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Saúde no espaço escolar: avaliando a relação da avaliação postural com a sobrecarga das mochilas escolares Margareth de Fátima Piazzetta Antunes 1 Carlos Ricardo Maneck Malfatti 2 Resumo O estudo objetivou introduzir ferramentas de diagnóstico e acompanhamento de problemas posturais no ambiente escolar relacionando-os com a sobre carga suportada nas mochilas. A proposta surge da necessidade de reorientar os escolares sobre a sobrecarga da mochila e postura nas atividades escolares, protegendo-os de futuras doenças crônico-degenerativas. Os desvios posturais tais como hiperlordose, hipercifose e escoliose podem levar ao uso incorreto de outras articulações como as dos ombros, braços, quadris, joelhos e pés. É durante a idade escolar que o corpo da criança e do adolescente cresce e se define para a vida adulta e dada velocidade desse crescimento, inúmeros vícios de postura que prejudicam o desenvolvimento físico e a produtividade escolar podem ser gerados. Nesta fase é muito importante a vigilância especializada e estímulos adequados. Foram avaliados 140 alunos, sendo 66 do sexo feminino e 74 do sexo masculino, com 10 à 17anos de idade. Os escolares foram orientados sobre as disfunções posturais e posteriormente realizaram trabalho de pesquisa em grupo sobre hipercifose, hiperlordose e escoliose finalizando com a exposição oral para a turma. Realizou-se a avaliação biométrica e a pesagem das mochilas. Avaliou-se a postura na posição de vista anterior, posterior, lateral com o auxílio do simetrógrafo. Verificou-se a flexibilidade através do banco de Wells. O resultado do IMC das meninas revelou que a média de altura das meninas não difere dos 14 aos 17 anos de idade, o percentual do peso corporal é de 68% peso normal. ______________________ 1 Profª. da Rede Pública Estadual , Colégio Estadual São Vicente de Paulo, Irati-PR, e-mail marga - [email protected] 2 Prof. Dr. do Departamento de Educação Física da UNICENTRO - Irati-PR. Orientador do PDE na área de Educação Física, e-mail [email protected]

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Page 1: Saúde no espaço escolar: avaliando a relação da avaliação ... · Diante do exposto, a realização de avaliação postural deve constituir rotina nas escolas devido ao seu caráter

Saúde no espaço escolar: avaliando a relação da avaliação postural com a

sobrecarga das mochilas escolares

Margareth de Fátima Piazzetta Antunes1

Carlos Ricardo Maneck Malfatti2

Resumo

O estudo objetivou introduzir ferramentas de diagnóstico e acompanhamento de

problemas posturais no ambiente escolar relacionando-os com a sobre carga

suportada nas mochilas. A proposta surge da necessidade de reorientar os escolares

sobre a sobrecarga da mochila e postura nas atividades escolares, protegendo-os

de futuras doenças crônico-degenerativas. Os desvios posturais tais como

hiperlordose, hipercifose e escoliose podem levar ao uso incorreto de outras

articulações como as dos ombros, braços, quadris, joelhos e pés. É durante a idade

escolar que o corpo da criança e do adolescente cresce e se define para a vida

adulta e dada velocidade desse crescimento, inúmeros vícios de postura que

prejudicam o desenvolvimento físico e a produtividade escolar podem ser gerados.

Nesta fase é muito importante a vigilância especializada e estímulos adequados.

Foram avaliados 140 alunos, sendo 66 do sexo feminino e 74 do sexo masculino,

com 10 à 17anos de idade. Os escolares foram orientados sobre as disfunções

posturais e posteriormente realizaram trabalho de pesquisa em grupo sobre

hipercifose, hiperlordose e escoliose finalizando com a exposição oral para a turma.

Realizou-se a avaliação biométrica e a pesagem das mochilas. Avaliou-se a postura

na posição de vista anterior, posterior, lateral com o auxílio do simetrógrafo.

Verificou-se a flexibilidade através do banco de Wells. O resultado do IMC das

meninas revelou que a média de altura das meninas não difere dos 14 aos 17 anos

de idade, o percentual do peso corporal é de 68% peso normal.

