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Faculdade de Ciências da Saúde e Educação FACES Curso: Medicina Disciplina: Língua Portuguesa Professor: Rodrigo Albuquerque SEQUÊNCIA DIDÁTICA 1 MEDICINA SEQUÊNCIA DIDÁTICA 1 1º/2014

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Faculdade de Ciências da Saúde e Educação – FACES Curso: Medicina Disciplina: Língua Portuguesa Professor: Rodrigo Albuquerque

SEQUÊNCIA DIDÁTICA 1

MEDICINA

SEQUÊNCIA DIDÁTICA 1

1º/2014

Faculdade de Ciências da Saúde e Educação – FACES Curso: Medicina Disciplina: Língua Portuguesa Professor: Rodrigo Albuquerque

SEQUÊNCIA DIDÁTICA 1

SUMÁRIO

Cronograma de atividades e sequência de leituras

Aula 1: Apresentação da disciplina e da metodologia de trabalho

Aula 2: Avaliação diagnóstica

Aula 3: G.T.1: Artigo Científico: textualidade e coerência textual

Aula 4: G.T.2: Tomografia e Anamnese: gênero e tipologia textual

Aula 5: G.T.3: Anamnese: coesão textual (referenciação)

Aula 6: G.T.4: Editorial: coesão textual (sequenciação)

Aula 7: G.T.5: Relatório Acadêmico: palestra e pesquisa

Aula 8: G.T.5: Relatório Acadêmico: produção

Aula 9: G.T.6: Reportagem e esquema

Aula 10: G.T.7: Artigo Científico: resumo e paráfrase

Aula 11: G.T.8: Resenha Acadêmica: leitura e interpretação

Aula 12: G.T.8: Resenha Acadêmica: produção

Aula 13: G.T.8: Resenha Acadêmica: atendimentos

Aula 14: Avaliação de produção de texto (1ª versão)

Aula 15: Avaliação de análise linguístico-textual

Aula 16: Avaliação de produção de texto (2ª versão)

Textos teóricos

Texto teórico 1: Sequências didáticas para o oral e a escrita

Texto teórico 2: Coerência textual: um princípio de interpretabilidade

Texto teórico 3: Escrita e práticas comunicativas

Texto teórico 4: Referenciação e progressão referencial

Texto teórico 5: Sequenciação textual

Texto teórico 6: Retextualização de Texto Oral

Texto teórico 7: A vírgula (disponível na biblioteca virtual)

Texto teórico 8: Como elaborar esquemas

Texto teórico 9: Artigo acadêmico: introdução

Texto teórico 10: Gênero resumo escolar/acadêmico

Texto teórico 11: As resenhas em diferentes situações de produção

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SEQUÊNCIA DIDÁTICA 1

CRONOGRAMA DE AULAS

DIA FEVEREIRO

17 Apresentação do plano de ensino, sistema e critérios de avaliação. Contrato didático. A sequência didática como metodologia de ensino. (Texto 1)

19 Avaliação diagnóstica.

24 GT1 – Artigo I: conceito de texto e textualidade (Texto 2) (Práticas Textuais 1 e 2)

26 GT2 – Tomografia e Anamnese: gênero textual e tipologia textual (Texto 3) (Práticas Textuais 3 e 4)

DIA MARÇO

10 GT3 – Anamnese: coesão textual (referencial) (Texto 4) (Práticas Textuais 5 e 6)

12 GT4 – Editorial: coesão textual (sequencial) (Texto 5) (Prática Textual 7)

17 GT5 – Relatório Acadêmico: palestra e pesquisa (Texto 6) (Prática Textual 8)

19 GT5 – Relatório Acadêmico: produção (Texto 6) (Prática Textual 8)

24 GT6 – Reportagem e Esquema (Textos 7 e 8) (Práticas Textuais 9 e 10)

26 GT7 – Artigo II: resumo e paráfrase (Textos 9 e 10) (Práticas Textuais 11 e 12)

31 GT8 – Resenha Acadêmica: leitura e interpretação (Texto 11) (Prática Textual 13)

DIA ABRIL

2 GT8 – Resenha Acadêmica: produção (Texto 11) (Prática Textual 14)

7 GT8 – Resenha Acadêmica: atendimentos (Texto 11) (Prática Textual 15)

9 AVALIAÇÃO 1: Produção textual (1ª versão).

14 AVALIAÇÃO 2: Leitura e interpretação de textos; análise linguística.

16 AVALIAÇÃO 3: Produção textual (2ª versão).

SEQUÊNCIA DE LEITURAS

TEXTO TÍTULO DO TEXTO

1 Sequências didáticas para o oral e a escrita (Dolz, Noverraz & Schneuwly, 2004).

2 Coerência textual: um princípio de interpretabilidade (Koch & Elias, 2008).

3 Escrita e práticas comunicativas (Koch & Elias, 2012).

4 Referenciação e progressão referencial (Koch & Elias, 2008).

5 Sequenciação textual (Koch & Elias, 2008).

6 Retextualização de Texto Oral (Santos, Cabrera & Góes, 2009).

7 A vírgula (Luft, 2009).

8 Como elaborar esquemas (Aureliano, s/d)

9 Artigo acadêmico (Motta-Roth & Hendges, 2010).

10 O gênero resumo escolar/acadêmico – seções 2, 3, 4 e 8 (Machado, Lousada & Abreu-Tardelli, 2004a).

11 A resenha em diferentes situações de produção – seções 2 e 3 (Machado, Lousada & Abreu-Tardelli, 2004b).

ATIVIDADES PARA ENTREGA

Esquema – Resumo – Relatório Acadêmico – Resenha

ATIVIDADES PARA VERIFICAÇÃO

Práticas Textuais

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SEQUÊNCIA DIDÁTICA 1

1. Apresentação do professor e dos estudantes.

2. Apresentação do plano de ensino.

3. Apresentação do contrato didático.

Materiais didáticos diários: textos teóricos; práticas textuais;

registros de caderno; pesquisa em sites.

