School-based platforms: Place for health education and intervention

Isabella BallalaiPresidente da Sociedade Brasileira de Imunizações – SBIm

Membro do Comitê de Saúde Escolar da SOPERJ

Diretora Médica da URMES – Urgências Médico – Escolares

Membro do Comitê Técnico Assessor em Imunizações do Estado do RJ

Membro suplente do Comitê Técnico Assessor em Imunizações do PNI

Membro da Sociedade Latino Americana de Infectologia Pediátrica – SLIPE

HEPATITE BFEBRE

AMARELASCR dTHPVMenC

Brasil - 2018

Coberturas vacinais com dose 2 (D2) acumuladas em meninas de 9 a 15 anos de idade vacina Papiloma Vírus Humano (HPV ) por Unidade Federada, Brasil. 2017*

Fonte:http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?pni/cnv/cpniuf.def *Dados preliminares acessados em 26/01/2018 ordenados por ordem crescente de coberturas. Destaque no gráfico em vermelho para coberturas vacinais abaixo da meta (80%)

Nenhuma atingiu a meta de 80% de cobertura vacinal em adolescentes com D2 acumuladas

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PA BA RN PI SE RS PR AC RJ PB MA BR GO RO MT SP MS TO AL MG SC PE AP ES CE AM RR DF

Coberturas vacinais com dose 1 e dose 2 (D1) e (D2) em meninos de 11 anos de idade vacina Papiloma Vírus Humano (HPV ) por Unidade Federada, Brasil. 2017*

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HPV Quadrivalente D1 11 anos - Masculino HPV Quadrivalente D2 11 anos - Masculino

Coberturas vacinais em adolescentes de 12 e 13 anos de idade com a vacina Meningocócica C, por Unidade Federada, Brasil. 2017*

Fonte:http://tabnet.datasus.gov.br/ *Dados preliminares acessados em 16/02/2018 ordenados por ordem crescente de coberturas em adolescentes de 12 anos de idade. Destaque no mapa em vermelho para coberturas vacinais abaixo da meta (95%)

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12 anos 13 anos

Vacinação escolar: a solução para o desafio da adesão do adolescente à

vacinação?

Fatores decisórios – vacina HPVPrecrição médica (+)

Esquecimento próxima dose (-)

Percepção de risco (+)

Influência social (+ ou - )

Informação (+ ou - )

Acesso (+)

Medo de EAPV (-)

Pais contra (-)

Why don't adolescents finish the HPV vaccine series? A qualitative study of parents and providers. Human Vaccines & Immunotherapeutics.

Sexual & Reproductive Healthcare 3 (2012) 141–146

A maioria dos adolescentes responde de maneira satisfatória à recomendação de vacinação, desde que devidamente informados e abordados de forma adequada;

Jovens raramente procuram ou recebem assistência médica, portanto, estratégias de informação e comunicação precisam envolver escolas e educadores.

European Centre for Disease Prevention and Control (ECDC). Rapid literature review on motivating hesitant population groups in Europe to vaccinate. ECDC TECHNICAL REPORT. Outubro 2015. ISBN 978-92-9193-721-9. - Oscarsson MG, Hannerfors AK, Tydén T. Young women’s decision-making process for HPV vaccination. Sexual & Reproductive Healthcare 3 (2012) 141–146 -

Estudo de Perkins e colaboradores.

Na maioria das vezes, a falha ocorreu porque profissionais da saúde esperavam que os pais cuidassem do retorno para as doses subsequentes, enquanto os pais esperavam serem lembrados disso.

Em conclusão, os autores sugerem que estratégias que permitam uma comunicação clara sobre os agendamentos e chamar os jovens, poderia aumentar as taxas de conclusão.

Perkins RB, Chigurupati NL, Apte G, Vercruysse J, Wall-Haas C, Rosenquist A, Lee L, Clark JA, Joseph NP. Why don't adolescents finish the HPV vaccine series? A qualitative study of parents and providers. Human Vaccines & Immunotherapeutics, DOI: 10.1080/21645515.2015.1118594.

Motivos que levam mulheres jovens a não concluírem seus esquemas de doses contra o HPV

A escola parece o cenárioideal para a comunicação,

educação e acesso de adolescentes à vacinação e

consequente adesão aosesquemas vacinais.

Programa de vacinação escolar

Diferentes tipos de programas baseados naescola:

• programas de imunização de rotina,

• campanhas de atualização vacinal e

• vacinações de bloqueio de surtos.

European Centre for Disease Prevention and Control (ECDC). Rapid literature review on motivating hesitant population groups in Europe to vaccinate. ECDC TECHNICAL REPORT

Força tarefa do CDC – CPSTF – revisão de literatura

• Programas de vacinação escolar foram relacionados a um aumento

significativo de taxas de cobertura vacinal e são considerados mais

custo efetivos. 29 estudos foram analisados em 2009

• 14 deles mostram aumento médio de 47% nas taxas de cobertura.

• 10 sugerem que os programas de vacinação escolar podem ser menos caros

comparados com a vacinação dispensada em serviços de saúde devido a custos

mais baixos da vacina e evitar a perda de renda familiar associada visitas aos

serviços.

Adolescent Vaccination Strategies: Interventions to Increase Coverage. Pediatr Drugs.

