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ROTAS E RECURSOS Séculos XVIII e XIX Compêndio de resumos das apresentações

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ROTAS E RECURSOS

Séculos XVIII e XIX

Compêndio de resumos das apresentações

INGLATERRA E ALEMANHA

8ºB A Revolução industrial foi um conjunto de mudanças que aconteceram

na Europa nos séculos XVIII e XIX e que teve como principal característica a substituição do trabalho artesanal pelo assalariado, com o uso das máquinas. O início se deu na Inglaterra, com a mecanização dos sistemas de produção. Enquanto na Idade Média a produção era baseada no artesanato, na Idade Moderna, a burguesia industrial, com o objetivo de alcançar maiores lucros, tornou os métodos de produção mais eficientes através da instalação de fábricas cuja peça central era a máquina. Assim, os produtos eram produzidos mais rapidamente e em quantidades enormes, barateando o preço e estimulando o consumo. O crescimento populacional, em especial nas cidades, trouxe maior demanda de produtos e mercadorias, assim como constituía a oferta de mão de obra para o trabalho industrial.

A Inglaterra saiu na frente no processo da Revolução Industrial porque possuía os recursos necessários: grande reserva de carvão mineral (principal fonte de energia), grandes reservas de minério de ferro (principal matéria-prima), grande massa de trabalhadores a procura de emprego (êxodo rural); rica burguesia com capital para patrocinar a Revolução Industrial. A localização privilegiada do país junto ao mar facilitava tanto a importação de matéria prima como a exportação de suas mercadorias para domínios ultramarinos.

A fiação e a tecelagem do algodão foram os primeiros ramos da indústria a serem mecanizados. Com eles surgiram as indústrias de tecidos de algodão, com o uso do tear mecânico. Foi na fabricação de tecidos que ocorreram importantes avanços técnicos, como a máquina de fiar de James Hargreaves, em madeira, (indústria rural e doméstica); o tear hidráulico de Richard Arkwright, aperfeiçoado por Samuel Cropton (indústria têxtil); a lançadeira volante de John Kay; o tear mecânico de Cartwright, a máquina a vapor de James Watt e a locomotiva de Stephenson.

A revolução industrial trouxe riqueza para os burgueses, mas os trabalhadores viviam na miséria. Mulheres e crianças faziam o trabalho pesado e ganhavam muito pouco. A jornada de trabalho variava de 14 a 16 horas para as mulheres e de 10 a 12 horas por dia para crianças. Enquanto os burgueses se reuniam em festas para comemorar os lucros, os trabalhadores chegavam à conclusão de que precisavam lutar por seus direitos. Surgiram várias

organizações operárias como os sindicatos e formas de protestos como as greves. As máquinas substituíam, aos poucos, a mão-de-obra humana, deixando clara a divisão da sociedade em duas classes: a dos trabalhadores e a dos donos dos meios de produção.

Império Britânico e Colônias

O Império Britânico, administrado pelo Reino Unido, foi o maior império do mundo. Em 1922 dominava aproximadamente 458 milhões de pessoas. O século XVIII foi o período de afirmação e maturação do projeto colonial britânico. O século XIX marcou seu auge, cuja expansão econômica e humana foi favorecida pelo desenvolvimento do capitalismo industrial. A Inglaterra possuía domínios, colônias, protetorados, mandatos e territórios governados ou administrados pelo Reino Unido em todos os continentes e súditos de quase todos os povos. O crescimento da Alemanha e dos Estados Unidos, no final do século XIX, abalou a liderança econômica do Reino Unido, ainda que este permaneça, até os dias atuais, como uma potência econômica.

O interesse por riqueza e poder fez com que a Inglaterra começasse a estabelecer colônias e suas próprias redes de comércio na América do Norte e na Ásia. O império britânico começou quando a Inglaterra promoveu a indústria naval, como forma de expandir o comércio para além das Ilhas Britânicas. As primeiras colônias foram onde hoje conhecemos como Estados Unidos. Durante os séculos seguintes os ingleses expandiram seu império praticamente por todo o mundo, incluindo grande parte da África, quase toda a América do Norte, a Índia e regiões vizinhas, além de várias ilhas ao redor do mundo. Este fato estava inserido dentro do Imperialismo Europeu, em que as colônias eram fundamentais por serem fontes de riqueza, matéria prima para as indústrias, além de serem importantes mercados consumidores para os produtos industrializados ingleses, o que enriquecia a burguesia industrial do país.

territórios que formavam o império britânico

Unificação alemã (importância de Otto Von Bismarck)

No começo do século XIX a Alemanha se resumia a uma série de Estados independentes que integravam a chamada Confederação Germânica. Sua unificação política e administrativa em um Estado-Nação ocorreu em 1871. Otto Von Bismarck foi o estadista mais importante da Alemanha do século XIX, que concebeu uma estratégia para unificá-la sob o controle prussiano. Para formar a unidade desprezou os recursos do liberalismo político, preferindo a política da força, assim como tomou firmes atitudes contra a igreja católica numa política que ficou conhecida por Kulturkampf (luta pela cultura). O processo de unificação da Alemanha simbolizou um período de acirramento das disputas entre as economias europeias. A partir do estabelecimento dessas novas potências econômicas, observamos uma tensão política gerada pelas disputas imperialistas responsáveis pela montagem do delicado cenário preparatório da Primeira Guerra Mundial.