______________________1Profª. da Rede Pública Estadual , Colégio Estadual São Vicente de Paulo, Irati-PR, e-mail [email protected]. Dr. do Departamento de Educação Física da UNICENTRO - Irati-PR. Orientador do PDE na área de Educação Física, e-mail [email protected]

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Nos meninos verifica-se que altura e peso têm elevação dos 14 aos 17 anos de

idade e o percentual do peso corporal é de 80% peso normal. O peso carregado na

mochila escolar pelas meninas resultou em 17% acima do normal e 83% peso

permitido e abaixo do peso normal. Dos meninos 16% carregam peso acima do

normal e 84% peso permitido e abaixo do normal. O desvio postural que prevalece

nas meninas é a escoliose que se acentua dos 14 aos 15 anos de idade. Nos

meninos prevalece a escoliose e a hipercifose que se acentua dos 14 aos 17 anos.O

teste de flexibilidade resultou em 56% normal nas meninas e 59% normal nos

meninos. Conclusão: O peso carregado na mochila dos escolares contribui para

que os escolares adquiram má postura mais a maneira como elas são carregadas é

que aumentam a incidência de desvios posturais.

Palavras – Chave: Educação, saúde, postura.

Abstract

The study aimed to introduce tools for diagnosis and monitoring of postural problems

in the school environment relating them with the burden born in backpacks. The

proposal arises from the need to reorient the students about the burden of the

backpacks and posture in school activities, protecting them from future chronic

diseases. The postural deviations, like concavity, kyphosis and scoliosis can drive to

the incorrect use of other joints like the shoulders, arms, hips, knees and feet. It is

during school age that the body of the child and adolescent grow and sets to

adulthood and because of the speed of that growth, numerous defects in posture that

harm the physical and academic productivity can be generated. At this stage it is very

important a special surveillance and right stimuli. There were evaluated 140 students,

in this number 66 are female and 74 male, mean age of 10 to 17 years. The students

were instructed about postural dysfunctions and after they did a research in group

about concavity, kyphosis and scoliosis, ending with the oral presentation to the

class. Carried out the biometric assessment and weighing of backpacks. We

evaluated the posture in the position of the previous view, posterior, lateral. Flexion of

the trunk with help of squared. We noticed the flexibility through the bank by Wells.

The results of the girls BMI revealed that their height usually is not different from 14

to 17 years old and the percentage of body weight is 68% normal weight. In the boys

is noticed that the height and weight grow from 14 to 17 years old, the body weight

percentage is 80% normal weight. The weight of the girls backpacks was 17% above

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normal and 83% permitted weight and below normal. The 16% of the boys backpacks

was above normal and 84% permitted weight and below normal. The postural

deviation prevalent in the girls is scoliosis witch increases from 14 to 15 years old. In

the boys prevalent scoliosis and kyphosis witch increases from 14 to 17 years old.

The flexibility test resulted in 56% normal to the girls and 59% normal to the boy.

Conclusion: The weight carried in the backpack helps the students acquire bad

posture but is the way they are taken is that increases the incidence of postural

deviations.

Keywords: Education, posture and health.

Introdução

Burgos et al (2009) apud (KERESZTES, 2008), a faltas de atividade física e

seu impacto na saúde pública é um grande problema para a sociedade moderna,

devido ao fato de a inatividade física estar relacionada a diversas patologias.

Saúde também é uma qualidade de vida, condição ou estado de bem-estar que

apresenta um componente biológico e um comportamental, alterados de acordo com

o relacionamento indivíduo versus meio. No entanto, na ausência de informações

preventivas, os desequilíbrios posturais aumentam significativamente a cada ano

nas nossas crianças (VERDERI, 2008).

De acordo com esta autora, não existe uma “postura correta” para todas as

pessoas. Somos seres biologicamente diferentes. A postura adequada varia de uma

pessoa para a outra. Poderíamos, então, dizer que a melhor postura a ser adotada

por um indivíduo é aquela que preenche todas as necessidades mecânicas do seu

corpo e também possibilita ao indivíduo manter uma posição ereta com o mínimo

esforço muscular. É neste contexto que o educador físico tem sua atuação: como

instrutor na profilaxia dos desequilíbrios posturais.