Foco nas atividades (facebook, twitter, whatsapp,...).

Pontualidade no início e fim da aula; tolerância (20 minutos).

As menções são qualitativas, não são numéricas.

O limite máximo de faltas é 18 (9 aulas), sem qualquer abono.

Não há avaliações substitutivas, pois temos 6 instrumentos.

As atividades diárias e a leitura dos textos são fundamentais para

o andamento da aula. Aquelas serão entregues a partir de modelo

disponível no espaço-aluno.

As avaliações são realizadas individualmente e com consulta a

material impresso do próprio estudante.

4. Apresentação da metodologia de trabalho: a sequência didática.

Conceito: uma sequência didática é um conjunto de atividades

escolares organizadas, de maneira sistemática, em torno de um

gênero textual oral ou escrito (DOLZ, NOVERRAZ &

SCHNEUWLY, 2004).

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SEQUÊNCIA DIDÁTICA 1

Nosso modelo:

Os objetivos da avaliação diagnóstica são os seguintes:

a) Verificar a distribuição dos alunos em relação às competências de

produção de texto e aplicação de conhecimentos linguísticos

textuais.

b) Recomendar, a partir dessa verificação, estudantes para o curso

de nivelamento oferecido pela Instituição.

c) Redimensionar o trabalho com a sequência didática a partir dos

dados obtidos.

PRÓXIMA AULA: Leitura do texto teórico 2 (Coerência textual: um princípio de interpretabilidade).

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SEQUÊNCIA DIDÁTICA 1

Aquecimento: compreendendo as noções de textualidade.

Estabeleça, a seguir, o que é texto e o que não é. Em caso positivo,

procure esclarecer de que gênero se trata e qual a sua função na

sociedade.

1. 2.

www.taboleirograndenews.blogspot.com www.jboscocartuns.blogspot.com

3.

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SEQUÊNCIA DIDÁTICA 1

4. CIRCUITO FECHADO

Chinelo, vaso, descarga. Pia, sabonete. Água. Escova, creme dental, água,

espuma, creme de barbear, pincel, espuma, gilete, água, cortina, sabonete,

água fria, água quente, toalha. Creme para cabelo, pente. Cueca, camisa,

abotoadura, calça, meias, sapatos, gravata, paletó. Carteira, níqueis,

documentos, caneta, chaves, lenço, relógio. Jornal. Mesa, cadeiras, xícara e

pires, prato, bule, talheres, guardanapo. Quadros. Pasta, carro. Mesa e

poltrona, cadeira, papéis, telefone, agenda, copo com lápis, canetas, bloco de

notas, espátula, pastas, caixas de entrada, de saída, vaso com plantas,

quadros, papéis, telefone. Bandeja, xícara pequena. Papéis, telefone,

relatórios, cartas, notas, vale, cheques, memorando, bilhetes, telefone, papéis.

Relógio, mesa, cavalete, cadeiras, esboços de anúncios, fotos, bloco de papel,

caneta, projetor de filmes, xícara, cartaz, lápis, cigarro, fósforo, quadro-negro,

giz, papel. Mictório, pia, água. Táxi. Mesa, toalha, cadeira, copo, pratos,

talheres, garrafa, guardanapo, xícara. Escova de dente, pasta, água. Mesa e

poltrona, papéis, telefone, revista, copo de papel, telefone interno, externo,

papéis, prova de anúncio, caneta e papel, telefone, papéis, prova de anúncio,

caneta e papel, relógio, papel, pasta, cigarro, fósforo, papel e caneta. Carro.

Paletó, gravata. Poltrona, copo, revista. Quadros. Mesas, cadeiras, prato,

talheres, copos, guardanapos. Xícaras. Poltrona, livro. Televisor, poltrona.

Abotoaduras, camisa, sapatos, meias, calça, cueca, pijama, chinelos. Vaso,

descarga, pia, água, escova, creme dental, espuma, água. Chinelos. Coberta,

cama, travesseiro.

5.

www.blogs.estadao.com.br

Há na história da arte inúmeros registros de artistas que foram afetados pela loucura. Insanos também foram retratados por alguns pintores. A perturbação mental influenciou sobremaneira a vida de Edvard Munch. Em 1890, Munch esteve internado durante dois meses em Le Havre, França, para “tratamento nervoso”. Tratou-se também na Suíça, em 1900, e em Bad Elgersburg, Turíngia, cinco anos depois, onde foi diagnosticado como portador de grave neurastenia. Ao pintar pela primeira vez O Grito (1983), ele expressou o seu cotidiano inferno interior e o mal-estar que a loucura lhe causava. (Bezerra, A. J. C. As belas artes da medicina. Brasília: CRM-DF, 2006).