8ºA

A revolução industrial, consistiu na substituição do trabalho artesanal, pelo assalariado com o uso de máquinas. Esta mudança ocorreu nos séculos XVIII e XIX. Em consequência desta grande mudança, houve o crescimento desordenado de algumas cidades e da poluição, mas principalmente na produção de mercadorias.

Nesta época, devido ao dinheiro da burguesia e da localização privilegiada, pois ali que estavam as maiores zonas de comércio da Europa, a Inglaterra foi um dos países mais ricos do mundo.

Por conta desta riqueza e deste poder, o Império Britânico foi o maior império do mundo. Em 1922 o império dominava aproximadamente 458 milhões de pessoas. A necessidade de expandir suas riquezas fez com que a Inglaterra começasse a estabelecer colônias e suas próprias redes de comércio na América do Norte e na Ásia. Uma série de guerras nos séculos XVII e XVIII, fizeram com que a Holanda e a França abrissem espaço para a Inglaterra tornar-se a potência colonial dominante no mundo.

O Império começou quando no século XVI, a Inglaterra promoveu a indústria naval, com o objetivo de expandir o comércio para além das Ilhas britânicas. As primeiras colônias foram onde hoje conhecemos como Estados Unidos. Durante os séculos seguintes, os ingleses expandiram o seu império praticamente por todo o mundo, incluindo grande parte da África, quase toda América do Norte, Índia, Ásia e várias ilhas ao redor do mundo. Esta necessidade era fruto das mudanças econômicas pelas quais a Inglaterra estava passando, pois com a revolução industrial, os britânicos agora necessitavam de crescentes mercados consumidores para seus produtos, assim como novas fontes de recursos minerais e matéria prima para as indústrias, como o algodão, usado na fabricação de tecidos.

A Inglaterra foi a grande pioneira da revolução industrial. A grande revolução se dá nas fábricas de tecido, fazendo com que o ritmo de produção aumente drasticamente, mas a inserção de máquinas movidas por outras forças motoras sem serem as humanas revolucionou outros setores econômicos. Inventadas por Richard Trevithick em 1803, as locomotivas a vapor fizeram com que a Inglaterra crescesse ainda mais neste período, pois essa era uma forma de repassar as mercadorias produzidas nas fábricas para os locais aonde eram vendidas ou até os locais onde eram exportadas de forma muito mais rápida (ferrovias). Para as locomotivas funcionarem era

preciso de carvão, água e ferro. O carvão fervia a água, que ao se tornar vapor, movimentava as engrenagens das máquinas feitas de ferro. Além disso, era com a energia do carvão que se fundia o ferro para transformá-lo em peças para as máquinas. Tanto o ferro quanto o carvão eram encontrados na Inglaterra e por estes fatores, o começo da revolução industrial foi limitado apenas a ela. A imagem abaixo mostra como as ferrovias mudaram e influenciaram o cenário europeu e, além disso, mostra também as minas de ferro e carvão e alguns dos principais recursos responsáveis pelo funcionamento das máquinas.

Por isso a Inglaterra, foi o país que possuiu mais colônias na época.

Depois deste começo, a partir dos anos de 1860, outros países como Alemanha, França, Rússia e Itália começaram a se industrializar. Nesta época houve alguns avanços tecnológicos: as locomotivas a vapor, os grandes teares, a utilização da energia elétrica, os combustíveis derivados do petróleo e o desenvolvimento de produtos químicos.

Estes avanços foram responsáveis pela grande revolução industrial e fizeram com que muitos ficassem desempregados, pois pouco a pouco as máquinas iam substituindo a mão de obra humana e consequentemente o ritmo de produção ia aumentando e os preços dos produtos abaixando.

Com a revolução industrial, as cidades passaram a crescer. Fábricas e indústrias foram montadas e as rotas comerciais começam a acontecer por meio de ferrovias, que levavam as mercadorias produzidas pelas máquinas a vapor de cidade para cidade.

Como já foi dito antes, a Inglaterra só foi pioneira por conta das máquinas e para elas funcionarem era necessário alguns recursos e os principais utilizados de 1700 a 1900 eram o carvão, o algodão, a água e o ferro.

Cada um desses recursos tinha uma finalidade: o carvão era muito importante, pois ele era usado para a fundição de ferro e ele também era usado nas máquinas a vapor, para fazê-las funcionarem. O ferro era um recurso que era bem conjunto do carvão, pois ele era usado para a formação de máquinas e o carvão fazia a máquina funcionar. O ferro também era usado para fazer carris de ferro. O algodão era utilizado na fabricação de tecidos e ele era muito bom porque não permitia que o fio do tecido se rompesse. O caroço dele podia ser usado para fazer cosméticos, celuloide, pólvora sem fumaça e azeite de cozinha. A água era usada, assim como o carvão, nas máquinas a vapor. Sua força era suficiente para mover as rodas das máquinas.

Houve uma segunda fase da Revolução Industrial que alguns chamam de Segunda Revolução Industrial. Alguns elementos que podem diferenciar a segunda da primeira são: a substituição do ferro pelo aço como material industrial básico, a substituição do vapor pela eletricidade e pelos produtos do petróleo como principais fontes de força motriz, o desenvolvimento da maquinaria automática e de um alto grau de especialização do trabalho, o uso de ligas, de metais leves e dos produtos da química industrial, mudanças radicais nos transportes e comunicações, o desenvolvimento de novas formas de organização capitalista e a extensão da industrialização à Europa Central e Oriental e até mesmo ao Extremo Oriente, como Japão, ou na Américas, com os EUA.