A postura ereta não cedeu de forma tão simples e rápida. Palastanga; Field; Soames

(2000) explicam que logo quando os membros posteriores foram evoluindo e os

seres humanos foram adquirindo a postura bípede, os membros posteriores foram

assumindo a função locomotora, e a coluna que antes se encontrava na posição

horizontal passou a assumir a posição vertical, que usamos até os dias de hoje.

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O presente estudo teve como proposta central, avaliar possíveis alterações na

coluna vertebral e segmentos corporais em escolares de ambos os sexos e sua

relação com o excesso de peso conduzido nas mochilas. A preocupação com a

postura justifica-se plenamente quando vemos que, do ponto de vista postural e por

causas congênitas, nutricionais, patológicas, traumáticas e psicológicas entre outras,

a criança pode apresentar desvios posturais, acarretando uma série de mudanças e

perturbações de origem funcional na postura, na mobilidade articular e no sistema

circulatório, respiratório, nervoso e muscular bem como, comportamental, em nível

de aprendizagem, de atitudes e comportamentos psico-sociais em geral (HURTADO,

1983).

Existem alterações estruturais que caracterizam assimetria, as quais podem

ser geradas por demandas diárias do corpo como utilização inadequada de

mobiliários, vícios posturais, excesso de peso, que podem presumir a existência de

patologia e acarretar desconforto e incapacidades funcionais, comprometendo o ser

humano por toda vida. Pantanali, Rosa Neto e Caon (2005), afirmam que o

diagnóstico precoce de alterações posturais ainda na infância é de importância

fundamental, pelo seu papel na gênese de alterações biomecânicas, que

rotineiramente podem tornar-se sintomáticas, denotando problemas posturais,

desgastes articulares e distúrbios da marcha.

O excesso de peso da mochila leva o escolar a ter uma postura errada,

situação que pode se transformar em deformidade (CONTI, 2005).

Diante do exposto, a realização de avaliação postural deve constituir rotina nas

escolas devido ao seu caráter preventivo, possibilitando identificar os desvios

comumente encontrados, podendo-se evitar a prescrição de atividades e exercícios

que venham a acentuá-los.

Assim, se faz necessário realizar uma triagem e encaminhamento das crianças

e jovens que apresentam desvios patológicos para um tratamento multidisciplinar

adequado, contribuindo, em última instância, para a qualidade de vida e saúde dos

escolares.

O conhecimento deve-se iniciar na infância, quando a criança está em fase de

seu desenvolvimento e seu corpo está na fase de grandes mudanças, porque depois

quando chegam à fase adulta sem conhecimento necessário os indivíduos vão ter

maiores dificuldades de se adaptar a uma boa postura. Por isso torna-se primordial o

trabalho corporal com as crianças na escola, de maneira a desenvolver não só

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habilidades corporais, mas também uma educação postural que as oriente para um

trabalho corporal em que saibam respeitar o próprio corpo, não exigindo dele além do

necessário (VERDERI, 2008).

POSTURA

A definição de postura é diversificada entre os autores e muito controvertida na

conceituação de postura ideal.

De acordo com Mello (1986), “não existe uma postura normal, mas sim

diversas posturas normais, cada uma de acordo com as características do seu

portador”.

“A postura é uma composição das posições de todas as articulações do corpo

em qualquer momento dado” (KENDALL, 1987).

“Postura é um composto das posições das diferentes articulações do corpo

num dado momento. A postura correta é a posição na qual um mínimo de estresse é

aplicado em cada articulação” (MAGEE, 2002).

“A boa postura é aquela em que um indivíduo, em posição ortostástica, exige

pequeno esforço da musculatura e dos ligamentos para se manter nessa posição”

(CARNAVAL, 2005).

COLUNA VERTEBRAL

Segundo Sebastião (1980), a coluna vertebral (ou ráquis) é constituída pela

superposição de 24 ossos isolados, que são as vértebras. É dividida em três regiões:

cervical, torácica e lombar.