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SEQUÊNCIA DIDÁTICA 1

6.

Após ter feito a leitura do artigo, vamos aplicar a leitura de Koch & Elias

(texto teórico 2) no artigo “O impacto sócio-cultural do PSF: uma

proposta de avaliação” (texto prático 1). Siga o nosso roteiro.

1. Defina brevemente o que é coerência. 2. Agora, esclareça o que é coerência

a) sintática b) semântica c) temática d) pragmática e) estilística f) genérica

Pronto, agora podemos empregar esses conhecimentos no texto nas seções que se seguem.

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SEQUÊNCIA DIDÁTICA 1

INTRODUÇÃO

3. A palavra verticalizada, no terceiro parágrafo do artigo, colabora com a coerência sintática do texto (escolha lexical)? Justifique sua resposta.

4. As duas vírgulas empregadas no início do quarto parágrafo são contraindicadas por isolarem sujeito e predicado? Fundamente sua resposta.

5. Em que consiste a atenção primária, mencionada no quinto parágrafo?

6. O que o uso de aspas, no sétimo parágrafo, evidencia em relação ao gênero textual?

7. Lendo o nono parágrafo, é coerente semanticamente afirmar que “o multiprofissionalismo rompe com o protagonismo do saber e prática médica no processo de trabalho em saúde, por outro, a ênfase nos processos de promoção/prevenção se desmarca do enfoque clínico.”?

8. Comente se há, no décimo parágrafo, coerência pragmática no que é citado por Goulart (1990). Antes de responder, observe as referências no final do artigo.

9. Ainda no décimo parágrafo, esclareça: se houve citação, porque o autor do artigo não utilizou as aspas para delimitar a voz do teórico?

A CONCEPÇÃO DE FAMÍLIA E SUAS IMPLICAÇÕES

10. Historicamente, o que muda na concepção que se tem de família? 11. O autor faz menção, no quinto parágrafo, a uma miopia seletiva.

Defina-a e comente se esse uso é incoerente do ponto de vista estilístico.

CRITÉRIOS PARA UMA AVALIAÇÃO DO IMPACTO SÓCIO-CULTURAL

12. Identifique, na leitura do segundo e do quarto parágrafo, leve incoerência sintática quanto ao uso das pessoas do discurso. Qual a provável razão para essa flutuação de interlocutores?

PRÓXIMA AULA: Leitura do texto teórico 3 (Escrita e práticas comunicativas).

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SEQUÊNCIA DIDÁTICA 1

Nesta aula, vamos tratar de tipologia textual e gênero textual. No entanto,

vamos aplicar os conhecimentos discutidos por Koch e Elias no texto

teórico denominado “Escrita e Práticas Comunicativas” nas atividades

práticas que se seguem.

Observe a seguir.

1.

www.centroeco.com.br

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SEQUÊNCIA DIDÁTICA 1

2.

www.diariodarobertatrindade.blogspot.com.br

Agora, responda às seguintes questões.

1. (PP. 54-5) Na análise da imagem e do texto, percebemos que há certa conexão entre ambos. Explique, a partir dessa conexão, por que a tomografia computadorizada constitui gênero textual.

2. (P. 54) Como médico, você percebe a tomografia computadorizada como gênero textual e é capaz de construi-lo com adequação. A partir da leitura de Koch e Elias, explique como se dá essa construção, a partir do conceito de competência metagenérica.

3. (P. 55) A tomografia computadorizada pode ser considerada uma forma-padrão relativamente estável, sendo, consequentemente, denominada gênero textual. Explique essa afirmativa.

4. (P. 57) Estabeleça uma hipótese: Por que um médico consegue produzir um texto como esse (laudo de tomografia computadorizada) sem ter estudado a fundo teoria de gêneros à luz dos conhecimentos da linguística?

5. (P. 61) Tomando como base a tomografia, responda: (a) qual o objetivo visado? (b) qual o lugar social? (c) qual o papel dos participantes?

6. (PP. 63-74) Que tipologia predomina na tomografia computadorizada? Justifique sua resposta.

7. Recordando a aula anterior, opine: a tomografia computadorizada é considerada texto?

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SEQUÊNCIA DIDÁTICA 1

Leia o texto e responda às questões que se seguem.

Sessão Anátomo clínica I

Relato de Caso (com adaptações)

ANMANESE

1. Identificação:

M.G.S., 25 anos, sexo feminino, parda, solteira, comerciante da Feira dos Importados, natural de Itabuna – BA, residente e procedente de Buritis/MG, filha de S.M.G. e de J.C.S, evangélica.

Período de internação no Box de Clínica Médica do Pronto Socorro do Hospital Regional da Asa Norte: 3 horas e 15 minutos do dia 19/9/2012 até às 2 horas do dia 22/9/2012.

Data e horário de entrada no Box de Clínica Médica do Pronto Socorro do Hospital de Base do DF: 2 horas e 20 minutos do dia 22/9/2012

Data e horário do óbito: 4 horas e 37 minutos do dia 22/9/2012

2. Queixa Principal: “inchaço nas pernas” e “falta de ar” há uma semana.

3. História da Doença Atual (HDA):

Paciente refere que, há um ano, iniciou quadro de edema em membros inferiores, associado à dispneia aos grandes esforços, evoluindo com piora há uma semana.