É importante acentuar que a revolução industrial culminou no imperialismo. Com a expansão de produção, a demanda de maiores mercados consumidores fez com que as nações europeias tivessem de procurar novos territórios para satisfazer seu crescente apetite por lucros. Quando diversas nações europeias passam pelo mesmo processo, os conflitos se tornam evidentes e a disputa por colônias se tornou um problema, principalmente para aqueles que seriam dominados (África e Ásia).

Alemanha

No século XIX a Alemanha era um conjunto de 39 estados independentes, ou seja, ela não podia ser propriamente chamada de Alemanha. Eram somente vários pequenos estados que juntos formavam a Confederação Germânica. A Confederação era governada por uma assembleia com representantes de todos os estados, porém os estados como Prússia e Áustria tinham maior poder e acabavam decidindo quase tudo.

Através de uma série de conflitos, Otto Von Bismark, líder prussiano, liderou o processo de unificação.

Diante da industrialização que se expandia entra as nações europeias, Bismark percebeu a necessidade de unificação, fortalecendo o poder da confederação germânica ao estar centralizada em torno de um só governo. Assim, não só a recente Alemanha se torna um único estado, como vira uma potência industrial entrando na disputa imperialistas por novas colônias.

FRANÇA, HOLANDA E ITÁLIA

8º B

2ª Revolução Industrial

A segunda revolução industrial se deu pela substituição do trabalho artesanal pelo assalariado e pelo uso de máquinas para a produção de um número cada vez maior de mercadorias. A primeira revolução industrial ocorreu entre 1760 e 1860, na Inglaterra. A segunda foi entre 1860 a 1900. Ao contrário da primeira fase, países como Alemanha, França, Rússia e Itália também se industrializaram.

O emprego do aço, a utilização da energia elétrica e dos combustíveis derivados do petróleo, a invenção do motor à explosão, da locomotiva a vapor e o desenvolvimento dos produtos químicos foram as principais invenções desse período. Tornava-se cada vez mais comum a presença de máquinas no cotidiano das pessoas, para que realizassem atividades de seu dia a dia com maior velocidade e comodidade.

Esta expansão provoca também a necessidade de mercados consumidores cada vez mais largos, além de cada vez maiores quantidades de matérias primas para as indústrias. Ganha força, portanto, o Imperialismo europeu.

Holanda

No século XVIII, a Holanda fazia parte dos “Países Baixos”, uma junção de países hoje conhecidos como Holanda, Bélgica e Luxemburgo. Além de seu próprio território, os neerlandeses (o nome do povo dos países baixos), também haviam colonizado outras áreas, como Aruba, Antilhas, Curaçao, na América Central, que já haviam sido colonizados nos séculos XVI e XVII.

No inicio do século XVIII, os Países Baixos tiveram um declínio em sua economia, que era baseada na indústria de papel, refinaria de açúcar, produção de cerveja e cerâmica, além do domínio de diversas rotas comerciais dentro da Europa, sendo um dos maiores revendedores de produtos do continente. Entre os aspectos que contribuíram para essa queda, estavam as leis mercantis da Grã Bretanha e as guerras anglo-holandesas, que consistiam em uma serie de conflitos navais entre Reino Unido e os Países Baixos.

Com a morte de dois importantes políticos, De Witt e De Ruyter, a república holandesa perdeu o poder marítimo e também a posição de principal centro econômico europeu. Quem ganhou esse poder perdido pelos holandeses foi a Inglaterra.

No final do século, a Republica Holandesa foi ocupada pela França e se transformou na Republica Batava, uma organização política que se manteve até a derrota final de Napoleão Bonaparte, em 1815.

França

Durante o século XVIII a situação na França era de total instabilidade política com diversas revoltas contra a coroa francesa. Devido aos vários acontecimentos políticos, os trabalhadores e camponeses, de tão enfurecidos, decidiram tormar uma ação polítca. Nessa época, a principal atividade econômica ainda era a agricultura. Cerca de 80% da população vivia e trabalhava no meio rural.

Outro motivo que levou os camponeses e outros trabalhadores a lutarem por mudanças foi o estado de extrema miséria no qual viviam, com salários baixos e qualidade de vida ruim. Já a burguesia, que tinha uma boa condição de vida, tinha como principal interesse obter maior participação política.

Devido ao caos, a França foi levada a uma revolução que aconteceu em 1789, conhecida como Revolução Francesa”. O desejo era acabar com a

monarquia e tornar a política algo mais justo, onde todas as classes sociais pudessem expressar suas opiniões.

Em 1795 começaram a instalar um novo governo na França, garantindo que os únicos na política seriam os burgueses. O general Napoleão Bonaparte foi colocado no poder com o objetivo de controlar a instabilidade social e implantar o governo burguês.

No final do século XVIII e início do XIX, Napoleão procurou difundir por toda Europa os ideais da Revolução Francesa e conquistou vários países que entraram em confronto direto com a França. As Guerras Napoleônicas foram grandes batalhas na Europa, nas quais a França expandiu seus territórios.

Os reis da Inglaterra, Áustria, Prússia, Espanha e Países Baixos iniciaram uma guerra contra a França com o objetivo de colocar o Rei Luís XVI novamente no trono e aniquilar a revolução.

As Guerras Napoleônicas foram divididas em várias coalizões. As cinco primeiras foram vencidas pelo exército francês e aconteceram de 1796 a 1809.

A sexta foi iniciada pela Inglaterra que acreditava que era o momento certo para derrotar definitivamente a França. Convocou então as monarquias europeias para a decisiva luta contra Napoleão em 1813. O general foi derrotado e exilado e em 1815, definitivamente derrotado.