São 7 vértebras cervicais, 12 torácicas e 5 lombares.

Para cima ela se articula com o osso occipital da cabeça; para baixo com o

sacro e este com o cóccix.

O sacro resulta da fusão de 5 vértebras. Tem a forma de uma pirâmide

quadrangular de base voltada para cima, articulando-se com a 5ª vértebra lombar e

ápice para baixo, articulando-se com o cóccix.

O cóccix resulta da fusão de 4 vértebras rudimentares. Às vezes de 5 e outras

somente de 3. Tem a forma aproximada de uma cunha. Apresenta uma base que se

articula com o ápice do sacro e um ápice que é livre.

Para Carnaval (2005), a coluna vertebral é formada por quatro curvas

fisiológicas que se apresentam da seguinte maneira:

Coluna cervical – côncava na altura de C6 e C7;

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Coluna dorsal ou toráxica – Convexa na altura de T5 e T6;

Coluna lombar – Côncava na altura de L3 e L4;

Coluna sacra – convexa na altura de S3 e S4.

Qualquer desvio dessas curvaturas e dos acidentes anatômicos em relação à linha de

gravidade, caracteriza o que chamamos de desvio postural (CARNAVAL, 2005).

De acordo com Cailliet (2001 apud Moraes, 2007), cada curva tem sua descrição, as

curvas cervical e lombar são lordóticas e as outras duas são cifóticas, elas se ajustam

ao centro de gravidade.

A acentuação dessas curvaturas que geram patologias denomina-se:

HIPERCIFOSE

É aumento da curvatura da região dorsal, ou seja, é o aumento da

convexidade posterior no plano sagital, podendo ser flexível ou estrutural

O aumento da curvatura cifótica, promove alterações anatômicas ocasionando

o dorso curvo, gibosidade posterior, encurtamento vertebral e pode ocorrer déficit

respiratório, por reduzir a capacidade de sustentação da coluna vertebral e também a

diminuição da expansibilidade torácica (VERDERI, 2008).

HIPERLORDOSE

É aumento da curva na região cervical ou na região lombar, ou seja,

acentuação da concavidade cervical e/ou lombar no plano sagital, associada a uma

anteversão da pelve. Estudos comprovam que a anteversão da pelve está

associada a um desequilíbrio dos músculos abdominais e glúteos, que estão

enfraquecidos e na musculatura lombar que se apresentará encurtados. A

hiperlordose cervical, é caracterizada pela proeminência da cabeça associada à

hipercifose, caracterizando um pescoço mais alongado à frente. A retificação da

lordose cervical caracteriza-se pela diminuição da lordose e conseqüentemente um

pescoço reto, com diminuição da mobilidade cervical (VERDERI, 2008 ).

ESCOLIOSE

É um desvio assimétrico, lateral da coluna vertebral, resultado da ação de um

conjunto de forças assimétricas que incidem sobre a coluna. Possui várias

classificações, são elas: Idiopática (causa desconhecida) - infantil, juvenil e

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adolescente, Congênita - falha na formação dos ossos e na segmentação,

Neuromuscular - poliomielite, paralisia cerebral, distrofia muscular e outros, Traumas

fraturas, cirurgias e queimaduras, Fenômenos irritativos - tumores medulares, hérnia

de disco e posturais -“falsa escoliose (VERDERI, 2008).

Para Knoplich (1995) a Coluna Vertebral é o centro de suporte do organismo

humano, sendo, pois o eixo e o centro de gravidade do corpo. Tem três funções:

- De sustentação do organismo: que é desempenhada através dos ossos, que são as

vértebras e pelos discos intervertebrais;

- De movimento do corpo: é realizada pelas articulações existentes entre a parte

posterior das vértebras e, principalmente pela musculatura;

- De proteção: a medula nervosa é um prolongamento do cérebro e se constitui numa

parte nobre do sistema nervoso central. Assim como os ossos do crânio protegem o

cérebro, a coluna vertebral protege a medula nervosa.