Associado a todo esse quadro, a paciente informa, também, que há 24 horas vinha apresentando tosse pouco produtiva.

No entanto, nega febre, artralgia/artrite, fotossensibilidade, queda de cabelos e Infecção do Trato Urinário de repetição.

Além disso, relata internação prévia no Hospital Regional de Brazlândia, em abril de 2012, durante a qual foram realizados exames cardiológicos (executados no Hospital Regional de Taguatinga), visando à investigação da causa do edema e do cansaço. Após esses procedimentos, recebeu alta hospitalar com orientação de uso oral de furosemida (1x/dia).

À consulta, a paciente trazia consigo os exames realizados naquela ocasião (Ultrassom de abdome total, Ecocardiograma, Eletrocardiograma, Ecodoppler de Membros inferiores e Exames Laboratoriais), os quais não evidenciaram cardiopatia.

4. História da Doença Pregressa (HDP) ou Antecedentes:

Há história de cirurgia de esôfago no HBDF por ingestão acidental de soda cáustica aos dois anos de idade (a paciente apresenta cicatriz cirúrgica em face lateral esquerda cervical e região anterior do hipogástrio).

5. História familiar:

Há, segundo relato da paciente, história de acidente vascular cerebral e infarto agudo do miocárdio (pai, já falecido), e de diabetes (mãe, 56 anos).

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SEQUÊNCIA DIDÁTICA 1

6. História pessoal e social:

De acordo com a mãe, a paciente tem uma vida muito agitada em razão de sua ocupação (comerciante), ficando, diversas vezes, descontrolada emocionalmente quando não consegue realizar boas vendas. A cliente relata nesses momentos ingeria florais de Bach para tranquilizar-se.

7. Revisão de sistemas ou Exame Físico à admissão:

19/9/2012: Pronto Socorro do HRAN

7.1 – Estado geral: regular estado geral, consciente, afebril, eupneica, acianótica,

anictérica, hipocorada (+/4+), edemaciada (+++/4+), sem sinais de turgência jugular. 7.2 – Pele e fâneros: cicatriz cirúrgica em face lateral esquerda cervical e região anterior do hipogástrio. Sem alterações nos pelos. 7.3 – Cabeça e pescoço: sem alterações. 7.4 – Olhos: sem alterações. 7.5 – Ouvido, Nariz e Seios da Face: sem alterações. 7.6 – Cavidade Oral: sem alterações. 7.7 – Mamas: sem alterações. 7.8 – Cardiorrespiratório: não há sinais de desconforto respiratório, mas há tosse pouco produtiva. Sinais vitais: AR: murmúrio vesicular diminuído em base direita, sem ruídos adventícios; FC: 124bpm; FR: 20ipm; SpO2: 95%. 7.9 – Abdome: indolor, sem massas e sem visceromegalias; punho-percussão lombar indolor. 7.10 – Urinário: sem alterações. 7.11 – Genital: sem alterações. 7.12 – Osteoarticular: extremidades com articulações livres, sem bloqueios e sem flogose, com edema (+++/4+). 7.13 – Nervoso: sem alterações.

Hipótese diagnóstica: Síndrome Edemigênica a esclarecer;

Pneumonia a esclarecer.

Conduta: Solicitados Ecocardiograma, Eletrocardiograma, Raios X de Tórax, Tomografia Computadorizada de Tórax com contraste, exames laboratoriais;

Implementado restrição hídrica;

Mantidos Furosemida oral e Espironolactona (25 mg, via oral), Ceftriaxona e Azitromicina.

Resultados de exame complementar à admissão:

Leucocitose (12.300 leucócitos/mm3) e Anemia (Hematócrito = 33%).

João da Costa Silveira

CRM-DF 13502

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SEQUÊNCIA DIDÁTICA 1

1. (P. 55) Com base na leitura do texto teórico, esclareça, a partir da citação de Bakhtin, se o texto constitui um gênero primário ou secundário e justifique sua resposta. 2. (P.61-2) Pensando na anamnese, explique como ocorre o processo de plasticidade na produção do gênero textual? 3. (P. 56) Explique, com base no pensamento de Marcuschi e de Koch, de que forma o médico desenvolve, para a escrita de uma anamnese, a competência metagenérica? 4. (P. 60) Discuta por que nesse texto não há tanto espaço para que as marcas estilísticas estejam em evidência? 5. (PP.63-74) Faça um mapa das tipologias textuais encontradas no texto e atribua função a elas, a partir do gênero anamnese.

Nesta aula, estudaremos, a partir da leitura do texto teórico, a

referenciação como ferramenta linguística na manutenção da coesão dos

textos. Utilizaremos, para tanto, a anamnese estudada na aula anterior.