O lema dos revolucionários, “Liberdade, Igualdade e Fraternidade” foi algo muito marcante para a história da França e resumia os desejos dos rebeldes na época da revolução. Esse lema seria a base da maior parte das repúblicas que surgiriam a partida daí, de vários dos movimentos de independência na América, além de instigar revoluções semelhantes na Europa.

Depois da revolução e de Napoleão, a França não foi mais a mesma. Os trabalhadores urbanos e rurais adquiriram direitos sociais e políticos e passaram a interferir nos rumos do país. O mundo também mudava, pois surgiam diversos movimentos semelhantes, conferindo direitos à população e não exclusivamente à elite, constituindo boa parte do mundo político tal qual conhecemos hoje, com votações, eleições, representantes na política etc.

Itália

Como a Holanda, a Itália, que ainda não havia se unificado e era formada por cidades-estado, também estava em declínio econômico desde o

século XV, quando novas rotas comerciais foram descobertas com as Grandes Navegações, eliminando o monopólio comercial italiano. Em 1713 o Tratado de Utrecht submeteu a Itália à dominação dos Habsburgo (austríacos). O domínio espanhol e austríaco, a divisão do país e o deslocamento das vias marítimas, que anteriormente passavam pelo mediterrâneo e davam à Itália certa vantagem, provocaram seu declínio. Pouco a pouco, as velhas cidades que tinham valor e importância, perderam a influência.

No final do século XVIII, além da Áustria e da Espanha, a Itália teve uma grande influência da França, que havia ocupado a republica de Gênova. Até a segunda metade do século XIX, a Itália, assim como muitos países da Europa, foi dominada por Napoleão.

Nessa época a península Itália estava dividida em vários estados independentes. O poder era dividido entre famílias aristocráticas e a Igreja Católica. Não havia moeda única, nem leis, nem uma língua comum além de não possuir um poder centralizado.

A região norte da península era mais desenvolvida que o centro e o sul. Interessava à nobreza, e principalmente à burguesia industrial, que ocorresse a unificação, pois assim o mercado consumidor aumentaria, além de facilitar o comércio com moeda única e a arrecadação de impostos.

De 1860 a 1870, as cidades foram reconquistadas da França e da Áustria. A unificação foi concluída com a anexação de Roma que se transformou na capital do país.

A Itália, agora unificada, estava na disputa industrial européia por crescimento econômico e novas colônias.

Novas Colônias

A França começou a colonizar as Índias, fonte de produtos de larga aceitação comercial, mas logo foi derrotada pelos ingleses. O interesse da França pela África manifestou-se em 1830 com a invasão da Argélia em 1831. A França também dominou o atual Mali e grande parte do norte da África e da África Ocidental.

A Holanda, por sua vez, dominou:

• Sri Lanka - de 1602 a 1706, quando os britânicos tomaram conta da ilha.

• Arquipélago indonésio - até sua independência em 1949. • Malaca - de 1641 até 1824, quando foi tomada pelo Reino Unido. • Nova Guiné Neerlandesa - foi colônia de 1949 a 1962. • Suriname - conquistado pelos holandeses durante a segunda guerra

anglo-neerlandesa até sua independência em 1975. • A colonização da costa do ouro neerlandesa (atual Gana) foi uma

colônia holandesa de 1637 até 1871 quando foi vendida aos britânicos. • A Companhia Oriental das Índias Orientais no Cabo de Boa Esperança

foi colônia de 1652 até 1797.

Mapa das colônias européias no século XIX

8º A

Holanda

Nos séculos XVII e XVIII, a Holanda foi a nação Europeia economicamente mais rica. Os holandeses também dominaram o comércio entre países europeus. A região dos Países Baixos era favoravelmente posicionada entre as rotas de comércio do Leste-Oeste e do Norte-Sul europeu e ligada a uma grande parte do interior alemão através do rio Reno. Comerciantes holandeses transportavam vinho da França e de Portugal para a região Báltica e retornavam com grãos destinados aos países do Mar Mediterrâneo, além de controlar boa parte do comércio de produtos de luxo que circulava pela Europa . O poderio holandês, no entnato, seria substituído pelo francês e principalmente pelo inglês durante os séculos XVIII e XIX.

França

Entre os anos de 1789-1799 ocorreram intesas agitações politicas e sociais, que teve um impacto duradouro na história do país e em todo o continente europeu, conhecida como Revolução Francesa.

A Revolução Francesa foi a revolta do povo contra a monarquia francesa. Seu resultado foi a a substituição da monarquia aristocrática por uma república democrática. Baseada na propriedade privada e em ideiais burgueses, ela estava fundada sobre princípios iluministas de cidadania e direitos universais inalienáveis.

Essa revolução teve um ipacto muito forte em boa parte da Europa, então o comércio da região francesa demorou para se acustumar com o comercio que mudou na região, porém ainda nessa época a França ainda produzia e comercializava vinho, azeite entre outros.