De acordo com as definições citadas, pode-se perceber a relação importante

que a coluna vertebral exerce sobre o corpo humano. Portanto torna-se primordial ao

escolar o acesso às orientações e avaliações preventivas, contribuindo para a

conscientização de que uma boa postura é questão de saúde, presente e futura e não

simplesmente uma questão de estética.

Quando houver uma preocupação em fornecer conhecimento para as crianças

e adolescentes, principalmente no período de transformações do corpo, no futuro ter-

se-á adultos e idosos com menor índice de doença da coluna vertebral (GRACIOLI;

GATTI, 2005).

Achour (1999) apud (TURNER, 1988), calcula-se que 2% das crianças sentem

dor de coluna, não sendo isso considerado um problema comum, mas de alta

significância.

Burton et al. (1996) relataram que a dor na coluna lombar pode evoluir com a

passar dos anos. Eles registraram, em 96 crianças com dor na coluna lombar, que

essas dores aumentaram entre as idades de 11 aos 15 anos, cerca de 44% para 59%

no quinto ano, apontando maior tendência de problemas na coluna para os meninos.

Para Conti (2003), o excesso de peso pode levar a criança a ter uma postura

errada, situação que pode se transformar em deformidade. As mochilas não poderiam

exceder 10% do peso dos estudantes. “Peso em excesso agrava os problemas de

coluna o aumento de peso nas costas altera o eixo de gravidade, impondo uma carga

excessiva na coluna causando má postura”.

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O problema na coluna pode manifestar-se desde a infância, incrementar-se de

maneira saliente com o avançar dos anos, dificultando o envelhecimento normal

(ACHOUR, 1999).

O diagnóstico precoce dos desvios da coluna vertebral é fundamental. Todas

as crianças e adolescentes deveriam ser examinados periodicamente na escola, pois

se isso não acontecer terão cada vez mais que recorrer na fase adulta para

instrumentos de auxílio, como muletas, bengala, andadores e outros aparelhos de

apoio.

Estudos anteriores relatam que a grande maioria dos casos de dores nas

costas não está relacionada a problemas estruturais, mas resultam da debilidade e

pouca elasticidade dos músculos abdominais, músculos das costas e posteriores da

coxa, da má postura, da tensão nervosa e do excesso de peso (ACHOUR, 1999).

AVALIAÇÃO POSTURAL

Segundo Carnaval (2005), avaliação postural consiste em determinar e

registrar os desvios posturais ou atitudes posturais erradas dos indivíduos.

Liposcki et al (2007) apud (MAINE E BERESFORD, 2005), a avaliação postural

refletirá na corporeidade dos escolares, servindo como meio de orientação e

incentivo, contribuindo na prevenção de distúrbios posturais que afetam o

desempenho motriz e consequentemente a qualidade de vida.

Método

Participaram do estudo 140 escolares de 5ª série do ensino fundamental e do

1º e 3º ano do ensino médio do Colégio Estadual São Vicente de Paulo que conta

com um público alvo heterogêneo, composto por escolares residentes no centro, nos

bairros e localidades rurais pertencentes ao município de Irati – Pr. Os escolares

foram divididos em três faixas de idade e sexo. As faixas de idade são: 10 a 13 anos,

15 meninas e 21 meninos; de 14 a 15 anos, 25 meninas e 21 meninos e de 16 à 17

anos, 26 meninas e 32 meninos.O estudo foi realizado de fevereiro/2009 a

novembro/2009.

O estudo foi submetido à aceitação da direção e equipe pedagógica do

colégio. E por se tratar de escolares menores, os pais assinaram o Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido, autorizando a utilização da ficha de resultados

dos escolares.

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Para a apresentação do trabalho de pesquisa em grupo foi utilizada a TV multimídia.

Para a verificação do peso dos escolares com e sem mochila foi utilizada uma

balança digital da marca Cauduro, modelo: EB9009, escalonada em quilos e

intervalos de 100 gramas, e para altura a régua de medidas de uma balança

antropométrica da marca FILIZOLA. Para a avaliação postural foi utilizado um

simetrógrafo desenhado na parede da sala de jogos e para o teste de flexibilidade o

Banco de Wells. Para a avaliação postural utilizou-se a ficha de avaliação do IAP-

Instrumento de Avaliação Postural.