O desafio da adesão da escola

Desafios organizacionais relacionados aos programas de vacinação em larga escala nas escolas. Banco de dados população-alvo e registro nominal das doses aplicadas.

Capacidade de deslocamento das equipes de vacinação.

Fundamental conhecer e gerenciar fatores facilitadores e barreiras envolvidas.

Perman S, Turner S, Ramsay AIG, Baim-Lance A, Utley M, Fulop NJ. School-based vaccination programmes: a systematic review of the evidence on organisation and delivery in high income countries. BMC Public Health (2017) 17:252.

A vacinação em escolas hoje

Como a escola vê a saúde?

2014

2014

COBERTURA PARA D2:GO – 30% / SP – 50%

Em 05.11.14

2014

Segundo a carta de Ottawa:“a promoção de saúde é definida

como "processo de capacitação da comunidade para atuar na melhoria

da sua qualidade de vida”.

Quando o indivíduo cria consciência através do conhecimento ele passa a ser capaz de fazer escolhas que lhe

propiciem melhor qualidade de vida.

É preciso envolver o setor da educação nos esforços para mudar as condições educacionais, sociais, econômicas e políticas relacionadas com os riscos à saúde. Não basta mais informar. É preciso estimular a vontade de conhecer, de aprender.

É fundamental oferecer condições para a autonomia e cidadania.

É primordial capacitá-lo para o aprendizado contínuo.

Lei de Diretrizes e Bases para a Educação Nacional e nos Parâmetros Curriculares Nacionais - Temas Transversais em Educação

ConsCiência na EducaçãoUm projeto de educação para a saúde

Coordenação PedagógicaThelma PolonPedagoga – Mestre em educação pela PUC RJExperiência no desenvolvimento de projetos de capacitação de equipes técnicas e professores das redes privada e pública de ensino.

Coordenação GeralIsabella Ballalai

Coordenação de ComunicaçãoRicardo MachadoJornalista com pós-graduação em marketing e experiência nas áreas de saúde e educação.

2002-03

INTERDISCIPLINARIDADE

Um programa multidisciplinar onde buscamos estimular os jovens a construir conhecimentos e

refletir de forma crítica e criativa sobre a importância de se desenvolver posturas preventivas relacionadas à saúde individual e coletiva, fortalecendo o espírito de

cidadania, de responsabilidade social, o desejo de aprender, conhecer, pesquisar e investigar.

São poucas as escolas com perfil bem específico que demonstram interesse

em receber esse tipo de projeto. Fica o desafio.

Modelos emergentes de serviços de saúde escolar

• Sherri e Maughan desenvolveram estudo com o objetivo de identificar e descrever modelos emergentes de serviços de saúde escolar.

Pontos fortes dos modelos incluíam a presença de enfermeiros na escola e o incremento da comunicação entre profissionais de saúde, escolas e agências públicas de saúde.

Os participantes, cujos modelos tinham supervisão e financiamento de departamentos de saúde pública, identificaram o benefício de comunicação perfeita entre enfermeiros escolares e a saúde, o que levou a mais eficiência e rapidez nas intervenções de saúde pública, como por exemplo, em campanhas de vacinação contra a influenza e coqueluche nas escolas nos Estados Unidos. Esta conexão também melhorou a capacidade da escola em ajudar famílias a terem acesso à vacinação gratuita.

Sherri I. Becker, Erin Maughan. A Descriptive Study of Differing School Health Delivery Models. The Journal of School Nursing 1-11. DOI: 10.1177/1059840517725788.

Objetivo: avaliar diferentes estratégias de vacinação..

• 3.352 meninas - elegíveis de acordo com a classe escolar;• 2.180 meninas elegíveis de acordo com a idade.A cobertura foi maior nas escolas que elegeram o público-alvo de acordo com a classe escolar do que naquelas que se basearam na idade das adolescentes:dose 1: 86,4% vs 82.0%; dose 2: 83.8% vs 77.8%;dose 3: 78,7% vs 72,1% .

Estudo randomizado na Tanzânia

J Infect Dis 2012;206:678–86.

A experiência no município de São Paulo com o lembrete de vacinação (Filipeta de Vacinação), associado a ações educativas com adolescentes, pais, professores e profissionais de saúde, mostrou ser uma estratégia promissora no aumento da adesão à vacinação de adolescentes.

Soares MF, Revista imunizações SBIm. 2017 Vol.11;número2.

Parceria entre Ministério da Saúde e MECincentiva a vacinação nas escolas

Ministérios da Saúde e da Educação (MEC) se uniram para ampliar cobertura vacinal de HPV, com reforço no ambiente escolar

Recomendação de vacinação nas escolas

Enviado ao MEC material informativo sobre HPV e suas consequências

Concluindo• A vacinação de adolescentes é importante tanto para a

prevenção de doenças infecciosas de impacto nesse grupo, como para a proteção coletiva, e é hoje uma prioridade em saúde pública.

• Atingir coberturas vacinais nessa faixa etária é um desafio em todo mundo e exige reflexão e pesquisa sobre estratégias que possam permitir a superação dos desafios e o alcance de melhores resultados.

• A estratégia apontada como a mais eficiente é a de facilitar o acesso à vacinação através de programas de vacinação escolar.

Obrigada.

iballalai@terra.com.br