Após a Revolução Francesa, Napoleão Bonaparte sobe ao poder e dá origem ao que ficou conhecido como Guerras Napoleônicas, que aconteceram de 1803 a 1815. Com a queda da mornaquia francesa, Napoleão surge como um novo líder político que fez a França um país extremamente importante na Europa a partir do século XIX. A França começou a expandir seus territórios invadindo os seus países vizinhos, levando as idéias iluministas pra as novas regiões conquistadas. Bonaparte buscava realizar um ambicioso plano de transformar a França em uma grande potencia econômica. Com isso, iniciou um conjunto de guerras que visava enfraquecer as monarquias que eram

contrárias ao seu governo e seus principais inimigos eram a Inglaterra, Rússia, Áustria e a Prússia, pois eram monarquias e obviamente não simpatizavam com a ideia de terem seus reis decaptados. Em 1806 Napoleão fez um decreto continental, para todos os países que compravam manufaturas ou oferecessem matéria prima para a Inglaterra estariam sujeitos ao ataque francês. Assim, nos anos de 1806 e 1807 Napoleão invadiu a Espanha e Portugal. Mas em 1813, durante a Batalha de Leipzig – também conhecida como a Batalha das Nações, Napoleão é derrotado e finalmente vencido em 1815.

Napoleão e os eventos que sucederam o seu governo na França consolidaram o poder político da bureguesia. No final do século XIX Paris se tornou a cidade dsa luzes, onde eram realizadas as feiras mundiais de tecnologia, frutos da segunda revolução industrial.

Itália

Nessa época, a Itália estava com grandes problemas por causa do Império Otomano que impedia que eles pudessem fazer rota com o Oriente Médio pelo Mar Mediterrâneo. Mais do que isso, variadas rotas comerciais marítimas abertas com as Grandes Navegações (sec XVI), fizeram com que as cidades italianas perdessem o poder econômico que já haviam tido. Diante da corrida industrial que ocorria na Europa durante o século XIX, vários reinos viram-se fragilizados, o que abriu espaço para um processo de unificação (1870), em que a Itália surgiu como país, acompanhado da industrialização de várias de suas regiões, colocando-a dentro do cenário de disputa europeu. Então eles tiveram que procurar outros lugares para achar materiais.

Império Otomano

O Império Otomano foi um estado turco que existiu entre 1299 e 1922 e que no seu auge compreendia a Anatólia, o Oriente Médio, parte do norte e sudeste da África .

Entre 1792 e 1799, a Itália permaneceu sob a influência da França, que anexou a Sabóia, Nice e ocupou a República de Gênova.

Entre 1802 e 1804, Napoleão Bonaparte conquistou o conjunto da península e instituiu, no norte, a "República Italiana", sob seu comando.

Isso tudo obrigou que os povos que viviam naquela região virassem apenas um, mas para ver quem seria a capital houve uma guerra. Quem se tornou a capital da Itália foi Roma que até hoje, assim continua.

Novas colônias

Holanda : A mais importante colônia dos holandese eram as Índias orientais, atual Idonésia, e a colônia de Cabo, atual África do Sul.

Itália: A Itália virou como entado nacional no início de 1870 e por isso entro tardiamente na corrida expansionista, depois de um ttempo ocupou o litoral da Líbia, Eritréia e Somalia.

França: Em 1836 Napoleão envadiu a Argélia e se expandiu para o Marrocos e Tunísia.

ESPANHA E PORTUGAL

8º B Durante os séculos XVIII e XIX, Espanha e Portugal estavam entrando em decadência.

A Espanha estava perdendo muitas de suas colônias. Isso acontecia por conta de altos gastos com importações, guerras e domínio colonial. Além disso, havia a pressão por independência em suas colônias na América. Muitas delas queriam ser livres e, com o intuito de comercializar com esses territórios, alguns países da Europa (Inglaterra e França) apoiaram esses processos.

Outro fator importante para essa decadência foi o esgotamento de metais preciosos nos territórios americanos que eram a renda de países como a Espanha. Depois que isso aconteceu, ocorreu um grande declínio da economia espanhola, pois ela não havia revertido os enormes ganhos com a exploração de ouro e prata em outras atividades, industriais, por exemplo, que pudessem trazer riquezas através de outros meios.

Por esses motivos, esse país deixou de ser uma superpotência no continente europeu. Porém, com seu contato e comércio com as Índias eles ainda tinham certo poder.

Ao mesmo tempo, com problemas semelhantes aos espanhóis, ligados ao declínio da rentabilidade trazida por suas colônias, a coroa portuguesa estava passando por maus momentos no período. Tendo a Inglaterra como um de seus únicos aliados comerciais, Portugal entre em embate com a França (inimiga declarada da Inglaterra) e é então invadida durante as Guerras Napoleônicas.

Por isso, no ano de 1807, cerca de 15.000 súditos portugueses junto com a corte abandonaram Portugal e vieram para o Brasil a fim de se proteger e proteger a colônia.

Com essa chegada, o Brasil começou a se transformar crescendo economicamente. O café brasileiro passou a ser o 2º produto mais exportado no ranking nacional.

Pelo fato de Portugal e Espanha terem permanecido dentro da lógica mercantilista que estava sendo largamente substituída pela industrial/imperialista, seus impérios começaram a ficar atrasados econômica e culturalmente em relação a outros lugares como Inglaterra e França.

Dessa forma, não conseguiram mais manter o domínio sobre suas colônias que, durante o século XIX tornaram-se independentes.

AMÉRICAS

8ºB Independência e Industrialização dos EUA

Antes da independência dos EUA, o país era colonizado pela Inglaterra, sendo formado por treze colônias, em sua costa atlântica. A Inglaterra usava essas colônias para obter lucros, recursos minerais e grandes explorações da terra norte-americana, principalmente de algodão, a matéria prima, para as indústrias de tecido inglesas, responsáveis pela Revolução Industrial pela qual passava o Reino Unido.