Quando se fala em medida de massa, surge logo a idéia da medida de peso. O

peso é uma das medidas mais utilizadas em Educação Física. O peso é medido pelo

instrumento chamado balança, que deverá fornecer oscilações em torno de 100

gramas ( CARNAVAL, 1995).

De acordo com este autor, vários estudos foram desenvolvidos com o objetivo

de determinar com mais precisão a composição corporal dos indivíduos, procurando

estabelecer o PESO IDEAL – peso que possibilita ao indivíduo obter máximo

rendimento em qualquer atividade e mostrar os desvios da normalidade. Neste

estudo foi utilizado o cálculo abaixo:

PESO (Kg)

IMC = ----------------------

ESTATURA (M)2

A avaliação foi realizada de acordo com a tabela da OMS (Organização

Mundial da Saúde), segundo os critérios abaixo descritos:

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Idade Sexo Baixo peso Normal Sobrepeso Obeso

10 anos MASFEM

Abaixo de 15,0

Abaixo de 14,5

15,5 – 19,814,5 – 20,7

18,8 – 19,820,7 – 22,0

Acima de 19,8Acima de 22,0

11 anos MASCFEM

Abaixo de 15,1

Abaixo de 15,3

15,1 – 21,515,3 – 21,8

21,5 – 22,521,8 – 23,4

Acima de 22,5Acima de 23,4

12 anos MASCFEM

Abaixo de 15,7

Abaixo de 15,6

15,7 – 21,715,6 – 23,1

21,7 – 23,723,1 – 24,6

Acima de 23,7Acima de 24,6

13 anos MASCFEM

Abaixo de 16,4

Abaixo de 16,3

16,4 – 22,216,3 – 23,8

22,2 – 24,023,8 – 25,2

Acima de 24,0Acima de 25,2

14 anos MASCFEM

Abaixo de 17,0

Abaixo de 17,1

17,0 – 23,117,1 – 24,7

23,1 – 24,227,7 – 26,2

Acima de 24,1Acima de 25.6

15 anos MASCFEM

Abaixo de 17,5

Abaixo de 17,5

17,5 – 23,417,5 – 24,1

23,4 – 24,124,1 – 25,6

Acima de 24,2Acima de 26,2

16 anos MASCFEM

Abaixo de 18,5

Abaixo de 18,3

18,5 – 24,818,3 – 25,7

24,8 – 25,925,7 – 26,8

Acima de 25,9Acima de 26,8

17 anos MASCFEM

Abaixo de 18,4

Abaixo de 17,9

18,4 – 24,917,9 – 25,7

24,9 – 26,125,7 – 26,2

Acima de 26,1Acima de 26,2

Fonte: OMS (Organização Mundial da Saúde)

Na tabela 1, verifica-se que a média de altura das meninas quase não difere na idade dos 14 aos 17 anos. No gráfico1, da análise comparativa constata-se que o percentual maior é de meninas com peso normal e que o índice de obesos é baixo e se concentra na idade de 14 aos 17 anos.

Tabela 1 – Resultado do IMC das meninas

MeninasNº de sujeitos 15 25 26Idade 10 – 13 anos 14 – 15 anos 16 – 17 anos X DP X DP X DPAltura 1,45 0,082 1,60 0,054 1,60 0,05Peso 40,07 11,63 57,39 10,85 57,25 2,09IMC 18,69 2,78 22,30 3,85 23,11 4.01

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Gráfico 1 – Análise comparativa:

0%

20%

40%

60%

80%

Normal

Sobre

peso

Obeso

Baixo pe

so

Meninas 10 -13 anos

Meninas 14 -15 anos

Meninas 16 -17 anos

Na tabela 2, verifica-se que tanto a altura quanto o peso dos meninos se acentua dos

14 para os 17 anos e no gráfico2, de análise comparativa, constata-se que em todas

as faixas etárias do estudo prevalece o peso normal.

