idéia que por trás de cada mapa, sempre existe um conteúdo Político-Ideológico

Uso Político: Valorização do Brasil

- projeção Azimutal -

Uso Político: Ásia no Centro do Mundo

Uso Político: o Norte / Sul “em cima é interesse geo político

Uso Político: Mapa-Múndi com Austrália no centro –r eferência no meridiano de 180º

apresenta uma interessante alegoria das grandes descobertas e da supremacia da Europa sobre os demais povos, numa concepção etnocêntrica, evidenciando o domínio da Europa sobre o mundo, mais tarde caracterizada pelo expansionismo marítimo -territorial - comercial nos primórdios da globalização;

Canadá no centro do mapa evidenciando uma perspectiva de importância na logística de transporte para vários lugares do mundo

A Inglaterra evidenciando seu

poder militar náutico

- A França invadida -

O mundo visto de Paris