1. (PP. 125-6) Na seção História da Doença Atual, no primeiro parágrafo, cite qual foi o referente introduzido. Após isso, perceba que não houve manutenção do referente. Sendo assim, por que o texto apresenta coesão mesmo sem ter havido a retomada explícita? 2. (PP.125-6) Ainda na seção História da Doença Atual, comente, a partir do quarto parágrafo, sobre os processos de introdução do referente e desfocalização do referente; e conclua como esses processos relacionam-se com a coerência do texto. 3. Analise, na seção História da Doença Atual, qual a importância do pronome relativo os quais para que não haja dúvida quanto à

referenciação. 4. (P. 127) Sobre a introdução no referente, leia a seção História pessoal e social e cite qual termo é introduzido por ativação ancorada.

Nesse caso, a seleção lexical foi adequada. Esclareça o porquê.

PRÓXIMA AULA: Leitura do texto teórico 4 (Referenciação e progressão referencial).

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SEQUÊNCIA DIDÁTICA 1

5. (PP.130-5) Ainda sobre o pronome relativo os quais, na seção História da Doença Atual, analise se foi usada uma expressão nominal

definida ou indefinida, e se ela tem rótulo retrospectivo ou prospectivo. 6. Qual é a função da vírgula (anterior a ficando) e do verbo no gerúndio (segunda linha da seção História Pessoal e Social)?

1. Crie hipóteses:

(a) por que, provavelmente, a religião foi mencionada na seção

Identificação?

(b) qual a razão para haver aspas na seção Queixa Principal?

(c) que finalidade tem a seção Revisão de Sistemas? Como ela

se diferencia do Exame Físico?

2. Que tipologia está presente na seção Hipótese Diagnóstica? E na

Conduta? Esclareça qual a função das tipologias em questão.

Nesta aula, vamos comentar sobre os aspectos estruturais, linguísticos e

discursivos que estão em torno do editorial. Após a leitura, vamos à

prática textual 7.

PRÓXIMA AULA: Leitura do texto teórico 5 (Sequenciação textual).

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SEQUÊNCIA DIDÁTICA 1

É praticamente consensual que existe uma crise no campo da saúde

pública, alcançando a prestação de serviços, o ensino e a produção acadêmica. Esta crise, cuja face atual se remonta à década passada, teria origem na consciência acerca das limitações que colocaram em dúvida a viabilidade dos modelos explicativos mais bem elaborados, que entendemos sejam aqueles dos estados social-democratas ocidentais.

A primeira limitação seria fundamentalmente econômica, centrada na inviabilidade do estado provedor, e em última instância da sociedade, de suportar o aumento dos custos da atenção médica. Submetidos às pressões de demandas inesgotáveis por cuidados que exigem recursos de alto nível tecnológico, promovidas pelos interesses de setores industriais e de grupos médicos organizados a partir da lógica do lucro, associados à ideologia da saúde como panaceia, estes sistemas teriam ficado inviáveis, quando o setor público perdeu a capacidade de regulação. A segunda, com implicações ainda mais sérias, decorreria da incapacidade deste tipo de atendimento de necessidades individuais e coletivas resultar em um nível maior de bem-estar e aumento da produtividade social.

Como alternativa, têm sido propostos sistemas dirigidos à promoção da saúde e não preferencialmente voltados ao atendimento das doenças. Na procura de projetos de uma medicina social renovada, o Estado manteria suas funções de regulação e financiamento, desenvolvendo ações em conjunto com organizações da sociedade civil.

Formas distintas de organização institucional, mudanças no padrão de consumo de bens e serviços, maior controle das políticas públicas por parte dos usuários e, principalmente, a necessidade de uma nova ética, com reafirmação de valores em relação à vida e à morte, seriam componentes de outra utopia capaz de retirar a Saúde Pública do impasse em que se encontra. Neste sentido, a atual crise da Saúde Pública não se circunscreve a loci regionais de produção de conhecimento e/ou práticas de intervenção em saúde, mas está inscrita e delimitada dentro de uma crise global.

É surpreendente como que, há décadas, prosseguimos falando de saúde como valor individual positivo, enquanto a violência, a adição de jovens a drogas cada vez mais destrutivas e o sofrimento decorrente da solidão disseminam-se rapidamente como resultado de processos coletivos, sem que as sociedades sejam capazes de reconhecê-los como problemas de saúde. O

retrocesso das condições de saúde traduz-se pela humilhante persistência da fome, pela manutenção de níveis elevados de mortalidade infantil, pelo aumento e disseminação de doenças previsíveis, pelo abandono e prostituição de crianças e pelo genocídio de grupos étnicos. Grandes fluxos migratórios favorecem a disseminação de agentes parasitários, facilitando o aparecimento de "novas" epidemias e endemias, ao passo que a diminuição da capacidade

de investimento e a desestruturação das comunidades tradicionais inviabilizaram a capacidade de resposta dos serviços públicos de saúde, de saneamento e o incentivo à produção de alimentos.

O projeto de uma nova Saúde Pública, dirigida a promover a saúde e não preferencialmente a cuidar da doença, deverá então entender e trabalhar a questão de que os seres humanos não têm apenas necessidades, mas também desejos e medos. Neste sentido, o sofrimento precisa ser atendido, inclusive quando os recursos técnicos não são mais capazes de promover a cura, problematizando assim as dimensões contraditórias da relação indivíduo/coletividade. A negação desta dimensão constitui-se claramente numa limitante ao desenvolvimento de uma nova saúde pública.