Tabela 2 – Resultado do IMC dos meninos

MeninosNº de sujeitos 21 21 32Idade 10 – 13 anos 14 – 15 anos 16 – 17 anos X DP X DP X DPAltura 1,41 0,07 1,71 0,06 1,74 0,061Peso 39,30 9,26 61,05 8,79 73,88 10,87IMC 19,6 3,32 21,27 2,88 23,64 2,95

Gráfico 2 – Análise comparativa.

0%20%40%60%80%

100%

Normal

Sobre

peso

Obeso

Baixo pe

so

Meninos 10 -13 anos

Meninos 14 -15 anos

Meninos 16 -17 anos

Fonte: OMS (Organização Mundial da Saúde)

O baixo índice de obesidade e sobre peso constatado através dos dados acima

contribui para a qualidade de vida dos escolares, visto que o excesso de peso

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corporal aumenta o esforço sobre muitas das articulações do corpo e também pode

dificultar a manutenção da postura adequada com implicações desfavoráveis nas

demais partes do corpo. Por isso, é importante manter-se dentro dos limites normais

de variação de peso e gordura corporal.

Os gráficos 3, 4 e 5, correspondem a porcentagem do peso que as meninas

carregam na mochila escolar. Em todos eles o peso com a porcentagem maior é o de

3 a 4.9 quilos, no total de 66 meninas apenas 11 carregam peso acima do normal que

não deve ultrapassar 10% do peso corporal, as demais carregam peso permitido ou

abaixo.

Gráfico 3 – Percentual do peso da Mochila das meninas

peso

14%

66%

20%

00,20,40,60,8

Peso damochila

1 - 2.9kg

3 - 4.9kg

5 - 6.9kg

Idade 10 - 13 anos

peso

Gráfico 4 – Percentual do peso da mochila das meninas

peso

24%

52%

24%

00,10,20,30,40,50,6

Peso damochila

1 - 2.9kg

3 - 4.9kg

5 - 6.9kg

Idade 14 - 15 anos

peso

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Gráfico 5 – Percentual do peso da mochila das meninas

peso

19%

58%

23%

00,20,40,60,8

Peso damochila

1 - 2.9kg

3 - 4.9kg

5 - 6.9kg

Idade 16 - 17 anos

peso

Os gráficos 6, 7 e 8 correspondem a porcentagem do peso que os meninos

carregam na mochila escolar. Em todos eles o peso com a porcentagem maior é o de

3 a 4.9 quilos, o índice mais alto de porcentagem 76 % verificou-se na faixa etária de

10 a 13 anos, no total de 74 meninos apenas 12 carregam peso acima do normal que

não deve ultrapassar 10% do peso corporal, os demais carregam peso permitido ou

abaixo.

Gráfico 6 – Percentual do peso da mochila dos meninos

peso

14%

76%

10%

00,20,40,60,8

Peso damochila

1 - 2.9kg

3 - 4.9kg

5 - 6.9kg

Idade 10 - 13 anos

peso

Page 14: Saúde no espaço escolar: avaliando a relação da avaliação ... · Diante do exposto, a realização de avaliação postural deve constituir rotina nas escolas devido ao seu caráter

Gráfico 7 – Percentual do peso da mochila dos meninos

peso

24%

52%

24%

00,10,20,30,40,50,6

Peso damochila

1 - 2.9kg

3 - 4.9kg

5 - 6.9kg

Idade 14 -15 anos

peso

Gráfico 8 – Percentual do peso da mochila dos meninos

peso

31%47%

22%

00,10,20,30,40,5

Peso damochila

1 - 2.9kg

3 - 4.9kg

5 - 6.9kg

Idade 16 -17 anos

peso

Avaliação Postural

Para a avaliação postural foi utilizado um simetrógrafo desenhado na parede da sala de jogos, com 2 metros de altura e 0, 90 cm de largura. O observador ficou situado a 3 metros de distância em alinhamento central. Os escolares ficaram em posição ortostástica. E o protocolo utilizado foi o do IAP- Instrumento de Avaliação Postural.