Nos anos de 1756 a 1763, ocorreu a Guerra dos Sete Anos, em que, entre outras cosias, a Inglaterra e a França disputaram territórios coloniais da América do Norte. Com a vitória da Inglaterra, as colônias se manifestaram, pois a metrópole cobrou os prejuízos da batalha. A partir daí, os conflitos entre as elites norte americanas e os abusos de metrópole inglesa só se agravaram. Em 1783 os Estados Unidos, com ajuda da França e da Espanha conseguiram conquistar sua independência, podendo assim determinar seus próprios caminhos para se desenvolver econômica, social e politicamente. Com a independência, os EUA começam a se tornar um importante exportador de diversas mercadorias para vários de seus vizinhos, o que fomenta o crescimento econômico americano que depois se revertiria também em poder político.

A industrialização dos EUA começou após a independência do país. Este período se caracteriza pela reconstrução do pais após a Guerra Civil. Tal reconstrução se combina com sua industrialização, procurando maneiras de facilitar, aumentar e melhorar a produção com a criação de máquinas para a produção e ferrovias para o transporte. Neste período as principais economias eram a agricultura e a pecuária como base, mas logo passariam a ser diversos produtos industrializados.

América Portuguesa e Espanhola

No Brasil, o ouro das minas foi decaindo, e no final do século XVIII foi sendo substituído pelo Café. O açúcar já não era mais tão importante, e o café, no século XIX, se tornou o principal produto exportado pelo Brasil.

Vale lembrar que o Brasil havia se tornado independente em 1822, sendo o café um produto que teve seus lucros revertidos em transformações dentro do território brasileiro. Além disso, um importante evento que antecede a independência, é a chegada da família real ao Brasil, transferindo sua corte para cá, em 1807. Tal situação foi fruto da invasão napoleônica a Portugal, fazendo com que Portugal perdesse ainda mais poder, resultando, por exemplo, na incapacidade de manter diversas de suas colônias sob seu domínio, como o Brasil, diante das fortes pressões coloniais e internacionais (principalmente da Inglaterra) para a independência. Assim, o Brasil passava a se relacionar diretamente com outras potências, transformado a dinâmica econômica dos locais envolvidos.

O comércio triangular continuou a ser muito importante até o final do século XIX, ou melhor até a abolição da escravatura e o consequente fim de um dos comércios mais lucrativos do mercantilismo: o tráfico negreiro.

A Espanha era dona do maior território colonial na época, tendo posses que iam do México até o extreme sul do continente. Nesse local, se desenvolveu uma elite local, chamada Criollos, que eram os filhos dos espanhóis, nascidos nos territórios coloniais. Os Criollos desenvolveram interesses e atividades, contestando varias vezes atitudes metropolitanas. O fortalecimento dos Criollos e a insatisfação com as exigências da metrópole influenciaram nos movimentos de emancipação. O fato dos Criollos serem filhos de espanhóis, não os tornava super poderosos, então eles protestaram, por liberdade política e econômica.

De forma semelhante ao Brasil, no século XIX, a América espanhola começou a guerrear pela sua independência e ganhou. Logo em seguida esta se dividiu em vários pequenos países dependentes da Inglaterra capitalista industrial, pois necessitavam de vários de seus produtos. Da mesma forma, precisavam agora de compradores daquilo que era produzido aqui nas Américas para que pudessem sobreviver economicamente.

Américas em 1750

ÁFRICA E ORIENTE MÉDIO

8º B Em 19 de novembro de 1884 e 26 de fevereiro de 1885 aconteceu a Conferência de Berlim com participação de 15 países, sendo eles 13 da Europa e os outros dois Estados Unidos e Turquia. Nela foram abordados vários assuntos, mas, o principal deles foi a elaboração do domínio da África e sua repartição entre as potências industriais europeias. Este evento ficou conhecido como Partilha da África.

Os países europeus, com seu desenvolvimento industrial, necessitavam de novas fontes de matéria prima, metais preciosos e mercados para seus produtos. Assim o domínio da África tornou-se uma consequência desse expansionismo. A África tinha como principais matérias-primas ouro, cobre e diamante. Eles eram usados para produção de máquinas, joias e moedas.

Como seria a África sem o Imperialismo

Mapa da extensão do Imperialismo europeu

Em 1798 Napoleão Bonaparte liderou uma expedição militar contra o Egito para conquista-lo mas, falhou. Mas forças britânicas iriam ter sucesso algumas décadas depois disso.

A França anexou a Argélia e a Tunísia e depois estendeu sua influência no Líbano e na Síria. Na época, quanto mais avançado tecnologicamente e quanto mais colônias o país possuísse, mais poder ele teria, por isso tanto interesse na África e no Oriente Médio.

No final do século 19 o império Otomano entra em colapso quando perde a maioria dos seus domínios para a Europa e, no começo do século 20 os governantes tentaram modernizar o exército para lutar mais eficazmente com as potências europeias.

Domínios Territoriais - início do século XX.