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SEQUÊNCIA DIDÁTICA 1

Por outro lado, os estados democráticos, junto com as organizações da sociedade civil, terão que, respeitando os direitos individuais, retomar a capacidade de intervir estrategicamente sobre os determinantes coletivos da saúde, mantendo a responsabilidade das pessoas frente aos processos de doença. Para tal, é essencial que as questões da saúde pública passem, cada vez mais, a serem debatidas nas propostas dos partidos políticos e outras instituições da sociedade civil, obrigando àqueles envolvidos na produção e na reprodução do conhecimento a procurarem formas mais efetivas de comunicação e a diversificarem o elenco daqueles com os quais precisam estabelecer alianças capazes de viabilizar a construção do novo modelo.

1. O meio de publicação deste artigo revela sua finalidade. Qual é a provável intencionalidade de Sabroza ao trazer essa discussão para o periódico “Cadernos de Saúde Pública”?

2. (PP. 153-4) Houve, na segunda linha do primeiro parágrafo, a manutenção do paralelismo sintático? Justifique.

3. No primeiro parágrafo, o pronome relativo “cuja” foi devidamente empregado. Explique o porquê de sua adequação.

4. O segundo parágrafo apresenta um período mal construído (“Submetido às pressões... ...capacidade de regulação”). Ele oferece certa dificuldade de leitura. Estabeleça hipóteses que justifiquem essa dificuldade e reescreva-o de modo mais claro.

5. (PP. 156-7) No terceiro parágrafo, há mudança temporal revelada na categoria dos verbos. Mencione se isso se dá de maneira retrospectiva ou prospectiva e de que forma isso colabora com a progressão sequencial do texto.

6. Na quarta linha, do quarto parágrafo, houve o emprego de crase em duas situações. Esclareça o porquê de sua utilização.

7. No início do quinto parágrafo, o autor opta em usar a primeira pessoa do plural. Possivelmente, esse recurso foi empregado com qual finalidade?

8. (PP. 170-1) É possível substituir a conjunção como, do quinto parágrafo, por enquanto? Justifique sua resposta e comente seu emprego pelos usuários da língua.

9. (P. 170) Ainda no quinto parágrafo, é possível substituir passo (da locução conjuntiva) por enquanto sem quaisquer prejuízos sintático-semânticos?

10. No quinto parágrafo, há, entre outros, três operadores argumentativos essenciais na construção do argumento: surpreendente (l. 1), disseminam-se (l.4) e retrocesso (l.6). O que essa estruturação traz em termos de discurso veiculado por um especialista no assunto?

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SEQUÊNCIA DIDÁTICA 1

Fruto de demanda constante das atividades acadêmicas, o relatório

acadêmico necessita de espaço para discussão em nossa disciplina.

Assim, assista ao vídeo a seguir, que traz algumas informações

relacionadas à diabetes mellitus.

Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=VgfgC7lFe7o

A partir das técnicas de retextualização, consulte o arquivo “Relatório

Acadêmico” e, em grupo, realize o relatório da palestra sobre diabetes.

Para tanto, será necessário pensar no seguinte fluxo de retextualizações:

retextualização retextualização PALESTRA REGISTRO RELATÓRIO

PRÓXIMA AULA: Leitura do texto teórico 6 (Retextualização de Texto Oral).

PRÓXIMA AULA: Uso do texto teórico 7 (A vírgula) como suporte e leitura do texto teórico 8 (Como elaborar esquemas).

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SEQUÊNCIA DIDÁTICA 1

Nesta aula, vamos comentar, brevemente, sobre os aspectos estruturais,

linguísticos e discursivos que estão em torno da reportagem, para

depois, realizarmos esquema, treinando a técnica a partir das

informações contidas no texto teórico 8.

Pesquisadores buscam pistas de doenças cardíacas no DNA de famílias

GINA KOLATA

DO "NEW YORK TIMES" 27/5/2013

Doenças cardíacas prematuras são habituais na família de Rick Del Sontro. Toda vez que ele saía para correr, tinha medo de que seu coração o traísse. Então, ele se mantinha esbelto, evitava carne vermelha, não fumava e fazia exercícios intensamente, chegando a completar um triatlo Ironman.

Mas, quando sua irmã, com apenas 47 anos, descobriu ter uma doença cardíaca avançada, Del Sontro, então com 43, com colesterol e pressão arterial baixos, foi a um cardiologista. Um raio-X das suas artérias revelou a verdade. Como seu avô, sua mãe, seus quatro irmãos e suas duas irmãs, ele tinha uma doença cardíaca.

Agora, ele e sua família estendida foram incluídos em um projeto federal de pesquisas que está usando o sequenciamento genético para localizar fatores que intensificam o risco de doença cardíaca para além dos suspeitos de sempre: colesterol alto, hipertensão, tabagismo e diabetes.

"Eu havia comprado o sonho: basta fazer as coisas certas e comer as coisas certas que você ficará bem", afirmou o empresário.

O objetivo é ver se a genética pode explicar por que doenças cardíacas atacam pessoas aparentemente saudáveis. Uma família como a de Del Sontro pode ser a pedra de Roseta para a doença cardíaca. A propensão das suas artérias a se entupir talvez revele forças que fazem a mesma coisa para milhões de outras pessoas.