Gráfico 9 – Resultado da avaliação postural das meninas

0

5

10

15

10 - 13anos

14 - 15anos

16 - 17anos

Hipercifose

Hiperlordose

Escoliose

Normal

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O gráfico 9 mostra que nas meninas avaliadas o desvio da coluna vertebral que prevalece é a escoliose que se acentua mais nas meninas de 14 e 15 anos.

Gráfico 10 – Resultado da avaliação postural dos meninos

0

5

10

15

20

10 -13anos

14 -15anos

16 -17anos

Hipercifose

Hiperlordose

Escoliose

Normal

O gráfico 10 mostra que nos meninos avaliados os desvios da coluna vertebral que prevalecem são a escoliose e a hipercifose e são mais acentuados nos meninos com faixa etária de 14 a 17 anos.

Ficha de avaliação postural

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Flexibilidade

Segundo Abdallah Achour Júnior (1999), a flexibilidade aumenta na infância

até o princípio da adolescência e diminui ao longo da vida.

Para avaliar a flexibilidade foi utilizado o teste de “sentar e alcançar” de Wells.

O avaliado estava descalço e assumiu uma posição sentada de frente para o

aparelho, com a sola dos pés tocando a caixa, neste ponto coincide o valor 23, os

pés e joelhos completamente estendidos e com os pés encostados. O avaliador

observou e assegurou que o avaliado não flexionasse os joelhos. Os braços ficaram

estendidos sobre a superfície da caixa com as mãos colocadas uma sobre a outra

(com os dedos coincidindo) e em contato com o marcador deslizante. O avaliado

flexionava o tronco para frente procurando tocar à maior distância possível,

realizando o movimento de modo lento e sem solavancos. Foram realizadas 03

(três) tentativas, sendo que para cada uma delas foi mantido o tempo por pelo

menos 01 (um) segundo, sendo considerado o melhor valor alcançado os resultados

foram avaliados da seguinte maneira:

- Normal = 23 cm

- Acima = valor acima de 23 cm

- Abaixo= valor abaixo de 23 cm

Gráfico 11 – Resultado do Teste de Flexibilidade nas meninas

0

5

10

15

20

Acima Abaixo Normal

10 - 13 anos

14 - 15 anos

16 - 17 anos

O resultado do teste de flexibilidade das meninas mostra que o nível acima é

de 56%, abaixo 29% e normal 15%.

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Gráfico 12 – Resultado do Teste de Flexibilidade nos meninos.

0

5

10

15

20

25

Acima Abaixo Normal

10 - 13 anos

14 - 15 anos

16 - 17 anos

O resultado do teste de flexibilidade dos meninos mostra que o nível acima é de

59%, abaixo 31% e normal 10%.

Discussão

Para Panosso (1999), As alterações posturais raramente são identificadas em

seus estágios iniciais, pois apesar do fato de uma boa postura ser fundamental para

o crescimento e desenvolvimento sadio, pouca atenção lhe é dada, tanto em casa

quanto na escola. A pouca importância dada nesta questão deve-se, dentre outras,

ao motivo de que a maioria dos currículos dos cursos de Educação Física não

oferece uma disciplina orientando futuros profissionais no sentido de capacitá-los

para observar, conceituar e classificar essas alterações estruturais funcionais.

A coluna vertebral deve ser desenvolvida como uma unidade, respeitando-se

suas limitações anatômicas e fisiológicas. Além disso,é preciso equacionar o

desenvolvimento da força de resistência e da flexibilidade à postura na realização

das atividades diárias (ACHOUR, 1997).

Peso em excesso agrava os problemas na coluna (CONTI), salientando que o

aumento do peso nas costas altera o eixo de gravidade, impondo uma carga

excessiva na coluna e causando má postura, fadiga muscular e dores nas costas.

O presente estudo mostrou que o peso carregado na mochila dos escolares

contribui para que os escolares adquiram má postura mais a maneira como elas são

carregadas é que aumenta a incidência de desvios posturais.

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Referências

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