8ºA

A Europa, na revolução industrial precisava de matéria prima e de mercado consumidor, então os países da Europa começaram a colonizar a África para obter isso. Eles extraíam da África ouro, cobre e diamantes. Como a disputa por colônias estava gerando grandes conflitos entre as nações que se expandiram industrialmente na Europa, foi realizada em 1884 a Conferência de Berlim. Tal evento ficou conhecido como Partilha da África, pois foi nesse momento que os europeus criaram fronteiras a partir de seus interesses, sem respeitar características locais como fronteiras pré-existentes, diferenças culturais etc. Isso gerou conflitos por domínio territorial que guardam resquícios até os dias de hoje entre nações africanas

Grã-Bretanha e a França foram os países que conquistaram as maiores extensões de território da África. Depois Portugal, Bélgica, Espanha, Itália, Alemanha, Holanda, Dinamarca, Estados Unidos da América, Suécia, Áustria-Hungria e o império Otomano. Os outros países europeus que não conseguiram nenhum território na divisão da África, eram potências comerciais ou industriais que já possuíam negócios mesmo que indiretos com o continente africano. Logo após a Conferência, houve um momento de tensão muito grande, quando Portugal apresentou um plano conhecido como mapa-cor-de-rosa. Esse plano tinha a intenção de ligar Moçambique a Angola com o objetivo de aprimorar a comunicação entre as duas colônias e tornar mais fácil o comércio e o transporte de mercadorias. No entanto, isso não seria proveitoso para a Inglaterra que possuia intenções coloniais na região. A Inglaterra ficou totalmente contra a essa ideia e ameaçou Portugal de começar uma guerra caso ele não desistissem de seu plano. Portugal pensou bem e abandonou a ideia.

O império Otomano foi um importante estado que durou de 1299 a 1922 e que tinha amplos territórios no norte da África, no sudoeste da Europa e no Oriente Médio. Ele era estabelecido por uma parte dos vários povos turcos. No século XIX, ele começou a receber pressões nacionalistas e imperialistas de Estados europeus que comprometeram a sua estabilidade. O Império Otomano passou a ser ameaçado e diferentes etnias começaram a reivindicar a autonomia de seus territórios. Todo este conflito culmina com a extinção do Império e com sua redução à Turquia que surgiu como um novo país.

ÁSIA

8º B A Ásia até o século XIX, recebia principalmente ocidentais em seus portos para vender seus produtos e, com isso, pouco se relacionava com o resto do mundo.

Isso mudou durante o século XIX, pois os países ocidentais, com o objetivo de lucrarem mais através da venda de seus para esses novos mercados consumidores, além de conseguirem produtos mais baratos e revender mais caro, dedicaram-se a explorar e dominar a Ásia e a África.

Os principais recursos naturais asiáticos, eram:

- Arroz

- Chá

- Juta (um tipo de fibra)

- Algodão

- Pimenta

- Borracha

Invasão da Índia pelos britânicos

Durante muito tempo, a Inglaterra realizou comércio com a Índia e fez fortuna com isso. Depois de algum tempo e devido a lutas internas pelo poder entre príncipes indianos, os ingleses enxergaram uma grande oportunidade para impor seu domínio sobre o território. Sendo assim, em 1757 os ingleses invadiram as Índias, por meio da Companhia Inglesa das Índias Orientais, estabelecendo uma base em Bengala. Em meados do século XIX, os britânicos já controlavam quase todo o país, mas as Índias só foram “dadas” aos britânicos em 1857, quando houve uma revolta conhecida como Revolta dos Cipaios. Os Cipaios, realizaram a revolta contra a Companhia Inglesa o que fez com que ela tivesse que ser administrada pela Coroa Britânica. A revolta foi contida pelo exército inglês e o domínio territorial assegurado. Tornando-se sua colônia, os ingleses começaram a vender na Europa produtos fabricados e encontrados na Índia, por um valor mais alto. Mas mais importante do que isso, começaram a vender seus produtos, como tecidos e ferrovias para a índia, multiplicando assim seus ganhos e gerando mais incentivos à produção

industrial na Inglaterra, que poderia, assim, continuar produzindo em grande escala, pois haveriam mais compradores para seus produtos. Com a independência dos Estados Unidos, a Índia tornou-se uma grande produtora de algodão, a matéria prima fundamental para a indústria têxtil que encabeçava a Revolução Industrial britânica.

Resistência chinesa (Guerra do Ópio e dos Boxers)

No século 18, o comércio da China com o ocidente cresceu muito, principalmente pela presença dos ingleses nas Índias, que controlavam as trocas comerciais com a cidade de Cantão (China).

No inicio do século XIX, os ingleses tinham o monopólio do comércio do chá da China e revendiam este produto em solos britânicos pelo dobro do preço que haviam comprado. Os ingleses também eram grandes comerciantes de Ópio, uma droga anestésica parecida com a heroína, produzida na Índia e vendida pelos ingleses desde o século XVIII. Em 1839, medidas do governo chinês foram tomadas para por fim ao trafico do ópio. Começou, então, um conflito que ficou conhecido como a primeira guerra do ópio. Esta guerra terminou com a derrota chinesa, sendo a China obrigada a assinar o tratado de Nanquim em 1842, que cedia a ilha de Hong Kong aos ingleses, além de cinco outros portos. Nesses portos, a Inglaterra instalou missões diplomáticas e legalizou o ópio, enfraquecendo a sociedade chinesa, mas trazendo enormes lucros para os britânicos.

Um incidente aumentou o conflito: a captura dos chineses de uma embarcação inglesa. Começava então a segunda guerra do ópio, onde mais uma vez a derrotada China foi obrigada a abrir mais onze portos aos britânicos, e também a legalizar o ópio em seu território. Porém, no ano seguinte os chineses se recusaram a aceitar o tratado, então ingleses e franceses invadiram Pequim e colocaram fogo no palácio onde residia o imperador. Humilhada, a China teve de se curvar aos desejos europeus e teve de reestabelecer o tratado anterior, além de ceder terras à França. Estava aberto assim, o livre acesso ao mercado chinês e à expansão das economias europeias através do imperialismo asiático.