"Ainda não sabemos quantos caminhos há para a doença cardíaca", disse Leslie Biesecker, que dirige o estudo do qual Del Sontro participa. "Esse

é o poder da genética. Tentar dissecar isso." Os pesquisadores, há muito tempo, sabem que um histórico familiar de

mortes precoces por doença cardíaca dobra o risco para uma pessoa, independentemente de outros fatores. O histórico familiar é definido como sendo ter pai ou um irmão que recebeu diagnóstico de doença cardíaca antes dos 55 anos, ou mãe ou uma irmã antes dos 65.

Faculdade de Ciências da Saúde e Educação – FACES Curso: Medicina Disciplina: Língua Portuguesa Professor: Rodrigo Albuquerque

SEQUÊNCIA DIDÁTICA 1

Os cientistas estão estudando a composição genética de cada membro

da família Del Sontro em busca de mutações reveladoras ou aberrações nos 3 bilhões de compostos químicos que formam o DNA humano.

O controle das doenças cardiovasculares é uma das maiores histórias de sucesso da medicina. Nos últimos 45 anos, a taxa de mortalidade por doenças do coração diminuiu 60% em relação ao seu auge, na década de 1960. Mas os médicos baseiam-se principalmente nos fatores de risco descobertos décadas atrás.

As doenças cardíacas ainda são a principal causa de mortes no mundo (29% do total), segundo dados de 2004 da Organização Mundial da Saúde. Além disso, muitas pessoas atingidas ainda jovens não tinham fatores de risco óbvios.

Os pesquisadores se perguntam o que está passando despercebido. Del Sontro, que mora em Washington, fazia vista grossa aos problemas

cardíacos familiares até que sua irmã, Robin Ashwood, descobriu ser portadora. Há uns seis anos, ela estava correndo na esteira quando seus braços começaram a doer. Quando ela acabou o exercício, a dor passou, mas voltou mais tarde, quando ela fazia compras com a irmã mais nova, Tina Del Sontro, que a convenceu a ir para um pronto-socorro.

O histórico de doença cardíaca dessa família é terrível. O avô teve um ataque cardíaco grave aos 35 anos. A mãe começou a ter fortes dores no peito aos 55 e, no final da vida, "entornava comprimidos de nitroglicerina como se fossem Tic Tacs", segundo Del Sontro. Ela passou por três cirurgias de peito aberto e morreu na mesa de operação, aos 69.

Então Ashwood foi a um pronto-socorro próximo. Sua pressão arterial estava alta. Ela ficou apavorada. No entanto, um eletrocardiograma apresentou resultado normal.

Mas ela lembrou que o eletrocardiograma da sua mãe também era bom. No dia seguinte, ligou para o seu cardiologista. "Ele me ignorou", conta. "Ele me disse que provavelmente era um problema estomacal."

Ainda temerosa, ela começou a ligar para cardiologistas, oferecendo-se a pagar por uma consulta caso um médico se dispusesse a examinar seu prontuário médico e seu histórico familiar.

O médico Leslie Fleischer, de Pensacola (na Flórida), onde Ashwood morava, aceitou. Ele inseriu na paciente um cateter por um vaso sanguíneo da virilha até o coração e injetou tinta nas artérias coronárias para torná-las visíveis no raio-X. Ele viu uma vasta doença cardíaca ali – uma artéria coronária estava quase completamente bloqueada.

"Faço isso há 40 anos, então não me surpreendi", disse Fleischer. "Só fiquei triste."

Ele inseriu um "stent" – um pequeno tubo de malha metálica – numa artéria que estava 90% bloqueada e alertou Ashwood de que seus irmãos deveriam fazer exames. Tina Del Sontro, então com 38 anos, foi a primeira. Ela também corria o risco de ter um ataque cardíaco em breve, segundo os médicos.

Então Rick foi a um clínico geral que lhe disse que não havia motivo de preocupação. Mas seu irmão Peter, na época com 37 anos, foi a um cardiologista e dias depois se submeteu a uma cirurgia de "bypass" coronário duplo.

Abalado, Rick decidiu que também deveria consultar um cardiologista. Edward Bodurian, em Chevy Chase (em Maryland), inicialmente sugeriu uma tomografia para procurar calcificações nas suas artérias, o que indicou

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potenciais problemas. Então Bodurian realizou o mesmo cateterismo que havia detectado a doença de Ashwood. Esse exame revelou as más notícias sobre suas artérias entupidas.

O projeto genético de Biesecker tinha um objetivo específico: recrutar mil pessoas, um quarto delas sem doença cardíaca e um quarto com formas branda, moderada e severa.

Ele esperava que, ao comparar os genes de pessoas com níveis diferentes de gravidade, fosse possível apontar alterações genéticas que revelassem por que as doenças cardíacas ocorrem.

A família Del Sontro permitiu a descoberta de um novo caminho genético para a doença cardíaca. Agora, oito parentes aderiram ao estudo. Biesecker procura outros.

Os pesquisadores suspeitam que a doença dessa família decorra de um gene com mutação. "Nosso principal trabalho é descobrir o gene", disse Biesecker. É uma busca que pode levar anos, sem garantia de sucesso.

Enquanto isso, Del Sontro se prepara para o pior; tem seguro de vida e seguro para cuidados médicos prolongados. "Fico esperando o dia em que terei falta de ar", disse ele.

Hoje com 50 anos, Del Sontro tem total consciência de que a causa da sua doença é um mistério, mas, para não correr o risco de piorá-la, continua a comer direito e a se exercitar.

Sua doença lança uma sombra sobre a sua família inteira. Em um jantar na casa de tijolos amarelos da família, a mulher dele,

Pura, admitiu se preocupar, mas disse: "Não falamos muito a respeito". Sua filha Siena, 9, disse ter medo de ter herdado os problemas

cardíacos do pai. Ele lhe garantiu que, até ela ficar adulta, os cientistas certamente já vão ter descoberto um tratamento. "Espero que não doa", respondeu ela.

Fonte: www1.folha.uol.com.br

1. Localize no texto termos especializados e comente se eles predominam no texto e qual a estratégia utilizada pelo jornalista para evitar distanciamento do leitor ao deparar com esses termos?

2. Comente sobre a presença da jornalista na reportagem em análise. 3. A vírgula, no 19º parágrafo, poderia substituir os travessões?

Estabeleça hipóteses: por que o jornalista optou por esse sinal de pontuação?

4. O uso da vírgula, no 1º parágrafo, é justificado por que razão? 5. O uso de aspas, no 3º parágrafo, por exemplo, não é justificado

pelas mesmas razões de emprego no artigo científico. Qual a distinção desse recurso linguístico nos gêneros textuais?

6. No 4º parágrafo, a palavra sonho estabelece remissão para trás (anáfora) ou para frente (catáfora)? A quem ela se refere?

7. No 6º parágrafo, foi empregado o pronome relativo “do qual”.

Comente sobre sua função. Escreva a sentença na ordem direta para visualizar melhor.

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8. No 17º parágrafo, foi empregado o pronome relativo “onde”. Comente sobre a sua função. Além disso, ele pode ser substituído por “aonde” sem prejuízo semântico e sintático? Justifique.

Realize o esquema da reportagem, utilizando uma das técnicas mencionadas no texto teórico 8, e não se esqueça de atribuir hierarquia às informações primárias, secundárias e, até, terciárias.

Nesta aula, vamos conversar sobre técnicas de resumo e exercitá-lo,

bem como sobre a produção de paráfrase. Para tanto, vamos partir dos

seguintes pressupostos teóricos.

Platão & Fiorin (1995) percebem a importância de resumir atentando-se aos seguintes aspectos: (a) as partes essenciais do texto; (b) a progressão em que essas partes aparecem no texto; (c) a correlação entre cada uma dessas partes.

Para Van Dijk & Kintsch (apud Fontana, 1995, p. 89), há três

macrorregras importantes no momento de resumir o texto:

O esquema é um resumo não redigido, que serve para textos menores, podendo utilizar símbolos, abreviaturas, chaves, flechas, gráficos, desenhos.

A paráfrase consiste em expressar as ideias de alguém com uma construção e um vocabulário próprio; as informações devem ser fiéis ao texto original.

PRÓXIMA AULA: Leitura do texto teórico 9 (Artigo Acadêmico) e do texto teórico 10 (O gênero resumo escolar/acadêmico e outros gêneros).

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Com base nessas informações, vamos às práticas textuais.

Realize as atividades propostas no texto teórico 10.

Após a leitura do artigo científico “Malformações congênitas: aspectos maternos e perinatais” (texto prático 2), elabore, com um colega, um resumo desse gênero e parafraseie-o, em dupla, como se fosse o resumo do artigo científico.

Iniciamos, agora, o estudo mais apurado da resenha, embora já tenhamos estudado elementos que, de certa forma, estão presentes nesse gênero, a saber: o esquema, o resumo e a paráfrase. Façamos, então, a leitura da resenha acadêmica (texto prático 3) a seguir.

A partir da leitura da resenha, faça o que se pede.

1. Faça um mapeamento sobre o tipo de abordagem contido em cada

parágrafo da resenha.

2. Houve paralelismo na distribuição dos capítulos? Comente.

3. Verifique a proporção crítica-resumo. Há equilíbrio?

4. Há pistas de crítica ao longo do texto? Comente.

5. Faltou, no texto, alguma informação que você julga relevante?

PRÓXIMA AULA: Leitura do texto teórico 11 (As resenhas em diferentes situações de

produção).

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SEQUÊNCIA DIDÁTICA 1

Agora, chegamos à etapa final de nossa sequência didática.

Aproveitaremos as contribuições de todo o estudo e toda a escrita de

gêneros textuais para a produção de um texto bastante abrangente e

complexo no cotidiano acadêmico: a resenha.

Após a leitura do artigo científico “Malformações congênitas: aspectos

maternos e perinatais” (texto prático 2) e a elaboração do resumo,

produza, com um colega, uma resenha, expandindo o resumo elaborado

na prática textual 12, inserindo, caso haja, as contribuições relevantes do

artigo “O impacto sócio-cultural do PSF: uma proposta de avaliação”

(texto prático 1). Utilize, para isso, uma lauda com, no máximo, trinta

linhas.

Depois de finalizada a resenha “Malformações congênitas: aspectos

maternos e perinatais” (texto prático 2), discuta com o professor sobre o

seu texto e esclareça as dúvidas que você tem sobre o gênero estudado.