Por fim, a Guerra dos Boxers marca ainda mais um conflito em que a China se vê massacrada pelo poderio estrangeiro, agora aliado para a manutenção do domínio da região. O conflito ocorreu na China entre os anos de 1899 e 1900, onde um violento grupo nacionalista lutava contra a presença dos estrangeiros em seu território. Os boxers se empenharam em uma violenta campanha contra os estrangeiros, atacando diplomatas, cristãos, estradas de ferro, linhas telegráficas e escolas ocidentais. Somente no dia 7 de setembro de 1901, Pequim oficializou os acordos que puseram fim à Guerra dos Boxers. O governo chinês se viu obrigado a pagar uma pesada indenização em ouro e liberar novos portos às embarcações estrangeiras. Além disso, os imperialistas impuseram a sua autoridade na capital do país e proibiram os chineses de importarem armamentos.

8º A

Invasão da Índia pelos britânicos

A Ásia ficou praticamente isolada até o século XIX. Apenas alguns portos se mantiveram abertos aos comerciantes ocidentais como o porto de Cantão, na China. Mesmo com isso, o oriente era quase imune as influencias ocidentais.

Essa situação se modificou muito ao longo do século XIX. Os países ocidentais passaram de quase insignificante para importantes zonas de influência .

Até 1763, na Índia haviam alguns entrepostos franceses, mas depois desse ano, os ingleses passaram a dominar de forma mais ampla o país. Com isso eles ficaram encarregados de toda a exportação Indiana.

Em 1858 os soldados indianos, chamados cipaios se revoltaram contra os ingleses, no entanto , os ingleses armaram uma perseguição violenta contra os cipaios, com o apoio dos príncipes locais. Assim, os britânicos conseguiram acabar com o domínio francês das Índias, e integrar a Índia ao Império Britânico.

Novas colônias

No século 19, vários países da Europa tinham grande interesse em estabelecer colônias na Ásia pelo fato de que o mercado consumidor iria aumentar bastante e ter mais recursos naturais e matérias primas. Porém, já que muitos países tinham interesse no mesmo local, isso gerou um grande conflito. E só depois de bastante tempo a Ásia se dividiu entre as várias potências. Esse processo é chamado de imperialismo, que é a prática através da qual, nações poderosas mantém o controle sobre outros povos, dominando-os e explorando-os, bem como seus recursos naturais.

Até o século XVI, o comércio com a Ásia era muito importante para os europeus, pois lá eram produzidos os mais importantes produtos da época, como especiarias e seda, que eram revendidos na Europa, gerando enormes lucros para os comerciantes do velho continente. A partir daquele século, houve uma diminuição nesse tipo de comércio.

No entanto as nações asiáticas, até então mais desenvolvidas tecnologicamente, resistiam à entrada dos produtos europeus em seus territórios. A dominação realizada pelos europeus significou a abertura do

comércio dessas regiões para o que era produzido pela revolução industrial na Europa e necessitava ser vendido.

Primeira guerra do ópio

A Inglaterra vendia muito ópio para a China, sendo uma enorme fonte de lucro para os comerciantes britânicos. Mas o governo da China começou a proibir a droga de ser importada, pois fazia com que os cidadãos não trabalhassem, e poderia acabar com a economia da China. Em 1839, os chineses aprenderam mais de uma tonelada de ópio e no fim desse ano, os britânicos bombardearam o porto de Cantão. Isso deu inicio à Primeira Guerra do Ópio, que durou até 1842, pois a China foi derrotada pela Inglaterra, e teve que assinar o tratado de Nanquim, que obrigava a China a abrir mais cinco cidades (com porto) além de Cantão, para comércio. Esse tratado também obrigava a China a entregar Hong Kong para Inglaterra.

Segunda guerra do ópio

A segunda guerra do Ópio começou quando a Inglaterra exigiu aumentar suas vantagens no tratado de Nanquim. O império Chinês não aceitou mudar o tratado. Então a Inglaterra aproveitou-se do fato de um navio ter sido apreendido pelo governo Chinês para iniciar a Segunda Guerra do Ópio, que durou até 1860.

A Inglaterra ganhou novamente do império Chinês e obrigou-os a assinar outro tratado, o tratado de Tianjim. Nesse tratado os britânicos poderiam instalar sua embaixada em Pequim, abrir mais dez portos livres em território chinês a escrever todos os seus comunicados oficias também em Inglês. O tratado também estabelecia a abertura a produtos importados e dava para Grã-Bretanha uma parte de Kowloon, que passou a fazer parte de Hong Kong.

Assim, estava assegurada a penetração dos produtos ingleses no mercado chinês, necessidade esta advinda de expansão industrial que precisava de um numero cada vez maior de consumidores.

Guerra dos Boxers

A invasão da China provocou uma revolta por parte de uma associação secreta, conhecida como Sociedade dos Boxers, presente no norte do país, promovendo rebeliões e atentados contra estrangeiros residentes na China.

As potências europeias organizaram uma expedição em conjunto para combater o movimento, dando início à Guerra dos Boxers, que resultou na dominação da China pelas potências ocidentais.

Recursos naturais

Com a Revolução Industrial, o principal produto que era fabricado na época era o tecido. O tecido era usado para produzir roupas, velas para navios, cobertores etc. Para o tecido ser feito era preciso ter algodão que era cultivado na Índia britânica e ia para a Inglaterra. Transformado em tecido ele era então revendido novamente na Índia, gerando um perverso ciclo de dominação econômica, social e política.